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Prefeitura Municipal de Curitiba

Secretaria Municipal de Saúde

Rede de Atenção à Saúde Bucal de Curitiba


1ª FASE: Mudanças nos processos de trabalho das Equipes de Saúde
Bucal da Atenção Primária à Saúde

Curitiba
2018

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OBJETIVO GERAL: Reorganizar a Atenção Primária dentro da Rede de Atenção à Saúde Bucal de Curitiba (RAS
Bucal Curitiba)

Atenção Terciária
Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Atenção Secundária Sistema de Transporte em Saúde

Sistema de Informação em Saúde

Atenção Primária Registro Eletrônico em Saúde

Sistema de Acesso Regulado

Sistema de Gestão

POPULAÇÃO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1.1. Formalizar uma proposta técnica para a Saúde Bucal na Atenção Primária à Saúde do município de
Curitiba, objetivando integrar as redes assistenciais prioritárias.
1.2. Alinhar as práticas da Saúde Bucal do município às diretrizes estratégicas da Gestão Municipal 2017-
2020, fortalecendo as ações da Rede Mãe Curitibana Vale à Vida;
1.3. Alinhar as práticas da Saúde Bucal do município à proposta formulada para implementação das RAS
Bucal no Estado do Paraná, conforme exposto na Linha Guia Rede de Saúde Bucal do Estado do
Paraná e tendo como foco as metas propostas, considerando a composição e característica de cada
equipe;
1.4. Padronizar as práticas das Equipes de Saúde Bucal na APS do município, utilizando-se critérios
qualiquantitativos para o monitoramento e avaliação da Atenção Programada e da Atenção à
Demanda Espontânea;
1.5. Organizar o atendimento utilizando o IVFPR como norteador, priorizando usuários de alta
vulnerabilidade.

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POPULAÇÃO BENEFICIÁRIA: Os usuários do Sistema Único de Saúde frequentadores das Unidades de Saúde
de Curitiba.

Todas as Equipes de Saúde Bucal da APS em Curitiba devem organizar suas práticas de saúde
possibilitando a oferta de ações de saúde bucal à demanda programada e espontânea.

Saúde Bucal no Pré-natal (PN)

Saúde Bucal de bebês de 0 a 24


meses (BB)

PROGRAMADA Saúde Bucal das Crianças de 5-6


anos de idade (A6)
ATENÇÃO À SAÚDE

Saúde Bucal Pacientes do Programa


Amigo Especial (AE)
BUCAL

Pessoas com Diabetes com Controle


Glicêmico Ruim (DM)

Demanda do Dia (DD) Aplicativo Saúde Já

DEMANDA Demanda Agendada de


Presencialmente
ESPONTÂNEA grupos não priorizados (AG)

Urgências em Saúde Por telefone


Bucal (UE)

ATENÇÃO PROGRAMADA Práticas em saúde bucal que visam ao atendimento contínuo e


longitudinal da atenção materno-infantil, realizando ações de promoção, prevenção, recuperação e
manutenção da saúde para gestantes, crianças, pessoas com diabetes (estratificadas como alto e muito alto
risco) e PcD, alinhando-se aos princípios organizativos do Modelo das Condições Crônicas (MACC) e Rede Mãe
Curitibana Vale à Vida.

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atendimento Formas de captação: No primeiro Agendar e
contínuo e encaminhamento via contato, realizar o
longitudinal da equipe médico- estratificar o atendimento
atenção, enfermagem e/ou ACS, risco (TABELA clínico integral
CAPTAÇÃO

ESTRATIFICAÇÃO

AGENDAMENTO
ATENÇÃO PROGRAMADA

realizando relatório do programa de 1), registrar o - visando a


ações de gestantes/ criança/ DM, escore e o risco conclusão do
promoção, relatório cadastros no campo tratamento
prevenção, definitivos da US, Rede de "observações" (TC*)
recuperação e Proteção, demanda do prontuário
manutenção espontânea

*TC: onde não é possível realizar tratamentos convencionais, pode-se aceitar casos realizados com ART. Casos
onde o paciente do grupo priorizado não quer realizar o tratamento, ou abandonou o tratamento, ou realiza
em outro local, devem ser especificados.

