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Universidade Pedagógica
Maputo
2019
Hamilton Pedro
Supervisor:
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
ÍNDICE
Conteúdo Página
DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... 11
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. 12
RESUMO ................................................................................................................................. 13
ABSTRACT ............................................................................................................................. 14
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15
APÊNDICES
ANEXOS
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Propriedades físicas do cimento usado ..................................................................... 30
Tabela 2: Serie de peneiros ASTM .......................................................................................... 39
Tabela 3: Relação entre a dimensão do inerte e a massa do provete ........................................ 39
Tabela 4: Relação entre o volume de vazios e a máxima dimensão dos agregados ................. 45
Tabela 5: Resistência a compressão do betão aos 7 dias: cura seca ......................................... 57
Tabela 6: Resistência a compressão do betão aos 7 dias: intermitente .................................... 57
Tabela 7: Resistência a compressão do betão aos 7 dias: cura saturada................................... 58
Tabela 8: Resistência a compressão do betão aos 28 dias: cura seca ....................................... 58
Tabela 9: Resistência a compressão do betão aos 28 dias: cura intermitente........................... 59
Tabela 10: Resistência a compressão do betão aos 28 dias: cura saturada............................... 59
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Esquema do processo de hidratação e endurecimento do betão (Dias, 2012). ......... 20
Figura 2: Influência da cura húmida na resistência à compressão (adaptado de Price, 1953) . 24
Figura 3: Provetes da cura seca e intermitente ......................................................................... 28
Figura 4: Tanque de imersão de provetes. ................................................................................ 28
Figura 5: Tanque de cura controlado ........................................................................................ 29
Figura 6: Pesagem da amostra no ar, pesagem da amostra em água e colocação da amostra na
estufa......................................................................................................................................... 32
Figura 7: Provete a ensaiar; recipiente metálico e pesagem do material compactado ............. 35
Figura 8: Materiais usados na determinação da granulometria dos inertes .............................. 39
Figura 9: Esquartelamento da amostra ..................................................................................... 40
Figura 10: Peneiração do provete ............................................................................................. 41
Figura 11: Pesagem do material retido: 1- areia; 2- brita ......................................................... 42
Figura 12: Percentagem de componentes sólidos da composição do betão ............................. 51
Figura 13: Preparação dos moldes ............................................................................................ 52
Figura 14: Mistura dos materiais em betoneira de eixo vertical. ............................................. 52
Figura 15: Execução do ensaio de abaixamento de Abrams .................................................... 53
Figura 16: Etapas do preenchimento dos moldes ..................................................................... 54
Figura 17: Ensaio de resistência a compressão ........................................................................ 55
6
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Evolução da resistência à compressão com a idade do betão – OEC (adaptado de
Fonseca,2009) ........................................................................................................................... 25
Gráfico 2: Evolução da resistência à compressão com a idade do betão – WCC (adaptado de
Fonseca,2009) ........................................................................................................................... 25
Gráfico 3: Evolução da resistência à compressão com a idade do betão – WIC (adaptado de
Fonseca,2009) ........................................................................................................................... 26
Gráfico 4: Evolução da resistência à compressão com a idade do betão – LCC (adaptado de
Fonseca,2009) ........................................................................................................................... 26
Gráfico 5: Curvas granulométricas dos inertes usados............................................................. 42
Gráfico 6: Correlação entre a resistência média à compressão e a relação a/c, proposta
(Adaptado de Nepomuceno, 1999) ........................................................................................... 44
Gráfico 7: Curva de referência de Faury .................................................................................. 48
Gráfico 8: Percentagem de componentes sólidos da composição do betão ............................. 49
Gráfico 9: Dinâmica de evolução da resistência dos provetes com a idade ............................. 60
Gráfico 10: Gráfico de resistência a compressão dos provetes em condições de cura seca aos 7
e 28 dias .................................................................................................................................... 61
Gráfico 11: Gráfico de resistência a compressão dos provetes em condições de cura intermitente
aos 7 e 28 dias........................................................................................................................... 62
Gráfico 12: Gráfico de resistência a compressão dos provetes em condições de cura saturada
aos 7 e 28 dias ........................................................................................................................... 62
Gráfico 13:Conformidade dos provetes ensaiados (tensão requerida: fck+5=35Mpa) ............ 62
Gráfico 14: Gráfico de temperaturas e humidades média diárias ............................................. 63
7
Abreviaturas
i.e: Isto é.
KN: QuiloNweton.
Kg: Quilogramas
Pol: Polegadas.
8
Req: Requerente.
Símbolos
o
C– Graus celsius.
%- Percentagem.
&- E.
𝑆𝑛 – Desvio padrão.
𝑚3 – Metro cúbico.
mm – Milímetros lineares.
“– Polegadas.
V– Volume.
B– Baridade.
P- Peso/massa da amostra.
9
l- Litros.
m Massa
𝑔- Gramas
h- Horas
min- Minutos
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações da
minha supervisora Enga. Teodósia Checane, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
__________________________________
Hamilton Pedro
11
DEDICATÓRIA
Pelo que ela representa na minha vida e pelo esforço empreendido no garante da minha
formação, por não deixar que nada faltasse desde o primeiro ao último dia da minha formação
e sobretudo pelo amor incondicional durante todos estes anos. Com certeza ela é o factor que
mais contribuiu para a conclusão desta etapa da minha vida e de outras já ultrapassadas. Desta
forma este trabalho reflete não só o meu esforço mais também o grande empenho por parte dela
em garantir que eu sempre me focasse na minha formação, seja através de conselhos,
orientações ou simplesmente pela sua presença constante durante toda minha vida, garantido
que eu sempre tivesse um porto seguro e um ponto de referencia profissional, académico e
humano.
12
AGRADECIMENTOS
Em primeiro Lugar agradecer a Deus pela saúde e protecção durante os 5 anos da minha
formação.
Agradeço em especial a minha supervisora Enga. Teodósia Checane pela disponibilidade, pelo
apoio, pela orientação e pelos sábios conselhos no desenvolvimento desta monografia.
Como não podia deixar de ser, agradecer a minha mãe Isabel Bata ao meu Pai Pedro Herculano
e as minhas irmãs Karen Herculano e Dínica da Piedade, pelo apoio emocional e
acompanhamento. Aos meus familiares que sempre de alguma forma participaram da minha
educação académica e social. Aos meus amigos Hélder Bule, Edilson Matiquite, Hermenegildo
Wiliamo, Arrone Balene, Jeremias Chone, Paula Maunze, Spring Waite, Aloísio Costa, e tantos
outros que foram os meus pilares durante os anos de formação. Aos colegas e amigos de carteira
Síntia Mabota, Carlos Chaguala, Dalmon Fernando, Jossias Nhatave, Pedro Cossa e David
Jacinto.
Ao Curso de Engenharia Civil, na pessoa do seu Director, Eng. Juscelino Macamo pela
assistência e formação nesta área.
13
RESUMO
Na construção civil técnicas são adoptadas para que os materiais e as práticas de execução
conduzam a resultados finais satisfatórios. Nessa perspectiva, o trabalho a seguir centra-se na
análise do efeito que a cura tem no processo de aquisição de resistência à compressão do betão.
