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UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS

UNILAGO

Psicologia e Necessidades Especiais II


Prof. Sabrina Gasparetti

João Luiz Andreta

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS (NEEs)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2018
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ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS (NEEs):


Avaliar para o Desenvolvimento Pleno de suas Capacidades

1. Introdução

Qualquer aluno - com necessidades educacionais especiais ou não – tem direito a


desenvolver seu potencial, sendo assegurado por legislação nacional e internacional. Todo ser
humano pode colaborar ativamente para o progresso científico e cultural de sua nação.
Geralmente, os professores são os adultos que sempre estão em contato direto com o aluno
em sala de aula, portanto podem ser os profissionais da educação mais indicados para fazer uma
avaliação diagnóstica. Este contato cotidiano possibilita-o observar, tanto formal quanto
informalmente, as interações com seus pares, suas atividades, seus comportamentos, suas
capacidades gerais e específicas dos alunos, enquanto estão na escola. Mas, para que as avaliações
ocorram, é necessário assegurar e aparelhar a escola para que possa identificar as necessidades dos
alunos e acompanhar o desenvolvimento das diversas habilidades humanas.
Nesse contexto, também é importante inserir a pessoa com deficiência, de modo a verificar
suas competências – cognitivas, biológicas, sociais - e, assim, contribuir de forma relevante para a
evolução do saber e seu aperfeiçoamento como ser humano integral.
Como, geralmente, as dificuldades dos alunos com deficiência são de longo prazo, diversas
barreiras podem restringir sua participação de forma efetiva na escola e na sociedade. Segundo,
Magalhães (2003), os alunos podem apresentar dificuldades de aprendizagem, problemas de
comportamento, deficiência física sensorial (cegos, surdos e surdos-cegos), deficiência física não-
sensorial (paralisia cerebral, por exemplo), deficiência mental, deficiências múltiplas, autismo e
TDAH. Também pode-se acrescentar, a este grupo, os alunos com altas habilidades (superdotação)
que necessitam de currículo diferenciado por sua superior capacidade de aprendizagem.
Lembrando, que estes últimos podem apresentar outras NEEs associadas, por exemplo, com
dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento, deficiência, autismo e TDAH.

2. Da Avaliação Diagnóstica à Avaliação da Aprendizagem

Para realização de uma avaliação diagnóstica – como processo pedagógico, psicológico e


psicopedagógico – se faz necessário que o profissional seja qualificado para tal propósito, e nesse
espaço questiona-se se o professor seria o mais competente neste processo de avaliação.
Conforme relatado, a avaliação pedagógica possibilita conhecer o aluno de forma individual,
em grupos e na família, além de suas particularidades e necessidades, suas motivações,
potencialidades, habilidades, hábitos, conhecimento, autoestima, e diferenças. Além dos aspectos
individuais, o diagnóstico deve procurar informações sobre o contexto do aluno - relações que ele
estabelece com a escola, a família e a sociedade - e sua consequente influência para o progresso de
seu aprendizado.
De acordo com o autor, essa concepção contrasta com o tradicional modelo médico-
psicológico, que normalmente enfatiza os aspectos patológicos e dificuldades dos alunos em
detrimento, dos saudáveis e das potencialidades. A qualificação do aluno neste modelo não oferece
ao professor alternativas para o planejamento das atividades de ensino. Pelo contrário, serve para
rotular a pessoa humana, induzindo os professores a uma predisposição negativa e descrente em
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relação às habilidades e potencialidades dos alunos, impelindo o educador a acreditar que suas
intervenções educativas não resultará em qualquer êxito e, assim, passa a exigir cada vez menos dos
alunos. Devido ao rótulo, o educador se sente isento de sua responsabilidade em auxiliar as crianças
a superar suas dificuldades.
Para o autor, “o diagnóstico se converteu em um fim, afastando-se cada vez mais da
intervenção, que deveria ser seu único e verdadeiro objetivo”, além de negligenciar aos aspectos
sociais. A classificação de crianças, jovens e adultos de acordo com os testes de inteligência (QI),
discriminou e segregou os mais capazes e os menos, enfatizando os déficits ao invés de ressaltar
suas capacidades de realização. Talvez, as perguntas que se poderia fazer é: “A quem interessa este
modelo de diagnóstico?”; “Quem são os favorecidos?”. Os prejudicados já se sabe.
Por si só, a deficiência não está necessariamente associada à dificuldade de aprendizagem, já
que muitos alunos têm dificuldades de aprendizagem sem qualquer tipo de deficiência. Em ambos
os casos, contudo, as escolas precisam tomar medidas preventivas para evitar que elas próprias dê
origem à dificuldades relativas ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e social dos alunos com
NEEs.
Deve-se, portanto, levar em consideração as relações existentes e significativas do que a
escola possibilita construir e as oportunidades que a sociedade garante as diversas classes sociais, já
que os alunos de escolas públicas não têm as mesmas condições de desenvolvimento cultural,
cognitivo e da linguagem que os alunos de classe média ou alta.

