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CONSÓRCIO MINEIRO DE

ESCOLAS MÉDICAS
2018

TESTE DE PROGRESSO
COMENTÁRIOS E REFERÊNCIAS
1. D – A Fasceíte necrotizante corresponde à disseminação da 5. A – De fato, alguns aminoácidos podem tornar-se
infecção de um abscesso anorretal para os tecidos moles, tanto condicionalmente essenciais devido à alta demanda proteica,
perianais e perineais quanto para os espaços pré-peritoniais como: arginia, histidina, tirosina, cisteina e glutamina.
ou retroperitoniais. O atraso no diagnóstico, a virulência do Uma complicação como a sepse exibe um comportamento
micro-organismo envolvido, bem como os vários estados de
imunossupressão, são os principais fatores para a disseminação
da infecção. Tem alta morbimortalidade, tratando-se de quadro abaixo extraída do Sabiston:
séptico agressivo, com índices de mortalidade que variam de
8 a 67%, sendo que estas taxas são 2 a 3 vezes maiores em
pacientes diabéticos, idosos, imunossuprimidos e quando
há atraso no tratamento. O tratamento inicial dos abscessos
anorretais deve ser a drenagem cirúrgica imediata para que não
haja propagação da infecção. Em caso de fasceite necrotizante
já instalada, há instabilidade hemodinâmica devido ao choque
séptico, devendo ser realizada ressuscitação volêmica vigorosa,
controle hidroeletrolítico, monitorização invasiva, cultura dos
tecidos e antibioticoterapia empírica para gram-negativos a
anaeróbios até que saiam os resultados das culturas.

GORDON, P.H.; NIVATVONGS, S. Principles and Practice of Surgery


for the Colon, Rectum, and Anus. Ed. Informa Healthcare, 2007.
BECK, D. E.; ROBERTS, P. L.; ROMBEU, et al. Manual de Cirurgia
Colorretal da ASCRS. Ed. DiLivros, 2011.

2. C – O diagnóstico do pneumotórax hipertensivo é clinico, e


o tratamento deve ser imediato, com introdução de agulha no

drenagem torácica.

WAY, L.W. Cirurgia Diagnóstico & Tratamento. 11ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010.
Disponível em: <http://medicinanet.com.br/>. Acesso em: 26/11/2017.
Disponível em: <portalmédico.org.br>. Acesso em: 26/11/2017.

3. A – A persistência do conduto peritoneovaginal é fator


de risco para o aparecimento de hérnia inguinal mesmo em
pacientes adultos. A hérnia tipo I não ocorre por alteração da
matriz de colágeno. As hérnias tipo I e II de Nyhus são indiretas.
A hérnia tipo III é direta.

TOWNSEND, C.M. et al. Sabiston - Tratado de Cirurgia. 19ª ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014. 2240p.

hérnias inguinais. In: VICTER, F.C.; BRAVO NETO, G.P. (Orgs).


Colégio Brasileiro de Cirurgiões. PROACI Programa de Atualização em
Cirurgia: Ciclo 12. Porto Alegre: Artmed Panamericana, 2016. p.45-59.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 3)

hérnias. In: MANSO J.E.F. F.C.; SILVA, F.C.D. (Orgs). Colégio Brasileiro
de Cirurgiões. PROACI Programa de Atualização em Cirurgia: Ciclo
9.. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2013. p.75-100. (Sistema de O cortisol tem papel importantíssimo na REMIT. Sua
Educação Continuada a Distância, v. 3) suplementação, porém, restringe-se aos pacientes em uso

4. B – A rotina de pesquisa do abdome agudo se inicia com A formação de uréia hepática somente aumentará se ocorrer a
gliconeogenese a partir de proteólise.
obstrução do trato gastrointestinal, a radiologia convencional
foi diagnóstica em 100% dos casos e estabeleceu a conduta MEDEIROS, A.C.; DANTAS FILHO, A.M. Resposta Metabólica ao
de intervenção precocemente. Trauma J Surg Cl Res. v. 8 (1), 2017. p.56-76.
Response to trauma and
TOWNSEND, C.M. et al. Sabiston - Tratado de Cirurgia. 19ª ed. Rio de metabolic changes: posttraumatic metabolism. Ulus Cerrahi Derg.
Janeiro: Elsevier, 2014. 2240p. 2014; 30(3):153-9.
MONTEIRO, A.M.V.; LIMA, C.M.A.O.; RIBEIRO, E.B. Revista do TOWNSEND, C.M. et al. Sabiston text book of surgery: The biological
Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. Janeiro/Junho 2009. basis of modern surgical practic. Elsevier Saunders, 2017.

1 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


6. C – A cirurgia bariátrica está indicada para pacientes com os sangramentos por doença diverticular ocorrem devido ao
IMC maior que 35 kg/m2 associado a comorbidades, que serão trauma dos vasa recta por fecalitos. Apesar de ser a causa mais
melhor controladas ou curadas após a perda de peso. Para
IMC maior que 40kg/m2, a indicação poderá ocorrer mesmo é um evento relativamente raro (4-17% dos pacientes com
que não haja comorbidades associadas. É necessário que diverticulose). O risco de ressangramento, entretanto, é alto
haja tentativa de tratamento clínico por pelo menos 2 anos e (25% após 1 episódio e 50% entre os pacientes com mais de
que paciente e familiares concordem com a necessidade de
seguimento pós-operatório por longo prazo. Pacientes com dietéticas. O tratamento cirúrgico está indicado quando
IMC entre 30 e 39,9 Kg/m2 não se enquadram nos critérios há persistência do sangramento, e esse não se presta à
estabelecidos para cirurgia bariátrica.

DINIZ, M.T.C.; DINIZ, M.F.H.S; SANCHES, S.R.A; ROCHA, A.L.S. GORDON P.H.; NIVATVONGS, S. Principles and Practice of Surgery
Cirurgia bariátrica e metabólica: abordagem multidisciplinar. São for the Colon, Rectum, and Anus. Ed. Informa Healthcare, 2007.
Paulo: Atheneu, 2012. BECK, D. E.; ROBERTS, P. L.; ROMBEU, et al. Manual de Cirurgia
Colorretal da ASCRS. Ed. DiLivros. 2011.
7. A – Clorexedina é a melhor indicação devido à ação BEAUCHAMP, COURTNEY, M.; TOWNSEND. Sabiston - Tratado de
prolongada – germicida. Iodóforos são bactericidas, o álcool Cirurgia. Ed. Elsevier. 2010.
FAUCI A.S.; BRAUNWALD, E. Manual de Medicina – Harrison. Ed.
tem ação fugaz, e os derivados clorados tem alta toxicidade.
Artmed. 2013.

TOWNSEND, C.M. et al. Sabiston - Tratado de Cirurgia. 19ª. ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2014. 2240p. 10. B
MORIYA, T.; MÓDENA, J.L.P. Assepsia e antissepsia: técnicas de mais comum de melanoma, geralmente, envolvendo pele
esterilização. Medicina (Ribeirão Preto). 2008; 41 (3): 265-73. exposta ao sol. Acomete principalmente o dorso de homens e
membros inferiores de mulheres. Os nevos displásicos podem
8. C – A cirurgia videolaparoscópica tem como contra indicação ser precursores diretos dos melanomas e, quando múltiplos,
relativa a presença de múltiplas aderências pela maior são marcadores de risco aumentado para a neoplasia. Porém,
a vasta maioria dos nevos displásicos são clinicamente
a obesos, podendo ser realizada sem a necessidade de estáveis e nunca evoluem para a malignização. A maioria dos
emagrecimento. Diante do histórico de múltiplas aderências e melanomas é esporádica e está relacionada, sobretudo, ao
das cicatrizes de laparotomia, a colecistectomia pelo método fator ambiental predisponente: danos causados pela radiação
aberto deve ser considerada como possibilidade no caso. ultravioleta devido à exposição ao sol. Somente 10% a 15%
A decisão terapêutica deve ser sempre um consenso entre
o médico e o paciente, o qual deve ser um sujeito ativo no dominante com penetrância variável. Os nevos melanocíticos
processo de seu tratamento e ser devidamente esclarecido são neoplasias benignas comuns, que se caracterizam por
para participar desta decisão.
pigmentadas e pequenas (geralmente menores que 6 mm de
TOWNSEND, C.; BEAUCHAMP, R.; DANIEL, E. B.; MARK, M.; diâmetro). Os melanomas cutâneos, ao contrário, geralmente,
KENNETH, L. Sabiston Tratado de Cirurgia. 17. ed. Rio de Janeiro: apresentam bordas irregulares, coloração heterogênea,
Elsevier, 2015.1v. 20p + índice. aspecto assimétrico e são maiores que 6 mm de largura.
WAY, L.W.; DOHERTY, G.M. Cirurgia: Diagnóstico & Tratamento.
11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 503p. KUMAR, V; ABBAS, A. K; FAUSTO, N. Robbins & Cotran: Patologia -
Bases Patológicas das Doenças. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
Toulson Davisson; ROCHA, Paulo Roberto Savassi. Fundamentos em BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo- Patologia. 9ª Ed. Rio de Janeiro:
Cirurgia. Belo Horizonte: Coopmed, 2006. 2v. 639p. Guanabara Koogan, 2016.

9. C – A infecção gástrica pelo H. pylori é hoje responsável 11. D – Paciente com doença neoplásica, idoso e com
por mais de 95% dos casos de úlcera duodenal e, também,
por 80% dos portadores de úlcera gástrica. O uso de anti- trauma cirúrgico de grande porte deve ser submetido à TN por

na população mais idosa. As evidências do papel do H.


pylori na úlcera péptica provêm dos ensaios terapêuticos
que demonstram que a erradicação do microorganismo se NASCIMENTO, J.E.A.; CAMPOS, A.C.; BORGES, A.; CORREIA,
acompanha de cura do processo ulceroso gástrico ou duodenal M.I.T.D; TAVARES, G.M. Terapia Nutricional no Perioperatório. Projeto
na imensa maioria dos pacientes, e a recidiva da doença Diretrizes Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral.
ulcerosa só ocorre na presença de falha na erradicação ou Associação Brasileira de Nutrologia, 2011
recidiva do processo infeccioso. A estratégia utilizada hoje
consiste na utilização de um inibidor de bomba de prótons, 12. C – A pressão no sistema portal, como em qualquer outro
associado a dois antibacterianos. AINEs são considerados sistema vascular, é o resultado
como uma causa estabelecida de úlcera péptica, podendo sanguíneo (Q) e a resistência vascular (R) que se opõe a
ocorrer após administração oral ou sistêmica das drogas. Já a pressão portal pode aumentar se houver

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íneo portal ou da resistência vascular, 17. A – O enunciado descreve uma paciente idosa que
ou de ambos. O propranolol atua causando vasoconstrição

pressão no sistema porta. muito frequente em nossos ambulatórios. Em sua avaliação


clínica, é revelado um aneurisma de aorta abdominal. O grande
MARTINELLI, A.L.C. Hipertensão portal. Medicina, Ribeirão Preto, 37: temor do aneurisma de aorta abdominal é a sua expansão e
253-261, jul./dez. 2004. ruptura, complicação que guarda íntima relação com o diâmetro
inicial do vaso. No entanto, para aneurismas com essas
13. B – Paciente idoso com icterícia indolor de inicio há 03 medidas (4,3cm) não há indicação de intervenção cirúrgica ou
semanas, associado a exame físico que evidenciou vesícula endovascular. Um aneurisma com diâmetro > 5,5cm indicaria
palpável, deve ter como principal hipótese diagnóstica os conduta intervencionista (o que poderia ser discutível neste
tumores periampulares. Para diagnóstico, devemos solicitar
TC de abdome, que tem precisão de até 90% no diagnóstico
de adenocarcinoma de pâncreas. A hipótese de hepatite está
KUIVANIEMI, H.; PLATSOUCAS, C.D.; TILSON, M.D. Aorticaneurysms:
excluída pelo histórico do paciente, exame físico e exames
na imune Diseasewith a Strong genetic componente. Circulation. 2008;
laboratoriais sem aumento expressivo de TGO e TGP. O
117:242-52.
paciente com coledocolitíase apresenta-se com dor abdominal
ABURAHMA, A.F.; DELUCA, JÁ. Anévrysme non anastomotiques
intensa, associado à icterícia de início agudo e habitualmente multiplex d`une prothésefemoro-poplitée em dacronvelours externe
sem vesícula palpável. annelée. Ann ChirVasc, 1995; 9:493-6
CARVALHO, F.; BRITO, V.P.M.R; TRIBULATTO, E.C.; VAN BELLEN, B.
COELHO, J. C. U. Aparelho digestivo: clínica e cirurgia. São Paulo:
Estudo prospectivo da morbi-mortalidade precoce e tardia da cirurgia
Atheneu, 2007. p.1867-1877.
do aneurisma da aorta abdominal. ArqBrasCardiol. 2005; 84(4):292.

