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CURRICULARES NACIONAIS
Resumo
Abstract
1 Introdução
O Brasil apesar dos avanços conquistados na área educacional nas últimas décadas
está aquém do desejável. Os índices de compreensão, interpretação e capacidade de
redação não correspondem às séries cursadas, o que impede o pleno desenvolvimento não
apenas na disciplina de Língua Portuguesa, mas também nas demais. Além disso, os
índices de analfabetismo não conseguiram suprir as metas estipuladas pelo Ministério da
Educação.
Neste sentido a prática do letramento é condição sine qua non, visando ampliar a
capacidade leitora e escritora dos alunos em diferentes âmbitos.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
(BRASIL, 1988).
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
VII - garantia de padrão de qualidade (BRASIL, 1998).
Diante das mudanças históricas e legais concebidas no país entre o final da década
de 1980 e meados da década de 1990 a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais
se iniciaram a partir do estudo de propostas dos Estados e Municípios brasileiras, análises
da Fundação Carlos Chagas de experiências curriculares nacionais e internacionais. A
proposta inicial ocorreu entre 1995 e 1996 e se oficializou em 1997, com a publicação
final. Em sua última versão contou-se com a participação de diferentes entidades de classe
públicas e privadas, visando um documento que atendesse às particularidades do país,
seja no âmbito cultural, social e econômico. Desde sua publicação oficial o documento
ainda não passou por reformulações.
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O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social,
pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende
pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim, um
projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a
função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes
linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito alienável de todos (BRASIL,
1997, p. 21).
Após a publicação dos PCN’s para o Ensino Fundamental ciclo I e II foi possível
elaborar um segundo documento, voltado ao Ensino Fundamental ciclo III e IV, que
também possibilitam ao professor ampliar o seu conhecimento acerca da importância de
se trabalhar as múltiplas linguagens voltadas à alfabetização e letramento.
Nesse sentido, desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o final do Ensino Médio, trata-
se de ensinar-aprender a ler e produzir textos escritos em Língua Portuguesa, como
processos construtivos da formação humana.
[...].
O objetivo é sempre buscar avanços qualitativos na compreensão ativa, por parte dos
alunos, das diferentes possibilidades de utilização das modalidades escrita e oral da
Língua Portuguesa, para satisfazer tanto necessidades imediatas de interação social
quanto todas as demais que contribuam para sua formação como seres humanos
(MORTATTI, 2014, p. 08).
A compreensão oral e escrita, bem como a produção oral e escrita de textos pertencentes
a diversos gêneros, supõem o desenvolvimento de diversas capacidades que devem ser
enfocadas nas situações de ensino. É preciso abandonar a crença na existência de um
gênero prototípico que permitiria ensinar todos os gêneros em circulação social
(BRASIL, 1998, p. 24).
Esses gêneros discursivos são nossos conhecidos e são reconhecidos tanto pela forma
de composição dos textos a eles pertencentes como pelos temas e funções que
viabilizam e o estilo de linguagem que permitem. Os textos pertencentes a um gênero é
que possibilitam os discursos de um campo ou esfera social (ROJO, s/d).
Considerações Finais
Uma das principais premissas elencadas pelo PCN, bem como pelo referencial
teórico consultado é que a leitura e a escrita não podem ser compreendidas apenas como
uma disciplina isolada dentro do currículo de Língua Portuguesa. Elas consistem em um
meio de transformação social, cultural e econômico, que devidamente apropriada pelos
alunos conseguem transformá-los em cidadãos e membros ativos de uma sociedade em
transformação.
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Referências
GERALDI, João Wanderley. Escrita, uso da escrita e avaliação. In: GERALDI, João
Wanderley (org.). O texto na sala de aula. 2 ed. Cascavel: ASSOESTE, 1984.
MORTATTI, Maria do Rosário Longo. O texto na sala de aula: uma revolução conceitual
na história do ensino de língua e licenciatura no Brasil. In: SILVA, Lilian L. M; et al
(org.). O texto na sala de aula: um clássico sobre o ensino da Língua Portuguesa.
Campinas: Autores Associados, 2014.