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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

MATEUS LUCAS DA SILVA LUCENA

COLETÂNIA DE ARRANJOS CORAIS


CHICO BUARQUE: O POLÍTICO

São Paulo
2017
MATEUS LUCAS DA SILVA LUCENA

Trabalho realizado para a


disciplina Estudos de Repertório
Coral do Departamento de Música
da ECA/USP.

Professora Susana Cecilia


Igayara-Souza

São Paulo
2017

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ÍNDICE

Prefácio....................................................................................................... p. 05

Roda Viva......................................................................................................... p. 07

Samba de Orly................................................................................................. p. 12

Apesar de você................................................................................................. p. 17

Cotidiano........................................................................................................... p. 28

Deus lhe pague................................................................................................. p. 35

Gota d'água........................................................................................................ p. 39

O que será...................................................................................................... p. 43

Angélica...................................................................................................... p. 50

Cálice............................................................................................................ p. 56

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Tanto mar...................................................................................................... p. 65

Referências bibliográficas................................................................................ p. 71

Áudio (versão original)........................................................................................ p. 71

Índice (ordem alfabética)...................................................................................... p. 72

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PREFÁCIO

Como um grande fã de Chico Buarque, assim que foi proposto um trabalho de


pesquisa de Repertório coral, me veio logo a cabeça a ideia de fazer uma
coletânea com arranjos das canções dele.

Porém com tantas músicas em seu repertório fiquei em dúvida de qual nicho
trabalhar e, ao conversar com a professora Susana, ela me sugeriu seguir um
dos temas da coleção comemorativa "Chico 50 anos", na qual escolhi o álbum
"Chico 50 anos: O Político" e selecionei outras duas músicas ("Roda Viva" e
"Cotidiano") que não estão nesse álbum mas estão diretamente ligadas ao
tema e ao período.

"Chico 50 anos" foi uma coleção comemorativa ao aniversário de Chico


Buarque lançada pela Polygram Philips em 1994, reunindo os grandes
sucessos do autor em cinco discos. Os discos são divididos reunindo as
músicas por temas diferentes, independente dos álbuns e anos de
lançamento. Os temas são: O Político; O Trovador; O Amante; O Cronista e O
Malandro.

Usei como critério de organização o ano de lançamento das músicas (em


"Tanto mar" usei como critério a data de gravação com a letra no Brasil),
porém, no final tem um índice em ordem alfabética para maior facilidade de
busca.

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"Ele não é apenas um extraordinário artista popular. É o mais
significativo gesto cultural deixado pela geração que por volta de 1964
tinha 20 anos e começava a aparecer. De todos eles, compositores e
cantores, Chico foi quem melhor soube aproveitar as dificuldades e
desafios de uma época para instaurar uma estética, elaborar uma
estilística e forjar uma estratégia própria para, com elas, construir uma
obra que, pela qualidade e pela quantidade, dificilmente encontra
paralelo mesmo nas outras artes do país." (Zuenir Ventura, em 1976)

"A jornada de Chico contra a repressão começou em 1968, quando


pesavam contra ele ter participado da Passeata dos 100 Mil, em junho,
e de ser o autor da peça Roda Viva, que causara furor na montagem do
Teatro Oficina. Na temporada paulistana, membros do Comando de
Caça aos Comunistas (CCC) invadiram o teatro e espancaram os
atores."

"Ter participado da Passeata dos 100 Mil foi umas das acusações que
pesaram contra Chico quando baixou, meses depois, o negrume do AI-
5. O pesadelo começou logo em seguida à decretação do ato, naquela
sexta-feira 13 de dezembro. Foram cinco, seis dias de angústia, em
meio a informações cada vez mais preocupantes. 'Você está numa
lista', vinham prevenir os amigos. Por volta de 18 de dezembro,
finalmente, já não se lembra com exatidão, ele acordou com a polícia
dentro de casa. Os homens só não invadiram o quarto porque seu
Jacinto, o zelador do prédio, embora apavorado, não permitiu. Chico
foi levado, às sete da manhã, num carro do Dops com chapa fria, para
o Ministério do Exército, na avenida Presidente Vargas. Marieta,
grávida de seis meses da primeira filha, Sílvia, saiu atrás, dirigindo meio
em braile pela lagoa Rodrigo de Freitas — com 6,5 graus de miopia em
cada vista, na afobação ela se esquecera de pôr as lentes de contato."
(Humberto Werneck em "Chico Buarque: Tantas Palavras", de 2006)