14. A – Folhetos informativos, fotoproteção e uso de chapéu


18. D – A punção biópsia aspirativa deste achado torna
ou boné são métodos de promoção e prevenção ao câncer
possível acessar o descritor N, do Sistema TNM, que é
de pele e devem ser realizados em uma campanha com o
o principal preditor de prognóstico, além de tornar mais
objetivo de orientar sobre os riscos de exposição excessiva
breve e de menor custo a coleta deste material. A coloração
aos raios solares – os quais causam câncer –, e as formas de
evitá-los. Não existe vacinação para evitar o câncer de pele. A histológico. A drenagem tubular não deve ser realizada sem
quimioterapia e radioterapia são métodos de tratamento e não
de promoção e prevenção. A exérese do tumor com margens e citopatológicas do líquido pleural. O exame de escarro tem
de 0,5 cm também é uma forma de tratamento e não entra
como promoção e prevenção.
conduta além dos quais o caso já apresenta: idade, hábitos,
Disponível em: <http://www2.cirurgiaplastica.org.br/>.
MÉLEGA. Cirurgia Plástica: Fundamentos e Arte Princípios Gerais.
imagem radiológica com consolidação e derrame pleural e a
Guanabara, 2002. linfadenopatia supraclavicular.
WEINZWEIG, Jeffrey. Segredos em Cirurgia Plástica. Porto Alegre:
HETZEL, J. L; FELICETTI, J.C. MOREIRA J. S. CAMARGO, J.J. ; PORTO,
ARTMED, 2001.
N. Câncer de Pulmão. In: Silva, L.C.C. (org). Pneumologia:princípios e
SHONS, Alan R.; JENSEN, Robert M. Plastic Surgery Review.
prática. Artmed: Porto Alegre, 2012. p.565-583.
Philadelphia : Saunders, 1993.
McCarthy. Plastic Surgery General Principles. Universidade de
19. B
Michigan: Saunders, 1990.
da coxa direita, indica uma queimadura de espessura parcial
em cerca de 4 a 5 % da superfície corporal em um adulto
15. B – A maior ingestão hídrica dilui agentes carcinogênicos
(maior de 12 anos). Nos casos de queimaduras de espessura
na urina, diminuindo a incidência de carcinoma urotelial. A
parcial superior a 20% da superfície do corpo (SC) em adulto
suplementação de vitamina D não se relaciona aos carcinomas
ou 10% da SC em criança ou 5% SC em criança menor que
dois anos de idade, recomenda-se que seja feita a remoção
imediata, com encaminhamento adequado dos usuários
sobre o adenocarcinoma de próstata, não urotelial. a uma unidade de queimados ou à unidade hospitalar mais
KAVOUSSI, L. R, et al. Campbell-Walsh urology. 10. ed. Philadelphia:
próxima, para internação. Os tratamentos de queimaduras
de espessura parcial são: anamnese (como, quando, onde e
Sauders, 2012. p. 2314.
com o que ocorreu a queimadura); analgesia; comprovação da
imunização antitetânica; limpeza da superfície queimada com
16. C – A tansulosina é um alfa-bloqueador seletivo com efeito
clorexidina ou sabonete/sabão; curativo não aderente com
de relaxar a musculatura lisa do ureter distal, facilitando a
murim (gaze) ou compressa alva com ácido graxo essencial
passagem do cálculo. As demais alternativas possuem apenas
(AGE), chumaços de gaze, ataduras e/ou talas para conforto.
medicamentos com efeito analgésico.
Após 48 horas, o curativo deve ser trocado com degermação
da superfície queimada e curativo fechado.
DIRETRIZES PARA UROLITÍASE – 2012. Disponível em: <http://
portaldaurologia.org.br/medicos/wp-content/uploads/2017/06/369.pdf>. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à demanda espontânea
Acesso em: 27/03/2018. na APS. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. p.186-194.

3 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


20. D – Essa paciente politraumatizada com Glasgow 8 tem 25. D – Trata-se de um quadro de pancreatite aguda (PA),
indicação precisa de entubação orotraqueal/ventilação. O devido à dor abdominal sugestiva de origem pancreática
trauma torácico deve corresponder a um hemopneumotórax e, (epigástrica com irradiação “em cinta” para o dorso) e
portanto, indicação absoluta de drenagem torácica e obviamente
duplo acesso venoso periférico com expansão volêmica. Esta lipase. A litíase biliar é uma das causas mais frequentes de
é a sequência óbvia do atendimento a essa paciente. O trauma PA e, juntamente com o alcoolismo, corresponde a cerca de
fechado acima da clavícula deve ser considerado como um 65 a 80% dos casos. A paciente tem vários fatores de risco
trauma de coluna, até que haja um diagnóstico mais preciso. A para colecistolitíase (sexo feminino, obesa, diabética, idade
proteção da coluna com colar cervical é essencial.
pâncreas provoca episódios recorrentes de PA, mas é uma
American College of Surgeons. Comitee on Trauma. ATLS: Advanced doença que se manifesta na infância. O hiperparatireoidismo
Trauma Life Support Program for Doctors. 1. ed. Chicago: American é uma causa rara de PA e resulta em hipercalcemia, a qual
College of Surgeosn, 2014. estimula a ativação do tripsinogênio, dando início à lesão das

21. D – O uso de motocicletas com frenagem antibloqueio evita


derrapagens com choque direto do corpo do usuário a objetos
DANI, RENATO. Pancreatite aguda. In: DANI, Renato; PASSOS, Maria
anteparos na região lombar possam ajudar na prevenção do do Carmo Friche (Org). Gastroenterologia Essencial. Rio de Janeiro:
TRM. O uso de cinto de segurança não está regulamentado Guanabara Koogan, 2011. p. 980-995.
como obrigatório pelo conselho nacional de trânsito. A
velocidade recomendada para evitar acidente é menor que 26. A – O paciente apresenta um quadro típico de herpes
88,55 Km/h. zoster, que é uma infecção pelo vírus Varicela-Zoster ou
Herpes Simples tipo 3. O quadro clínico do Zoster inicia-se
SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica com um pródromo de dor intensa – como uma queimação
moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier. – no dermátomo acometido, seguido do aparecimento de

22. B – Trata-se de um caso de pneumotórax hipertensivo,


caracterizado pelo comprometimento hemodinâmico e líquidas, que podem coalescer ou permanecer isoladas e
respiratório. Por se tratar de uma situação emergencial, a aparecem sobre uma área de mancha ou placa eritematosa.
conduta imediata a ser tomada é a descompressão torácica,
seguida, a posteriori, pela drenagem pleural. de aspecto endurecido, condizem com as características de

LEÃO, L. E. V.; CROTTI, P. L. R. Pneumotórax. In: SAAD JÚNIOR, R.


A descrição de nódulos ou nodosidades eritematosas com
et al. Cirurgia torácica geral. São Paulo: Atheneu, 2005. p.697-707.
cratera central de material córneo e telangiectasias condiz com

23. A –
tumor, cuja perda de sua função (associada à perda de sua descamativas, com bordas mais evidentes, com crostas e
heterozigose) leva à perda no controle da proliferação celular. tinea corporis
Considerando o diagnóstico de PAF, é necessário rastreamento, (micose cutânea).
uma vez que é uma síndrome hereditária. O gene APC não é
AZULAY R.D; AZULAY-ABULAFIA, L. Dermatologia. 6. ed. Rio de
tumor. Na PAF não ocorre a ativação do gene APC nas células Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 1000p.
cancerosas e sim a perda de função. Os genes MLH1 e MSH2 BELDA J.R., W. et al. Tratado de dermatologia. São Paulo: Atheneu,
estão associados ao câncer colorretal hereditário sem polipose 2014. 2695p.
e não à PAF. SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. 2. Ed. São Paulo:
Artes Médicas, 2001. 1156p.
JORDE, L.B.; CAREY, J.C.; BAMSHAD, M.J. Genética médica.4. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 27. D – A administração de doses repetidas de b2-agonistas
NUSSBAUM, R. L.; NCLINNES, R. R.; WILLARD, H. F. Thompson &
por via inalatória, na primeira hora, constitui a medida inicial
Thompson genetica médica.7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

de ipratrópio pode ser empregado em doses repetidas,


24. D – Colecistite alitiásica ocorre em até 15% dos casos de pós-
administrado conjuntamente com um b2-agonista de curta ação.
Os corticoides sistêmicos são essenciais no tratamento da
ocorre por isquemia e reperfusão. A complicação infecciosa
exacerbação e devem ser usados precocemente, pois reduzem
com peritonite secundária tem bactérias gram-negativas como
E coli como agente mais frequente.

TOWNSEND C.D.; BEUCHAMP R.D.; EVERS B.M.; MATTOX K.L.


Sabiston: Tratado de Cirurgia, A Base da Prática Cirúrgica Moderna.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª ed., Rio
18ª.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Vol I e II.
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
SIQUEIRA, V.S.; AMBRÓSIO, A. V.A.; CUNHA, P. F.; FURTADO, V. M.;
BROADDUS, V. C.; MURRAY & NADEL. Tratado de Medicina
SOUZA, T. O.; ABRANTES, W.L. Colecistite alitiásica aguda:revisão de
Respiratória. 6ª ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
literatura. Rev Med Minas Gerais, 2012; 22 (Supl 5): S59-S62.

4 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


28. B – A paciente tem um quadro de dispneia súbita, com
dor torácica de característica pleurítica, acompanhada de hipocinesia, como sugeridas no ECG, além da baixa fração de
dessaturação e sinais compatíveis com trombose venosa ejeção do ventrículo esquerdo, levando à conclusão de que
profunda (TVP) em MIE. A probabilidade pré-teste de houve disfunção cardíaca sistólica de origem isquêmica.
tromboembolismo pulmonar (TEP) é alta. No caso, são
diagnóstico de disfunção sistólica.
de ventrículo direito (taquicardia sinusal, S1Q3T3), além de
aumento de marcadores de gravidade de TEP – pró-BNP e sejam indicativas da existência de disfunção ventricular, pode
troponina I. Diante disso, o diagnóstico de TEP é altamente demonstrar achados que sugiram a etiologia, como a presença
provável, embora não tenha sido mencionada a realização de de ondas Q patológicas, que indicam etiologia isquêmica.

