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TRÊs MOTIVOS DE ISRAEL PEDROSA

Telmo Padllha

I
Porque o tom hesira
enrre o negro e o verde
não é lima árvore que veja.
Deste éJngulo é um pasto
ausenre de cavalos; os laços
no ar confundem-se com espelhos.
Ejá o tom irmana-se a cabelos
de um castanho quenre despejados
sobre os ombros: pássaros pousados
ou mãos pianíssimas repousando.
Quem ou que pincel dispõe as tinras
para que árvore ou pasto se incompletem
e essa dúvida subsista: se são asas
já voam em folhas, e se dispersam.

11
Feixes de luz compartimentais registram
o tempo e o ritmo, pássaro disperso
na luz que o liberta, finalmente eterno.
PflSões não o prendem, que em vazio se desfaz.
Nem asas, que nelas a noite se abriga
em precipícios nesses pontos de chegada.
Ecada deVI( é novo encontro, e cada
ponto é outro alvo, luz aproximada
de uma tela apenas começada.

111
Ede vós, mãos, dizer o que: que sombra
cambia-se em luz se o branco se alonga?
Eos outros tons, e essa outra sombra amiga
já se formando por dentro consumida I Eessa
aurora boreal, esse pranto súbito, essas lágrimas
libertas nos circulas de chegada l Impura fantasiai
Não, Impuro canto, flor camal de espanto
desprendida ao punho e enfim desperalada.
Eesses tons compleram o ponto de chegada.

Itabuna, Bahia, janeiro de 1976.


A mpm6riade
Candldo Portinari

e à presença de
Carlol Drummond de And,adt>
A cor na teosofia e antroposofia, 113 Harmonização de valores e tons, 1S8
A cor nos cultos afrobrasileiros, 114 Escala de valores, 159
Tons e valores, 1S9
CORES, J 16 Cinza-coloridos, 161
CORES, 118 Tons-rompidos, 162
Vermelho, 118 HARMONIZAÇÁO 164
Amarelo, 122 Sistema gráfico de harmonização de cores, 164
Verde, 123 Círculos de harmonização e Módulo
Azul, 125 de mensuração, 165
Violeta, 127 Módulo de mensuração, 171
Laranja, 128 Combinação de cores, 173
Púrpura, 129 Harmonia de tons ou cromática, 174
Marrom, ocre e terras, 129 Escala cromática em Modo Maior ou Menor, 17S
Branco,130 Harmonia consonante, 176
Preto,131 Harmonia dlssonante, 178
Harmonia assonante, 179
DO IMPRESSIONISMO A ARTE LEI DO CONTRASTE SIMULTANEO
ABSTRATA. 134 DAS CORES, 180
Do IMPRESSIONISMO À ARTE
ABSTRATA, 136 COR INEXISTENTE, 190
Antecedentes do ImpreSSionismo, 138 MUTAÇÓES CROMATICAS, 192
O Impressionismo, 141 COR INEXISTENTE 2lO
O Abstracionismo, 144 Componentes estruturais, 211
O domínio do fenOmeno, 215
o EMPREGO DAS CORES
NO BRASIL, 148 íNDICE ONOMASTlCO, 226
ü EMI'IUGO DAS CORES NO BRA'>IL 1)0
REFERÉNC1AS, 231
Perlodo autóctone, 150
Perlodos colonial e Imperial, 151 ILUSTRAÇÃO 10' EDIÇÃO, 235
Período moderno, 152 FAC-SIMILES, 236

ELEMENTOS DE HARMONIA. 154 CRiTICAS , DEPOIMENTOS E


NOTiCIAS, 239
CONSIDERAÇOES GERAIS 156
" 'i' 'r'
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t"\ c 1! d d( )à"~prr 9f a oe Condído POrflnon e ) pre-


I

~ '1.1..:' p ~ :::Iocr !façãO por Drummond toram pre·


: ln J' L J lellda de 40 do século passado e que

, I' f'"o III ,nl(, e Orummond, que por vezes ia en-


- la J úin' (~egada ate o meu ateliê, jocosamente
_ ' ( ' . Ji, ç0r caminhar por ruas com nomes ta~ Ilus-
la .. ' 'ilal abrigando o Mercado das Flores
ç '~, I '_ r "'o p€ ( ' OI ig.nais deste livro, que se arrastava por
c,
J- ,11 ç 'ra -11 ,>arJ ver algumas coisas que chamaram a sua
"r, ror 'lal';' ' 'df ''lr, dElirpento por seu Interesse pelo que eu esta-
r, dl~Lns dpltLli rJi -,,~, Alqurn tempo depois. Drummond enviou-me
( ) je ,,,er~in) Jp T J Cr't'f' ge'1< rosomente dizia:'" Que venha um dia o seu
E .: ~ l' _ta eli ctica p hura de )orCE:pçdO a 1testar a mescla de artista e humanista. que
c n)·., ,-~e,rJ de VE', cewendarc1o-"lOs os sutis segredos do mundo"
- 1 }"" L das pe,qul;JS, que rr e ,e,aram "O domínio do fenômeno que denominei Cor
x "-' '~cebi a -tE"ção e o e't·.-pulc de amlcos que me ajudaram a vencer dificuldades de
- <r ~ 'lens, for'llando OVOIUr'10S0 drprvc Je mi'lhas insolúveis dívidas de gratidão - incluin-
r:; - ~ "Je .Iç;. ns denOrllnariarp for'ur- j (fIi!, 1 ,agura. astreado também por imenso e dOfldo
' t ' d' P rOdS.
A. .. da rv. anos 50 do século passado, quandv formulei a fundamentalidade da triade de co-
'e " jr f' .(, transparentes como nova tríade primária, fOI na entusiasmo e na amizade do saudo-
<o ;,; c" E: "itll,) de arte Máflo Schenberg que vislumbrei o sucesso do que eu realizara, qualificado
p'lr e'o omo "gpnulna descoberta"; hoje tão difundida pelas áreas empíricas da computadorização
c da ,ndusrna gráfica, sob a Sigla CMYK (Cyan Magenta, Yellow, Black)
. uez "fiOS rlPPOIS drl de'coberta, fOI lançada a l' edição da Justificativa teórica desse trabalha,
o livro Do Cor à Cúr Inexlllpnre, que teve calorosa acolhida por parte da critica e do publiCo. Acolhida
Idênlila fc.1 mar"fe'tada à cada nova ediç50. tendo o filólogo dicionarista e enciclopedista AntôniO
Houalso o depomln' do 'b bl . "b'bl d ...' - b
. d I o P I la d ror, em prpfauo para sua 2' edlçao, volume que tam ém
despertuu em Rubem Braga J entUSiástica crôllicd teleVISiva, IV Globo, 8 de julho de 1978, em que

12
afirmara: ·Confe~so qLe esse belo livro mp deixou dO mesmo tem pc fasClNde e pel: c;:XQ.
h f Indicado pelo Itamalaty, quando o atual ministro das Relaç<'le, Ex'c'ore< C' ,""', m
C e lava a DIVisa0 de DlflJ~ão Cultural do MlnlsterlO, este hvro n'preser"ltou o Brl' I1 no .elhc ic
1 vro de Montreal, eIT' 1978, voltando a Integrar a representação bra~ Ilell} r, ) Sdlal de L r d

Paris em 2004
. Atento a tudo que oCOrria no país em relação às arte~ visuaiS, o pintor, critiCO e prvfr' ~or .lUI
nno Campoflonto, em uma de suas últimas apanções públicas, em ,ntervençáo durante reumao 'lO
Centro de Memória Fluminense, qualifiCOU o livro Da Cor à Cor IneXIstente como o mall Influente e
prestigioso tratado de arte VISual publicado no Brasil, em qualquer tempo,
Lamentavelmente, as edições deste IMO foram sempre marcadas por difICuldades de dl,t"-
bUlção e longos hiatos ed,ton",s, fatos registrados pelo professor e critICO de arte Joao (allos Luu
al
Barbosa pouco depoIS do lançamento da 7' edição, em artigo para o Jornal do Brasil ('Aula mdgiw
sobre as cores', 23 de setembro de 20DO)
É um prazer retomar contato com um livro tão fundamenta.I, agora em nova edl(~jo. Em pnmE'lro
lugar, um comentário aliviado por saber que com mJIS faCilidade poderemos cncontr.u na ..
livrarias um título fundamental para quem qUN que deseje conhecer com abran~pn[1a f' pro·
fundldade a belE.'lJ f' os mlsténos daç, rores. Todos nO'!!, profeç,~orrs em f~colilS d(' Art(~ Vlsual~.
1
de Desenho, de ArquitctUf a (' congênNC\ sempre menCionamo') a eXI'!ItênuJ e Import. nCla do
compêndio de Israel Ppdroo.,.l parJ, .1 .,egulr dizer que, mfehlmente, é livro r.uO, (om t·d,c,õe ..

esgotadas ...
Ao terminar o breve recensearnento da Já dIStendida Vida deste livro (Que sL'<)undo,) ,empre
lernbrado Acadt'mlCo Marcos Almir Madeira, pode na denominar-se'1eona e PrátlLa do Mlsténc da
(ar"), é com Justificada satISfação '1ue agradeço aos Conselho; tdlt\J"al~ das Editoras Senae a lI1elu-
s~o do livro Do Cor à Cor IncX15lénte entre seus titulas editados, fazendo votos par. que ele venha
çorn,eus r,lIes, a estimular a dmpliaçao de novOS honzontes dos bens Ifl"'tNI1IS ~ue dt~terrnlnJm
o enn'1 eclmento superior do sobfr .' do faleI, naS esferas do salutal "'terc~nlblo do livre voa da
rrtaçtio.,m tOrl.3S as dlrf'Çoc', er,trC' Indlvirluu5, entre povo~" entll' JS N,1,.be<;.
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Nlt~rÓI, março de 2009


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' , r <le de" rre' ':l. E: aSSl.rtos de dife",.,tes á reas d o corr-e
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• f ,- ,acc-. J ~c, ;,llcr, r e'o ele leitores para v e1'te"d.memo dos e
, ~ ,," ~te ut:. :J CI r-::ra uma I' .:6' J ela tec'ta das cO'~S. Po' 15'0 mclUl
ma _o, , re" 'e CC'lo' prt J jades dg cor c.a uz e da lsão que pe a abo~:lageM
17 e'a d~pertdl ~'ere~ e rr~src às pessoas de o'rr aç.áo c entlfica
fe- 'fllli, • • t~ c, em uas (,If'ras de ~ber.

.. o ot -r j r ~.a ~0 é provar q Je a 'larMoma das <-ores deper


~ be ad.: rt'e e as 'TI qu cc '< se transfcrf'lam en prese.,ça (;!!Ias das
.... nas. _m :e,0i; 'lemo tr _ d je r rde u "I'lel. [,;e trabalho preterde sobre.
r alo or C mer'. >CjK..J pan e><e< e' de "Oroa l:1le9 ral o cor >'ole sobre elsas
Ir mia\, 1a~ lore rr~~,JP< rr •. ';J e Cle toda har "'l0l1 ,ror"átlLd. eX"au'do dai a
__ :.e X') je - o ex; te' ] J)lireza hr>guaç,em 1'tlm da co' O que está além
rk; p ev rr a'e -i. cmnrqad lOUlr _ Imp I a ~o corpo matenal da c0r a cor Que é
a. 'l'lJ C ja cC c que ~ ntar:c.. f' a r € C t~ po a I..la aura _o alé'l)' da cor
.JIT r<ox. '" mars i , =. g\. as ,-(,~:'l erpelam-fT\e scbre a cor "eXiStente e
c, I':-',~ ~ e os .lom r ~ 'la arte e dJ ~,,{... ReSPOndo In 'r mer'llC que. d juras pe"las,
a ~ltura •• "..a e faz !Jrg r as !lfE:m; d~ -lado-as Je lirr "C'VC esiág \) de f'UI<;ão estética.
m ',"mdo a o t lS "Jred "It~. alegnil <1<- C'lhe'I="IC, orno 'la '1'~;Ona do c rco chir)~s '0
rnáglCC,
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~ .• e o PU (aplaude Mas') Plbl co ap 3ude ma,s arnda quando ele explica

14

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ve :) ~05 p~rjod05 florescentes ao lonqo dil Hlstoria, artr-, P CIênCIa estiveram l,empre JuntdS, e ~Of
_ll:S Igadas indissoluvelmente, num ennquêC!mrrltO e embelezamento reciproco. Henn POJncar~
costumava dlz~r
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que .
num- . - - . .
d equd\do matematlca. o que mais o surpreendia não era a verdade
expressa e Sim a beleza
Este livro e uma h,stóna da cor, mal é também, de certo modo, a hlStóna de um pintor que
um dia se VIU envolVido por uma visão, e a partir daí o obJetivo de sua Vida não fOI mais do que a
Incessante busca para explicar o que vira E no Inefável prazer da procura diluíam-se mais e maiS a,
fronteiras entre os dados estétiCOS e cientif,cos que estavam ao seu alcance.
Numa tarde de fevereirO de 1951, ao cair do dia, "nessa hora em que as cores se tornam 10
cOmparavelmente brilhantes' por ação de contrastes entre as luzes que se atenuam e as sombras
que se IntenSificam, minha atenção fOI atraída pela beleza da relação de vánas gamas de amarelo:
num barranco cortado em desmonte para abertura de ruas num subúrbiO do RIO, gramas queima
das pelo sol e arbustos calCinados.
ExtaSiado pelo efeito da harmonia dos tons que Iam do amarelo puro à coloração da terra·
de-SOmbra queimada, permaneCi algum tempo a contemplar a paisagem. Uma mulher estendeu
no varal três lençÓIS brancos, precisamente sob meu campo Visual, a uns clnquenta metros de
distanCia. Em dado mOmento, os lençóis e alguns papéis que se encontravam no chão pareceram-
me banhados de Um Violeta Intenso, sem que houvesse nenhum elemento dessa cor que pudesse
Influenciá-Ias, nem nas proXimidades, nem na atmosfera, pOIS o azul do céu era límpido.
Tive naquele Instante a Imediata IntUição de que se tratava de um fenômeno fíSICO e não de uma
Ilusão óptica; se eu consegUisse reprodUZir num quadro as mesmas relaçôes cromátrcas, surglna sobre
o fundo branco da tela uma cor Inexistente (que não fora pintada), quimicamente sem suporte.
Amedida que buscava novas relaçôes que pudessem condUZir-me ao domíniO do fenômeno
da cor Inexistente, ia descobnndo outro sentido na pintura e cada vez maior atração pela obra dos
grandes coloristas como Leonardo, Vermeer, Veronese, Turner, Delacrolx, Van Gogh. Malevltch, Klee.
Delaunaye Porlinan. .
As t€OnJS das cores de Goethe constituíram os elementos essenCiaIS ao preparo de meu espl-
mo no sentido de outras pOSSibilidades da utilização cromáli(a para além do emprego mecânICO da
cor. A rigor, foram elas que me abriram as porta, para o domlnlo do fenômeno da cor rneXlstente.
Tornava-se cada vez maiS claro para mim que, ao lado da manipulação dos elementos da
pratica plctónca, havia uma série de preocupaçÕE's que formava uma nítida linha de desenvolVI-
mento da pintura, envolvendo um grupo crescente de grandes artistas nos últimos séculos. Tam-
I . . . -Ie" ncia a pintura tena
bém começava a tomar conSCiência de que, para fazer evo Ulr sua propna C ,
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. ,r I'·' un, ,ado' nc)1 LE nardo, .rc.ffu, RlJnfcrd, Hauv, lONhe 'vIaxwEII e Eln',teln, diferem
m nl ,(, I xNC; dJó cor cluloe\ E'l1ltldd' p"ILl qUlfT'ico I',n(~s M I>:hel·l:ugenC' Chevreul em <eu
.:-! )fE; I! 'y":l no L~ 'I de t.)J ,tro _t:tt Sm ull ónc) das :,ore~_
tm (XilHl~n, las rallzada\ no, 'JlllmOS vlnt(' e 51'1\ lnOS, v.'nfíquel qu P n~o correlponde ,)
"Jlld,l(je <l dfllmaç:;o de '1'J( uma cor ,obre funde br,lI1co produz sempr,", r doi rrelma form<l em
,lo,. rx nteria, Lm3 ~ )Icraçao cor'1pl"mentar.

Vanandu • tl,!oIJJ"dc • quantidade, a forma e o poslLiollamento das ~rea\ cololldas em ter·


,', c ,Jr úrq,.rlza( ~o e rE!at'v,d"ae uma detumln<lda cor pode prod~iz;r a ;ensaçãú dl' sua cor
LUmplc' ,e~llr em diverso; graus dE' Inte'lsldadf' Poae produz" a sensaçao de 0utral gamas de sua
C"OJI., cc,'ora ....iL "" llfdd, d" forma mais lurprt'endente a f:,rÓpria CLlr podE' transformar'se em
, JJ ... Cf\.\)r tr dI ',J (C0f { Jm plerr "enta r)1

~s, l~% a ChE'vreul, corno escapara a Newton, que os fr-nómenos cromatllús onundos dJ~
", d" ,.,pePcr;' sao ceogldos pelos índice', de retlet,inClJ das subst~ncias colondas (cor plgmen.
t')I, Ice, )nam "normenenl,', Indo de ~.n%, num Violeta com 42,5% ae purE'la e 564,5 mp de
)r' plll',ento ,k of'd,) !falO em diagrama de cores (IE), até 68.45% num amarelo com li% de

!lu"'"" " S/~,L mil dt ' ompllmento de onda Por eSla razão, aI core' do espectro n,lo produzem
suas 'm'rkmC'ntarl'S corn o mesmo índice de vlslbdlrlade, nem os diSCOS ae Newton pllltddos
cem cor f'''lr'ento, r'C'Slol em rotaçáo, produzem o branco almejado.

16
"" "
Além da dnárl~E" d j I
no fe O ( IverSI( dd~ nil tompo:'lçáú atf.lrnir:a que "ar<lct0(IZ<i as (ore!o-pIgmpnto
n me no cromáticod po fi , . _. .
I umlnosas é de prlm d (rp. et.ln(
i I~. OC,j<,londd(
, ) Pi;"tl ,1b<;on.<1o, refle:.4f) r JU refr3ç~o do~ raIO~,
IUZ · '
InCl<1enre or liJ ImpOrl.'nrlri '-\.m~I(I('I.H a qu,)hdad~ (la cornpO:'irão y
trvtOrT\c1tic-i rJa
Tais observaçOt>s r~
.
mlnro sobre O fenó re <crenh"'i.
10.,
010 U)nrUllto ljc!>:.es f"lemento$' <lO Uldr
.
d poc;',iblhrjarlt'"! do d(l
meno l ..... Cor H)f",(I~I(·nte. l~rrrufH,_Hn (,Hnbf.m a sl~1l'matI7dÇâ(J d(y. dado~ Que
JnflUe~ nas cores Induzid.-}!", e fldS rf'I.lçfu", <JI'ratS qur> req,~m as mutac,.õ('<, r:rorn~tl(3~.
_\J)eflt"nllds feiLl', ("00"1 rTi,Wj dt' dez mil P':'''\Q.J';. C1Idt()fI,}d~~
em <jnJI)()'. por ',('XO e idarle,
comprovaram qlJe a cor IneXI:;tenlf! é pt:'lct'lwlJ' pela~ crlanc;.I~,'
um mdlor Intt'nSldaut:> le drnbos t)~
~xos. até 10 anos, em \C"guidd pelds mulhere!t e. fU>.dlmpnte, pelos homerl'j, Mesmo 'J) daltôniCO:
pt,.'rcebcrn o renórnen(J; ma~ onde (] observador Pddr ,'lo deta td d cor InE' I.i~t{'f lU", ~k", I/eE'rn '; .. mpr€'
um CInza, variável de acordo com d Illh'nsldd,Je tla cor Ine-xlstente, ou O qrau (j~ dl~torI,dC, dalt(In!....d.
A busc.a empreendido:! dUfdntt> !Codos e<,<,('~ dnm transcorreu sempre nurna ,Jtrnc>~fl'riJ df' 'JI,
nho, dlllnentada pela certeza de QUt' u caminho .J~rto para rrazer às áreas dó pu-turd ""',n·';. r.unf"_-3
antes conscientlzadas sena Irreversível
Chamar d atençào de alguém par.a e~${-'S fenóm;:n05 '::', ao mesmo tem pc" ~10Jdr·:~,. en-
rfque(er·lhe o mundo da~ percepçõE's, porque .) partir dai não mal') poderá fugir dO fa$f inj~,) da~
manifestações superiores t' uhr a%cnsrv(>j~, ri,3', Vibrações cromátl(as, passando a percebê- iJS rre
quentemente na VIda cotidiana.
Sabido que, no exercíCIO de suas funçÕC'i. os ÓrQ,1OS humanos se desenvolvem para at!..'nder
a certas eXlg~ncia5 de adaptação ao melv, à mt:dlda que tncluímos novos elementos IntelectuaiS
na ação da percepção visual, enriquecemos nossa (apacldade perCeptiva numa maior integraçâG
com o universo cromático.
Isso foi o que me ocorreu dizer a gUisa de apresentação do livro que acabo de preparar Sobre
sua longa germinação, mUito mais poderia ser dito.
Olhando para o alto, não Vias tropeços ou abismos nos tormentosos embates da Vida, pelo,
á'peros caminhos perCOrridos.
Cercado por seres exemplares, não percebi o afastamento da Juventude, nem o peso dos
anos. Da longa viagem, o que ficou foi apenas a grata certeza das maraVilhosas possibilidades hu-
manas para um Infinito aperfeiçoamento como característICa dominante da espéCie
Ao lançar este trabalho, torno publico o meu enterneCido agradecimento aos queridos ami-
gos António de Pádua Ramos Mello, Jacob Bernardo KlintoWltz, Paulo Pedrosa de Vasconcellos e
Alberto Passos GUimarães pelo apoIo e compreensão com que me ajudaram a vencer dificuldades
das maiS variadas ordens durante a elaboração deste livro que, nos momentos de desanimo, já me
pareCia destinado a ser obra póstuma, ou irremediavelmente inédita

/5rael Pedr05a RIO de Janeiro, setembro dt' 19: 7


;:) ,",;-;; x S!:.. it . IT 3t' 'ria! • 2pe 135 se n ~ _,ç, ,( ,((' jl _',,:' J I)Or - -r ,]}')reprjlzaçÕt's nt,:r
, ~ .)#L b ) ~,.,::Io~ ~~ J; . mJI; ')r€': -;~('<1ei tE d ,rI ,sal,.':'C p:JVOCddJ peld 31,..'~C' da luz sobre
'Ja , ('0.3( 1• .)ç;.Ç3J JTl-nr ' 'Sf~CC"1dK
u:1actc lJOrt..irto,aexl~,tfar'l(' .JJ€'dol~ elementos: a
." .,b'ete fi #' _ ) . ~q:1 j(. cc rr1L e' til UI')) t: ú clho \Jparf1ro rr:.e')tor. fune onando COr1"'O deofrador
ch ':;, .) lJr--'~J"lOS:>' kl :c·mi)( 1"100- o 01. 31ter mdo· v dtr avé., da funçao lieletora da retl na 1.
• '"l' \,~p\,.~.
idlcrn.J (x _s r"'rn v<X.~bulos prellso~ para \.Ml rerClar '3 )ensação cor da (.aracterí}-
ti( c; UI 1;n')~,,3 (c~;im\.lc) cura d provoca Em Ingl~li. a senSaÇdC ( :oJourvlslon e o estimulo, hue Em

f, 31 '" renre ,je'lgna " e·,tlmulo. qualltlcando-o. em oposlç,io a0 dado subjetIvo couleur. Em POl-
" 'q l :e', ,. rn<:"lhCf termo) pard ,-'s::,a característica do estímulo é matiz, dlferenClando-a daien~,ação
'le 'm;nad.' <,OI Em Ilnguagtm corrente. em quase todos os ·dlomas. a palavra cor deslqna tanto
l pê''' :cpç.Q jo fenÓrr·r·nl) (sensação) comI) as radiações IUmln0!.as drretas ou as refletidas por de
~=.- ' ~3( !C .l rpos (rT1arz ou coloração) que o provocam.

ESTíMULOS

I e'lIP")I(,S 1!..'2 3usam as sensações cromáticas estâo diVididos em dOIS grupos: o das cores· lu..!
c ", I :..:~ '_ ne' pl jl'1'lentC"
A -,·Juz(luz,.· )Iç.ridu~ é a rddlação luminosa visível que t~m como síntese adItiva a luz branC3,
Sua mOI( r (x"ressdc é a luZ solal. por reunrr de forma eqUilibrada todos os matizes eXistentes n,'
(·"r'-=3 A! (~,IXJ! cc OI das que compõem o e'pectro solar. quando tomadas Isoladamente. uma,
ur·- 3. r!pn(Jminarr-· ,e IUIC", moncl:romatlcas,
A ( 'r- mqrnenrfJ é j substánCla mate"al que_ conforme sua natureza. absorve. refI ata e renel~
o: lale Ii .mlne ~c; cc mponentes da luz que se dllunde 'oble ela l a qualidade da luz leflet"J.,
que 1c·e r(, 1f\3 d ,ua (jtnnmlnar,jo. O que nos leva.1chamJr um corpo de verde é SUJ ',-,:lp.1Cid,ld~
f

de ~hsorv(" rlua~,"" todo:. (·s r H'):. rld luz br,-inca IrJctden(t:'! r(,Uetlndo pJrd no~~o~ olhos ,;]pcn.1) a
totaj.-dadC' tjc;; y('rdC's. Se o ("rpl) vF;>r<!,·· ,~h~.orv'-'<':se Inteqr,1Irnentl' a", OIJtrd', tclixJ\ c.otorldJs d.1luz
(azul. ver-n"'lt'o .' ,,--"U~ rdlOS dOlvados), (' o rn(''SnlO ocorr('l,Sl' cum ('I vprmelhü, db~orvendo a~ fdllCi-iS
vf"rd€".. f' dZUI'.i. e COrr' .) dZ'll, Cl!}XJrlJ(.lndo d tOI.,I,rjlldl! do-; r,I!C)~, Vt"rfT1c1hl)'i " ver<.Jt:"~. rl sinte\C c;ub.
trdti'vd Ij,eria c preto (Qr1'ir) I~,';.{' I":ac C',-orrto" cl mlstur J dflS fore5 plqmE'nto prodl ll um dnza esc uro,
chamado Cinza·ne'.itro, pm ,'ncontral- ',e E"quidlstJntl' (jus core" qlJl' lhe (j:'}o oriqem.
Quem pflmetro explt,:olJ cirnttflcdmpntc d (,0101 Jt..~o do~ (OI ro-, foi Newton. denomin,l noo'--d
de core~ permanenres dm corpos naturG/S. ')uas e);-pl!rl~nC!à::' bdsearam- '.ie na observar.,:ao do clnabre
(vermelhão) e do azul·ultramartno, Iluminados IniCldlmente por LMerentes luzes homog~neas, e

lO
depois por luzes compostas. Daí concluiu que, sob a luz branca, os corpos aparecem com dif~rente
cores que lhes são próprias, porque retletem algumas de suas faixas colondas mais fortemente do
que outras.
Comumente chamamos de cores-pigmento as substâncias corantes que fazem parte do gru-
po das cores químicas. Segundo Goethe (1963, p. 5061, cores químicas
são as que podemos criar, fixar em maior OU menor grau e exaltar em determinados objetos e
aquelas a que atribuímos uma propriedade imanente, Em geral se caracterizam por sua persis-
tência. Em razão do que antecede, em outros tempos designavam-se as cores químicas com
epítetos diversos: colores propil, corporei, materiales, veri permanentes, fixi.

PERCEPÇÃO DA COR

o fenômeno da percepção da cor é bastante mais complexo que o da sensação. Se neste entram
apenas os elementos ffsico (luz) e fisiológiCO (o olho), naquele entram, além dos elementos Cita-
dos, os dados psicológicos que alteram substancialmente a qualidade do que se ve. Exemplifican-
do, podemos citar o fato de um lençol branco nos parecer sempre branco, tanto sob a luz incan-
descente amarela como sob a luz violácea de merCÚriO, quando em realidade ele é tão amarelo
quanto a luz incandescente, quando iluminado por ela, aSSim como tão Violáceo quanto a luz do
merCÚriO que o ilumina.
Na maioria das vezes não atentamos para a diferença de coloração e continuamos a conslde'
rar branco o lençol. por uma codificação do cérebro, que Incorpora aos objetos, como uma de suas
características físicas, a cor apresentada por eles quando Iluminados pela luz solar, tran,for'l1ando
em 'Ialor subjetivo as cores permanentes dos corpos naturaIS.
Na percepção, distinguem-se três características principaIS que correspondem aos paráme
tros báSICOS da cor: manz (comprimento de onda), vofor (luminosidade ou brilho) e erama (,atulJ-
ç;'o OiJ purez" da cor)

CLASSIFICAÇÃO DAS CO RES


ApeSar da ldr;fltldado; básicd dE' tunnOfldl1lrnto til)) elemento) no ato de provocar a sensação
colorldd (os objetos flslco' pSlIrnuldnrJo o órq,jo Visual), a COI apresenta uma Infinidade de varieda-
des. geradas por particu!and;Ju€.''.> dos f')tírnulo'), c111Pf'hJú mais respeito à percepção do que à sen5a~

21
_I{_!~ unto pu dI ram iniCiar um levanta! emo
. __ . <;
3( CU:K)! pel'): dJtk)~, perceptivos. O~ f'tLJck ,o ~" ~~ r;;rterISfll :1'> e forrras dt:- - lanltc.taçác
" ,jflcaç,) noml'nclatura das c )fC' \ '91.f1do ,ua.:; d "" '
'I; im' ',meNe ·;.c 'iê'gue. (-
-C"" d ' " t- cores 1/ dE or lpc,ni'/PIS qL1e, ml'i.wradas el1
Cor geratrlz ou primária - t r3da ufTl3 a . .r PC") ,U( trat'i;1U-l<3fT rl)m (.or -IU7,
li jl/( : , 'rl)du~pm f0rlas ,o': :ori S íJcspecuc ar, '''. '
': vermelht, verde to r1,~ul-"lol('r)( 'c A nl '1.Hd (k- ;1'.. Ir': II,-:-í '1lor:OJ<;' produz )
n:: n( U' ~ o fenómcl ) ~I'm(,~ j!llva (lIIJSI.:) f .H, "11 ((Til( '1- ) drt'.J...ta '. rOde,) o~
n°, ;ut,s: ~n(ta~ cc)r te' c ::>J(d~ (I dI: r :qn ,[flto, d" vele' d~1 :t.rnlnáu2. core d.
'u t, d: C0r(~ lndeLcrn~)1 (vr'51.Jl-( IPrmL'ltl( ')clm':1rrl f j('(J(Jlul. . .
.• . l DI n 1 ..;' I n~ ~ l ' " ( 'C. \/en 1f,'nC:v (or..ld l ~ra( 1.35 pnm,lf' ~.
::j...cn( !'.. o' L1 (,n. pr . v, '-' , ~, ., r ' .

:, J.À11c.J 'rê' a~ QU41trC I


prlm,~n~"J ('jl llx r)dr ic :'Id VlflCl (.le'(T1,,>It..~ ), ~j,,)(n( ú.
)f\.. --;.

TI 31': !(l, dI' cort')-pigrner I,', JpaCJ: u ~·1(11t.t,1 s~~' vbTldo pf:~l,ll:'Sllrnul.-jc,.,jO ~:rr JI
~ dE )nes da rel!na. Pai 3 tal i :'TIrT1LI.3Ç ~c J:kl~ pn"'r,:-sos mar') (unheod0')
,.. I'.i: JreJ ópticJ de luzes rdlctidd,) por r::~ 11. ';" J: pentos azuIS e verrnf'lhr.s t::ok)·
r :~ UI ~ d,)~ outros no~ trabillho-.J d,_ r' nturd c _re ,]rdfICd5 fjlu')t. 5) E', s~gundo,
#

.: _ . '"110ndaS refletidas pelo V' :rmE I~c E PE'" dlLJI I=l!gmentáflos em discos rotd
' t,1 rlust. Ó). A mistura do 5 'ore: "plqr ::' ti •. rml~Jr '.J, amarelo e azul produz o

JI .:i te,;. subtrativa,


,+ r,l'::I~ ..>intura em aquarela e aara toce'- ')~ que utilizam c')r-pigmento transparen
~,I )(.. '~I ,ç lk oa l'm re1 iculas, as pnmári 'j sãe o mrlgE 'td, ) 3r l!dreJo e o ciano. A mistura des-
ri :) ,( c:. t-lmbém produz o cinza-neutro por ~,ntE''ie SUbl '--H Vc. 1.lIU~l 4), A superposição de filtros
r;: }~ l'1l",q! flla,:l1 arelo e ciano, interceptando a luz bran( a, produZ igualmente o cinza-neutro.
Cor complementar ~ Desde a época de Newton, adota-se em Fislca a formulação de que
cores complementares são aquelas cuja mistura produz O branco. Segundo Helmholtz, exclulndo-
se o verde puro. todas as demais cores Simples são complementares de uma outra cor simples,
formando os seguintes pares: vermelho e azul-esverdeado, amarelo e anil, azul e laranja. Em Física,
c -re~ (I lmplementares significam par de cores, uma complementando a outra,
Cor secundária ~ É a cor formada em equilibrio óptiCO por duas cores primárias.
Cor terciária ~ Éa Intermediária entre uma cor secundária e qualquer das duas primárias que
lhe dao origem.
Cores quentes - São o vermelho e o amarelo, e as demais cores em que eles predominem.
Cores frias ~ São o azul e o verde, bem como as outras cores predominadas por eles. Os ver-
de~ \ololaceos, carmins e uma Infinidade de tons poderão ser classificados como cores frias ou como
cores quentes, dependendo da percentagem de azuis, vermelhos e amarelos de suas composições.
Além diSSO, uma cor tanto poderá parecer fria como quente, dependendo da relação estabeleCida
entre el'3 e as demais cores de determinada gama cromática. Um verde médio, numa escala de
an' Ifelc e vermelhos, parecerá frio. O mesmo verde, diante de vános azuis, parecerá quente.

I Ab-;,.. '0 e (('f: ~,:,10 do!> raios luminosos pela cor-pigmento.

22


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7 Um verde-amarelado, numa escala de vermefho5 e amarelos, pareceró (no. Em comparoçôo com vc)nos azUis eviolew5, ~
mesmo verde·amarefado parecerá quente.

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(. Amarelo- ~
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Verde )
azulado ~ tiverdeado //
Verde I '- / / /

Cor natural t a coloração existente na natureza. Para li reprodução aproximada de sua infinita
lrIpdad~ na impressão gráfica, além das cores primárias, são necessanos o branco e o preto.
Cor aparente ou acidental - t a cor variável apresentada por um objeto, segundo a propriedade
aa li,' ql - J 'n -01ve ou a influência de outras cores próximas.

Cor Induzida l J coloração aCidentai de que se tinge tlma cor sob a Influéncia de uma cor Indu-
t:. ra 'lI d Induçdo reside a essênCia da beleza cromática, Em certa medida, podemos classificar
(C -~ WjUÇd~ manifestações dos contrastes
dS simult~neos de cores, das mutações cromáticas €'
de r( I 1flli'nl 0a c.Qr inexlstente_

Cor retinlana f a cor cardcterizada pela maior partlclpaçdo da retina em sua produção, tlans-
rntlp,il -I' rert>bro Imprpssõe's que rE't~rn, altf'lram, Sintetizam ou totallzam o efeito dos f'sflmulo':l
rE "~ (,'lU (orp$ rennl,lndS ClS IInaqem pO~tE'rlores, as misturas ópticas, 05 efeitos dt' Q('slunl'
brun . 'n(f 1\ ~Pfl':aç :Jl'S colondds produzidôs por prCSSdQ ~ base do globo ocular etc

Cor irisada r'i que rlprt",E'ntd fulqurd<":Óf>S


borb, "prol', 1- r 1', j/'fr,]1;0~~':> de um modo (}craL
dndloqd~ JS rores PSpC'Urais, comuns nL1S Ih,) ... dI:'
Cor dominante í) qlJe ocuP<J a m,lIOf t'lrf1d ~'S( ,11.1 "111 dl'tt>rnllnadri rdJç,íü cromJtlcl
ri,l
Cor loca.
o t"rnpu r o c 'nJunto de cJdUO', f ,-"e"n·,t:III"''\' ""C, nurn .. obrd d.. dlle, (dritdcr;z" O IUÇlJr e

Cor cru.
f: d (or pura, que não apre5{'ntd gr,Hj,lI.Ót:~s.

26

J_
J
I
....'.--,-.-
...........

Cor f.lsa ta· ,li que d('l':.too -Jo conjunto.


Cor cambiante E. d cor Que vana SeqUI -do o 3nql ,lc em =lll€ ;e ~ ,lo< } .J c b-:. rvador:r.; relaç."
dI ,bJ,~tc , coloridc .

