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ESTRESSE COMO FATOR CAUSAL DAS DISFUNÇÕES

TEMPOROMANDIBULARES

STRESS AS A CAUSAL FACTOR OF TEMPOROMANDIBULAR


DISORDES
Camila Sousa de Melo¹
Marcos Gabriel Espíndola¹
Cláudia Renata Malvezzi Taques²

¹Acadêmicos de Odontologia – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos

²Cirurgiã-Dentista – Mestre em Ortodontia – Instituto Tocantinense Antonio Carlos (orientadora)

RESUMO: ​O presente trabalho analisa e verifica como as ações e reações do


estresse atuam nas disfunção temporomandibular, doença essa que acomete
pessoas no mundo todo, levando o indivíduo a reproduzir hábitos
parafuncionais que exigirão força anormal dos músculos da mastigação,
havendo desta forma uma carga estressora na Articulação Temporomandibular
(ATM). Este estudo se trata de uma revisão de literatura, que busca mesclar o
máximo de informações divulgadas no meio científico sobre o tema. Foram
analisados 15 artigos, sendo todos do Google Acadêmico. Percebeu-se que
para obter sucesso no tratamento da DTM, deve-se elaborar um diagnóstico
minucioso, observando os sinais e sintomas presentes para se escolher o
melhor método para sanar esta patologia, utilizando o que há de mais moderno
em termos de tratamento direto ou paliativo, e equipamentos coadjuvantes.
Desta forma, antes de se optar por um meio de tratamento específico, é
importante conhecer a história do paciente, ter discernimento e estar atualizado
sobre tal disfunção, pois, por ser uma doença multifatorial, constantemente
surgem novos estudos e trabalhos buscando sempre excelência em seus
resultados.
Palavras-chave:​ Estresse relacionado à DTM. Disfunção Temporomandibular.
Ansiedade. Estresse. Articulação Temporomandibular.
ABSTRACT: ​The present work analyzes and verifies how the actions and
stress reactions act in the diagnosis of temporomandibular dysfunction, a
disease that affects people all over the world, causing the individual to
reproduce parafunctional habits that will require an abnormal force of the
mastication muscles. stress load on the temporomandibular joint (TMJ). This is
a literature review that seeks to merge the maximum amount of scientific
information on the subject. We have analyzed 15 articles, all from Google
Scholar. It was found that in order to be successful in the treatment of TMD, a
detailed diagnosis should be made, observing the signs and symptoms present
to choose the best method to treat this pathology, using the most recent in
terms of direct or palliative treatment and equipment coadjuvants. Thus, before
choosing a specific treatment method, it is important to know the history of the
patient, to know and be updated about such dysfunction, since, as a current and
multifactorial disease, new studies and studies are constantly emerging, always
seeking excellence in results.
Keywords: TMD Related Stress. Temporomandibular dysfunction. Anxiety
temporomandibular dysfunction.
1 INTRODUÇÃO
A DTM envolve disfunções na área dos músculos da mastigação, na
área articular da ATM (Articulação Temporomandibular), deslocamento de
disco e estruturas anexas, o que acaba abrangendo muita tensão nessas
regiões (BARADEL, 2018). Envolvem todo sistema estomatognático e são
resultantes de uma alteração na qual ultrapassa o limite da carga suportável da
ATM, tornando-a patológica.
As Disfunções Temporomandibulares (DTM), vêm acometendo grande
parte da população de modo geral. A maioria à desconhece e quem trabalha na
área da saúde tem dúvidas na hora do diagnóstico, tratamento e
encaminhamento do paciente para profissionais de outras áreas da saúde,
além da odontologia, por ser uma patologia multifatorial.
A ATM é certamente uma das mais complexas articulações do corpo
humano, e como parte do sistema estomatognático, está diretamente
relacionada à funções fisiológicas gerais. Interliga tecidos independentes,
mantendo a eficiência dos movimentos e a estabilidade da mandíbula. É
responsável pelos movimentos mastigatórios, pelas atividades funcionais (falar,
mastigar e deglutir), além de atividades parafuncionais que são ações
realizadas sem um objetivo específico e de forma inconsciente
(SARTORETTO; Bello; Bona 2012).
O estresse é conhecido como o mal do século XXI, devido ao modo de
produção capitalista que mudou a forma de trabalho, gerou a necessidade de
consumo, aumento da instabilidade social e econômica. Há também os altos
índices de desemprego, a necessidade do ser humano de encontrar sua
aceitação dentro da sociedade e tendo uma qualidade de vida que supra suas
necessidades. Cada indivíduo terá uma resposta à esse enfrentamento, que
varia de acordo com a frequência e exposição, como também em virtude de
fatores ambientais e genéticos (MARGIS ​et al.,​ 2003).
Vcs devem discorrer mais sobre ESTRESSE. Existe muito material a
esse respeito
Existe uma limitação de certo modo para diagnosticar a DTM, que
provém do fato de não haver distinção na cronologia entre o aparecimento do
problema e a exposição de um determinado fator, consequentemente não
podendo se afirmar se o alto nível de estresse levou ao aparecimento da DTM,
ou se a DTM ocasionou o alto nível de estresse.
Deste modo, o cirurgião dentista deve conhecer a disfunção
Temporomandibular, assim como sua associação com o estresse para
diagnosticar de forma rápida e precisa, assim, sanando os incômodos que o
paciente sente. Estes incômodos podem interferir na rotina de trabalho e de
lazer, isso se dá ao fato dos sintomas gerarem cargas estressoras que podem
agravar com o passar do tempo.
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura,
apresentando as informações existentes sobre DTM e, consequentemente, a
sua relação com o estresse, os atuais tratamentos para ajudar quem sofre com
esta patologia e as desarmonias fisiológicas e humorais que a mesma pode
desencadear acometendo a saúde geral do mesmo (PAIVA, 2018).

