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A espiritualidade é um tema que ganhou relevância no meio cristão evangélico nas

últimas décadas. O assunto é apresentado como tendo sido negligenciado pela teologia

evangélica durante o fim do século 19 e quase todo o século 20. As propostas para a

espiritualidade evangélica buscam resgatar práticas, conceitos e experiências que

proporcionariam ao fiel uma intimidade com Deus, mas que teriam sido perdidos pela maior

parte da cristandade em meio ao materialismo do mundo moderno e a excessiva ênfase

doutrinária da igreja.1 Normalmente os autores que tentam desenhar a espiritualidade cristã

têm se firmado no tripé composto pela Bíblia, a literatura devocional das mais diversas

tradições cristãs e conceitos da psicologia.2

Apesar desse movimento de renovação espiritual ser saudado por muitos como um

avivamento legítimo, nos últimos anos críticas foram disparadas contra noções de

espiritualidade difundidas entre os cristãos evangélicos e seus respectivos expositores. Os

1 Jon L. Dybdahl, A busca: o caminho para a satisfação espiritual (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,
2012), p. 11-21.
2
Cindy Tutsch, Liderança inspirada (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016), p. 13-32. O tripé Bíblia,
literatura e psicologia é bem evidente em obras como: Richard J. Foster, Celebração da disciplina: o caminho
do crescimento espiritual (São Paulo: Vida, 2012); Klaus Isller, Desperdiçando tempo com Deus:
espiritualidade ou amizade com Deus? (São Paulo: Naós, 2006); Alister McGrath, Uma introdução à
espiritualidade cristã (São Paulo: Vida, 2008); David A. Seamands, Cura para os traumas emocionais (Belo
Horizonte: Betânia, 1984); Dallas Willard, O espírito das disciplinas: entendendo como Deus transforma
vidas (Rio de Janeiro: Habacuc, 2002); Jon L. Dybdahl, A busca: o caminho para a satisfação espiritual
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012); M. Scott Peck, A trilha menos percorrida: uma nova
psicologia do amor, dos valores tradicionais e do crescimento espiritual (Rio de Janeiro: Imago, 2008);
Thomas R. Kelly, Um testamento de devoção: encontre paz e tranquilidade mesmo na agitação da vida
moderna (Brasília: Palavra, 2012); A. W. Tozer, A vida crucificada: como viver uma experiência cristã mais
profunda (São Paulo: Vida, 2011). Exemplos de obras que vão na contramão dessa tendência, por procurar
derivar a definição de espiritualidade a partir da Bíblia, são os livros de Élben Magalhães Lenz César,
Práticas devocionais: exercícios de sobrevivência e plenitude espiritual (Viçosa, MG: Ultimato, 2018); de
Hernandes Dias Lopes, As faces da espiritualidade (São Paulo: Candeia, 2000); e de Henri J. M. Nouwen,
Tudo se fez novo: um convite à vida espiritual (Brasília: Palavra, 2018).

1
principais ataques apresentados às propostas mais populares de espiritualidade evangélica

são:

1. A teoria e a prática dessas propostas de espiritualidade foram formuladas, em

geral, sem muito critério e a partir de autores com posições teológicas

diferentes, católicos ou protestantes, liberais ou evangélicos, e seriam, portanto,

elementos de um movimento ecumênico, introduzindo no seio evangélico, com

prejuízo da ortodoxia doutrinária de suas tradições denominacionais, conceitos

que minariam o evangelicalismo e práticas estranhas como a veneração de

imagens, a mediunidade e uma autoconfiança pecaminosa;

2. Os conceitos de espiritualidade divulgados cortejariam com o misticismo, o

panteísmo pagão, o movimento da Nova Era e a psicologia humanista, pelas

semelhanças de práticas, conceitos;

3. Várias ênfases de espiritualidade resgatariam o ascetismo e o monasticismo,

um legalismo que consistiria na negação da graça redentora de Cristo;

4. As propostas para a espiritualidade evangélica seriam idênticas às propostas de

espiritualidade fundamentadas numa teologia liberal, no catolicismo romano e

nas religiões orientais, o que seria confirmado pelo uso comum de termos como

“formação espiritual”, “meditação”, “transcendente”, “vida interior”,

“mística”, entre outros;

5. A aproximação proposta pela espiritualidade com o sobrenatural divino seria

um caminho aberto para o controle da mente por entes espirituais malignos, que

culminaria na possessão demoníaca;

2
6. O subjetivismo da orientação espiritual divina anularia o papel primordial da

revelação objetiva de Deus nas Escrituras Sagradas;

7. A espiritualidade seria um fenômeno pós-modernista, com uma proposta de

religiosidade adogmática e desinstitucionalizada.3

Uma espiritualidade formada pela mescla de ensinamento bíblico, tradição religiosa e

psicologia secular tem demonstrado suas inconsistências, por causa da dificuldade de

harmonizar a teologia bíblica com uma tradição religiosa com vários conceitos não

bíblicos4 e com uma psicologia em geral humanista, evolucionista e materialista.5

3
Herbert E. Douglass, Profecias surpreendentes (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 157-188;
Augustus Nicodemus G. Lopes, O ateísmo cristão e outras ameaças à igreja (São Paulo: Mundo Cristão,
2011), p, 162-169; C. Raymond Holmes, The Road I Travel: My Journey Along the Narrow Way
(Hagerstown, MD: Review and Herald, 2011), p. 11-14; Howard Peth, The Dangers of Contemplative Prayer
(Nampa, ID: Pacific Press, 2011); Melody Mason, Ouse pedir mais: a audácia da oração humilde (Tatuí, SP:
Casa Publicadora Brasileira, 2017), p. 258-278; Marcos De Benedicto, “Muitas rotas, um Caminho”, Revista
Adventista, dezembro de 2015, p. 2; Mark L. Finley, “Território proibido”, Revista Adventista, dezembro de
2012, p. 12-17.
4
Fernando L. Canale, Princípios elementares da Teologia cristã: a Bíblia substituindo a tradição
(Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2018).
5
Roger F. Hurding, A árvore da cura: fundamentos psicológicos e bíblicos para o aconselhamento cristão e
o cuidado pastoral (São Paulo: Vida Nova, 2010).

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