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SUMÁRIO
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
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1 RESUMO EXECUTIVO
Os resultados das análises de BTEX, PHA e TPH nas amostras de solo e água
subterrânea não excederam os limites de detecção dos métodos analíticos adotados pelo
laboratório para quantificar as substâncias químicas de interesse supracitadas. Ou seja, os
resultados indicaram ausência de contaminação no terreno de interesse oriunda da
atividade comercial desenvolvida.
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2 BASE TEÓRICA SOBRE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS
No que diz respeito ao Brasil, a CETESB, órgão ambiental do Estado de São Paulo,
em parceria como Governo da Alemanha, por meio de sua Sociedade de Cooperação
Técnica (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit, GTZ ), elaborou
um manual de gerenciamento de áreas contaminadas que está disponível em
https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/manual-de-gerenciamento-de-areas-
contaminadas/. Conforme o manual citado, o Gerenciamento de Áreas Contamninadas
(GAC) visa minimizar os riscos a que estão sujeitos a população e o meio ambiente, por
meio de um conjunto de medidas que assegurem o conhecimento das características
dessas áreas e dos impactos por elas causados, proporcionando os instrumentos
necessários à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas. Com o
objetivo de otimizar recursos técnicos e econômicos, a metodologia utilizada no GAC
baseia-se em uma estratégia constituída por etapas sequenciais, em que a informação
obtida em cada etapa é a base para a execução da etapa posterior.
Posteriormente, no ano de 2009, foi publicada a Resolução Conama 420 que ―Dispõe
sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas
contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas‖. A Resolução
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Conama 420/2009 estabelece, a nível nacional, valores de referência da qualidade do solo e
da água subterrânea, além de estabelecer as etapas do GAC.
Uma área com potencial de contaminação é uma área onde estão sendo
desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades com potencial de contaminação que,
por suas características, podem acumular quantidades ou concentrações de contaminantes
em condições que a tornem contaminada enquanto uma área com suspeita de
contaminação é aquela na qual após a realização de uma avaliação preliminar, foram
observados indícios de contaminação (ABNT, 2007).
Caso fique constatado que no terreno de interesse não foi desenvolvida atividade com
potencial de contaminação, a área deve ser declarada área habilitada para o uso declarado
e o gerenciamento de áreas contaminadas deve ser encerrado.
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Figura 1 - Etapas da investigação preliminar conforme a ABNT NBR 1551-1/2007
(adaptado da ABNT NBR 15515-1/2007).
2.3 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Confirmatória
A segunda etapa do GAC é a investigação confirmatória (Figura 2). A investigação
confirmatória, conforme a ABNT NBR 15515-2/2011, é a etapa do processo de avaliação de
passivo ambiental que tem como objetivo verificar a existência ou a ausência de
contaminação na área objeto de estudo.
A interpretação dos resultados das análises realizadas nas amostras coletadas é feita
por meio da comparação dos valores de concentração obtidos com os valores orientadores
estabelecidos pela Resolução Conama 420/2009 e Conema 46. Durante esta etapa do GAC
também são realizados experimentos para obter informações sobre as propriedades físicas
do subsolo, tais como sentido preferencial do fluxo da água subterrânea, velocidade de
deslocamento da água subterrânea, composição granulométrica do subsolo e etc. Essas
informações, juntamente com os resultados das concentrações das SQI, serão utilizadas
para atualizar e complementar o modelo conceitual construído na investigação preliminar.
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Figura 2 - Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas.
2.4 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Detalhada
A terceira etapa do GAC é a investigação Detalhada (Figura 2). A investigação
detalhada, conforme a ABNT NBR 15515-2/2013, é a etapa do processo de avaliação de
passivo ambiental que tem como objetivo principal a delimitação vertical e horizontal das
plumas de contaminação identificadas na investigação confirmatória e o refinamento das
informações sobre as propriedades físicas do subsolo, com a finalidade de alimentar o
modelo conceitual, diminuindo, assim, as incertezas sobre a distribuição da contaminação
em uma determinada área.
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As metodologias de avaliação de risco no GAC são baseadas em princípios de
toxicologia humana, no conhecimento das propriedades físico-químicas e no comportamento
dos contaminantes no meio ambiente.
Havendo risco, é necessário que se adote uma medida de intervenção para eliminar o
risco. Como o risco só existe quando existem a contaminação, um mecanismo de
transporte, e um receptor (Figura 3), a intervenção adotada deverá atuar contra, pelo
menos, uma destas variáveis. Por exemplo, instalar um sistema de remediação apropriado
proporcionará a diminuição das concentrações de um determinado contaminante até que
seja atingida a concentração máxima aceitável calculada na análise de risco, fazendo com
que o risco seja mitigado. Em uma situação onde o risco de um contaminante com
volatilidade desprezível está associado à ingestão de água subterrânea, a simples medida
institucional de restringir o uso da água subterrânea já é capaz de mitigar o risco. Medidas
de engenharia também podem mitigar o risco, como por exemplo, alterando um projeto de
construção para evitar que ambientes fechados sejam construídos sobre uma área
contaminada por um composto volátil, abrandando o risco, neste caso, pela não presença
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de receptores, ou criando barreiras entre os receptores e a contaminação, eliminado, assim,
a via de exposição.