2 METODOLOGIA
Trata-se de um levantamento bibliográfico realizado entre os meses
de fevereiro à abril de 2019 utilizando a base de dados: Google Acadêmico.
Para esse levantamento foram utilizados os descritores controlados da
Biblioteca Virtual em Saúde por meio dos Decs (Descritores em Ciências da
Saúde) constando de ‘’ estresse relacionado à DTM’’, ‘’ Disfunção
Temporomandibular’’ e ‘’ansiedade’’ na versão em português.

Foram incluídos nesta revisão, dissertações, revisões bibliográficas


de casos clínicos e teses. Como critérios de inclusão, foram considerados os
artigos disponíveis no idioma em português, publicados entre 2002 e 2018, e
realizados no território brasileiro. A primeira seleção foi realizada através da
leitura dos títulos e resumos disponíveis. Logo após, foi realizada uma segunda
seleção, na qual foram excluídos artigos que apresentaram duplicidade ou
fugiram do tema proposto, restando 15 artigos para análise. Nestes artigos
restantes, foi realizado a leitura detalhada e na íntegra, buscando-se responder
a seguinte questão norteadora ‘’o estresse pode ser um fator causal das
disfunções temporomandibulares?’’ Desse total, apenas 3 responderam à
questão norteadora e definiram a conclusão desta revisão.