Com isso em consideração, foi implementada uma metodologia que consistiu em submeter três
lotes de amostras à três condições de humidade diferentes, caracterizando assim três tipos de
cura distintos. Com este processo esperou-se determinar com algum grau de confiança como
varia a resistência à compressão dos diferentes provetes submetidos a condições de cura
diferentes, e com base nisso tirar conclusões sobre como varia a resistência do betão curado em
campo em relação aos curados em ambiente laboratorial. Isto permitiu verificar que embora
exista uma variação considerável entre os valores de resistência à compressão medidos entre os
provetes, essa variação por si só não torna os resultados de laboratório incoerentes com a
realidade de campo. No entanto, é importante realçar que em elementos estruturais com
dimensões relativamente próximas as dos cubos de ensaio os processos de cura irão ser
determinantes na resistência final do betão.
ABSTRACT
In civil construction techniques are adopted for materials and implementation practices in order
to archive satisfactory results. From this perspective, the following work focuses on the analysis
of the effect that curing has on the process of acquiring compressive strength of concrete. With
this in mind, a methodology was developed, which consisted in submitting three batches of
samples to three different humidity conditions, characterizing three different types of cure. With
this process it was expected to determine with some degree of confidence how the compressive
strength of the different specimens under different curing conditions varies, and based on this,
draw conclusions about how the resistance of the concrete cured in the field varies with respect
to the concrete cured in laboratory. This allowed to verify that although there is a considerable
variation between the values measured, this variation by itself does not make the laboratory
results incoherent with the field reality. However, it is important to note that for structural
elements with dimensions relatively close to those of the test cubes the curing processes will be
decisive in the final strength of the concrete.
I. INTRODUÇÃO
1.1.Contextualização
Dentre os materiais de construção o betão assume uma posição de especial relevância como o
material mais usado no sector da construção civil, o que se deve grandemente as suas incríveis
qualidades em aspectos relacionados a resistência mecânica, bem como a sua versatilidade e
adaptabilidade a condições adversas de exposição.
Ao longo dos anos foram concebidas e aperfeiçoadas várias técnicas de produção, controlo e
aplicação do betão, que permitam extrair o máximo das suas qualidades. A resistência a
compressão, que figura como a qualidade mais importante do betão depende em grande medida
dessas técnicas envolvidas na produção e controlo do betão, sendo que, uma das condicionantes
mais importantes para garantir a boa qualidade e resistência do betão é a cura. A cura permite
que o processo físico-químico de endurecimento do betão decora de forma lenta e progressiva,
impedindo perda por evaporação da água de amassadura, crucial para a obtenção da resistência
e impermeabilidade exigidas ao betão, visto que o processo de endurecimento do betão se dá
através de uma reacção química de hidratação (dependente de água).
São várias as técnicas usadas de forma a permitir uma cura adequada ao betão, todas se baseiam
em evitar a evaporação da água de amassadura, efeito que pode ser conseguido tanto pela
aplicação contínua de água na superfície dos elementos estruturais, o que mantém os níveis de
humidade interna do betão ou pela privação desses elementos a exposição solar o que também
ajuda a manter o betão em níveis de humidade adequados. A cura pode ser realizada através de
diversos métodos, sendo assim, importante analisar entre os diferentes tipos qual desses
proporciona melhores valores de resistência mecânica (COSTA & SANTANA, 2010).
1.2.Objectivos
1.2.1. Geral
Avaliar em que medida as condições de cura influenciam na resistência à compressão
do betão e com base nisso estabelecer uma correlação entre a variação da resistência do
betão curado em campo em relação aos curados em ambiente de laboratório.
1.2.2. Específicos
Avaliar a resistência à compressão aos 7 e 28 dias de provetes cúbicos submetidos a
cura saturada;
Avaliar a resistência à compressão aos 7 e 28 dias de provetes cúbicos submetidos a
cura intermitente;
Avaliar a resistência à compressão aos 7 e 28 dias de provetes cúbicos submetidos a
cura seca;
Verificar a conformidade entre as resistências a compressão obtidas e as especificadas
para a classe;
Estudar a influência dos factores externos no processo de cura dos provetes;
Fazer uma análise comparativa entre os provetes curados nas diferentes condições de
cura;
Determinar se os resultados fornecidos pelos provetes produzidos em laboratório
podem ser usados como indicativo da resistência do betão em obra.
1.3.Justificativa
A fase da cura do betão é de grande importância, uma vez que a mesma garante que as reacções
químicas entre o cimento e a água se completem, contribuindo assim para o ganho de resistência
do betão. Quando este processo não é realizado de forma adequada implica na perda da água
de amassadura por evaporação, interferindo nas reacções químicas entre o cimento e a água,
causando sérios problemas tais como: a redução da resistência as cargas solicitantes, retracção
e fissuração. O estudo proposto é baseado em discussões tanto no campo acadêmico quanto no
profissional, mais precisamente sobre a temática da tecnologia do betão que avaliam o melhor
17
tipo de cura a ser adoptada, procurando assim apresentar as variações do desempenho do betão
de forma a esclarecer o motivo pelo qual determinado tipo de cura se destaca perante os outros.
Este estudo toma relevância pela forma como a cura do betão tem sido negligenciada nas
diversas obras de engenharia, em especial quando se tratam de projectos de relativa baixa
complexidade. Outra questão inquietante que conduziu a elaboração deste estudo é relacionada
ao facto de que grande parte das actividades do sector de materiais de construção do LEM
(Laboratório de Engenharia de Moçambique) terem a ver com a determinação da resistência a
compressão de amostras de obras em execução com o objectivo de aferir como evolui a
resistência do material com o tempo e com base nisso tomar diversas decisões importantes como
o tempo necessário para a desconfrangem dos elementos estruturais. Ora, sendo que a cura em
laboratório é feita em condições óptimas é legítimo questionar se o betão em obra irá se
comportar de igual forma.Caso contrário incorre-se ao risco de tomada de decisões incorrectas
que podem resultar na falha da estrutura.
1.4.Problema
O betão é o material mais usado na prática da engenharia civil, sendo o principal componente
das diversas estruturas e mecanismos, dai que se verifica a necessidade de garantir que os
processos de produção e aplicação deste material sigam os critérios estabelecidos nas normas,
o que irá levar a uma maior eficiência na segurança oferecida por este material. O elevado
número de factores que podem influenciar na qualidade e resistência do betão, obriga a criação
de parâmetros pré-estabelecidos, que visam garantir a conformidade do betão a ser aplicado em
determinada obra. De acordo com o LEM o ensaio de compressão de provetes de betão é o mais
solicitado naquela instituição, sendo que os resultados fornecidos pela Instituição são usados
para julgar se a classe de betão pretendida e produzida estão em conformidade. Estes ensaios
18
- Será que os resultados da resistência à compressão dos provetes produzidos e/ou curados em
laboratório oferecem uma representação fidedigna da resistência real do betão aplicado na obra?
1.5.Hipóteses
NEPOMUCENO (1999) define betão como um material constituído pela mistura devidamente
proporcionada de materiais inertes (finos e grossos), ligados entre si pela pasta de cimento
(cimento + água) e eventualmente poderá ainda conter adjuvantes e aditivos que entram na
mistura em quantidades relativamente pequenas. No caso o material aglomerante usado é o
cimento Portland, que é uma mistura de barros calcários e pulverizados a altas temperaturas,
com adição de gesso que ao entrar em contato com a água, desenvolve a capacidade para unir
fragmentos de pedregulho e endurecer mesmo na presença de água, por isso também chamado
de ligante hidráulico (NEPOMUCENO, 1999).
TIBONI (2007) descreve a reacção de hidratação (ilustrado na Figura 1) como a reação entre
os compostos presentes no cimento Portland com a água de amassadura, libertando calor para
o ambiente e iniciando os processos que transformam uma mistura fluida em um sólido.
