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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ALLAN BRUCE PAIVA DE MORAES


CAROLINE MASCARENHAS RIBEIRO

RELATÓRIO AULA EXPERIEMNTAL 02: CONSTRUÇÃO DA


CURVA CARACTERÍSTICA DA BOMBA

Belém
2019
RELATÓRIO DE EXPERIMENTO PARA CÁLCULO DE ALTURA
MANOMÉTRICA

ALLAN BRUCE PAIVA DE MORAES


CAROLINE MASCARENHAS RIBEIRO

Relatório técnico apresentado como requisito


para obtenção de aprovação na disciplina
Instrumental em Saneamento Ambiental, no
curso pós-graduação em Engenharia Civil, na
Universidade Federal do Pará (UFPA).

Prof. Dr. Hélio da Silva Almeida

Belém
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

2. OBJETIVO ........................................................................................................................ 5

3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 5

3.1. MATERIAIS ................................................................................................................ 5

3.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ................................................................... 7

3.3. METODOLOGIA ........................................................................................................ 7

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 8

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 11

6. REFERENCIAS .............................................................................................................. 12
1. INTRODUÇÃO

O uso de conjuntos elevatórios é essencial para o funcionamento de parte dos


sistemas de saneamento básico, uma vez que o atendimento a determinadas localidades não é
possível de se fazer com escoamento inteiramente por gravidade. Nos sistemas de
abastecimento de água (SAA) e sistemas de esgotamento sanitário (SES), o uso de conjuntos
elevatórios, ocorre quando o destino a ser atendido encontra-se em pontos elevados, pois é
necessário vencer condições topográficas desfavoráveis (HELLER; PÁDUA, 2016).
Nesse contexto, as bombas centrífugas constituem-se como o dispositivo de
movimentação dos fluídos líquidos mais utilizados, pois possuem maior rendimento, menor
custo de instalação, operação e manutenção (TSUTIYA, 2006). As bombas centrífugas
aceleram a massa líquida através da força centrífuga fornecida pelo giro do rotor, cedendo
energia cinética a massa em movimento e transformando a energia cinética internamente em
energia de pressão, na saída do rotor, através da carcaça da bomba (ALEM. SOBRINHO;
TSUTIYA, 2011).
Assim, as bombas são projetadas para trabalharem com vazões e alturas
manométricas previamente estabelecidas (AZEVEDDO NETO, 2015). Porém, através de
ensaios, é possível verificar a capacidade da bomba de atender a outros valores de vazões e
alturas manométricas, assim como os valores de potência necessária ao acionamento e do
rendimento da bomba com a vazão recalcada. As curvas geradas com as informações citadas
anteriormente constituem as curvas características ou de desempenho da bomba (HELLER;
PÁDUA, 2016). Também há a curva característica do sistema, a qual relaciona a altura
manométrica total do sistema de elevação do líquido com a vazão de bombeamento.
(TSUTIYA, 2006).
Desta forma, as informações contidas nesses diagramas são essenciais para a
escolha da bomba e do modo de operação da elevatória.
Portanto, para melhorar a compreensão a respeito dos parâmetros hidráulicos que
compõe as curvas características das bombas, os discentes da disciplina de Instrumentação em
Saneamento Ambiental, do curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil, realizaram
experimento em nível de bancada da medição de vazão e pressão nas etapas sucção e recalque
de um conjunto elevatório. Tal experimento foi realizado no dia 09 de maio de 2019, no
Laboratório de Hidráulica, da Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental, da
Universidade Federal do Pará.

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2. OBJETIVO

O presente relatório visa elaborar a curva característica do conjunto motor-bomba


(CMB) e do sistema, por meio de experimento realizado em nível de bancada, que contou com
medição de pressão na sucção e medição de pressão e vazão no recalque.

3. METODOLOGIA

3.1. MATERIAIS

Os materiais que compõe a aparelhagem utilizada para o experimento estão


instalados em bancada, conforme apresenta a Figura 1.

Figura 1 – Instrumentos utilizados no experimento

Fonte: Autores, 2019.

