Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1
Contudo, o conceito de ambientes extremos não se restringe a espaços não institucionais,
mas a todo e qualquer ambiente que demande uma intervenção imediata, emergencial,
paliativa ou adequada às projeções do lugar. Compreender as peculiaridades desses
ambientes extremos e as possíveis apropriações e uso de instrumentais provenientes das
áreas de Conservação Preventiva e Restauração significa minimizar o impacto e definir
protocolos mínimos nesses casos específicos. Definimos por ambientes extremos alguns
contextos específicos:
Apesar do marco inicial das viagens do Capitão James Cook (1777), sua passagem pelo
continente não é efetiva, uma vez que não chega a aportar em terra firme: a pesar de haver
alzanzado la extrema latitud de 71º sur, paradojicamente, nunca avistaron tierra
(ZARAKIN; SENATORE, 2007, p.17). Segundo a historiografia, a primeira e mais
intensiva ocupação ocorreu entre 1820 e 1824, quando centenas de navios atracaram na
Península Byers das Ilhas Shetland Sul e milhares de marinheiros desenvolveram
atividades exploratórias dos pinípedes (lobos, focas e elefantes marinhos) e dos cetáceos
2
(baleias) da região. Os vestígios dessa ocupação podem ser pesquisados por meio das
amostras coletadas nas expedições arqueológicas recentes, e contribuem à percepção de
um panorama diversificado dessa ocupação: a história não oficial. Os acampamentos,
refúgios e áreas de matança, limpeza e estocagem das peles e demais derivados dos
animais constituem espaço privilegiado de reconstituição arqueológica do cotidiano dessas
pessoas.
A partir dos contatos realizados com o LACICOR-CECOR através do Dr. Luiz Antônio
Cruz Souza, pesquisadores, docentes e alunos da EBA-UFMG tiveram a oportunidade de
ingressar no projeto atuando diretamente no desenvolvimento dos protocolos da análise,
3
documentação e conservação desses materiais1. Por meio do treinamento realizado em
agosto desse mesmo ano – TPA (Treinamento Pré-Antártico) –, eu pude participar da
equipe destinada à segunda expedição de trabalho subsidiada pelo CNPq, XXIX do
Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), como pesquisadora convidada, tendo como
objetivo o desenvolvimento de protocolos de manejo de conservação como suporte
técnico-operacional e de pesquisa associada ao projeto arqueológico. Os trabalhos de
campo relativos à Operantar XXIX foram realizados entre 10/01/2011 e 01/02/2011, na
Península Byers (coordenadas do acampamento: S 62°36’55.5’’ e W 61°04`45.1``) da ilha
Livingston, arquipélago de Shetland Sul do Continente Antártico (Fig. 1). Durante esse
período, foram escavados três sítios arqueológicos: Punta Varadeiro, Penca 1 e Penca 3 e
visitados outros dois sítios, Penca 2 e Lima Lima. Como membro da equipe, pude
conhecer a maioria dos sítios e trabalhar especificamente em Punta Varadeiro, tanto no
processo de escavação orientada em campo, quanto no processamento dos artefatos no
acampamento.
1
. A equipe atual envolvida no projeto é formada por: Dr. Luiz Antônio Cruz Souza, doutor Química com
ênfase em química aplicada à Conservação e Restauração. Como coordenador do LACICOR gerencia os
trabalhos do grupo; Dra Yacy-Ara Froner, pesquisadora na área de conservação de acervos arqueológicos,
coordena as atividades e a equipe envolvida no projeto; Dra Isolda Mendes Campos, doutora em Química,
coordenada a pesquisa relacionada às análises dos materiais; Ms. Willi de Barros Gonçalves, doutorando
pelo PPGA-UFMG, apóia a pesquisa na área de Conforto ambiental para objetos e coleções. Além desses
pesquisadores, as alunas de graduação do Curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis
Thais Venuto; Gerusa Radicchi; Giulia Giovani; Ana Carolina Motta Montalvão e Marcella Oliveira já estão
atuando como estagiárias no projeto desde junho de 2010 e atualmente aguardam o resultado de bolsas da
PROEX;
4
determinado ambiente – solo, gruta ou ambientes aquosos, salinos ou não –, o equilíbrio,
físico ou químico, atingido junto ao meio envolvente é quebrado. As mudanças ocorridas
durante ou após a escavação podem ser tão drásticas que o processo pode acarretar danos
irreversíveis, a não ser que sejam imediatamente tomadas medidas preventivas.