2.1 A avaliação da aprendizagem para alunos com NEEs

Cada família possui uma estrutura e cultura diferente, uma forma de se organizar e de
funcionar que pode influenciar mais a aprendizagem do que o nível social em si. Dessa forma,
fatores como o modo de vida da família, valores, crenças e opções, modos de interagir e de se
comportar incidem de modo mais significativo no desempenho escolar do que o seu nível
socioeconômico. Por isso, estes fatores quando associados à influência do meio social e das
condições biológicas da pessoa, podem colaborar para o insucesso escolar.
Ao invés de excluir os alunos que apresentam alguma necessidade especial educacional, a
escola poderia aprender com as particularidades de cada um e adequar seus instrumentos
pedagógicos a cada deficiência, procurando obter o que cada estudante tem como habilidade.
Por exemplo, a existência de uma nota mínima exigida para a promoção de série, mostra que
a escola continua adotando padrões uniformes e conservadores de avaliação. Vale atentar, que os
educando considerados “normais” também recebem o mesmo tipo de processo de classificação, pois
na visão dos educadores ou administradores a padronização é um requisito essencial e, portanto,
indispensável a todos os alunos. Nesse momento, começam as exclusões, para alunos com ou sem
NEEs.
Um dos autores citados (Mantoan, 2007), sugere que a avaliação escolar de caráter
classificatório, através de notas e provas, seja substituída por um processo contínuo e qualitativo,
visando tornar o ensino cada vez mais adequado e eficiente à aprendizagem de todos os alunos.
Convêm lembrar que no Estado de São Paulo a progressão continuada não tem apresentado bons
resultados.
Outro autor (Perrenoud, 1999) relata duas lógicas no emprego da avaliação: uma a serviço
da seleção e outra da aprendizagem. A seleção, estando diretamente ligada à classificação dos
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estudantes, contribui para consolidar uma hierarquia de excelência. Já a avaliação a serviço da


aprendizagem possibilita tomar decisões e fazer intervenções pedagógicas de forma diferenciada,
com base nas necessidades dos alunos.
No Brasil, o atual processo de avaliação nas escolas públicas buscam classificar os alunos -
“normais” ou com NEEs - de acordo com as notas obtidas. O educador Luckesi afirmou que “os
professores utilizam as provas como instrumentos de ameaça e tortura prévia dos alunos,
argumentando ser um elemento motivador de aprendizagem”. Não sei se é um instrumento de
“ameaça e tortura”, mas com certeza não é um “elemento motivador de aprendizagem”.
Em relação à deficiência, o pedaggo Beyer (2005) identifica cinco modelos de avaliação:
- clínico-médico: a avaliação é feita anamnese ou história clínica que valoriza os déficits e
limitações do sujeito, predominando os recursos terapêuticos sobre a ação pedagógica, portanto é
um modelo que colabora para o encaminhamento do aluno a escolas especiais.
- sistêmica: está associada às demandas curriculares, onde a avaliação é seletiva e disjuntiva,
mediante encaminhamentos para a escola regular ou especial, conforme o caso.
- sociológico: como a deficiência, neste modelo, é vista de acordo com a reação do meio social, o
desenvolvimento das pessoas com NEEs pode dificultado (por incompreensão ou preconceito) ou
facilitado (por empatia ou compreensão). Portanto, os valores pessoais do professor refletem na
avaliação e nas expectativas acerca de sua aprendizagem.
- crítico-materialista: por estar embasado na sociedade de classes, considera a pessoa com
deficiência de acordo a capacidade de trabalho, ou seja, uma avaliação de acordo com sua utilidade
para a empresa.
- educação inclusiva: a avaliação é transferida da seleção e do encaminhamento a escolas especiais
para a identificação das NEEs desses aprendizes e seu atendimento em escola regular, procurando
superar preconceitos e barreiras atitudinais por meio da inclusão social da pessoa com NEEs.
Estudantes com altas habilidades/superdotação, autismo e TDAH também necessitam de
adaptações pedagógicas. Em relação aos alunos que apresentam altas habilidades/superdotação,
necessitam de atividades pedagógicas e de avaliação baseadas na criatividade, de modo a estimular
suas capacidades. Acredito que não somente os com altas habilidades/superdotação precisam de
atividades que motivam a criatividade, mas também os considerados regulares, pois os métodos
pedagógicos tradicionais costumam desmotivar o aprender desses alunos, com o risco, inclusive, de
evasão escolar.
Para aprendizagem do autista, Rivière afirmou que os educadores devem organizar o
ambiente adequando de modo a estimular a atenção da criança e evitar sua distração em relação às
tarefas educacionais, utilizar-se de instruções e sinais simples, consistentes e adequados às
atividades, apresentados somente depois de assegurar-se da atenção do aprendiz e trabalhar também
com motivações de várias naturezas, como lúdica, social, comunicativa, sensorial etc. devido ao
comprometimento da motivação e pela dificuldade das relações interpessoais.