Para os demais grupos populacionais, a oferta em Saúde Bucal na Atenção Primária em Saúde de
Curitiba se constituirá a partir de ações de ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA, por meio de uma oferta
diária de atendimentos clínicos e procedimentos cirúrgicos com foco na Atenção à Demanda Agendada (AG)
ou do Demanda do Dia (DD), além do atendimento às Urgências em Saúde Bucal (UE).

atendimento da Formas de captação: No primeiro Caso necessário,


queixa da pessoa, demanda contato, avaliar a orientar o
realizando ações espontânea queixa do paciente para
de prevenção de paciente. Em novo retorno
CAPTAÇÃO

ACOLHIMENTO

PROSSEGUIMENTO
ATENÇÃO DEMANDA
ESPONTÃNEA

sofrimento, casos de urgência


tratamento, classificar o risco
recuperação (QUADRO 1) e
registrar no
campo
"observações" do
prontuário

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Dentre os PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS, serão adotados:

• Estabilização da doença/lesão – estratégia de combate às doenças bucais que permite reverter mais
rapidamente a condição de saúde bucal dos usuários, utilizando, principalmente, o Flúor (de forma
racional) e o tratamento restaurador atraumático (ART).
• Autocuidado apoiado – tem por objetivo apoiar os usuários no processo de gerenciamento da sua
própria saúde com avaliações, planos de cuidado e metas a serem alcançadas além da organização
dos recursos disponíveis nos Postos de Saúde e na comunidade;
• Estratificação de risco (específico para a Atenção Programada) – estratégia que busca direcionar a
força de atenção à saúde aos usuários que mais precisam sem deixar de acompanhar todo o grupo
priorizado. A identificação de grupos com necessidades semelhantes facilita a organização da atenção;
• Classificação de risco (específico para a Demanda Espontânea - Demanda do Dia e Urgências) –
estratégia que visa identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com
a gravidade clínica ou grau de sofrimento.
• Atuação dos TSB e ASB: enfatizar o papel do TSB e ASB atuando ativamente na promoção de saúde e
acompanhamento dos grupos, considerando sua atribuição para procedimentos de baixa tecnologia.

ATENÇÃO PROGRAMADA

1. SAÚDE BUCAL NO PRÉ-NATAL (PN) - Captar, estratificar, agendar 100% das gestantes vinculadas à Rede
Mãe Curitibana Vale a Vida. Buscar o tratamento concluído ou ao menos a estabilização da doença.

Pontos Importantes:
Parto prematuro e baixo peso ao nascer são problemas apontados por vários pesquisadores como
relacionados com as doenças bucais da gestante, em especial a doença gengival. Por isso, os cuidados com a
saúde bucal da gestante devem começar o mais precocemente possível, com ênfase no seu cuidado pessoal e
no controle dos fatores de risco.
Durante a gestação é comum o aumento da vascularização da gengiva e resposta exagerada aos
fatores locais nos tecidos moles do periodonto. A influência hormonal atua exacerbando a resposta
inflamatória, aumentando a permeabilidade vascular.

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Dentro do processo de trabalho proposto, o controle da doença cárie e da doença gengival devem ter
prioridade. Evidências clínicas e científicas recomendam que o controle da doença cárie seja realizado por
meio de ART. O uso racional de fluoretos tópicos também é indicado.
O controle da placa bacteriana por meio do ensino adequado da escovação dentária, e a raspagem,
alisamento e polimento coronário são procedimentos básicos fundamentais para o controle da doença
gengival. O aconselhamento dietético, principalmente em relação à dieta cariogênica, é importante para a
gestante em si e para o futuro bebê. Mães que consomem muitos alimentos doces apresentam risco de
desenvolver na criança um paladar mais aguçado para o doce.
A equipe auxiliar (ASB e TSB) deve atuar na área de promoção e prevenção, principalmente orientando
usuários sobre o autocuidado apoiado, ações coletivas, ações educativas e realizando procedimentos de baixa
tecnologia.
Considerar a importância da vinculação odontológica conjunta com a médica-enfermagem, utilizando-
se de reuniões em grupos, relatórios (SISPRENATAL), entre outros.

2. SAÚDE BUCAL DE BEBÊS DE 0 A 24 MESES (BB) - Captar, estratificar, agendar e tratar 100% das crianças
menores de 2 anos com cadastro definitivo na Unidade de Saúde

A puericultura odontológica deve começar nos primeiros dias de vida do bebê, aproveitando-se a
consulta do puerpério, quando devem ser dadas orientações e recomendações à nutriz e realizado o primeiro
exame clínico para avaliação da higidez dos rodetes gengivais e a detecção de alguma anomalia (nódulos,
pérolas e cistos). Observar as características do freio lingual e avaliar a necessidade ou não de sua remoção,
se for muito curto e dificultar a amamentação a remoção deverá ser feita preferencialmente nos primeiros
trinta dias de vida.