5
Assim, partindo desses princípios previamente definidos no projeto de pesquisa
apresentado, o acompanhamento do trabalho de campo da pesquisa em Arqueologia
Histórica na Antártica foi realizando a partir de alguns objetivos de atuação específicos:
6
Figura 2 Península Byers com a delimitação do setor interior e costeiro. Área de localização dos sítios arqueológicos
estudados. Fonte: http://www.scar.org/publications/bulletins/150/aspa126/
Figura 3: Detalhe da praia sul, península Byers, ressaltando na subárea H a localização dos sítios arqueológicos
estudados. Fonte: ZARANKYN & SENATORE, 2007.
O reconhecimento dos sítios arqueológicos ocorreu no dia 12 de janeiro, com início das
atividades de prospecção em Punta Varadeiro no dia 14. Entre a data de prospecção e o dia
16 de janeiro eu tive a oportunidade de acompanhar as atividades de escavação em sítio,
observando e participando das ações de coleta.
7
Fotos 1, 2, 3 e 4 – Sítio Arqueológico de Punta Varadero
Medições de localização e topografia pela estação total; desenho esquemático do sítio, escavação
Ciente deste processo, foi levado para o campo a solução de Paralóid B72 em 10 e 15%
em Acetona/Álcool Etílico (KOOB, 1886). Contudo, este consolidante não produziu
8
resultados favoráveis. O EMC2 da madeira apresentava um grau de saturação da umidade
que impossibilitou a introdução de qualquer material. O consolidante se depositou na
superfície da estrutura, não impregnando no seu interior. Ao ser exposta, a madeira perdia
umidade, se desagregando rapidamente, sem assimilar a penetração do consolidante
proposto. De acordo com Hamilton (1998,
http://nautarch.tamu.edu/crl/conservationmanual/) The conservation of waterlogged wood
is a two-fold process that involves the incorporation of a material into the wood that will
consolidate and confer mechanical strength to the wood while the water is being removed
(e.g. PEG or sugar-bulking treatments) and the removal of the excess water by a method
with will prevent any shrinkage or distortion of the wood (e.g. solvent or freeze-
drying).Estas quetões foram consideradas na escolha do consolidante e do solvente
propostos.
2
“The moisture content of wood below the fiber saturation point is a function of both relative and
temperature of surrounding air. The Equilibrium Moisture Content (EMC) is the moisture contents at which
the wood is neither gaining nor losing moisture; this however, is a dynamic equilibrium and changes with
relative humidity and temperature”. HAILWOOD, Absorption of water by polymers: analysis in terms of a
simple model. Trans. Faraday Soc. 42B: 84–102, 1990.
9
Foto 11– Desprendimento da película do consolidante (Amostra 27.PV-B3)
No acampamento foi possível verificar que a exposição dos materiais na bancada em dias
mais secos, auxiliou na posterior aplicação do consolidantes, desde que fosse de pequenas
dimensões (Foto 12).
Cabe ressaltar que a escolha do consolidante foi pautada pela experiência anterior de
consolidação de artefatos arqueológicos e por meio das indicações bibliográficas mais
indicadas na área. As limitações no transporte de solventes variados, bem como o contexto
de acomodação provisória na barraca-laboratório também não permitiu uma variabilidade
de produtos trazidos para o trabalho de conservação na expedição.
10
Foto 13– Datalogger – sítio Punta Varadero
11
Fotos 14, 15, 16, 17 – Exterior e interior da barraca-laboratório
12
Fotos 18, 19, 20, 21, 22 e 23 – Etapas do trabalho
Ao longo do trabalho foi possível processar apenas o material de Punta Varadero. Entre 17
e 30 de janeiro foram limpos e embalados aproximadamente vinte e quatro conjuntos
ósseos, incluindo dentes; vinte e oito conjuntos compostos por madeira, incluindo cortiça;
cinqüenta e sete conjuntos compostos por couro, tecido e pelo; dezesseis conjuntos em
metal e dez conjuntos compostos por lítico, cerâmica e vidro. A organização do material
por tipologia material intencionou facilitar a definição das análises e dos procedimentos de
intervenção posteriores.