O Posto de Abastecimento Treriense LTDA está situado na Rua Nelson Viana, nº 552,
Portão Vermelho – Três Rios/RJ (Figura 4).
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Dentre as atuais fontes primária potenciais de contaminação por derivados de petróleo
existentes na área do empreendimento, se destacam dois tanques subterrâneos, um
sistema de CSAO, além das linhas de sucção e os sumps de bomba e de tanque (Figura 5).
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Figura 4 – Posto de Abastecimento Treriense Ltda
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Figura 5 – Croqui do Posto de Abastecimento Treriense Ltda
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4 LICENCIAMENTO E ATENDIMENTO A CONDICIONANTES – LO IN042437
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Tabela 1 -– Modelo Conceitual
Classificação
Fontes Substâncias ou produtos
(AP ou AS)
Pista de abastecimento AP Combustíveis líquidos
Área de tancagem AP Combustíveis líquidos
Área do compressor de GNV AP Óleos lubrificantes
Combustíveis líquidos e
CSAO AP
óleos lubrificantes
AP = Área com potencial de contaminação; AS = Área com suspeita de contaminação
7 OBJETIVO
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Figura 6 – Pontos de análise de VOC ao longo do terreno do Posto de Abastecimento Treriense Ltda
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8.2 Sondagem, instalação de poço de monitoramento e amostragem de solo e água
subterrânea para enviar ao laboratório de análises químicas.
Para avaliar possível presença de contaminação por derivado de petróleo adsorvido
ao subsolo e dissolvido/fase livre no aquífero raso local, foram realizadas quatro sondagens,
conforme a NBR 15492, e instalados quatro poços de monitoramento, conforme NBR 15495,
distribuídas pela área do posto de modo que contemplasse todas as potenciais fontes
primárias de contaminação, conforme mostrado na Figura 7 (nos anexos do relatório
constam fotografias dos trabalhos de campo).
Durante as sondagens também foram realizadas análises de VOC, a cada 0,5 metro
de profundidade, utilizando um aparelho portátil da marca RKI – Modelo II, conforme
recomendado pela NBR 15495.
Os poços de monitoramento foram instalados com seção filtrante plena para avaliar
uma possível contaminação em fase livre. Os perfis litológicos dos poços de monitoramento
e as informações das sondagens são apresentados na Figura 8 e Tabela 2. Importante frisar
que nenhum dos poços de monitoramento apresentou contaminação em fase livre, nem
mesmo indício de oleosidade.
Foi coletada uma amostra de água subterrânea de cada um dos quatro poços de
monitoramento instalados, conforme escopo da ABNT NBR 15847/2010, utilizando bailers
descartáveis. As amostras foram acondicionadas sob refrigeração e enviadas ao laboratório
EP Engenharia do Processo Ltda, credenciado pelo INEA, para realizar análises de BTEX,
PHA e TPH
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Figura 7 – Posicionamento das sondagens/poços de monitoramento
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Figura 8 – Perfis litológicos do subsolo local determinados durante as sondagens
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Tabela 2 - Dados das sondagens realizadas no terreno de interesse
Profundidade Nível d’água
Sondagem final da estabilizado Fase livre
sondagem (m) (NA) (m)
ST-01 1,5 0,60 Não
ST-02 1,5 0,80 Não
ST-03 3,0 1,60 Não
ST-04 3,0 1,20 Não
8.3 Sentido preferencial de fluxo da água subterrânea
Após a instalação dos poços de monitoramento, foi realizado o levantamento
topográfico das cotas das bocas dos poços de monitoramento instalados, com o objetivo de
determinar as cargas hidráulicas de cada um dos pontos do aquífero raso local monitorados
pelos poços de monitoramento, conforme indicado na. Tabela 3
A Figura 9 apresenta o mapa potenciométrico do aquífero raso local e este indica que
o sentido preferencial do fluxo do aquífero raso local é na direção sul/sudoeste.
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Figura 9 – Mapa potenciométrico do aquífero raso local
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9 RESULTADOS
Conama
420/2009
ST-01 ST-02 ST-03 ST-04
SQI Residencial
(mg/kg) (mg/kg) (mg/kg) (mg/kg)
(mg/kg)
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9.2 Concentrações em fase dissolvia de BTEX, PHA e TPH total
A Tabela 5 apresenta as concentrações de BTEX, PHA, TPH total encontradas nas
análises de solo das 5 amostras de solo. Conforme indicado na tabela, nenhuma das
amostras de água subterrânea apresentou concentrações de BTEX, PHA e TPH total
superiores aos limites de detecção do método analítico adotado pelo laboratório. Ou seja, os
resultados indicam ausência de contaminação em fase dissolvida.
Conama
PM-01 PM-02 PM-03 PM-04 420/2009
SQI
(µg/L) (µg/L) (µg/L) (µg/L) (µg/L)
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10 MODELO CONCEITUAL DA CONTAMINAÇÃO ATUALIZADO
11 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
12 RESPONSÁVEL TÉCNICO
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13 REFERERÊNCIAS
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Foto 1 – Realização de sondagem
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Foto 2 – Sondagem a trado manual
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Foto 3 – Instalação do poço de monitoramento
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Foto 4 – Poço de monitoramento
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