Pontos Importantes:
• Estímulo aos hábitos de higiene bucal: a equipe de saúde bucal pode orientar os pais ou responsável
sobre a limpeza da boca do bebê. Os rodetes gengivais podem ser limpos após cada mamada com o
auxílio de uma gaze ou ponta de fralda embebida em água filtrada (ou fervida resfriada), passada
delicadamente na gengiva. A escovação deve ser iniciada após a erupção dos primeiros dentes
decíduos, por volta dos seis meses.
• Evitar o açúcar na alimentação até os 2 anos: orientar a não colocar açúcar em frutas e sucos ou adoçar
chupetas com açúcar ou mel.
• Aleitamento materno: fundamental para o bebê nos primeiros seis meses de vida. A criança que mama
no peito até os 6 meses tem uma possibilidade menor de adquirir hábitos de sucção não nutritivos,

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como a sucção do dedo e da chupeta do que aqueles amamentados com mamadeira. Após a erupção
dos primeiros dentes, por volta dos 6 meses de idade, o aleitamento noturno deve ser avaliado e
monitorado de forma interdisciplinar (equipe médica-enfermagem), para evitar prejuízos ao
aleitamento e à saúde bucal do bebê. O aleitamento artificial noturno aumenta o risco de cárie na
primeira infância.
• A equipe auxiliar (ASB e TSB) deve atuar na área de promoção e prevenção, principalmente orientando
usuários sobre o autocuidado apoiado, ações coletivas, ações educativas e realizando procedimentos
de baixa tecnologia.
• Considerar acesso às DNV, relatórios de vacinas para captação e também aproximação com
profissionais da equipe médico-enfermagem.

3. SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS DE 5 A 6 ANOS DE IDADE (A6) - Captar, estratificar, agendar e tratar 70%
das crianças de 5 e 6 anos com cadastro definitivo na Unidade de Saúde

Pontos importantes:

• Escovação no mínimo 3 vezes/dia, sendo uma delas antes de dormir;


o Dentifrício fluoretado mínimo de 1000 ppm em todas as escovações;
Escovação transversal (inserir a escova transversalmente à arcada para higienizar
molares permanentes em infra-oclusão)
Escovação supervisionada por adulto 1 vez por dia
Quantidade de dentifrício – grão de arroz antes dos 4 anos
Quantidade de dentifrício – grão de ervilha após 4 anos

• Avaliar contexto socioeconômico, cuidado/negligência da criança, pouco acesso a Flúor, hábitos


cariogênicos e ambiente familiar/escolar favorável à cárie ou à violência (trauma);
o Controle da doença cárie: controle do biofilme dental, manejo da dieta (autocuidado apoiado)
o Uso racional do Flúor (verniz, gel, bochecho): a avaliação do risco e atividade de doença
individual vão determinar a indicação
• Avaliar questões biológicas, maturação dos dentes, saliva, respiração bucal/ nasal;
o Detecção precoce da cárie - detecção de lesões incipientes caracterizadas por manchas
brancas opacas e rugosas

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o Controle da lesão de cárie: eliminação de fatores retentivos de biofilme dental, selamento de
cavidades com materiais liberadores de flúor (recomenda-se a estratégia ART), selante
(quando indicado) e tratamento com Flúor
• Tratamento restaurador integral - visando conclusão do tratamento (TC)
• A equipe auxiliar (ASB e TSB) deve atuar na área de promoção e prevenção, principalmente orientando
usuários sobre o autocuidado apoiado, ações coletivas, ações educativas e realizando procedimentos
de baixa tecnologia.
• Considerar acesso a relatórios de vacinas para captação e também aproximação com profissionais da
equipe médico-enfermagem.

4. SAÚDE BUCAL AMIGO ESPECIAL (AE) – Acolher, estratificar, planejar, tratar e acompanhar pacientes
inscritos no Programa Amigo Especial.