FONSECA (2009) explica que os componentes com base em silicatos e aluminatos de cálcio
presentes na composição química do cimento formam estruturas cristalinas microscópicas
juntamente com um gel formado no momento da hidratação, estas estruturas vão garantir o
fenômeno conhecido como presa do betão, sendo este período o início do endurecimento do
betão.
De acordo com TOKUDOME (2012),o manuseio do betão depois do início da pega deve ser
evitado, afim de não danificar as microestruturas responsáveis pelo processo de endurecimento
do betão, prejudicando seu desempenho final.
20
Segundo FONSECA (2009, P.55) o termo “cura” é frequentemente utilizado para descrever o
processo pelo qual os betões adquirem a sua maturidade e desenvolvem as suas propriedades,
sendo isto resultado de uma contínua hidratação do cimento, desde que em presença de uma
quantidade suficiente de água e uma temperatura adequada. FONSECA (2009) sublinha ainda
que o desenvolvimento das propriedades mecânicas e de durabilidade não dependem apenas da
taxa de hidratação do cimento, mas também, e mais significativamente, da taxa de
preenchimento dos poros do betão por produtos hidratados. Por sua vez BAUER (2012) entende
por cura do betão, um conjunto de medidas que têm por objectivo evitar a evaporação da água
utilizada na mistura do betão e que deverá reagir com o cimento, hidratando-o.
Em climas frios, o que não é o nosso caso, a cura abrange algumas medidas de proteção contra
o congelamento da água de amassadura. Para BAUER (2012) as várias qualidades desejáveis
de um betão, resistências mecânicas à rotura e ao desgaste, impermeabilidade e resistência ao
ataque de agentes agressivos, são extremamente favorecidas e até somente conseguidas através
de uma boa cura. Nos primeiros estágios de desenvolvimento do betão, ele é muito sensível à
acção do sol e do vento que, provocando a evaporação da água da mistura, impossibilita a plena
hidratação do cimento, além de promover um forte aumento do fenômeno de retração,
responsável pelo aparecimento de fissuras e trincas, o que torna o betão menos resistente e mais
susceptível ao ataque de agentes agressivos. Hoje em dia está estabelecido o facto de que,
21
quanto mais cuidada e demorada for a cura do betão, tanto melhores serão as suas características
(BAUER, 2012).
MARCELLI (2007) alerta ainda para a importância da execução da cura em dias onde os fatores
externos, como vento, temperatura e baixa humidade não aumentam a taxa de evaporação da
água de amassamento, evitando a formação de fissuras plásticas. Para evitar tais patologias,
deve-se proceder a cura por um período mínimo de 7 a 10 dias, garantindo assim a integridade
do betão.
Existe uma enorme variedade de métodos de cura, podendo estes passar pela manutenção da
humidade, da temperatura, de ambas as referidas ou mesmo nenhuma das duas (COUTINHO,
1988). De um modo geral, o controlo da temperatura apenas assume uma importância fulcral
em elementos de grandes dimensões, tais como barragens, devido às elevadas temperaturas
resultantes da hidratação do cimento, ou quando a temperatura ambiente registar valores
próximos de 0 °C ou negativos, pois estes não permitem um correcto desenvolvimento do
processo de hidratação. Já, quanto ao controlo de humidade, este desempenha um papel
importante na cura de todos os elementos de betão, exceptuando casos pontuais onde o ambiente
circundante registe uma elevada humidade relativa ou saturação total (COUTINHO, 1988).
2.3.1.1.Em Campo
2.3.1.2.Em laboratório
A norma EN_NP:12390-2 especifica no seu ponto cinco (5) que a cura dos provetes deve ser
feita depois de pelo menos 16h do seu emolduramento até imediatamente antes do ensaio, em
água à temperatura de 20 ± 2℃, ou em câmara a 20 ± 2℃ e a humidade relativa maior ou igual
a 95%.
De acordo com FONSECA (2009) o processo de cura irá influenciar as propriedades do betão
endurecido, tais como a sua resistência à tracção / compressão, módulo de elasticidade,
permeabilidade, retracção, resistência à abrasão, resistência a ciclos de gelo-degelo e penetração
química, entre outros.
FONSECA (2009) realçar ainda, que as condições de cura afectam principalmente a zona
externa dos elementos / provetes de betão, pelo que a sua relevância, nas diferentes propriedades
do betão endurecido, não é equitativa. Posto isto, facilmente se constata que a forma, superfície
externa e volume dos elementos / provetes ensaiados desempenham um papel fundamental no
modo como estes são afectados pelo processo de cura adoptado.
Citando MARSH & ALI (1994), é improvável que, para elementos de média e grande
dimensão, a capacidade estrutural seja substancialmente afectada por curas inadequadas. Não
obstante, elementos de dimensões reduzidas, e.g. provetes de ensaio, tendem a fornecer
resultados pessimistas, em relação à influência de curas inadequadas. Segundo NEWMAN &
CHOO (2003), os picos de temperatura durante o período de cura, numa dada secção de betão,
devem manter-se abaixo de 65-70 ºC, de modo a minimizar a redução da resistência à
24
Níveis de humidade abaixo dos 90% consentem a perda de água da mistura, o que irá afectar o
desenvolvimento da resistência (SATO ET AL., 2002). Não obstante, em composições com
25
45.00 45.00
40.00 40.00
35.00 35.00
30.00 30.00
7 14 21 28 35 42 49 56 7 14 21 28 35 42 49 56
Idade [dias] Idade [dias]
Observando estes gráficos, constata-se que, após 28 dias de cura em ambiente OEC (Gráfico
1), a evolução da resistência à compressão é quase nula.
Relativamente aos ambientes LCC (Gráfico 4) e WIC (Gráfico 3), o andamento das curvas de
resistência leva a supor que a hidratação do cimento tenha sido mais lenta, pelo que o valor de
fcm56 Poderá não corresponder à resistência final. Isto era esperado para o ambiente WIC, pois,
devido aos provetes se encontrarem imersos em água, a evaporação desta é evitada, o que por
norma conduz a resistências finais mais elevadas, mas a uma evolução mais lenta (FONSECA,
2009).
26
Tensao [Mpa]
45.00 45.00
40.00 40.00
35.00 35.00
30.00 30.00
7 14 21 28 35 42 49 56 7 14 21 28 35 42 49 56
Idade [dias] Idade [dias]
FONSECA (2009) acrescenta que, no que toca ao ambiente LCC, era esperado que este
apresentasse um desenvolvimento análogo ao ambiente OEC, mas tal não se verificou. Este
facto pode ser justificado pelo tempo húmido e chuvoso, alternado com períodos de grande
intensidade solar, registado durante a fase de cura (final da estação de Inverno e início da
Primavera). Assim sendo, os provetes em ambiente OEC encontravam-se completamente
expostos a estes factores, enquanto os seus análogos em LCC se encontravam praticamente
protegidos das variações solares, mas ainda assim susceptiveis às variações de humidade e
temperatura exteriores. Deste modo, o elevado grau de humidade relativa, conjugado com as
baixas temperaturas registadas, terão contribuído para a evolução mais lenta dos provetes em
ambiente LCC.
27
3.1.Estudo Teórico
A abordagem planeada para a realização deste trabalho de investigação, que culminou com a
redacção da presente monografia, teve como etapa inicial a recolha de informação através de
uma pesquisa bibliográfica realizada a nível local. Pretendeu-se adquirir um conhecimento
global sobre o tema em questão, reunir os instrumentos necessários à planificação e elaboração
da campanha experimental e ganhar sensibilidade para a análise dos resultados dos ensaios.