3 RESULTADOS
Os relatos encontrados na literatura, através da pesquisa de 25 artigos
científicos, correlacionam o estresse à DTM e a necessidade de um correto
diagnóstico e tratamento. Estes são envolvidos tanto no aspecto físico como no
aspecto psicossocial. Desde a infância até a vida adulta somos bombardeados
de obrigações e deveres a serem cumpridos para suprir nossas necessidades,
gerando assim uma carga de fatores estressores a ser suportada pelo nosso
corpo. Isto pode servir a uma predisposição à DTM ou como um fator causal à
ela.
Margis ​et al​., (2003) destaca que as alterações psicossociais podem
ser consideradas um fator preocupante quando se trata de saúde, pois a
mesma é difícil de ser eliminada, já que a rotina das pessoas muitas das vezes,
não pode ser mudada. A forma de detectar sua presença depende da
concepção de cada um sobre si mesmo, já que o agente estressor não provoca
idêntica resposta em todas as pessoas.
Marchiori ​et al.​ , (2007) retrata que o desequilíbrio dos músculos da
mastigação podem ser acentuados com estes fatores emocionais, levando o
indivíduo a desenvolver hiperatividade muscular. Dentre os fatores emocionais
que podem influenciar no desenvolvimento da DTM, a ansiedade é um dos
mais abordados pelos estudos, tanto pela relação com a disfunção, quanto por
ser um problema em destaque no cotidiano em que a sociedade urbana está
inserida.

Apesar do estresse estar comumente associado aos casos de DTM,


Lépine (2002) relata que menos de 30% dos pacientes acometidos procuram
tratamento. Isto se dá pelo fato de não ser abordado sobre o assunto em
palestras de promoção à saúde e pelo fato da população ser leiga, como
também, os níveis de estresse variarem entre discretos até superelevados, ou
até mesmo passageiros ou estáveis.

Ferreira (2015), explicou a prevalência de DTM em homens e


mulheres, onde para cada 4 pacientes do sexo feminino, que manifestavam
sinais e sintomas da disfunção, apenas 1 do sexo masculino apresentavam
estes indícios. Segundo o autor, Isto se dá devido aos hormônios sexuais,
principalmente os estrogênios, que diminuem o limiar doloroso. Os hormônios
sexuais e os receptores de estrogênio regulam a sensibilização dos neurônios
trigeminais ou exercem alguma influência nas vias trigeminais da dor.

Segundo Motta ​et al., (2015), os sinais e sintomas das DTMs atingem
cerca de 75% da população adulta, grande parte deste percentual pertence às
mulheres. Os estudos epidemiológicos mostram que a população adulta do
sexo feminino comumente é a mais afetada, podendo chegar a cinco mulheres
para cada homem portador de DTM. Isso se explica por meio dos fatores
biológicos, hormonais, psicológicos e sociais, já que algumas mulheres além do
seu trabalho externo, tem também que realizar trabalhos domésticos, cuidar
dos filhos, gerando assim uma carga maior de responsabilidades.

3.1 Classificação das Disfunções Temporomandibulares

Segundo a Academia Americana de Dor Orofacial (AAOP), as dores


faciais estão em constante processo de evolução, havendo um aumento neste
campo. Atualmente estas dores relativas a face e a boca englobam: ​Desordens
da Articulação Temporomandibular, dor Musculoesquelética Mastigatória, dor
Musculoesquelética Cervical, dor Neurovascular, dor Neuropática, Distúrbios
do sono relacionados à dor orofacial, Distonias Orofaciais, Dores de cabeça,
transtornos intraorais, intracranianos, extracranianos e sistêmicos que causam
dor orofacial.

Dentro da área que compete a DTM, temos 2 classificações: Distúrbios


da Articulação Temporomandibular e Distúrbios Musculares. No primeiro grupo
há a presença de uma relação anormal do complexo côndilo-disco, podendo
ser um deslocamento anterior ou anteromedial. Além disto, pode ser
subclassificado em deslocamento do disco com redução (banda posterior do
disco está anterior à porção superior da cabeça do côndilo quando em boca
fechada) e sem redução (disco deslocado anteriormente e permanece anterior
ao côndilo durante todo o ciclo de abertura e fechamento). Alterações do
padrão de movimento mandibular e sons articulares são os sinais e sintomas
mais recorrentes (LOPEZ, David Sanz. et al. 2016 e FARIA, Rodrigo Ferreira.
et al. 2009).

Figura 1​ - Deslocamento do disco com redução

Fonte: um guia para dentistas e fisioterapeutas, FERZELI, Victor (2019).