Cor Inexistente t a _d ~mp'emf'nldl te rm.:td.-, de ertr.-- 'r.t"Jqucs õc wnalidado de .l;'1IJ :(r


levadas ao paroxlsmú pc. r lÇJO dI (ontr<;ht~· F-c :I om:"' dadO r-?'IO autor de'.tf! rrvrl) 3. dpIJC' ... ~o
objetiva que fez em t"dball"'lI)s r"O~ lradQ') em (}qt>... tl). setC'rr bro p .,u1 Joro 1e 1967 ,Cal u')e'
báSicas de eSfudos d"''>C''1vulvll,:k... r1 parti! d(' 19') 1) lb'l o \,.'k"to 1.1 p.; ru~pçao..r, ,ual r1~ )1("') de
nommadd,) ~corcs hSIOloc\I' ,)')- PCJf (~oc1h( l rlc - Hes dI" conUo1'i\t" r ;,,1., .C mi~ ~;( n Int~rnatk o(lle
:1e r(clair.lgt.' (Com l<,.s.:lo Internai ional dE' lIumlroaç,lo). O e!f:°llpntc r""'.lv() ( ~ pc 'ilbudac1': -\':0 n-
trol,Jr t€"cnlcJlnf>nte o fenórnC'no e enquadrá Ic em base" pr,Jticd .... dr d(vr1D - )ffi.3 dl:t'irJ er,-'
que se l olo<]uC!' o observador e os váriOS lor S de cor dJ pH'lturd obSE'Uild,l. ~ 11J<j\ d(\I~ ~Jmr.ém
ob€'clecpr a padrões de forma preE'~,tabek~(,d(s. J rlomlnlQ do frn6meno eJa COf lnpx '}('nP pc j.:
billtou a revelação da essf:.nua da harmonia cr()mdli,_~, d ,islematlzar;âo dos dadus que Innl~m nl')
Jrglmento das cores induzidas e as relaçõE;' g'?ral; -~U~ determlndm a::. muta(,., '€'':i r.:.rom~t~ ~~

Colorido Diz·se da dismbUlçãc. das cQr€,1j na naturtza, Efeito da aplicação de cor-piqr"'ntr_ (Uli
(O( tinta) sobre uma superfíne.

Cor dióptrica t a cO( produzida pela dlspersác da luz sobre os várIOS corpos rdratare< pri!m...,;
I~m",as delgadas (bolhas de sabã,,_ mancha; de 1,le:) se bre a água) etc

Cor catóptrica (ou cor) - t a coloração revelada na slJPf"rfío€ dos corpos opacos pPla absorção e
reflexão dos raios lumlnosm, InCIdentes.
Cor paróptrica - t a cor que aparece na superfíCIe dos ~:orpos ocasionalmente. quase sE'mpre de
maneira fugaz, mas às vezes também com eXistência mais duradoura, t uma das formas da"",cor,:,s
aparentes ou acidentaiS.
Cor endóptrica - f a cor que surge no Interror de determinados corpos tran5parente~ :igada a
fenõmenos de blrrefrl ngênCla, a exemplo do efeito do espato-de-lSlândla

27

m-~T .-:-:-:{'p-,........
'" } jltel 'llln-3ntl' ~,.rill. lpafi..'C rr"~; tL j(' 'f
I ,.l: );)ric t>c' qUl "capO
• .J, ,L.' le ,( dO lor <)0 (., 'Vc,I"~Je (~C' pC' (
~
. fe,; <.C. i <' ~,q,,,a, j,) ').3rti< ~IJ[ j"ú~' .i I;Jl. a' 'lO :J,v'de ,eu estudu (1'1 dU~5
tl;l~3~ pr~r-'eir" 0Ptil.3 Gc< rnér 'ICd. :·'ltd d.....: trcliet6: IJ dCj f310$ L.rf'ino~Cs \ndçpt:r"\'
- .reL. la I~•• , pgunda. Ópr Cd ~nc." bu'o " Irtc, pet. ,çclo des fenOr',enos ·lU~
• 1. ~ :)rc~qJ r-:t· ,re:,:a dd ILi hHldàl 'lêm,ldJ r' ;,C; 'ldJa"C'C'" 'lctr:')lnagnp~:CdS.
,..~ JSCl .~~x'" ':Itr, las.""~: IU7Lc,rnc )(ndl) oquec f)0'>:,oolhov(:.eo'1tJeC.3Uc .... dSS~q­
, ~ I:~, 1:::':- Ainda hl..le [ HO~ :ompt'ndlo~ de F·I~.Ilil :'1 il'flnt'r"1 :orrro -~l- r,idIJç..t01UC pvde ser
( ~):j" p~ ,Io~ érq;:I\':'.l v'sual~" Tdl:onLeltO r(vela se JrsLlficlente D()r~pOlar )l exclus(v';.JmentE
'lC 'c nliC'c ~"~ _,'C par.! definir m fenômeno CuJdS fT "nlleltaçOtS ult'Jpa,;dm n~llal pe'S>lb,
::iadt J S: r'i.tlv(;'
'cç)lS la, cx~~r,\rcras de 'jerschell sobr~ as propriedddes deI ralOI Inf'averrT'elhos, qUI,
'JOIa, ,o0 ,f'l1 nt~r Jpçclo d0 lim,l' extremo do vP["lelho vl'lv,,1 corrf'spond ..·;:'· a 1'.0. vJC até
10, "x rru'. o ,~~(" tee'J de com ,dera los :omo rdlC'S um,nosOI. ela Vl'~ qLoe possuem todJI d'
3' l' te'r ,; ,'do "J! ~mbora os 'lúSS05 olho' nãG tenham .apaL,dade pa, J per(t'b~,lol,
) rr :;mo oco,', ',Jm OI ralOI ultravioleta (faIXa de 400 a I Om~). taMbém Invlsíve's mas per
fé'! - " ntr 'iCtectáVf e, e capazes de fazer COM que váflos corpos sob sua ação projetem luzes vlsi,
e' em r"G,a ... ~"S IUf"inescente'
A~.p "J, l,,' .j'st~r,cla do espectro vesível. 0' [dlOI d,' Roentgen e os ralOI gama rêm todas
a' (CC j'çce' ~,~ra serel1 ,nclu,dos entre os ra,os luminosos, Os exempl05 crtados demonstrdrn
,far"P'l: '. G"'" ! v"õ,b,lidane n~0 é cond,ção ,ufIClente para a def,nlção da luz, podendo, \~ me,
'v ' 'i'z~r Que npI" tc.aas lS luz"s são v'"ve,s e que nem tOd,l\ as sensações lumlnos.l\ ,Jl' rro

v(Xj,las pt;:J luZ A eXDerl~ncrd mOltra que nd escuridão. uma s,mples preslao no olhe' à "llur"
da 'd'Z d0 nar,z. L,. s,wJIr a Se'esação de formd\ lummosdl, MUltil, dolS (oreS p.ltolóq,(,)\ l' (ldS
dbt·rrclç''")€,', ("';lP "J~'Cd~ n~o térn rl'-lilç{"IO Olft?til com ,] ItJz, sendo fruto ~xclu,)lvo cit"l funçúC''i e dt""'
d,st'jr.,,,ô· ':; org,JI 'H )).
A ,uz tE'1T1 ',Ui! €'-;O;I~,ti'nua ror,dlCII)llddd ,-,eld rnJlr~rld (1 rllIJnd() lll.Jten,ll ',t' clfH(l'\ ..... nt:1 ~ob
dUd~ forr: I",~. nr:r'('lpal~, stJb:'16n~ 10 (' luz Mod,~rrlllfncnF', rtd hu',(.] d0 rIlJr~.. lprufunJiJdos \.orlhc'
~,mer\tos t;obrf' d glalll~»:.: " o d'-'<,eIJVu!--/lrTlf'fl!t) d,~ss.ls dll!!) 1nf!ndS, 1I1IroL1U/'1l1 se niJ<.", pesqul!:.dS
fISL~d\ d (OfllepçAo da ar1l1mat(lfld COI"lIQ Instrllrnento tctHh.O d., t'lf'trodmhrniCl qUdfl!ICd, Por
mais yar,laddS que lE'Jdm d~ apar~I"l(JJ!> do rnundo rnatC'fldl. ,1'" ')ub~t~ncias que o lompóem <idO
COnltltUl(ldS por Plétror,s (portado,~, A , .
~ . • s ,ct, cdrq" n"YdIIVd), p,oton', (com C.HlJd POS,trVd) e nt'utrons
(desp,ov,dos de (drgd), ~

li
A luz, forma de exprel,s~o da matér ..l, é rdt~ :3ç~C ~1E'troMagnétlca f'mltida pela sub~t:Jf1' ,,J .
A pO~slbllidade de transformação da sub~l~n'_ la e' ''l luz k'ide mUito era Inrulda, vbto a ffi,31 ·e'- '3
eVidente como os corpes em (ombustao produze,., luz. dO lVIeC'mo tempo que se con~~ .p....-
Mas a constatação da pOSSibilidade da translormação da luz ef'" substânc ,a é uma conQulsB do
nosso século. Com base nas premissas teoncas do ftSICO Inglês Paul Dirar (P'êmio Núbl'l de FI':a
1933). há algumas décadas fOI realizada expef'mp.ntalment€ a transfl)rmaç~o de um rale gar .d
(raro lummoso) em duas particulas Infinitamente pequenas (um elé:ron e um pÓsitron).
Emitir luz é uma propnedade de todos os corpos quentes. IStO é. dos que têm temperôtura
superior a zero absoluto. ~ chamada zero absoluto a temperatura aproXimada de ·273',-. O que
eqUivale a dizer que todos os corpos que nos cercam emitem luz. Quando fOI temente aquectdcs
sua luz contém grande número de raiOS VISIV€IS; SI' fracamente aqueCIdos. emItem apenas ralo~ .
fravermelhos, invisivels. Em tais casos. a energld ddS moléculas em ITlcvm"lento transforma-se er-·Illz
e. Inversamente. a luz é absorvida pelas moléculas num perma~Ne fluxo de ef"".lssão e ab:.o't,ão
de quanta Interros Um corpo só deIXa de emitir luz quando se consegue deter o mOVImento 1e
suas partículas. Tal Imobilidade o leva a baIxar de temperatura,ltlnglndo o zrro absoluto

EMISSÃO, PROPAGAÇÃO E NATUREZA DA LUZ


0, babilOnios Já conheCIam a propagação retilínea da luz. mas coube à Escola de Plat~tl teorrlar o
eonr,eClrnento herdado, pOSSIbilitando a descoberta da Igualdade dos angulos de ·ne J~n< " r ,1i
refle<ao e errando a base da Optica Geometrrca que Impulsionarra todo o campo 00 e0'lt'ec,me"tt'
da' eJados VISuaiS durante maIS de dois mIl anos Modificações substanclars no equdc dd li" só
1
Iriílrn ocorrer com os trabalhos de DeSCi1fteS e Newton, princlp,llmente dü últimO, qUE' ,naugwar d
o (,1mIOho dd ÓptlCd HSJ(J
Ou ra ntE.' mUIto te rT1 po i!< r~~dHou -SE' ,cr('m Irf(>(onc 11 iavels r1 tcorid J,l €/111!>Sj() dl2' N~wton t! (vj
prirldpio'J dd I('(lrI<1 lmOIJldlórid k·v'1nlddo~ por Huyqe[)'i. Youn<l e Frc<':nd. (om ~h dt''icobNtd) de
M3XW(~11 ~. Hf'rtl. prov;t rujr I ',€r ri luz r di Jlt"Iç,lO C'!4~f r\ )nl;l~ ~néticl. pensou 'i~' de Inicio rkJ ,jeTI oCclda de"
flnitlva UdS toond~ d.; N~·wtOII. tJ() entanto. os tr,lbalho5 o() thit I) Jlcmao MJX Pklllc k (f'rêmlQ Nobel
de FíSICd, 191H), re.lllLddos nO IfllcH do sl'{ulo, illdnl fr"brtr d que~tjl),.lü provar que a luz é emiti-
I

da e ab~orvida em porçi>es lk' ell('rqlJ perfl'ttMllPntc d('finK1c"~~). denorninada) (lUdntd (ou fÓlOns).
A teooa newtonl~na, ba5f'ad03 rld l'ml')SJO (!)rplls(ulilr. recebeu nl)VQ alenro ao constatar-se que a
luz se propaga por quantd Intem)S, 15ft> é, por çorpU':lc.ulos.


!N H.'J!)1.I' ,Ao
,

, ' , ' II'rtl n;J(\ exc!uIJrn, nbnq;\lUr1rlTncnte


CheqolJ -'1(, ,1 condus.:'lo de qlH~ ,1" wurl.Js I~! ~,lJ(,~t 11 (" 1_ q_' . ' reVE'l,lVdrTI novos ,hrectO~ do
as d,--"\ Nf'wton e df' PliHlCk; ao contr,jftl), t'rl) (",'" 'flChl, -,OrlldV'dnl, '
fenúmeno luz. ,_' _' " '1 ir J~ ollduldtóflii I' corpll,)( ul.]f. Nil
Dessd nova VISdO SIH~Tlr~lm o., f",rudo'> Pdl,llt 10_. d,lS (!fJ ' , .' 't1nérwo pClpt'n.
Ôpl1W ondulatória, ,J fUI é rlef rnidd COIllO W'Il Jltddn dt~ vlh, ,lf~O(,,) dI • um (.11 np~~ m'lb" ,- ~. (O;) tl"I/,1
. " ". . , . I" 'Im ' · ... ntrl lUf1d ulstrl ul~ao
UlculdrmC'ntt'à dlrC<,.dOdf'pJOp.-li.j<lÇ,lOlllll(jlJt''jlldU1111 " _1_ , _ ,). c,'I"ull'
. . . J I I r Irll ar' fl)ton<> (ou (I'ldnt,i . pd - ~ I, ,I
no co.;paço Na ópc/(a COf/.-)I/\ollof, l'ld f: f.lln'1h t,'I.!! ,} ( OI nu !1 fi I. "
. . ' - . t 1- !(rj (a flUI? mf_~lIlor ('xpIIC.J ()
que ilpr(,~l'ntam um qtl<lnrUm rI(' \'Ilerqlol fi.. (IHH 1'1 11., .lU ()IlllJ oi ) .t - _ , . ,.
. _ I ll,l)fld!SIII'riJl{l',Xf'llrnd~'lu('r)en
tenóf)}cnoo.;d .... pol.1f1:;l~.lü,lnH~Ill'rt'nlld,dl frlÇdCl,prol'dfl,It"H I \ '_ - _ ._ '_ _ , :
.
tll d con~:('pl.,-,]o (l}frusud,lI (;'Xpllld 0;,111', I,lturt,lIlH'fl tI' o / ·1 U" ti. IU tl k
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d'i, Por Isso, ,)( \'1[.1 ,( ol UI (I, 1110 , ( J ' -' , ', -

~t' pf(lprif"f,}dt·~ ondull1hJllilS (' CorPII<)(uf<lrl":O, (] qLH Irnp I((oi - d .11 (''11 ,ç.
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f.,~L!,Jdndü·s(, OS V.:'rtOS estAgios dd lllilH"rid, (heqoll',c J conclusJo rk' rp.jI' ('(fi 1.'~trJ,jo qa
X7f'flli:Hll('ntp r<lrl'feito as moléClJliJ<; emitem t'~rH.'( rro de {mx(J, Com o au/fllo dl~ aparplho'i
tl,.'\qrafi,l. pssas faixas aparecem diVIdlda'l nurnd infll1iddde de linhd~ muito fJnrj'~ (hrlhd:; df..~
r!j o'c' A ;ituaçao destas linhas é reqida por leis qu;mticas, numJ drmonstraçâo dr.· quI' aluI

~; )1 'Ctn térn traços fundamentais cornuns.


\!) k"cobrir se ser a luz um fenômeno pl{ 'trorTliJgnéllCo, abna -se o caminho do enwndirner j-
1,~ n:-.vc ~:lTlgulcj das relações exist<'ntcs ent/(' d lu/e -, substânCia material, surgindo a pOSSlbt·
~; 1( da explioção de como a luz impflme coloraçao JO~. ,~orpos.
Sr. ,10 toda substância const,tuld" flor particulas portadoras d~ uma carga elé!rrca, de! nú
.~~, r0S1l1VO; f de elétrons negativos gerando ondas eletromagnéticas invislveis, quando ondas
'c··c maqncflcas de luz visível, orIundas de outras tontes enf'rgét!ccJs, caem sobre os átomos e mo·
JI , ',venclo vlbrac as particulas carregadas c.Je eletrrCidade, a energ'J ddS ondas Incidentes vê-se
jis le' d, absorvida e refletida srmultaneamente em graus diferentes, de acordo com a composição
,olelular dd superfície atingida. O fenómeno da colocação percebrda sobre os corpos (subst~ncia)
" o resultado desta reilção das partlculas eletrrcamente carregadas diante da ação dó onda eletro·
magnética (luz) Incidente. Verifica-se, assim, que as substáncias (os objetos ou os corpos) não têm
C8r. O que têm é certa capacidade de absorver, rc'fratar ou renetrr determinados raiOs lumrnosos
que sobre elas incidam.
O fato de a cor não constituir uma proprredade especifica e substancial dos corpos Já era
reconhecido por Epicuro. t sua a afirrnação de que a coloração dos objetos varra de acordo com a
luz que os ilumina, conclult1do que 05 corpos não t~m cor em SI mesmos.

CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DA LUZ


Velo<idade

Hil mUito o homem deduzrra que, como todo corpo que se desloca (de um ponto de partido a um
alvo qualquer), a IUI também deveria ter uma determinada velocidade, por não haver na naturp
la rrenhuma ação, envolvendo percurso, que seja instant~nea, Perdem-se no tempo as prrm"rras
tentat'vas póra a apreensão de tal velocidade. Já mais perto de nossos dias, os cxpcrrmcntos de
Leonardo e depois de Galileu, ambos uJilizando lan ternas com obturadores, consegulldm alguns
,,'sultados pOSItiVOS, litelS à demonstcdçao da velocidade da IU7, mas insuficlentc's qUdnto à 'tld
preClSdo. De.s\cs t"w's saiu a conheud" formulaçJo dE' Gallleu sobre d pcopogdÇ~O da lu: 'Se n,ío
for instant()nea, ~N~ (·;tlr,:'rndmente rápidrt':
O que: se poderia chamar dr ~Xlto ciunlffico rlPt,se Ic'rrPIlQ coube ~ m0nsu raç(10 iniCiai do as-
trónomo dlnarnarqur's Olav Koe,rnf'(, qUf', part Inclo cid ol"crvo\ <ia do ccl,p;., de .JÚpltcC (Paris, 1675),
calculou a velOCidade da IUl em mail ou rnenO!i )(JOOOO km/s. Com 0\ Cientistas franceses ~izeau e
Foucaull, inauguram-se as rnr-diodS da vcloc,d"d" da IU1, utilizando métodos terrestres realmente
c,entlflcos. O prrme1lO, em ) 849, corn lua rodo dentada, encontrou a veloCtdade de 313.300 krn/s; e
o segundo, em 1862, utililando o espelho rotatório, pccviu 298000 km/s.

30
INUIOOUÇAI ,

Hoje a velocidade da luz é considerada com absoluta preCIsão para os quatro primeiros ai
garismos de 299.792 km/s quando se propaga no vácuo. persistindo variações em tomo dos doi:
últrmos números
Dependendo dos métod05 de JvenquaçJo, os resultados são contradltónos. Nos Estados Uni-
dos, em 1941, utilizando 21 (""'lula de Kerr, AnuC'rson encontrou d ve!oCld~de de 2997/61o:m/s Em
1950, Boi e Hansen, ainda nos Er,lauos Urlldos, encontr,Ham 299189,3 km/s, uSdndo O g(>odímetro.
No mesmo ano, na InglJterrJ, bs€m, com mrcro-ondas, aferiU 29CJ797.5 km/s. lamb&m e-m 1950, na
rscóCiJ. Huston, utilrzando cri:.tal vlbratóno, assinalou a velocidade de /99.!75Irm/'). F:m 1956, Edge.
na Suécia. usando o geodfmetro, enCOntrou 299.792,9 km/s Para facilidade de uso €' rJe memoriza-
ção, costuma"se dizer que (l velocidadp. da luz é de 300000 km/s.

Periodicidade

o fluxo luminoso pOSSUI certa periodicidade regular Deve-se a Newton a revelar.,:ão de~ta caracte·
rística da luz. Sua descoberta baseou-se na seguInte expenéncia: colocando-se uma lente de fraG.l
convexldade sobre um vidro plano iluminado por fuz branca, surge uma série de anéiS concêntrl
cos com todas as cores do arco-iris. Trocada a luz branca por uma luz monocromática. vermelha
por exemplo, aparece uma série de anéis pretos e vermelhos, alternadamente. Estando igualmente
iluminada toda a superfioe da lente pelos raios incidentes da luz refletida e pela luz refratada pelo
vidro plano, o surgimento dos anéis pretos, isto é, carentes de luz, mostrando uma parte não Ilu-
minada, revela certa periodiCidade regular do fluxo luminOSO. Ao medir os raios dos anéis, Newton
constatou sua analogia com as variações das raízes quadradas de números pares sucessivos. -/2; ..J4;
';6; ';8 (lIus! 9-10)

9 Equação dos anéis de Newton. 10 Anéis de Newton.

Comprimento de onda

(;.)m o mesmo aparato, Vidro plano e lente de fraca convexidade iluminados por fJ!XJS de dlteren-
tes :\Jfes simples, a largura dos anéiS "de Newton~ se altera. Aos raios vermelhos cúrrespondem os
anérs mais largos: aos raios violetas, os mells estreitos. (ad,;! cor Simples tem uma largura do primeiro
interstleio que lhe é própria, ::i€Jdm quai~ forem as lentes usadas. Essa largura do primeiro imerst!clo
é que define quantltatlvarneme umd cor e dpnominJ-se compnmento de onda, designado pela
letrJ grega À (lambda). Os compnmento$ ue onda da luz visível sáo extremamente pequenos. ex-
pressando-se em m!1imicrons (rrll-l), que ~ignlticam milionésimos de milímetro. Newton encontrou.
para a cor eXistente entre os hmites do verde e do azul, o compnmenro de onda de 492 mil; para o
'Jermelho extremo do espectro 700 ml-l; e para o VIoleta extremo oposto 400 mil·

31
- - - - -1- -__=:-:-:=-=::-;:, ~
ZE
JOWJl 0J OlUdlU,JI\) OIUO) rU.Jc;lld O 'SOli;lLU \Oll!10 dp liJi1W 'OPu!'llllln '''Ial ';v.t1<; Jp P1J.JqO)'idP P Pn'd
\')º~Inq 11 ~ I la) C)PI\OU Pu [lJl j·Jlcj,J)j 'lJpJ P I <;(PU I !'0l n )il'> r) H Jl J(l[~,>pJ./, JJ r'p '>0 u,),;.> so dJqO$ sOpnlS,) SOl J
01
t'J\ nOJqqnd ' 11"') ou 'LJ~UI?I-IIV 'IX 0lnlt,l~ () .J1t1I'Jrl(l P!1h~ I' I'Jl'cJ OJplA np cl OJplA () PJr>rl lI? Dp 'pObç
P l'Jrd JP op jr')~pd OP lnj proP_':>I"Jl\lJ P rl()/)rll',,)
Il,~uJ()lnlrf 'rlJpUt'X')IV UJ,êI 'çjlllllÍJa,: 0lfljôjsoN
'i1JIO)JP
op <idJO.t 'lt' 'lPP(1} 'r,p!'1u v.Jrllr> ';;1.' 'lPpUl PqlJl/ll\ 1'l/wmuJ I' dJqnr; \'HrUJd 'Im op SOIPJ "()I~<.1 f)pltiuqr'
'nlJ.Jt]il) Jr'hnl un1u P/wx>IO) 'Jnh "lU) rpi"lJIlLJOIJdp t'Jrh)rl li 'o/lJPnb WIl "p OeR'/1 11 In P UJO) OP1lq<>
'OUlHU\llJ\~J 0[' de; l'lJ,.JJ"U OIUIIJ 'OpO)J0cl OIUSdUJ 011 (lJo)qUHJ[ 'ldAjSLJ0SUI O\i')Pj:1(!JbtJp Jod ,)~ UWlplJJ
flS S!J/-(nll' op "dJO:) t;!P l.LJ0P c:r fJnh opuru,1JIlP 'O)lJll)q O,) 01,W'?LUr o 'Olll13WJ,)A o LU!:'A!?lS,) dld JOd
';QW11 ) '1\)10 ) t:; l' I.m UdC! '~r j IlldU P:> lUQ) o) P !A ap L'J VA PlU n dJq()S t)lU,)W I e5..1vI\SU!~ Jl <.;0'j U;-Jpl )UI lOS (lp
J
\\)I\'j \01 d liepl/llpOJd srpuOIOJ 'ji)ln l 5~ a~ p!Ja l,)) !1),)U,)'; '!?J,J essou ê)p 0ln)ys OJIt)uilJd 0N
l'IMl!'I.lJ JlI,)d jeSS~J;~1U! as P 50J!JUlI JcJ Sop OplS J;)1 P)ljlUÓIS wnf-;Ie OpOUJ ap .)nb o 'Of':':lrJFJJ Pp
1
'°1 ")0 so IIIIIJ"P PA?JI110,d ~r 'Oll)JdÇJJo) " ""IdO rns Lua '()'e 1'00 SJp!j)nj '''pepluPWnlll'[ Gil dWIA
-IO"U~)"Jp iJr snr..lf) 50S.JaAlp SOU a~Ul'lSuo) pwn 0P!S llJOl OlUnsc;p op OLJJOl W0 O)!J.1lu.)l) P..IO OJIIC;!lI.J
f'Jl) JrJlt'JPJ ap c;dQ)rln)i)dsa ri SUi3ôepJOqe sV 'PIWHJrj !;;) OljLlQS oe PUPl.unl1 oejl?UlbpuJI E' wr JPf1q<"U!
SOlOlUaJ SIPLU 'iodUJdl SO 0pS0p srJ)U~Jrdp 5t'pDIJISJ,;Alp 0 saQ3!?lSêlJ!Uew seJaWI)U! çens O~"f'lIJJ
"P o ., JlU~1I0XIPdr s!ew O 'SOSOlllwnj SOllJU'QlIJJ SO SOpOl Jp a lI1j ep Silp~pâl)dOJd Se ,PPOl "O
"01?~eLuP!od.Jp <)\UOU
o SOLlII"P appp\3!JdOld PAOU r$sa V 'dJUPUIIUOptlld O!?~H? ap SvQ\)JIP Wç;OêJlprJe O'joullunl dX1J.I op
/p':,JaASUllJl o~J~as eu ,Jnb sow;mp ÇO)!U).::)1 SOUJJ.Jl WI 'ôJUt'iUJIPJdIPI S(luacJl? SCW 'Qx!Pq PJPd wau
tJW!J f!JLld UJ~)U I?IHí? 0PcU anb osmJlwnl oxnlJ no 50!Pi ,)[1 ,:)XldJ umu ;JS·OPUl>lllWbJO 'l'JIl5jl,)nPH:l
P.I\OU PUJr1 .Jq':-D')J Ol~lad~() 0lê:ld 1'f) ljiJIVjJ lnl p ,:mh <;OLlh)Jí)/\ '!~IJqu.los r~Jd eLUn dP JO!Jdllll o PJf'd
OUPld (H·.jI~)(iSi) umu f!prPUàJ iPj05 Inl fl opUlfJIJlp :l!I]U;)U<JdX~f dJUlnn{)S ru rpIlUO) \,IS;) 0f"!p,'I)!!IOd
rrat; anb op PjlPJUlldWI'i Pl,lPI V 'Op11(>brdoJd dp
OII~\1Jlp pns ,1P (lUlOl LUa sesouluJIlI Sr..lCt'H-'lqlll Sl'p
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Em 1637 f'm Leyde, Des!.,lrtf"\ pubh(\)u ';U3 lJ'ÓtIIriW, doordCin<"1,) de- mar eira int~rnl e r ·>e
't:~: te (!~, el~ d<i refrdçât) (k'c;(ubNtd'i por <;nf'"lI. TJmhéli" no éClIl) XVII, 8oyl~ e ~cxk(',!'" trabalho4
diferem,'), CstudJrdm o ')UHllmento d,)') frdn/d'l ((lt::rd,l~ rl(>!a dl~rX'rsdC c.1o~ r-lIO: 'u,......lr,)S.,s =:1{1-
\jt"'ntes - as '''mina'. deJ(,ldddS (bolha,; cI(~ 'i.dt dU, rTlilfld ..JS rle Ol{'{) sobre a ,'iqU,l at! ).
~ orno vimo~ dpsdl~, 1Ar Itl<ilJtl I.1dt~e «- OnreciJl r,ropr).; -j, ,rie r('1r <ltor d ue v~nos r or PUS trans"
parentC'j, mas acredn,wcl <;,.' qUi' (' ")wtjrrT"{'ntu d.l'o ~or("'l do espccrrc Nd (rut\; (,.1.-1 ~ropflC'j.:J(jl o do
corpo refrJtor, mud"moo.i UO( d.) luz ( ouh~ ,I N~wt( n (19~'J, f-J. ",'1) JE",faz("- o knqo eqtllVOCO,
ApOiado r:v~ ê~rtos úe Invc<'!lf}JÇÕC" SISll'tI'JIII .d·', ele df,rrr ~rJiJ ~r} ~~isn) "<.30 r I)d'a ~ :or 1a IUI
brdnt...3. de(('Irnpúena t:>rn Slld~ P,Htl'S (J,)nstnUIiV,lS SlfTlplt''!' c3~ q\Jdl' , , ~,rnt!ir'ilnrJ0-~~ de 'l(JIJC
produzl-'nl novamcnte v br!IIKO Inrebr- [)f>nlOll'Jlrando qUI' ,) d,::.pc!!;) rf"'5ult:o;j d.-, lIarleuad0 dr>
QrnU Sdt> rf'tr;h, Ao d.l~ I <1h, ,j '1 (()lorld,J" que curnp(" 'rn d lu! br JrlCd. de pc.!''jlbllltl)L. a ~ - trad,} d,j!i rn.J
niplllaçôcs e dtt.'rições dd retr,~';dO no dornfnlo ~k ;s conff~ltO'l Objt'tivos. Nt}~ pTlmelrdS F',pcri"'Tlç'I~'
Nl~'.vton (olocou um pnsmrJ de Vidro Interc(>pldndd um raio dl~ ')01 que entr<1~ flUH' quarto ~ClJro
prodUZI! Ido o vermelho, lardn)" ,lmnrelo, vrrde, azul, dnl! e vluleta do espel tro oldr E:.!: dlspe's:'o
,ia luz pelo prisma Já havia Sido produzid,J Intenuonalmente por outros experimenf1dorl"1 dit~ -, J~
Nrwton. mas foi ele o primeiro a reallziJr 01 f"xpenêr( la ddl( ol"lal rie rr-I)rnblnar )S cCT>do )ç'~~ !n)
por meio dt--:: um segundo pri~ma Inve r tido, O fdt:'l de a luz brdnca ter sido prodUZida pela fí - )mr)l
naçjo levou·o a conclUIr que todas a'i COres do espe' tro estav'lm pre(.fmes no raio '":te sQlor 1::1a1,
r
:omprovando d formulação de Leor1ardc; ':)44, p, 188): '0 bnnco é o resultddo de OUtrCiS cç('-' ~
potene'a receptiva de toda cor·

DIfERENÇA DE VElOCID!,-DE:
FATOR DE DECOMPOSIÇAO DA LUZ BRAN CA

o surgimento das cores pela decompOSIção da luz branca está ligado à diferença de velOCidade de
propagação dos diversos raios luminosos. No vacuo, observa Einsteln (192'>, p. 91.
... se sabe. com a maior exatidão, que e';f,l ve locidade é a mesma para toda~ JS cores, POiS se
n.lo fosse assi m , num ec lipse de uma ('strelJ t,'I(J, por um de seus satéli tes opJ.tOS, não se poderia
observar simu ltaneamen te (com o se observa) o m ínimo de em issão pdra dS difprentes cores.
Estudando os eclipses de estrelas duplas. o holandes De Slner provo~ que no vácuo, a ve'oo.
dade da luz não depende do compnmento de onda de seus componentes, sendo a mesma tal to
para 05 raiOS vermelhos como para 05 azuIS. Quando uma das estrelas componentes paiSa pela
sombra da outra, não se nota alteração na cor da estrela Se houvesse variedade de velOCidade das
cores SImples. um mínimo que fosse, no curso de {aiS eclipses se venfic.ar,a neces~.arjamente uma
mudança na cor da estrela
Quando a luz se propaga numa substãnCla como a água ou o Vidro. a velOl dade 'jepe~de di'
comprtmento de onda de seus componentes, e é esta precisamenre a causa da decompo'irçao da
ltiz em diferentes faixas colondas ao atravessar o prisma Determina-se essa velc 'cidade dividindo 3
velocidade da luz no vacuo pelo indlce de refraçao O indlce de refraç~o" Iqual à relação (,'lSt~~te
f'lT'ltrp a ver xidade da luz no vácuo e a velondade de determinada faixa colorida (cor) aC' atrave~Sdr
:J -ne'- r,ef'ator Ipnsma, agua em suspensão etc).

Frequtncia

v..'locdade da luz pelo cornpflnlentc .:ie onda, obtérr ·se o numerO de vlbrãÇõeS do
..... ,. -_1.- _L d
r...:io 11,.rmnO:i.) num ~eqund", I~to l\ a frequenCld da luz De'iiqnando"e a freQuénC1J pelJ etra f, a
velO<: 1.)(!c I-cla le;ra 1/tE' o (.)mpflmento de '1ndJ pur À. t('remes,

f v
~

33
rN1KlO1A l.O

Incandescência
. ' . . . do c.a Iar do ':> curr'L-'
t-"~ ;,
Em a!td tem
Chama 'se luz incandescente a que e prodlmdil pela ('levdçdO , tO el'" onda ,:urq!ndo os
'-. ', - d ar comprlmen
., ti rd surQcm os dernt1l~
L ' - •

peratura, a partIr de 400'(, começam .1S radlaçocl, (' mill,


matizes denominados vermelhos, Num dUIn('nw proqf'{~s:>lvo d! tempera J I ,ql;eCido Indo do
I . . . n IC'~ jr1i"ffi -jr um rne t a '-' '
matlles, completando o f:'spectro, tdl qtJa ()Lorrc IhJ r"" ('... . ,I. é rr-"'lhOI exemplo
. - r c'\ 1 1(>O'"( A luz )0,1r o "-.
vermelhoaobran(o,quando dtm9 C l('rllpl'r,IIUraSUjl'fIO ~ '. '., r
de luz incandescente, ~.Jt"fJdd pur llm,l h'fTlpCf-lltHd ,IIHClorJldd,! rk ,'/')(1 I~" ' lOS dl_ Ir,tera.

Alem da luz e da qr,lVIUIt-.,io LlrliVi'f'"II, f:'xIS!(IrT1 Cflll l ' o -,;)1, .j ]r'''3 )OU.I: n _. __ . . d •
-, ," , , ' I . , l' I": r l'jJdfll/;Hf ~'n!F' Lrro! q.l d.J, 1')5
çao, A lerrJ H"'(t'bc tnces<'dntt"rf)I'ntl' dn <)vl cnrl"nte', 1.1 [,<lI.I(IJd I,. _ . • ,I
,', " ' I " .. ""1/'1 ní de n.:.1fl ;j~ (1lqIÕf' r) •,lfE''l,
el6trons, Os pólo:;, nlaqnél'll.m da !end, dl'SV!,)rHi tl (''.»,1') UHrUI 1. .. 1.:·· , . I t~· ,
" " 'A· '·'1 w'rr r - rr.':\dtl~ ~\Jp~~nOrf''S
prov(xam ~1S conhecidl1s vart.'lçôc<;do rllilqnel.l::'lno tCln-,<;tJe'. o r·H' rll rol . 1.1 '"
. I
C\trenl,lrnelHe r~)refeiras da atrno~lcr':l terrt"l';.tre. O~ rk"'/Ion' turndlft tJf1l1n, ) __ t. I :J •
,- rIr (. , la',c 'll.e·u ,>('
.J •

. . . , ' . -', I . t rp/'I l' ~urC)r : bOff.'dl:i.


,'tlCOlltr,)m, onglr1ando um dos mJI~ belo:, espl.'f'lCUk's uornatlUY ( .) n,j LJ - 'J' L_ .

l.t:'rtos fenômenos luminosos perrlldllf'l:eram lonç'o' rlnc.. (J~r(ac1os per II ,r jJ5 ~I: 'Jffl()!.,
... ~e que a ciéncia pudesse explicar"r\os as onqt'ns, E ) (]5(1 do fogo-fôtuú f- do fuqO..-f(! . 7MP/roO.
fogo-fatuo, por ser mais visível à none (prlnclt1alrnJ ntl ' n, :) noites mdlS t SI Uf l~, C ~~ ifer- -" co-
:umente em lugares ermos, f1orêsta~, l'unid;ls, ~J,'Jntar,,):, ".' ,- ~ 'miteno5 tt!ve ,cmpre urr jrár' 'r te:-·
nf' ... Jnte para as populações do interior. 'r3tJS:' ( t i ,~r1mJ rugc2 produzida tJl'la~ ~fr,~r .. :çüfY d~
hIdrogênio fosforado, liberadas pela d("Ccmjx)$lç,J( .X! SIJtl,,!;r'~ld~ or0ânlc 5.
Fogo-de-santelmo é o fenómenc hcc ,1,0 ·"m' et);jo o maior numero de dtSlgr"çOes
através dos tempos. Trata-se de meteoro :gnl 'r) V::n/DCJc1C DC" d(s(argas elétricas Ip.ntas 2fT' cx"~.:-­
midades elevadas (postes, torres de Igre)dS, dI' trdn)f'I! .. ,"HJ, de petróleo, mastros de navios. êlrvores
secas etc), por ocasião de tempestades. Também dS pc'soa' ,. 0S anImais, quando em lugares altos
ou descampados, podem atrair tais descargas. ficando 'J corpo coberto por efiúvios azulados que
se escoam pelas extremidades, sem causar qualquer sensaçáo fiSiológica. As descargas provocadas
pelo SlfOCO também produzem a eletrização de dunas, tendas e animaIS no deserto, fazendo-os
faiscar e crepitar.
A utilização dos raios luminosos é o úniCO meio existente para a perscrutação dos corpos
celestes. A avaliação de propriedade da luz das estrelas ou de raios luminOSOs manipulados pelo
homem é que nos permite avançar no caminho do conheCimento das distâncias e volumes cósmi-
cos. O estudo de cada raia dos espectros estelares, impressa sobre fundo colorido, fornece os dados
para a dedução da composição química das atmosferas astrais.
Segundo o diagrama de Hertzprung-Russel, as cores das estrelas indicam a temperatura que
as classlnca de gigantes a anãs:
AZUIS - de 30.0000 K a 10.0000 K
Brancas - de 10.00000 K a 7.0000 K
Amarelas - de 7.00000 K a 4.0000 K
Vermelhas - de 4.0000 K a 25000 K

A mais surpreendente pOSSibilidade da luz é a de transformar-se em elemento propulsor de


naves cósmIcas. Invadindo o terreno da fantasia, a Flsica abandona as fórmulas da Mecânica clássi.
ca e vé a solução dos voas estelares (para atingir a Próxima e Alfa da constelação do Centauro), no
emprego de cálculos baseados na teoria de Einstein.
A Física moderna conclui pela equivalência da massa e da energia, resultando daí o conceito
de enormes reservas de energia contidas na matéria. Segundo a Teoria da RelatiVidade, toda massa
de 1 kg contém a fantástica quantidade de energia de 9 x 10)3 ergs.
E~sa circunstância permite conceber <1 possibilidJde dJ exi~tênciJ de um fogut'te 'rcldiantc ' que
ejPtaria, em v~z de gases, um focho ultrapoderoso de luL produzido por Con ta de umJ perdJ da
massa, sendo desse modo propulsionado pr'ld rPJ~.lo r('~ultantfl d.1 emiso;t1o d(' uma torrente de
luz. (STERNFELD, 1957, p. lSb)
O foguete aSSim concebido seria capal de d!lnqir a enorme velOCidade de 299.000 km/s, ou
seja, a velocidade da luz. Isto slyrllflca que só conq,"slaremos as estrelas quando pudermos deixar
para Irás, em lugar de nuvens de fumaça, um rastro lumInoso, navegando numa esteira de cores.