13
2.2.1. Processamento: material ósseo
Como protocolo básico, foi feita a limpeza mecânica por trincha e posteriormente com
álcool etílico. O álcool acelerou a evaporação, mas pôde ser utilizado apenas nas peças
maiores, dentes e ossos mais estruturados. Nos dias mais secos, quando a unidade relativa
no interior da barraca chegou a 30%, a secagem gradual dos ossos permitiu a introdução
do consolidante – 5% de Paraboid B72 em Acetona/Álcool Etílico.
14
Fotos 24 e 25 – Desagregação do material ósseo (Amostra 6.PV-S1) foto 26 – Diferença da condensação entre os sacos do material
tratado em um dia úmido e o material processado em um dia seco; foto 27 – Datalogger posicionado no interior de um invólucro
(Amostra 1.PV-S1)
Alguns conjuntos não foram limpos, pois podem ser separados para identificação mais
específicas (Foto 28).
15
2.2.2. Processamento: madeira
Como comentado anteriormente, a madeira é um dos materiais orgânicos que mais sofrem
degradação após um longo período de exposição a ambientes úmidos devido ao processo
de degradação pela lixiviação das substâncias solúveis em água, como açucares e sais
minerais, como também por meio da hidrólise e conseqüente desestabilização da lignina.
Sua característica higroscópica faz com que sua interação com o a umidade ambiente gere
uma estabilidade aparente, o EMC. Porém, uma vez exposta, a evaporação rápida,
considerando sua porosidade maior, faz com que perca rapidamente a forma e a
capacidade de sustentação estrutural das paredes internas.
Nesse caso, o comportamento das madeiras foi pior do que o do material ósseo. Uma vez
exposta, a perda de umidade foi mais rápida como também sua desagregação. Em
laboratório, apenas os materiais de menores proporções reagiram bem ao produto
consolidante, ao contrário dos ossos que uma vez secos admitiram a penetração do
produto, sendo comum a formação de uma película externa (Fotos, 29, 30 e 31).
Fotos 29, 30 e 31– Desprendimento da película do consolidante (Amostras 33.PV-D2; 45.PV-C3 e 75.PV-A2)
A variedade de artefatos em madeira pôde ser observada nas pontas de estacas, rolhas e
botões encontrados, além dos entablamentos estruturais (provavelmente parede e teto)
encontrados em campo. A preservação das marcas de ferramentas é fundamental para o
trabalho de análise arqueológico, portanto é indispensável um estudo para a aplicação de
uma metodologia de consolidação mais adequada ao ambiente encontrado (Fotos, 32, 33 e
34).
16
Os protocolos de registro, limpeza e embalagem foram os mesmos utilizados para a
conservação do material ósseo. A variedade de espessura e dureza das trinchas auxiliou na
remoção dos sedimentos aderidos. Para a limpeza do material, além da trincha, o uso de
bastonete com algodão (swob), algumas vezes embebido em álcool etílico ou água morna,
auxiliou na remoção da terra impregnada e do limo. No caso de plantas agregadas à
estrutura, o uso do bisturi foi necessário (Fotos 35, 36 e 37).
A secagem das estruturas maiores nos dias menos úmidos antecedeu sua embalagem para
transporte (Foto 38).
17
Outro procedimento adotado foi a separação das madeiras com marcas de ferramentas das
lascas de madeira de desagregação das tábuas encontradas na superfície (Foto 42).
18
hexametafosfato de sódio, Calgon (trademark@), sabões ou solventes químicos. A decisão
do método de limpeza depende de testes de pH e análises microscópicas que avaliam a
resistência das fibras e a presença do colágeno, o que deverá ser realizado no laboratório
do CECOR.
Os artefatos encontrados eram em sua maioria fragmentos de sapatos, sendo que alguns
foram encontrados quase completamente montados. Com o intuito de auxiliar na análise,
três tipos de procedimentos foram adotados:
19
Os artefatos em couro apresentaram condições específicas de deposição de sedimentos,
com uma camada espessa e compactada sobre e no interior das estruturas. Estes
sedimentos mantiveram a concentração de umidade e formaram uma superfície pastosa
que impregnou os componentes; muitos dês elementos parciais em couro mais delgado
encontravam-se especialmente fragilizados e friáveis e mesmo com a limpeza superficial
com trincha apresentavam desprendimento e ruptura, tanto na manipulação quanto no
procedimento. Como nos protocolos anteriores, a limpeza superficial com trincha, algodão
com água morna ou com álcool isopropílico foi possível; nos couros mais resistentes a
remoção mecânica com bisturi ou com a ponta de bastonetes de materiais incrustados,
como pedras, foi necessária.