Onde:
A) 01 Bancada Hidráulica: composta por 1 (um) conjunto motor-bomba KSB
Meganorm 25-150, tubulações de sucção e recalque, 2 (dois) reservatórios de 500
L, conexões e válvulas;
B) 01 Vacuômetro: instrumento utilizado para se medir pressões muito baixas,
próximas da ausência completa de ar ou de qualquer gás, ou seja, do vácuo.
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Também pode ser utilizado para medir depressão (queda de pressão), ou seja,
quando o valor medidor for menor que a pressão atmosférica, que ao nível do
mar, corresponde à aproximadamente 1 BAR ou 1 kgf/cm². Para isso, os
vacuômetros dispõem de sensores que podem medir a pressão com grande
precisão (MORIYA, 2009). O vacuômetro utilizado no ensaio é da marca
Mecaltec, possui leitor analógico e marca pressões na tubulação de sucção que
variam numa escala de 0 (zero) a 5 (cinco) m.c.a.
C) 01 Manômetro: são dispositivos utilizados para indicação local de pressão e em
geral são divididos em duas categorias: manômetros líquidos e manômetros
elásticos. No referido experimento, o manômetro utilizado é da marca Mecaltec
e enquadra-se na categoria de manômetros elásticos, uma vez que se baseia na
lei de Hooke (FRANÇA, 2007).
D) 01 Medidor de Vazão Tipo Engrenagem: Os medidos de vazão do tipo
“engranagem” são acoplados diretamente à tubulação do processo através de
conexões tipo rosca ou flange. São indicados para medição de vazão de líquidos
viscosos, pois propiciam uma excelente resposta dinâmica na medição de
graxas, óleos, lubrificantes e combustíveis (CONTECH, 2012).
E) 01 Caderno de anotações

Na Tabela 1 são descritas as características e especificações técnicas do conjunto


motor-bomba KSB Meganorm 25-150.

Tabela 1 – Especificações do CMB KSB Meganorm 25-150


Unidade Descrição
- Modelo: WEB – W22 IR2
- Potência: 1 HP
- Frequência: 60 Hz
- Polos: 2
- Rotação nominal: 3430
- Tensão nominal: 220/380/440 V
MOTOR - Corrente nominal: 2,91/1,68/1,46 A
- Corrente de partida: 20,4/11,8/10,2 A
- Corrente a vazio: 1,47/0,851/0,735 A
- Conjugado nominal: 2,09 Nm
- Conjugado de partida: 270%
- Conjugado máximo: 350%
- Fator de serviço: 1,15
- Modelo: KSB Meganorm 25-150
- Velocidade de rotação: 3500 rpm
BOMBA - Diâmetro do Rotor: 110 mm
- Vazão: 55 m³/h
- Altura Manométrica: 21 m.c.a.

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Fonte: KSB MEGANORM, 2017.

3.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Após explicações do professor a respeito do funcionamento dos materiais utilizados,


a execução do experimento procedeu-se com as seguintes etapas:
I. O ensaio iniciou-se com o acionamento do CMB;
II. Foram realizadas manobras na válvula de esfera (recalque), provocando variação
nas vazões;
III. Concomitantemente, foram efetuadas leituras no manômetro, no vacuômetro no
medidor de vazão do tipo engrenagem;
IV. Ao todo, foram realizadas 10 regulagens na válvula esfera, a fim de obter-se a
série de 10 medidas de vazão (valores obtidos na leitura do medidor de vazão tipo
engrenagem) e 10 medidas de pressão na sucção (valores obtidos na leitura do
vacuômetro) e no recalque (valores obtidos na leitura do manômetro);
V. Os resultados foram registrados no caderno de anotações;
VI. Por meio do desenho esquemático cadastral da bancada hidráulica, foram
levantados os comprimentos das instalações de sucção e recalque, assim como o
quantitativo de válvulas e conexões;
VII. Posteriormente, os dados anotados foram tabulados em planilhas do software
Microsoft Excel, para realização dos cálculos dos parâmetros hidráulicos que
compõe a curva característica do conjunto elevatório e do sistema;
VIII. Por fim, os diagramas de performance dos conjuntos elevatórios e do sistema
foram gerados no software Oringin Pro 8.0.