Para uma paciente com TEP e presença de marcadores de


gravidade, é esperado que a gasometria evidencie PaO2 baixa, Uma concentração de BNP normal ou baixa torna pouco
PaCO2 baixa ou raramente normal – nos casos em que haja
boa reserva funcional pulmonar –, gradiente alvéolo-arterial interessante para o diagnóstico diferencial de dispneia na sala
aumentado ou raramente normal, mas nunca diminuído. de emergência.
Como há fortes indícios de sobrecarga de ventrículo direito ao
ECG, o ecocardiograma poderia revelar quaisquer das seguintes Clínica
médica, vol. 2: doenças cardiovasculares, doenças respiratórias,
função do VD, regurgitação tricúspide, motilidade anormal emergências e terapia intensiva. Barueri/SP: Manole, 2009. cap.19. p.
da parede septal, sinal de McConnell’s – todos indicativos de 240-258.
sobrecarga do VD ou hipertensão pulmonar.
In: LOSCALZO, J. Medicina Cardiovascular de Harrison. 2ªed. Porto
Alegre/RS: Artmed, 2014. cap.17 p.140-154.
RAJA, A.S.; GREENBERG, J.O.; QASEEM, A.; DENBERG, T.D.;
FITTERMAN, N.; SCHUUR, J.D. Clinical Guidelines Committee of the
American College of Physicians. Evaluation of Patients With Suspected 31. B – O ácido acetilsalicílico é o primeiro agente a ser
Acute Pulmonary Embolism: Best Practice Advice From the Clinical usado depois de oxigênio e nitrato SL, quando não há
Guidelines Committee of the American College of Physicians. Ann contra indicação. Ele diminui a mortalidade em um evento
InternMed. 2015 Nov 3; 163(9):701-11. doi: 10.7326/M14-1772. Epub, de síndrome coronariana aguda. O uso de nitrotoglicerina
2015 Sep 29. PubMedPMID: 26414967. endovenosa não deve ser utilizado de rotina, pois não altera
o prognóstico dos pacientes, exceto em pacientes com dor
29. A – persistente. Os bloqueadores dos canais de cálcio não são
atingir níveis menores que 130/80 mmHg na maioria dos adultos indicados como rotina em tais pacientes. A recanalização da
hipertensos, especialmente da raça negra. Em pacientes
ou com intervenção coronariana percutânea (ICP).

ou bloqueador de canal de cálcio. MEGA, J. L. et al. ST – elevation myocardial infarction management. In:
Nos pacientes negros, inibidores da enzima de conversão da BRAUNWALD. Heart Disease – a textbook of cardiovascular medicine.
10. ed. Philadelphia: Elsevier, 2015. p. 1095-155.
MARTINS, Herlon Saraiva et al. Emergências clínicas: abordagem
comparado com os bloqueadores de canal de cálcio. prática. 10 ed. Barueri, SP: Manole, 2015. p. 798-837.
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina,
bloqueadores de receptor de angiotensina e inibidores diretos 32. A – A ausculta cardíaca na estenose mitral é
da renina não devem ser usados em combinação.
Betabloqueadores não são recomendados como agentes de associado à hiperfonese de P2. Com relação à etiologia
primeira linha a não ser em pacientes com doença cardíaca da doença valvar no caso clínico, há referência à doença
reumática na infância (febre e artrite). O sopro da estenose
aórtica é sistólico, e a etiologia degenerativa é predominante
WHELTON, P.K.; CAREY, R.M.; ARONOW, W.S.;,CASEY, D.E. Jr.; em pacientes idosos.
COLLINS, K.J.; DENNISON HIMMELFARB, C.; DEPALMA, S.M.;
GIDDING, S.; JAMERSON, K.A.; JONES, D. W. et al. ACC/AHA/ BRAUNWALD, E. Tratado de Doenças Cardiovasculares. 9ª ed. Rio de
AAPA/ABC/ACPM/AGS/APhA/ASH/ASPC/NMA/PCNA Guideline for Janeiro: Elsevier, 2013.
the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High Blood
Pressure in Adults: Executive Summary: A Report of the American 33. C – A paciente apresenta-se clinicamente bem, sem qualquer
College of Cardiology/American Heart Association Task Force on evidência de infecção bacteriana grave, sem sinais de sepse,
Clinical Practice Guidelines. Hypertension, 2017.

30. C – O ecocardigrama é o método de eleição para bacterianas graves, com repercussão clínica e hemodinâmica.
documentação da disfunção cardíaca, uma vez que fornece Ela está assintomática e apresenta leucocitose com desvio
“escalonado” para esquerda (isto é, com a presença de todos

5 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


os estágios de maturação da linhagem mieloide) e discreta A primeira enzima na via sintética das prostaglandinas (PG) é
trombocitose, além de esplenomegalia moderada, compatíveis a ciclo-oxigenase, também conhecida como PG G/H sintase.

leucemias agudas, que podem ser de linhagem mieloide ou instáveis PGG2 e PGH2, além de promover a produção de
linfoide, o desvio para esquerda será com “hiato”, isto é, com prostanoides, tromboxano A2 e de uma variedade de PG. Além
predomínio de blastos, sem evidência de maturação celular. dessa, várias outras enzimas com atividade sintase estão
envolvidas no processo de formação dos prostanoides. Diante

sem desvio para esquerda, e usualmente não cursam com


esplenomegalia.
BRUNTON, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Tratado de Medicina Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw, 2012.
Interna. 23. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 2v. 1528p + índice. KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 8. ed. Hill, 2012
Principles of Internal Medicine. Harrison’s 16. Ed
Ricardo. Hematologia: fundamentos e prática. 1ª. ed. São Paulo: CARVALHO, M. A. P.; LANNA, C. C. D.; BERTOLO, M. B. Reumatologia
Atheneu, 2004. 1081p. Diagnóstico e Tratamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.
Tratado de Clínica Médica. 3ª. ed. São Paulo:
Roca, 2016. 1v. 1473p + índice. 36. B – A hipocalemia é quando o potássio sérico está
abaixo de 3,5 mEq/L e é, na maioria das vezes, multifatorial
34. D – (baixa ingestão associada a perdas urinárias ou nas fezes).
DRGE (pirose e regurgitação) e suspeita de sintomas atípicos
(tosse), está recomendado o início da terapia com inibidor da diuréticos tiazídicos, de insulina na cetoacidose diabética, uso
bomba de prótons. de beta 2 agonistas e aumento dos níveis de adrenalina, como
no estresse cirúrgico.
semanas) é a síndrome da gota pós-nasal seguida de asma, Os níveis séricos de sódio estão normais – VR de 135 a 145
mEq/L.
de 90% das causas. Portanto, diante de pacientes com tosse
KOKLO, J. P. Fluids and electrolytes. ln: Goldman L. Ausielllo D.
editors. Cecil. Textbook of Medicine. 22. ed. Elsevier, 2004. p.682-7
Nimish Vakil, F.A.C.G., Sander V. van Zanten, Peter Kahrilas, GIEBISCH G.; HEBERT S.C.; WANG W.H.. New aspects of renal
John Dent, Roger Jones and the Global Consensus Group. The
YOUN J. H. Gutsensingofpotassiumintakeand its role in
Disease: A Global Evidence-Based Consensus. Am J Gastroenterol potassiumhomeostasis. SeminNephrol. 2013;33:248-56.
2006;101:1900–1920.
37. D –
35. A – A COX-1 é a enzima responsável pela produção de emergencial por haver risco iminente para a vida do paciente.
prostaglandinas na região da mucosa estomacal, as quais
são responsáveis pela vasodilatação local que permite o
aumento da quantidade de bicarbonato e muco. Isso é um ou maior que 6,5mEq/L;
– hipervolemia: edema, derrame pleural, congestão pulmonar, ICC;

clássicos (AINEs) são inibidores não seletivos da COX, podem


promover a inibição tanto da COX-1 como da COX-2. Por CURRENT. Medical Diagnosis & Treatment. Lange, 2018.
isso, um dos riscos do uso prolongado de AINEs clássico é o KNOBEL, Elias. Condutas no Paciente Grave. Atheneu, 2016.

Os AINES são inibidores não seletivos da COX-1 e COX-2, 38. D –


mas não inibem a via da lipo-oxigenase (LOX) no metabolismo
que geralmente é acompanhada de sintomas como fadiga,
de leucotrienos. distúrbios do sono, cefaleia, parestesias, síndrome do intestino
A biossíntese dos eicosanoides é limitada pela disponibilidade
dos substratos e depende principalmente da liberação do
neurológico. A única alteração é a presença dos “tender points”,
que podem coincidir com o achado de nódulos musculares, que
enzimas que sintetizam eicosanoides por meio das acil- ocorrem em decorrência de espasmos musculares. Disfunção
hidrolases, principalmente a fosfolipase A2 (PLA2). Portanto, a cognitiva é outra queixa frequente, como, por exemplo,
ativação dessa enzima está relacionada à ativação da via dos
eicosanoides e, consequentemente, ao aumento da produção
CARVALHO, Marco Antonio P.; BÉRTOLO, Manoel Barros; LANNA,
e febre. Cristina Costa Duarte. Reumatologia – Diagnóstico e Tratamento. 4ª
Sintase é uma enzima que catalisa um processo de síntese. Ed., 2014.

6 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


39. C – Antes da evolução para morte encefálica, muitos deles é humor triste ou perda de interesse na maior parte dos
pacientes apresentam-se na condição de “morte encefálica dias há pelo menos 2 semanas. A perda do interesse é vinculada
ao desempenho da tarefa laboral e não generalizada.
e reconhecidas nas unidades de atendimento de pacientes Transtorno com presença de sintomas depressivos e ansiosos
graves, sendo importante enfatizar que pacientes nessas que não preenchem critérios para nenhum deles e não se pode

ter todos os cuidados intensivos mantidos e garantidos até e localizados, situação que mudaria o diagnóstico para a
categoria dos transtornos relacionados a trauma e estressores.

MASLACH, C. Burnout: A Multidimensional Perspective. In:


SCHAUFELI, W.B., MASLACH, C.; MAREK, T. (Eds.). Professional
encefálico e apneia permanente. De acordo com a resolução Burnout: Recent Developments in Theory and Research. Washington
CFM nº 1480 e a lei 9434, não é possível prosseguir o exame DC:Taylor and Francis, 1993. p.1-13.
de morte encefálica quando não for possível avaliar todos
42. C – O paciente apresenta um quadro de cetoacidose
uso do eletroencefalograma reside no fato de poder resultar diabética de gravidade moderada devido a provável omissão de
em inatividade elétrica cerebral na presença de fatores dose de insulina. A conduta imediata para o caso é hidratação
confundidores, como distúrbios metabólicos graves, hipotermia
e efeito de alguns medicamentos depressores do SNC. De A reposição do potássio também está indicada para níveis de
acordo com o Código de Ética Médica do Conselho Federal de potássio abaixo de 5,0 mEq/L.
Medicina (Resolução CFM nº 1931, de 17 de setembro 2009), A reposição de líquidos deve ser vigorosa nas primeiras horas.
é vedado ao médico participar do processo de diagnóstico da
morte encefálica quando pertencente à equipe de transplante. usado em pacientes com o Na+ sérico normal ou elevado. Para
WESTPHAL, G.A. et al. Diretrizes para avaliação e validação do evitar arritmias graves, a insulina deve ser postergada até a
potencial doador de órgãos em morte encefálica. Rev. Bras. Ter. normalização do potássio.
Intensiva, v. 28, n. 3, p. 220-255, 2016. A insulina Regular, de preferência endovenosa em bomba
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de ética médica: de infusão, deve ser administrada, mas somente após a
resolução CFM nº 1931, de 17 de setembro de 2009. Brasília: Conselho normalização do potássio sérico.
Federal de Medicina, 2010. A leucocitose sem desvio à esquerda é comum na cetoacidose
diabética e se deve à intensa atividade adrenocortical, portanto,
40. A – O paciente apresenta anemia macrocítica associada a antibioticoterapia não é indicada.
à leucopenia, plaquetopenia e redução dos reticulócitos,
além de sintomas de neuropatia periférica, desmielinização RAMOS, A.J. S. R. Emergências em Diabetes. In: VILAR, L.
Endocrinologia Clínica. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
da substância branca do cérebro, como parestesias de
2017. cap. 70, p. 788-805.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade
gástrica. Há redução dos níveis séricos de cianocobalamina Brasileira de Diabetes. Cetoacidose diabética. Editora Clannad, São
apoiando o diagnóstico de anemia perniciosa. Os níveis Paulo: 2017-1018.

Melito. In: SAAD, M. J. A.; MACIEL, R. M. B.; MENDONÇA, B. B.


realizado com cianocobalamina por via parenteral devido à Endocrinologia: Princípios e Prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu,
2017. cap. 58, p. 979-999.

GOLDMAN, L.; BENNETT, J. C.; SCHAFER, A. I. Cecil medicina. 22.