34
1,1:' 'J(/Io

A polt"f), /<1 H1C,HVk',1 "nt'· d.:] Ilu f!n<.lJn!rd ~lIil to:,frn,j rndl~ ,ll'/d rlf.1 n""rllfc,td'• .!J(J I,'} f~r,')
fTI('flO ,1,\ f.cJdff);Jlivlddrj,· ldl ',-I' !I~,'.. ;i(l
lPITI () p()d,'/ dI' r,j·/II'tI'lr O', <orp!'/, (jr~d(()', IfflIJl'rtNr"'Jvo:<!s i:f~
r,ldl.l~C!o-·'-, hlf(HflD').I'~ fJJrrllJI;S, A d";1 'lb'TI'j d~1 [(ldIOdll'/ld'Jdr. ur1!fl' ·~,I,' li "Hllt:fJI'lr,do {) ,Jt'..-nVJ ~dl
rl d(~,l() dl· fl(>IJlrcm'. j('nlt)~ dO i~.(,lnp<, d', UI,)fll\), ,-,l,nu,]~ pOII,r; par'.! ,IJ;j ;JphCjç~ :·m ql ... a~,(' tuj,)";
')~, riJ /110S 11.1 r j''\nCl<.l ~ ri.} t i~C nic, I IlJu irn it~ç, SI (,k ]f 11, I, M, 'd Ir I n.I, r r Ir· 1,"J IIj HJido ~jl~ m:lJ Ir IH ' j 1'1 ( ).
t 1, )\1·1:, PO' ~Iblh~ f;JdC", '.1>:' ('mp,r."j'; (11:.:. r '-iIV) lur n'lrlr.. :-,.,', ')lIrql/ <lrT' c:.-m ,1 dl~'.f (jb€'rt<J (JrJ;' r,)10
la"('f A 11/1 horn(,{l~n<':J dn 1.-1'_", prvlllildd fJ/:lc rlJhl dll'ldr!O, d\IJ";d ,J 6fJ(XJ" . P:'f,f;"fr'if'!/ju fd f :
mel I f {~ OS (IJrpc/; Ofj.j; '), C .-H ~ n-,(':':T\C Llr!lW'd'; d. dl~O (~Ud :ijJlic. li r,if) n(J', tJbf'!rjos fdfl"lf J~, rj.ç- cW'IJ(JiJ
(fI' hlHll?lfl,; ,~, f'{~"·~i/:"I por :cr ,>t,tUJ!.lrJa (Off) .jt!vJIIJI,J fH('" j";,io.

Lumlnesc'ncia

Chdn.,j_"_' ,(~r,:lcJ d r'mie,s,jr; d,e luz~ell) iflC1ndf.",{ (·'fl1:1<1 A lumlllr'ff'f\I i,:, é <l pr';rJf!Uli;ldro
ItHTHrlL.·
qlJf. OlHn('rü'idj 'Julr,lân(Ja~ tt:rn IlI: C'rnlflf li!,! ',b C- ,../r.\tc.; 13(> UrrtrJ 1~)'("lrdl.,Jr) 'j(1 1')<1 t'/'Jt;,v.iJO (.
Illrnlf!O'ii1, pnn l fP:JIrI1{'f te 0nqln'ltj,} por rrll( ,'., I Jh r '1'/1( II P1 1J, d( ·nurnrnd'p fut('Jlum!fl(,~( t-n( Ir) OlJando
o II'ntl/rlf'nn (omeç.a e rl(dbd lfl',I,jfl!,jf'l(,Hj)Pfltf IllnlrJ r.:úrrl r1 '.'I.(ll;J';':'o, .hJrOfi se lIuo(p','pnrifl Se
rr kH )Ifl'~ ld li ma r('rpar ll'n! 'I,~ ·1 rJÓ', ,j C(le S.,ll" in ( Ir J f ,·,tlr n, I lo. fmturp<;ct:nclo_
Luz fltJl)r0',cer.t( !<' r.l i1lrl'r~(h P(JI (('nüS iüfrJU:' qw tt"m a (dpdr-Idar;lf do trdfl:,f(:,rrnr:lf a hu
pur erf~'; recpbidd er11 rddlcl(;',JO d.::- rrlJlor cf)n1fJllrnenfo d~ unu,) t urn.j fc,tolfradii:iç.j() qUE' (f'S~)o1
pra rh ,)rnr 'nt(~ qUdodc (kiJI::J (1(.' 11!j.J 1 j enl'(1 11<1 r, dlan tr inc ld~n tf" ()ua ndu o'.. éitrJrnús dI: umd sl.Jbs-
t.'ntc 1.1 thlúr,'Sc ''''''nte sJo dtln(jtd(js por t(,lorl~ dt, tI""'lcI rdd!d(~d(, eletrürndyn~tir':d, ~j Cnf.:'rqid reu:.blrJ<3
(.. Ir,JrIsfcrmadd j ri~ "'mHuf/i ,ob ,I turma dr urn<l rddia(/10 dt" (omprírnr.>nto rj(l ')flda ',llp~nor dO
<.1,1 rddla(,~o inejdl?nt0 O~ (()fpO~ flU(JfI:S("'Il!l~', (qUf:.' puc;sucrn fluróforo), ~ob a ,1ÇdfJ de rddidçôç:j
IJlrrJv1olcl<l, fvrneu:-I"T urna ~mI'SJO d.:, lu! visível, rnultu empr~gadJ para (j obtefl(.:ío de efeItos
IUrn1rlOSO~ no ec,çuro (j(·nomlnndOS dI' IUI nf~gm (hJ7 de wood). A fluorescênCIa uhtldd df~)te morio
permrtl' ri (flJÇ,'jr,) ;ff' I=.'felto~. dl_slumblclrltf:'S ou frHltrlSmag6rie(J') puri:l as artes drTlrw:ntal. (enogrC:Í-
flr ri. vllrJnisth ,j et r A luz ultrrlviolerd é mUlto U~drlo em aflâlt~ps e pe\quis;j') de prupopdade dos

f.orpus (' na rerar1d. As JJrnpadJs fluÜrp')(f~ntPs uSóda') nd ilufTlinaçclO 'l;}O 'ubos de vidro contf?ndo
\!dPor(") d(~ rrtt'rcurlo r) btl1Xd pre5S;JO (: r('(OU('rl0S Internamente por umd cdrnddd de 5ubstàncía
fluore"iCcntf.', ondf-l se rroduz uma dt";rrJrqd pJI')l-rír:J por enf'rqld condullda do exterior As radldçôes
ultrdvlnJ€'td Ollqlrlddd') rios átomos df> rnL'rcúrio no interior do tubo produzem luz Vl'llVel dO atlnqlr
rl~ p,iredf''': qUI' contém nuróforos,

Fosforescência

l ,) prl)pflt.',I':Hk que t~rn (erto~ corpo') d,; brilhar n<'l obscundade, sem Irrdoi,H (dlor 0-; corpos
fl)~,t!)rl''i( f 'ntel, torndm-se luminosos quando sUJl'itos d frtcção, d elevJçao de temperatura, ou d oe\-
. 1r9·' eletri,a. ,em que hÔJd combult,ío. A fo,ft>re,cénCli! é Uln<1 fotOlrradlaçdo quP persiste durante
ü/': ' IdpSO >jc tempo, riepol'.l da (f'SSdÇ;]O da excItação, podt:'ndo mesmo subsIstir durante vaflO~, d,a'.
flC-~ c:ulff'tO'l dlcahnos IlUf' sofrerôm rürtl~ lnsolaç.ão_
~0S orqanlsmos VIVO.'>, (l prodUçrJO dI' to)(orescéncla é devida a órÇJ,JOs fotógenos mUltOlner-
feic.. oado~. C(JfT' refletor. lente c obturduor. Fia é encontrada em diversos Jrllrnal') ddS profundezas.
m.-:mnh<l\ em p,utt(u!,Jr ~(lixcs e cdJlópodes, P em dlquns insetos co!eóptcros, como o plróforo e
C; plfllJrnpo. Lrn outros ,-tnnndl'" em Jlvl':rso'; protOlOjf)OS e bddéri(l$, em (l-1 rlo<; OVOS r em certd)
pIJnl;I), ,1 IUI (> "fnlttd,] pelo conjunto do corpo. tm todo') os lr1S0S, tratd se ôr' lu,'Y In.'!, qcrJlLl prl.]
lonqr) ,)1 J./ptà\,',1ü dd e:)pécie .JO fllt'io ()ndl~ Vive,

AFERJÇÀO DA LUZ

Para <J!t'nd('r .j nCf·-·ssldadt· de rnen'Jur,-lçjo do fluxú lumInoso, (nou·s!" (! toWm1?tTld corno uma
,-'specldlldadp d,~ ÓptlC,(J A Uflld.Jdt;., dI:! dl.HlllllanH?nrO dclul,!dJ mllndldlmt!nte peld fotometrla '~0
IlJX htt' corre"Jponrlt~ à CdPJI Idadl: dt' IIUnlHleHT1flntr) uniforme de U1llii sUpC'rfiC1P I-'land da ;Jreél. de
urn mt:'tro quadlJdC sob a clçào dt~ urn fluxo luminoso ne um lúmen.

35
" •."" 'nte '~J:r(>J'd(!>c1·-·,~501orr''· OV~fQhumu 'o' f~Oflt;a opçm('~ ~;m!n-_'!
mtrOW'ime' 'los t ~ /TI,'V7()Iet", (J) S ;n:'1! ~;';; 'JC :.:!:- :..t! um J<1a? ~-=''Tl. ~
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1e '.ss -, x; J~n ,rn JC" .~:J 'C 'r;-,trc 'F 71 .. .fh ..~t-~>Ó J fTlJJ ~, Itrxp"'UO I ~~ )/. Ir: )(f",J.je ~':,6

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fi .:~n;)dor • \fj ~"4jo.~ J ''1L r..,J (1/.,'0 t.-•• S(lI

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A I,' __ .... --", d ·e·:..uJapor:;oul'_,p~ (1'1 rI,.uoquC'n~r JI , .I '" ~pe rr. ~Jo. mrr! ~n, , ~..; ',.. ..~
~_" J ·n [ Af/": {c.. T'\t"Cr,· :..," ab', ,'~" I 1I ... 1Usadr - {Jt,.J Jt>~.)/. jr ~,' yr(; "lpnrr· '{ 1Cju 1a It .f , ,.

com ' ~" :; n~~,,, do TI ~o5,'?'a !>01":f (faio,; de Frauflho:.~' I f' 11 l·mr-~{i."O 'e 'r!S(ff" (r, ';~~ tplufI

RADIAÇÃO SOLAR

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17
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' r .t )ar ..~"t _ '1:) C.uE '3r gE' à

edl>tdçaO 1a~ n ,..;: ~fec,t...;cX>c ia (I,C" :I~ JI.. mo , t' r~ :- [C' ]vr: dé rdC:; Id. XIX:\" t:; c:.nuralS
AfOF "Cc oo6~ lá"r alcUl~..dl
.'_Jal c C,,~jl,' ;~"I~~ '. 'ú;cs",~,."e") J"OI-:'" dE longa
Oo1S rrgl~S <~I~sal' e c; "lal'I~,r. " ,>rovldos at). a . I <'lf' 'I d' m"Ji"ca,ões Indls
t3t'lh::· ~€,I€.·:", (' k õdap!'l)dO dO meic ~mbpr te r ; (,r c.J QU.. • .
j:; n~....:'Ic· J" 'cbn: :"'iv~n( J ja e~pe( e , . '. .
I 'drc ec n l.;rJ c;.!;VU 1:15trume nt') tjp jefr's3 10S q~.,nCi~ c.;r l:nal~ OIS\. ern~r o que 05 cprc,a e
lilgar a" po: \.t '~IC~'jc< <J\"lrav"i~ p ,S ldvE r\dl Ja lo o nlc" da dé'rlçao rjo arT'lQO ou do nlmlgo
la '~p( ,e ( , j, maiS trlJao' j(,s ser>t"ks de,er pe~t>.rP d r;e'rr a fUllçlO, por'?!" de ;na~elra In-
lmpar'l\' " eele 'llUY.lS ~"'csa e ba~ tdNe mal' imperbta 'i.'l",ent~ o olre ~ capaz de InforrT'ar a
,:: !~r la, d Jlreç<i, ~ a for -a dos c'bleto~, 6d~,ta dliC r que 'odú o 'onhcrJmrrto t>umano relatiVO a
, ,edlc.: de li li t<t.<: " do micro ~ú nlde ) ,.'lIUME' corr "rlmento. ar!'). pe'ú, dist~ncja, velondade.
n:· '1:,:: ....:::"p l!,..iTl:F'l!.. :.3,' )( etc.J, tE""" Ci .... J orgpr íJr mrtra r,d perc€'r-~áo vi!.l..dl.
,,"C'~ V' _JO lê.:'?'" da dos OU!")S animaiS não dpe~as em riJdcI de quartldade, mas principal.
~ert>' co - <11._'. ~jl Ela ~ r'ladJuvada pelo cé'ebr'l, o qu~ lhe dá a POSSibilidade de pro)!'tar nas
",; II c:;-~r\()(" dp cesSO', sontvJI, povoando v univer,o vislve' com elementos de beleza e
";)" tua":~c::,, p"l>,rios ~5 ,,~piraçõe' humana' O cérebro realiza permanente trabalho de ~vdlia
"J<l, lnal . c ( cc rrrç.;c 0.:5 .",a'lers '/'luJIS rr-cebidas. 'di rorrcçdO { feita em estágio de pr!!' .c onsc.
_n<.: r" x ~ ;da ;)€'0 "cervo d" nOlsc~ ccnhe::w,ertos relJtivos <lO mundo obJet.vú.
A ir -:J la P<J;>a('tCÇdv 'C'tllJrea diluz e a <.I", ';Ja .dentldad~
com a Vista foram OI dadus prín-
~~:: ":'" t.::b 1a Artl<:jlildade pará o (jesenvo!WTJ('flto do Optica Durante muíto tempo a vlsáo
CX~
f<.JI ,;; llla pda tecrla do: 'aiO! VlSua,>. sequnde. a qual des olhos err'anam luz!" q J
,)~ ob;-tc ,,,.">ter táculc. As Vls,ve',. InlilJçte- . qUt)Ot"lm 'j<.>. ,~r .~ c', _d-;:, ue Ôpref'n( em
'llhar
exl.' têr .; rk ',.lI,
" r... os. d' _,m'
come. i hJPIf,t",cê'lCla de, clrÜ'" rj,)S animais lo as como "rova da
, úO' noturnu"
~ 1.Jlfic.dlidu C~ '-lIC .. rjo Olhar, PiJtdC afrrnav.::::
Os deuses agirclm rifo rn(x!o qUt· o i~(, que tnzemo$ t'm no... .
seta derrclm.llJo, punfl(o;ldo, pd()5 olh(~. flue illf'ram (00"11'.' lr"c que e M>mr·lhdnff' cl ,Ul (O
• - < :J d la,
,

de retC'fem a parte mais brutal do fogo f' ndo O dei:yrNn pasSdr )J, dmormpntp
_ . . em se u (entro, cl ('Im
IVAVllOV. 1959, p.l SI n.. " 5('r PnJ "'lado de purezd
;';Jn deferdr-rl tM"" do: ra lv5 v'sual~. Dal' 'iâl) de Lari,"" W a ( "
. .; cf zla que, COntrariamente
JI
=,
aos derTlals órgãos dos sent'do: a forma de cc 5: ,)Iho~ rlO é oca - ",ele') sao esféncC6, prcv<;róu
que deles emanarTl raIOS uMinosos'(VAVlLOV 1959, ~.1 ,), Muitos séculos de;J0r~.eo~~rd() d3W"',
1944, p. 91) sem abandonar a reo'ia dos rdrOS vr;UOIS, ma, col~ndo repares (" () ?Iho rlo pod,>r13
enViar em ur rc~s sua potênCia visual a altura do SoI1, descevena o n"ecanrsfl"O da percepç~o das
rmagens que, em seu conjunto, está bem próXimo dos conceitos modernos
A atraçdo pelos raios VISuaiS marcou murtos esentores e poetas do passado, cré ber,' pertO de 'lCs-
Julio Dinis (1962, p. 110) não teve dúvidas em recorrer aos seus encantos, E'm As Pupilas de 5er.,'>J, R€lr.1r
Clara, adivinhando-se objeto daquela Inspeção minuciosa de conhecedor e entusIasta, nào ou-
sava erguer os olhos. Dir-se-ia que, magICamente condensados, os raios VisuaiS que a envolvlJm
daquela maneira lhe tomavam os mOVimentos até mal a deixarem respirar.
Aludindo também aos poderes e à força simbólica dos raios vls,;ars. >çô de Que'foz ';lei.I'
1.054), em O Pflmo Basílio, escrevena"E como a od,ava Seguia-a por vezes COn" um elt a' ,ão rrter'
'
",mente rancoroso. que receava que ela se voltasse subitamente, -ame 'end:. pelas costas'
HOJe, decorridos mais de dOIS milêniOS do surgimento da teoria dos raios VisuaiS, a coênc 3
3Celta que náo apenas dos olhos emanam luzes. mas também de toda matéria ':<l10 v~lor <"sre'J ~c
ma do zero absoluto. Os conceitos atuaiS, eVidentemente, diferem dos da Al"tlguldad", mas f~e'"
re-.saltar a ntUlção do saber antigo.

ESTRUTURA DO OLHO HUMANO

os I")lhos t1om!nam úmã area pouco Infenor a 180 em torno da figUfJ hUfT ~n.3. 1. .)r~' :t t·r'~:::) v~
ré.;pt3r a: lMagens que nos cercam, o olho tem forma esférica e seu dl~met '(' c.tlJlY€ cc:" :) :te ,,4
n
~m na'.i r~'S~oas adultas. ~ revestido externamente por um espes~o invóltJcrco br.:.;r",o, GUc c :'fot
t,e, a c'.cler6t ca A córnea, a parte da f'ente, é transparente e convexa, (om uma c'P<'<:,l.r> le C <
rr'lF-' clprc,xifJl.adamenlp', atrás dfla St: ac~) a (:'jmar;) anterior do olho, separajj.i C, cAr-,tlrd posti ';K>f
por ,ma Irnr'--, c- (- stahno. A frentt-~ do crist,ll!r'O er contra -SE" a 'ris. de tadil de u;- crifn l.' que fUI ;(11,.
~3 cemo "F.:fraqma, Ilmltar'de) o fei)(p de rdlOS lunlooso!' que pt"nc·trJIT' '-'0 c..!: o.
A t~c.e mte:"la da E''j.(~~r6t\Cd é forr aC'J pc la cc roid! )r'"'titL.~d...: por \·.~~OS sanUl !rec~ QUO au..
r~,,;>rtam o 0thc' ''''',nde s...a 5llpcrfick' CII f;"rior ,ev~'): ';,1 fXlr 'ma m~ mbrar\.l tot0~Sf""l1~!Ve1 der .);-ira
da retira. A. It~tlr, compC: -SfI oe (~tJa5
:lm,ildd~ d ( 1rn.JC Juper:cr :V, , piomeNar. C d :r.~!,.:rlc.r. ')\., "'er
vosa. qL.e é jm de: .... nv:)tvlm( nt~ 00 ",(.'"'V:) r')Ptit. ). NJ )u~ffK ~ Jd ret.la. r'0t,J· ,e :I div:XtO Je-' duas
~rea!o composta~ pelo::, c"er-"el"'tos .undJr"'ef""tJI~ (jJ p('r~'_'~30 Vt~ual. JJ conr;s e ')~ ba5torc,:(I"

19
!" ....
.~"".
'A

nf 'v(':;5 CPfV"mmadas
A parte central da retina, ou fóvc:.: n Tin 31 :I. t. I
- ", r'"
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'--. -:- '1l


-.3!', o') r~~rsávels
j, rr :::xes, sensíveIS
cones ,- devido a sua forma. Os CC" em r.. n ,.:- ~ j
" , "c'na, há urna
p'-'Ia visão colorida Erwolve:-·jo 3 fe.l. 3. '1C
._ -\€'li0 à locali-
as Imagens i~m prE"':C e brau·u. '-.lo fl ir ,_ '( r
,nrerrupçáo dm cones e ba',tol ti ',I' !:
- bro,
Z1çãO do ner.fO ÓptiCO f oc '.
'_ 3mbler-te
A retina tem capari,t,rn (. :1'- ""n-amerto
If'zes em
.
No escuro, a sensibll-dac" J:
. Jos cones e bastonete A;l' moroso,
comparação com sua ~ , .:b.,c_ ,
'T1 plena
/cva mais tempo para (ld.:;~ :. ,iP vezes.
''Scundão o limite maxim( II .~efalljz
A parte externa da " tir J )[~ ::r:ar·se
que chega aos cones e b~ ,-,_ r .. r/osas O
pda passagem lenta do p!..J'
~IS possível expostas à fn( I'
'mf'OO da
O processo de sensit): "
1.. T t as de-
vIsão. Para explICá-lo, há dUêi: ~ I -,
r ulo capaz
rivadas da necessidade de E'...... ~,~
f '1rial é a lUZ.
de desagregar a moléClJl' u d-
Na primeira, ela seria fator d~- ~'r' _ f~~~

VISÃO CROMÁTICA

o olho não tem capacidade para suportar a luz direta do sol. A variedade de tempo de estimulo e de
intensidade luminosa provoca um grande número de fenõmp-nos visuais. Num cfarao excessIvo, o
olho perde momentaneamente a capacidade de distingUir formas ou cores, Quando a luz é demasia-
damente forte, produz o que chamamos de efeito de deslumbramento. Algo parecido OCorre quan-
do descansamos a vista e deparamos de repente com uma luz colorida qualquer. A retina colocada
em repouso, permanecendo durante um período prolongado na obSCUridade, tem sua sensibilidade
intensincada. Em tal situação, o primeiro contato com uma luz colorida, de qualquer Intensidade,
poderá causar-lhe a Impressão de branco (deslumbramento) durante um breve momento,
Olhando-se nxamente uma lâmpada forte por algum tempo, ao fecharmos os olhos, conti-
nuamos a ver a Imagem luminosa que, aos poucos, vai perdendo luminosidade, mudando de cor.
Este fenômeno tem várias gradações e é denominado impressões consecutivas ou imagens posterio-
res (positivas ou negativas).
T~os esses efeitos estão ligados ao tempo de saturação da retina. Os diferentes graus de
saturaçao foram estudados por PurkinJe no IníCIO do século passado reveland rt' I 'd d
°
d comportamento retlnlano
G h
. . .
diante das cores em diferentes tempos , d o as pa d ICU ar! a _es
oet e, um dos primeiros' ,
a perceber a Importância desses fenômenos de d' repouso
-Ih e e saturaçao.
do. demonstrando a tendência visual à totalização cromática. ' e ICOU es acurado estu-
_ No que se refere aos dados fisiológiCOS da percepção da Cor c '
duçoes de Thomas Young são hOJe mundialmente acelt P I ,Om algumas variantes, as de-
. .
comparativos e a!lrmatlvos, as, de
a elas estão ligados os nomes e asHer
contribuições e d es d o b ramentos
Clerk Maxwell e sao conheCidas sob a denominação deT . T' mann Von Helmholtz e James
c (earta ncromática
Jegundo Young, a fóvea retiniana é constitufda por trê é ' .,
capazes de receber e transmitir três sensações diferent O s. es~ Cles de fibnlas nervosas (cones)
,
pnOfltaflameme à -
açao das ondas luminosas longa es, d primeiro grupo d essas fibnlas é sensrvef
Ih ' s e pro uz a sens -
verme o, prOdUZIndo secundanamente as sensaço- d açao a que damos o nome de
'I '. es Overdeed . I
senSlve pnontanarnente às ondas de comprimento médIO o V!O eta. O segundo grupo é
minamos verde, e secundariamente às ondas que P d que prOduzem a sensação que d _
Enfim ' ",
I ,o terceirO grupo e sensJvel pnontanamente
ro uzem
I as sen saçoes
- de vermelh 'Jeno
vermelho e ao verde. ao VIO eta (azul-Violetad ) .0 e VIO eta,
o e secunda na mente ao

40

W 71 ,~=, 57
'r~ 'It,X)X"

Quando 05 três grupos de fibrHas 0;030 estimulados ao mesmo tHnpo :orr uma f'flE'fgid dpro-
'x:lmada, produzem a sensação do brancu,

LIMITES DA vrsÃo
o que GarW1r1 chamava df ~,l'leç,)o ndtura! 0., dflndl(11.' cor,Ia'" a cdJ,;,no..jrk· rjp addptaçjo d~ de-
termmados organlsmo5 ou ôrgâos ao meiO, O olho li 11m 6rqd r) rf'I"l i'/amentp t.Jprn rtdapt.,do ao
meiO, ou <iejJ, à luz solar_ A própria (je l lrniL)r~dO df' noc,SJ perr:.~pçdO Ji~,IJal (do 'tiOlr'fJ aI") 'wrmelho
espeLtI ais de 400 a 700 m/-l) fOI a forma <11 Ir> o olho rlr-"'..r·nvoIJc·u p"ra prutP(J('r i; e-:.~jf:> di certÓ)
radlaçõ~s luminosas.
O olho nos Impede de ver abaixo de 400 rTIjJ para ('vltar os efe!to~ mdl~flcos rja7. .,r/p' qui
micas destrutivas das radiações rie ondas curtas que por Veles chegam a mai2lr os orydr"fJ:.rno5
vivos, As lâmpadas bacteric idas a vapor de merCÚriO são baseadas nessa propned"de d€str r Jtr/él da:;
ondas curtas_ Provocando calor artificial, 05 ratos ultravioleta de comprimento de onda dprol!rr.'::'·YJ
dos 250 mlJ podem cegar, se os olhos ficarem expostos muito tempo à sua açâo_
A barreira levantada contra esse perigo é o cristalino que, absorvendo esses ralOS, lrr,~e ql__ fl
eles atinjam a retlna. A função do cristalino não é apenas projetar a imagem na retina Ele ;Uf1( Ofla
também como frltro protetor, retendo os ratOS lummoso5 de ondas curtas. Retendo fortemente os
raios azuis e violetas, o cristalino contribui para diminuir as aberrações cromáticas.
No outro limite, do lado dos raiOs de ondas longas, a VISibilidade cessa por volta dos 700 1Y1~,
Impossibilitando a visão dos raios infravermelhos. Como todos os corpos fracamente aqueodos
Irradiam luz Infravermelha, se a retina percebesse essa luz como luz visível, todo o processo visual
seria Influenciado pelas poderosas radiações Infravermelhas produzidas no intenor do olho, tornan-
do obscuro tudo o que se encontrasse fora dele, Mesmo a luz solar.

12 Esquemonzoçâo da retina humana, oparecendo


no centro o ponto cego (focalizoção do nervo óptico)
e as regiôes da fóvea, onde se desencadeia
o processo de sensibilidade cromática.
Ao redor, os bastonetes sensíveis
às Imagens Incolores.

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41
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~,)/t ,rir I:: (rr'ldm('nll1 v prc ç- ., (urpo. seu~ uterslllos. ar '1, ~ e s~.. rt:,oe , a ............ , _ . I.
, SJ c.iÇc:.:o ,)[11 :ma tc'-'" m SI u c,erml dê urna InCipiente Irdu,>tna qUlmIL~d, quando e e e~
',.,qo ~' tUi. tlor~" ,,-"'Cc te' Ic.,.ent,,~ orgánlcos [ terras lvlJntes corr a flndlldade de colom,
• )t;c',JçJc (' I, VJ a ut 1i7.11 matér"s ,Ic nadas par" nngtr de preto as areas dpseJadas, A queima
C~ -'ro~ cc'pc 5, r'" úflÇ.C er "Ia~c. a ("mos, para obter um preto maiS I nte~so, Já revela uma
E'~v"ã" d( ~:,",I têcn'co e c.c,te'r Inado grau de espirlto :tentifico Até hoje o preto usado pelos
~IN"''' e r>rc1uz' jc d~' ,S:<,a forma, pela rale Inação de matérias orgánlca~
li l' '0.:: <; .orpllCd-<t' ( espeLlaliza'~e quando deliberadamente ele busca nos óleos ani-
mai..,. V;\J(t31.i c .... rn:~C·Jj .. o meio de fixar t 'sses corantes. Num acumulo permanente de conheci-
m, ,to, enl 'lcece·',e ~:'~ ubjetivldade e a cor 'ontflbUlrá para abrilhantar-lhe os atos religiOSOS
lo" p. ,,-'C .~' cc mC"'ú:-JL"," guure"ú~ e fúnebre,. Como elementos útei, à ação social, surgtrão
;" ,'rl1':" ,Ire xi,.)", crLln jttccs dando a .:ada cor um Significado. ASSim como varia o código oral
u<"S pc, "p:'mltivc-. tar'toem lS L )res terão var'ada Significação para os povos em épocas dlferen.
te _ ~1,...!rl:iar "j ,) X" ve.::.':-'!i r~r~d analoQla.
' -
I lC :' IC r''>grc ,5IVO da forma (traço, desenho) na expressão naturalista de sua pintura não
e-'~ d~',llJadO les ,Jnhe: mentc., gerais herdados ao longo de milêniOS O
o Jem;T)te d...l c:,.c . mesmo acontece com
"ulll.[e , nc"pt"., '1 homem Ja conhecer;! a' prOprled 'des do b d
d
(~S dtO Slid ~Udrr.3 parei :J lt·ten\.-30 di' determinada',
' COlor,3çóes v arro e
e I/Itflflca _. a argila .e os segr'
- , e
,I vJ!"\1vel crer"d j(j íXY.Iel maC1:i ) da Cor ,'Ie dom ' é _ , \.oes. DepOIS. ~ervlOdo
11 ,ara a t (nl(.j da tnou t.· " _ '_
dt" d~ 'fI510~~r ,] CC" UJS p("~k~: qlJe> Julga preCIO':lC 'I ~ açJO, maneira prJtJLa
, : , I ,
d
- ~,t! I on t> <.1e 'Cja da lddo d I
c
gan ~ pc~tel',.1ad0 ~ 'ff" iC.l da pinturd 'lfw5CC' "m 'lU" d' I' " o ma eado metal, Le,.
. . ",mp ICltlJd0 ti '
p''lrr,'nt" PO',s,bllttilra (' ",'Iagro 'M: qrande, ext~"""'e' I ~ , o dqUJ como solvente do
.-,,, nd I - ~ '" \.0 Dr h .l<1') .-j05 lumul
",,·UI C lO a~ para fi""" tCI, d ~gua ""rá ainda ú'" I " os, templos e paláCIOS
. L' d· v('ICU o lue;Jj pdrd o~
05 Ivrc» v~ mono:- e os nCtltos d,v('rso'S. InaLgurdnuo d ' _" .' Corantes que valorizarão
gUJch~ e da h'mpe' d s técnlCd, da aquarela, da aguada, do

44
De um fazer geral, a espét.. e Indlvlduallza-!!. )urg~m m
gênios do trato c)m a '""")r.')s mural ...
atrtbuídos a Eurnares de Atenas e a Cimon de (leones lniCla~ a época da d)(ensão dos .......~I<Y. ql~e
suscitariam o aparecimento da grande pintura do século V ae Com Polignoto. liberta· se d plr,tura
do frontahsmo e da posição exclUSiva do perfil, mostrando os rostos de três·ql.lart~ e de frent&">
buscando a representação dos estados de alma, que Ina influenciar tanto iJ pintura de V-3SC 'S come
a escultura decorativa.
As sombras estudadas por Apolodoro abrem à pintura o caminho da representaçáo dos v<'
lumes e da magia do claro·escuro. A téCnica da encáustlCa, descoberta por Pausias, posSibilita na a
preCisão das nuances e o surgimento do modelado que valorizana as cores
A cor sena também utilizada com mestria nos mosaicos bizantinos e nos vitrais das catedrais
gótICas. Mas todo o saber da técnica de utllizaçao estava ainda mUito longe de poder (nar uma
teOrta que explicasse CIentificamente a cor e os segredos do seu emprego.

o LEGADO HISTÓRICO
A pnmelra Visão de conjunto dos dados que levdTlam à criação de uma teona -jas ccrr-s .,eve--!€ a
Leondrdo da Vlnci.
O que se convencionou chamar de TeOria das Cores de Leonardo são as formulaçõcs t""'ÓrKd:.
psparsas contidas em seus escntos, reunidas postumamente no livro Tratado da Prntura e la P-]isa·
gem - Sombra e Luz. Os manuscntos uttllzados para compor esse volume, pela diverSidade dvs iI
suntos e falta de registro cronológiCO, fazem supor Que se destinavam aos dOIS livros mer ,Clc:1ados
em épocas diferentes pelo autor
Com referênCia ao pnmelfo, encontrou-se a seguinte anotaçjo: -A 2 de abril dt' 1489, cc-ecei
wn livro Intltulddo Da Conflquraçao do f/omem" rudo Indica que se trJtdva dos mJnuscrit:-~ sobre
úptlca e An;Jtomld O segundo liVro, com objetivo mais ambicioso, fOI "uJml_\,ldc em Flort'nçd, na
usa df> Brd'~CIO M-irtelli, 10m '1.2 dt" março (h: 1)08~ spndo·o (üniunro ,l, ·sordrn,viC" (te multas pa
~lfldS que (OPI"I 'om a psperarl!yd dr! I l..w,lfICI 1,)5 em S('u luqar. sequndo d mat~r'J de Ilur trdtam
(..) poi~ te rlho por -:o~t!Jn·t", E'{ rever cnm qr clnd(l<j, Intervalos e fr,lqrnentl) por frJ(Jmc' tv- (I)A VINC l
1944, p. m.
Embora dS preo::ur.,:I',I)M de L'onarlk.. (:om a ( I)r Id .·"Stl'..·'~C;:;t·m relan)nadas a ·lelT'enros dd
ÚptU.• d. da FíSICa. d;J Q. ;ÍríiCd ,.. J.] r ISlolOtj ido I')'i e~ r 11 ú! ~(' di' j~)ldm fundamer·talnlent(' aos plntorrc;,
os mdlOres inter~'>ddo~ p(:'lo dS5unlO nd épOCc1