A etapa seguinte foi a preparação do plano de ensaios, com base nos elementos bibliográficos
apropriados, tais como normas e ensaios normalizados de agregados e de betão estrutural.
Esta fase apresenta-se como ponto fulcral desta monografia, já que se pretendeu definir todo o
plano de acções a realizar na campanha experimental. Deste modo, foram determinados e
planificados em detalhe os ensaios a realizar, assim como a monitorização dos seus resultados,
constando ainda, no plano de ensaios, os recursos e as quantidades de materiais necessárias.
3.2.Estudo experimental
Após a sua planificação, a campanha experimental, composta pela realização dos ensaios e
recolha de resultados, foi executada. Esta seguiu rigorosamente o previsto no plano de ensaios,
ainda que sem dispensar a capacidade crítica necessária a qualquer projecto.
A segunda fase da campanha experimental foi reservada à caracterização dos agregados, (tanto
grossos como finos), que foram empregues no fabrico do betão.
Na terceira fase, pretendeu-se avaliar e corrigir a composição de cada um dos betões, de forma
a obter-se uma trabalhabilidade correcta, garantindo-se, assim, uma fluidez adequada do
material, sem que exista segregação dos materiais constituintes do mesmo.
28
A quarta e última fase da campanha experimental, teve por objectivo avaliar provetes de betão
submetidos as três condições pré-definidas de cura sob o ponto de vista do desempenho
mecânico em relação a compressão.
i. Cura Seca
Neste tipo de cura seis provetes cúbicos foram colocados
em um local aberto sem grandes vibrações e sem
exposição solar directa, porém sujeita as condições
naturais do ambiente e sem água durante todo o período
até o ensaio. Ficaram sujeitos as condições atmosféricas
características da cidade de Maputo do período de Julho
a Agosto, como ilustra a figura 3.
a. Cura Seca
b. Cura Intermitente
c. Cura Saturada
Serão apresentados a seguir os dados inerentes aos ensaios realizados e composição do betão
exigido, incluindo os cálculos e resultados obtidos bem como uma descrição e ilustração
cuidadosa dos elementos mais importantes. De ressaltar que os materiais usados para este
estudo são todos de uso corrente nas obras de construção civil e a metodologia aplicada foi
pensada de modo a permitir a replicação do estudo, critério base para um estudo científico.
A brita usada é de proveniente de uma rocha vulcânica/magmática chamada Riólito que é uma
rocha ígnea vulcânica, correspondente extrusiva do granito.
O cimento Portland utilizado nesse trabalho experimental foi o CP IV 32.5 (cimento Portland
Pozolânico). A composição potencial do cimento, assim como as características físicas da pasta
estão detalhadas na Tabela 1.
A escolha desse cimento teve como base o facto de cimentos pozolânicos terem uma maior
resistência a ambientes aquáticos agressivos o que garante que a qualidade da água usada na
cura não interfira de forma significativa nos resultados da experiência.
a. Descrição
É um procedimento que consiste num conjunto de actividades que visam determinar a massa
volúmica de uma dada classe de inertes (britas, areia ou godo) bem como definir a quantidade
de água que essa classe de inertes absorve no decorrer de um período de 24 h.
O provete é constituído por cerca de 5 kg de partículas do inerte que não passem através da rede
do cesto.
d. Procedimentos
Lava-se o provete até remover todas as impurezas superficiais e deixa-se mergulhado em água
durante 24 h à temperatura ambiente, tendo o cuidado de o agitar algumas vezes para desprender
as bolhas de ar que vão sendo expulsas do material. Anota-se a temperatura da água.
Retira-se o provete e limpa-se a superfície das partículas com uma toalha ou pano húmido mas
evitando a perda de água absorvida. Lança-se o provete no cesto e pesa-se. Em seguida,
32
mergulha-se na água, tendo o cuidado de se agitar o provete para desprender quaisquer bolhas
de ar que tenham ficado agarradas ao material, pesa-se novamente.
Seca-se o provete na estufa, entre 105℃ e 110 ℃ até a massa constante durante 24h.
Todas as pesagens devem ser feitas sem retirar o provete do cesto, a fim de evitar perdas de
material.
Figura 6: - pesagem da amostra no ar, pesagem da amostra em água e colocação da amostra na estufa
𝐦𝟏
×𝛒 (1)
𝐦𝟑 − 𝐦𝟐
𝐦𝟏
×𝛒 (2)
𝐦𝟏 − 𝐦𝟐
𝐦𝟑
×𝛒 (3)
𝐦𝟏 − 𝐦𝟐
𝐦𝟏 − 𝐦𝟑
× 𝟏𝟎𝟎 (4)
𝐦𝟑
33
Sendo:
m3 - A massa seca do provete (massa do provete seco e do cesto, deduzida da massa deste no
ar)
Dados Resultados
Peso no ar da amostra saturada com: Peso, no ar da amostra saturada com:
Superfície seca + cesto……………7187 g Superfície seca:
Peso do cesto no Ar…………….....674 g 𝐦𝟏 = 𝟕𝟏𝟖𝟕 − 𝟔𝟕𝟒
Peso, na água da amostra saturada + cesto: 𝐦𝟏 = 𝟔𝟓𝟏𝟑 g
Na água + armação…………………4395 g Peso, na água, da amostra saturada:
Peso do cesto na água + armação…..587 g 𝐦𝟐 = 𝟒𝟑𝟗𝟓 − 𝟓𝟖𝟕
𝐦𝟐 = 𝟑𝟖𝟎𝟖 𝐠
Peso, no ar, da amostra: Peso no ar, da amostra seca:
Seca + cesto………………………..6981 g m3 = 6981 − 674
Peso do cesto no Ar……………......674 g m3 = 6307 g
Peso especifico da água (𝛒)……….997 Kg/m3
Massa volúmica do material Impermeável Massa das partículas secas
𝐦𝟏 𝟔𝟓𝟏𝟑 m3 6307
×𝛒= × 𝟗𝟗𝟕 ×ρ= × 997
𝐦𝟑 − 𝐦𝟐 𝟔𝟑𝟎𝟕 − 𝟑𝟖𝟎𝟖 m1 − m2 6513 − 3808
= 𝟐𝟓𝟏𝟔. 𝟐𝟒 𝐤𝐠/𝐦𝟑 = 2324.61 kg/m3
34
Este ensaio destina-se a fixar a baridade de inertes com máxima dimensão não superior a 100
mm, destinados ao fabrico de argamassas e betões.
a. Descrição
O provete é constituído pela quantidade de material seco necessária para encher, nas condições
especificadas o recipiente a utilizar no ensaio, escolhido em função da máxima dimensão do
inerte.
d. Procedimentos
Assenta-se o recipiente de modo a que não possa oscilar e lançam-se dentro dele pequenas
porções do inerte, distribuindo-as em camadas horizontais, até preencher um terço da
capacidade do recipiente. Regulariza-se a superfície do material com a mão e compacta-se com
35
Continua-se o enchimento nas condições indicadas, até preencher dois terços da capacidade do
recipiente; na compactação desta camada, deve-se evitar que o varão choque com a camada
inferior. Finalmente, completa-se o enchimento do recipiente e compacta-se o material nas
condições anteriormente indicadas. Se for necessário ajustar o enchimento dos recipientes
adicionando inerte tal deve ser feito durante a compactação.