43. D – Os critérios da International Diabetes Federation
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2v.
ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Hematologia: fundamentos
(IDF) são os mais utilizados atualmente para diagnóstico
e prática. São Paulo: Atheneu, 2004. p. 779-787. de síndrome metabólica. De acordo com esses critérios, a
FIGUEIREDO, M. S.; FERMINO, A. F. Guia de hematologia. São Paulo: paciente precisa ter obesidade central, com cintura >80cm
Manole, 2011. p. 27-35. (para mulheres sul-americanas) associado a, pelo menos, 2
dos seguintes critérios:
41. B – A síndrome de Burnout se caracteriza por 3 elementos
básicos: exaustão emocional, despersonalização e redução da dislipidemia).
satisfação pessoal e está intrinsecamente ligada ao trabalho, o b) HDL < 40mg/dl (para homens) e < 50mg/dl (para mulheres).
qual a pessoa deseja fazer o melhor, mas tem a impressão de c) Pressão arterial elevada >130/85mmHg (ou tratamento

A síndrome de Munchausen é uma síndrome cujo portador d) Glicemia de jejum elevada: >100mg/dl.
provoca sinais para parecer doente (transtorno factício);
Clínicas. In: VILAR, L. Endocrinologia Clínica. 6. ed. Rio de Janeiro:
triste, 2) perda de interesse, 3) alteração do apetite, 4) alteração Guanabara Koogan, 2017. cap. 75, p. 862-869.
do sono, 5) alteração psicomotora, 6) perda de energia, 7) SAAD, M. J. A. Resistência à insulina e Síndrome Metabólica. In: SAAD,
sentimentos de inutilidade ou culpa, 8) redução da capacidade M. J. A.; MACIEL, R. M. B.; MENDONÇA, B. B. Endocrinologia: Princípios
de pensar e 9) pensamentos de morte; em que pelo menos um e Prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. cap. 66, p. 1107-118.

7 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


44. B – A realização de atividade física sempre deve ser 48. C – Os anticorpos (antiperoxidase e antitireoglobulina)
são os principais marcadores da doença autoimune da
e demais comorbidades do paciente. O paciente deve tomar tireóide (DAT), e a dosagem sérica desses autoanticorpos são
sol para fazer a conversão de vitamina D e deve ingerir cálcio utilizados para o diagnóstico na prática clínica. São produzidos
preferencialmente a partir de fontes alimentares. E, sobretudo, a partir da ativação de células B/plasmócitos por células T
deve prevenir quedas. CD4+ (tipo T helper 2) autorreativas.
A suplementação de cálcio e vitamina D está indicada em A prevalência do antiperoxidase é de 80-99% (o mais
prevalente) e do antitireoglobulina é de 35-60%. Além desses
anticorpos, existe um outro tipo, o TRAb (anticorpo contra
o receptor de TSH), que pode estar presente na tireoidite

mas que tem o seu papel mais importante na doença de


massa óssea.
Graves, estimulando esse receptor.
RADOMINSKI, S. C. et al. Brazilian guidelines for the diagnosis and
treatment of post-menopausal osteoporosis. In: Revista Brasileira de os linfócitos T CD4+. O linfócito T helper do tipo 1 desencadeia
Reumatologia, v. 57, p. s452–s466, 2017. uma resposta que resultará em apoptose das células
JEREMIAH, M. P. et al. Diagnosis and Management of Osteoporosis. foliculares e destruição da glândula e o T helper 2, na produção
In: American Family Physician, v. 92, n. 4, p. 261–268, 15 ago. 2015. dos autoanticorpos contra antígenos da glândula. As células
T regulatórias também estão presentes no processo, mas
45. C – Na estrongiloidíase disseminada, a larva pode ser desempenham papel secundário, regulando negativamente a
encontrada, de forma frequente, no escarro (lavado bronco-
ativação de células T autorreativas.

escarro deve ser solicitado no contexto da síndrome de


iodo atenua, enquanto que o aumento da ingestão de iodo
induz doença tireoidiana autoimune. Estudos realizados em
não é universal e não é critério para diagnóstico. Exames
parasitológicos de fezes por métodos convencionais não são aumento na prevalência de tireoidite autoimune e o incremento
sensíveis ao diagnóstico, por isso, é indicada a técnica de da ingestão de iodo na dieta.
Baerman. Em pacientes imunossuprimidos, a sorologia resulta
FREITAS, M.C. et al. Tireoidites: Diagnóstico e Tratamento. In: VILAR,
L. Endocrinologia Clínica. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
SLEISENGER, M.H., et al. Sleisengerand Fordtran’s gastrointestinal 2017. cap. 13, p. 362-376.
and liver disease: pathophysiology, diagnosis, management. DAVES, T. F. Pathogenesis of Hashimoto’s thyroiditis (chronic
Philadelphia: Saunders, 2015. autoimmune thyroiditis). In: UpToDate. Disponível em: <https://www.
WELLER, P. F.; LEDER, K. Strongyloidiasis. Up To Date. Aug. 2017. uptodate.com/contents/pathogenesis-of-hashimotos-thyroiditis-
chronic-autoimmune-thyroiditis>. Acesso em: 12 set. 2018.
46. A –
síndrome retroviral aguda (SRA), inclusive algumas que podem 49. D – Após o parto, os níveis de estrogênio e progesterona
favorecer tal diagnóstico em detrimento das demais síndromes caem abruptamente, possibilitando o aumento da prolactina,
essencial na apojadura, que causa turgência e desconforto
o rash cutâneo desfavorecem o diagnóstico de mononucleose mamário. Após cada mamada, os níveis de prolactina sobem
infecciosa que classicamente se manifesta entre adolescentes mantendo a produção de leite. Cólicas durante a amamentação
e adultos jovens, além do aspecto da faringite. Embora tenha são esperadas e secundárias à liberação de ocitocina, que
referido epidemiologia para toxoplasmose, a apresentação contrai o útero e contribui para sua involução. Dessa forma, os
sintomas relatados pela paciente são normais do puerpério, e a
aguda cursa com icterícia.
continuidade da amamentação deve ser incentivada e apoiada.
BRAUN, D. L.; KOUYOS, R. D.; BALMER, B. et al. Frequency and
Spectrum of Unexpected Clinical Manifestations of Primary HIV-1 FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E
Infection. Clinical Infectious Diseases® 2015; 61(6):1013–21 OBSTETRÍCIA. Manual de Aleitamento Materno. São Paulo, 2010. 142p.
Mandell, Douglas and Bennett’s Principles and Practice of Infectious
Diseases. Ed by Gerald L Mandell, John E. Bennett, Raphael Dolin. 7ª. ed. 50. B – O padrão do corrimento descrito na história clínica,

47. B – A mielina do sistema nervoso periférico é um


prolongamento das células de Schwan, e os nódulos de para o diagnóstico de vaginose bacteriana, cujo agente
Ranvier aceleram o potencial de ação por promoverem a etiológico mais comum é a Gardnerella vaginalis. Todos os
propagação em saltos.
No sistema nervoso central, a mielina é formada pelos
mucosa vaginal/ectocérvice. No caso de infecção por Candida
oligodendrócitos.
sp., além do prurido intenso relatado pela paciente, a vulva,
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. .13.ed. Rio de parede vaginal, e a ectocérvice são geralmente edemaciadas,
Janeiro: Elsevier, 2017. eritematosas, e o padrão da secreção é espessa e em grumos.
MACHADO,A. Neuroanatomia funcional. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2013. No caso de tricomoníase, a ectocérvice e a mucosa vaginal

8 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


são eritematosas, com aspecto “em framboesa”. A infecção por 54. D – A paciente deve ser encaminhada à atenção secundária,
S. aureus pode levar a um quadro grave sistêmico, a síndrome para realização de colposcopia com biópsia dirigida para estudo
do choque tóxico. histopatológico. A associação da colposcopia, da citologia
oncótica e da histologia constitui o chamado “tripé diagnóstico”
FONSECA, Eduardo Cunha; ARAÚJO, Ana Paula Reiss. Corrimentos
vaginais. In: PERÉT, Frederico José Amédeé; CAETANO, João Pedro
que, apesar das críticas, permite realizar o diagnóstico das
Junqueira. Ginecologia & Obstetrícia. Manual para Concursos/ TEGO.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Cap. 30, 2007. vezes. Isto é importante, já que isoladamente a colposcopia
bem como a citologia apresentam alta sensibilidade, porém
51. A – Paciente com quadro de atraso menstrual e dor
abdominal com sinais de irritação peritoneal tem como molecular (captura híbrida) é um adjuvante no diagnóstico,
diagnóstico mais provável gestação ectópica. Para detecção, mas não orienta o tratamento.

endovaginal, exames bioquímicos. A conduta é internação, pois FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA
apesar de estar estável hemodinamicamente, pode evoluir para E OBSTETRÍCIA. Manual de orientação trato genital inferior. São
uma ectópica rota e necessitar de intervenção cirúrgica imediata. Paulo: FEBRASGO, Cap 14, 2010. Disponível em: <http://professor.
pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13162/material/
MONTENEGRO, C.A.B. et al. Lactação. In: MONTENEGRO, C.A.B.; Neoplasia-intra-epitelial-cervical-diagnostico%20.pdf>. Acesso em: 29
REZENDE FILHO, J. (Eds.). Rezende Obstetrícia. 13. ed. Rio de mar. 2018.
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. p. 264-270. SOUZA, Alexandre Mariano Tarcísio de. Neoplasias benignas do colo
SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. 5ª ed. Belo Horizonte: uterino e neoplasia a intraepitelial cervical. In: PÉRET, Frederico José
COOPMED, 2012. Amédeé; CAETANO, João Pedro Junqueira. Ginecologia e obstetrícia:
manual para concurso/ TEGO. 4ª. ed., cap.44. Rio de Janeiro:
52. D – Os primeiros ciclos menstruais são anovulatórios, Guanabara Koogan, 2007. p.337-341.
não obedecem a um ritmo, e isto se deve à imaturidade
55. C – A paciente apresenta hipertensão com proteinúria, o que
aproximadamente dois anos para acontecer, o que explica os indica pré-eclâmpsia. Os exames laboratoriais indicam um quadro
sintomas da paciente. A conduta inicial é, portanto, expectante. de HELLP síndrome, o que caracteriza pré-eclâmpsia grave.
A prescrição de anticoncepcional deve, idealmente, aguardar
o amadurecimento do eixo HHO e depende da intensidade AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS.
dos sintomas. O hipotireoidismo e o prolactinoma, que podem Task Force on Hypertension. In: Pregnancy. Obstet Gynecol, 2013
estar associados a tais sintomas, não são característicos desta Nov; 122(5):1122-31.

dúvida diagnóstica, mas não é o procedimento de primeira


56. C –
linha para esta paciente.
de investigação por citopatologia ou histopatologia, realizados
SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. Belo Horizonte:
Coopmed, 2012. achados invariavelmente sem expressão ao exame clínico das
mamas e as biópsias são orientadas por método radiológico.
53. B – A paciente apresenta um diagnóstico de pielonefrite
em disúria, febre e Giordano positivo bilateralmente (que CHAGAS, C. R. et al. Tratado de Mastologia da SBM. 1. ed. Rio de
é a dor à percussão lombar) e trabalho de parto prematuro Janeiro: Editora Revinter, 2015. v. 1.
LIMA, G. R. et al. Tratado de Ginecologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora
de 4/40”/10’). Neste caso, a conduta correta é internação Atheneu, 2017.
hospitalar para iniciar antibioticoterapia intravenosa, com
esquema de ampicilina 1g a cada seis horas ou cefalosporina 57. A – Trata-se de um tema não raro em nossa sociedade
de segunda geração. Deve-se iniciar a tocólise, podendo ser atual. A paciente vítima de violência sexual deve ser submetida
à contracepção de emergência e à coleta de sangue
para sorologias de doenças sexualmente transmissíveis.
inibidores da síntese de prostaglandinas, sulfato de magnésio,
doadores de óxido nítrico, progesterona. A corticoterapia está principalmente contra o vírus HIV 1-2. Não há indicação de
indicada em gestantes com risco de parto prematuro com idade
gestacional entre 24 e 34 semanas de gestação, a não ser que citopatológico do colo uterino, já que os resultados não têm
o parto seja iminente. A droga de escolha é a betametasona
nenhuma importância no atendimento inicial.
na dose de 12 mg IM a cada 24 horas, no total de duas doses.
Pode ser utilizada a dexametasona na dose de 6mg a cada 12
GONÇALVES, A. et al. Violência Contra A Mulher. Universidade De
horas, no total de quatro doses. Deve-se iniciar tocólise para Mogi Das Cruzes, Mogi das Cruzes, SP, Maio de 2015.
aguardar o tempo de ação do corticoide. DECLARAÇÃO e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial Sobre
a Mulher - Pequim, 1995 - Instrumentos Internacionais de Direitos das
MONTENEGRO, C.A.B. et al. Lactação. In: MONTENEGRO, C.A.B.;
REZENDE FILHO, J. (Eds.). Rezende Obstetrícia. 13. ed. Rio de Mulheres PDF Fev. 201.
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. p. 264-270.
SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. 5ª ed. Belo Horizonte:
COOPMED, 2012.