45
PlleMI',.,..,', ( OI <;fN"":'LV!~\rN") O.... 1 (()ftl.....

d os em partes,
td:l c oplÓ
. . : /) '" f(lZl.) s.">ntir dur~n~~a~~'~:'; ptntlH:1 Tról',sformadOs
A influencia dos escntos de Lepnardc J "jlc. 01~ rfl' strt.. r .
l . ldNl1J"~ I "a ~ran<.a,
l
, I .
circulavam pelos ateltes lta tanos a IglJrlS do) COfl .
. la el- t" I·1".1'r'C'
, ,
l
em livro, viriam a ser maiS tarde o rnanu aI da I=',m
._, t ('-,'I' '1e m ,~rta~. -'. ,1-.11; )l
' 3(l ''1"0:.- fre,;,... c el:Ja . Em
A primeira edição do Trarado do ;111 'i",; t ~'I k )C J, ,u: .Il <lrdl 1":,1 7), I:Jcna
i
')omente 132 anos após a morri di I ,n'Jf(.. \ t i " ' ' ' . . l,. :L "I(,fllel Mas
J 716, uma nova edIção franu: - (C
d I,'"
" F
~. ,.r .t/IO -'
'"("I-
!/'\Quas e a
lançadd a edição Italiana de MM\ '~, [11,
:;l verdadeira dlvulgaçáo d,l 01:, )
'Md,1r <jf'
publicaçâo de frJqmento', L'
;~ fJ ç.,dd d
A cunosidade unIVE'r~dl ~
rltr):..,
qredo sobre seus conCl..~itos, !,
esqLlerdJ, de tormd que ',,)r t )I"cep
~ ()~_ I prr'
O desenvolVImento d,·,
·. Ves e~tétjcas dos tempo~ me rei púrltlJ
ix:.~ Agudas intuições ávd,:, .I UTld,

pa\.ffico que a arte é vista ) "1,".. As Im '),

Nutrrr-se nas cultur2l': lr c a cada


a hf>rança cultural é aval laCa ( :i r rPCOrf\·
passo o patrtmônio herdat_. l.).::-tit.as, o')
pensa ao esforço do espiritG. N\ n • nas cons-
dados filosóficos, científicos e t, - I( " ._
j , , contrrbuíam
truçôes arquitetônicas e escultó(,,- ) ~. .. - r " "fantasias.
· - ,)f. l )\,., • .I' ,(,.. _... ..J
para os mais variados ramos do contra I Jr!<' c-;!U€ 1,- • '~,
d _ nt. _ n: k ~ u~:,,~ação de inú-
Em Leonardo se aguçam todas .... í COI ,tr,_,jtçr ) kl ,er :lSttme I ',.., ., F 'I ele sem
meras delas coloca a arte e o can heClmento . n na!lCent ,_.-"S m seu pOl1u) li rrt. • 'wO . _f O, , f
dúvida o maIS autêntico representante dos novos IdeaiS que agitavam a Penlnsula Itallca no Im
da Idade Média e IníCIO dos Tempos Modernos, Para ele, maís do que para qualquer outro homem,
parece ter SIdo cnado o termo gênio. .
Era um ser de exceção, mas perfeítamente entrosado na complexa gama de Interesses e es-
peculações artísticas, religiosas, fílosófícas, cíentíflcas e até militares que abalavam as cidades-estado
peninsulares (sua carta a Ludovíco, o Mouro, o comprova) Se não era homem de ação no sentido
comum da palavra, sena mUito menos um alienado. Era, sobretudo, um vlSionárío que nutria reali-
zações e sonhos com os elementos especulatiVOS maIS avançados das ciências e das artes, gerando
um descompasso entre seus projetos e a possibilidade prática de executá-los no nível do desenvolvi-
mento técniCO e social de seus dias. Sua ação de pensador e pesquisador corresponderia muito mais
as neceSSidades futuras da SOCiedade moderna do que às exigencias do século em que viveu.
Para os homens do século XX, Leonardo representa uma síntese do saber da Antiguidade
acumulado hlStoncamente e ennquecido por vános genios do pré e do Renascimento, A atração
que suas obras continuam exercendo sobre nós é a maior prova de sua atualidade C 't d
'd
d e racrOClnlO . - , d . amo me o o
e e proposlçoes. contem am a hOJe elementos da ma·,s aut' t' d
. ~ - , en Ica vanguar a,
Procurando explicar o gemo ou o herÓI, Thomas Carlyle deixando d I d _
pape I do Individuo
· , . define Leonardo como o ser'
na HlStona, e
excepc' I a o'da superestlmaçao do
. que por Inumeras
(oletlva, " clrcunstancias é capaz de revelar com m' lonaI nascI o em período de fé
(lnselos e sonhos de toda uma época e, até mesmo de várias' alor c ar~za as elevadas aspirações,
O génlO é sempre ollglnal. mas, para Carlyle: a ollglnal~~~~:sn~ penodos hIStórico, diferente,.
da revelaçao da aurentlCldade. E, como se sabe, o mOVimento de Id ao decorre da pnorJdode e Sim
to foi ~bra de homen~ sobr~tudo autênticos, num dos moment elas d.eslgnado por R:,naSCimen
na razao, fé nos prlnClplOS CIentificas, fé nos pOderes d b I os hlstóncos de maior fe coletiva: fé
O homem passou a ser a medida de todas lIS co a e ela fé pr In· I . CIpa Imente no homem
slçao de Instrumentos conSCientes de perscrutaçjo eIsas,
c

ç
e. os
-
sentIdos h
umanos ascenderam à po'
'f· d d a,ellÇdO do nat r
(tentl lCa e elxan o para trás todo um arsenal de rnlst . u eza, preparando a revolução
Pensador universaL liberto de qualquer precon ~Cfsmo, uendlces e discutfvel5 sabere
mo utllrzando os sentidos como InStrumento de p cr Ito ou dogma, Leonardo (1944 29)s.
- como verdades absolutas e .InCISIvamente af·, esqu"d,
çoes ná
jáo dCeltava' Os In~orm , p,d , mes·
rrna'va: es as 5ensa~

46
J:7u-w,:,A, 'Ot'':':N'',llJtVlIo.l(N'!. [),/I")!!'],

. . 'lida ' Copiados em parte';"


durdnt~ sua
." fazia c;entlr ,-' Transformados
A Influência dos escritos de LeonarcIo Ja se. d mestre relativOS a pintura.
Circulavam pelos ateliês Italianos alguns dos concPltoS c.. 3~iemiCJ .
em livro, viriam a ser mais tarde manual da pintura a ' ° ',;, pubhcadJ em Italiano, na França,
A primeira edição do Tratado du Pmtura e da P'1/5aqel~ S€fI, Surgiria a tradução francesa Em
somente 132 anos após a morte de Leonarno- Um ano f CPC'LI.;" -éculo mdi~I tarde (181
.J " h .. rir· POll' :;'In. rn ') ,. I
n seria
- M
17 J 6, uma nova edição francesa, com 1.1('''1 n o I In: V{}tlc:mu~ e a edlçao a ema, as
''''2 . (I tcx(C. Inl€llr.:t _CO!"" I', . c· I 'rfl numerosas I'Ingua<", e a
lançada a edição Italiana de Manll Em 1Clf'
.' J xX (ulll.;..' .. J.
a verdadeira divulgação da obrd o(orrt~rld no se, \111 ' _ ,~ rI<" mundo.
publicaçáo de fraÇlmentos e (on(l;/lus em qUd"C lodo( os I':l~,., (~ 'Tidnll'.l.' nro'). P,lf') gu,urli:lr 5e.
d 'vf-'Id <,1' por Inl, Ire., .
A curJO'ildade unlver<;al de Leún,)I o f l ' , - I -r' V('I '<) (Ontr,jfl() dd 'Jlrf'itil para a
'·f~ítlt(.{C'~\ '.~- ,
gredo sobre seus concertos e InventoS, .!dqll~m'l ). . II J! 's ·r'IIH.' (O' ,IYt'I Icr SPU'S rnrJl'1tJSUltOS.
esquerdJ, de for ma que somente com o aUXiliO dI. um J:, , J .1 1T~ as prernfsSd~ dd~ conc€'p-
. I d "s',culn' XI~. v IràLt J '--'
O desenvolVImento das artes Ita lanas o". c.. , ' "I rr~-'''Im~:f)to artísw:o de todo,:, os t(~rn-
çôes estétICas dos tempos modernos e redllltl o mar' hu~ ,J .- plevado IUIJdr, <jl'ndo ponto
· "'d d h '''nto cole an\ lO .r num -
d
poso Agu as IntUfçoes aVI as e con eClme . ~..' da cultura qUE' a ;mlrna
'fi é . t . t ante e '. 11<:' 'I ,( ~ )lt:SSdO
paCI ICO que a arte vista como par e In egr ' " . • "t s ma'ls avançados AS':ilm
.
Nutnr-se nas culturas grega romana e ara. bp. . u m j! <"~- c', . _. espm o ~ . " d
.
a herança cultural é avaliada de maneira . CritICa,
. viva e OJ( t ,.~,
. _, JLma '.
iJtHlzaçao que• enrlquec.e
.
a ca d
passo o patnmónio herdado. Interessava tudo qUE era hI ,- n" - o -aber constltula d a maior
I' recom·
.
pensa ao esforço do espírito. Num penodo , em qlJe ,,fr. j a rnl)E'1 dia d Unidade, as artes p astlcas ' os
I

dados filosóficos, científiCOS e técnicos de outra~, c1rÇ"'a~ ,- '[•• m l~ -:Im!lados conjuntamente nas c~ns­
truções arquitetõnicas e escultóricas e nas obras cromMi()~ hJI SUJ vez. tais a:IVi~ade5 contr,lbUtam
para os mais vdnados famas do contradnório saber nascen!:..' ..om suas expenenClas e fan~aslas.. ,
Em Leonardo se aguçam todas as contradições do Renascimento e nele a superaçao de Inu-
meras delas coloca a arte e o conheCimento renascentistas em seu ponto culminante. FOI ele, Sem
dúvida, o mais autêntiCO representante dos novos IdeaIS que agitavam a Península Itálica no fim
da Idade Média e Início dos Tempos Modernos. Para ele. mais do que para qualquer outro homem,
parece ter Sido criado o termo gênio.
Era um ser de exceção, mas perfeitamente entrosado na complexa gama de Interesses e es-
peculações artlsticas, religiosas, filosóficas, científicas e até militares que abalavam as Cidades-estado
peninsulares (sua carta a Ludovico, o Mouro, O comprova). Se não era homem de ação no sentido
comum da palavra, seria muito menos um alienado. Era, sobretudo, um visionário que nutria reali-
zações e sonhos com os elementos especulativos maIS avançados das ciências e das artes, gerando
um descompasso entre seus projetos e a possibilidade prática de executá-los no nível do desenvolvi-
mento técniCO e social de seus dias. Sua ação de pensador e pesqUisador correspondena mUito maIS
às necessidades futuras da sociedade moderna do que às eXigênCias do século em que viveu.
Para os homens do século XX, Leonardo representa uma síntese do saber da AntigUidade
acumulado historicamente e enriquecido por vános gênios do pré e do RenaSCimento. A atração
que suas obras continuam exercendo sobre nós é a maior prova de sua atualidade. Como método
de raCiocíniO e de propoSições. contêm ainda hOJe elementos da mais autêntica vanguarda.
Procurando explicar o gênio ou o herói. Thomas Carlyle, deixando de lado a superestlmação do
papel do Indivíduo na História, define Leonardo como O ser excepcional nascido em período de fé
coletiva, que por Inúmeras circunstãnclas é capaz de revelar com maior clareza as elevadas aspirações.
anseiOS e sonhos de toda uma época e, até mesmo, de várias épocas e períodos históncos diferente,.
O gênio é sempre onginal, mas, para Carlyle, a onglnalidade não decorre da prioridade e Sim
da revelaçao da autentiCidade. E. como se sabe, o movimento de Ideias designado por Renasumen'
to fOI obra de homens sobretudo autênticos, num dos momentos históriCOs de maior te coletiva. fé
na razão, fé nos prrncipios científicos, fé nos poderes da beleza. fé principalmente no homem.
O homem passou a ser a medida de todas as COISas, e os sentidos humanos ascenderam à po-
sição de instrumentos consCientes de perscrutação e aferição da natureza, preparando a revolução
cientlfica e deIxando para trás todo um arsenal de mISticismo. crendices e dIScutíveis saberes.
Pensador universal. liberto de qualquer preconceito ou dogma. Leonardo (1944, p. 29), mes-
mo ut ilizando os sentidos como Instrumento de pesquisa, Já não aceitava os Informes das sensa-
ções como verdades absolutas e Incisivamente afirmava:

46
PREY.l.~ f'.!. :"1 :e~_ ',~ .r.' ~ "8::W'"

Se duvidamos de cada coisa que pds<;,a pplo.. sentidos, ("omo não duvidar tdmbém daquela':i
que são rebeldes aos senhrlo~, tais tomo a e ...sênci.l de Deu .., a alma e QutrdS que."tõe~ simllare..
sobre as quais eternamente se dlscule'm? t nect'SSdrio que ~mrrp onde ialta a rUdO apareça,
suprindo-a, a disserta<,:ão; o qu€' não ,I( onte( p tom . lS (oi.,."'\s vprdi1dplr.J~. Dlremo~, pai">, que ali
onde se discute intermmJvC'lmf'ntf' n.lo h.t vl'rd,uj('ltrl (it'nrid, a Ijf'rriade nào tem maLS qu(' um
só termo, e estE', uma Vt'Z exprt.' .. so, dt'<;lról (I lillglo P,U,) <;Cnll.JH'
Durante a Renascença. à me(hd~l que) r,entldo eJ.l hi:.tóTl<'.l htJrnand r."l')rrpç,) a tI n:··/c1ar com
maior cO€rência. surge pJraleJarnente o ueseJo dE' 'l(' Istuddr f drnbérn a hi<;.iúrJ<i da r'!r1t~ 1r<:l. '..eonar.
do não escapou a essa tentaç,So Ao expor ~ua con(epÇaO, dt.:mon<,trd iv:fmlraçijo pelas nbras ia
Anti9uldad~ e respeito pela expenmentação n;.Hur;'lllsta
Num penodo em que se estava ainda longe de descobnr e ,wahdr Ultt< ij(T,('ntr. c\ art~ pr!.
JeolitlCô, como a maioria dos homens cultos de ... eu tempo, Leonardo acendva :j Ir'r~.] qr~~ (j'J
naSCimento da pmtura atnbuída à ação da jovem Debutade, filha de um oleIro de ':.1Cione, qlJ<-, ao
despedrr·se do amado que partia para a guerra e querendo guardar sua lembrança. ~rdçdJhe corn
carvão o contorno do perfil, projetado no muro pelo sol poente
A primeira pintura foi unicamente uma linha que contornava a sombra de um homem feita rx: 1o
sol sobre um muro. A pmtura, de Idade em idade, vai declmando e perdendo-se quando os pm-
tores têm por único mestre a pintura precedente. O pmtor realiza um trabalho pouco extelente
se toma por modelo a prntura de outro; porém, se inspira na natureza, logrará bons frutos. Desde
a época dos romanos, vemos que os pintores, Imitando-se, de idade em idade. fizeram declLnar
esta arte. Logo veio Giotto: este florentmo, nascido nos solitários montes em que só habitavam
as cabras e animais do mesmo tipO, vendo a natureza de frente. semelhante à arte, pôs-se a
executar sobre as pedras as atitudes das cabras que apascentava, contmuando logo depois com
todos os animais que havia no lugar, de tal maneira que, depOIS de muito estudo, ultrapassou
não só os mestres de seu tempo, mas também mUitos outros dos séculos passados. DepoiS de
Giotto a arte declinou, porque todos Imitaram as pinturas já feitas; e asSim, de século em século,
continuou a decadência até Tomaso, Florentino, chamado Masaccio, que mostrau, por meio de
uma obra perfei ta, que aqueles que tomam por mestre a outro que não seja a natureza, mestra
de mestres, se esforçam em vão. (DA VINCI, 1944, p. 83l

A INflUÊNCIA DE AlBERTl E O SABER DA ANTIGUIDADE


Durante a Infância, a adolescência e o período de formação cultural e artística de Leonardo, uma
das personalidades mais Influentes dentre os IntelectuaIS florentinOS era Leon BattlSta Albem (Gê·
nova 1404-Roma 1472), hurnanlSta, teatrólogo, poeta, matemático, mUSIcólogo, escultor, pintor e
arquiteto, que continuou a linhagem espIritual de seu grande mestre Brunelleschl O prestigio de
Alberti como teórico das artes visuais permanece inalterado até os nossos dias, pnnclpalmente
pelos seus três livros de arte: De Starua (sobre a escultural, De re Aedlficatona (sobre a arquitetura) e
De P,crura (sobre a pintura).
No tratado sobre a pintura, Albertl coloca a arte renascentISta em pé de igualdade com a
da AntigUidade. ConSiderava a Impressão de relevo, traduzindo a terceira dImensão, o elemento
essencial da pintura e Insistia na neceSSIdade de se "fazer g"ar as figuras' pelo "fastamento dos
planos. Condenava os fundos de ouro da arte bizantIna. por serem elementos estranhos à pintura
Conhecía bem a perspectiva geométrica teorlzada por Brunelleschl. f bem possível ,we ambos
trvessem conhecido no origInai a Perspectiva comunis, de John Peckham (Su5sex 12.?O-·I.Jntuaria
, 292), que sena traduzida para o nallano, em 1482, por Fazlo Cardano. Preocupou-se em desen·
volver os elementos cognosdvE'ls da perspectiva aérea e exigia que o pIntor fosse cultL1, lesse os
poetas, estudasse os gestos. as expressões e os mOVImentos do corpo humano.
05 conceitos de Leondrdo com referênCIa a pintura em nada diferem dos de Albertl: em muro
tos casos. constItuem um aprofundamento deles, (orno IndIca sua teorização da perspecttva: -A
perspectiva é uma razão demonstrativa pela qual a experiênCIa confirma que todo objeto envia ao
olho sua própria imagem mediante linhas plfamldalS' (DA VINCI. 1944, P 93)
A explicação racional do que faz é uma necessidade para a maiOfla dos que trabalham :.ria·

47
PRr 11.1,1\' "" I; Do ',~N'A"'(,\ lMlNTO DA 1'l')R1A

-J " 'r J: de - qrJrrles artIStas do


c V "
tlvamt'nte. E: essa explicação I- CC,:I\ m r .... .; IJlddCjdt !)es e respostas
RenaSCimento. Portanto. é natul 31 C~iJç <
(.~ Jl1,j I':,fjrjdade de cores na
teórICas em torno dos elemertc) . ·c ~!'h: rr --;:
llC Illtilíam.ep>m elas produ-
natureza há milêniOS não iludia '1-,.]1::'_ ' " J' '15. A determinação
:<.. I ,1 ·.JC
lidas apenas por um pequeno m [)t-~rr I'-':~ ,(lI I :r!ó -:Juvidosa até
J ~ ''C
. ~'l\
_. J .n
1'"
de quantas e quais seriam e~~J~ ( "
bem perto de nossos dias. ,_ r' r \1 , '~<.. ( rt. ~peitc no~ 'Jrm d~ Albertt, cla"
A primeira revelação de~U'T'd '/'~~' j; ,'- ,)' )f~.)1 anha o longo €'lforço humano para
re;lOdo e ordenando exposlçoc< Jc 1,11 U2...., P de. no' qUE' mUito antes de Pllnlo
. . (, tK:I.' ,urpr· -en J
entender o que seja a cor e descobr r ,. ,r, .. ., . ' _ a S' surpreende-nos atrlda maIs
aex -"-' r -r~' trE Jll f..nnup I,
Já se constatasse que na na urez~( .1. ' 1 - ' .
t d e a Física moderna utiliza
:~lIando verificamos que as três (uh_' ,- 'II.:I'J t..to {" bel, 1 ~)rÚXlmla., as qu t'l 05 na"o fosse exata.
;"omo primárias ou báSicas Emborll <. -,rJ t"IC J'(.... 'c r I',/ flrJClpa entre- 'os. an g . ~ d
.. - - ~ .... c: lr era Já uma hlerarqUlzaçao as cores,
mente o mesmo que usamos para df-")/J' ,.lI ) _ pflm" la~,
"(sultante da percepção de suas ,r,c\.e : ca''lul do PlíniO (1994, p. 3121.
. cores pnnClp~lI5:
, . . o vcm1f" Ih' I... ·Iho com todo o seu esplendor ndS rosas
.. . f:'xi"tem tres o \./vo, íJUf' "fi • ~ .
e encontra o reflex:o nas purpurils ri€' Tiro, n,1 purpuril d UJ5· vele5 t"nglda I e na de Laconla·
. a cor J

da ameti.sta, qUf> brilha nas violelds e se reencontra na cor púrpura, e aquel~ que denomma~os
iantmo {nós só falamos dos gêneros que oferecem várias subdivisões); enfim, ~ cor co~chdera
propriamente dita. de várias sortes L.. ) Eu vejo nos autores que o amarelo recebia honrarias d;s-
de os tempos mais antigos, mas o reservavam exclusivamente para as mulheres, p.ara se~s veus
nupciais; pode ser que de ti venha a origem dele não ser incluído entre as cores prinCIpaiS, quer
dizer, comuns aos homens e às mulheres; é de fato este uso comum que dá o primeIro lugar.
Quando se trata das três cores pnncipal5, PlíniO refere-se às suas características. A seguII, falando
ele uma modalidade de uso, acredita ser esta a razão da exclusão do amarelo como cor pnnclpal e não
ror suas propnedades fíSicas. t evidente que a opinião dos "autores': que só podenam ter como ponto
de partida a filosofia grega, glla em torno de problemas fíSICOS e não da pura ordem dos costumes.
RelatIVamente à cor, por vezes consideramos com extrema superficialidade o juízo dos povos
da Antiguidade, deixando-nos atrall por um anedotáno pitoresco em detnmento dos elementos de
conheCimento que a duras penas procuravam abrir caminho à ciência.
)ena um falseamento hl5tónco Julgar o pensamento de sacerdotes, magos e curandellos
como sendo o úniCO da Antiguidade. O fato de que tal pensamento dominasse em certos períodos,
por vezr's multo longo~ não Impediu que fosse superado pela verdade dos conhecrmentos latentes
que CO.eÂlstlam e :>e desenvolviam. Portanto, parece-nos bem mais atraente, útil e significativa a
história desses conheCImentos subjacentes do que a do conjunto de ideias extravagantes, às vezes
flSIV€'I:> e absurdas. que afloravam.
Se o estudo dos astros gerava paralelamente a Astrologia, especulada por poucos, o Impor-
tante historicamC'nte eram os rudImentos da Astronomia que procuravam decifrar o universo e
, tinham v,lhil para a navegação e a organização dos calendários agrícolas, beneficiando a todos. Se
a revelação de vaiares expressos em números pOSSIbilitava o apareCImento da numerologia, manjo
pulada por alguns. maiS bela é a história de sua utilização prática, em que 05 dados matemáticos
empreqa...ios. pela maiOria na cnação de medidas de grandeza cada vez mais exatas e na construção
I de moo\"i!os ctentificas, industriaIs e artístICOS dão torma às aspirações gerais.
Defendendo i) pl átlca científica, diria Leonardo que a expenênCla era "inimiga dos alqUImis-
tas, O€Cfü[TIantes e outros esptritos !ngênuos·. No mesmo sentido, em alusão à cor das pedras,
afirmaria PlíniO (i 994. p. 386):
O; mago~ mentlr()S(h dlzem que a amettsta Impede a embnaguez, acreditando que isto está bem
de acordo com a aparênti.l e a cor dest<l pedra - dai, segundo ele, o nome que ela tem. Demais,
se nela se inscre...-em 05 nom~ da lua e do sol, E' dependurada ao pescoço com pelos de cinocéfalo
ou de- andorinha. ela preserva os malehcios. Ao ser usada, ela consegue de qualquer maneira um
I tavordvel acesso junto aos reis; se reCIta uma prece que 05 magos tndicam, ela impede a chuva de
granizo e as pragas de gafanhotos. Quanto às esmeraldas, eles atnbuíram-lhes iguais virtudes com
: a condição de gr.war-lhes ág~las e escaravelhos. Sem dúvida, foi com um sentimento de de~rezo
e de zombaria para com o genero humano que eles escreveram tais coisas.

I
..
..... • •
I
~ 0:- O Outros I'\lt~!rah1ita5 e "il6~)fos dd ArtiqlJidade tiro:) ::nsr1era'Ja a cor d;, ar (OITl!..- vet.
d,.. 1e~~r~ndO urr a
verde r:>aDculal do ar
€"s~' :e bran4 ~ de amef.l~ta. di.Z!~ que e'.a reúne'\ tem: parêncl<l1o ,_,I. '''''' "

PERS PECTI VA AFREA

A cOe' me'tJ da >r (Jc ,..Ir taz ~Jrh? de J(Cf.fC ce dr'duçOP<", ~x i:rlme,tdi _ to Ren~ ~ntl). ~ _.1
ImportAr" ' Id para o e'.ludo dd ccrH~~ , re ele )iqnlfl' }(\I) «i.ando se ")erl rbe q'J~ ... 'd C ~ ... ~,~ 1;"
tt;{)1 -., da persJ:,.ectiva aerea. d'Slm rJe' :n!~ ror ~ fldrdo Da Vinl ( Q44, p. nJ.): .
O .llul f>.l cor do .lr, senrlo m.1IS ou m('nos e$curendo qu,lnto meU';, ou m('ncJ<> f~íd c:.Uf';gado Ik.
umIdade. I .1 Existe uma pcr~pt''(tlva qUí'!oe nf'nomtnil df'r€'cl e que, p('1 .. nr-grt1dM.do (kJ'j ff"I,;J!l/es
no df. tornd sensivel J. distâncIa d<x ohlNOS entrf' !oi, mesmo que tod~ eMl>Jam r'j(J ml.c;mo plarvi.
t exe. Ipllftcando:
O pnmPlro edifíCIO além do muro !of>rd da cor natural; o st>gundo e~tará 1i~f:lr,lment~ il.linhado
e com uma coloração um I.mlo azulada; o tpreeiro, ainda mais distante, estará mais azulado,
Se de!>ejar que outro apareça cinco vezP\ maiS dl~tantP, procure que tenha cinco graus maIs de
tom azulado e, por esta regra, os edifício.. sobre o mesmo plano parecerão igUdlS em t..1manho
f, no entanto, se notará perfclt..tmpnte a distância e dimensão de cada um del~. ) M coisas
mais distantes parecem mais azuladas, deVido à grande quantidade de ar que se encontra E'nlre
a vISta e o objeto. IDA VINCI, 1944, p. 95-991
O sentido de realidade física da pintura renascentista baseia-se na conjugação das perspe. I~
vas aérea e linear. ~A diminUição da qualidade das ccres está em c0ncQrT'itància com a dirr '.nUlçáo
dos corpos colondos. Sem a perspectiva das cores. a perspectiva 'iflear n~o é suflC: en~e em selJ
mOVimento para determinar as distancias' {DA VINCI, 1944. p.95-961.

CORES PRIMÁRIAS
As descrições ~os antigos a respeito do numero de cores prinCipaiS, do efeito de refração e da (ar
do ar contnbUlram como elementos Insngadores da Investigação renascentl~ta do problema es·
senoal para a manipulação da cor: a determinação do número e de quais sejam as cores pnmãrtas.
O Interesse milenar de Cientistas e artistas em torno do número mirlimo de core~ Invariáves e
Indecomponíveis necessária para a formação das dei 1alS cores existenteS na natureza seria !.ae!~i·
'0 quase integralmente por Albertl (1992, p. 79-82):
Parece óbVIO que as cores tomam da luz suas variantes: porque todas as cores, colocadJ" na
sombra, aparecem diferent~ do que ..:io na luz. A sombra laz a cor escura; a luz. onde ela atLn-
ge, torna a cor clara. O~ filÓ500fo5 dizem que nada pode ser visto enquanto não lor ilumlnddo E'
colorido. Por consegulOte, afirmam que há íntima relação entre a luz e a cor, em ~ lazerE'm \Isí-
vels. A importância disto é facilmente demonstrada. pois quando falta luz não há (ar, e qU.1nrlo
d luz aparece a cor surge também. logo, me parece que. primeiro, devo lalar das corE"'. então
investigarei como elas variam sob a luz ... Falo aqui como pintor. Pela mistura de (or..o; inllmtJ.~
outras cores "parecem, mas há somente quatro cores \;erdadeiras - como e\istt'm ,lpenJ" (lwtrf)
elementos ffogo. terra, águd e ar) _ das quai'i mai~ e mJ.ls tipoS de cores podt'r.io enLill <.pr (fItl·
oos, Vermelho I> J cor do fogo; MUI. do,Jf; verde. d.l ,Ígua; e (tnId, da t('nJ. Oulr.1S ("or("), IJi<;
('"orno o jaspe e o pórfiro, o;jo mi .. tura .. de!>ld<;. AS<;lm. hj quatro ~en('fOo;
dtO (-ort':o., e .. I...l" i.llem
"Ud'> (>~peclf~ de dcordo (om o aU01('nto de o;ombra ou luz, preto ou br.lOlO. lotnJndn'!it> qUd.,t'
lOumr>r.lv(>l<; I .1. Por (omf"8Ulntr~, .1 mlsturJ (001 o branco n.10 flllld.l fl gÍ'nl'ro d.l" CUf('<.. mas
forma MpéC-I(",. () prptn. 'ludndu mi .. lur.1(10. cl)nt~mIgu.Jllon,:d p.1rJ prCKlultr ('''f·x-<:ies qu.l'>e in·
flOitdo;. riP ror NJo; ~ombl.I" ••1<; fortoS es(lJrf'C ... 01. A mNhd.l que J ,ombr.l ..e dprn(undJ. a... cort:~
e~vaziJm-se t". qu.tndo a IUl .lUment.J, dO; (or~ lornJm·~ nhllo; .1bt'rt.IS E' tI'U,I"- Por e..td razãu,
o plOtor d(~vp p('rsu.ldir ..,.~ de qU(' pff:to t.' hr.lOf U O.lO sJo l\,.Ut"S verdadeira ... mdS sim alterat,Õ<':S
de oulr,)\ (ores.

49
PMLMl">A:' f N;INVO!.VIMlN'V ',A T~ORI"

, f'do por Plínio 14 séculos antes,


'dscoresjadelnl f b-Ih
Ao amphar de três parCl quari'o" r!JrT";CrC .~ uat;oel('rnentos.Dequ~l~uer orma,ca e e
AJberti paga elevado preç,) PC! seu amur ',i teona do. ql j j ):)$ três cores primarias, falhando apenas
o mérito de ter sido o prir:le!rO d .j~2'terml"Jr l ,1m eXd,' . (.' d -SE" o cinza das quatro cores Citadas,
-. , -o 'co.Hrrr .ln o d I
pela inclusáo d~? uma quarta, qt.., 3 rl(i~' r1 1=_ rflOdErna: vermelho, ver e e azu.
teremos preCisamente ~s trrs pllmal':l~ )r')der, ' \JJ'. J ( ' , ,"; I
erdrn ;ete e que as d emals
' co Iora~
Dezenove séculos antr's. b,n~fct, ',~I ) firrr v. 11,- )C1 m (ntrp as sete cores. EI e acre d !tava
ções deCOrriam da m!st· . . r" ' j (_LC:~
- ).rr·c
J.. -, ) '·r, r,r: t,»J _ r ido qNal, os fIló 50 fos da A '
ntlgUI-
que toda cor resulta'w'd da mlJ: trd k ~Ill ~~- )1:C n:.idt'rava a cor como propneda-
dade oscilavam entrE: dois ,_C: 1(€rtIJ. ~. I rr.'(1'1~ de coloração eram fruto de
de dos corpos; o segundo ,e úê1> ..;.d':' tf .J JI.. T" 11 :eu VIVO durante a Idade Média
um enfraquecimento da luz ;)r,:[ ~. 11.1..) Il '~tcr ?lInda foi capaz de Influenciar
e, mesmo depois das téOri..,:'·,.,L' ~ c,_ i f , f. ~
Goethe (1963, p ,82-583). qUE' cc 11 r li ,
No Esboço da Teoria das (or€" d; li" . .~r larela que toda cor reconhece como
t, [l,1ra o escuro C.. ) reconhece a essas
origem uma luz f' um.) n;to·luztUI t-· de ~l'
- Ire.. da luz, apenas demonstrar que a
I condições valores. hierarqulco'i n.l.)>:":::: I'
cor é determinada Pf'la luz (> por qUI } E'..:. r:: (~
Leonardo aS~lm dehnina as ues prlmé:r;~~
Ch . Ies aqu",âl',>
. amo cores slmp ··~en,.erfC _ 'pel. mescla de outras cores. (... ) O bran-
as qu . na"o p '.IU
I co, se bem que alguns filósofos ndo deeitem n4'n ao hranco nem ao preto c~mo cores, porque
um é a cau':'3 do outro e o outro a privação da cor, o pIntor não poderia privar-se dele e, por
js,>o, o colocamos em primeiro lugar O amarelo, o verde, o azul, o vermelho e o preto vêm em
wntlnUaçdo. ,DA VINCI. 1944, p. 188-189)
Na clalSificaçao de Da Vinci figuram tanto as trés cores físícas (vermelho, verde e azul) como as
trés Cores químicas (vermelho, amarelo e azul) Com relação aos elementos naturais, diria "O branco
I eqUivale à luz, sem a qual nenhuma cor é perceptível; o amarelo representa a terra; o verde, a água;
o azul, o ar, o vermelho, o fogo; o preto, as trevas" (DA VINCI, 1944, p. 188).
I Das quatro cores Citadas por Albertl, Leonardo apenas substituiu o cinza pelo amarelo, de vez
que ele mesmo reconheCia o caráter diferenCiado do branco e do preto em relaçao às cores. Perce-
bia Leonardo que, para a produção de todas as cores eXIStentes no universo, as geratrizes seriam o
vermelho, o amarelo, o verde e o azul, porque com taiS cores Simples poderiam ser criadas tanto as
cores'plgmento como as cores-luz, ou seja, toda a coloraçao da natureza.
I Revltalizando a formulaçao de Aristóteles, Da V1nci InSistia na Inclusão do preto e do branco na
escala. como unlca maneira de se poder revelar a característica de valor da cor, expressa em grau de
I lunllnoSldade (rebaIXamento no sentido do preto, ou degradação no sentido do branco), As escalas era-
mátlCJ5 de Chevreul, Ostwald e Munsell, realizadas três e quatro séculos depois, apoiaram-se nos enun-
I Ciados ,1e Da Vinci. InclUindo o branco e o preto como limites extremos de luminOSidade das cores,
Leonardo fOI o primeiro a demonstrar de forma experimental que o branco é composto pelas
demaiS cores Um século e meio antes de James Gregory e Newton abordarem o assunto, ele afir-
mara em várias passagens de seus escritos: "O branco não é uma cor, mas o composto de todas as
I cc)res' (DA VINCI, 1944, p. 188),

'VISÃO DA COR
I
Nilo obstante o respeito que tinha pelos antigos, Leonardo não aceitava a tese de Aristóteles de que
a cor fosse uma propriedade dos objetos, um de seus atributos. Nada melhor para demonstrar sua
diverg~ncla dos principios penpatétlCOs do Que a formUlação em que reconheCIa a Importància do
dado subjetiVO no ato da percepçao da cor
Todo corpo qUE' se move com rapidez parece tingir o percurso Com sua própria cor. O relâm-
I pago, que rasga as nuvens com rapidez. assemelha_se a uma cobra luminosa. Façamos com um
tição um movimento circular, e sua ctrcunferênt~la parecerá de fogo. tDA VINCI. 1944. p. 183)
I Até a revolução copérnica, o mundo culto conttnuana reverenCiando o saber antigo de modO
quase dogmático. Maravilhado por esse saber, Leonardo Da Vincl (1944. p 27) escreveria:
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limo '.. tpua t", O,ll)
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formd, adqUirI:' .1<. (oi".j.-. vi .. I,)'! rw1m outro'! (' froU.I'f"ld,lS IXU '>('u ~as."o va.lor. N~1.d mf'rCdclon,I
m{"nospr(·.ldd,l, rt>("u.-..ld,l e provf'nlt"nlf! di· mUI!"" Iflrn('( f·dows. IOv{'..ltr('i m •.'U llltlmo ~úho t·
dE'c;trl m,lnt.'lr.1 m'l, n.io p<'I.n Wtlndl'S r Id,ldps. rn,IS IH·1.\'!I>flIJr.'S alrlf'I,IS. dl ..trinUlndo l' n" d>en-
do o prf>\O qUI' nWft'(I~ () qu.· dnu
hr Nesse (~U,ll~ro 'll'\r di. pOr ve~'~5 coldbor.lrl'1c' ou c· }mp<.:l1nd n (" om ,H \ec,rl.l~ dlé' .A r ,st6t"'C5, as
~ as d~ rlattlO, (: m mtlnUS(Htu~ nc' orlqu I'-~ (lfC'q{) ou em Idl iI'l I.IVl'f,Jrn (Jr(lfId~ Influ'" '!:J;.t,. ibre I):;
elhord f;'!:.plntos rl'nd5ccntl5tdS. Para es:,oj IntllJt-nl (,j contrlbuir,lm larnt..trn O pn "tíglo (I a aç:ao
cu!tufJI do tradutor, tlló~oto e hlJlT'l.ulI5ta Mdrcílio fKmo.
No Tlmeu, d cXpliCaçJO da V1S~O cromdtied H1C!UI vánc:.~ elementos que Mf":tre florem "O °
IrKOrporrHla dl) "cervo de \t>U5 conhcclrT ,entos;
(.,,1 c:OfP .... lhdnl<l que SI' f'.,( .IP') Uf' lodo~ O'i (orpo<;, pm que ih ptlr1Ps <'F! UOf'm (001 () logo
d,l VISt.l, par.1 tormar.l .-.en"""(,,.Jo, ( ,.) () fogo extt'rior, que atinge a viSI.I, a ddcttJ em todd sua
e\t€'n5do _até o olho, 'if'I>.IrJ mf>.,mo f' cjlvlde (om violên( la .15 partes do olho qUf" "N'It"m d~
S,lld,l ao logo Intenor, e taz <"m fogo d(' no.,<,o<, olha..; e esta água conden ..aua qUf' nó., th,lmá-
mos de lágnma, como e"te agente, p um fogn Vindo de tora, e, aSSim, eXiste ao ll\e~mo tempi')
logo qUE' 'i.li de nós, como \E' rll' io.. .,e produlIdo pelo golpe. e fogo que E'ntra em nó, e vem
apagar na umidade e qut' de~t,l mIstura n,Ic;<em tod.lS .lS cores; nOs dizemos que a Impr~~o
expenmentada é a do relâmp<lgo e que o oblNO 4up a produziu ê brilhante e resplandecente:
,VAVILOV, 19SQ. p.IS)
Apesar de toda a admiraçâo de Leonardo pelos antigos. ~eu espinto e"tava sempre atento aos
fenômenos naturaiS Crttlcando antigos conceitos, diria:
O olho, do qual a experiência mostr~l t50 bem a função, até o meu tempo tem sido definido tx>t um
número tnfmito de autores de uma forma que Julgo errônea_ O olho não poderia enviar em um mês
sua potência vI'iual à altura do Sol, (. .. ) A natureza fez a 'tuperfkle da pupila convexa, a fim de que os
objeto') que a rodeiam possam refletir suas imagem. com ângulos maiores, o que não ocorreria SE' o
olho fosse plano. (... ) A pupila do olho recebE> a~ imagens Invertidas e, no entanto, elas >âo vista~ direi-
to. L.) O cristal mo, no meio do olho, serve para endireitar as imagens que 5e entrecruzam na abertura
da pupila, a fim de que a direita volte a ~r dlrelld. e que a esquerda torne J ser e'iquerda, por meio da
segunda mterseção que se forma no (E'otro do crlstalmo. (As Imagensl são rec.olhlws ~Ia o;enslhilida~
de (nervo óptiCO) e enViadas ao sentido comum, onde sào Julgadas. (DA VINCL 1944. p, 89-92)
Com os estudos de anatomia. descobriU o Cristalino. chegando a lulgar que era devido à sua
função que a Imagem Invertida, ao penetrar no olho. voltava à posição normal. 56 bem mais tarde
a CI~ncia pôde explICar que a relnversão da Imagem era obra do cérebro.
A argúCIa de Leonardo levou-o a formular corretamente o funCIonamento da VIsão blnocular.
E foi elE' o pnmelro a explicar que a dIstância entre os dOIS olhos permite a formação de IMagens di-
ferentes do ponto de vista da perspectiva, criando a Impressiío de terceira dlmensâO'·As coisas vistaS
por dois olhos parecerão mais em relevo do que as vlstal 50 por um" (ARGENTIERI. 1953. P 413).
Partindo de constatações de Ptolomeu, Leonardo explica corretamente o funefonamE'nto ba-
siCO da pupila
A pupila do olho, ao ar livre, altera~se de dimensão para cada grau de movimento o,olaf. ~ com
J5 variações da pupll<l se produz uma variação na percepção vi.;,ual de um rnt>smo ollJf>to, ....
\)('m que com frequénClil a comp.u,lção dos obWtos que no'i rodeiam não no'O pt'rmlft> de\l."obnr
<'Sld'!> mud.mc..Js no Objf'fO flue olhdmos. (DA VINCI, 1<}44, p. q2)
PoetICamente, cima ~O olho. Janeld da Jlmd, é J via pnnopal pela qual\) (éreh/l.) fJ\ld~ Simples
e magnlflramente Julgar as Infinitas obfd'i da niJtureza- (DA VINC!. 194-1, P 4))

COLORIDO RENASCENTISTA
NO que ~e rE'fere à (ompf.~en'>áu dd ' oro (l kHlqO C.1minho percorrido dec:;de C;imone Martlnl (1282,
1344) até Leonardo é uma ascen!>lo qr,ldu.lI de conheCImento te6f1CO e de (lOVOS estágiOS cromá-
tICOS, mas não preciSdmente de um pnnqucClmento na dphcaç~o pratica da cor

SI
P"'-"".';A ~ ~ I"!t ~.(NlA3LVlMf...," , DA fEl Ki!.II

~
i "ão C permanece 3lnd-1 hoj .... como
Simone Martini era o herdc'iro dI':' um21 ~xuhe'dntP ffa( IÇ , _ do' fundos dourados. prn
um dos mdlOrl'S (oloristas de todo" O~ H'mpos. (,ua mc'i rri': na utJllzaçao ~ da _cows vivas quase
- I'lc~ e a harmonia :) - - .
que r('luzem pedras preciosas em contrd',re (om f:iS Ldrnaç b- t nrtS e gótlras.
gmantes, represema o ápice do de~nv0IvlmE.'nto d2ls p(;S5 I b l ll' f,]de~tZJn I
'.I .-
No entanto, a eufona do brilho feérl'~o cf,)', c:or('s na!} SE' I
ao amadurec Imenta dos meios ré(nICO~ do Rf'nd';':lrnf"nl(J, kPVIVlfl_,m
r rj () unJ(u (,lml
í do
nh' o' que ronduzir i':;
o legado de Apo!odoro.
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G1otto. Com 'iV.1 yj~ão pessoal, ,ria Irnpnrnll nova dlf-:OÇdO,) I' 01
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C'Kuro. Embúr,l várid', (me') vlbr,lnt'~5 'Vlld IIl.'I":".I:rn <'Ud. s ,) t Jrd-... I'r- ,
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resldrna - - do' pintor ,ta d('senvu-Ivlnl('Ii!0lera
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rr-lni:l~Cer'
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ttsta5. O aprofundamento das pP.SqUl'JdS sobre o claro-pscuro, pnnClrJo'j-lr"'pntP "- .,~fluandr)
_ ~~e trdt,)'/a
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d~ deqradaçJo de cores, e nao , do claredmf!nto do prno, eri::!, ém ,I mesrno o InICIO do ~~tudo da
perspe{tlva fiérea ,
Do pomo de vista técniCO, a evolução da pintura d~sde a Pré -hl~r6rta até os nos~Os 01..1$ e-'/I-
dencld qUE' o realismo renascentista SÓ foi possivl}1 gr~ças à descoherta das lets das pNt;pe<tl"/a~
I linear e aérea A essas duas conqul)ta'j Leonardo somaria ainda o esfumado.
Mesmo em aplicação artística, as pf=.lrspectlvas linear P dérea fazem ressaltar suas ongens
_
:-,ef\.