𝐦𝟐 − 𝐦𝟏
× 𝟏𝟎𝟎𝟎 (5)
𝐕
36
Sendo:
Dados Resultados
Primeira determinação
Peso da amostra + peso da medida…….9,24 g Peso da amostra:
Peso da medida……………………..…4,52 g P = 9,24 − 4,52
Volume da medida………………….....2,29 𝐜𝐦𝟑 P = 4,72 g
Baridade 1:
P
B1 = × 1000
V
4.72
B1 = × 1000 = 2060.0 kg/m3
2.29
Segunda Determinação
Peso da amostra + peso da medida…….9,280 g Peso da amostra:
Peso da medida………………………4,520 g P = 9,280 − 4,520
Volume da medida…………………..2,29 𝐜𝐦𝟑 P = 4,760 g
Baridade 2:
P
B2 = × 1000
V
4.76
B2 = × 1000 = 2080.0 kg/m3
2.29
Terceira Determinação
Peso da amostra + peso da medida…….9,284 g Peso da amostra:
Peso da medida………………………4,520 g P = 9,284 − 4,520
Volume da medida…………………..2,29 𝐜𝐦𝟑 P = 4,756 g
Baridade 3:
37
P
B3 = × 1000
V
4.75
B3 = × 1000 = 2077.0kg/m3
2.29
Baridade Média:
𝟐𝟎𝟔𝟎. 𝟎 + 𝟐𝟎𝟖𝟎. 𝟎 + 𝟐𝟎𝟕𝟕. 𝟎
𝐁𝐦 = = 𝟐𝟎𝟕𝟐. 𝟑𝟑 𝐤𝐠/𝐦𝟑
𝟑
Para a brita:
Dados Resultados
Primeira determinação
Peso da amostra + peso da medida…….37,000 g Peso da amostra:
Peso da medida……………………...…15,000g P = 37,000 − 15,000
Volume da medida………………....…..15.76 𝐜𝐦𝟑 P = 22,000 g
Baridade 1:
P
B1 = × 1000
V
22,000
B1 = × 1000 = 1400.0 kg/m3
15.76
Segunda Determinação
Peso da amostra + peso da medida….36,700 g Peso da amostra:
Peso da medida………………………15,000 g P = 36,700 − 1500
Volume da medida…………………..15.76 𝐜𝐦𝟑 P = 21,700 g
Baridade 2:
P
B2 = × 1000
V
21,700
B2 = × 1000 = 1380.0 kg/m3
15.76
Terceira Determinação
Peso da amostra + peso da medida….36,850g Peso da amostra:
Peso da medida………………………15,000 g P = 36,750 − 1500
Volume da medida…………………..15.76 𝐜𝐦𝟑 P = 21,650 g
Baridade 3:
38
P
B3 = × 1000
V
21,650
B3 = × 1000 = 1373.0 kg/m3
15.76
Baridade Média:
𝟏𝟒𝟎𝟎. 𝟎 + 𝟏𝟑𝟖𝟎. 𝟎 + 𝟏𝟑𝟕𝟑. 𝟎
𝐁𝐦 = = 𝟏𝟑𝟖𝟒. 𝟑𝟑 𝐤𝐠/𝐦𝟑
𝟑
a. Descrição
A malha dos peneiros usada é geralmente de forma quadrada, sendo as aberturas das malhas
dos peneiros normalizadas internacionalmente. A norma ASTM é a norma vigente na maioria
dos peneiros usados no laboratório para a avaliação da granulometria em inertes para betão,
sendo que ela possui uma série principal e outra auxiliar (secundária) como mostrado no quadro
39
Peneiros ASTM Balança para inerte fino Balança para inerte Grosso
c. Provete
A massa do provete deve ser da ordem de grandeza indicada na tabela 3 em função da máxima
dimensão do inerte a ensaiar.
Máxima dimensão 200 150 100 75 50 𝟑𝟕. 𝟓; 𝟐𝟓. 𝟎 𝟏𝟗. 𝟎; 𝟏𝟐. 𝟓; 𝟗. 𝟓𝟎; 𝟔. 𝟑𝟎
< 𝟒. 𝟕𝟓
do inerte [mm]
Massa do provete 150 100 50 30 15 10 3 1
[kg]
Caso seja necessário reduzir a amostra para a obtenção do provete, deve proceder-se por
esquartelamento como ilustrado na figura 9. A amostra deve ser previamente remexida a fim
de uniformizar a distribuição das partículas. O provete deve resultar directamente das operações
de esquartelamento, não se efetuando posteriormente qualquer ajustamento da sua massa.
40
d. Procedimentos
Seca-se o provete a 105 - 110℃ até a massa constante e anota-se o valor desta.
Peneira-se o provete através dos crivos e peneiros começando pelo de abertura correspondente
a dimensão máxima do inerte. Para provetes de 1 kg de massa recomenda-se a utilização de
peneiros de 20 𝑐𝑚 de diâmetro ou de lado menor; para provetes de massa superior recomenda-
se o emprego de peneiro de pelo menos 40 𝑐𝑚 de diâmetro ou de lado menor. Os peneiros
devem estar limpos e secos.
A fim de evitar entupimento dos peneiros, a peneiração deve ser conduzida de modo que a
quantidade de material retido em cada peneiro não exceda a indicada na tabela 2 do anexo II;
para isso, se necessário, efectua-se peneiração do provete por parcelas.
A peneiração, que pode realizar-se mecânica ou manualmente, deve ser efectuada submetendo
os peneiros a movimentos oscilatórios de translação e rotação acompanhados de vibrações, de
modo a manter o material em movimento contínuo no fundo dos peneiros (figura 10).
41
Durante todas as operações deve evitar-se a perda de partículas, sendo que, as partículas que
passam no peneiro de malha de menor abertura devem ser recebidas num recipiente apropriado.
A peneiração num dado peneiro pode dar-se concluída quando durante 1min, não passa mais
do que 1% do material retido nesse peneiro.
Terminada a peneiração, pesa-se o material retido em cada peneiro, incluindo as partículas que
tenham ficado presas nas malhas, e pesa-se o material que passou através do peneiro de menor
abertura, conforme ilustra a figura 11 abaixo. Adicionados os valores das massas de todas as
fracções, caso se verifique que houve perda de material em quantidade superior a 0.5% da massa
inicial do provete, deve repetir-se o ensaio.
42
A partir dos dados das pesagens foi possível proceder o preenchimento das tabelas de cálculo
disponíveis no apêndice I, e desta forma obter as seguintes curavas granulométricas:
De acordo com a norma NP ENV 206, a composição do betão deve ser escolhida de forma a
preencher os critérios de comportamento para o betão fresco e para o betão endurecido. Esta
43
composição deve permitir obter uma trabalhabilidade compatível com o método de construção
a implementar.
Para o presente estudo e com base na norma NP EN 206-1, procurou-se obter um betão com
uma resistência média à compressão de 30 Mpa, ou seja, com classe de resistência de C25/30 e
uma trabalhabilidade aproximadamente igual a 70 ± 20 mm, o que equivale a uma classe de
plasticidade S2.
Neste método parte-se do princípio que a curva granulométrica óptima é dada por uma
certa curva, que já foi estabelecida experimentalmente por investigadores.
Por outras palavras, a aproximação da curva real da mistura ao andamento de tal curva é
o objectivo desejado, já que conduz à dosagem de um betão com a maior
homogeneidade e compacidade possível, para o menor índice de vazios compatível com a
trabalhabilidade pretendida para a aplicação em causa.
As curvas mais conhecidas e mais importantes são as de Fuller, Bolomey, Joisel e Faury,
44
Sendo este último, sem dúvida, o investigador que estabeleceu um critério mais
aperfeiçoado e ajustado às necessidades práticas e correntes da indústria do betão.