20
produziu um câmbio dimensional, com o aparecimento de quebra e rachadura na
superfície. Freeze drying and solvent dehydration are the most common conservation
treatments for waterlogged leather. Very good results have been achieved in the
conservation of bog bodies through freeze drying using 15% PEG 400. The PEG act as a
lubricants to minimize skin and bone shrinkage during drying (SMITH, 2003, p: 17).
Junto com as botas de couro, foram encontrados fragmentos de pele que provavelmente
foram utilizadas para preenchimento ou reforma desses sapatos; possivelmente estas peles
retiradas dos pinípedes da região (lobos, focas e elefantes marinhos) não foram curtidas, o
que justifica o grau de decomposição em que foram encontradas. A fragilidade na
manipulação era evidenciada pela perda da pelagem ou mesmo pela deformação da
estrutura, dificultando a limpeza por trincha e o manuseio do material. Por essa razão, a
limpeza foi extremamente restrita aos sedimentos soltos e muitas vezes optou-se apenas
pela embalagem, aguardando o ambiente mais estável do laboratório e estudos mais
21
aprofundados para um tratamento eficaz. Uma das preocupações com a fragilidade das
peles foi não alterar sua forma (shape) indiciária de uso nas reformas dos sapatos, pois é
importante para a pesquisa arqueológica acerca das adaptações do homem ao meio e das
restrições no modo de vida desses trabalhadores do séc. XIX.
O material têxtil encontrado foi o que apresentou maior fragilidade, tanto pela
desagregação das fibras pela absorção de umidade, quanto pelo fato de muitos tecidos
compactados terem sido carbonizados, conforme observado, incluso, no tratamento
realizado no IMHICIHU-CONICET: Los textiles quemados, plegados y frágiles fueron
almacenados en cajas con contenedores de espuma de polietileno de 4 cm de espesor. En
estos soportes se realizaron inserciones del tamaño de las piezas con el objetivo de evitar
desplazamientos y fricciones. Para evitar que el textil tomara contacto directo con la
espuma, se decidió forrar el hueco de contención con papel libre de ácido. La tapa de
cada una de las bandejas se realizó con Mylar, posibilitando el acceso visual a las piezas
(SALERNO, RODRIGUEZ, 2010).
Considerando o estado de conservação dos têxteis encontrados, nem sempre foi possível
realizar algum tipo de tratamento, aguardando-se então um manuseio controlado em
laboratório. Alguns tecidos foram abertos nos dias mais secos, possibilitando sua abertura
com o auxílio de pinça, porém a secagem sempre foi comprometida pela unidade do
ambiente no período noturno
22
Fotos 57 e 58 – Amostras 37.PV-B2 e 44.PV-B2
23
Fotos 59 e 60 - Amostras 60.PV-B e 72.PV-A2
A maior degradação observada nesses materiais foi ocasionada pelos impactos físicos,
fragmentando a maioria das peças encontradas. Em Penca 3 foram encontrados muitos
fragmentos de uma garrafa. Em Punta Varadero, os fragmentos encontrados precisam ser
vistos em conjuntos para uma montagem posterior.
A maior preocupação nesse contexto foi fazer uma limpeza superficial primeiramente com
trincha e depois com álcool isopropílico na face externa, deixando o interior com resíduos
para uma análise posterior. Os invólucros em EPE providenciaram uma maior estabilidade
para o transporte e posterior manuseio.
24
Fotos 61, 62 e 63 - Amostras 41.PV-D3, 60.PV-B e 86.PV-A2 e 95.PV-C2
Os artefatos em metal encontrados no sítio de Punta Varadero são, em sua maioria, feitos
em chumbo, cobre e ferro, compondo pregos, formas, projéteis, adereços de vestimentas e
tampas de bebida.