I
tlflca:.., o que não acontece com o €Jfumado, que, escondendo a rlênoa de seu emprego, d~l.1a a
~ostra apenas a fantaSia do artista, parecendo Inscrever-)€ no domínio da pura sensibilidade.
ranto a perspectiva aérea como o esfumado estão ligados àS proporções de luzes e sombras
(como acontece com todos os fenômenos visuais, em maior ou menor escala), razão que valoriza
seu estudo como fonte da compreensão de varras estaglos da percepção,
O floreSCimento da arte em dtversos pontos da Itália Iria desaguar, em suas expressões mais
• altas como mOVimento de conjunto, na obra dos pintores de Florença e Veneza t comum encon
trarmos a definIção das correntes artísticas dessas duas Cidades como sendo mais racional e filosó-
I fIca na primeira e mais naturalista e sensual na segunda
O contato com as reverberações luminosas das regiões do Adnatlco conduzlna os pintores
I venezianos cada vez maiS à representação da natureza, Em Glorglone (c 1480-1510) esta represen'
°
tação assumrria prrmerro plano de Importancla no quadro, abrrndo caminho para o surgimento
da paisagem como gênero de pintura
O encanto da luminosidade e o terror das trevas, em perpétua luta, terminam por encontrar
sua sintese plctórrca no sábiO emprego de luz e sombra, marcando o surgimento dos grandes
colorrstas - Ticrano (c 1477-1576), Paolo Veronese (1528-1588) e Caravagglo (1573-1610) De tal
modo os pintores veneZianos se embriagavam com os sentidos, que a Inquisição termlnana por
não tolerar a quebra de seus canones cromáticos na Cera em casa de Levr, pintada por Veronese
Defendendo-se, o pintor revela os prrnclplos de sua moral estética, ao Invocar o direito aos 'voos da
fanta,ia e a licença que cabe aos artIStas, aos poetas e aos loucos' (FRANÇA, 1954, P 346),
A vloléncra da luz brotando das sombras Intensas de Caravagglo (o Tenebroso) Irra crrar o es-
tilo Jumm/Ha e influenciar não só os Italianos, mas também os mais Importantes pintores europeus:
VelálQuez, Van Dyck, Rembrandt, Vermeer de Delh, Frans Hals, Georges de La Tour etc
A sombr a desdobrava-se nas infinitas pOSSibilidades do claro-escuro como legado tangível do
RenaSCimento. Leonardo fOI o seu maior teórrco, e o titulo encontrado para seu livro não poderra
ter SIdo melhor: {,arado da Prntura e da Paisagem - Sombra e luz. Em Investigações ligadas às som'
bras, mas com objetivos científicos, estabelece comparação entre duas fontes de luz cUJa IntenS!
dade m0de pela diferença das sombras, desenhando um aparelho bem próximo do fotômetro que
Rumford ma constrUir dOIS séculos depOIS.
$eflsivE'l<" coloflstas, os venezianos Impõem ao clJro-escuro a téCnica de contra"tes eomple-
mf:ntares de valores e de tons, em que, mesmo na mais intensa obscundade, a~ cores vlbram_ Os
tons quentes Oriundos das terras coloridas eram apanágio da pintura renascentista A 10ngJ prática
da utilização dessa coloração termina por Impor o cdsfrJnho (omo cor intermediaria entre a luz e a
sombra, prinCIpalmente d pdrhr de -lletanO, (om ele, o ((}stanho, representando a meta -luz. assume
a função de um dourado que envolve todo o motiVO, O cdstanho é a mais feliZ representação das
cores quentes na penumbra devido dO seu Iigl~lro toque avermelhado
Em Ludavlco Dolce, no seu D/d/agos sobre a Prnrura (I S5 7), encontra-se o elogiO globalmente

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'I"Hd 'I )N IA v(il ' Olooll IUIII " 1' I'!, CU WoI.flp o ru tlllh " ImlH'JfI '. 'lul"WJ'I \éK~j p ~Jlu ~ypUJ .JOo
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n? lqUJO~ \ , . "I ' Hl~1j sr lII' P . tnll " ". 11 .11 li 11l1'flLn ..... ,1' " 'IH' 1''' -' 0pUI' I . jJf!.,OtJ. /lU 'S·HS J \ 1.'"
~ u.) ... u, " "',,h 01 \I' II' JI OjtrllJJ l u .,nd \ 1' !LO \ I' Jq UJf K 'o I' W " IUIJdn", "l1h '0I'I'fllo, 0I' l' I" I3f l I' /)pnl
UH' !I 11 I u·, ,/fIb ,.,JJolu Ld .,01J'" I'wd C'I'" " a lI' 'OI"i f1r " ,JJdlU,' " W"U ",., 11\ I' opq oh (J .".w·" ..
e'll!~JI JP vi ,ePlIPUC J~ PIl l!
'"(' 1 pel ew .. rlt SI IL."',O, só .r~lr I S) JI 1"" p'Wrl SOI\J,)I.Lp~I~110) ' 1()<; H?ll tIf\ (t WI 'lUl'U
'0(" ~WCJJ ",)l~rJlUO:J t ) J~) nq c' nllnpUU) o OP J OdUJdl nd'i tJJoJ PlJallUC'I 1 'X OUJO.J K"
r ~U) clp .. e~ O t)W c rSlln}J1II em 1)' f'JI~W)UJqP Uh} 'OJpPfLb na' 'p I){llnfllj 'iP ,1uau.. PltnlllJt
~ o dp 12 "''N\dl o Cf ('1l"lJI'" OJl!'!'" J,)r\bIPnt. c}nb op JC 41vW "II!JOl~IlP jJlal~'J0) ~ )lPJ O
I)'JlJ\ea up JOIJcJlUI r:ppr s \' flp
uoos.)Jj' ) , lU , . OI\U~ \ ~Hl ~ E'JlI. » lnl rp rlJr")llh PI<>d ''''pf'J~fJ 'SltdJ(', ) Sf) 'CIJq(, l'4IMSd dS .mb
eue~fi~ .,pl?f:. e PU PpP".IS l peç I\pns'fl (lo;, ..U,J)c"PIJ II r'JfI~tJld I.; OI'~Jr"'l!llUC' Jel' fiu" pn\ 'OH '
orp p t"p WI r o.... r;:tA' I tGJf')pJ( oal 'P (. II ,'".J I ' If-' piO '{,Jfwnh üp (ryI.J-J 1112 t ., -iJ1U7>01 >N
oaVWOJ<;3 O
'sV ~ IJdliCd SPI~,pl u'f-J OllqUJf: l)LJ aS·J,IAO)J)'il"lII!Je t PH1.Uld
PlJdr-Jd e e pu UCJl ilnb obre IHJ, J S 10) Piai ''1 ri 'opJl'un,) I dP I>Jq() f'rJ . II,rpU H UJrl4 f'p clll' d
,pUPJf} úp Sri\ l,~ '1~ s.)r.Jl?pl' Sc:;I ).)U Jl Il'J' H"i vrOI~ r'IJlJI!:' o.J l.0lnJ;,J) '/IlJPJrlp r r)('/·,1pl·!JO) IOJ lJ JI\~O
b ilr {Ipi 1\ O ~ (I 1 E').,) 0111. WI)C,l'lJ,IH op t)lJP I? J 'alJf' Pp (w')PwJ \(~ ewn rw {"dIJCj V
f'.)1 H)l l!d J:' )IU.;y 1 I'p WN,)I,J J·1jd S' 'Jalll:'
Oru" eJf"'.lJIC ep ,.-- I.:.IS d lal IP~ <1rtbJ)(j 'JQ)IJld .Ir./p 'S .,nb IJJ~) e J )d 9 J; rlt C?nb UtJ 'aJd'lI.}~
C;JellCl d wellol Uf:~ I? 1?1lOll Se'lSP.U .... P~JJ S !Jnr :.mJ te W('J,.Dó)J unh ~Ie )UJ Sd di ~ ~rw
~a\.l~Jr W..J.lU( lW P 'lJet. c ",UI .11'.' IAC. l!..J[Jr-; 'õ)LJOLL ~ns ('rl('J'l' 'r., (/I,o.J"JW .,1f' ;) f' , 'lfll
e11l ~e e JJ! j e 1:/'- ()W( 2' I.JC l'p Ú ~1·tJ.o; l' (">':)1'# J õl~. Iplwnl', l'll, De: c J UJ:) C J';JW
I~JI\.;\.I J 1 1(' W H ' -li' ()I t)WC ,çtJJr )dns i Ja .. -,p \1": Inri; ( e ~E'.lu.)11O e PJ\f!flU! .. UC, I b
!Jeps ,WPJI? IU(I nbi(1I/s.. .. J,UJ ' )~(' qOy.Jr!JPfJ]Pl'lIv eu J~I:l" ' pCpr) )I)I~
1')11f) ~.,Ll ")lIJIC ~.J \Cp d~ ,JI I C nt Wlp (Ir I li): o~ Iclr>U!J i d 11 AX ilr ~ (P UJIj C
11 dr eJ~WO) \C I!' OJ O
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, ,~~ nlll .. ,. J /li. ... N.i. o,n)itç L' ~ U Jt 111!? P WI?Jf-"J lP NI Ç( .ual
elv~ " e JC) W r itj!lt1 lIlJPl oai'IU ·)u ",' r IH' ÇOIUil\.JIN>W
? e· C .. D e cr ,1"01 )1.tIJC UI opurxJ rJ )1 , r ltir) e w.;ql,,: I~ Jf'I)\. ,flU'.1 l' 1 f U
J!JÇkll'.I"ÓIJ"I' ~IHUl ~ v U · . [' >d l " , f-'. ~UJ" J mil Id f ' p urll! )l'3
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21" • rir;. .r: ,I ~ (>loJ1PI P IJJIJUClJ.J f' Ifl~) I Ijlutll OpJ IJJJ(J~ I,. 0lu lH' I,)f tI
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IIn!pJe. U JP\JI J J nb "")tJrI I fi" ,u l'Ir\UJJ j(. J 'JJC-n p~ J (")1 p",çlolArp
flP p 11K .11 o llr , UJ"}I 11, ['I'. H 11:' I JC ru . l' "q' )II'J . ~(' [' l'J() 1
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.,'.... , .JIII~'·,,~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

A BElEZA DAS CORES

Os grandes coJoristas de todus os trrnp05 tinham f' tr.m cada um o seu c ódiqo "",tO eiSque
erom/HICo,
"_. se
velE'S
traduz sob a forma de estilo, Os troncos báSICOS desse' cód,lg05 ' . vt>m _ do Rpnd':>ClmL
- .
alterados por algumas escolas ou mestn:-s innucnte' ,_ . '0< CllI lS
. primeiro
Leonardo falo . . comum a tod05 es 5es código'.
J reveJar d t:'';i~(\ncld - f' tron<.
_ ~I rl (
.
origens se perdem na Mesopotàmla fqltu (.l úr(.'"I<1 . " penetran d. o no a '::' d,l questao. e llC _ dan-
~ mano
do os elememos das mJtnzes. de bclf'za
. . no que w referf' d sua constltUlçao . .. fi'51e3. Com ele rlpren _p.
mos que essa essénOd e. o (Ontrd':>te entre IU/l'''' (' som b ' ou 'lêI' d, c"ntre_,,-lilro C escuro
rclt;, ' A mE'~ldd
que se alteram os contrastes, aJterd-se u nível de b(:'lf'l~l Ddr podf"r Ij(~ conclUir qUI:' d beleza da COr
ê sempre relativa ..
Em seus escritos surge, pela primeira vez. na história da lar, umd dl)poSi(Jio raCional dd5 afini-
dades das diversas cores em relôçao às luzes e às sombras. As cores sÓ SdO bf>!fl:" qUéJf1cJO expressclm
uma realidade, funcionando como luz. melfi ·Iuz, 50mbra ou treva. A aflnidJdl:' das cores com d luz,
I
com d sombra ou com a treva é hOje (acllmente constatada pela fotografia l'm preto p bran(o
t precIso ('ompreender que ilS dive-rsJs CO(f'5 tbm sua bell'7il em diversds fklrtcS: o preto f('nl d lJf'-
Icola dJ. sombr,], o branco ,1 da lu7., o ,lZul e o vf'rde tostados na meia-tmtd. o amarelo fl o V(~rmf'~
lho nas luzes, o Ouro em seus rellpxos e d IiIcd em suas meias-tintas. (DA VINU, 1944, p. 1871
A beleza das cores só se revela por inteiro. em cada uma delas. no contato com a luz.
A Cor que não brilha é (ormosa ('01 suas ptlftes iluminadas, porque a luz vivifica e torna mais
visível sua qualidade, enquanto,] sombrd atenua e vela esta beleza e impede de vê-I~, Se, ao
I contrário, o preto é mais belo na sombra do que nd luz, é porque o preto não é uma cor. C,,)

I A beleza de qualquer cor que não tenha brilho por SI mesma cria-se pela grande claridade das
partes mais iluminadas dos corpos opacos. IDA VINCI, 1944, p. 187)
A Ideia de beleza por afinidade fOI expressa por Leonardo da seguinte maneira:
A parte de um corpo opaco que terá Cor mais bela será aquela que se encontre próxima a um
corpo da mesma cor. L .. ) A cor entre a parte sombreada e a parte Iluminada será menos bela
que em plena luz, de modo que a beleza da cor se vê nos claros principais. (DA VINCl, 1944,
p. 190, 192)
Beleza por oposição:
Entre as cores iguais, a mais excelente será aquela que esteja mais próxima da cor que lhe seja
contrária: como o vermelho ao lado do que é pálido, o preto com o branco, o amarelo dourado
com o azul, o verde com o vermelho; cada cor parece mais acentuada perto de sua contrâria do
que ao lado de uma similar. (... ) Se queres que uma cor dê graça à vizinha que lhe coniina. vê
os raios solares na (ormação do arco-íris. (DA VINCl, 1944, p. 183, 189)
Sua compreensão da força e da ação dos contrários reveladas nas cores possibilitou-lhe a
abertura do caminho para o domíniO do contraste slmult~neo de cores.

CONTRASTE SIMULTÂNEO DE CORES

De todas as descobertas de Leonardo, nenhuma teve maior Importância para o colOrido nas artes
visuais que a da simultaneidade do contraste de cores. Esta descoberta revela a essênCia da beleza do
colOrido, Oriunda da ação das cores umas sobre as Outras, ao mesmo tempo que mowa a relatiVidade
da aparência da cor SCherffer, Goethe e mais tarde Chevreul perceberam o alCance dessa descoberta.
a pOnto de Chrevreul fazer dela o centro de sua teoria (Lei do Contraste S,mult,lneo das Cores)
[eonardo penetrou no núcleo do confiito que se estabelece entre cores justapostas. revelando
a síntese do fenômeno. Mostrou que urna cor "O lado de outra maIS escura tende a parecer mais clara
do que realmente é. enquanto a outra se torna .lInda mais escura pela aproXimação da mais clara.
Da mesma (ormd, a qualidadf' rrom.itKll " .lcentu~ldd !,Imult.lneamente quando uma cor se
confronta com outra. (... ) Em geral cl~ corps contrária~ têm uma forma particular quando estão
opostas às suas respeLtlvas contrárias. C.. ) A C.lrnclçdO empalIdece sobre um campo vermelho, a
pele avermelha-se sobre um fundo amarelo, e também .as cores parecem diferentes do que SdO,
segundo o campo em que se encontrem. IDA VINCI, 1944, p. 179, 191)

54
PI!t: .... ~.;,..o, 1. Jf.:.:M'OI '$lHtl r..." 'ROfI~

A ~;mu!tanejdade é claramente definida:


O Contorno de uma cor uniformp nào se mostra igual se não termina sobre um campo da
mesma cor. Isto se comprova quando o preto !prmm,l sobr., um branco ou o branco sobrp um
preto; cada cor parece mais nobre .. obre O~ ronflO~ df' sua (ontrária do que em seu próprio
meio. L .. ) Hei uma Qutra {regr,l) que !('ndl'.1 nJo (MI'r ,1<' cOf(~!o nl;Ji.., fr'nmo<;ds do que são na-
turalmente, m.lS que por <;UJ comp.lnhi,1 "'(' (,011)1'1(,/,\01 um.i" ;:l'> outrd5, romo C> vNde (om O
vermelho e o vermelho «)Ol o vf'rdí', qU(' S(' f.1/"pm valer por wa fp.clpmud,ldf' (DA VINCI,
1944, p. 184, 187)
Em outra €);;penência, Leonardo diz que os extremo~ do::; corpm dp.:H('u:rn OlrJ mais riMO':. ora
mais escur05 do que são em realidade, quando o campo que cantina com pies p me;!') f:''l(uro ou
mais claro que a COI do corpo limitado Aprofundando as observaçóes sobre O contraste ':..imultàneo
de cores. constatou o fenômeno da aparição de cores em área não plmada, Pela d~scoção ff;!ta,
trata~se de dispersão cromátICa. uma das manifestaçóes da cor inexistente estudddél na Pdrt€' f!nal
deste livro. Embora a cor dispersa seja uma cor irradiada (uma forma de refletáncia que surge sobrt:
o fundo claro, pela presença próxima da mesma cor mais intensa), ela se Incluí entre as manrfe',ta-
çóes maiS sutis das possibilidades cromáticas, num tipo especial de reverberação luminosa
Leonardo Da Vinci (1944, p. 183), assim a descreveu:
Se queres obter uma excelente obscuridade em oposição a uma excelente brancura, ou uma
excelente brancura com a mais intensa obSCUridade, o que é pâlído parecerâ vermelho, do mais
°
chamejante vermelho, nao por si, senão por comparação com violeta ... (grifo nosso)
Apesar da deficiência de Informações sobre quantidades (formas, áreas e proporções), é
evidente que ele se refere a uma forma de contraste em que entram três elementos: Q mais In-
renso obscuridade, e uma excelente brancura contrastando com o violeta. Neste caso, o vermelho
~chamejante" seria fruto da dispersão do vermelho contido no violeta, conforme a experiência
demonstra cabalmente.

SOMBRA E LUZ
As sombras bem estudadas são uma característica do Renascimento, mas nenhum outro píntor ou
filósofo preocupou-se tanto com o problema como Leonardo. Mais que qualquer outro, ele perce-
bera no conflito entre luz e trevas o meio de revelação dos fenômenos cromáticos e o núcleo da
linguagem plástica e pSicológica.
Definindo a sombra, diria: u•.• é um aCIdente naSCido dos corpos sombrios interpostos entre o
lugar da sombra e o corpo luminoso. (.) A sombra é uma diminuição da luz; a treva e a pnvação
total da luz". Quanto à relação entre luzes e sombras, constataria: "A soma das sombras é proporCiO-
nai à soma das luzes, e quanto mais forte é a obscundade que se vê, mais esplendor tem a luz"(DA
VINCI, p. 220, 228, 237)
Com uma abordagem Inteiramente nova, ele abriTla caminho à futura teorização das sombras
colondas Chama-se sombra colorida a sombra de coloração complementar à cor do fundo onde
ela surge. Percebendo que nem sempre a cor da sombra corresponde à do corpo onde aparece, Da
VlnCI deu o pnmeiro passo para a explicação do fenómeno das sombras colondas ao demonstrar
que as sombras cuja cor não corresponda ao escurecimento do corpo opaco onde surja 5jo 'iom·
bras produzidas pela conjugação de luzes de colorações diferentes.
Ainda no estudo das sombras, Da VinCl (1944, p. 234) percebeu que a ação das cores dos obJe
tos circundantes a uma superffcle opaca tem o poder de Influenciar essa superfície, colOrindo-a.
TOOJ superff( ie de um corpo opaco, dtmgida pela cor de vários objetos, eqara mllut'nLi.ld~, pelJ
mesclJ. das cores rdendas; a pJrte do corpo opaco a-b-c-d cSlariÍ mesclada de luz e de sombra,
porque este lugar e~tá atingido pela IUL n~m (' o escuro o-p (dus!. 13)
Em outra expenênCla, Leonardo (1944, p. 247, 248) d","
L.i quando um corpo opaco proJN<l 5U.l sombra sobre .1 superfície de outro corpo opaco, este
último estará. iluminado por dIversas luze~; entJo essa sombra nJo Virá do corpo opaco mesmo,
mas de outra parte, Islo demonstra: sei ... n-d~e o corpo opaco e branco em SI mesmo, e esteja ilu-
minado pelo ar a-b e pelo fogo c-g e colocado na frente, entre o fogo e o objeto opaco o-p/ cuja

55
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f.i Vút~nc ,rpc-"'rfIV' 1(, 'rx1.~ Ct/

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sombra se cortará sobre a superfície em d-n e a esse d-n não chega a vermelhidào do fogo, rndS
sim o azul do ar; então, em d-n haverá azul e em n-f, fogo. Portanto, a sombra azulada termina
embaixo, com a vermelhidào do fogo sobre esse corpo opaco, e por cima termina em violeta. a
saber: d-e está dumlnado por uma cor mista, composta pelo azul do ar a-b-e e pela vermelhidão
do fogo g-c, que é quase da cor violeta. ASSim se prova que essa sombra é falsa. que nào é uma
sombra do branco nem do vermelho que a rodela. lilust. 14)
Leor,ardo classificava de falsa a sombra descnta, por residir ai o cerne de sua opção crOMátiCa
Aceitar·do a Inclusão de tal sombra na pintura. ele estaria aceitando os contrastes de cores que
levar- ~ pintura de tons - em opoSição à pintura de valores - que defend,a.
A sombra dos corpos não deve partiCipar senão da cor dos corpos mesmos, ali onde ela se
aplica, Portanto, o preto não sendo considerado cor, com ele desaparece a rombra de todas as
core'), com mais ou menos obscuridade. conforme se encontrem no lugar, sem perder jamais
totalmE'nte a cor do referido corpo (senão nas trevas). (DA VINCI, 1944, p. 248)
A disposição das cores espectrais em forma circular sempre nos SUSCitou a indagação de :omo
teu3 OCOrrido pela pume"a vez. ,dela de dISpO-Ias dessa maneIra. Como Newton teu. chegado
• essa soluç~o? ludo ,ndlca que a origem fOI uma adaptação do gráfiCO de sombras de l.eonJrd"
Newton deVia conhecer o desenho em que Da Vincl apresentava as sombras de um objeto JlVldl-
das propore lor:alment~ p dispostas graficamente em forma Circular, A Ide Ia. válida para repre')crti'f
percenuais de súmbr;js. poderia também representar percentuais de luzes ülust. 14)
A de~rlçao de urr1i dd'l ex'pen~n(las que qerou es!('I d+:spnho e<,tá IigadJ à dnedon desctit.1
por MereJkows": em ,:eu livro sobri:~ Leonárdo da VIn{1 f" fr.lr~,(nta por Kandln~ky (19~4. p. 6O):
Leonardo Im,lgin'lfd um ~1 ..tpm,1. ou mf'lhor. um.l g,lm,} df'I)4'qupn,]~ colhNt"o para medir .1\ di·
ferentps cores. Estp SI'.If"ma cWVt>rI,1 rwrmltlr um.l h.lfmOnlJ nll"c.lnlr.1 Um dp seus alunos, Jpt'-'
s.1r de todo e..for~·o. nJo con'tCgulJ f'mprt.'g.lf n nlf'lrKfo tom 'U( f''i,>(), Dl"e!>perJdo. ~rguntou a
M -tre o fa7id 'o Mt>... trc n,io o utdllJ nunl,J, rNpondeu-lhe,
um (O Icga co mo O .:;" .

56
P .M 1~i \'t.' •

Leonardo enuncia o metodo da ',eguinte maneira (DA V1NCL 1944, p, 192, 193)-
(. .. ) colocando-se um oblE'to branco entre flni .. muros, um branco e o outro preto, entre .l pdrte
eSCura de~te objeto e iI t 1.lra h,Jverá um", propon;t'1O parec.ida com a qUE' ex;s!p f'ntre iI~ duas
°
muralha ... Se ohjeto ~ azul. produllr~S('-''i u mp<,mo efeito, Então, lpn .. flUf' pintar a!>sim: pdr,}
dar sombras dO objf'to aluI, p(>~a um prt'IO wnwlh,mle ao dd mur.llhd que su~wmente devp
refl(>tir~)(" sobre o Objl'IO: (' p.l!'.l 51'gUlf prinCIpio" <,pgur"'i>, qu,mdCl pint~ um muro, proc.ura
tomar urna \olh{'r m •• i" (lU Olf'no . . gr.lndl', "f'~lInd().1 dlmf'n"~lo dj our,l. com as bordas de Igua!
.1hurJ, pMa medir ,\ qu,mlid ..ldl' rlt~ I (Ir quI' I'mprf'g.u,í.-.. nd prl'rMraç:io d.. tU.I" tmt,l<; LI
.)(' tiver", ... d,ldo,)" plimí'lr.lS ...ombr,l<' lré<' ~f.lLJ') dp oIJsLurHI,lrI" f· um dI> d,Hld.1rl~. ou seja, trés
\olhcrp~ co('i.:\s, c qUf' 1',>1,1'> ((Jlh(>n~,> .,Pj;-Hl1 dI' um prf't(J !>Impl~s, rOln um,\ (()Ihi'r fie br(ln,o,
d mescla ser,\ de um,1 qU.llio<ldf' (Pfta f-' (')(.11.1. T('ndQ fPito um muro hrttnr (I f' (}utro ~uro.
S1'" entre- urnbos (010(.,15 um nbiplo MuI ,~(J qU.l! dt><,pjas dM o verdad+-Iro 10m f)(. ~ombrd; e de
claridade que Ih", convpm, miSluf.l de um I,)do o azul que será (omp!('trt.mf~nl(~ p<;tunl t' o prf!to
J seu lado; toma em seguida Irh co!her€'s de preto e mistur,hlS com ume! rJf' d/ui d.J(o. don-
do-lhes a sombra mais lorte. Feito Isto, vê se o objeto é redondo ou quadrcl(Jo, ou r:rcsu'n1r:,
ou exagerado. Traça linhas a partir dos extremos das muralhas escuras ao (entro dt'sW ob)f'IO
redondo e coloca as sombras mais fortes entre os ângulos iguais, no lugar onde !;Ud'l linhas o;e
cruzam sobre a superfície do objeto, clareia pouco a pouco as sombras, afastando-te do ponto
em que elas são fortes, por exemplo, em o-o, e diminUI tanto de sombra como este lugar par-
ticipe da luz do muro superior a-d, e mistura esta cor na primeira sombra a-b com a me:.md
proporção. lilust. 15)

COMPOSIÇÃO DA LUZ BRANCA


Durante muito tempo a afirmativa de Leonardo de que "o branco é o resultado de outras cores ::3,
potência receptiva de toda cor~ Intrigou os estudiosos, despertando~!hes o desejo de saber como
ele chegara a essa formulação, se por pura intuição, ou por comprovação prática
Lendo inúmeras vezes os mesmos trechos de Leonardo, no intuito de confirmar-lhe a preocu-
pação com as sombras coloridas, encontrei outro sentido expresso nos textos, que me escapara nas
primeiras leituras, como escapara aos pesquisadores dos séculos precedentes que os analisaram.
Trata-se da descrição de uma experiencia que comprova caber-lhe Inefutavelmente a descoberta
da composição da luz branca, e não a Newton, como se vem ensInando há três séculos
Numa sequência lógica de observações, Leonardo da Vinci (19'14, p. 248) acumulou os dados
necessáriOS à dedução de que a luz branca era o "produto de outras cores'
O corpo sombr io (o que não tem luz, em oposição ao corpo luminoso), colocado entre as pare-
des próximas de um lugar escuro, que está iluminado de um lado pelo esplendor de um,} ... ela e
do outro por um pequeno respiro de ar, serd branco; então esse corpo se mostrara de um lado
amarelo e do outro azulado (gnfo nosso).
Ao Iluminar um corpo opaco (branco), de um lado, com a luz amarela de uma "ela e, do outro
com a luz azul diurna filtrada por um respiro, ele percebeu que na parte em que as duas luzes se
misturavam surgia o branco (ilust 16).
Na Teoria das Cores, afirma Goethe que por mUito tempo a Física considerou o alT'.are!o e o
azul como as únicas cores realmente báSICas. Mas, de toda maneira, essa conslderaçãu 56 poderia
ter ocorrido a partir das experiências de Leonardo, pOIS ames delas o que se conheCia de mais avan·
çado era a concepção das quatro cores de Albertl
O que a FíSica chama de síntese aditiva é exatamente o que Leonardo desc0bm Cl que a sorna
de duas cores que ~e complementam produz o branco. Esta descoberta conStitUI a NSe de toda a
teona cromátICa dos tempos modernos
Com a descriç,JO da experiência citada, assumem novO Slgnlflcado.:ls frases euforlcas, como
que d gntar Eurekal: "O branco não é uma cor, mas sim ,1 potência r€(í?ptlva de toda cor. O branco
não é uma cor, mas o composto de todJ'j as Corf"j',

57
partir do século XVI as Investidas em torno dos fenômenos cromáticos tornam-se cada ',ez
is preCisas, à procura de definições Inequívocas, se possível matemáticas. Mas o verdadel'
ro progresso no estudo da luz estaria reservado para o século seguinte. Os nimbos que se adensaram
se transformariam em benesses. Seria o grande salto qualitatiVO, cUjas quantidades iniciais se firma·
vam nos raCiocíniOS pitagóricos, em lenta e tortuosa evolução no curso de mais de 23 séculos.
Com a aplicação dos conheCimentos acumulados sobre os meios de manipulação da luz, o
napolitano Porta (1541 - 1615) melhora a câmara escura descrita por Leonardo da VinCl (lanterna
mágica), dando ensejo a que o padre Klrcher desenvolvesse seus princípios para a construção da
primeira lanterna de projeção.
Numa intensiva busca dos fenômenos óptiCOS, em fins do século XVI, laca rias Jansen cria
o microscópio. Amplia-se, no sentido inverso, a possibilidade de prospecção do universo quando
Uppershey fabrica em Mlddelburg (1606) a primeira luneta de aproximação de objetiva convexa e
ocular côncava. Três anos depois, Gallieu constrUIria a luneta que traz seu nome.
Todavia, o catalisador das prinCipais Inquietações científicas do periodo fOI, Indiscutivelmente,
o matemático Johann Kepler (1571 - 1630), cuja infortunada figura, pelas contradições de genialida-
de e desenfreada loucura de elucubrações mentaiS, místicas e Científicas, exalta nossa Imaginação
e desperta a mais profunda simpatia humana.
Em 1604, Kepler escreveu a Óptico, estimulado pela compliação dos trabalhos de óptica de
Ptolomeu e AI Hazen feita no século XIII por Vitellio. Demonstra nesse livro que a Intensidade da luz
diminUI na proporção do quadrado da distânCia. Retomando a idela da câmara escura, faz avançar
os pnncipios da câmara fotográfica. Eleva a outros termos a hipótese de Leonardo sobre o mecanlS'
mo de prOjeção de Imagens invertidas no Intenor do olho e, ao definir melhor a função do msrallno,
elabora teoricamente a fórmula das lentes para óculos de míopes e presbitas.
Desesperadamente, durante 18 anos, Kepler buscaria a solução do desacordo entre 3 Idela
herdada do movimento CIrcular dos planetas e a evidênCia de sua negação. Com Inllllção d,' VI
Slonáno, terminam por arrancar da montanha de notações de Tycho Brahe os dados preCIsos para
descobrir as elipses que formaria A HarmOnia do Mundo. As leis de Kepler dariam J Newton O> ele
mentos báSICOS para a formulação do grande principIO da alração universal
O novo quadro da astronomia levantado por ~.ppler se entrelaça de tal maneira com os co·
nheClmentos matemátICOS e luminosos, que se apre')enta corno uma. conqUIsta da Matemática e
da Óptica, forçando passagem ao naSCimento da Óptica FfSlca A vlSao do universo kepleriano é
tão moderna e fornece tantos dados espec.ulauvos a Eln')teln, que nos parece ter sido lançada na
véspera do apareCimento das leiS da relatiVidade.