9 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


58. D – A paciente se encontra na perimenopausa, dentro da o exame físico. Há uma incidência maior em pacientes com
“janela de oportunidade” para o início da terapia hormonal. cesáreas prévias.

hormonal, quando se pode optar pela reposição. Como a


paciente tem útero, recomenda-se a combinação de estradiol e uterinas e história prévia de hipertensão arterial. Na realização
progesterona para redução do risco de câncer de endométrio.
nos níveis pressóricos, hipertonia uterina e presença de
da normalidade.

CAMARGOS, Aroldo Fernando. Ginecologia Ambulatorial baseada em


uterina, pode ocorrer a ruptura completa da parede uterina
estratégias de ensino. 3. ed. Belo Horizonte:
Coopmed, 2016. p.501-514.
A paciente se queixa de dor aguda de forte intensidade que
59. C – Trata-se de gestante portadora de anemia falciforme,
partes fetais encontram-se palpáveis no abdome materno.
evoluindo com quadro de dor em membro inferior esquerdo
Há presença de taquicardia materna importante associada à
e de dor abdominal, que se iniciou após exposição ao sol
com possível desidratação como fator desencadeante, sem
dos vasos sanguíneos fetais que atravessam as membranas
qualquer evidência de abortamento espontâneo, compatível
amnióticas passando pelo orifício interno do colo. Em geral, o
com quadro de crise de vaso-oclusão. A crise vaso-oclusiva
sangramento tem início após a rotura das membranas. Nota-se
da anemia falciforme ocorre devido à lesão endotelial pelas
a deterioração dos batimentos cardíacos fetais.
células falcizadas, com adesão de hemácias e plaquetas
e vasoconstrição devido à redução de óxido nítrico, com BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
consequente vaso-oclusão, isquemia e necrose tecidual. Gestação de Alto Risco: manual
Infecção, desidratação, tensão emocional são fatores técnico. 5. ed. Brasília: MS; (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

microvasculares na placenta, causadas pelas hemácias 62. A – Os abscessos das glândulas de Bartholin estão
falcizadas, podem estar relacionadas a abortamento relacionados a micro-organismos aeróbicos e a anaeróbicos,
espontâneo, mas no primeiro trimestre, e essa complicação
parece não estar associada ao grau de anemia. A ausência abscessos vulvares e labiais. O agente mais frequente é a
da cadeia beta-globina, aumentando a síntese de hemoglobina Neisseria gonorrhoeae. O tratamento consiste em drenagem
cirúrgica e antibióticos como medida secundária. Deve-se
liberação para o tecido, gerando hipoxemia, é um mecanismo orientar quanto à prevenção de IST. Somente analgésico, calor

assim como não há alteração das proteínas do citoesqueleto da


BEREK, J.S. Tratado de Ginecologia. 14ª.ed. Rio de Janeiro:
membrana eritrocitária e sim uma alteração da hemoglobina.
Guanabara Koogan, 2012. 347p.
GOLDMAN, Lee, AUSIELLO, Dennis. Cecil Tratado de Medicina
Interna. 23.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. v.2. 1401p + índice. 63. C – A paciente que tem 46 anos e passado de TVP não
deve usar medicamentos hormonais orais ou injetáveis,
Ricardo. Hematologia: fundamentos e prática. 1.ed. São Paulo: principalmente se forem associados a estrogênios devido
Atheneu, 2004. 1081p. ao grande risco de novo quadro tromboembólico. A pílula do
Tratado de Clínica Médica. 3.ed. São Paulo:
Roca, 2016. v.1.1371p.
seguro para uso frequente. O DIU hormonal, com base em
progesterona, é um método seguro.
60. B – A toxoplasmose é uma doença assintomática, mas
com sérios riscos fetais se contraída durante a gravidez. A CAMARGO, A. F. et al. Ginecologia ambulatorial: baseada em
principal forma de transmissão é através de carnes cruas ou
mal passadas e de verduras e frutas mal lavadas, pelo risco Médica, 2008.
da presença de oocistos do parasita. Fezes de cães e gatos BEREK, J. S. Berek e Novak tratado de ginecologia. 15. ed. Rio de
também podem conter os oocistos, motivo pelo qual a gestante Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
deve ser orientada a não ter contato com esses excrementos
ou a usar luvas. A transmissão não ocorre através da pele ou 64. A – A terapia com testosterona e seus derivados, em doses
pela água. corretas, pode acarretar disfunção hepática transitória em 15%
dos casos. Em doses aumentadas, este risco é maior, além
Fundamentos e prática em obstetrícia
.1.ed. São Paulo: Atheneu, 2009.
CORRÊA, Mario Dias. Noções práticas de obstetrícia. 14 .ed. Belo
à glicose.
Horizonte: Coopmed, 2014.
HEMBREE, WC; COHEN-KETTENIS, P; WAAL, HAD et al. Endocrine
61. C – A placenta prévia caracteriza-se pela presença de Treatment of Transsexual Persons: An Endocrine Society Clinical
sangramento vermelho vivo, recorrente, indolor e autolimitado. Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab, v. 94, n. 9, p. 3132–3154,
Sept. 2009.

10 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


65. D – 69. A – O quadro clínico da paciente caracteriza depressão
maior em gestante, estando indicado o tratamento
exposição recente à doença e por meio de testes laboratoriais:
um treponêmico (teste rápido, FTA-Abs) e um teste não
psicoterapia de apoio são medidas necessárias em função da
solicitado em qualquer trimestre da gestação. Dessa forma,
não se deve aguardar o segundo trimestre da gestação para ser mãe solteira com quadro de depressão maior.
solicitar o teste diante de um resultado positivo de um teste não
treponêmico. Além disso, orienta-se a iniciar a investigação BOTEGA, N. J. (Org.). Prática psiquiátrica no hospital geral:
interconsulta e emergência. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
PEREIRA, P. K.; LOVISI, G. M. Prevalência da depressão gestacional
treponêmico e um teste não treponêmico. e fatores associados. In: Rev. Psiq. Clín. v. 35, n. 4, p. 144-1453, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde – Prevenção da Transmissão vertical de 70. C –


– Manual Técnico. Brasília, 2017. diagnóstico inicial. A biópsia endometrial deve ser realizada
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Gestação de Alto espessura maior que 4 mm. A ressonância magnética não é um
Risco: manual técnico. 5. ed. Brasília: MS; (Série A. Normas e Manuais bom método diagnóstico para a avaliação endometrial, mas sim
Técnicos), 2012. para o estadiamento do câncer de endométrio. A histeroscopia
diagnóstica com biópsia é o padrão ouro na investigação
66. A – No caso de gestante dependente química e usuária de sangramento após a menopausa, mas não é mandatória
como exame diagnóstico inicial em pacientes com mais de 60
prematuro de placenta, microcefalia, restrição de crescimento anos. Curetagem não é abordagem inicial adequada, estando
intrauterino e trabalho de parto prematuro.

MONTENEGRO, C. A. B.; REZENDE FILHO, J. Obstetrícia GOODMAN, A. Postmenopausal uterine bleeding. UpToDate: Jan 15, 2018.
fundamental. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
71. B –
67. B – A varicela é uma doença grave que pode levar ao aborto, da menina: IGF-1, estrogênio e GH. Contudo, o estrogênio,
natimorto e à síndrome da varicela congênita, sendo indicado concomitantemente à atuação sinérgica com os outros 2
o uso de imunoglobulina contra a varicela zoster (IGHVAZ)
para gestantes sem história de vacina e doença prévia. A
imunoglobulina deve ser aplicada até 96 horas do contato é comprometida porque o estrogênio começa a ser secretado
com doente, podendo evitar ou até atenuar a forma clínica
em pacientes sadias e suscetíveis para contrair a varicela. A antes da menina ter atingido a plenitude do seu potencial
imunoglobulina deve ser administrada nos casos em que há de crescimento. No sexo feminino, os androgênios exercem
contra indicação para vacinação. A vacina contra a varicela
está contraindicada na gravidez (categoria C de risco), pois é estrogênio são também de formação óssea, com estímulo ao
produzida por vírus vivos atenuados, implicando em um risco funcionamento dos osteoblastos.
teórico de transmissão da infecção por via transplacentária.
FRITZ, M. A.; SPEROFF, L. Clinical Ginecologic Endocrinology
NEVES, N. A. Vacinação da mulher: Manual de orientação. São Paulo: and Infertility
FEBRASGO, 2013. business; 2011.1439p.

68. D – 72. B – O estrogênio promove efeitos de lipólise e aumento


que cursa com febre e leucocitose, com ou sem anemia da sensibilidade à insulina no organismo feminino, o que
confere relativa proteção contra diabetes mellitus, além de
se encontrar líquido no fundo do saco de Douglas, além de distribuição de gordura em padrão ginóide, que também é mais
podermos achar tumoração anexial heterogênea em região favorável quanto ao risco de resistência insulínica. Ao passar
anexial, e não saco gestacional em anexo ou imagem sólida pela transição climatérica, ocorre perda desse papel protetor
em cavidade uterina. estrogênico com acúmulo de gordura em região visceral
e elevação da resistência insulínica. Concomitantemente,
CAMARGO, A. F. et al. Ginecologia ambulatorial: baseada em elevam-se os riscos para diabetes e doença cardiovascular.

Médica, 2008. FRITZ, M. A.; SPEROFF, L. Clinical Ginecologic Endocrinology


BEREK, J. S. Berek e Novak tratado de ginecologia. 15. ed. Rio de and Infertility
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. business; 2011.1439p.
NEWELL-FUGATE, A. E. The role of sex steroids in white adipose
tissue adipocyte function. Reproduction (2017) 153 R133–R149.

11 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


73. C – urgência e emergência, quando for de sua obrigação fazê-lo,
primárias (simples ou complexas) e secundárias. Dentre expondo a risco a vida de pacientes, mesmo respaldado por
as formas simples, a sinostose sagital é a mais comum. As decisão majoritária da categoria.”
craniossinostoses primárias podem ser simples, quando
envolvem uma única sutura (sagital, coronal, metópica CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – Código de Ética Médica.
ou lambdoide) ou complexas, se associadas a outras 2010. Disponível em: <http://www.rcem.cfm.org.br/index.php/cem-
atual#cap9>. Acesso em: 5 abr. 2018.

76. A – Dez por cento dos quadros de baixa estatura são de


causa endócrina. A maioria é familiar, e um grande número é
craniossinostoses secundárias podem ter origem em distúrbios decorrente de doenças não endócrinas. Consequentemente, a
metabólicos (hipertireoidismo, erros inatos do metabolismo), avaliação deve ser feita de forma criteriosa com uma anamnese
bem objetiva e um exame físico completo. A avaliação das
exposição fetal a determinadas substâncias (ácido valproico,
fenitoína) ou na mucopolissacaridose.
Com relação à circunferência craniana, a microcefalia é o acondroplasia. A avaliação da idade óssea deve ser feita através
diagnóstico antropométrico correto para as craniossinostoses,
pois pode ocorrer retração do volume encefálico em óssea é um parâmetro essencial no acompanhamento e no
consequência da anormalidade óssea. A Escafocefalia é o prognóstico da estatura adulta. Se os níveis de IGF-1 (insulin-
fechamento precoce da sutura sagital. O crânio assume aspecto likegrowthfactor-I) e IGFBP-3 (insulin-likegrowthfactorbinding
de quilha de navio, alongado no sentido anteroposterior. É o protein-3) estiverem baixos para a idade em uma criança
tipo mais comum de cranioestenose. A Sinostose Metópica
pode restringir o crescimento dos ossos frontais, pois ela os
separa medianamente. Ela corresponde a 10% de todas as basal. Na presença de hipotireoidismo como causa de baixa
formas de Craniossinostose. estatura, encontramos idade óssea atrasada e TSH elevado.