Pontos importantes:
• Conhecer as necessidades dos usuários inscritos através de minuciosa anamnese, saber conceituar o
paciente com necessidade especial é essencial para adequar o seu tratamento de acordo com suas
peculiaridades. Procurar saber sobre: dieta, medicação, terapias, diagnóstico de base, se frequenta
escola, preferências pessoais, sobre a família e ambiente onde está inserido, use estas informações a seu
favor durante o atendimento.
• O apoio clínico e psicológico aos cuidadores e o vínculo com o paciente é muito importante para o
sucesso do tratamento.
• Estimular o autocuidado supervisionado quando possível, realizar controle das doenças bucais, uso
racional de fluoretos e enxaguatórios bucais.
• Utilizar técnicas de manejo para atendimento, o cuidador deve acompanhar o paciente e quando
possível a equipe deve contar com seu apoio. As orientações aos responsáveis, cuidadores e ao próprio
paciente ajudam a diminuir a ansiedade e colaboram para o sucesso do atendimento. Agendar em
horários mais calmos, ambientes ruidosos confundem e dificultam a colaboração do pacientes, o silêncio
é importante e o comando de voz deve ser do cirurgião-dentista.
• O acompanhamento dos pacientes direcionados para outros níveis de atenção é muito importante, o
atendimento sempre será compartilhado com estes níveis.

5. SAÚDE BUCAL PESSOAS COM DIABETES - Captar, estratificar, agendar e tratar as pessoas com diabetes
com controle glicêmico ruim (hemoglobina glicada ≥ 9).

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Pontos importantes:
• Manifestações bucais:
o Aumento da incidência e prevalência da doença periodontal
o Suscetibilidade a infecções fúngicas e bacterianas
o Atrasos e deficiências na cicatrização
o Lesão de tecidos moles e disfunções salivares
• O DM favorece o desenvolvimento da doença periodontal e esta, quando não tratada, piora o controle
metabólico do diabetes.
• Em caso de necessidade de realizar procedimentos cruentos (exodontia, endodontia, cirurgia e
periodontia) e procedimentos restauradores com anestesia e/ou com tempo maior de intervenção,
considerar:
o Realização de glicemia capilar Valores superiores a 200 mg/dL contraindicam a intervenção
neste momento, caso não ocorra avaliação médica conjunta. Em alguns casos, será necessário
que o médico proceda a insunilização para posterior intervenção, uma vez que os quadros de
dor e/ou infecção podem desestabilizar o controle glicêmico.
• Em caso de necessidade de realizar procedimentos que não necessitam de anestesia e/ou com tempo
curto de intervenção não há necessidade de realização de glicemia capilar.
• Não está indicada a profilaxia antibiótica unicamente pelo paciente ser diabético e não há
interferência da medicação habitual do diabete no atendimento clínico odontológico.
• A equipe auxiliar (ASB e TSB) deve atuar na área de promoção e prevenção, principalmente orientando
usuários sobre o autocuidado apoiado, ações coletivas, ações educativas e realizando procedimentos
de baixa tecnologia.
• Considerar acesso a relatórios e planilhas para captação e também aproximação com profissionais da
equipe médico-enfermagem.

TABELA 1 - CRITÉRIOS DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE BUCAL PARA GRUPOS PRIORITÁRIOS:


Estratificar quanto ao risco segundo quadro, anotar no prontuário no campo observações qual escore
do usuário e risco que foi classificado. Após estratificação agendar consultas para tratamento.
ITEM ESCORE PADRÃO
Critérios Biológicos
O usuário apresenta condição crônica: diabetes, hipertensão, gestante ou idoso 2
Usuário com deficiência intelectual 3
Usuário acamado 3