25
Fotos 64, 65, 66. 67 e 68- Amostras 15.PV-B2, 46.PV-C3, 46.PV-C3, 47.PV-C3 e 96.PV-B3
Como procedimento de limpeza em campo, foi possível apenas a limpeza superficial com
trincha e, em alguns casos de incrustações em cobre, a limpeza mecânica com bisturi.
No caso do ferro, os maiores danos são causados pelos cloretos e pela oxidação,
ocasionando uma óxido-redução que altera a composição e a estrutura do núcleo, muitas
vezes de tal forma que é impossível remover as incrustações sem destruir o artefato. Iron
is usually the most metal recovered from archaeological sites. Due to the variety of
conditions an environment within which corrosion can occur and the number and
complexity of the corrosion products, iron presents the conservator with the most difficult
problems of all metal antiquity (PEARSON, 1987, p.43).
26
Considerando a especificidade no tratamento de metais, é importante que qualquer
procedimento seja definido após analises e testes laboratoriais. Dentre os métodos de
trabalho podemos encontrar a limpeza eletroquímica por galvanização ou redução,
tratamentos por sulfetos alcalinos; difusão alcalina aquosa, limpeza mecânica por fresa,
lixa ou bisturi, além de outros tratamentos químicos que buscam a solubilização dos sais
cristalizados na superfície. De qualquer modo, apenas em laboratório é possível definir o
melhor tratamento, sendo que a estabilidade dos materiais foi a maior preocupação em
campo. Posteriormente, serão necessários estudos específicos para tentar desdobrar a
forma encontrada (47.PV-C3).
27
Fotos 72- Organização final do material
Fotos 73 e 74- Caixa 1 – M<aterial em bandeja e Caixa 2 – Cooler e material de grande porte
4. Monitoramento climatológico
28
Além desses dados, coletados entre 19 e 30 de janeiro, nas caixas marfinites utilizadas
para o transporte da coleção foram fixados dois equipamentos: um no cooler e outro na
parede do container. Após a transição Artática-Brasil será possível verificar as mudanças
climatológicas as quais o material foi submetido.
29
Referências
ASHLEY-SMITH, , ed. 1983. Adhesives and Coatings. Vol. 3.Science for Conservators, Crafts
Council Conservation Teaching Series, Crafts Council, London.
ASHLEY-SMITH, 1999. Risk Assessment for Object Conservation. Oxford: Butterworth
Heinemann,.
ASHLEY-SMITH. 1983a. Cleaning. Vol. 3. Science for Conservators, Crafts Council
Conservation Teaching Series, Crafts Council, London.
ASHLEY-SMITH. 1983b. Adhesives and Coatings: Book 3. Science for Conservators, Crafts
Council Conservation Teaching Series, Crafts Council, London.
BERDUCOU, M.C. 1990. La Conservation en Archeology, Masson, Paris.
BERGES, C. “Risk Management: The Unrecognized Necessity.” Rural Libraries 13, no. 1 (1993):
53-66.
BLACK, J. 1987. Recent Advances in the Conservation and Analysis of Artifacts, edited by J.
Black, pp. 105-108. Summers Schools Press, London.
CALDARARO, N. L. 1987 An outline history of Conservation in Archaeology and Anthropology
as Presented through its publications. Journal of the American Institute for Conservation, (26): 85-
104.
CLEMENTS, Forrest E. Notes on archaeological methods: excavation of fragile objects. American
Antiquity, N.1, V.3 (1936): pp. 193-207.
CRONYN, J. M. 1990. The Elements of Archaeological Conservation. Routledge, London.
DOWMAN, E. A..1970. Conservation in Field Archaeology. Methuen, London.
FELLER, R. L., and M. Wilt. 1990. Evaluation of Cellulose Ethers for Conservation. Research in
Conservation Technical Report Series No. 3. Getty Conservation Institute.
FLORIAN, M. E. 1987. The Underwater Environment. In Conservation of Marine Archaeological
Objects, pp. 120ff. Butterworths, London.
FRONER et alli 2008. Tópicos em Conservação Preventiva. Belo Horizonte: DEMU-IPHAN,
2008. Disponível em: www.patrimoniocultural.org/demu/cursos.
FUNARI, P. P. A.; DOMINGUEZ, L.; FERREIRA, L. M. 2006. Patrimônio e cultura material.
Unicamp/IFCH, Campinas.