MORAIS, J.L. Microcefalia e Macrocefalia. In: BURNS, A. R. et al Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 4. ed. Barueri,
.Tratado de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ª. ed. Editora SP: Manole, 2017.
Manole, 2017. p.1330-1335.
GHIZONI, E.; DENADAI, R.; RAPOSO-AMARAL, C.A.; JOAQUIM, 77. B – A criança menor ou igual a 18 meses será considerada
A.F.; TEDESCHI, H.; RAPOSO-AMARAL, C.E. Diagnóstico das infectada pelo HIV caso haja dois resultados positivos,
deformidades cranianas sinostóticas e não sinostóticas em bebês: consecutivos, de carga viral. A carga viral é um teste que
uma revisão para pediatras. In: Rev Paul Pediatr. 2016; 34(4)495-502.
MELO, J.R.T. Craniossinostoses. In: Revista Brasileira de Neurologia e
A sorologia e o teste rápido não podem ser utilizados para
Psiquiatria. 2014 Maio/Ago; 18(2):110-112.
o diagnóstico de crianças menores de 18 meses, porque
VALADARES, E. R.; PENA, S. D. Manual Para O Exame Morfológico
Da Criança. Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Comitê
de Genética, 1988.
diagnóstica apenas nas crianças acima de 18 meses.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas


74. A – A Fenitoína é uma droga compatível com a
para Manejo da Infecção pelo HIV em Crianças e Adolescentes.
amamentação. Por isso, o aleitamento materno deve ser
Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico para o diagnóstico da
o tratamento materno neste caso. Já o Fenobarbital deve ser infecção pelo HIV. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
usado criteriosamente durante a lactação, pois pode causar
raros efeitos adversos no lactente. 78. A – A taquipneia transitória do RN (TTRN) tem como
diagnóstico diferencial importante a doença da membrana
BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação E Uso De Medicamentos
hialina. A taquipneia transitória do RN (TTRN) pode apresentar
E Outras Substâncias. 2010. Disponível em: <www.bvsms.saude.gov.
imagem de congestão peri-hilar radiada e simétrica,
br.>. Acesso em: 10 nov. 2017.

leve a moderada e, ocasionalmente, discreta cardiomegalia e/


75. D –
ou derrame pleural. As outras 3 alternativas não descrevem
relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus
pais ou representantes legais, desde que o menor tenha
hialina que não se associam a cardiomegalia e derrame pleural
capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação
em seu conceito.
possa acarretar dano ao paciente.”
Cada caso deve ser avaliado, mas em menores com
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à Saúde do Recém-nascido.
capacidade de discernimento, desde que não sofra risco de
dano, o paciente deve ser respeitado e deve ter um prazo para cardiocirculatórios, metabólicos, neurológicos, ortopédicos e
que se convença a buscar o apoio dos responsáveis. dermatológicos. 2a. ed. v. 3, 2014.
“É vedado ao médico: Deixar de atender em setores de

12 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


79. C – É o tumor mais comum entre os lactentes, correspondendo 82. A – Todos os casos suspeitos de abuso sexual, cuja
a 7% de todas as malignidades. Cerca de 75% dos pacientes com suspeita se deu pela anamnese e exame físico, devem ser
essa neoplasia possuem menos de 4 anos de idade e 90% são
menores de 10 anos. É a neoplasia abdominal mais frequente Os familiares ou conhecidos da vítima são os principais
nesta faixa etária. Possui pico de incidência por volta dos 2 anos agressores. As medidas para contenção do sangramento
de idade. Atinge mais discretamente o sexo masculino. Cerca devem ser feitas imediatamente, inclusive se for necessária
de 75% dos casos são metastáticos ao diagnóstico. A presença cirurgia de sutura. A investigação laboratorial inclui pesquisa
de febre é um relato constante nessa doença, 37% dos casos.

aproximadamente 50 a 66% dos pacientes. FERREIRA, A. L; MOURA, A. T. M. S. Abuso sexual. In: Tratado de
Pediatria – Sociedade Brasileira de Pediatria - 2 Vols. 4ª.Ed. Manole,
SILVA, D. B; BARRETO, J. H. S.; PIANOVSKI, M. A. D. In: BURNS, 2017.v. 6, p.101-103.
A. R. et al. Tumores Sólidos. Dennis Tratado de Pediatria. Sociedade BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde.
Brasileira de Pediatria. 4ª. ed. Editora Manole, 2017. p.1552 -1563. Linha de
cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e
suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e
80. B – Os testes de Ortolani e Barlow informam se o quadril
está luxado ou é instável, respectivamente. As duas manobras
devem ser realizadas ao nascimento e nas consultas
83. B –
subsequentes de puericultura, prestando-se ao diagnóstico
nutricionais mais frequentes em todo o mundo. Além de sua
precoce da displasia congênita do quadril. A realização repetida
ação comprovada na mineralização óssea e homeostasia do
dessas manobras pode causar lesão da cartilagem da cabeça
cálcio, a vitamina D está envolvida na regulação de muitos
femoral, ao passar sobre a borda do acetábulo durante a
realização dos testes. No exame do recém-nascido, de acordo
diminui a absorção intestinal de cálcio e fósforo, levando
a manobra de Ortolani no exame ortopédico.
secundário), que mobiliza cálcio do osso para restaurar
BARROS FILHO, T. E. P. de. Exame Físico em Ortopedia. 2.ed. São
a normalidade do cálcio sérico, causando redução da
Paulo: Sarvier, 2002. Seção III, 232-233. ISBN 8573781165.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7.ed. Rio de Janeiro: D pode manifestar-se como atraso do crescimento, atraso
Guanabara Koogan, 2014. Parte 2, 132-133. ISBN 0788527723299. do desenvolvimento, irritabilidade, dores ósseas e, quando
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Atenção à Saúde, grave e prolongada, causar hipocalcemia, hipofosfatemia,
Atenção à Saúde hiperfosfatasemia, acentuação da elevação do PTH, raquitismo
do Recém-Nascido. Brasília, DF, 2014. Disponível em: <http://www. em crianças e osteomalácia em adolescentes e adultos. A
saude.gov.br/bvs>.
lactentes alimentados exclusivamente ao seio, principalmente
81. D – O paciente apresenta um quadro de crise álgica, sem se nascidos prematuros (quando tiveram menos tempo de

comum em hemogramas de pacientes com anemia falciforme de mães que tiveram hipovitaminose D durante a gestação, ou
devido à estimulação medular. Como não houve melhora com de pele escura. Outras causas frequentes de hipovitaminose D
são: dieta vegetariana, medicamentos (ex: anticonvulsivantes,
deve receber opioides, além de estar indicada a hidratação antirretrovirais, glicocorticoides, antifúngicos (cetoconazol),
nesses quadros. Não está indicado o uso de oxigênio, já que
o paciente não apresenta sintomas respiratórios e está com
SatO2 normal. Além disso, sua hemoglobina no momento cirurgia bariátrica) e obesidade.
encontra-se próxima ao seu basal, ele não apresenta sinais As fontes de vitamina D alimentares são escassas e os seres
de descompensação hemodinâmica e não apresenta humanos dependem principalmente da produção cutânea
catalisada pelos raios UVB solares, sendo aproximadamente
priapismo, síndrome torácica aguda, AVC). 90% provenientes da síntese cutânea após exposição solar
e menos de 10% obtidos de fontes alimentares. Causas
GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Tratado de Medicina genéticas são incomuns.
Interna. 23.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 2v. p.1401-1411.
LEE, G. R.; BITHELL, T. C.; FOERSTER, J. et al. Wintrobe Clinical CONSELHO CIENTÍFICO; DE PAULA, Leila Cristina Pedroso.
Hematology Hipovitaminose D em pediatria
p.1272-73. tratamento e prevenção.

Ricardo. Hematologia: fundamentos e prática. 1.ed. São Paulo: Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico
Atheneu, 2004. p.290-307. e tratamento da hipovitaminose D. In: Arq Bras Endocrinol Metab. São
Tratado de Clínica Médica. 3.ed. São Paulo: Paulo, v. 58, n. 5, p.411-433, July, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.
Roca, 2016. 1v. 1375p. org/10.1590/0004-2730000003388>. Acesso em: 16 nov. 2017.

13 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


84. D – Crianças e adolescentes representam cerca de 5 a sibilância recorrentes. Aspiração de corpo estranho levaria a
10% dos casos de paracoccidioidomicose e cursam com a
forma aguda da doença, que acomete o sistema fagocítico
mononuclear, em especial linfonodos e órgãos abdominais. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de Pediatria. 4.ed.
São Paulo:Manole, 2017.

88. D – Os benzodiazepínicos têm o início mais rápido de ação


múltiplos brotamentos, semelhante à de “roda de leme”. O contra o transtorno de ansiedade, muitas vezes na primeira
Histoplasma capsulatum se apresenta em medula óssea semana, porém têm grande potencial para dependência.
como leveduras pequenas em macrófagos. Cryptococcus Frequentemente são usados em associação aos inibidores
neoformans se apresentam como estruturas capsuladas seletivos da receptação de serotonina, enquanto estes atingem
sem hifa, visualizadas com tinta nanquim e as principais dose plena por volta da 4ª semana de uso. Os medicamentos
tricíclicos apresentam efeitos adversos mais graves nas doses
nervoso central. A Leishmania braziliensis é um protozoário e a mais altas necessárias ao tratamento, além de ser necessário
leishmaniose cutânea caracteriza-se pela presença de úlcera de 8 a 12 semanas para atingir tais doses. Isso ocorre com
rasa, de bordas elevadas, pouco dolorosas. os inibidores da monoaminoxidase, que além do tempo
prolongado para atingirem doses plenas, necessitam restrição
Tratado de Clínica Médica. 1.ed. São Paulo: dietética, o que limita seu uso.
Roca, 2006. 3v. 4077p, 4083p, 4093p, 4114p.
NOGUEIRA, M. G. S.; ANDRADE, G. M. Q. Paracoccidioidomicose em SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A. Compêndio de psiquiatria: ciência do
crianças e adolescentes. RevMed, Minas Gerais, 2015; 25(2): 260-268 comportamento e psiquiatria clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia p.643-649.
Clínica para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde 89. D – A infecção pela Neisseria meningitidis (NM) ocorre
médica /Agência Nacional de Vigilância Sanitária.– Brasília: Anvisa,
em todo o mundo como uma doença endêmica. A NM é
2013.46p..: il.9 volumes.
um patógeno exclusivamente humano e com alto poder de
disseminação. Cerca de 50% da população pode ser portador
85. C – Segundo as diretrizes de reanimação neonatal da SBP,
desse patógeno em algum momento da vida. A infecção se
no RN hipoativo e com respiração irregular independente da
inicia pela colonização da nasofaringe e, a partir desse evento,
se dissemina pela corrente sanguínea. A NM é a causa mais
pressão positiva (VPP) a 21% ou ar ambiente. O uso de VPP
frequente de meningite no Brasil. A doença meningocócica
a 100% será necessário quando o uso de ar ambiente não for
acomete indivíduos de todas as faixas etárias, porém
efetivo, e a intubação será reservada para quando o uso de VPP
a 100% não alcançar frequência cardíaca maior que 100 bpm.
em crianças menores de 5 anos de idade, sendo que os maiores