S8
Enquanto perseguia tenazmente as leis que regem as órbitas de Marte, escreve a Di6p/rl(Q
(1610), com a qual funda uma nova ciência, destinada ao estudo da luz refratada. Nesse trabalho.
Kepler desenvolve o sistema da óptica geométnca e Instrumental. lançando ainda os pnnciplos do te-
lescópio astronômico. ou telescóp'o de Kepler. Com a D/6ptrlca. procurou deftnll as leis da refração lu ·
mlnosa por meio de vários corpos refratores, Inclusive o pnsma, sem contudo alcançar seu Intento.
Cabe-lhe, no entanto, o ménto de ter aberto caminho aos êXitos do sábio holandês Vlilebrord
Snell- a quem se atnbUl a descoberta das leiS da refração - bem como de Descartes, que publlca-
na um IMO também intitulado D/6prnca (1637), no qual faz ampla expOSição das leis que regem a
refração (leis dos senos) e a formação do arco-Ins.
Em sua obra, Descartes revela as propriedades das lentes e explica a aberração da esfenoda-
de. Suas leiS fundamentais sobre a refiexão e a refração têm o seguinte enunCiado:
1. O raio Incidente, o raio refletido e o rala refratado e a normal do ponto de incidência estão
em um mesmo plano.
2. O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
). Há uma relação constante entre o seno do ângulo de incídêncía e o seno do ângulo de rerra-
- . ,
çao, Isto e:

sen t ~ n onde n comtltul o fndKe de refração do


sen r segundo mi."io ~m rela\ão ao primeiro

Descortinando novos hOrizontes para a oência da cor e definindo a cor como sens..l,áo, ·De~.;
cartes d~nunciou e abandonou mteiramente a teona de Anstóteles' (BIRREN. 1966. p. b91 M definll
ol luz çOmo urnd matéria fina e sutil que se propagd por toda parte e fere nossOs olhos. tihrrna que
as cores sJo as sensações que Deus eXClli! em nós, segundo os diversos movimentos que trazem
t'SSd matéria aos nossoS órgãos.
A ,dcla dei cor como !>en~çdo re')umlil o (OnheClrnelltQ qW? se dcumul.lfJ (k~dt? VS Iâtoml~tdS
greyos, passando pelôlntulç50 dI:' LeonJrdo, atl~ rllll1'Jlr d torrnulaçan de GJilleu que 3dvertia para
a necessidade de se distinguI! nd niJtureZil il'i qualidades pnmOld1dis, (0010 d po~lção, o número, a
forma e o mOVimento dos (orpos; e dS qUdltdddps secund,)rldS, corno as cores. os cheiros, os sabo-
res e os ')on5. que s6 e.1lstern na (,.onSCl~rldJ do observ~dor P,Jrd produzir ("01 nós 90stos. odo(e< ,.
sons e cores, nada se e)(ige dos torpos exteriores. e"eero forma .., númeroS e mOVimentos rápidos
ou lentos, Se excluirmos os OUVldo\ a língua e o nanz. permanecerão dS formas. os nur-eros ( os

S9
:.: _. • • .V1A.~ ~l 1. ·t· •

". )1"" C, >nS OlJ~- rtdda rPals s~o


n-'OVlmj nt')~ ma~ t1C" r: prmanec(lfã0 ncn OS Kh:i: S. .,eM O 1e ) l J. '1E"rTI. -

C:Ui'Lpalavns. 11 dndo ~ er arJda~: de S S€ft ;; vhlC's. R ~ f '~'Oo e Par~.-el-


l,., , •. e' de Pler r , amu. ,. - .::..... -
t
~ ÇlI .rldo os _xemplo!' dI ' ( )pér ',j( ) e -lten ~) d.' , t ) f f A. P·,"frt I )""j .... ndi
. . b d t rT 3t1CO e flll)W o r, f'L't.:"- ("-
"lU. ')r,trdrlaS deSo p~'nL j:JCS de An:-tútele' va .,a e•. ~a__ f ' . . _, r er. outrr'S fló~cfo!. dft-
\ ~Q' 65"') I)r-tlt.... u vlcle:'1tar-eNE d foJe,sotloJ nLoto~, 11 - nde tUSCd -... d~
..... ' . I j nova P';(dIJ o ~,I~ .ema <.:
t:qO( o )upc,rte para suas t ~(.QS. As~m é (='VIV ia e dt )€"VO VI' I') f"('f1 -

j: rol)dg,l'T ao cerPI s. llar da Ul fiado J: )i Leu\..ip<:: e difunnl(Jc. pc,r J('I c . . . ntl I.


IJr- 3no de~--ob da morte de lJ3s:er.dl. C mar mall(( I·t J Ilu'nu fr "'r 01-.. i' C0 GII", -·Idl
-'
ançarla as
. j r. cc rn1lf1r1 3ml f' t, d,j<' opnt:ls for-
na~..:"i da teorja ondulJ.tC"lJ ja luZ cc "J-Joirclr d () su,_ prc pd~.lJ). - o Clv,...~ ..-
lalias peles liqUldos. f~~ tesE> "dnhdria rapldamel1te IiI)V;)~ t" :nfiupr)te l yjpr,toS- ú:')l(' clnos ~.1IS
tardE: c ytrtl1lmo e fl~ lCO hOlandê-> Chnst!.ll HUygCfl') pubh( arla o rratado da Luz. Q\,e dtOPJa ii
polanzJçao (1,. uz ti.' olltros fenómpnos lumlno~ ")!,. rxpllt... dr, se '.:)LJr"dO a teGf -3 ondulatórta '.forrra
de movlmt'nto vlb,dtÓ(U).
1'01 v(,lta de ló6~ Isaac Newton emrreendr;- rie forma sist:?matic 3 O pstudo dUi fE.:r.~rof'P")S
luminosos Cem ba,e na luz solar Os resultadcs di' u.1S invest.,jaçoLs po'Slbi"taram·l~e alcanç.r O,
di! alTOS grau> d. :onhecrmento na épocd e sao o tema de, liv", tundamental paro a compreen
~o da cor Op1lca ou Jm Trarado sobre a Reflexão. Q Rerração ~ J~ lore' da LJz. publicado em 1704.
As delas revolUl onarrdS c0nt.das nessa ,bra ·cm:tll' le'Tl a essê~Cla ria Optlca Flllca. nova d.scipllna
por ele Inaugurada. No livro é revelada a de\Coberta dc rreonlsmo ·je ~oloração dos corpos atra
vés da absorç~c e reflexão dos raiOS luminosos dete"T'lnada' , pc.r certas proprredades, que chamou
de 'cores permanentes dos corpo, naturais'
DePOIS de Interceptar dm raio de luz com um prisma. fazendo SlJfg" as cores do espectro,
Newton realizou uma operação adiCIonai em que as cores. ao atravessar um segundo pnsma ou
uma lente convergente, recompunham a luz branca originai (ilust 17) A decompOSição da luz bran-
ca pelo pnsma permitiu-lhe dedUZir que a separação espaCIal das cores Simples é obtida graças ao
grau diferente da refração de cada cor revelado ao atravessar os corpos transparentes. Essa refração
é caractenzada por certa grandeza, denominada índice de refração. As aferições dos raios refratados
POSSibilitaram a Newton retIrar a noção da cor do ãmblto das Impressões subjetivas para IntroduZi-
la no caminho das medidas e verificações matematrcas

~ 7 i'rl".mas inverr,dos.

o est~dc. da retra~.lo da luZ pelos cc 'pos mostrou qu~ el~ de~rdla. em grlnde pJrw da
substânc',(I de quC' era feito o meiO refrate1 A:'Slrn ( )rrt') va'"] o flrdu :ie refração da lUZ dO passar
do ar para a água ou para v vidro. asSim tdntem "aroà o grau Ce retração da luz de I1cordo com a
qualidade da 5ul:>stán( a refratora
Mas t.,jewtor descobl U tambérr outrd p roprif'd.3c1e do~ raiús slmpfe~, que permite- definI los
luantltatrJamente sem levar em COf"lta a natureza dó substânCia que dtra\lf'Ssam. -'ata-se de seu

60
p '1.\'; lo.! '.J(: .~
"
.
comprimento de onda. Data daí a perdd rid jmport~noa da nomenclatura da COf P,)! a 05 fl~ 1((\'
uma vez que todos os cálculos e aferiçü€!5 do~. mdfl1e, ~o ff~I{QS e e:xpr~_sm milt~matiCdm(>ntl;" '"'n-.
mHHnícrons, fugindo das confuSÕt's e Imprt'n;Cot'j vorabulart. '5 e,enSiveil.
Ao deduzir que a mesm.] síntc',i' obtld,l com d'i rúre ·Iuz (o branr'o) poderia tan)bArn ser
conseq ulda IJ tllll,mdo cores p!Cjnlt."'nto f'm IrH1VI/Jlt 'nt 0, Nf;WI OI t equl'/OcOU -'}(I. Tra rsporf.dJlcio para
um disco de cartáo ti srquénCld c.Jd~ rOll't, (><;p,Ylrdl'), I- d.muo d r arlit !Jrn:J a ,!.rl~~ proporciona! '1 i)1'"
t;'!as tém no espectro, qu,Hldo \p qUJ o dl',co flLlnld vplolld,1Ii .. c..h~ ()O d BO IOU';Oe", por mif1\Jto,
as sete (ores rf'(huem-<"t~ Vi"ll,l!nH'nlt> .\Ilt..... COrfl,.,PorllI1 11110 ,I) rore<.. pnr'-,c.ri;.rt AOJrTlt.:>rtldndo a
veloud;'1rle da rOld\dO, o(orr(' t) d(I<"Jparl-'(irnl>llto yrddudl riu> MUI') A fJrlnir dI' fIDf) ((ltaÇO/'S pc'
minuto, OI nll':i I 1J r,1 cid s IUJ0S COll)ric1.:I''i rellv t iddS Pt'!d'. (( ln·':. -P1CJf [H ~(\to C(jlj"il ) ';r..nStl~~Ir; rir: uma :or
Dcre Uastc111tt"' rortt.'. e n,jo de IHJncO, (Ofll\") vinha sendo cJihmuido h,í rndl5 dr. tr~~s '/~CJI()'
O di<;co cllado por Newton é dIvidido por rdlU" em cptr partes, corrr';,!y_mdf:rllC'c. propore~)
rldlmente lls core,;; do espectro, com os spguinte'J graus (ihlSL 18):

vermelho ~ 60' 4534'


laranja ~ 34'10'38'
amarelo c 54" 41 1
verde = 600 45'34"
azul = 54' 41 3"
anil = 34'10' 38'
violeta 60' 45' 34"

/8 Discos de Newton.

L
v
A

v
v
A
A

Por toda> f'SSdS rdzões, qUI.' O~ trdbdlhos dp Newton Lontlibufram enormemente para o
rJl/{'(
desenvolvImento da CtÊ'nCIJ, f>-m dlqun> Cd')OS, é dlndd mUIto pouco. No que se refere à cor, são a
origem e a próprta CIênCia num de ~f..'u<) rnompnros Jeci!:>ivos

1>1
e todos os pesquisadores, Goethe é o que exerce maior ,nfiuência sobre os intelectuais
e artistas contemporâneos no tocante à utilização estética dos princípios cromáticos.
CON~do, (]I innu~ncla se processa por via Indireta Suas Ide las, refietldas nos trabalhos de Che-
vreu!. Rood. Ostwald etc, e as Inúmeras citações, visões e máXimas sobre a cor que se espalham
por toda a sua obra poética e de fiCção, além da própria mística que envolveu sua paixão pela luz.
respondem melhor pelo prestígio do autor, nesta matéria, do que seus experimentos científiCOs e
teses reunidos no Esboço de uma Teona das Cores.
Até hOJe ele continua um lívro Incõmodo para muitos. A agresslvidade polêmica contra as
teorias de Newton. que tantas dificuldades causou ao lIVrO no seu aparecimento, ainda o mantém
num clima de reservas e de refutação prévia por parte dos cientistas. Por outro lado, seu caráter
pouco acessível às pessoas de formação não cientifica cnou barreiras à sua compreensão e maior
divulgação
A obra Teona das Cores teve sorte diametralmente oposta à de Os Sofrimentos do Jovem Wer-
Ihel Enquanto esta obra originou-se de iluminada inspiração quase Juvenil e eXigiu de Goethe
relativamente pouco trabalho em sua realização, alcançando indiscutível sucesso Imediato. aquela
que teria Sido produto de maior ambição Intelectual, consumindo-lhe mais de 30 anos de esfor-
ços em perlodo de plena maturidade, fOI contestada por muitos. utilizada em silêncio por alguns
e permaneceu longos anos em completo esquecimento do público. Werther, embora continue
'TIultc lido, quase nAo têm Infiuéncla na literatura contemporânea. ao passo que os princípiOS
levantados pela reoria das Cores - em que pese a seus conheCidos equívocos - são as bases das
<lrtes visuais do século XX.
(amparando a Teolla das Cores com a mais Importante obra literária de Goethe (uma das
maiores da humanidade). poderíamos dizer que a glÓria universal do Fausro, explosão artlstica de
seus conheCimentos e Vivências acumulados durante toda a existência, foi o prêmiO que a Vida lhe
dera. o reconheCimento da Teona das Cores, o que ele gostaria de ter tido.
Era um gêniO, e até mesmo os equívocos de tais homens têm o poder de ajudar os demaiS
a descobrirem verdades antes não suspeitadas. Não Significa IstO uma apologia das ,deias que
minimizam as diferenças entre o certo e o errado, entre o bem e o mal Quer apenas dIZer que
os equIvocas resultar-tes de elevados rdeals de acerto e perferção trazem sempre em SI alguma
parcela desse' ideais que os geraram

62
ANTECEDENTES E ORIGENS DAS PREOCUPAÇÕES CROMÁTICAS

Tendo vivido a Juventude em intensa inqUietação Intelectual, o espinto de Goethe. que cada fez
mais se nutna da cultura clássica, não deixaria escapar as premissas do Romantismo. que dOlTllnana
a Europa logo a seguir
Apesar do extraordináno sucesso do Werther, que o situaria como indiscutivel"chefe-de-es-
cola~ não seria Goethe um defensor do Romantismo e afirmaria mais tarde: "Eu denomino clássico
o que é são. e romântICo o que é doentio. (..) As obras antigas não são clássicas por serem antigas.
mas por serem vigorosas. vibrantes. alegres e sãs' (ANCELET-HUSTACHE. 1956. p. 161. 162).
Mas sua opinião estética não era dogmática ou limitadora - para ele °a fantaSia do artista não
(devia) conhecer outra lei que ela mesma~ Nessa paixão pelo ClaSSICIsmo está a origem de suas
preocupações e Investigações cientificas. Os resultados de sua viagem a 'tália são bastante esclare-
cedores a respeito,
MUitos critiCaS, se não negam Inteiramente a Goethe a vocação cientiflca, qualificam-no, neste
terreno, como um pensador modesto, sobretudo quando o comparam a Leonardo da VlnCl e Nf'Nton.
cu cotejam sua produção Científica com sua própria obra !lterana. A grandeza do Fousto parece obs-
curecer os demais méritos dos êxitos que conquistara em outrOS campos do saber No entantO, o
siL"1ples titulo de dlvulgador dos trabalhos de Goethe sobre história natural e a deificação de suas
dc.ias científlca5 bastaram para fazer a nomeada de Rodolfo Stelner em certos meios lmelectuZIIs.
A Meramorfose dos Plantas e os escritos sobre mineralogia de Goethe ainda hoje despertarTI
Ir teresse Estudando anatomia, descobflu o OS50 meermQxilaf, que, segundo ele, ·constltLJI, por aS'jlm
dizer, a pedra angular do homem- A observação do funcionamento dos órgãos dos sentidos pcs
~Ibilitaria sua descoberta capital no terreno das cores, a tendênCia à compl1~mentaçao Climali,.)
cemo Iun<,:Ao da retina, Vinculando a pesqUisa da cor ao campo da fiSiologia.
A pr~ocupação de Goethe com a'- cores data da juventude. quandO iniciou a pr,HtCa da plntt.'
ra e do, fe"enho. A viagem à ltalla seria deCiSiva para ampliar-lhe o conh&:lmento ddS i!rtes plâ~tICd$
nl-m r ivel ,upenur ie entf'ndlmento Na ob~erval,~o direta dos "Jriqlnals anriçJC'i, dedUZiria: -Es.tas
s.... bl;:-es vbras cfe art~ foram produzidas pelos homer,s, segundo lei!.. verdad~iras e '-aturais, tal
como dS m31:)r(>S obrd"i .i<J ndturcza"(AN(E1E T- HU< TAC HE, 1156, p. 1~). A buSCJ des:3s eis pa~:.Qu
a ser O ObjC'tf\t'O maior ~t,~ suas pesqur)3S e dl~ 5U~1 plÓpll.l exist~ncta
tio momcrroem qlJeco~cl o desVf2'nchr iJ !.omplexa trama dos ff"\6rnenOS fiSlco-técni~o-art:s­
tlC..x.. paradoxa1mert!" abandona a plrltura, afirmando: "De minha prolongada perma~rCia em Rorra,
obtive J vJotagem de r~"unc" ~ ~rjtlC3 dasarl.' pl.istlcds"(ANCELHHIJ5TACHE 1956, ~ 106).

63
I PRv,'1.'. ,,I' )('JN\Ir.:! .l/VIFW nA ',\RI).

r bem verdade que esta renÚncl.l ocorre num ppriodo de intensa rcalizdç...tU Iner<Jna, rna3 ,)
qrdnde fervor C:Jm que fala dd arte do pé:I)sado :ontrêl',ld (om a quasE' indlf€'renç,l pela plnturi.l df'
seu tempc-
De tudo isso, porém, rf'staviI-me apena ... ob\(>rva(,,1o de qUf' O~ artistas vivos <,(' vali.1m uni-
,J
r an1C'nte de fórmulas f! d(> Ir;HJU;Ôf> ... mnl ,1~~lmil.1dd<' t' df' e#'rto ,mpubo, de m,ln{>ir.l que daro~
e"c.uro, colorido e h.vnloni,l Li,I" UXI'o; glr,w,lm {onlinu.1ml?nt(' df'ntro de um circ:ul0 ( ) qUf'
ningurm con<õegui.l domin,H, rlt'm tr,ln"ror O~ limite..'!>. (COETHE, lqúa, p. 1977)
Tudo indica que, por IntlJlçdO e dl~duçao, E'le prf'Sc,potld a crlSP que 5P alasrrarla no ',eio dô<.
artes plasticc1:, O desvirtuamento ria maneira de fazer, erTI pleno domínio do ac.ad(.>mici~mo, condu'
zlna a pintura ..10 extremo esgotdrTIE'nrO formal a que chegou a arte oficiai de mead()~, elo século XIX.
t Importante notar que a data dJ renunOd de Goethe" prática da pintura corre'iponde dO Inkio dE'
SU.1S preocupações com os problemas ÓpTICO· físicos ~~ que 05 dois fatos eSTdO Intlmi:lmE·nte liqados_
Cada VE'7 mais ele reconhecia que uma qrande .Irte só poderia ser fruto de leiS verdadeirdS (' ndtU·
rab, e o academICismo constltuld a própria neqaç\1o de Lals lei,)
Ardoroso defensor de uma arte rie elevado conteúdo moral e humano, Iria contribUir tdrnb~m
com suas descobertas estéticQ-científtc,l'" p,lrd o rldvento da abstração nas artes plásticas, quasf'
um sp.culo depois de sua morte.
A preocupaçâo com a cor, que empolgou d maioria dos grandes espíritos de sua época, foi
também uma constante na Vida de Goerhe Retratando d ,_ürnosfera reinante, ele escreveria IronICa-
mente: "Quando se agita um trapo vermelho, o touro e Irrita e enfurece; porém, quando se fala em
cor, O filósofo tka frenético' (GOETHE, 1963. p. 443)
Os estudos mais aprofundados e a determlnaçâo de publicar sua teona parecem ter-lhe surgi-
do logo após a viagem à Itália Em 1790, dlvulgou·se a "notiCIa de uma obra sobre as cores, realizada
pelo Senhor Conselheiro Von Goethe': maiS tarde comentada por ele nos seguintes termos
Agora me atrevo a chamar a atenção do públiCO sobre outra obra da qual penso expor uma
parte, em compêndio. Trata das cores, sobretudo daquelas que podem chamar-se cores puras,
primordiais, que só percebemos através de corpos incolores, como aquelas cores que nos mos~
tram o prISma, a lente e a gota d'água. (GOETHE, 1968, p. 1.9481
No cursa de sua breve campanha militar (1792), vamos encontrá-lo com "o espínto mais preo-
cupado com suas teorias sobre a óptica do que com as operações militares" (ANCELET-HUSTACHE,
1965, p. 116) A verdade, porém, é que antes de 1790 Já começara a preparar o livro Contnbuições
pora o Oprlco, prelúdiO de uma séne de estudos que resultanam na publicação da Teollo dos Cores e
na elaboração dos Morenois poro o H/Sróno do Teono dos Cores (1805 a 1810)
Esses trabalhos, ennquecldos com novas observações, formariam o Esboço de uma Teono
dos Cores, terminado em 1820. A edição definitiva compõe-se de duas partes, ou doIS lIVrOS In'
dependentes, mas intimamente ligados entre SI pelo desejO do autor em opor-se às teonas de
Newton Devido a esse fato, as matérias do pnmelfo livro, que contêm as magníficas contnbulções
goethlanas, são expostas de manelfa clara e dldanca, mas Já com eVidente Intenção polêmica. A
segunda parte, ou livro 11, é exatamente o que dIZ seu agressIvo título: Porre Polêmico - DenunCia
da Teono de Newron.
Segundo se depreende logo na Introdução. Goethe (1963, p. 442) conSiderava o Esboço de
uma Teono dos Cores como a terceira tentativa de uma hlStólia da cor
Até dgora só duas tentativas se registraram de uma enumeração e classificação dos fenômenoc;
cromátICOS: a primeira por Teofrasto (filósofo e nalurJlislJ grego, 374-287 a.C); J <;pgundJ por
Hoylt' (Robert Boyle, físico e químico inglês, 1626-·1691). Não se discutirá o terceiro lugar, que
(,llx' ao presente mtento.
Na parte final dos MOlena/S poro a Hlsrória do Teono dos Cores (Confissão do auror). em tom de
agradecimento, de grande interesse biográfico. escreve Goethe (1968, p. I 984)
L,) um rrparo quI" él mim me"mo fJ,'o; o de n.lo Ipr CItado meu in!>ubsll.luiv:' Schiller enlre
aqueles homens excel('nles que c.,pmludlmente me fil"Ndm progredir. Df'vldo a grande natura-
lidade do seu gênio, nào JpenJs prrct.'beu prontamente o ponto pnnLipal do qual dependIam
todos os outros, como também, quando maIs df' umJ. vez traqueJava em meu cammho IOtUIII-
. retlexlv,l,
vo, ele, com sua energia . ldldnte
o b ngava-me a. seguir t , como que me empurravJ P<lf·l
O fim almejado.

M
h_ ...... ~.
,..~._."'. _........... ..... ,.....
~"~ .... w '
.. '" ",_, ",- -. "t..........
' ....... .

DISCORDÂNCIA DA TEORIA DE NEWTON


Sabidamente
. . " o que tran 50rma
f um-J h · em I('')(la e. o resultado de sue. expemnentaçâo
IpotE'SI'
pratICa.
_ Neste sentido' ai gumas d ~s p rOpOSJçor"5
.. d e Goerhe sem causar o rnínlm(J trancrr rco as
teorias de N wt - ' .;,-~ I -
e on - cuntra àS qUdlS s(' arrOjavam - tdmb~m permar;ecen v~hdas, em "1urtOS de
seus aspectos, para utllizdçao em campos que não sE'Jam os da física
f\Jáo admItia Goethe (1963. p. 51 3) qUi" .1 IU7 branc,J (TUl"ldQ aluI :nlar romo típ!::al fvsse for.-
mada pelas dlterentes IUlt"5' olonddS do f"speuro. -ramo podF<,j lU! branca ,;>€r fc,rrnada por luzes
maiS escuras que ela)·
A primeira vi:;ta~ podeflà parecer apt:nd~ sImples lflc(jmpre~rs.àf) Mr1'i I\~O se t"'at<3va distO
(lraravJose de uma rao acenação d(~corrente de rêJ2'Õ~s especulativas, f'rrl qUI? verd.jJr') rE:lari'/as
_ornpllcavam o que devena ser srmple-s. t.le €STava Informado. téjnto Quanto os k.icos de ('05S0S
dias, com respeito à composição da luz branca, ~Jua formação cultura! o le'/':;H3 a I')'J,Q;
Eu estava convenCIdo, como lodo mundo, de que torJas as core5 eonlinham-<:;e nô lu)' brdnra:
nune: me disseram outra cOisa; p tampouco pude encontrar a menor r,uão para duvidar diSSO.
por nao ter penetrado a fundo a matéria. Na Universidade, haviam-me ensmado a Fí~lC.éI c:omo
aos demais, e coube-me ver as experiêncids ... IGOETHE. 1968, p. 1.977)
A recusa em acenar essa verddd~. : tec trou-Ihe o caminho da Óptica FíSICa, tal como ô conc,=be-
mos desde sua criação, mas não Impediu que elC" IMprrmlsse novo rumo à teona das cores, e~(aml­
nhando-a no sentido da FIsiologia e da PsicologIa. São os êxitos verrfICados nestes campos que dão
atualmente à sua teOria caráter de conremporane1dade.
Em 1820, comentando sua posição, Goethe (1968, p. 1.982) af,r'T1ava
Com isso. fiz com que toda a escola (newtoniana) SE' voltasse contra mim; todos se admIravam
de que alguém sem o domínio superior das matemáticas ousasse contradizer Newton, porque
pareciam nào ter a mais remota .deia de que pudesse existir uma íisica absolutamente indepen-
dente das matemáticas.
Goethe (1963, p. 443) considerava a cor como um efeito que, embora dependente da luz, não
era a própria luz. E assentava sua teoria sobre a existência de três tipOS de cores:
As cores, primeiramente, como algo que faz parte da vista, são o resultado de uma ação e reação
da mesma; em segundo lugar, como fenômeno concomitante ou derivado de meios incolores; e,
finalmente, como algo que poderíamos imaginar como parte integrante dos objetos. As primei-
ras denominamos fisiológicas; às segundas, físicas. e às terceiras, químicas. (grrfo nosso.1
Demonstrando que as cores fisiológicos são prodUZidas pelo orgão visual, sob a ação de uma
excitação mecânica ou como forma de equilíbno e compensação cromatlCos, e ;nAuenciadas
pela ação do cérebro, Goethe faz avançar a caracterização da cor como sensação que se trans-
forma em percepção.
Mas, ao descre'.,'er as cores físicas como fenômenos concomitantes OLi der'vados de m~IOS
:ncolores, conscientemente recai numa variante do antigo conceito de que os meios refratores
modificam a cor da luz branca.ldéntica volta ao passado ocorre quando descreve as cores qu;m,cos,
retomando parcialmente à ide la da cor como propriedade dos corpos e não da luz que sobre eles
In"':lda Dubitativamente, apresenta tais cores como algo que poderíamos Imaginar (afiO parte
Integrante dos objetos
A moderna divisão dos campos que estudam as cores corresponde precis.amente às ués co-
res de Goethe: Optlca FiSiológica (cores fiSiológicas), Opnca Fisica (cores fís"as) e OptiGl flliccrqul·
micd (cores químiCaS),
Af"'Tl" se hOJe que a alteraçào da luz branca pode ser fruto de trés cau'">: da d.,posiçáo das
rnolérulas no espaço, da natureza pa,ticular de um átomo, ou da orÇlanoZdçao dos atornos ~as
rnoléfulas. A primeira causa atribuem-sE' ·)5 fC'nômenos de coloração por ;ntertereooa e dlf, ..;lçao,
por exemplo: cOloração das bola:. de sabdo, df(O-jflS etc A ;,egunda E" ~cKl?'lra causas eng;obam 05
, - .r .

fenômenos de coloração dOS corpos der!Vados J,=js nuimlCds Inorgamr:a e orga ,!C3. .
fssas constatações da f-1'sICa €' de, Qulmte) apc)kHn-Se nas descobe'idS de Ne'V'lton. No pn-
meirO caso, as moléculas no espaço funcionam como meio retratOf, declJmpondo a luz branca por
dispersão dos raios coloridos, No ~egundo e no terceiro, a compoSição e orgar'lzaçãc dos aromos

6S
decompõem.) luz por absorçao e reflexào de seu~ r;]iD~ " -, JeV€:1 .,;,If'i'" I,..çc'\.~fir
_ '• 44 » lU· $.:)fí'brZ! E:' ... \".
De ncordo com a torrnulaçao de Goethe (19t1 '. p. - , .~
par,:; o surglment(· dd visao: ..... -,t,ilitilm ) v :tJ dif,
. tas (' !'T"los lLo~ ç
. A(tanddd, •. aobscllfldarle'd(or(~nSIIt!Jern,JI,n, . _~ . ' ~,.-. :,trt- f",:::,rl.", 0!,~t JIITlIY.·O
NI

rel1Clar O~ objetos E' suas dIVi'ISa~ piHttU , 'I;' teima (111(' L ~; Jdc>. r .....se ''" de um
-1(' rC'\H:'':tC'lta r a "1'. ..J\..'
mundo visível, tornando po:..srvel .10 rnnmü l('flll;o 01 plntun. ~0az \. I"

mundc mUitO mats pt"lfe,tt1 do qUI" pU~.,lel O /1\(111111) ,.,1 rtd~ (·)rCt'... Olic; L.ZOU j
:'1:..;.' son
O que leondldo d-lj"IKJr.l .lJiI'n.l', LOI"I' tJfmlt/dd~, I,'
bra, Goelhe (19tl3., p. ·~H) t} IOrn,j tlIlIll '.I'llft 1lu .ltJ'.o11J[( .1 . ' 1 t ' outrd li';.' I1e-nnm1n,t·
A IUI C'nw~ndr.1 t'lll "11111''''11.111111,\ (or qw' f It,III1.HIHI$ .IIH.I" ,I, f 11 ~Ol I H~,
... obtNC'mo\ uma h"n ,1.'1r.\,
mo .. ,vIII \t.. . t'm "'{'U t' .. I,uln 111.11" pwo .lnl,dt-{,ltll.!IIIf11 t"!'I .. 'i I1li.!) (I,rl ~, -
• .' ri,,, nrnt~rn df"lC1flun.H
f!Ut' lh,JIll,ITt'rlUl" ....prd., I lof't'nl, (,111 .. 11111.1 doi',. 1lI.ti ttlrt;~ prHll,lfl.J, 111> ~. .
. . 1 1 - . (·s'· ca<-(J t(lm.l '..Im tnrn
\'m~, mp.. m.l lIflJ nuvo tl'nOlllt'1l0, lotn.lnt (1-".' ,,'.t'" ((·n ...,. nU I~( I.Ir,}, I 11, .'- "

.1\I'tl11t'th,Hlo. qu tc ' I' po .....v'.1 ,I( pnluM""(' .\11' () t'dwrno d" lidO -.r: r~Od('f
Ih ... lingulr nd,1 n:Jmart~l()
I' n .1l1lJ pri11l1tIvP"', No tt>rr(>no lÍ~i(o, pud.''-'" obf!'r () vl'rnwlhu rn.uS VIVO C puro I Offtlll~f\{Jn o",
doi .. l"tr~mo,> do vl"'tlndho amMC'lado (~ do v(,r!lwlho JlUldrfO. l~tf' t' 1) .11.!W{'.ü vivo do len6me
no rrom,ítKo C da produ(Jlo das C(HC'<".
'i<'t:-~ d fT'utaçao das cores, declara como leI geral
Todo urJnco que escurece turva-se e tornaS5P am.lrelo, todo prf'to qLlt~ ddrcl<l torna· \e 3/1J1
I, .1 No desenvolvimento químico dos pigmentos. comprovamos o mesmO: .1 (olor.lçáo ama
rl"ld que recobre o aço escurece dO ml"smo tempo cl superhcie brilhante. Ao tr.Jn'jformar·se o
branco de chumbo em massicote, rC'JlçJ o fJto dp que o am.uclo é mais escuro que O brap(.:o.
IGOETHE, 1963, p. 508, 5151
Goethe consegue provar que está certo tm alguns pont% referentes a sensdção da or, "\as
de forma alguma Invalida a teoroa de N~wton .lO éOf'm\roo. enriquece-o com novos dados (: part
.ularodades supletivas ou adICionaIs.

ANTIGAS VERDADES E DESCOBERTAS DE GOETHE

Decorrodos mais de 150 anos, podemos avaliar mclh"r a .:ontrobUlção de Goethe para a elaboração
da moderna teoria das cores. Historocamente, seu maIor méroto reside em ter percebido as questões
essenciais que abririam camInhos à pesquIsa, realIzando o maIS especulatIvo dos tr.lbalhos escnTos
até hOJe sobre a utilização estétIca da cor - O que equIvale a dIzer, destacando a influenCIa dos ele-
mentos da Físíca, Química, FilosofIa, FISIologIa e PSIcologIa
Todos os teórocos surgIdos posteroormente valeram-se de suas propoSIções. Ostwald, agrade-
cendo aos grandes homens do passado que controbuíram para o enriqueCimento de seu saber, :ita,
entre outros, Newton, Goethe, Young e Chevreul. Os resultados das experiências do fíSICO porte
amerocano Land, em 1959, descobrondo o processo fotografico polarolde, consagrou O acerto das
d"!)s de Goethe no tocante à polarozação luz-tênebra (PROSKAUER, 1961).

Percepção da cor

PartcnrJ(J da rpalldade física, não se pode negar a eXIStência objetiva dos componentes ,ja luz branca,
nem lamr)ouco ~squecer que esses componentes só croarão a sensação ela cor "m dt'tcrmorla,1,1$
Cúr!d!ç()('~ r_ tai~ condJ~ões, por rnais veHlávels, se rão sempre expressoes de qUdntid(1dc de "l)fl1brJ~.
E'}).-J'i prlrticulrmdrldes rdlO e',capdram r1 IntUI(;,10 de Goetht~ fdmbérn N('wtl)/1 n,10 dl..""SLI..'
nhCClJ N.'(e\~ld(j(k do nmbli;nl!' (I~,curo prHIi U (lx110 dp ~Uilli ('xpell@J1U.lC,. !)l,h I1J HSh ,1 a som·
(J

bra não crJnIr1, t· '7n(_ifiJrja (ipf:ni15 como rilrnimJl\,Jo ou ,1U . . t"'fllIJ dI' luz. dO p.lün qUt~ li'SIt,)lóql(d,
pSlCológitrj p e!rtcU(,jnwnll' ~!Ja HTlpOr!,'"HH I.) ~,f-'rn IHl·· rlVrlh/ou com 11 Jd próprta IUllld avaliação
dos f~roórroenos cmrn.íII(I)S
Spm que f!stIVl.~';~f;.' c(.'rto qlJ,JIlto:1 (' HnpO\IC,;!O (I.llu~ e (1,1 ntlIW":.l\l dos matizes, Goethe tinha
razão no tocante dO 'iurgHJlPnto dd ~f!nSd(.dU {oloru IJ ":10 pt,'los drgumentos que apresentava,
mas porque os dIferentes raio, lumInoso, (rnatl/f-s), dp"~'or de SUJ "",Ieneia obJetIVo. náo são cores.

66
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A ror, sendo ljrnd se"",,'Jt~dO, é pmdulld.:t pf>los rnfitr/e'), m;,,-, lal fpnór(,'!" TV !,O se rea:rh (rn ce~~'~<:
condiçôes, !lIJe éXlgl-'m .-:ontri:l'jll?"> dt" lumHlo:>ld,jrk', ou WJd. dç.lo OpO",t3 f·nlre IUI" e cO~ Jr ...1ade
O f.jto (k. que _H core'", da~, f'STr/-j·j', r'~o ')t~Jdm VI$ld'l dtJr;,nte o di;; Iqt;aodo a !lu sda! ."Iimir.a ,1So trp·
VdS) e ndO se pos~.J der:ompor d 11Iz bran'.i:I, ó n.10 '.(-'1 qUiJlldo f'/i~lrl um rnír~irl :'"J dI'> !.fJfT\bfà (Cúrno
na furmaç.~o do .u(ú-fns p nf) r!~traç;lo produzld.l ~Jor I,Jrfil!lJ~, rll?i<jad;rJ, (j(~P ollsird o ;;;r:er'o dI?'
Goethf' (1':163. P 444) na dhrrrw,;1o d~ qu~I'f()rjd cor !r'rTl pu( OWjr>n- um'J 1117 F' ,m;J rV:(j··IUL~
')~q um1u Goethc. I, >dv<' o'i ( OI f lO'. 1I ,in';l kHl'nl f;-S silo 'prnpre rn<:ll$ OI J rl!t.'r IO~ tur '1(,'j, ':úntfÔ;m
em O1ilinr ou mrnor eSf".dl" dlquITld par(l'ld dr> 01;,.(. u rid,irJ0 O iJf <11 ITlO'jt:rr( f) flUI' r,v:' r'rN0lve (( CA
po I r ansp,jf(;' nte· punant 0, corpo 1urvO, com ( I ·rtl) Ilívd f I,... (A)~(ur I(j"dr.) V)d(~ :.(:: (, fiG~(f1rjl) , omo
wmbr.'l que 'A' mistr H d perm,Hj'2'nH>rnf::,ntC' com ,j IUI, ,J11f~r anrJu Ih"~ -d qIJdhd"d0.
QUilnto ~ color<iç;1Q aluI do firrni:lrnf.'ntu, ,JtlJrJlrnç-nlt? niWJlr(rn du'wid d,: ,} J~ Sf'"jJ (';!Jsóda
pelas pdrtic.ul(j',) extremdrn~nu:~ p,=,qU(:no1s di' ar qll(' difundl;,rn os f<;:llOS l!Jrnin(J':.'-'~ ' k~ "/rld1'~ fTI':Jis
c ur tdS (dlUI';. e vJoleuJ). Quando ;,u rTlE'n til o frlrrldnho de< Sd~ partículas, d (olor .;(.,)r) T: ;1;dd, (ne'jan-
du até ao verrndho do extr~'rno OpOSlO do eSI)('ctro.
Corno vemos, o fenómenü rjd d~rornp<)'"jjy"io da luz sol;Jr pela atmo'lh!r,j f'· um ~;(íAJ. "'reIiJ d,,2
qUdntJ(:lade ligado â densidt1de do ar (~ornbril:';). Nestas partir::ulandades fundari:lm-S(:' as obse r J3Çf f.·, a
rr- ;pt:'jro de certas lei~ gerêllS qu~ Influe,...1 no surqlmento Jd (or Ine/istente e naS l11utaçõe-s (r0f1 :dti(.i;.;....