No que confere ao grupo dos Distúrbios Musculares, eles são


originados através de diversas causas. Entre elas podemos citar: Sobrecarga
associada a hábitos parafuncionais, como por exemplo bruxismo; pode originar
devido a fatores locais (infecciosos ou inflamatórios) ou sistêmicos
(fibromialgia); co-contração protetora secundária a um problema articular da
ATM ou a outros estímulos. Todas essas situações podem levar a uma
patologia muscular e afetar todo o sistema estomatognático. A etiologia é
multifatorial, podendo ser originária de traumas (golpes na cabeça) ou
microtraumas (hábitos parafuncionais), relações esqueléticas desproporcionais
e fatores oclusais são risco para a sintomatologia. Fatores psicossociais
também tem um papel importante para tal desordem, atuando em uma
alteração no tônus muscular gerando mecanismos predisponentes a DTM
(FONSECA, Julio; PAÇO, Maria; OLIVEIRA, Tiago. 2016).

Ainda discorrendo sobre o grupo dos Distúrbios Musculares relatados


por Fonseca. et al (2016), estes podem ser subclassificados em: mialgia (termo
utilizado para caracterizar dores musculares), tendinite (inflamação de um
tendão através do esforço de movimentos repetitivos), miosite (inflamação
muscular primária), espasmo muscular (agudo, involuntário e com contracção
tónica), contractura (músculo ou tendão encurtado ou rígido), hipertrofia
(alargamento assintomático em um ou ambos os músculos masseter, por
exemplo) e neoplasia (proliferação anormal, descontrolada e autônoma de um
tecido no corpo humano).
Figura 2​ - Relato de caso de Hipertrofia Muscular do Masseter

Fonte: SIMÃO, Niverso Rodrigues. et al. Hipertrofia Benigna do músculo Masseter.


Rev assoc paul cir dent 2014;68(4):351-5.

Figura 3 - ​Relato de Caso de Mioespasmo

Fonte: ​DA CONCEIÇÃO, Helinaldo Corrêa. et al. Desordem Temporomandibular


(DTM): relato de caso de mioespasmo (mialgia de contração tônica). Arch Health Invest (2018)
7(4):134-138.
3.2 Diagnóstico

Para auxiliar o cirurgião-dentista, Fonseca e Dias (2016) descreveram


a necessidade de diagnosticar o paciente que possui dores
musculoesqueléticas, na região da cabeça e pescoço. Para isso, pode-se
utilizar instrumentos para avaliação (sob forma de índices, questionários,
protocólos, escalas de avaliação e critérios de diagnóstico) além da palpação
nas estruturas locais e à distância. O diagnóstico é importantíssimo e
essencialmente clínico já que existem várias categorias e subcategorias
relacionadas nestas áreas. Cada categoria possui características distintas onde
um tratamento para uma pode ser inadequado noutra.

Figura 3​ – Questionário de Saúde do Paciente

Fonte: Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders: Assesment Instruments (2014).

Dentre os instrumentos disponíveis para avaliar a DTM, destacam-se o


Questionário Anamnésico de Fonseca e o Research Diagnostic Criteria for
Temporomandibular Disordes (RDC/TMD), a diferença entre os dois é que o
primeiro citado, é um questionário de triagem que pode ser feito em menos
tempo, exigindo também menor capacidade diagnóstica do profissional, já o
RDC/TMD utiliza mais recursos, sendo mais longo para chegar a um
diagnóstico específico. Porém, o questionário anamnésico de Fonseca coleta
dados restritos à classificação diagnóstica da DTM e deve ser tomado um
cuidado maior na elaboração do mesmo, pois sua pontuação é limitada, uma
vez que com três respostas afirmativas nas questões sobre dores de cabeça e
cervicais, o paciente pode ser diagnosticado como portador de DTM leve,
porém, estes mesmos sintomas podem ocorrer de forma isolada, sem estarem
associadas à mesma.

​ Questionário anamnésico de Fonseca


Figura 4​ –

4 DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO

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