3.3. METODOLOGIA

Para os cálculos de perda de carga, nas tubulações retilíneas, foi utilizado a fórmula
de Hazen-Wiiliams, enquanto que para as perdas localizadas foram quantificadas através do
método dos comprimentos equivalentes.

( ) (01)

Onde:
- J = Perda de carga (m);
- Q = Vazão (m³/s);
- C = Coeficiente de rugosidade do tipo de material da tubulação;
7
- D = Diâmetro (m);
- L = Comprimento (m)

A altura manométrica do conjunto elevatório pôde ser obtida por meio da equação da
conservação da massa de Bernoulli, pois quando aplicada entre duas seções de um escoamento
que contém uma bomba, a altura manométrica deve ser levada em consideração.

(02)

(03)

(04)

Onde:
- Hman = Altura manométrica (m);
- HGS = Altura geométrica de sucção (m);
- HGR = Altura geométrica de recalque (m);
- ΔHS = Perda de carga na sucção (m);
- ΔHS = Perda de carga no recalque (m);

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na Tabela 2 são apresentados os valores obtidos na leituras de vazão, por meio do


medidor de vazão de engrenagem, do manômetro e do vacuômetro. Dessa maneira, foi possível
calcular a altura manométrica pelo soma dos valores coletados pelo manômetro e
manovacuômetro.

Tabela 2 - Dados Coletados na Variação de Vazão


Pressão
Altura Manométrica
Medição Vazão (m³/h) Manômetro Vacuômetro
(m)
(m) (m)
1 2,853 11,50 1,00 12,50
2 2,843 12,00 2,30 14,30
3 2,833 12,00 2,90 14,90
4 2,827 12,50 3,02 15,52
5 2,800 13,00 3,55 16,55
6 2,795 13,50 3,75 17,25
7 2,791 13,65 3,95 17,60
8 2,666 14,00 4,79 18,79
9 2,652 16,45 4,89 21,34
10 2,641 16,50 5,10 21,60
Fonte: Autores, 2019.

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O segundo passo foi encontrar as perdas unitárias de sucção, que corresponde desde
a válvula de pé com crivo até a bomba, e a de Recalque, que começa a partir da bomba até o
reservatório. Utilizou-se como referência o diâmetro interno, ou seja, na tubulação de sucção que
possui Ø60 mm, foi utilizado para os cálculos o valor de Ø50 mm e na tubulação de recalque que
possui Ø50 mm, utilizou-se Ø40 mm.
Com o calculo das perdas unitária, apartir da vazão e os diâmetros na sucção e no
recalque já conhecidos tem-se a Tabela 3.

Tabela 3 - Dados coletados na variação de vazão


Perda de Carga Unitária (m/m)
Medição Vazão (m³/h)
Sucção (Ø50 mm) Recalque (Ø40 mm)
1 2,853 0,004527849 0,013422818
2 2,843 0,004499703 0,013339380
3 2,833 0,004469887 0,013250989
4 2,827 0,004452390 0,013199121
5 2,800 0,004374046 0,012966870
6 2,795 0,004358454 0,012920647
7 2,791 0,004346345 0,012884749
8 2,666 0,003993601 0,011839038
9 2,652 0,003955439 0,011725906
10 2,641 0,003924041 0,011632827
Fonte: Autores, 2019.

Após serem encontradas as perdas de carga unitárias, foi possível calcular as perdas
de carga totais das etapas de sucção e recalque. Adicionalmente, também foi feito o
levantamento das peças que compõem cada etapa do conjunto elevatório e sua respectiva perda
de carga, como mostra a Tabela 4 e Tabela 5.

Tabela 4 - Peças de Sucção e recalque com seus respectivos comprimentos


equivalentes.
Recalque - Ø40 mm Sucção - Ø50 mm
Comprimento da Tubulação 11,06 m Comprimento da Tubulação 1,61 m
Peça Leq. (m) Quant. Total Peça Leq. (m) Quant. Total
J 45° 1,3 3 3,9 VPC 23,7 1 23,7
J 90° 3,2 6 19,2 Red. Gradual 0,36 1 0,36
Reg. Gav Abert 0,7 2 1,4 Curv. Raio L. 1,3 1 1,3
Válv Ret pesada 9,1 1 9,1 - - - -
Tê Pass. L 7,3 1 7,3 - - - -
Tê Pass. D 2,2 1 2,2 - - - -
Total 43,1 Total 25,36
Fonte: Autores, 2019.