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RODA VIVA

A música "Roda Viva" faz parte de uma peça de teatro de


mesmo nome, que foi escrita em 1967 por Chico Buarque.
Ela chocou parte do público com sua crítica e seu tom
agressivo. Foi uma metáfora para driblar a censura.
Assim essa passou a ser uma das composições mais
lembradas de Chico Buarque, canção em que pedia voz
para o povo: “A gente quer ter voz ativa / No nosso destino
mandar / Mas eis que chega a roda-viva / E carrega o
destino pra lá”

Roda viva
Autor Chico Buarque
Data de composição 1967
Data de lançamento 1967
Arranjador B. S. Sandoval
Formação Coral SATB

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SAMBA DE ORLY

Composta em 1969 , a música "Samba de Orly" foi uma


parceria feita com Vinícius de Moraes e Toquinho na Itália.
A história dessa música começou quando Chico,
“convidado a se retirar do país” pela ditadura militar,
mandou um telegrama para Toquinho, no Brasil,
convocando-o para uma suposta oportunidade de emprego
em seu novo país, a Itália.

Samba de Orly
Autor Chico Buarque
Toquinho
Vinícius de Maraes
Data de composição 1969
Data de lançamento 1969
Arranjador Alexandre Zilahi
Formação Coral SATB

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APESAR DE VOCÊ

Em 1970 Chico Buarque retornou ao Brasil após um


autoexílio de mais de um ano na Itália e foi lançada
inicialmente como compacto simples nesse mesmo ano.
A canção, por lidar implicitamente com a falta de liberdades
durante a ditadura militar, foi proibida de ser executada
pelas rádios brasileiras, e só foi liberada oito anos mais
tarde, durante o final do governo do general Ernesto Geisel.

Apesar de você
Autor Chico Buarque
Data de composição 1970
Data de lançamento 1970
Arranjador Damiano Cozzella
Formação Coral SATB

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COTIDIANO

O dia a dia de opressão é retratado em "Cotidiano". A


insatisfação é bem representada nos versos: “Todo dia eu
só penso em poder parar / Meio dia eu só penso em dizer
não / Depois penso na vida pra levar / E me calo com a
boca de feijão”.

Cotidiano
Autor Chico Buarque
Data de composição 1971
Data de lançamento 1971
Arranjador Marcos Leite
Formação Coral SATB

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DEUS LHE PAGUE

Nesta música Chico Buarque parece falar de tudo o que se


precisava suportar naquele tempo de repressão, sendo a
ditadura um lugar de “agonia, pra suportar e assistir”.
Irônico, ele faz um agradecimento ao governo por deixar
que as pessoas realizem ações básicas, como comer,
respirar e existir.

Deus lhe pague


Autor Chico Buarque
Data de composição
Data de lançamento 1971
Arranjador B. S. Sandoval
Formação Coral SATB

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GOTA D'ÁGUA

Gota d'água é o título da peça teatral (drama), de autoria


dos escritores brasileiros Chico Buarque e Paulo Pontes,
escrita em 1975 e publicada em livro homônimo, em 1975,
pela editora Civilização Brasileira.

Gota d'água
Autor Chico Buarque
Data de composição 1975
Data de lançamento 1975
Arranjador B. S. Sandoval
Formação Coral SATB

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O QUE SERÁ?