HAMILTON, D. L. 1973. Electrolytic Cleaning of Metal Articles Recovered from the Sea. In
Science Diving International, edited by N. C. Flemming, pp. 96-104. Proceedings of the 3rd
Scientific Symposium of C.M.A.S., 8-9th October 1973. British Sub Aqua Club, London.
HUGHES, Elaine. 1984. The Blackwater Draw Locality #1 Collection of the Museum, Texas Tech
University: A Case Study in Conservation, Collection Management, and Data Reconstruction.
Master's thesis, Texas Tech University, Lubbock.
ICOM. 2006. Cultural heritage in the Arctic an Antarctic regions. International Polar Committee,
VIII, Norway.
ICOM. 2008. Historical Polar Basis: preservation and management. International Polar
Committee, XVII, Norway.
INTERNATIONAL INSTITUTE FOR CONSERVATION (IIC). 1975. Conservation in
Archaeology and the Applied Arts. Reprints of the Contributions to the Stockholm IIC Congress,
2-6 June, 1975. IIC, London.
30
JENSSEN, V., PEARSON, C. 1987. Environmental Considerations for Storage and Display of
Marine Finds. In: Conservation of Marine Archaeological Objects, edited by C. Pearson, pp. 268-
270. Butterworths, London.
KOOB, S. P. 1986. The Use of Paraloid B-72 as an Adhesive: Its Application for Archaeological
Ceramics and Other Materials. Studies in Conservation 31:7-14.
KOOB, S. The use of Paraloid B-72 as an Adhesive: its application for Archaeological Ceramics
and other materials. Studien in Conservation, 31:1, 1986, p.7-14.
LESKARD, M. 1987. The Packing and Transportation of Marine Archaeological Objects. In
Conservation of Marine Archaeological Objects, edited by C. Pearson, pp. 117-121. Butterworths,
London.
LORÊDO, Wanda M. 1994. Manual de Conservação em Arqueologia de Campo. IPHAN, Rio de
Janeiro.
MACBETH, J. A., STROHLEIN. 1965. The Use of Adhesives in Museums. Museum News 7:47-
52.
MAVROV, G. 1983. Aging of Silicone Resins. Studies in Conservation 28:171-178.
MICKEY, C. D. 1980. Artifacts and the Electromotive Series. Journal of Chemical Education
57(4):275-280.
MICHALSKI, Stefan. In: Running a Museum: A Practical Handbook/ edited by P. Boylan, Paris:
International Council of Museums & UNESCO, 2004, p. 51-90.
MONTLUCON, J. 1986. Electricity: A New Implement Archaeology. Paper delivered at the
Annual Conference on Underwater Archaeology, 1986 Meeting, Sacramento, California.
MORENO.Historia de la conservacion de textiles arqueologicos en América Latina. Disponível
em: http://www.lablaa.org/blaavirtual/publicacionesbanrep/bolmuseo/1990/jlsp28/jlsp07a.htm
MOYER, C. 1986-1988. Archaeological Conservation Forum. The Society for Historical
Archaeology Newsletter.
NAKHKLA, S. M 1986. A Comparative Study of Resins for the Consolidation of Wooden
Objects. Studies in Conservation 31(2):38-44.
ORGAN, R. M. 1963. Consolidation of Fragile Metallic Objects. In Recent Advances in
Conservation, edited by G. Thomson, pp. 128-133. Butterworths, London.
ORGAN. 1968. Design for Scientific Conservation of Antiquities. Smithsonian Institute Press,
Washington, DC.
ORGAN. 1977 , The Current Status of the Treatment of Corroded Metal Artifacts. In Corrosion
and Metal Artifacts, edited by B. F. Brown, pp. 107-142. U.S. National Bureau of Standards,
Department of Commerce, Washington, DC.
PEARSON, Colin. 1987a. Conservation of Marine Archaeological Objects. Butterworths, London.
PEARSON. 1987b. On-Site Storage and Conservation. In Conservation of Marine Archaeological
Objects, edited by C.Pearson, pp. 105-116. Butterworths, London.
PLENDERLEITH, H. J., and A. E. A. Werner. 1977. The Conservation of Antiquities and Works
of Art. Oxford University Press.
POURBAIX, M. 1966. Atlas of Electrochemical Equilibrium. Pergamon Press, Brussels.
RIXON, A. E. 1976. Fossil Animal Remains. Athlone Press, London.