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Tabela 5 - Vazões e suas respectivas alturas manométricas e perdas de carga total
Vazão Manômetro Vacuômetro Hftotal
Medição Hman Hfs (m) Hfr (m)
(m³/h) (m) (m) (m)
1 2,853 11,5 1 12,5 0,12212 0,72698 0,84910
2 2,843 12 2,3 14,3 0,12136 0,72246 0,84382
3 2,833 12 2,9 14,9 0,12055 0,71767 0,83823
4 2,827 12,5 3,02 15,52 0,12008 0,71486 0,83495
5 2,800 13 3,55 16,55 0,11797 0,70229 0,82025
6 2,795 13,5 3,75 17,25 0,11755 0,69978 0,81733
7 2,791 13,65 3,95 17,6 0,11722 0,69784 0,81506
8 2,666 14 4,79 18,79 0,10771 0,64120 0,74891
9 2,652 16,45 4,89 21,34 0,10668 0,63508 0,74175
10 2,641 16,5 5,1 21,6 0,10583 0,63003 0,73587
Fonte: Autores, 2019.

Após estes cálculos, os resultados obtidos foram utilizados para projetar a curva de
funcionamento da bomba, que mostrou o comportamento da vazão em relação à altura
manométrica obtida (Figura 2).

Figura 2 - Curva de funcionamento da bomba.

Fonte: Autores, 2019.

Nota-se no gráfico que com a diminuição da vazão, a altura manométrica torna-se


cada vez menor. Além disso, foi feita uma regressão linear, relacionando a variável independente
vazão com a variável dependente altura manométrica. Foi encontrado um coeficiente de

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correlação de 0,80245, que avalia o ajuste da curva com a reta, o que pode ser observado pelo
distanciamento destes.
Para melhor análise do comportamento da altura manométrica e do funcionamento
da bomba, utilizaram-se os dados do manual da bomba KSB, para se comparar com os dados
medidos, para isso foram selecionadas as alturas manométricas referentes a curva de Ø90, Ø100
e Ø111 mm para comparação (Figura 3).

Figura 3 - Curva de comportamento de bombeamento.

Fonte: Autores, 2019.

Pelo gráfico é possível perceber que a curva de bombamento medida apresentou uma
grande a variação e relação às outras curvas. Deve se levar em consideração que esta diferença
entre as curvas pode ter ocorrido pelo modo como foi operado o experimento, ou por exceções
de junções no recalque e pelo próprio medidor volumétrico que também influencia na perda de
carga.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apartir dessa experiência foi possível ter uma maior compreensão sobre o
funcionamento de bombas e obter outras possibilidades de medição da altura manométrica. Pelos
dados e os gráfico foi possível analisar o comportamento desta em relação à vazão, onde foi
concluído que a altura manométrica diminui com o aumento do fluxo da água.

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A importância da experiência capacitará os alunos em situações posteriores, como
saber manusear os instrumentos que possibilitam calcular a altura manométrica, demonstrando a
importância destes e dos relatórios no aprendizado.

6. REFERENCIAS

ALEM SOBRINHO, P. TSUTIYA, M. T. Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário. 3. ed. São


Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, 2015.

AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2015

CONTECH. Medidor de Vazão Tipo Engrenagem. São Paulo, 2012.

FRANÇA, F. A. Instrumentação e Medidas: grandezas mecânicas. Campinas: Universidade


Federal da Campinas, 2007.

HELLER, L.; PÁDUA, V. L. Organizadores. Abastecimento de água para consumo humano.


3. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016.

MORIYA REPRESENTAÇÃO IMPORTADORA EXPORTADORA E COMERCIAL LTDA.


Manual de Instrução do Vacuômetro. São Paulo, 2009.

TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água. 3. ed. São Paulo: Departamento de Engenharia


Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2006. 643 p.

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