"O Que Será?" é uma canção composta em 1976 feita para


o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", baseado no livro
homônimo de Jorge Amado.
Segundo Chico Buarque sua maior inspiração para compor
foi fotografias de Cuba que o jornalista Fernando Morais
havia lhe mostrado, embora garanta que as três letras (a
canção tem três versões, que marcam passagens
diferentes da trama: "Abertura", "À Flor da Pele" e "À Flor
da Terra") não tenham a ver com o país.

O Que Será? (À Flor da Terra)


Autor Chico Buarque
Francis Hime
Data de composição 1976
Data de lançamento 1976
Arranjador Eduardo Correa
Formação Coral SATB

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ANGÉLICA

A música "Angélica" composta em 1977, foi uma


homenagem feita a Zuzu Angel, mãe do estudante Stuart
Angel, morto sob tortura.

Angélica
Autor Chico Buarque
Miltinho
Data de composição 1977
Data de lançamento 1977
Arranjador Roberto Rodrigues
Formação Coral SATB

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CÁLICE

No ano de 1973 a música “Cálice” (parceria com Gilberto


Gil) foi proibida de ser gravada e cantada. Gilberto Gil
desafiou a censura e cantou a música em um show para os
estudantes, na Politécnica, em homenagem ao estudante
de geologia da USP Alexandre Vanucchi Leme (o
Minhoca), morto pela ditadura. Ainda naquele ano, no
evento “Phono 73”, festival promovido pela Polygram,
Chico Buarque e Gilberto Gil tiveram os microfones
desligados quando iriam cantar “Cálice”, por decisão da
própria produção do show, que não quis criar problemas
com a ditadura.
A canção não pôde ser lançada no ano de sua composição,
1973, apenas em 1978.

Cálice
Autor Chico Buarque
Gilberto Gil
Data de composição 1973
Data de lançamento 1978
Arranjador André Vidal
Formação Coral SATB

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TANTO MAR

Essa música foi composta em duas versões sendo a


primeira, de 1975, uma saudação à Revolução dos Cravos.
A letra da versão original (1975) foi vetada pela censura e
gravada apenas em Portugal. A segunda versão, com letra
modificada, foi gravada em 1978 juntamente com Cálice e
Apesar de você.

Tanto Mar
Autor Chico Buarque
Data de composição 1975
Data de lançamento 1975 (instrumental)
1978
Arranjador Roberto Rodrigues
Formação Coral SATB

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COZZELLA, Damiano. Arranjos corais de Damiano Cozzella.Organizador


Alberto Cunha. São Paulo, Edusp, 2016, 360p.

HOMEM, Wagner. Chico Buarque: Histórias de Canções. [S.l.]: Leya Brasil,


2009.

NEPOMUCENO, Eric, WERNECK, Humberto e JOBIM, Tom. Chico Buarque -


Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

http://www.festivaldecorais.com.br/index.php/arranjos/

http://www.chicobuarque.com.br/vida/vida.htm

http://memoriasdaditadura.org.br/artistas/chico-buarque/index.html

ÁUDIO (VERSÃO ORIGINAL)

Conforme dito no prefácio, a maioria das músicas forma retiradas do disco


"Chico 50 Anos - O Político", que faz parte da coletânea de cinco discos
lançada em 1994 pela Polygram Philips em comemoração aos 50 anos de
nascimento de Chico Buarque.

As outras duas músicas que não se encontram nesse disco, "Roda Viva" e
"Cotidiano" podem ser encontradas na versão original nos álbuns "Chico
Buarque de Hollanda - Volume 3" (faixa 6) e "Construção" (faixa 4),
respectivamente.

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ÍNDICE (ORDEM ALFABÉTICA)

Angélica...................................................................................................... p. 50

Apesar de você................................................................................................. p. 17

Cálice............................................................................................................ p. 56

Cotidiano........................................................................................................... p. 28

Deus lhe pague................................................................................................. p. 35

Gota d'água........................................................................................................ p. 39

O que será...................................................................................................... p. 43

Roda Viva......................................................................................................... p. 07

Samba de Orly................................................................................................. p. 12

Tanto mar...................................................................................................... p. 65

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