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Em pouco menos de dois anos, essa maioria cumpriu uma parte estratégica do acordo
selado, aprovando a Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os investimentos
sociais, afetando áreas como Educação e Saúde; a terceirização irrestrita e a reforma
trabalhista; o desmonte da Petrobras e a venda do pré-sal para petrolíferas internacionais; o
corte e ou o fim dos programas sociais, como Farmácia Popular, Mais Médicos,
Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida.
Curiosamente, o Rio de Janeiro pagou caro pela traição ao PT, o nosso estado virou
um Judas malhado quase que cotidianamente pelo governo golpista. A Petrobras, o BNDES, a
Eletrobras, a indústria naval, os empregos e benefícios foram e continuam sendo
desmantelados, em um processo crescente.
Hoje, o Rio é um dos mais afetados pelo desemprego, que, de 2014 a 2017, subiu
157%. De acordo com o IBGE, o número de desempregados no estado passou de 494 mil, em
2014, para 1,2 milhão, em 2017. No rastro da crise, aumenta a população de rua, diminui o
acesso a serviços básicos, como Saúde e Educação, e avança a criminalidade, indiferente a
uma intervenção militar moldada pela propaganda.
O golpe tem muitas faces e, em todas elas, quem perde são os mais empobrecidos, as
minorias e a classe trabalhadora. Em dois anos, mais de 9 milhões de brasileiras e brasileiros
foram empurrados de volta para linha da extrema pobreza, mais de 13 milhões de pessoas
estão desempregadas, cerca de 1,2 milhão de famílias começaram a usar lenha e carvão para
cozinhar, forçadas pelo aumento do gás de cozinha.
Outra faceta desse quadro é a escalada fascista, que se manifesta em episódios como o
aumento dos atentados contra militantes dos direitos humanos e ambientais; a execução física
e a tentativa de assassinato moral da vereadora Marielle Franco; os tiros contra a Caravana
Lula; a perseguição e prisão do ex e futuro presidente; os seguidos ataques ao acampamento
Marisa Letícia, em Curitiba, e os discursos de ódio contra os ocupantes do prédio que pegou
fogo e desabou no centro de São Paulo, em 1º de maio de 2018.
Nesse cenário, consideramos que o centro da luta, nas próximas eleições, deverá ser a
redemocratização do Brasil e a revogação dos atos do governo golpista, a partir de uma
agenda que dê prioridade à:
- Defesa da libertação e da candidatura de Lula;
- Formação de efetiva unidade do campo democrático-popular;
- Eleição de numerosa e qualificada bancada de esquerda e progressista para o Legislativo
Federal;
- Organização do Congresso do Povo, e
- Retomada do trabalho de base juntos aos diversos segmentos da sociedade brasileira.
Para reverter o ataque criminoso que o Brasil vem sofrendo é essencial estarmos
unidos e determinados não só em relação à eleição presidencial, mas também no objetivo de
mudar a correlação de forças no Congresso, para garantir a base de sustentação à agenda de
defesa do estado social, da recuperação da Democracia e do enfrentamento e revogação da
pauta neoliberal. Temos o dever de eleger uma bancada expressiva de parlamentares
comprometidos com a classe trabalhadora, com os movimentos populares e com os mais
empobrecidos.
Assim, temos a certeza de que o companheiro Reimont, com a combativa atuação que
traz do Legislativo carioca e da sua militância de base e das ruas, representará uma importante
oxigenação do quadro eleitoral petista, em uma ampliação fundamental para levar adiante a
nossa luta em defesa da Democracia e do estado social brasileiro, sempre nas trincheiras da
resistência contra o retrocesso e junto com o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Com Reimont, juntos e firmes na luta e na resistência!
Lula livre!