Experiências físicas

Nem sempre a modlflcaçdo da luz pela açJo dos meiOS incolores obedece â mesma causa. Quando a
luz atravessa um corpo Incolor, sem se dlsper~ar, a rigor sua alteração é apenas óptica, produzida pela
densidade do melO incolor. Quando se dIspersa por refração, Interferência etc, sua alteração é física
Defendendo a tese de que a cor é fruto da luz e da sombra, Goethe (t963, p 471,473) afir-
mava que "o fenômeno cromático pressupõe o deslocamento da Imagem'" E' que esta Imagem é
formada pela
combinação de contorno e superfície, As imagens desloLadas em virtude da refração apresen~
tam bordas e limbos coloridos. (".) Ao deslofarwse uma Imagem, a cor que a precede é sempre
a mdis larga, e J thamamos limbo; a que permanece aferrada ao contorno é mal5 estreita e a
designamos com o nome de borda,
Mesmo sem aceitar a cor como decorrência da decomposição da luz branca, experimental-
mente Goethe manipula os fenômenos fíSICOS com valiosas observações e comprova a '/erdade
contida na descoberta das três cores-luz pnmárias (vermelho, verde e violeta, esta ultima mais tarde
substituída pelo azul-vloletado), atnbuida ao professor C Wunch.
A pnmerra expenência é aSSim descrita por Goethe (1963, p 487):
Nos dOIS extremos opostos (do prisma) aparece em ângulo agudo um fenômeno contrário que.
ronformp avança pelo espaço, vai Jumentando em virtudf' do referido ângulo. Assim. nd direção
em que se desloca a Imagem luminosa, proJeta-se até a obscuridade um limbo violeta. enqu,lnto
'iobre o contorno se mantém umd borda dlul mais estreita, Do outro lado se projetd até J dandade
um limbo amarelo, e uma borda vermelho-amarelada mantém-se sobre o contorno. (liust 19J
Ao defender o pnnciplQ de que a cor tem por ongem a luz e a obSCUridade, Goethe (1963, P
4S1, 488) acrescenta' 'No entanto, há de ter-se presente o movimento do escuro até o claro, e do
eli:lro ôtf" o escuro" E continuando a descnção de sua experiênCIa, observa:
A parte Interior de um,l imagem grilndf' permanere incolor um longo trecho, sobretudo em "'?
lrJIJndo dc' mCIO,;> de pOUCi"l df'nSIOaUf' e efpito, até que nâo entrem em cont.1to ,iS borna~ OpO'i-
las, por linha" defmidas, origlnJndo umJ L.olordç.1o verde nd parte Interior dJ. Im~\g('m lumino5<l.
Sf> rNort.1rmO'i um lartJ.o P,Hd inlf'rpó-Io diante do prismd, taz('ndo (>m .,,(~u meio um.l abertura
hOrizontal Lllargarl<l ~ dpix,lOdo vas.,ar por ",Ia d IUL do sol o limbo Jmarelo (> J borda azul It."'n-
uenl-'-'(-' nd (_1 . 1nt1ade (' o;ó pt'rc.('b('mo~ O vl'rmpl ho ·afn.mAddo, O verdt> e o violeta.
GOE'1he (19tl3, p. 4~8J dlscorrlavd dF que o ft~nórneno prismJtico se encontra completo ao
emergir úo pnsrna a Imagem luminosa. N'.''.>tf' monll:'nto SC' p('rcebem apend':l
seus pnncípios. rontrapoo;tos; IOKo <'f' mt(onslflc.~l o fenômeno, fundpm-se os c.ontrários e acabam
por interpenetrJr-se. Rprolhl<Ü ('In um Jnlf'r)àro, ,1 !!o{·ç,-i.o deste fenômeno varia de dcordo com
a dl",tância eXistente ~ntre o pn.!>In.ll' o anteparo, Uf> m~tn('ira que não cabe falar de uma ordem

67
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,Jt.-,~r~fJ e-- pMt.€ pela Irr,,,gern escur;; eram as '~orrpl€'rnentâ;:"s da:. .,br1a5 . . Oi'" .j e..<pc,r:ê;-~Ja
~r~["'Clr (~J1111·"If"A~rad(j, JerdlC' p ·/erm~lho·alararIJddoj A mdicação gr~fl,a de ada ~r: "de te rr,J]
dparer ' r0 u;"'t(> Inferior direito dd~ ~ràn( rta:. V ~ VI ~·;u5t. . 9 e )0)
~iO ~rn ria terO?I[,; década rJl) sé, 010/,1/111,0'5 r;Jt!Jr,:,!i:t3S rle tOda ~ Eu;opa t0fT 'drarf) con~'
'TKr" di:'! Ce ":'ObHt.:s daj trAs CO((:'S-p"Jrntnto prl(nt:,(ia~ (vermE:![,o, arnarelü e azul" fe'w pe .....
-'jfC"ssor le L!:k. . fl. [r-·bora I,.Jf'lila~$e jbri.::l,) 1f:7CS " d~norr,rndção em voga das cores ~n;-~;áf''''' .a
a~' f)('~() t1i r ::;t:tj'l.... f'Stf:'/~ ~unpr'":
%ltada para o fdto de qu~ mesmo em cor·pI9P"e:l~ú as ·..;,;.nai
a~: r J '~(arll fi I ij!Jffler,fe .a:. qur:- ij n f Arenclatur3 de Le B!Qn jndl(2! /(;.
F. ..)I >JE"th: '; f)fiJ(t(:lro a re-:;soltar .;i Import;}nrjr.t da tríad'2' amdr~lo·pÚrpura-·êl/ul. ae,.. ji f.-nc1i
I) artteJ íJf;;'" Jfi(j (J"""; r)l;rOUrl:t ::rn sub'JtllUlç.50 iiO '/0rrnr.·lho Mas a púrpura de QUC' .:0.14 f.Jtrl ê iJ ~.:
dCiürnlrlarid ~ fi( ;rJ(;rr ,-:) m[~(1 tt;! rn,j~V~'n
, tç. DI2Pf)I~ d r: lorvjas íontradlçôes, óce;L. . ·.s,.- hoje Ir! tt . . ~ra!m{;-n·
t- t f, nr.:;!a<.";o 9(.)(:1~:",)rja, r;r)f (üfl,>fi:1tar que a: rcAoraçõcs 'TIa9E'nw. ,m.<w'·!o e (Ian·.) ·"0 3~ 41.;P
""lelt..?r (',r"':V Jnoem a r ~mdivjtJ rir- rJmnári,H "·m cor r ,qrnr'nto

Co,e. fisiológica.

o; -lidinrJ'J ('fTI sete apífukf~" t ~bot,.ljdf! um') 't~Jfj() d()< (t)fe~, num eNic IC de \I~lor'úl\ÃO hicrárqul'
r,. r.i("rlh~ tr~tu f'ITI I)mri/'irf) dqar das nJrPC" qUI" fCf10mlr.1 r::,.)lt;ql. dS.
t-,jf) f'"" 1u(J'.") ej'1 f1Jnç.4~j c:h.J olho ( rJc )!!~ (",mpcn.lrrer tn en lária~ jit!Jdçõe:.-, faz dlguma! d~'
(fjl:;;-rtd~ rtur: con~t!ruprn (; centro d~-:- 'iUd teoria e qUf' irlarn rn()(1Ifi~ ar o rurT)O dos (onn€"~''fTl(ntC'J
(.f(.JrnátiuJ'i.

b8
P~Ml!>,~' . t!H,V( .. _vI .....ENTO jtt l.~lfIl"

Rcvitalilanrlo (ientlhcamentc ,'HHiqQ'> cone (,P(~ót>" da fuzdo olhare dos raios V;SIJOIS, afirmd que
u olho pOS'iUI luz própna:
(;fd'.o:I'> <,luz, ddaptiHiE' o olho à IU7,,) fim dt> qur> ,IIu7 ex.terior corwsponda outra interior ( .)
no olho rf,.,ide uma luz patente que Sf' {~X(ilil ao nlpnor ('><;tímulo intenor ou extenor. Como ~to
df' no!."a imagindçào, podemo<; produlir n,l OOS( uridade as mais <"'Iaras imagf'ns. N~ sonhos, os
obJl'tos no., ap,Jrec(>nl (orno em plf'no dld. (COETI IE, 1<)63, P 443)
Sua Intuh;ão leva-o ."1 conf.lulI que ti VI'iJO hllm,m,-I propf'nde pdr3 a totalizaçáo cromátlcd,
produzindo J todo instdnte dS (or€'<, nt::·'.t;;<;arit,!'. pard dllnylr f'o;,')e equllíbno {(ore', fisiológicas).
E"t.l<; f ores são .1') que se df'vem ('studM t'm pnmt'lro lug<tr, dt:' vez quC' mt€'-walml'nte ou em sua
mJior j>Mte rf'fNt-'m-<;t.' dO SUJPlto, ao órgão da vbjo; e<;la,:> (;ores que Lon<..tituPnl o fundJmento
df' todJ teorid e no" rpVf'ldm J hdfmOnh\ rrom,itic<1, origem de tanto!:> debate~ ()cJloradr,~, até
agor.l, roram (onsjde(JdJ~ fenômC'no<; .. t-'cunddrios e fortUitos, ilusão e defC'lln d:l vista 5uô'"
m,mifC'.;,t,lÇ-ót'., <;<10 conhpcid,\<i d(>:-.d~' tempo!:> r(,nlOlos, porém pela Impossibilidade de ,lprl'f'lhJO
de <;U,l fugJcidtldf', renf'golr,lnl-n,I'i.lO reino do<, f•.lnttl~mdS nocivos e as designaram neslf' spntido
com O'> mais diver<;os nomes Boyle as df>nominav" (orcs advenlich' Rizetti, imaginar;; e phdll-
td_<;(iC i; Rulton, couleurs "rcidenrelf('_~: Schprtler, corares aparentes; alguns quallfico:Ivam-nas de
ilu,>.1o óptICà f> eng,mo viSll<lI; t I,lmhf>rg~'r f hdmaVd-JS V/t/à fuggítiva e Darwin, ocufar spectra.
IGOETHE, 1963, p. 4461

Imagens pretas e brancas

Ao estudar as imagens preTas C brancas, mostra que um objeto escuro parece sempre menor que
um (Iaro do mesmo tamanho. Em sua argumentação, apola-se em observações astronômicas de
Tycho Brahe e na formulação de Kepler:"r: certo que a dilatação dos objetos claros existe ou na retl~
na, cau,ada pela pintura, ou nos esplritos, causada pela Impressão" (GOETHE, 1963, p. 448)
Veiculando um conceito generahzado, afirma que a roupa preta faz com que as pessoas pare-
çam mall magras que quando vestidas de claro. Atualmente acreditamos que as Imagens brancas
parecem maiores que as escuras devido ao movimento excéntrico próprio das cores claras.lJm cír~
cuia branco sobre fundo preto, fotografado Inumeras vezes, numa sequênCla de fotos que tomem
por modelo a fotografia precedente, tende a aumentar de tamanho progressivamente. O surgrmen~
to da imprecisão dos contornos é O pnmelro Sinal de sua ampliação gradanva.

Totalização cromática

DepOIS de ressaltar o vigor da oposição entre o preto e o branco, Goethe retoma e desenvolve a
Ideia conttda na demonstração leonardiana - reveladora da propriedade que tem a retina de reter
dl:'termlnadas imagens e teoriza magistralmente o fenõmeno das imagens posteriores, positivas
e negatlvas_
(omo no caso das imagens incolores, a Impressão das coloridas persiste na retina, só que a vita-
lidade de ...ta se faz sentir mais patente, pois Incita à oposIção, e realiza através do conflito uma
totalIdadE'. Se olharmos fixamente um pequeno pedaço de papel ou de seda de cor viva s.obre
um pl,lCM branco pouro iluminado e, passado!. alguns instantes, o retirarmos sem afast.u a VIst,l
do lugar, perrpberemos no pla(,M branco o espectro de outra cor, Também podemos del'(ar no
ml:'... mo lugar o papel colorido e de~víar a vista pJra outro ponto do plJcar; perct:'beretno!. nele o
mc... m() fenômeno crom,:ltico, ele Vf?1 qlH:' derivJ de umd Imagem que pront.1mpntf' Imprf'!'':iIOna
.\ rf'tifl.\ As cores didmptrJlmentt.> OpO"ldS ::.e complementam na retlOa Assim. ao ,1rTlJrelo, o
violt,t,l; d pUrplJril, o verde f' tdmbcm .10 con trJrio . Todos os tons se complernf'ntam f'ntre si. p à
lOl m,lIS "Imples c:orresponde a mais (~ompost<l e VlC.e--vefSJ- \GOETHE. 1963, p. 452\

Contrastes simultlneos de cores

Partl!'do do conLelto de lEonardt\ rderente à SlmuhJneldade da dçãú de contrastes das Ima·


gen.;, !ncolores, Goethe (1963. p. 450, 45l4~4) escrevt:"rtJ_ 'Uma ImaQem CInza apresenta·se mUito
maIs clara sobre tunda negro que sobre tundo branco" E dos contrastes incolores ele passa aos

69
"l/lJnj {JIJ ()I)ltlJf1~ (lfJI't~I·j!JJI"I\" ('I )ll..'ll11'
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' t '1".1(. 111Jf! "rl /01 P '.,jIHflf I.~ 1'1 }U""J.,I I I
flp UJdlJlJO r· 1.1" Jnrj!l' I '11: 'fi' 'I" Ir IlI.) l' /p ('I )1 1.}1 J,J( Jx" I I J ,1/1 J ,'I
, I'~I )r>.J'lfTt) '. 1111 ~ 'IUI'fI J t)[l/llpt,1
l'U 'j(J!O I1I1 ~Ip H'UJl't~.1 I' l'lwl, ~I~ J ' •• 11 /u'.{)O ~('II", "I! " .. ,11"1' t • U •
(llJ 111)<} f,f'U '~I'/lltllqlJ ',I'IJIJ.,p't I q.
,/1-'rJ /1'1l!'1..l4.'1l1 !lflb OlJJS.;:t(IJ '(l.JI") (1II,)IIH/ll,11 UH! Jl'llJfJo.Jt . J
' l t I IJ I,I'j Jf/(IIH; -'p I'l-ljPlllllJ" t'':.':. J
Op!lVtf:)",I'CtN Iqldf..~JJr)dr'jf,)JI'I.,.~I'IJ.jII')( I (/1'1/1,1111 1/ 11 J ·1 •
"( J illl'J(~ (ir, '11,·,1>';, /.,'; Ii (".'II' J ' •• )( I /(>1'11' J I
!.('I!', I'P PIJ .... 'IIJ li ('IJIJI'I!t. 1'lurJUJH'ljl'PdjJdd 111.) "I-j'.,j (l' U'f/II(Jjfd ',vJfIIJj/J'... ,'nr; "flh r'IlHJJJIj"
[lliJJU 11 'H '(III~JII!! )tJo J I' 11111 10'. II li' 111 III lo 'I' lU/o J Jr J I ('1)1 wp '11!jf' JlI JO ) ()I) I' JI 'f' 11' J' ~W!jJ V () illl' l{ I
OfJlJrll 'I e'IJlJltiil1il' '1111 (JlJJ() J !;l/'llIJJ JlJfIj \L'I"P lHlJ r.I!'IJ/./ 'lIl"H/{)ld 1'. tI'JIJr) UjJlml ()r) 1)1I"H'P)jl)")
(' s"wIIJ,jHJ'jphwJJ ~1(/ll"j(Ij'J) "p ',I'JqIIJCJ'J jJdIJJ,,', J.(/d/rlp()Jd IIJI'III,)IJl.tldlJ)(}, ,', oIflb 1,t.-[IO(il() j
.... /fl/ ~l'llpopwlJ().Jl tl/1 '.(AIJI jO!)I'1 (Jpq'j'\IIJ/'IJ;"';"fJ 'r'!'fJ!/{JI()) ',r'Flllj(}', ',I'I! Qjj.,1JJ IJIJ,'1 (/ I'Hl11l !J
P~,)II1J1IH IIov1 Uj()\ ~ J I JIUJi>(U, j~ I fll l I J J.) VI 'J JI\! I' 1ft Ir) r,f Jr II'r} f,f JI' t JrJ1)1 JfJ'.. IJ Ir) ) (Jr'l J (/tl <1 ,I JI ) J II'~ , pU!
'c' .IÍJ/,JI":J1SIJ rJUdUJf.;U;'jllJII I»,j "'PU()!')J f'JqIU{j'. f' "ql;/IJ!) f'JPc/ 'rI', ,,)JrJ/.' ;JlII·J/jJt)Wt} l.'l~.J ()1J)( J J
'lfl/l' "p o'<lfl" jJ.~J
f' I'UI'·IJ PU I> Kjl\OJtJ ;mb JI" ""~I . tlll.jlJ/J> o!;l ).I/tI i) ,,'Ih f' 'l'fil'IU"IIJJ,JAI' 1)I'OI'IIJ1' dI Jq),,tlo,, l'liHl
" I./JI'd., I)jW'Jq 1,J(h,(j Ou "nb pH'd,jJ (IlUdI" J(IIJI'AJ"',fjO fi I,'" 'lHo/uni 'Inll' oJ l'j(llwrt I".~, ,'Itl,
·'IIJ.,WI'II"rJ.lUJI I'I'JII I.un J.)nbll'(l() (' ') "fl/l' (JIlJI\-'}I"'1 "fJ #1 J ,'I/J(I I'JI'lIjCII I'HI'JIft'1 I' 'IWIU J I'U
"J/IIp /nllf(j'"P f' J.'MJI'dl''>''1' I"II'J (jI'lJ., IIIJIlHlI' .1', 'l'/\ "l"d "JWH/flJd "J'lUJo', I' " Iflh 'Ifll1tlJ .'p
'"d~'1 UJfI ",U"IlJI" IIP;JA ,,., I'quf}fIJ,/jUI j"fI (j!J Irq dIUI"I~UIIJf j' fi 'I, JlH'j(~ 1,,,Jl'd UJII ,'Jil()'~ I'iJl! J
"I,M T'UJrI "'rolltJ(JI" J 'J H(lJI',Ud 0N (, J
"rwl·,loJd 1'lquI/I\- "/Iluod IJIJd J ',.'11' ./tJlWfll' /(lII'JI!JI/ I
,'1..110 ,m"., I' JUI'JfI'/ IIp,,dm f'um "UJJIJ} I'UHl~I" "fJ .)J(W' I l'I·,fIJJd I' /fll ,. .mb '('ll/Ij "1' "'IUI'
,/I,"
'.)()(Jn';isolJd l'pjJ()JCJ) ,'JqW(,., V ( I '>IJf)I'I'/Ij.",{.fI"' ',I) "Jl'd \"~.fflf' '!'JI~,Jflh um UWJfJj IIIJI'\(,,'d,1U
';'IIJ,JwlI H'J fi!:'1 W~ Jqd,.j ,n l'J{J~I' ,,,,1, ",I'PIJ(JIO) !I'JfJU)(I'J \1'1', J I" I ~.JJvl'J,)UJ"ldUJIJJ ~"JfI) ,1''lSfI
I! ~'IU,'J"J,JJ \<Jqlll'JI\'1 fllIflW y,'>I', 1.1, J!')"fJ1\I1(J' ')IIW.,f\"p 'IW·)j',flt!.(.) 1',,0:;,,11 JlfI:1"'''<''iJd "p \"jlJV
I/J1.J~v l(,;~v 'V/v 'd 'UJ{) I,) .JlH JU) '~('f,Jj(Jlr)) ',r·V~lJJ(I'. ',I' 'JJ,!r)', (J!nlldl' J (111
(jIJJ'.IIU,I)'
o,JI/JI {)II (Jj!JoJl r)r~ (J lI]') I 'mdM', I'(A)l')! 'l'lI!I!Jld
r'u UWIHJJfj ... (; unt,l)dr)j(~IjJJ(Jr,jfJJI ',I'r) .jIJJJ"h {J,fiJfJ!'rlIJ '"J'/,.)/J '/fP/ljlHI ()/fi! )IIUd (j11 j"l, "I )dH,(j
~~i)U(!JJ 11Je,. '1// () Cllql?l',IJf)) cf J·!\JJrIl 'fi -,fjJ!J('(ltJ \ " Jf'I'IJ.,',{~() r;r' Ilf l ) ,(lI"( J rl()~.. lrlt)!J1 ',1'(.1 ",JrJ '~II'Uj
',oJrJ~I\Ju"rJ "r) 1-' J',Pq V 'i,f'fJ1JlJ!'J, l'JqUlr)'; 'aI! r)tJJ'~ JUJ VII'" 1/·11 jI)rJ '" v/Jl':jj ',rJlrJpul1rJ ",rll).)) n'~1
prll'il ')1 s- 1));) i,.iWJ(>JtjfJf' "JJ!JdJ.,', "Jj 1~,IJJI"lllnll,I·~llrJlJJ." ',fj ',fJr"'" ,p ',f'f'J{il')) "'fl(H'Jb '..(j
,.<II('J OJ1(0 q~r.-)tJ' er,b ()\",J" ,UJ C/li Jf')fJ ICIJ ', ... dl! 1'l/fjfJj[>1jr" I J(J/J I Ipf.rj LJJ) '!'fll' )!lrJ/., ,f'plllJ I';, ,1,1
Clbm..... /r UI') (Ifl' Ir I r'fl JÚJ P ;PJlj~J';j(jIJ~n) C,I"PJ/J!,JJ -'I' f'J(~IJ-'(", r' 'P!jl'IO I r'J(~I)J(I" }, "UIUlOIJ ,r"'I
"'PpOIO) UJqwoS
I ,., •
" •
PHtM,~ A}. DlSf~_~'A!:H'O LI"

Se de noite colocarmos duas velas Jcesa!>, uma ao lado da outra, sobre um fundo bramo e
colocarmos entre elas verticalmente uma varinha bl?m fin,1, d~ modo que ..e produzam uuas
sombra3, e em seguida colocarmos um vidro colorido diJntC' de uma das vela.;;, de sorte que a
superfície branca apareça coloridd, no mC'"mo in'iI,1ntc Vf'remos r:omo a sombra proietada pela
luz agora corante e pela outril Incolor tom.l.1 ror tomplC'mf'nfdr lGOETHE. 1963, p- 455)
A rigor. a unica luz tf'ortcame-nte Incolor é ~ do )01, p('ln fato de a Vlstô estar adaptada a ela.
A luz incandescente das vela~ tem c()lord~ão rnc':..dad.1 rh dffldrplo e vermelho.
Como outros pesqulsôciores de seu lemro, (lo('lhE' per(f:·rwIJ a ImfJ()rt~n(ld cio fp.nômeno
das sombras coloridrls para.) feOrld tias Corf'~I. Â forrnul,1ç<-io da nE'("p,)'lld,:j(k~ de um;:} lU! ~ ck' urna
contra!uz para sua produçao é correta. maS incompletd Não Sp trata de> urn,) (~onrri:lhJl QualqlJI?r
Para o surgimento da sombra colorida, a contralul devE' tender obrigatoriamente pr_Ha d lolCJfd(ão
complementar à da luz que projeta a sombrd lobre um fundo claro.
Quase dOIS séculos depois das experiénclas e exposições teóricas de Rumford e G()(,thE' re·
ferentes às sombras coloridas, Johannes Itten, um dos mais destacados estudiOSOS da (or. alrldd
acredita terem Sido originais suas exibições no Museu de Arte Decorativa de Zunqu~, em , q44
O que para o nosso contemporâneo pareceu "resu!tados surpreendentes': segundo sua afirrnar,';o
e descrições na página 82 de seu livro Kumr der Farbe, Goethe, no Esboço de uma Teona das Cores, ja
haVia explicado as causas do fenômeno de maneira bem mais clara e convincente.

Cor de contraste (cor inexistente)

o fenómeno atualmente denominado cor de contraste ou cor inexistente, quando aplicado ao


dominio estético _ é descrito por Goethe mais ou menos nos moldes em que o haViam feito outros
cientistas. Considerava-o como fISiológiCO, mas na parte final de seu relato Goethe (1963, p. 453) o
apresenta com todas aI características dos fenómenos fíSICOS: "Em dias de sol radiante, a luz solar,
dando tom à cor das fiores, permite-lhes emitir a cor complementar com tal Intensidade que, mes-
mo sob a luz mais Viva, torna-se perceptlvel".
A qualificação da cor de contraste (cor IneXistente) como fenômeno fISiológiCO retlrou-a do
campo das Indagações físicas, atrasando em mais de 150 anos a pOSSibilidade de seu domíniO
para utilização estética. Isto demonstra o quanto a teoria de Goethe foi aceita e ,nfiuente entre os
modernos pesquISadores. Haja vista que as normas vigentes da ClE (1931) consideram a cor de
contraste como uma cor subjetiva, percebida pelo observador posto em presença de uma Situação
tal que uma cor indutora provoque sobre uma superfície viZinha a percepção de uma cor que não
se apresenta fiSicamente e que é a complementar fiSiológica da Indutora.
Foi aSSim que Goethe (1963, P 453) VIU a cor de contraste uma das vezes:
C.. ) fenômeno que já no passado chamara a atenção dos naturalistas- Contam que nao; nOlte5
de estio certas flores se tornam fosforescentes e emitem brilho de luz. Alguns observadores
registraram o fenômeno. Mais de uma vez ocupei-me em observá-lo pessoalmente e ale fiz
experiências neste sentido.
Pois bem: em 19 de jun ho de 1799, na hora em que o crepúsculo vespertino ia cedendo lugar,
pouco a pouco, a uma p lácida noi te, eu passeava pelo jardim em companhia de um amigo.
quando de repente nós dois percebemos com toda a clareza que umas papoulas onpntJi3 - que,
como é sabido, são de u m vermel ho intenso - ap resentavam por cima umJS em.m.H,OtIS Sf'rne·
Ihilntes il chamas.
Aproximamo-nos das flores e as olhdmos fixamen te, porém não percehemo:-, n.lda: dcpol!- de
v,inJs Idas e vindas pelo jardim, olhando de determinado .1ngulo, con'iPgu!llloS reproduzir o
ff'nómeno,) vontilde. Pudemos Lompruv •.1f que <,f> tral,lVi'I dr-> um fenômeno de (ort'') h'iiologicas
e quf' dqueJe brilho aparentp não t;'rJ, em fe •.dldrld~, mais do qU(' J Hn,lgt>111 JpafentC' da tlor que
<;emostrilVJ d.l cor romplf'menl.1f verdp-,lllll.-uJo.
Quando se olh3 a., flole:'" de Irf'ntP, n.:io sp produz o fl'niJnwno, porém, at.J'itJndo-se um pouco a
vista, volta a produLir-st'. Qu;:muo ''it' olh.J (om o I dOO do olho.... urge uma IUgdZ imagem duplJ,
percebendo-se a imdgem d[JilH"nte lunlO .:\ rpJ,1
No crepúscu lo, quando 05 olhus e.. tclo completJmenle descansados, e por consegUInte maIs
sens íveis, a cor das papoulds f!. tão inten ....l, que dté ao anOItecer dos dias maIs longos é sufi-

71
... T"':OAIA
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. ' I fltJr EsloU r-OflV~nCld(} óe ClU€
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poderio! tfJmar ~te tf'nomeno filmo h~ .. c p .lrJ una o:peTlC"flC ~l
(lor('S .1rtrhClal~. "'l r)!oA. ".., f,as<nIO'
mal s.t-" rm I.,f. .... " ;K;-

QUI'm tJe-..t'jP <-.lp,lcitar-<;p pJ.rJ oh""rv.H. in .H) n.lturd,I I{'v( .1. ,- mente p.ua n C.1mln ho.
dt1;1!W
pelo IJrJlnl. ,} olh.u IIX,lm('nlt' .... IIOfn f olOrH I.l~ ~ \lO Il.ir d 'It ........
... -, I -~
l r r esLJ observaçJO
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Elite part"Ccrc1 s.llp" .Hlo de m.lnr h..l.5,lf·lOI ', :lITIJJ Iflmrr,IM. O;-Jf ' .e .. -
I} c ,'ti nuhlado, m.l'i I,HnltÍ'm , 'OI dldS dI' sol ruh.mtr' ('11 'ltJC rl IUi ,olar, dJndo tom .\ cor d.lS

flores, fl«-"mlte-lht ... l'mlt" ,I I nr tnrnpl, 'menl.1I cum 1.11 I! tcn .. irl.1c e qUt' - .":{~r.,o
soh a luz mais
viv~l. lom.\-5C' ,wrtt'ptrvt'"
.....-' r- _ho t:dll\. rito. GoethE "'r·~Jloba d01"S t(flOr (: IC _ Jlfj;.~ Ir c rr ( ~ ... ~ r I.ir - .6: )
rrt,..~ir( fi~IC.I()(Jl(c ret'ltivo J Im.-iqen':i r.;')~ . tF·( re' J:rúJ1J~ 1.3:" r;; lã: r :: rc· }. nji,;: ,- .1> J. )r~c., d
r:-'tIIld " vi~,t~l\ .I SI;:qurr. em core', cumplcment:ur -. WDr( _ fI ."' II ~O; o r 1 U1·' Jo, fi:.lc ("~I .,r>dr;
~ . j\. f: la jlJ~· ~olar dal·,do tom ~s flores, pCrmIUn(!( ·Ih: 's n' r' r :c,r \.c,rr I: r ( '1~ r A t. rr' i~~:teJ da
r
ar ,_4. ,~k"Tl(mtàr por uma (or qualquer f UfT1 dcs "E r"lür eIJo:-; rnal~ cor ~ l lj f C .... •1; , (')p~': (] fb...cd.
c~:..:qUlr xpJj(~·la é explICar, ao meSm4) tempo.. 1. ,(. ;E fie :.3 ~: t"lafrr '"lU cror ôtic~, ror tc.dJ· l~,
~!:, lÇé>::, d~utl' r10dalldades de refr dOO. dl)~ t>r',_ c f " fie ' r rla 11J7 ~("0S (')rpos.

o EFEITO SENSíVEL-MORAL DA COR


Prc.~urandc. explIcar logIcamente a Infiuénc a dd cc.r ,·obre.:> ~ S,qUI rT'') t-umano ( SiJa e".c é", la 'lO
dOPlirllO estético. Goethe (1963. p. 536) afllmaria
Uma vez que a cor ocupa lugar tão dest~lcado entre os fenômenos naturaiS primarios, em hendo
com imf>nsa variedade o campo que lhe e.t.i destinado, nào surpreenderá o tato de que em sua ..
mJnlfestaçàes elementares mais gerais, .. em nenhuma relação com d natureza ou configurdçJ.o
do corpo em cuja superfície a percebemos, prodUltl ..obre o ..entldo da vista. da qual pertence,
e, por seu intermedio, sobre a alma humana Individual, um efeito e5pecííico e, em combinação,
um efeito por vezes harmonioso, característico, e às vezes ndo harmonioso, porém sempre defi.
nldo e significativo, que se radica intimamente na esfera moral. t por isso que a cor, considerada
como elemento de arte, pode colocar-se a serviço dos mais altos fins estéticos.
Esta parte da obra de Goethe forneceria os elementos fundamentaís para o desenvolvImento
dOS estudos pSICológiCOS da cor e constituIria a base de nova simbologIa cromátICa espiritualista
Deixemos que fale o próprio Goethe (1963. p, 529):
Na parte anterior, (oi exposto detalhadamente como cada cor produ z um efeito específico so-
bre o homem, revelando aSSim sua presença tanto na retina como na alma. Deduz-se daí qut>
a cor pode ser usada para determinados finS sensível!., mor<Jis e estéticos. t comprf>ensÍ\,el que
a cor seja também passível de interpretaçdo místICa, uma vez que o esquema em que se pode
(f~'pre~E'ntar a diversidade cromátICa sugere circunstâncias primárias, tanto à mentp hum.lnd
(omo à natureza; não há dúvida de que podem empregar-se suas relações como Imgu.l~em
np.5:,es casos em que se queira expressar circunstâncias primárias que não se dcstar.lm n~l ~-t"n ­
I~ {om forças e característICas idênticas. O matemêÍtlco aprecia o valor e utilidade 00 Iri~lngulo,
(. o mí5ttH () lhe rendI:' cu lto; mUitas roi5tJs podem ser esquematizadas no tri~lnRulo, mdu"l\t'
u ff'númf'no nomJtlco, clt> sorte que por OUphU1Ção e entreldçamento '-t(' ohtt-nl n .1Iltlgn e o
m .... tl·no-.o hexdgono.
quando Sf_' .lprf'~nda int<>rrdmpntf' rl mar< hei (hvf'rgf'nlf' do Jm.m~lo f' do .!lul, I' P.Htl{ ul.llmt>nte
cl f~x,tlt.IC.<lo dt{· o v(·rmelho, slgnifrc.mdo qUf' do .... 0l){)"'to~ H> apro\lnldm I'nht~ ... , t' t('rmlO.lO) por

jundlr ·~f· numd nUVil (>ntld,u/f', tle~(·nvolv(·r .. c ~" .i Induhrl<1Velm~'ntl~ um {OI1((·jto m''..til-o PC(U-
11M, r at)('ndf} dtnuwr oi e~~,1'" du.1 . . 1'"lul.l(/(''' ~f ·pMdd, ... (' ,lnt.I~Onl( .. ~ um '\Ignlll( ~ldo ('... pintual.
l! il0 ve-Ia .. prOdULIr ,lbdlXO o vl·"lp, t· o vl'rmf·/ho.1I .Ol.l, !1,10 "" dl'I''''.1 dt, t'vot:ar resp<'Ctiva-
m{'ntf" O~ ('ngcnh(J') tf>rrl:..')trl:'\ I f,I('!oII,W•• Io'i t/ohlm . M.\'j IMO no.. exponhJ.mo~ ao ns{"o de que
no~ tJ<hl'm de' mi.stl( o'), ')ObH·tlJdo II·v.lOdo ('lO (OIH.I qut'...e nOs ....1 t('ona ddS Cores tiver um.l
d(olhidd fdvorJvt:'l. n.lo deill;d(,IO di' surgir 0..1<.; .lpll( .H:.ücs (' IOtNprplilçÕô, alegóncas s' ból'
. -, _In) I(as
e mj'~tl(Js. de dcoruo c.om o f''Jpínto de nos!>.1 (·POC.I

72
Il1o '':: fU,

Pela V;.j~tidao especUli:ltiva d,.> sua5 prupOS!OJI


. ... tr'" .:.<:, , . :'e0na, I J. )ef~e
.J{)ar~C( fr:.. ll'~: :tOS C~~
.