3 Conclusão

De acordo com o artigo, um dos grandes desafios da escola é identificar e desenvolver as


potencialidades e habilidades dos alunos com NEEs. A avaliação diagnóstica de aprendizagem
possibilita conhecer melhor esses alunos, através da identificação de suas necessidades, motivações,
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hábitos, conhecimentos, níveis de autoestima, facilidades ou dificuldades em determinadas áreas do


saber ou do fazer.
Assim, por intermédio da avaliação, o professor pode acompanhar o processo de
aprendizagem dos alunos, e, ao mesmo tempo, monitorar sua prática como educador e realizar,
dessa forma, uma investigação didática. Então, a avaliação permite um diagnóstico das estratégias
bem ou mal sucedidas, verificar avanços ou dificuldades, facilitando na reorganização das
atividades pedagógicas. Portanto, é a avaliação que permite elaborar hipóteses sobre a eficiência do
docente e, desta forma, verificar se as ações tomadas pelo docente promoveram ou não a construção
do conhecimento.
O diagnóstico pedagógico, quando realizado de forma adequada e levando-se, também, em
consideração as condições sociais do aluno - para que não seja indevidamente rotulado com
deficiência mental -, pode favorecer uma intervenção no processo educacional, pois permite o
reconhecimento social das potencialidades do educando com NEEs e, consequentemente, modificar
e potencializar de modo favorável a aprendizagem. Portanto, uma avaliação aplicada e analisada de
forma correta contribui significativamente nas áreas do diagnóstico e da aprendizagem, para o
desenvolvimento pleno desses alunos.
Para o autor, “os alunos estão mais interessados em entender processos do que em
memorizar dados”, e as várias formas de socialização permitidas internet ampliam o universo do
indivíduo, colocando-o em contato com diferentes culturas, idiomas e costumes. Sendo assim,
ambientes educacionais ricos em estímulos favorecem o desenvolvimento da inteligência e, como
consequência, de suas habilidades.
Através da avaliação diagnóstica o educador, em sala de aula, deve implementar estratégias
pedagógicas que estimulem o crescimento do potencial humano e na superação dos desafios nas
diversas áreas, imprescindível para os tempos atuais. Deve-se almejar além do cognitivo, buscando
a totalidade do sujeito, propiciando condições para seu crescimento e melhoria como pessoa.
Muitos, ou quase todos, alunos com NEEs já experimentaram os mais variados fracassos
acadêmicos, sentindo, muitas vezes, serem seus esforços inúteis e duvidando de suas habilidades.
Por esse motivo, o educador deve se empenhar para modifica as histórias de fracassos anteriores do
aluno, estabelecendo laços entre suas capacidades e o rendimento escolar.

4. Bibliografia

- Fernandes, T.L.G. & Viana, T.V. Alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs): avaliar
para o desenvolvimento pleno de suas capacidades. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 20, n. 43 (305 -
318) maio/ago. 2009.

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