A/c Mpa 40
0.49 35.7
0.5 34.9 35
0.51 34.1
fcm [Mpa]
0.52 33.4 30
0.53 32.7
0.54 32 25
0.55 31.4
0.56 30.8 20
0.57 30.3
0.58 29.8
15
0.59 29.3
0.5 0.51 0.52 0.53 0.54 0.55 0.56 0.57 0.58 0.59 0.6
A/C
𝐀
= 𝟎. 𝟓
𝐂 Gráfico 6: correlação entre a resistência média à compressão e a relação
a/c, proposta (Adaptado de Nepomuceno, 1999)
Onde:
𝐊 𝐞 𝐊’ – Parâmetros que dependem da natureza dos
agregados, da trabalhabilidade pretendida e dos meios de 𝐤 𝐤′
𝐈𝐯 = + (8)
colocação utilizados, conforme definido no anexo I.
𝟓
√𝐃 𝐑
𝐃 − 𝟎. 𝟕𝟓
D – máxima dimensão do agregado (mm);
R – raio médio do molde que contém o betão (mm).
Considerando os tipos de agregados a serem utilizados (areia fina rolada e agregados grossos
britados) e a trabalhabilidade do betão fresco que se pretende obter (classe de abaixamento
S2), tem-se que as incógnitas tomam os seguintes valores:
𝐃𝐦𝐚𝐱 = 𝟏𝟗. 𝟏𝟎 mm
𝐤 = 𝟎. 𝟐𝟗 0.29 0.003
Iv = 5 +
√19.1 1 − 0.75
𝐤 ′ = 𝟎. 𝟎𝟎𝟑
𝐑 Iv = 0.17 m3 /m3
=𝟏
𝐃
v. Dosagem de água de amassadura (A)
46
Nb: durante a amassadura deve ser adicionada uma quantidade de água correspondente a
𝟑. 𝟐𝟕% da dosagem da água (efeito de absorção de água analisado nos ensaios de inerte) o
que será: 𝟑. 𝟐𝟕% × 𝟏𝟓𝟐. 𝟕𝟔 = 𝟓 𝐥/𝐦𝟑 .
Atendendo aos requisitos de durabilidade estabelecidos pela NP ENV 206, este valor verifica
a condição da dosagem mínima a adoptar no fabrico do betão armado de 280 kg/m3 de betão,
função da classe de exposição ambiental, sendo adoptada a classe XC3 (moderadamente
húmido, sem gelo).
Sendo: 𝐕𝐬 = 𝟏 − 𝐈𝐯 (12)
𝐈𝐯 = 𝟎. 𝟏𝟕 𝐦𝟑 /𝐦𝟑 Vs = 1 − 0.17
Vs = 0.83 m3 /m3
𝐕𝐜 0.10017
𝐂% = × 𝟏𝟎𝟎 (13) C% = × 100
𝐕𝐬 0.83
1
C = 12.11%
Onde: Ponto 1
A e B – parâmetros que dependem da Abcissa: 0.0065 mm
natureza dos agregados, meios de Ordenada: 0.0 %
colocação e da consistência do betão,
resultantes da tabela 2 do anexo I. Ponto 2
Dmax 19.1
Abcissa: = = 9.55mm
2 2
A = 23 5 B
Ordenada: PD/2 = A + 17 √Dmax + R (14)
B = 1.5 −0.75
D
5 1.5
PD/2 = 23 + 17 √19.10.
1 − 0.75
PD/2 = 59.67%
Ponto 3
Abcissa: Dmax = 19.10 mm
Ordenada: 100%
80
1 0.0065 0
60
2 9.55 59.67
3 19.1 100 40
20
0
Módulo de finura da curva de 0.001 0.01 0.1 1 10 100
Referência. abertura da malha do peneiro
Cimento %
C% = 12.11%
Areia%
A% = 55 − 12.11%
𝐴% = 42.89
Brita %
B% = 100 − 55 = 45
Gráfico 8: percentagem de componentes sólidos da composição do
betão
xii. Aproximação dos módulos de finura da mistura (MF real) ao (MF referência)
inicial Acertar
inerte
Mfi Ii% Mfi x Ii%/100 I'i% Mfi x I'i%/100
Areia 3.06 42.89 1.31 43.40 1.33
Brita 1 7.22 45 3.25 44.49 3.21
4.56 4.54
No caso do módulo de finura real ser significativamente diferente do módulo de finura de
referência deve proceder-se o acerto do módulo de finura, alterando os valores das percentagens
dos componentes sólidos sem no entanto alterar o valor total do seu somatório.
4.3.Fabrico do betão
4.3.1. Procedimentos
i. Pesagem dos materiais
O processo inicia-se com a pesagem dos componentes que constituem o betão (Inertes,
Cimento e água) através de uma balança com capacidade superior a 50 kg.
Lubrificação dos moldes com óleo lubrificante (geralmente óleo de motor), de modo a
facilitar o processo de desmoldagem dos cubos. O lubrificante deve ser espalhado
uniformemente no interior do molde de modo a que todas as arestas deste se encontrem
totalmente revestidas conforme ilustrado nas figuras abaixo.
52
iii. Amassadura
Introdução dos materiais na betoneira e amassadura. Salienta-se que não existem regras
únicas para definir a ordem de introdução dos materiais na betoneira, em geral aceita-se que
se introduza primeiro uma parte da água e depois os sólidos, começando pelos inertes grossos
e ao longo da rotação adiciona-se o resto da água. Deve-se no entanto evitar colocar em
primeiro lugar o cimento, pois isto pode resultar na perda de alguma quantidade deste
material devido ao movimento da betoneira, o cimento pode também neste caso ficar
agarrado a betoneira.
sólidos
água
A amassadura não deve ser nem demasiado longa (pois pode provocar a segregação dos inertes
grossos ou a sua fractura) nem muito curta (pois não poderá se obter a homogeneidade
necessária. O tempo de mistura é considerado a partir do instante em que todos os elementos
sólidos forem colocados no tambor da betoneira, e a sua variação é de 30 a 120 segundos.
A trabalhabilidade caracteriza a maior ou menor facilidade com a qual o betão pode ser
manipulado, moldado e compactado. No caso do presente estudo foi estabelecida uma
trabalhabilidade de classe S2 (abaixamento de 50 a 90 mm) o que constitui uma classe de
resistência plástica que nos permite trabalhar de forma adequada com o betão. Desta forma, foi
realizado o ensaio de abaixamento com cone de Abrams e constatou-se que o abaixamento é de
80 mm, que está dentro dos limites da classe.
Atingida a idade esperada (7 e 28 dias) no seu ambiente de cura, os provetes foram submetidos
à derradeira etapa da fase experimental que é a análise do seu desempenho mecânico em relação
a compressão. Este processo é realizado a luz da norma NP_ENV206 que determina os
procedimentos para a realização do ensaio a compressão do betão.
a. Descrição
Este ensaio consiste na aplicação de uma força compressora através de uma prensa apropriada
sobre um provete cúbico ou cilíndrico até que este atinja a ropura. A finalidade deste ensaio é
determinar a tensão característica do betão, para aferição da conformidade do traço usado na
composição do betão pela entidade requisitante.
Prensa hidráulica;
Carrinho de mão;
Balança.
55
c. Procedimentos
De referir que a resistência do betão é de carácter progressivo, sendo que cerca de 30% da
resistência final se desenvolve nos primeiros 3 dias, 50-60% após 7 dias, 80-85% em 28 dias e
continua a desenvolver-se em ritmo lento.
Os resultados colhidos são registados em tabela própria (ver em apêndice II), e procede-se o
cálculo da tensão média e característica, que é função do número de provetes ensaiados, dados
que serão apresentados no capítulo a seguir.