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Usuário de álcool, tabaco ou outras drogas 3
Criança de 7-11 anos ou adolescente 12-19 4
Critérios Odontológicos
O usuário teve dor de dente nos últimos 6 meses 2
O usuário apresenta mancha branca ativa 1
O usuário apresenta boca seca 2
O usuário apresenta lesão de cárie em até 3 dentes 2
O usuário apresenta lesão de cárie em 4 a 7 dentes 3
O usuário apresenta lesão de cárie em mais de 8 dentes 4
O usuário está com ferida na boca há mais de 15 dias 3
O usuário está com sangramento na boca 2
O usuário está com algum dente permanente mole 3
O usuário precisa de prótese total 2
O usuário tem perda de 1 ou mais dentes 4
O usuário necessita de Endodontia no serviço especializado 30
O usuário necessita de Periodontia no serviço especializado 30
O usuário necessita de Cirurgia Complexa no serviço especializado 30
O usuário necessita de Diagnóstico de lesão no serviço especializado 30
O usuário é portador de necessidade especial e necessita de atendimento no serviço
30
especializado
Critérios de autocuidado
O usuário, mãe ou cuidador com baixa escolaridade (até 4º ano do ensino fundamental) 3
O usuário come doce ou toma refrigerante diariamente 2
O usuário não tem consumo regular de água fluoretada 3
O usuário não tem o hábito de escovar os dentes diariamente 3
O usuário só procura o serviço quando tem dor de dente 3
Critérios para crianças de 0-6 anos
A criança faz uso de mamadeira sem higiene posterior 3
A criança usa chupeta adoçada com açúcar ou mel 3
A criança tem comportamento não colaborador durante a higiene 3
A criança faz sua higiene sem a supervisão/complementação de um adulto 3
A criança apresenta dentes fusionados e/ou hipocalcificados e/ou hipoplasia 2
Escore total do usuário
Fonte: Linha Guia de Saúde Bucal do Estado do Paraná

Pontos Riscos Monitoramento


0 a 10 pontos Baixo Risco Anual
11 a 30 pontos Médio Risco Semestral
Acima de 30 pontos Alto Risco Trimestral

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ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA

1. DEMANDA DO DIA - Acolher queixa do usuário e classificar risco

Acolhimento e atenção clínica que visam dar resposta eletiva a uma necessidade percebida pelo
usuário naquele dia, realizado em dias e horários definidos pela equipe de Saúde Bucal e gestão local
(Autoridade Sanitária Local).
Os atendimentos da Demanda do Dia (DD) são uma alternativa para os usuários que não fazem parte
de grupos priorizados ou aqueles que não podem se programar com consultas pré-agendadas e necessitam
de atendimento naquele dia. A oferta desta modalidade de acesso será estimulada caso a equipe não esteja
conseguindo absorver toda a demanda espontânea ou quando o não comparecimento da demanda agendada
for maior que 20% (ver observação pg. 11).
A Demanda do Dia (DD) é organizada a partir da avaliação da queixa principal pelo CD, feito o
atendimento segundo Classificação de Risco (Quadro1) e registrada no campo "observações" do prontuário a
cor classificada. Destina-se a qualquer usuário com cadastro na UBS. O atendimento a esses casos poderá ser
realizado no mesmo dia ou agendado de acordo com a disponibilidade das agendas. Importante salientar que
estes pacientes receberão atendimento à queixa principal. A continuidade do tratamento será dada através
de retorno agendado via aplicativo ou novo comparecimento espontâneo à Unidade de Saúde.

2. DEMANDA AGENDADA DE GRUPOS NÃO PRIORIZADOS (AG) - Acolher queixa do usuário

Acolhimento e atenção clínica que visam dar resposta eletiva a uma necessidade percebida pelo
usuário, programadas em agendas definidas pela equipe de Saúde Bucal e gestão local (Autoridade Sanitária
Local).
Os atendimentos da Demanda Agendada (AG) são uma alternativa para os usuários que não fazem
parte de grupos priorizados e necessitam de atendimento. A oferta desta modalidade de acesso é obrigatória
para a demanda espontânea pelo aplicativo Saúde Já.

Os agendamentos devem ser:


• Realizados em qualquer horário de funcionamento da unidade;
o Pode haver apoio da recepção da unidade de saúde neste agendamento;
• Realizados de forma presencial ou por telefone;
• Através do aplicativo “Saúde Já”;

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• Se possível, confirmados com 48 horas de antecedência para evitar o não comparecimento.

Obs. Quando o não comparecimento for de 20% dos agendados, ou mais, a equipe deve revisar os fluxos e
corrigir os problemas. Persistindo esta taxa, considerar a implementação de “overbooking” (20%, por exemplo)
ou de acordo com a média de faltosos. Considerar também a possibilidade de inserir a atividade de Demanda
do Dia, caso não exista, para aumentar as formas de acesso à população.

3. URGÊNCIAS EM SAÚDE BUCAL (UE) - Classificar o risco em saúde bucal de 100% dos usuários que
procuram o serviço em caráter de urgência e atender o usuário

A classificação de risco é uma ferramenta para avaliar e identificar os pacientes que necessitam de
atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica ou grau de sofrimento; trata-se da priorização do
atendimento. Deve ser feita logo no primeiro contato, no acolhimento ao usuário. O profissional deve oferecer
escuta ativa qualificada aos problemas e demandas do usuário, classificando mediante o quadro 1, a queixa e
identificando a necessidade de atendimento mediato ou imediato e garantindo que o atendimento seja
realizado.