ROBINSON, W. S. 1982. The Conservation and Preservation of Ancient Metals from Marine
Sites. International Journal of Nautical Archaeology 11(3):221-231.
ROSE, Carolyn (org). 1995. Storage of natural history collections. Vol 1, 2. SPNHC, USA.
31
ROSENQUISTS, A. M. 1963. New Methods for the Consolidation of Fragile Objects. In Recent
Advances in Conservation, edited by G. Thomson, pp. 140-144. Butterworths, London.
SALERNO, Melisa. 2006. Arqueología de la indumentaria. Del Tridente, Buenos Aires.
Sease, C. 1981. The Case Against using Soluble Nylon in Conservation Work. Studies in
Conservation 26:102-110.
SEASE, C. 1987. A Conservation Manual for the Field Archaeologist. In Archaeological Research
Tools. Vol. 4. IInstitute of Archaeology, University of California, Los Angeles.
SMITH, C. Wayne. 2003. Archaeological Conservation Using Polymers. Texas A&M University
Anthropology Series, Number Six, Texas A&M University Press, College Station, Texas.
SMITH. 1976. Conservation of Metal Objects from Underwater Sites: A Study in Methods. Texas
Antiquities Committee Publication No. 1, Austin.
SMITH. 1978. Conservation Procedures Utilized for the 16th-Century Spanish Shipwreck
Materials. In Nautical Archaeology of Padre Island, edited by J. B. Arnold and R. Weddle, pp.
417-438. Academic Press, New York.
SMITH. 1983. Basic Conservation Requirements of Marine Archaeology: Metals and Ceramics.
Proceedings of the Alaskan Marine Archeology Workshop, by S. J. Langdon. Alaska Sea Grant
College Program, University of Alaska, Fairbanks.
SMITH. 1986a. This is Not a Fixit Shop. The Society for Historical Archaeology Newsletter
19(2):33-36.
SMITH. 1986b. Storage of Artifacts. The Society for Historical Archaeology Newsletter 19(2):33-
36.
SMITH. 1986c. The Curse of Iron. The Society for Historical Archaeology Newsletter 19(2): 12-
14.
SMITH. 1987. Electricity as a Means of Stripping Archaeological Objects. The World Scientist 82-
86.
SMITH. 1987a. Can the Curse be Lifted? The Society for Historical Archaeology Newsletter
20(1):17-20.
SMITH. 1987b. Iron Corrosion. The Society for Historical Archaeology Newsletter 20(2):28-30.
SMITH. 1987c. Electrolytic Reduction, Iron. The Society for Historical Archaeology Newsletter
20(4):14-16.
SMITH. 1988a. Training in Conservation. The Society for Historical Archaeology Newsletter
21(2):18-20.
SMITH. 1988b. The Duco Dialogues. The Society for Historical Archaeology Newsletter 21(4):8-
10.
SMITH. 1996. Basic Methods of Conserving Underwater Archaeological Material Culture. U.S.
Department of Defense, Legacy Resource Management Program, Washington, DC.
SSCR. 1979. The Proceedings of the Symposium the Conservation and Restoration of Metals,
Edinburgh, Scotland, March1979, pp. 20-23. Scottish Society for Conservation and Restoration,
Edinburgh.
THOMSON, G., ed. 1963. Recent Advances in Conservation. Butterworths, London.
UNESCO. 1968. Synthetic Material Used in the Conservation of Cultural Material. In The
Conservation of Cultural Property. Museum and Monuments 11. UNESCO, Paris.
UNESCO. 1968. Synthetic Material Used in the Conservation of cultural Material. InThe
Conservation of Cultural Property, pp. 303-331. Museum and Monuments 11. UNESCO, Paris.
32
WALLER, Robert. "A Risk Model for Collection Preservation.” In 13th Triennial meeting, Rio de
Janeiro, 22-27th September 2002: Preprints/ICOM Committee for Conservation, vol. 1, edited by
R. Vontobel, 102-107. London: James and James, 2002.
WEIR, L. E. 1974. The Deterioration of Inorganic Materials from the Sea. Institute of
Archaeology, London.
ZARANKIN, Andrés; SENATORE, M.X. 2007. Historia de un pasado en blanco. Argvmentvm,
Belo Horizonte.
33