∑ 𝐅𝐜𝐢
𝐟𝐜𝐦 = (17)
𝐧
56
Onde:
Desta forma, procede-se ao cálculo da tensão característica da amostra que será dada pela
expressão:
Sn – Desvio padrão.
57
Como já dito, o objectivo final desta monografia passa pela avaliação das variações de
resistência a compressão dos provetes produzidos e submetidos aos três (3) mecanismos de cura
propostos e descritos no capítulo III (cura seca, intermitente e saturada). Desta forma, a
campanha experimental realizada culminou com o processo de ensaio a compressão dos
provetes cúbicos.
5.1.Resistência à Compressão
Este ensaio foi descrito no capítulo anterior e constitui o fulcro em torno do qual todas as
análises deste capítulo foram feitas. Assim sendo, os quadros a seguir expõem os resultados da
resistência a compressão dos provetes ensaiados, separados devidamente de acordo com o tipo
de cura a que foram submetidos. Os provetes foram codificados com um nome e um número, e
durante o processo de ensaio foi realizado um cruzamento de provetes provenientes de curas
diferentes, com o objectivo de garantir que uma possível imprecisão no aparelho de medição
não afecte na análise final e caso exista seja facilmente detectada.
Aos 7 dias é possível notar um valor inesperado de resistência dos provetes provenientes da
cura intermitente, estes apresentam no geral e em média valores ligeiramente inferiores aos
medidos para os provetes de cura seca de mesma idade. Este fenómeno poderia ser justificado
pelo facto da evolução da resistência ser mais lenta em ambientes com menor temperatura como
sustentam NEWMAN & CHOO (2003), este seria o caso, considerando que os provetes que
receberam água mantiveram seus níveis de temperatura mais baixos. Contudo, os valores de
resistência dos provetes curados à temperaturas ainda mais baixas (±20o) e em contacto directo
e permanente com água, são significativamente maiores aos apresentados pelos restantes
métodos (tabela 7).
Pode levar-se em conta o efeito das vibrações que o grupo com menor resistência sofreu devido
aos processos constantes de transporte e imersão no tanque de cura, que podem ter afectado a
estrutura interna do betão nos seus primeiros dias.
A cura intermitente apresenta valores de “peso” (massa) dos provetes nos seus 28 dias
ligeiramente maiores aos dos 7 dias embora isso pudesse se justificar pelo maior tempo de
absorção de água que os agregados tiveram, a não ocorrência desse fenómeno na cura saturada
refuta essa hipótese. Estes resultados podem conduzir a importantes constatações, visto que o
peso específico do betão é uma propriedade bastante importante do betão que é directamente
proporcional a sua massa. Entretanto a relação entre o peso específico do provete e a sua
resistência neste caso não se mostra um factor determinante ou conclusivo para o estudo,
considerando que os exemplares da amostra de provetes de cura saturada não estavam
completamente secos.
A priori é evidente que exista uma evolução no ganho de resistência dos provetes ainda que de
forma menos acentuada que nos seus primeiros 7 dias de vida, prosseguindo de forma lenta até
aos 28 dias. O gráfico abaixo ajuda a demonstrar a dinâmica de evolução da resistência dos
provetes com a idade dos diferentes métodos de cura.
60
39.0
35.0
31.0
27.0
Tensao [Mpa]
23.0
cura seca
19.0
cura intermitente
15.0
cura saturada
11.0
7.0
3.0
0 7 14 21 28
Idade [dias]
É notável a grande discrepância entre os valores apresentados pelos provetes da cura saturada
em relação aos demais, desde os primeiros dias a resistência por estes apresentada é
significativamente superior aos demais. Aos 28 dias essa diferença no ganho de resistência
comparado com os provetes da cura seca ronda os 21% e 15% em relação aos provetes da cura
intermitente. Estes resultados vão de acordo com os resultados propostos por FONSECA (2009)
E NEVILLE (1981), bem como com a teoria geral de que quanto menor for a exposição a
evaporação de água de amassadura maior será a resistência a compressão que este betão
apresentará.
Critério:
A resistência de uma amostra deve ser o resultado do ensaio de um provete ou a média dos
resultados quando se moldam dois ou mais provetes de uma amostra.
61
fcm ≥ fck + 5
Xmin ≥ fck − 1
Onde:
fck + 5 = 30 + 5 = 35Mpa
Cura seca
fck − 1 = 30 − 1 = 29Mpa
30.7
HPIII
25.02
HP I
31.1 30.7 + 31.1 + 32
25.69 fcm =
3
32.0
HP II fcm = 31.3 Mpa
24.58
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 Xmin = 30.7
28 dias 7 dias Verificações
fcm < fck + 5 → k. O!
Gráfico 10: Gráfico de resistência a compressão dos provetes
em condições de cura seca aos 7 e 28 dias Xmin > fck − 1 → O. k!
fck + 5 = 30 + 5 = 35Mpa
Cura Intermitente
fck − 1 = 30 − 1 = 29Mpa
30.7
HPII
24.18
HP II
33.8 30.7 + 33.8 + 34.7
23.56 fcm =
3
34.7
HP III
23.91 fcm = 33.0 Mpa
0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 Xmin = 30.7
28 dias 7 dias Verificações
62
Gráfico 11: Gráfico de resistência a compressão dos provetes fcm < fck + 5 → k. O!
em condições de cura intermitente aos 7 e 28 dias
Xmin > fck − 1 → O. k!
fck + 5 = 30 + 5 = 35Mpa
Cura Saturada
fck − 1 = 30 − 1 = 29Mpa
37.3
HP I
26.09
HP I
37.3 37.3 + 37.3 + 40.0
26.80 fcm =
3
40.0
HP III
29.64 fcm = 38.2 Mpa
0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 Xmin = 30.7
28 dias 7 dias Verificações
fcm < fck + 5 → O. k!
Gráfico 12: Gráfico de resistência a compressão dos provetes
em condições de cura saturada aos 7 e 28 dias Xmin > fck − 1 → O. k!
Embora todos os provetes testados tenham atingido a resistência mínima desejada ficando
acima dos 30.0Mpa, nota-se que os critérios de conformidade, só foram atendidos por completo
apenas pelos provetes em condições de cura saturada, o que reforça ainda mais este método
como o que oferece o maior desempenho mecânico em relação a resistência à compressão.
45 Cura - saturada
40 cura-Intermitente
cura-seca
35
Tensao em Mpa
30
25 Tensao requerida
20 Linear (Série1)
15
10
5
0
Considerando que os provetes curados de forma intermitente e seca tinham como finalidade
criar uma representação do betão curado em obra, os dados favorecem o pensamento de que
existe um perigo em considerar que os resultados que se obtêm a partir de ensaio de provetes
curados em condições perfeitas podem representar os resultados encontrados numa situação
real. Assumindo que a representação aqui feita é fiel ao que realmente ocorre no terreno
(embora no terreno existam outras variáveis e de maior complexidade) é preciso considerar que
as discrepâncias encontradas entre os valores dos provetes submetidos a diferentes processos
63
de cura, serão minimizadas conforme maior forem os tamanhos das peças betonadas, como
referenciado por FONSECA (2009), em um estudo análogo.
É importante realçar que para o caso da cura em ambiente exterior não controlado- cura seca,
os factores ambientais do local constituem o principal elemento delimitador da dinâmica de
evolução da resistência dos provetes. No período em que foi efectuado, o estudo o clima na
região era em geral ameno e de temperaturas razoáveis (com uma média rondando os 21℃, mas
com picos de até 35℃), essa dinámica de efeitos climáticos como temperatura e humidade do
ar pode ser analisada no gráfico abaixo.