No primeiro contato, avaliar a queixa do paciente. Em caso de urgência ou Demanda do dia classificar
o risco (QUADRO 1) e registrar no campo "observações" do prontuário a cor classificada.

QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE BUCAL PARA SITUAÇÕES DE URGÊNCIA:


Riscos de Urgência Classificação Recomendação
Hemorragia intensa (contínua e não controlada pela
aplicação de pressão direta local). Tumefação extensa
com comprometimento sistêmico: dificuldade para Complexo Regulador de
engolir ou respirar ou atingindo área dos olhos. Trauma VERMELHO Urgência - 192
facial maior: fratura óssea ou laceração facial extensa.

Hemorragia menor (controlada por medidas locais).


Traumatismo dento-alveolar ocorrido em tempo inferior
a duas horas. Tumefação relacionada a infecções de LARANJA Atendimento prioritário
tecido mole e dor dentária: intensa, espontânea e
contínua. Paciente institucionalizado, escoltado,
internado.
Dor dentária: moderada a intensa, intermitente ou
noturna, mas com períodos de acalmia e passível de AMARELO Atendimento em até 1 hora
controle por analgésico.
Usuário em situação urgente sob seu ponto de vista Atendimento em até 2 horas
psicológico ou por entender merecer atenção ou agendado para
diferenciada pela sua condição sistêmica (doença crônica VERDE atendimento programado
descompensada).

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Usuário com dor dentária leve, sensibilidade dentinária; Atendimento em até 4 horas
fratura de restauração; exodontia de decíduos; reparo de AZUL ou agendado para
peça protética. atendimento programado
Fonte: Linha Guia de Saúde Bucal do Estado do Paraná

Registros no E-Saúde:

Se classificado como vermelho:

1. Após encaminhamentos, recepcionar no Prontuário odontológico, selecionando a opção


“emergência odontológica”
2. Registrar evento no campo observações e concluir atendimento.

Se classificado como laranja ou amarelo:

1. Recepcionar no Prontuário odontológico, selecionando a opção “emergência odontológica”


2. Proceder os registros como anamnese, procedimentos realizados por dente ou região
3. Finalizar complementando o registro no campo “outros procedimentos: atendimento de
urgência na atenção básica”

Se classificado como verde ou azul avaliar:

1. Possibilidade de atendimento no mesmo dia: Recepcionar no Prontuário odontológico,


selecionando a opção “avaliação inicial”
2. Caso contrário, recepcionar no Prontuário odontológico, selecionando a opção “agendamento
de consulta”

ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO

A Organização da Atenção à Saúde Bucal é feita com base no planejamento da agenda local.
Pontos importantes:

• A agenda deve ser customizada em cada uma das Unidades de Saúde de Curitiba, tendo como base a
disponibilidade de recursos e a composição da equipe para o atendimento. A disponibilidade da agenda
deverá manter a proporção de aproximadamente 50% para Atenção à Demanda Programada e 50% para
Atenção à Demanda Espontânea;
• A agenda dos profissionais deve ser distribuída durante a semana para que os tipos de oferta estejam
presentes em diferentes dias;
• Agendar no mínimo 6 pacientes por turno para o CD. Neste parâmetro, ainda há espaço para os
atendimentos de casos agudos (urgências/emergências) e questões administrativas;
• Agendar no mínimo 4 pacientes por turno para o TSB, atuando na área de promoção e prevenção e
realizando procedimentos de sua competência.
• O agendamento deve ocorrer de forma contínua, sem dias ou horários específicos para marcação de
consulta. Pode ser realizado na recepção da unidade e na clínica odontológica;