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Programa de Reanimação


observados em lactentes, no primeiro ano de vida. Outra
Neonatal. São Paulo: SBP, 2018. Disponível em:<www.sbp.com.br->.
característica importante observada no Brasil é a ausência,
Acesso em: 22 mar. 2018.
em períodos endêmicos, de picos de incidência de casos em
adolescentes, em contraste com o que se observa nos países
86. A – A vacina contra HPV, disponibilizada pelo Programa
da Europa e da América do Norte. Em 2010, no Estado de São
administrada em duas doses, com intervalo de seis meses
doença meningocócica reportados no país, o sorogrupo C foi
entre as doses. A partir de 2017, a vacina passou a ser
oferecida para meninos de 11 a 15 anos, com o objetivo de
por 10,9%, o sorogrupo W135 por 6% e o sorogrupo Y por 1,2%.
proteção contra câncer de pênis, garganta e ânus.
Embora, indiscutivelmente, a idade de maior risco corresponda
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do Programa Nacional de
à faixa etária abaixo de 1 ano, observa-se também um pico
Imunizações. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
mortalidade. Esse pico de incidência na adolescência é mais
87. B – Pneumonia em adolescente tratado previamente com reconhecido em países do primeiro mundo e não tão claro no
amoxicilina, caracterizada por quadro arrastado, tosse intensa, Brasil. Um fato curioso é que, apesar de o estado de portador
ser mais frequente em adolescentes, o maior número de casos
como diagnóstico principal a pneumonia atípica por Mycoplasma ocorre na primeira infância.
pneumoniae. A pneumonia mais frequente adquirida na
BEREZIN, E. N. Epidemiologia da infecção meningocócica. In:
comunidade é a pneumocócica, mas, nesse caso, o paciente
Doença Meningocócica Fascículo 1, 2015. Disponível em: <http://
teria respondido ao tratamento com amoxicilina, o quadro seria
agudo, febre alta, esforço respiratório, queda do estado geral.

pela história apresentada e tampouco pela ausência de sibilos


no exame físico. Teria que haver informação de episódios de

14 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


90. A –
quando o atendimento for feito por 2 pessoas capacitadas.

HARTMAN, M. E.; CHEIFETZ , I. M. Emergências Pediátricas e


um teste empírico aos lactentes e crianças menores, pois
Reanimação. In: KLIEGMAN, R. M.; STANTON, B.; SCHOR, N. F. et
al. Nelson Tratado de Pediatria. 19.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
p.279-296
KORB, C.; CARVALHO, P. R. A.; GARCIA, P. C. R. Reanimação
RGE, nem de estabelecer se existe ou não a DRGE. O exame Cardiopulmonar. In: PIVA, J. F.; GARCIA, P. C. R. Medicina Intensiva
de escolha para avaliação de esofagite péptica é a endoscopia em Pediatria. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2015. p.35-49.
digestiva alta com biópsia.
94. C –
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de Pediatria. 4. edema pulmonar por afogamento. A estabilização respiratória
ed. São Paulo: Manole, 2017.Seção 12.1. do paciente baseia-se na administração de pressão expiratória

91. C – O diagnóstico de criptorquidia é na maior parte das ser feita por acesso periférico. O controle térmico do paciente
vezes obtido por meio do exame físico. Na ausência de testículo é necessário, pois esse controle é responsável pela disfunção
palpável na bolsa escrotal, é preciso tentar palpar o testículo de múltiplos órgãos. Não há indicação de monitorização
no caminho de descida por meio da palpação na região entre de pressão intracraniana (PIC), pois o edema cerebral e a
hipertensão intracraniana originam-se basicamente da hipóxia
o testículo, deve-se tentar trazê-lo para a bolsa escrotal; o durante o episódio de submersão.
testículo deve ser tracionado para o fundo da bolsa escrotal.
VIOLA, L.; VAN DER VOORT, E.; GARCIA, P. C. R.; PIVA, J. P.
Afogamento. In: PIVA, J. F.; GARCIA, P. C. R. Medicina Intensiva em
houve descida do testículo, mas pode ser que o testículo que
Pediatria. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2015.p.761-776.
desceu tenha sido tracionado com a contração do ligamento
SHEPHARD, E; QUAN, L. Lesão por Afogamento e Quase Afogamento.
cremastérico. Se tracionar o testículo para o fundo da bolsa In: KLIEGMAN, R. M.; STANTON, B.; SCHOR, N. F. et al. Nelson
escrotal e o testículo permanecer sem retornar, trata-se de Tratado de Pediatria. 19.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.p.341-348.

é muito comum antes dos 3 meses de vida e, por isso, a 95. B – O mecanismo da fenilcetonúria clássica inclui diminuição
bolsa escrotal pode se mostrar vazia. Mas, após os 3 meses, nos níveis cerebrais de tirosina e de outros aminoácidos
essenciais. Nas hiperfenilalaninemias, ocorre diminuição da
de descida não conseguiria descer. Logo, antes de 1 ano, a síntese proteica. Na fenilcetonúria clássica, há diminuição da
maioria dos testículos já estariam na bolsa escrotal. Como arborização dendrítica e inabilidade para converter fenilalanina
mencionado anteriormente, o testículo retrátil é aquele que, ao em tirosina.
ser tracionado para o fundo da bolsa escrotal, não retorna para
o canal, permanecendo na bolsa. MARTINS, A. M. Protocolo Brasileiro de Dietas: erros inatos do
metabolismo. São Paulo: Segmento Farma, 2006.
DIOCLÉCIO, Campos Júnior; DENNIS, Alexander Rabelo Burns.
Tratado de Pediatria. 3a.ed. Barueri, SP: Manole, 2014. 96. C – Trata-se de um quadro de otite recorrente, e o respirador
bucal clinicamente caracteriza o padrão de disfunção tubária
92. B – obstrutiva e não funcional. Mais de 4 episódios anuais ou 3 em
que pode evoluir com queimaduras por exposição solar após seis meses são considerados como recorrentes e devem ser
contato com substâncias químicas, como as presentes em investigados.
frutas cítricas, perfumes, cosméticos e alguns medicamentos.
O tratamento consiste em proteção solar e prevenção da LIEBERTHAL, A. S. et al. The diagnosis and management of acute
exposição ao sol. otitis media. Pediatrics. v.131, n.3, p. e964-e999, 2013.

OLIVEIRA, Zilda Najjar Prado de. Dermatologia pediátrica – Instituto 97. A – O princípio do SUS que não foi observado durante esse
da criança HC USP. 1ª.ed. Editora Manole, SP. atendimento foi o da integralidade, o qual prevê o atendimento
a todas as necessidades do paciente, seja no tratamento ou na
93. D – A realização de ressuscitação cardiopulmonar de alta promoção à saúde e prevenção de doenças.
qualidade é parte integrante dos esforços adequados de suporte O princípio da universalidade prevê que o acesso às a aos
de vida. As diretrizes da Ressuscitação Cardiorrespiratória de serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente
2010 introduziram a mudança na ordem das manobras do ABC de sexo, raça, ocupação ou outras características, mas não foi
esse o princípio negado no atendimento.
Nas outras duas alternativas, os princípios foram descritos de
cardíacas de alta qualidade são fundamentais, enquanto o maneira incorreta.
reanimador estiver atuando sozinho, a sequência recomendada
VASCONCELOS, C. M.; PASCHE, D. F. O Sistema Único de Saúde.
IN: CAMPOS, G. W. S. et al (Org.). Tratado de Saúde Coletiva. São
Paulo: Hucitec, 2006.

15 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


98. B – 100. B – Ao constatar um acidente de trabalho envolvendo
diagnóstico, mas uma prioridade clínica, com o intuito de facilitar crianças e adolescentes, o médico responsável pelo atendimento
a gestão da clínica e a gestão do serviço. Lembrando de que o
diagnóstico não está necessariamente ligado à prioridade. No horas, à Secretaria Municipal de Saúde, conforme determina a
Sistema Único de Saúde (SUS), a equidade se evidencia no
atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades,
oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem requer
menos cuidados. Portanto, podemos dizer que a adoção da eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e
privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e
princípio da equidade no SUS. Devido a esse princípio, uma dá outras providências.
vítima de acidente grave passará na frente de quem necessita
de um atendimento menos urgente, mesmo que esta pessoa BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 204, DE 17
tenha chegado mais cedo ao hospital. Essa prioridade de
atendimento é estabelecida de acordo com o sistema de Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional,
possível, com base em sinais de alerta, a gravidade de uma nos termos do anexo, e dá outras providências.
pessoa em situação de urgência ou emergência).
O acolhimento é sem sombra de dúvidas uma ferramenta de 101. C – A prevenção quaternária é a prevenção da
extrema importância para o gerenciamento do cuidado na APS.
Contudo, não é o acolhimento que determinará o papel da APS
preventivas sem evidências de efetividade ou com evidências
nas redes de atenção à saúde. A natureza de uma condição de
de maior dano do que benefício. Os exames que devem ser
saúde é que determinará o papel da APS. Nas redes de atenção
recomendados são os que têm evidência de efetividade. Fazer
rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento de doenças
e constitui, também, o centro de comunicação das RASs, tendo
o papel de regulação dessas redes. Nas redes de atenção às
urgências e às emergências, a APS desloca-se do centro para
JAMOULLE, M.; GUSSO, G. Prevenção quaternária: primeiro não
constituir um importante ponto de atenção à saúde, mas sem
causar dano. In: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C (Org.). Tratado de
medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática.
dessas redes. Nesse caso, a regulação deve ser feita pelo
Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 205-211.
complexo regulador com um médico na ponta desse sistema.
Não faz sentido, numa situação de urgência maior, como no caso
apresentado, transitar as pessoas pela APS, porque implicaria 102. D – Fere-se a autonomia das pessoas, que sequer sabem
perder um tempo precioso na atenção à saúde. que estão sendo objeto de pesquisa, além de violar o princípio

sido presumidos. Não há nenhum indício no texto de que a


à saúde. No texto base apresentado, estamos diante de uma
exatamente para reduzir custos com regulação complexa.
diferencial e resposta reativa do sistema. Contudo, o conhecimento
PESSINI, L.; BARCHIFONTAINE, C. P. Problemas atuais de bioética.
Diante da necessidade de uma apendicectomia (condição 8ª. ed. São Paulo: Loyola, 2014.

103. B – Fórmula de cálculo da Taxa de mortalidade geral:


TMG = total de óbitos em determinado ano x 10n
momento, de corresponsabilização do cuidado e natureza total de habitantes
emancipatória do usuário.
Indica o risco de morte naquele ano, mas deve ser usada
MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2ª ed. Brasília: Organização
Pan-Americana da Saúde, 2011. 549p. Disponível em: <http://www.paho.
população.
Fórmula da Taxa de Mortalidade infantil:
slug=servicos-saude-095&alias=1402-as-redes-atencao-a-saude-2a-
edicao-2&Itemid=965>. Acesso em: 3 nov. 2017.
TMI: número de óbitos em menores de 1 ano X 1000
99. C – Trata-se de um caso de abordagem para atenção total de NASCIDOS VIVOS naquele ano
primária à saúde por uma equipe de saúde da família. Indica o risco de morte no primeiro ano de vida entre os
Não se caracteriza como um quadro com indicação para nascidos no município.
cardiologia, Centro de Atenção Psicossocial ou Unidade de
Pronto Atendimento.
CP de dengue: número de casos existentes x 10n
LOUZÃ-NETO, M. R.; ELKIS, H.; et col. Psiquiatria Básica. 2ª. ed. população do município
Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. Cap. 22 e 35.
SARACENO, B.; ASIOLI, F.; TOGNONI, G. Manual de Saúde Mental. O indicador que infere RISCO é a incidência, não a prevalência.
São Paulo: Editora HUCITEC, 2001. Fórmula de cálculo da Mortalidade proporcional por grupo de causa:

16 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


MP por causas: número de óbitos por determinada causa x 10n
TOTAL DE ÓBITOS programas e estratégias da Política Nacional de Atenção
Como é uma proporção, não indica risco, apenas a importância Básica, substituindo o Sistema de Informação da Atenção
daquela causa no total de óbitos. Básica (SIAB).
O SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. UNA-SUS/UFMA. Imunização) é um sistema desenvolvido para possibilitar, aos
Gestão pública em saúde: monitoramento e avaliação no planejamento gestores envolvidos no Programa Nacional de Imunização, a
do SUS. Ana Emilia Figueiredo de Oliveira; Regimarina Soares Reis. avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou
São Luís, 2016. epidemias, a partir do registro dos imunobiológicos aplicados,
REDE Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos e do quantitativo populacional vacinado, agregados por faixa
para a saúde no Brasil:
Informação para a Saúde – Ripsa. – 2ª. ed. – Brasília: Organização Possibilita também o controle do estoque de imunobiológicos, o
Pan-Americana da Saúde, 2008. 349 p.: il. qual é necessário aos administradores que têm a incumbência
de programar sua aquisição e distribuição.
104. C – Ao se deparar com uma mulher que sofreu algum tipo
imunobiológicos especiais e seus eventos adversos, dentro
à saúde deve estar preparado para fazer um acolhimento dos Centros de Referências em imunobiológicos especiais.
adequado, orientar e tomar algumas medidas mais urgentes.
No caso de uma relação sexual desprotegida, tais medidas foram desenvolvidos para a obtenção regular de dados sobre
incluem a prescrição de antibioticoterapia e de antirretrovirais
documento legal de registro (Declaração de Óbito). A partir
O encaminhamento para a Atenção Primária ou a orientação
para que a pessoa recorra à delegacia de mulheres não se de saúde, que permitem estudos não apenas do ponto de vista
constituem como condutas imediatas; além disso, o professional
da saúde não deve acionar a delegacia da mulher, e sim orientar O Sistema de Acompanhamento do Programa de
a paciente a procurar tal órgão, se assim o desejar. A prescrição Humanização no Pré-natal e Nascimento (SisPreNatal) é um
de Anticoncepção de Emergência não é necessária, tendo em software desenvolvido para acompanhamento adequado das
vista que a jovem já faz uso de anticoncepcional injetável. Outra gestantes inseridas no Programa de Humanização no Pré-
Natal e Nascimento – PHPN, do Sistema Único de Saúde
compulsória à vigilância epidemiológica. – SUS. Apresenta o elenco mínimo de procedimentos para
uma assistência pré-natal adequada, ampliando esforços no
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
sentido de reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna,
Prevenção e
perinatal e neonatal.
tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres
e adolescentes: norma técnica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. de Informática do SUS. Produtos e Serviços: cartilha de sistemas

Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. SUS / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Departamento de
Informática do SUS. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.
(PEP) de risco à infecção pelo HIV, IST e hepatites virais. Brasília: 58 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Ministério da Saúde, 2017.
107. A – O uso da azitromicina em larga escala, muitas vezes de
105. A – Das neoplasias listadas, apenas a de mama tem
evidências de efetividade sobre o rastreamento.
cepas de T. pallidum resistentes a esse antimicrobiano.
NORMAN, A. H.; TESSER, C. D. Rastreamento de doenças. In: A azitromicina é um antibiótico macrolídeo que tem ação
GUSSO, G.; LOPES, J. M. C (Org.). Tratado de medicina de família bacteriostática, inibindo a síntese de proteínas, ligando-se
e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed,
2012. p. 521-532.

106. D – O Sistema de Informação da Atenção Básica relacionadas às penicilinas são mais raras e complexas.
A produção de beta-lactamase é um mecanismo de resistência
resultados das atividades realizadas pelas equipes do aos betalactâmicos, como a penicilina, e não aos macrolídeos,
Programa Saúde da Família (PSF). O SIAB foi desenvolvido como a azitromicina.
como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde
e incorporou em sua formulação conceitos como o território, WORLD HEALTH ORGANIZATION (2016). Guidelines for the
problema e responsabilidade sanitária. Por meio dele, obtêm-se treatment of Treponema pallidum (syphilis). Geneva. Disponível em:
<http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/249572/1/9789241549806-
e saneamento, situação de saúde, produção e composição das eng.pdf?ua=1>. Acesso em: 17 set. 2018.
equipes de saúde. Principal instrumento de monitoramento das STAMM, L. V. (2010). Global Challenge of Antibiotic-Resistant Treponema
pallidum. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, 54(2), 583–589.
pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica Disponível em: <http://doi.org/10.1128/AAC.01095-09>. Acesso em:
(SisAB), passando a ser o sistema de informação da Atenção 17 set. 2018.

17 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


108. B –
certeza se a média do valor na população está contida
naquele intervalo, mas sabe-se que 95% dos intervalos de saúde da comunidade e não para atender interesses
construídos da mesma forma conterão o parâmetro. Os valores
municipal de saúde e/ou ao secretário de saúde a convocação
representam os valores mínimos e máximos de distribuição da da conferência de saúde.
amostra. Para cálculo do desvio padrão e também da média
de uma amostra, é necessário conhecer todos os valores da FORSTER, A. C.; FERREIRA, J. B. A.; VICENTINE, F. B. (org) Atenção
amostra, pois não podem ser estimados apenas a partir da à saúde da comunidade no âmbito da atenção primária à saúde na
FMRP-USP. Ribeirão Preto, SP: FUNPEC Editora, 2017.
BRASIL. PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017.
Política Nacional de Atenção Básica.
VIEIRA, S. Introdução à Bioestatística. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

109. D – 112. B – A principal causa de morte no Brasil, até metade do


municípios, na implantação das equipes, para estruturação das século 20, eram as doenças infecciosas e parasitárias. Com
unidades básicas de saúde visando à melhoria da infraestrutura
física. das famílias da zona rural para a urbana, pela diminuição
Tendo como base o número de equipes registrado no sistema da taxa de fecundidade das famílias e pela melhoria das
de cadastro nacional, um valor mensal será transferido, e não
das mortes por doenças infectocontagiosas e o aumento da
Em caso de redução do número de equipes, o município expectativa de vida. A transição nutricional contribuiu com
não fará jus a novos recursos de implantação até que seja
alcançado o número de equipes já implantado anteriormente. brasileira, gerando, juntamente com o sedentarismo típico da
vida moderna, um aumento do sobrepeso e da obesidade.
as equipes de saúde da família, e não três. Portanto, nos dias atuais, as doenças infecciosas e parasitárias
deixaram de ser as principais causas de morte no Brasil, sendo
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção
Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. transmissíveis (doenças do aparelho circulatório, respiratório e
neoplasias) e de causas externas.
110. A – Os barorreceptores localizados na mucosa do endotélio As doenças cardiovasculares são as principais causas de
arterial se tornam pouco reativos com o envelhecimento, o
Com as epidemias de Dengue, gripe A e o recrudescimento da
Tuberculose, as doenças infectocontagiosas ainda representam
essa condição no idoso. No paciente em questão, os agravantes uma importante causa de mortalidade, no entanto, abaixo das
são o diabetes há pelo menos 10 anos e o uso do diazepam.
O uso de esteroides ocasiona vários efeitos colaterais, circulatório, respiratório e neoplasias) e de causas externas.
principalmente hepáticos e predominantemente em idosos.
Além disso, não foi mencionado em nenhum momento que a doenças do aparelho geniturinário, gravidez, parto e puerpério.
causa de quedas desse paciente seja por conta de sarcopenia.
ALMEIDA FILHO, N.; ROUQUAYROL, M. Z. Introdução à epidemiologia.
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
antes de tirarmos o diazepam, estaríamos promovendo um
MEDRONHO, R. A. et al. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu,2006.
“efeito cascata”, iatrogenia clássica e que ocorre com muita
ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde. 6.
frequência no atendimento ao idoso, pois estaríamos tratando
ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
o efeito colateral ao invés de retirar a medicação causadora
de tal efeito. A prescrição de polivitamínicos não tem nenhum
113. C – A prevalência mede o número total de casos, episódios
benefício comprovado empiricamente e, além disso, não foi
ou eventos existentes em um determinado ponto no tempo. É
mencionado em nenhum momento que a causa de quedas
a relação entre o número total de casos existentes de uma
desse paciente seja por conta de sarcopenia.
determinada doença e o número de pessoas na população em
um determinado período. Por isso, é o indicador ideal para o
FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 3. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
A incidência mede o número de casos novos de uma doença,
episódios ou eventos na população dentro de um período
111. D – Segundo a portaria da PNAB 2017, é papel de todos
É um dos melhores indicadores para avaliar doenças agudas.
Promover a mobilização e a participação da comunidade,
estimulando conselhos/colegiados, constituídos de gestores
BEAGLEHOLE, R.; BONITA, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia
básica. 2 ed. São Paulo: Santos / OMS, 2010. Disponível em: <http://
controle social na gestão da Unidade Básica de Saúde;
Os conselheiros de saúde são eleitos pelo voto dos moradores, Acesso em: 17 set. 2018.

18 Consórcio Mineiro de Escolas Médicas – Teste de Progresso – Outubro/2018


114. B – Segundo Gaio, o baixo peso ao nascer e a desnutrição as pediculoses e outras doenças de pele que se disseminam
na infância são fatores de risco para níveis pressóricos e no espaço da escola.
Nas consultas anuais da criança acima de 2 anos, o estado
desenvolvimento de doenças cardiovasculares. nutricional passa a ser de grande importância em função da
Em geral, a desnutrição ao nascer leva a uma superalimentação prevalência atual de obesidade.
e pode levar a um quadro de obesidade na infância. A avaliação da acuidade visual está indicada a partir dos 4 anos
As doenças do tubo neural são relacionadas à suplementação e apresenta melhor resultado quando realizada nas escolas
de ácido fólico no período periconcepcional. devido a participação dos professores no preparo das crianças
para o teste.
GAIO, D. S. M. Acompanhamento da saúde da gestante e da puérpera. A realização de check-up em crianças por meio de hemograma,
In: DUNCAN, B. B. Medicina ambulatorial: condutas de atenção
primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
p. 386-400.
principalmente nos grandes centros urbanos.
115. A – Conforme consta nas duas referências utilizadas para
a elaboração dessa questão: GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de
Causas de mortalidade do idoso (2009): Família e Comunidade – Princípios, Formação e Pratica. Porto Alegre:
1) Doenças do aparelho circulatório: 236.731 37,7 ARTMED, 2012. p. 661-672.
2) Neoplasias (tumores): 105.129 16,7
3) Doenças do aparelho respiratório: 81.777 13,0 118. A – O ideal, nesse caso, seria que o próprio paciente
Principais causas de internação hospitalar de idosos no SUS,
Brasil, 2008. situação de infectado aos seus contactantes. No entanto, caso
Capítulo CID-10 Nº de ele se negue, o seu bem-estar individual torna-se secundário
frente ao bem-estar social e do direito à saúde (e mesmo à vida)
1) IX. Doenças do aparelho circulatório 599.735 27,4 de outras pessoas, autorizando o médico e/ou as autoridades
2) X. Doenças do aparelho respiratório 358.856 16,4 sanitárias a quebrar o sigilo para permitir uma proteção e
3) XI. Doenças do aparelho digestivo 227.330 10,4 orientação adequadas dos comunicantes. No entanto, deve-se

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. relativas ao paciente para além dos limites daquilo que seja
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da realmente necessário.
pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, LEVI, C. G. Aids e ética. Disponível em: <http://www.portalmedico.org.
2007. 192 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de
Atenção Básica; n. 19).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Atenção à saúde 119. C – Os sintomas do paciente são compatíveis com o
da pessoa idosa e envelhecimento / Ministério da Saúde, Secretaria de diagnóstico de Chikungunya, que é uma doença viral com
componente de autoimunidade para as sinóvias articulares.
Área Técnica Saúde do Idoso. – Brasília, 2010. 44 p: il. – (Série B. Textos
Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006, v. 12). do imunofenótipo do hospedeiro. Esta tendência se torna ainda
maior entre idosos e pacientes com desordens articulares prévias.
116. D – Como a principal causa de morbimortalidade dos Trata-se de uma constatação cujas bases imunopatogenéticas
adolescentes, principalmente do sexo masculino, no Brasil, são as ainda carecem de estudos para maiores esclarecimentos.
causas externas, a resposta correta dessa questão é o aumento
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre de Chikungunya: manejo
O aumento das campanhas de uso de preservativo masculino clínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
impacta na diminuição do HIV e, portanto, na mortalidade de adultos.
120. D –
principalmente na redução da mortalidade infantil. sensíveis à atenção primária, utiliza-se, no numerador, as
A elevação da renda per capita da população impacta
principalmente no aumento da expectativa de vida do idoso. sob risco que, no caso particular, são os nascidos vivos obtidos
no SINASC.
BEAGLEHOLE, R.; BONITA, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia As causas indicadas na tabela impactam a mortalidade
básica. 2 ed. São Paulo: Santos / OMS, 2010. Disponível em: <http:// pósneonatal ou tardia.

Acesso em: 17 set. 2018. GORDIS, L. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2010. 372 p.
MEDRONHO, R. et al. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2002. 493 p.
117. C – A convivência em espaços coletivos vai se caracterizar BRASIL. Ministério da Saúde. IDSUS – Índice de desempenho do SUS.
na fase pré-escolar pelos frequentes episódios de doenças
out 2017.

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