75
Humidade relativa em %
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Dias
29
27
Temperarura em oC
25
23
21
19
17
15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Dias
A temperatura média fica em torno de 21℃ durante o período de cura, o que se caracteriza
como ideal para um processo de cura adequado e eficiente segundo a norma NP-EN-197-1-
2001. Por outro lado a humidade relativa fica em média na casa dos 51% bem abaixo dos 90%
recomendados na mesma norma NP-EN-197-1-2001. Estes factores associados a outros como
vento e vibrações influenciaram bastante no desenvolvimento da resistência dos provetes.
64
6.1. Conclusões
Os resultados obtidos nos permitem concluir que é grande a importância que os processos de
cura exercem na resistência do betão, a maior ou menor exposição a humidade irá interferir no
tempo necessário para atingir determinada resistência bem como na resistência final em si.
Pode-se notar a grande disparidade entre os valores medidos entre as curas seca e saturada, onde
a diferença entre as resistências finais aos 28 dias fica em torno de 8Mpa cerca de 21%, isso
demonstra a influência que estes processos podem desempenhar em obra. As condições de cura
do laboratório mostraram-se muito mais eficiente no processo de evolução da resistência do
betão do que os processos convencionais de campo que se centram na manutenção da humidade
interna através de aspersão ou “rega” diária das superfícies do elemento estrutural em betão
(diferença de 5Mpa, 15% em relação aos curados em laboratório). Essa variação na resistência
deve ser levada em conta em casos práticos em que se devem tomar decisões a respeito da
resistência de um betão aplicado em obra com amostras testadas e curadas em laboratório, de
modo a evitar constrangimentos em relação a segurança estrutural do empreendimento. No
entanto, embora exista essa diferença significativa de resistência entre os curados no laboratório
e os curados em situações precárias, considerando a influência que o volume e forma dos
elementos estruturais têm na preservação da humidade (como explicado por NEVILLE (1981)
e FONSECA (2009)) interna podemos assumir que os resultados fornecidos pelo laboratório
embora sejam mais altos em relação ao que se poderá encontrar para o mesmo betão aplicado
em obra, estes resultados ainda podem ser considerados representativos da classe de betão
testada, atendendo a um factor de redução na ordem de 21% no caso dos elementos estruturais
curados a seco/natural (sem nenhuma acção especial) e 15% para os casos em que os elementos
estruturais tenham sido submetidos a cura por aspersão/intermitente. O mais importante é
perceber como a dinâmica implementada nos processos de cura influencia na propriedade mais
importante do betão, a resistência a compressão. Desta forma, destaca-se que para a obtenção
de níveis elevados de resistência à compressão, sobretudo para elementos que irão suportar
cargas elevadas é essencial que se realize uma cura húmida de modo a mitigar os efeitos
negativos que uma evaporação excessiva da água de amassadura possa trazer.
65
6.2. Recomendações
inerte: proveniencia
Areia - Areia rolada -
Primeira determinacao
peso da amostra+peso da medida 9.24 g
peso da medida 4.52 g
peso da amostra P 4.72 g
Volume da medida V 2.29 cm3
inerte: proveniencia
Brita1 - Britado de granito -
Primeira determinacao
peso da amostra+peso da medida 37.00 g
peso da medida 15.00 g
peso da amostra P 22.00 g
Volume da medida V 15.76 cm3
inerte: proveniencia
Areia - Areia rolada -
temperatura da agua 25 oC
peso especifico da agua + esta temperatura Y 997 g/cm3
inerte: proveniencia
Areia - Areia rolada -
residou no peneiro percentagens acumuladas
peneiro Malha (mm)
(g) % Passados (%) Retidos (%)
3'' 76.20 0.00 0.00 100.00 0.00 D0
2'' 50.80 0.00 0.00 100.00 0.00 9.52
1'' 1/2 38.10 0.00 0.00 100.00 0.00 D1
1'' 25.40 0.00 0.00 100.00 0.00 4.76
3/4'' 19.10 0.00 0.00 100.00 0.00 D2
1/2'' 12.70 0.00 0.00 100.00 0.00 2.38
3/8'' 9.52 0.00 0.00 100.00 0.00
nr. 4 4.76 4.04 1.16 98.84 1.16
nr.8 2.38 15.73 4.49 94.35 5.65
nr.16 1.90 79.97 22.85 71.50 28.50
nr.30 0.590 159.63 45.61 25.89 74.11
nr.50 0.297 79.22 22.64 3.26 96.74
nr. 100 0.149 9.79 2.80 0.46 99.54
nr. 200 0.074 1.25 0.36 0.10 99.90
residuo 0.36 0.10 0.00 100.00
Totais 350.00 100.00 305.69
Mf: 3.1 Dmax 5.37
curva granulométrica
100
90
80
70
% passado
60
50
40
30
20
10
0
0.001 0.01 0.1 1 10 100
diâmetro das partículas (mm)
inerte: proveniencia
Brita- Inerte de Granito -
residou no peneiro percentagens acumuladas
peneiro Malha (mm)
(g) % Passados (%) Retidos (%)
3'' 76.20 0.00 0.00 100.00 0.00 D0
2'' 50.80 0.00 0.00 100.00 0.00 25.40
1'' 1/2 38.10 0.00 0.00 100.00 0.00 D1
1'' 25.40 0.00 0.00 100.00 0.00 19.10
3/4'' 19.10 2438.00 30.02 69.98 30.02 D2
1/2'' 12.70 3556.00 43.79 26.19 73.81 12.70
3/8'' 9.52 1540.00 18.96 7.23 92.77
nr. 4 4.76 539.00 6.64 0.59 99.41
residuo 2.380 48.00 0.59 0.00 100.00
nr.16 1.900 0.00 0.00 0.00 100.00
nr.30 0.590 0.00 0.00 0.00 100.00
nr.50 0.297 0.00 0.00 0.00 100.00
nr. 100 0.149 0.00 0.00 0.00 100.00
nr. 200 0.074 0.00 0.00 0.00 100.00
residuo 0.00 0.00 0.00 100.00
Totais 8121.00 2320.29 722.20
Mf: 7.2 Dmax 23.49
curva granulométrica
100
90
80
70
% passado
60
50
40
30
20
10
0
0.001 0.01 0.1 1 10 100
diâmetro das partículas (mm)
A massa do provete para análise granulométrica deve ser da ordem de grandeza indicada no
quadro 1 em função da máxima dimensão do inerte a ensaiar.
A fim de evitar entupimento dos peneiros, a peneiração deve ser conduzida de modo que a
quantidade material retido em cada peneiro não exceda a indicada no quadro 2; para isso, se
necessário, efectua-se peneiração do provete por parcelas.
Peneiros de 40 cm Peneiros de 20 cm
Abertura da Malha Material retido Abertura da malha Material retido
mm Kg mm Kg
50 8 4.75 350
37.5 6 2.36 200
25.0 4 1.18 100
19.0 3 0.6 75
12.5 2.5 0.3 50
9.5 1.5 0.15 40
6.3 1 0.075 25
Quadro 2: Quantidade máxima material retido em cada peneiro
Dimensão do recipiente de aço para o ensaio de determinação da baridade dos inertes, indicadas
no quadro I em função da máxima dimensão do inerte a ensaiar.
Quadro 1: Relação entre o volume de vazios e a máxima dimensão dos agregados (Nepomuceno, 1999).
O índice de vazios