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• Se possível, confirmar as consultas pré-agendadas;
• Procedimentos mais rápidos poderão ser realizados em pouco tempo e outros poderão demandar mais
tempo; por este motivo organizar a chegada dos agendados por “blocos de hora”. Esta atitude permite
aproveitar melhor a agenda, pois quando um paciente falta outro pode ser atendido no lugar ou o
profissional poderá fazer mais procedimentos no paciente que compareceu;
• Atividades extra-clínica e visitas domiciliares podem ser alocadas na agenda em momentos de menor
demanda, liberando os horários em que há maior fluxo de pessoas em busca de atendimento. Reservar
um turno semanal para estas atividades no caso de ESF e para Unidades básicas quando houver demanda
específica. É importante ressaltar que após a fase de reconhecimento de área e levantamento de
necessidades na sua comunidade, o CD deverá se deslocar para atividades extra-clínica de sua
competência. As ações coletivas ou individuais de prevenção, administrativas e outras não-clínicas
poderão ser realizadas por TSB ou ASB ou ACS. O dia reservado para atividade extra-clínica deve ter
programação prévia de ações e estas ações devem ser compatíveis com cada categoria profissional;
• As Visitas Domiciliares têm por objetivo alcançar os indivíduos que não podem ir até a UBS, em geral
pacientes acamados e pacientes acompanhados pelo SAD – HIZA que necessitam do acompanhamento da
sua unidade de origem. O deslocamento dos profissionais requer planejamento e a necessidade do
paciente e da família deve ser conhecida. A realização de atendimentos clínicos exige avaliação do local,
diagnóstico e plano de tratamento, para que o CD possa atuar adequadamente. Por outro lado
atendimentos de educação em saúde, orientações gerais, administrativos, busca ativa, ou outros de
alcance do TSB, ASB e ACS dispensam a presença do CD. Nestes casos o CD participa do planejamento e
supervisão das ações.
• O atendimento das Urgências em Saúde Bucal (UE) são de difícil previsão, portanto a agenda não deve
reservar vagas para tais atendimentos, devem ser atendidos conforme a demanda. Há grande
variabilidade entre as Unidades de Saúde, alguns têm grande demanda de urgências, outros somente em
dias específicos e outros não têm demanda.

FORMAS DE MONITORAMENTO
1. Saúde Bucal no Pré-natal (PN)
- Relatório 172 – Inscrições realizadas no período – Gestantes
- Relatório 163 – Concentração de consultas/atendimentos sobre gestantes

2. Saúde Bucal de bebês de 0 a 24 meses (BB)


- Utilizar o 135 – Listagem de usuários definitivos. Na planilha que será gerada, aplicar o filtro para o
ano da data de nascimento correspondente à faixa etária proposta e depois acrescentar uma coluna
“Atendimento odontológico” para registrar as datas das consultas. Essa planilha deverá ser atualizada
trimestralmente e também pode ser utilizada como mais uma ferramenta para a busca ativa de
usuários.

3. Saúde Bucal das Crianças de 5-6 anos de idade (A6)


- Relatório 135 – Listagem de usuários definitivos. Na planilha que será gerada, aplicar o filtro para o
ano da data de nascimento correspondente à faixa etária proposta e depois acrescentar uma coluna
“Atendimento odontológico” para registrar as datas das consultas. Essa planilha deverá ser atualizada

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trimestralmente e também pode ser utilizada como mais uma ferramenta para a busca ativa de
usuários.

4. Pessoas com Diabetes (DM)


- Relatório 074 – Atendimento Odontológico aos pacientes inscritos no programa de diabetes –
Estabelecimento
- Planilha com a listagem dos usuários enviada pelo Laboratório Municipal (Relatório HBA1C)

5. Saúde Bucal Amigo Especial (AE)


- Relatório 060 - Amigo especial – Listagem: acrescentar à planilha gerada por este relatório uma
coluna para registro da situação de cavidade bucal encontrada e planejamento do cuidado.

Considerações:

• Este processo de trabalho deverá ser avaliado em um ano.


• O atendimento a crianças e adolescentes de outras faixas etárias será considerado no
planejamento da 2ª fase da proposta de mudanças.

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Auto cuidado Saúde Bucal no Pré-natal (PN)

apoiado
Saúde Bucal de bebês de 0 a 24 meses (BB)

Saúde Bucal das Crianças de 5-6 anos de idade (A6)

PROGRAMADA
Saúde Bucal Amigo Especial (AE)

Pessoas com Diabetes Controle Glicêmico Ruim (DM)


ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL

Encaminhamentos CEO Abordagem tabagismo


• Protocolo indicações Exame de lesões bucais
• Teleregulação
• Endo

Demanda do Dia (DD)


Aplicativo Saúde Já
DEMANDA ESPONTÂNEA
Demanda Agendada de grupos não priorizados
Presencialmente
(AG)

Por telefone
Urgências em Saúde Bucal (UE)

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