<iIOSOS deIS problema'; c.romátltos come' !HIl do,; n Idl~ f(:runc..lo;. pr:><;'1d l )a bre< dl tcdC-1 '../j t,errpc
r

Apoiado no satx·( da Antlqujddd~, Uln':"(j1J11J d w;)blhtL~ãü daur"'jrc:idad(" do,.It 3r "'jO ,,>!ho


re'!.ide tJma [UI pdtcntr>, que' .'lO rnC'lll)r ('~,lir IIllu IrM:flor ou eyteflor ser ~r f,u;, Clbrif,1C, I:--e a' p>l'--'1~
dJ F'slolog!a c do) Ç'sicok)gld ' omo o ,,('r,j'-lljrll! (clr! ,r ,.Jil'! (lv!!r: ~llt1ÇüO dl.Y. '!ett" lS ria c,c'
A teonl\ trl([CJIlhitl<..:.il, qUt! "nqlobd o') tr'-Üidlho'" dil 1'0.1fol}. H',rulJ e -t, Ir ,~,(;~!7~ ~"er'~ c,rr:(}
)[ntc . . e a fori1\ul;I,.JO qQelhldrhl_" A IrnpH'~:"'du dT!llmrlqN,~ (f),On(jds P(;"-c·t r - ~;e-" '13, Ir.... tJnúú a
0PC'SIV)O' dtrirlé o, d,) 'lU,j! !:>t'-' ICah/d d !1)lolllZ'jl~.j(J crornjt ,--j"'(JúETHI' '9f~-;, r. 4));
A '-ri de "nrro)ces Sunultâneos cJ(J'j (ores, lo" r ht .. !j 'uI, t.'IS(· tc(~nCj dc,,) drt!:,l ;J' 1~f'tAt;'~~,I')l 1/:' .:S,
p6~, 111lJ)rcs 'ik)nl~ltaS e :onlt'mpor dne0\ é (Jr:. «: rt" te ,r ma u ,j, ~d(Jbr dr( ir'! It0 di , rI '.J.~~::, fJ';:-- c..b:.-'
VaçO(" d,' Goc'the
No (',;tudo da influência psíquiCi) di:! cor. crE'sce à Gida dta ú Inteu:sse d,,:. f(;rmu!:.~C~~ !<; ;.V::-
the. tanto rara a PSicologIa, como par d o?rtas (orrerltec; e'Jplritvalis,ras. Conform.... c',- r~ fla prc: " ;tr,,;,
uma Influente seita Iniciada por Helena Blavàh)ty e Rodolfn S1elner procurri enCai/d( 'Sw t.eonl LUI
quadro antroposóhco, em que a !dela ~ o eleme!"1to primário no surgimento d,j cor. (úrr. r:.c:.!he
ap!endemos que a beleza da cor é um;:, proJ('ç.'~o da bt·leza intenor do 5er rlumano.
Ao afirmar Que não eilste na naturf>za nel'l!"',urr. ienómeno que englobe a tor.alioad('"' írcrná-
tlca e que a mais bela harmonia é a do c:rcuJe norr2inco produzIdo pelo homem, GoetLe abre i:'
portas das artes visuais à abstração, por onde ('(-;trarlam '.lm )éculo mais tarde as formulaç~~ de
Wllhelm Wornnger e 05 trabalhos de Wasslly Kanrlln~Jy, Robert Delaunay e KaslmIC Maic'JI,ch.
Seus magníficos desenhos sobre e;<penénClas fíSicas, demonstrando o cornportarnen~_o N\,U-
tável do espectro, seu práTico círculo cromiÍflco Olus! 21) ou seus hexágonos (com eteltos da 'eira
ção lummosa e dos contrastes simultâneos de r:ores) aparecem-nos como curtosos precursores do
Ralonismo, do Concretlsmo e da Op arte (lIust 22)

21 Alguns elemento5 que consrlruem o núcleo dos conceitos ((omáll."05 dI' Goethe J - círculo cromât1co; 2 - iniciO da redução
de cores; 3 ._ COnrrQ5ce, luz e trevo.- 4 _ no cfrcufo de luz, inloo·se o proce5~o de formação do azul, 5 - projeção de luzô,
(; _ criaçào da sombra (olonda,' 7 _ cores da chama; 8 -- desenvolvimentO da formaçõo das core::;, 9 - síntese aditiva do azul
~om o amarelo; 10 _ como o amarelo e o pó azul produzem 05 demais cores; 11 ·05 corô no naturelO,
I

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No 'If(.lJiO uomôtrtO uludo por Goethe,
ulda t ) f e 1.1 d, ;Jmeffulrnenl'>opoS(( J ~uO
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lapo 00 ownrJJnJ>fUOJ:/ WiJ ofasiJO 'J/loH wa apJ;};1 'ozaJnJON fl
'OJiJlv no 'JZ' I. " )lJJ;q rh nJ w;J )0. DpO
P1Il-"';._"" ,O: ':i.rtK' ltn: ,~", .pf~

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o Interesse c!e.ntfftro por e'lsas espt;>cu];Jç.0c" aumenta ITIi:llS ainda qu.mdo rW:OfCE"hemo· quI"
d d .- ..
e, d IJntan O-V" d maiOria dos fl\I(O', di' Sf~U t~mpo, fdz a (h~fes" ~ d r('pr~>;~nti:lç~o gráfic-'!
do ve rmelho, ~O verdE' c rlo d/ui, corno ',I'ndo as tr(>s cores fúnuam('ntdlS, gp.rdTrif{~s de todas ~s
demaIS (1Iust. 23).
Num retrOCf'Ssü em relaç,'iu d Alhl..'rll" I POlliHdo, I' fW"'<,mo ,10' Anuqos, (Itadm por Plinlo,
toda a cotre~t~' newtonldll,\ d ifundI.! d Idl'ld dd P .... I',t(·f1(1,j or' <, .. tI" (or~) fundamH,tal), rjr-vldo a
decompOSiçJO dd h 11, IJr ,Jne'} PITl ',('11' lari,,·o P<,pl ,( 11 rll'), c,UfJ':,t!l1J inej() () ~JfI:l o fi ú br "Ifle o p('lo lardnJd
e o anil, Newton IM'lu r€'vivt'r <I ti':,( dfl',I(j!(>I!C.1 (l(. ',1:1/1 U)rI", fWldMnf:ntrji'~, "Ilnr-.\Jlandoas as ,(-re
nolJ~ mU,:>I(dIS,

f-rn vJrw<, p/}Cjlrlas d(' ':.t.'u livro, U c;n,jtl:r pUrpIHlnl) do 'J{·rrnf.jho nólural
(JO{'lhC' ,Hlvertf' P,Ud
ta, levando-se em conta qUf' o d7ul Ulllllddn ror IA€' pdra J trídrjr~ dó,> «W!:'·~lrJnINlto f o rl,:mo (azul-
e!)verdpado) e n;10 o ultramarino {alul--vioIN,)(Jol, terE'mos d;i')lm, com oornr·nr.l"tljff1 (Ncr~nte, a)
tr~5 cores-pigmento rram,parentPs primárias: magentJ (vermelho-Vlolet-1do), dffldfr·!o F· fiano (azul.
esverdeado), consagradas rnodrrnamente como primárias fÍ':.lco-quirnlCô). em ·;Ubo:..llt.u!~ao (:I1J;dd~
vermelho, amarelo e azul (tl,,'t )4)
Atualmente, ao verificarmos qUf' as cores-luz complementares ou stY:undM;as prodlj/ltjd'. por
filtros coloridos magenta, amarelo e Cid no produzem a síntese subtrativa - numa demofi>traçdo de
que, a rigor, elas correspondem melhor às colorações primárias, em cor-pigmento, que o vermó-:-lrlQ,
o amarelo e o azul- eVidencia-se o vdlor obJetIVO dessas teses de Goethe em apllc~çóes prbtlCas ia
fotografia e nas artes gráficas e vISuaIS de um modo geraL
A despeito do vertiginoso desenvolvimento dos meIos de comumcaçào na era tecnológIca,
constata-se que os prlncipios teóriCOs enunciados por Leonardo, Newton, Goethe, Young, Chevreul
e Maxwell apenas começam a frutificar, e que o Esboço de uma Tema das Cores é, hOje, maIS que em
qualquer outra época, um livro de leitura obrigatória para quem as pife a conhecer em profundlda·
de as pOSSibilidades estéticas da cor,

24 As tr~s cores prlmóriOs estõo indicados embaixo,


à direiíO. As/erras minúsculas ri g, gr, b e v, dentro
dos pequenos quadrados, SIgnificam. -x
Rot (verme/ho), Ge/b (omore/o), Grün (verde),
8/eichen (cmza) e Vei! (vla/eta) ,AÇo SI
i , I I

I ! I'"
c-r:;l:rk:
,. 't
1 I

7S
)m a Interpretação "lda vez malcr dE dlfrrrrtl"ij r.afTICj , :r-tll~ u~ a ")ptr.a FISIOlógica
torna· se disciplina composta por conheetIT erto~ de v~r'o~ (.dr-pos. dependen,tes ou \.:on·
dlicnad0re~ da Fisiologia: PijlColog1a. Hlstologia. FiSlCil p E e1'.rof~)I.:a. tlufmica e )-Il~tOQUlmlca etc
0s C)ntornos da Optlca FISiológica deftntram~se qlandc a :~0"3 da cor fOI sacudida pelas des~
coberta, do flsiologlSra Inglês Thomas Young (1783 1829), do RovallnstltJte of London. (oube~lhe
deduZIr que a função primordial do cristalino é regular as Imagens na retina por meio de contrações
e dlstensóes (acomodaçao), conseguindo depois responder satisfatoriamente às questões relativas
às interfercnclJs luminosas e ao processo de senSibilização cromatlca.
Os dados fISiológicos da sensação da cor levantados por Young, ao cnarem um novo ramo da
élénCla. incorporaram-se também à própna FiSiologia Já as especulações de Goethe referentes às
propriedades do olho e ao funCionamento da rettna encontraram maior 3pllcação nos domíniOS da
~Icologia. aprofundando O estudo da sensação, da percepção e dos processos supenores concer-
nentes dO Ilelltlmento estétiCO.
O ponto de partida da Optlca FISiológICa fOI a leono Incromátlco formulada por Young, em
i 801. com base na reação fISiológica diante dos estimulas vermelho, amarelo e azul. Ao conhecer a
jescnçáo do espectro feita pelo químICo tnglés Wllllam Wollaston (1807), Young optou pelas cores
..'c:rmelha, verde e Violeta. em detrimento das que havld Indicado antertormente como fundamen-
"~'So ASSim é retomada aldeia ongtnal de C. Wunsch (1 792) que fora defendida por Goethe no Elbo-
,ode uma TCOrt, , do> (oreI. Após 05 trabalhos de Helmholtz (1852) e as mensurações realizadas por
Maxwelll/ 85;1. c·sta hipótese de Young encontrou ampla repercussão nos meios clentfflCOS
, ,m os trabJlhos do fíSlLO e ttSlologlSta alemão Hermann Ludwlg Ferdlnand von Helmholtz
i 1A21 1894), a tf'Or;a tflcromdrtca receberia novo impulso, impondo-se rapidamente no meio cien·
'lfiCC rK'Ve- se ~ Hrlmholtz o traçado das curvas representativas da açao das diferentes cores sobre
as trêo;. \.dtf'qor:.Js de flbnlas nervosas eXlstentt;S na retina Segundo o fndKe das curva',. J'. flbrilas dd
pnmE.'lf.J F"~péf.e ~() enp'rQlcamente e4jtlnlulddas pela IUI vermelha. bem menos p('I;~ luz amarela,
fl \CI~O~. :~inda peh hJI verde f' rllUlto pouco pela luz Violeta. As flbnlas da sf'ylJnda e'ipt-Cte sâo mui

to scnslvels à ~ão da luz verde. b('m rnenos d Ud luz clrnJri·la e lia (lZUI, t' !Tleno~ aindd ~ dJS luzes
vermelha e vloletd. As flbrlldS da f,'r/,,-' 'Ird ec.pt.\ne sofr(!m fdcílmente d Influ~n(!d da luz 'v101f'td e se
deixam (ada Vl'l menos InfluenCIar pelas outr.)~ e',pt'\.I('\ dco luz. n.1 '.eIJUlnte ordem: azul. verde,
amarelo. laranja e vermelho.
A úpuca FISIOI6giGI apoiJ-'.ie ~lmultaneaJnente em dua~ hJpOt~se~. a fotoquímica e a fotoelét(l·
ca. A primeira baseia· se na existênud. n? olho, de umd substânCia lotc,)Sl'nsível que se decompóe
sob a ação da luz e onglna umd exotaç.do nt'rVOSà. A sequnuJ é JS~Jm expllt::.ada· a luz que penetrà

76
no globo ocular é absorvida por um pigmento que se altera, ativando as fibras nervosas da retina.
O mecanismo de Visão realiza dois tipOS de apreensão de Imagens: a diurna (fotóp,ca), ca-
ractenzada pela visão colonda, que se processa quando há sufiCIente iluminação para sensibili-
zar os cones grupados na fóvea retlniana, e a crepU5cufar ou noturno (escotóplca), resultante da
sensibilização dos bastonetes situados ao redor da fóvea Esta Visão se efetua em baixo índice de
luminosidade e vem sendo explicada por duas hipóteses: a primeira como decorrência do deslo-
camento progressIvo do púrpura retinia no da superfíCIe para o fundo dos bastonetes, originando
uma sensibilidade acromátlca; a segunda como resultado da recomposição da rodopslna (púrpura
retinia no) decomposta sob a ação da luz em retlneno e vitamina A. A curva de sensibilidade esca-
lonada no sentido dos compnmentos de onda mais fracos em Visão escQtópica recebeu o nome
de seu autor, denominando-se fenômeno de PurkinJe. em homenagem ao flsiólogo tcheco Jean
E. PurkinJe (1787-1869)

15 Ocomprlmenro de ondo que produz a sensaçao de verde eo ponto maIS alta da 5enslbdidade do olho humano.

CURVA MAxIMA DE SENSIBILIDADE DO OLHO HUMANO


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71
Pf!Oo'l'~'::- t :.'L'.EtNUJ;:MEHr, I)~ '':.~

TRlCROMÁTICA
3plK l<.}( crc j1.Jt",CJ ddotrl OS pnncl-
A malona doS peSQuisador,'::, c k:.. ;',IC(". n( '..I V11"): rll' <: - :, _ ,'k ff'tt( p~' ;íf {I uai, dl?snnados à
J

P ios d ..~ Young e Helmholtz, fundado; n 1 ,"'X sf!"'"lC -1-- cI'I r"t. ,I. J I tlf.~
'f.: '( {]~
'n:- f\;' '} dzu!·"ioletado
CâptdÇão das luze;, -c%flda~ v' 'rmplhu, ver d l ' ~.,u· I • "

fOI subst.tuindo o '{Io/eta,' Ifado ,)I;qlOdhrlc11IC ,I rle -O{j,j$ ,~S cores


TaiS printlpl",)~ ',~o utlll.':,ldc', p< 'r pc, '.IUlltaren, cl r rtJCUC :1.1 t", ~ I(~'r---ç, 'C, k onncíplcs
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naturais. A fotO<Jr,:lfla, .:llmprE".sAo 'Jf.)fl(J C! i:f eVI'.df' , ~g.~':' .I r,fl)::I',,~I:; rjÇ:.), pnp.,,,irJ
m 1" ,,'Ia, 'I" ... ,,- ,
fr:;"rom.Jt\y [''t?,onforrnldddccorr,!-s:('r.prlnClpl'~· .. ' ,"', ' 1 . ,oiol'jc rt.:,r("'s.Pa~,:o
d - , nn ,'- c r' 1'- I(..(;l y.:J
Vf>Z urna Ifl:...iq,'fl) em cores por sfntf'J(' 11 ftrva, loauc u (.- . " ,_o C-' or' ~.r )ir~o 'ias
1nt'"I.:1I p..1rd d ft...~fll')lÇJO de qualquer proc:~S"l triccmátl~ -. ,"l~r 1.,;.'''r'.~~~:C~~~ Jtrt~:\,trc "l;10r1(JOS
CC(i'S "rlturJIS nas tr~" cores prrmáflds, IStO (> )CltG atrdv, S 1I0 ct)(J t l . · . I." I r "ã
. . L I - t.t - c - ce urr j f:E"lI{U (;I. ,lor -JI. r Jr,l .
('.1'rme ho. verdE e alUl-vlolerado) Cada fílme pC.,slullta d o " ' - - .
1 f- d A. t A •
fie! 'ont~ndo Todas as gamas de uma das cores prtmdnas . ~' exl:, "tE' It"", '10 l,h'jetofc.-togra d 0.1"'1:..' ft:..1
0;;- -

c
JE C'.(ulas .
sensibilizadas, cada uma por uma das __ores pflM án~s, 1\ ....w"o ' '-U projPtada,
~ - .)
Imultaneamcl'-
te so!:>re uma tela branca, dào a Impressão das cores r,aturalS de oUJctú ,otografa~o. Obed"Cendú
aos. ,-n"smos princípios de seleção. modernamE'f1tE' a senSlblllZ.açelO rjas três cores E' feita flurrta ~n1-
.À pellcula composta de três camadas. cada UMa de'tlr<lda a receber deterCClnada cor prrmana,

criando os diapositiVOS ou shdes colondos,


Quando se deseja obter a fotografia colorida err papel') frIme é f€llo em negativo, apresen-
tando as cores invertidas em termos de complementare ç O Que t, vernelho no negativo aparece
verde na revelação fotográfica O que é amarelo aparece violeta e o que é azul aparece laranja, e
Vice-versa,
A transmissão de Imagens colorrdas pela teleVIsão também se baseia no pnncipio de seleção
ou redução das cores naturaiS às três cores prrmárias. Slmpllficadamente, o processo resume-se
no seguinte: as filmagens ou tomadas de cenas e objetos (fotografias) são feitas por três máqUinas
conjugadas, ou seja, três objetivas Sincronizadas frlmando ao mesmo tempo uma cena, do mesmo
ângulo. Uma Objetiva capta todas as gamas de vermelho existentes na cena; outra. as de verde; e
a tercerra, as de azul. As Imagens são transmitidas separadamente como se fossem feitas por três
transmISsores comuns de teleVisão. No aparelho receptor há um canhão com três saídas de Ima-
gens: uma para as Imagens em vermelho, outra para as Imagens em verde e outra para as Imagens
em azul. Essas Imagens sào projetadas no vídeo através de uma máscara perfurada como um agu-
lhe 110. que serve de seletar dos raios lumtnosos, fazendo a filtragem das luzes colorrdas para que
permaneçam trés Imagens disttntas. Cada imagem surge no vídeo como um clichê de Impressão
gráfíca. formada por Inumeráveis pontos lumtnosos. Por efeito de mIStura óptica, as três Imagens
(onjugadas causam a Impressão da cor natural do objeto fotografado.
Para ir Impressão gráfica, o processo de seleção é IdéntlCO, havendo apenas a troca do verde
pelo amorelo Por destinar-se à Impressão em cor-plgmento, a seleção das cores naturaIS será feita
pard reduZf-las às prrmárras: vermelho (magenta), amarelo e azul (ciano). De posse dos três filmes
(películas fotográficas) monocromátiCOS contendo o objeto fotografado. o gravador faz um jogo de
tres c"rh~s O dlché gravado do filme amarelo será Impresso com tinta amarela; o do filme verme
lho, (t)rn tinta vermelha em superposição ao amarelo já Impresso, e o do Filme azul, com tlntLl dlUI
-;obre as (Jua', jrnprcssões anteriores,
O de;~nho do ObjdO no c1lch~ é formado por uma rede de pequenos pontos (Ietícula), que
se ,)lteraFn de iV,vrdo com a Inte-nsi(jadf.' nd cor f'JrJS éreas em que a cor deve ser pW<'l, ~\\l)) pontos
o;.e Juntorn p;:J(rJ flUIl, na Impressão, d tintd colocarJrl sobre o pap~l cubrd too,) d 'iUp('r!lu~;. Impressa_
Ouanrjo o c!irhé do filme v"rrrlplhn f~ Imprpsso f:'m supC'rpO"lçdU JO JmflrC'lo, nos Jugares em
qU(~ as. r_I 1,,'(_ulas (jr,' , - hf's se rni~llJr<lm sWfjPrn
- .. rj()IS (II( - drf'd'i ,d<JranJrHJd:i . por ,. nw.turã ÓptKJ dt"_ cores
.
A ·ImpreSSd(J - d() I efccrro (1Ic'l~_ r _ ("rn tintr! allJI. " 'iohrp d') uua') Hl1pr(''Ii')oc<, 1,1 felt.ls,
_ produz Violeta na~
.
area'; em que SI":' ml'Jtur rJ..dO. v(>rrnl.lhoe
- vl'rd,'
. OIHk >l! mistura ,lO Jmdrelo. Nas p<-lrtes em que as três
"t" . afeu1 0 preto (clnld-r1eutro)-
cores sáo superpo:. d'J, ap d - t~m [)1(llJm<:1~ pdrtlCuli-Hldades QUl.' se circunscrevem aos qua-
As mlSturdS óptica; e cores ' ~

"
~fM' ' w, E '~ '1 NVf t :t1MD'IT - ,~.., 'U"II'I"

dros das stntewç ad/llvQ e wbtrrJt!vo A rnl,,{ur<l fcallzadd pelJ rcund, em 13(' trdlanrlo dos pontos
da retícula, mUito {~mborJ St'Jd cor plqmenlo, faz se od/tivamr>ntf!, t.11 (orno o(orrp com o', ponto"
lummosos provenientes 013 telpvlsão em (ore", Pilr,\ () olho, pouco Impnrtd 'ie os ponIOs.lumlrluf,QS
quP ele m Istur a provenhdm or tOr! le'!i IUlTllnOSd" dlrf:t d J, oU qUf' 'iPJam refletido') por umd supf'rflnf'>
qualquer. O azul e o vermelho em p{'qucnm pontos, quer prn (or-IUl ou f:f1'\ ror-plqmenlo. produ·
zem o violeta. o mesmo .Kuntcccndo com C.HJ" poli forrnar1o ror C()[f'~, prlm<.Íni'l'i. No erlt-3f\to, <,r' rJ
essp.s pares adicionar ':;ol' d tU(('It,] cor r.lflnl,írld, o H";ullddo '~('r,'i dlff:rpntf' A mistura óptl(_d dar.; tré~
corC'SIUl ddf,~ O brJnco, t'mWar1to a mlSlurd ÓPII( d do'i ponfo', lurnino'AJ', rr·n01ldos Pf-,ld rE'l kula dó
corpi(ln1pnto dará o ClfUJ I)('UIIO, tJI corno a fTIlc,HJrd Ud', rrrs cores f(,lli--! ni-i p~llhp.t.1
Por seus trrlbalhos teóriCOS no campo dd OpWd f-Isiolóqtcd, atJ5- núm l ;';' rj~~ YOllflq E- de
Helrnholtl Vlfld Juntarse O do IIslco c<;coCC", Jdmes Clerk MflXWr:\1 (11331 '1l:S/9) [)r'prJiS di~ eldhori:H
a teona eletromagnética da 1117. (1865). rp,"dllOU 0<; r~':,tudos de óptica fUjO IníCIO d.... pl1bht.dçao dat'J
de 1885. Suas teses referente~ d rercC'pçilO das cor('~, <;,10 clássicas hoje ~rn dld. Uttll/;.m(jr! rjjSUY;
verrnelho, verdp, amarelo, azul. brallco e preto, c fdzenJu variar a superffcie f€'guld'Jel 00') rncsrn()s
Maxwell observou que qualquer cor podp ')('r obtldd, €'stabelecendo aSSim as bases práw:.ô' da teo-
fia trícron1(it!ca que conflrmavam.1 teoria de Yo!mq. O~, trabalhos de Maxwel\ com corf!S' plqmer to
complementaram as teses de Helmholtl contirlos no enuncIOdo das luzes colonda> (cores) slmp'''s,
cUjas misturas duas a duas causam a sensaçào do branco ('ler ·cor complementar" na páglno 221.

ADAPTAÇÃO VISUAL
Todos os fen6menos VisuaiS estão ligados a determinados niveis de adaptação do olho ao ambi~n­
te, mas nossa atenção somente se volta para essas adaptações quando elas apresentam Indlces de
IntenSidade acima do normal
Durante o dia a vista se adapta grildualmente aos diversos graus de claridade e das InterferênCias
de cores ambientaiS sem que o percebamos A nOite, raramente nos damos conta se a luz de um local
é amarela, azulada ou violetada_ Essas características são mais facilmente notadas quando mudamos
de um ambiente, onde nossa vista estava adaptada, para outro iluminado com coloração diferente.
A vista adaptada a uma cor torna-se mais sensível às cores contrárias à que se acostumou
Essa sensibilidade aumenta de acordo com a Intensidade ou duração da eXCitação, até o ponto de
saturação. Quando uma parte da retina se satura sob o efeito de uma cor, a parte restante reage
de vánas maneiras, podendo até criar fisiologicamente a cor que lhe é contrána, como forma de
dessaturaçáo, em busca do equilíbrio perdido Esse é o mecanismo fiSiológiCO da formaçáo dos
contrastes Simultâneos e sucessivos de cores, das Imagens posteriores negativas e posltiwl\ dos
efeitos de deslumbramento e da cegueira momentânea causada pelos ambientes escuros aos
olhos adaptados à claridade.
Partindo das ptOposlções de Goethe, o pSicólogo Edwald Herlng (1834 19181 e,.plicoll cOC'
vlncenternente a formação de rodos esses fenômenos, demonstrando que eles decorrem d,l CJ
pacldade reversiva do mecanismo visual ação das três duplas de estímulos branco-preto dcul
drnare\o e vermelho-verde,
Apesar de pertencerem ao domfnio da Optica fisiológica, os conUJste<; sll1llJltjneos, Slk€~'
~IVOS f! mistos ne cores. !eonzados pOI Chevreul, aparpc.C'm mais longdmente clt's( Ilto<:. flil parte
f(.ferpnt€' ,) harmonIa, por serem eles il prÓprtd essenCla 0.1 harmonlJ rrom,~tK.l
CJlhando-sf' flxamentr>, durdote 40 st~qlJncJo~, para J bolê! vermelha da !!u,t. 20.1 uma dis!,\nç)a clt"
.10 (f'ntlrnetfu,>, pefcf"berr'mos em ~U<J pen(f>fl.l d cm (ornplNncntdr Ve!í ic; St~. em ~f'qL udJ, olharmO') pd'r.::J
cl ár~d brilf\((j dU Idd0, '/I.:r' 'mo;" (lO c.Jbo (J.: ;)Iqun') s~~q( meio':., d drpa tln~w-.,t~ de um beliss!f110 vt~rdt? .1zula·
do lumtno',o, qUl~ ter~ ur no UHVd d(' tnlf'nwidí Ir· L' (I" tli JrjJ~,~c) 11:'1.tt1Vd dO IndlL!,,' de sJturaç,;o rl.'l rt:'t!nJ.
Ao contráriO do que!'c rC'fl<"jVil h/I ,llqurn 1f'IIlPO. E'S: ..l sdtWa'yJü que ongtna O" contlJstes
)un~ssivos, ou Hndg~'ns pn'1tl'mHt-'\ P()Uf~ ')t~r pludulld,] pur rndl$ d,:;- uma cor simultaneamente.
Olhando tlxamente, dtlrdnt(· 4() <"_'qundo),;j bclndt'lrd f')mtclda em vermelho, azul violetado, ama-
relo f> preto (lIust. 2/), e depOIS raplddlT1cnle lJ,}f,] ,} dr~,:.u ,~bdixo. veremos surgIr as cores fedlS da
bandeira nacional.

79
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v 1'1 Jp" .f\-f OPUD411. sopun6as OF ap oç5oJnJOS own ~p 5/00"] -
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iM4/ [lU, Y' li! !Im} op wtJ )r'l ' f13~ ~ 'O",(JJQ ) '(I .IPU) 'fJllljocll f 1ft P{,J "/llIIsr'~ ,)() (x}LlMj O J{)J JO/f'W (lIWJfJ() "J)urJfJJfJ/I SC)Q~tJlO) '8l
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MOVIMENTO E LAT ENC IA


A !lercep\'~c \I,;ual li) t !n~tant~":;:: P:tTil cJ CJpt lC lQ k~ urnel nnaqe r
é n('ce$..~rl) ce:'to tel~ç.<J
if" :t-'nCia, .~uc
'13(3 segundO y corc' O mC)I--') fcr~rr"'I1;)
quE:' 'X.crn Quardo .:rncs de lf':'"
J! lolr l lf; - el {fJr'! C -n )IJtU:" ~tlUC d vlst.1 ex d'~ al!)l m t(': pc para dC ..;p,~,rs,:. x:oHC ~.Jr'
~M 3 )CfC,..:p.:, K it:' tod.JS c..": 111,"'qt"'fl' ((me J 'Vi'Lo c',t" Ii"J.J( - t, :t4j.]Dt.]4J.~I). {" e',td cj dlferel'\Çd
.ft.;" I..Jre-:~ (~I:. mil'1Jç"C ':c n' t,lnt::l1l:'ntc OH}I f,\' p(",( r; brl). c: regra rl;'iIJ ç:-rr:fiX'mCS OS
C' tI· ~I ,:;; 1c :Jt,Jml tl~dL f'f'rl'ioIOlli4 .. t;:lll (;t.i~t('nt S nl r ( (lI'ercr.~clC uerr!i );'ldry:;:-- t 0.11-<1 r'l'Y.
surtes . . . . )V;; enLtS tI (<.o.ll''(cl C do jJbo nc:-" a'i rnC'Mic..ç.c~"· v("-Tlr :da) ta: inaç,!::" j p.1r
. i.1 ~e Llrr) ç:rm,lnentt. rctl;'nç(~O dI 1,1' pel3 rei no_o
i,l. )C' ..tanrc Im retardo na (,lptd(,.dr :luC é m41lj Dl! er J,.;. r ..li ,re r ~du r. -.Ia ,..tc; ,ç~C' Ja
iI

loJç~,m 3nr('1 .)r. ~aCj J lar~n<.fa. OU fct.lfdc ele ~pi :l~r), 'k ~ nce tdmbt rn da c.~lr, pr:~:~ la r ~1;. é ti
_ '3 :- ;:ra C~ trts tipo! de :élula~, rt:_ -r.'l(>rd~·. (l·"'mpc ~.:-lar,A,.. ia é fT'I1is (,11":') ç ~r.', ') y'f!1 11,( n-)
( .:-,:> j::l/ 3 'dlUI c' Que explica O 'enôrnem 'dt'.· COrill,ull'" flut',lul te ... de !-I.:;:lmhc lU Pintanc'C s.," dI1~~;·
"lÇ .... s v~rmelhc's. de pequena dlmells.lO, rlUm ILioítc ~ .!ul quando)e dgild 3 ~,lIltl.tr(J. ~-' cc,rLçr"
~" _ _ "ul.ar lilu' I 28). O descom, as: o de ti m;x: (')1'" o "," €: s,lo do vermelno e a d() azUl f
,p r" ~ ,eo",~ãc c'e flutuação. t tilmbér- rm ~r'" pele d,f, rer~, d",(Jt~nc" 1 que ,e <xpt'c~ .J
,u. :::'enru je cores subJr.tivas pro'VOCildas -.Ios ~ d~~ )~ de ~f'l1 ..;fT .

DI SCOS ROTATIVO S
Nas prlme1ras década~ de .><...(ulc, XIX, Fe(~ncr \,. -k\ra Lm dl~,co bnnco com l.lr,"a e':iplral de ArqlJ)-
med~s de«enhada em preto. Ao glrar-<e o d"cc., surc,'or' rlneis cOlvndvs, rT'u~veis conforme a
velocidade de rotação. No fim do século, C f~n<'m: no d,'s,xrtc.J gr~ndc nerc~se publiro d~ a
sua vulganzação por 8enham, que, utJilland,) o n',e<mQ pnnc jJ:c. de ".hner, cr"") ~ovas formas de
dIVisão das áreas brancas e pretas em diSCOS colC'ad()5 à venda como bf1rquedo infantil (llu',1 L<J)

1 j Lrr. rt. 'aç,' '."~ dlX:05 de BenhQm prodUZPm se"'--'Ç,,~ '%oou

C; fe ,- .ofl"'C:"!l ri(; sdrqipcrll f) df~ ,_ ~ I fl~ prnVl)c.1do Ill'lo j j I se o fCII E>. pllCddú por ChJrll; ... '( 'r fy.
t"'m 18f.Jf.o. cemo ti, j;)lto ao ~('rnpv lo:" iltl~nCI,' Os ,llSt os !'.'o e·,tinluk's mec"lrucos (lue ..... ne'~- )
hJllnod('nt- 'I',eldnrJo a rapaCld,HJe d,l f"lln;1 ('ifl dt'\.ornpor é11uZ t'rn det('rnilld~ai ~lruJçó!;·
As ',enSclçr-~ (olond,)'j provCt." 11I3S pele; "jl!>C01 decorrem d,j excll.J\i'\o d.l~ tr{\s (Jteqol :'5 (ê
ccnes H:tlfliant)<~ pr.la r~plda pd))alj,lm , 1!1('mad,) do l)r(t! te ( <k) ~rt!IC , que' enviam ao cU"'o o~
/T'Jt!lC" c.o"'lponerl1rS da hu branUi, rlun .. vcl~ dddc~ que ultrdl. ', !'iSd a capaCi(iddc f'lOr'r-'al de
captaçáo da 'lista

82
p~[U,,,..::' E [ltSf.l\r,o::t.w,tfNTO ru nau...

Redução de cores pela retina

Inversamente ao que ocorre (üm o fenômeno do dlsço dp. Benham, em qu~ a retina se mostra
capaz de decompor sensorialmente d IUl brane,] qUf' Ih€' é enviada. ela pode também produzir
um fenômeno de reduçào de (ort.'S, Idérllieo dO df";n!to por N!?WlOn na eyperlência dos pnsmas
Invertidos. tal como Ocorre fld opt'laçao t'm quI' !.(! rf'lomlllnarn 0-; mo1tize~ do espectro com uma
lente conv('rgente, fazendo )\J({Jlr urna Imaqc'm que (: hlrlnca no ((~ntru. t.sSd Irnat]em ~ rruto de
um,] mlstur.l 6fllicJ, em que os (unes, eX(ltdclo~ pt'ld supf~rpOSI(;áo rja~ cOr(:':, t?:.pe(tral<:'_não con-
segut'm dl",tlnql1l-!JS, somandods e (dusando J ':ien',<;'IçJo do hranco, Mas SP. aS td", (orf!.'< pr;rn~nas
$,10 CdpJZeS de produzir todas as cores ndtural:>, evidenternente produllr::JO tdmbÉ'rn,)'i 5Pt~ cores
eSpei...trdls. É 16glco deduzir, então, que as sete cores do espectro sao pd<''iível~ df.' r~d\jl';áo às três
cores primdna<;, este raciocínio é que levou Young e depoIs Helmholtz a elegl?rem o vf'fflv'lho, o
verde e o violeta como cores primá nas. O mecanismo da redução seria o seguinte: o 'I('.:rmelho,
ampliando sua área e cobrindo uma parte do amarelo, permanece vermelho, apenas um pour.o
mais alaranjado; o azul, inCidindo de um lado sobre o verde. Influencia a outra parte do arnarl?lo
não atingida pelo vermelho, criando um verde quente; incidindo do outro, sobre o violeta, tornd-'.)
maIS azulado.
Baseado no princípiO das quatro cores primárias de Leonardo da Vinci, Henng estabeleceu a
diferença entre cores primárias percebIdas e cores primárias que funcionam como estrmulo. Para
os estimulas, adotou, em cor-luz. o vermelho, o verde e o azul; e, em cor-pigmento, o vermelho, o
amarelo e o azul. Mesmo reconhecendo a inexist~ncia de receptores retinlanos específicos para
captar o amarelo, ele denominou as cores primárias de Leonardo (vermelho, amarelo, verde e azul)
cores percebidas.

Disco redutivo de cores

Partindo do princípio de que os receptores da retina sáo capazes de inúmeras operações de sintese
dos matIZes, é fácil dedUZir que tais operações possuem etapas Intermediárias.
Num disco, as sete cores do espectro são dIspostas circularmente em partes iguaiS, formando
três circunferências inscritas, como três anéis, ficando um drcu!o branco no centro, com um raio
igual à metade da largura do primeiro anel que envolve o circulo branco. Envolvendo os anéiS es-
pectrais, o fundo deverá apresentar uma faixa branca de largura igual à metade do raio do circulo
Intenor, As partes brancas do diSCO funcionam como área de contraste. As cores do primeiro e
segundo anéis devem formar pares de complementares e, no terceiro anel. o amarelo corresponde
ao azul do segundo anel (Ilust. 30)

30 OlKO redunvo de cores.

83
PRrMI~·.~ _ D<IV' '·,1MH./' :;.,. X.;A

Com 0 d15(O a mais dE' 1DOa rotdi:ôes por minuto, surge um Qcre bastante forte, vIsivelmente
'dentico ao captado peja câmara fotográfíca, o que não ocorre com os estágios intermediános de
'00 a '.tXJO rpm. A Interferencia do tempo de latência agindo na apreensão diferenciada das (ma,
Qen~, c010rldas e a ação d,:j retina retendo por frações de segundo a imagem alteram a sensação
)Pl .d pn 'elac:àc d Imagem física (lIust ~O).

r ,:;~ Di~~ O:J/wJ, h) LOfTI . mm, .'~en·e?...~ ':!:J:'rt(lJ • ~ete :ores espfxrrais, ma~ O vermelho, o loranJo e o amarelo ampliam sua
1ft it)lT)~d(l _,n[J de) ~ do Ulx J; Otn 30 rpm, e:;boça·~e a triode ,'Imarefo, ciano e mayentrJ. d) Com 40 rpm, definem-
',1' ~fn.-j1 'J:' VP~ ~'1 triude' el Com 6IJ pm ,., amarelo e o mogenta crescem eo aLui restringf.?-se o menos de 1/6 da órea
II '-.-,~ qu< e- tõ " scnt"" f) Com 80 rprrt () azul estrÍ reduzido a menos de 1/IOdas core$ do dISCO: gJ Com 200 rpm, o
.;, m
~1 ,_':!ou/Jarec ."-"1J mdo em seu !ugof um cm:..o quenre, If'vemen!f:' esverdeado: h) A partir de 300 rpm, surgI'? um oere l:1aro,
'm" . )/etadl). E f:J ~ rJ cor moi.ç rlQfU que':e :()n~e9ue com ~ jisc(, de redução de cores.

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84
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vl/I),r Jp o)/al" Od1PlUduwJái OU, ,'0) ""O,oJ"'il dPJOónlm
'0 00j07!008,o QOplAaO 'OojO)(" w' O: PU ('I-< '''I ,,o iJ' nil<' " "",,'un'''' o,",)U?JVOJ 101 ,}) '00 u. 'la (O ~,o,
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PIlE" ;.t..:.! CVM::l.,oM:: "lIl "'t: ....

DIFERENÇA DE PERCEPÇÃO
A vis.lo difere ;en<o'~1
...... ~ ffiPfl!l.' (j t.' tu" Indl''Óldljf",
. polI ,I '~\W~,l'JJndl) S!1' tr.rna por h~z .m 01 dM~ r ,v

mprc de t(l-Ste'i. Além d.a'" ctltE.'rt~flç.1S Il,H.llrill), ti rlí!": "Ç)('(I ... .lfI,) nwn r...... ')I: 'J .:"Idrvk.,'uO ~m funç~
(j(' S~lJ f:itótcio fisiol6g!l(,' ll(,<:'lildo pO:;lqlUf l), ,11.j/j!(H, ) tj':bli!tJrnf"nll) ,. ;llrrjl":!.;V de cetd"', jroq.u

Jh ~ClntqE>n.l~ podí'rn r,lUlidl I "i~. I'. ViII i; H/H '", ()u dlsl :Irt ':(1"" meti ";.II\' 10 ,jffiJ I'llrJC ~-.er'tlb::;C:ad(' li r,)f',
, ApoldUO no !fJhalho th) A Kt'Y~, lhe RID/Otl'fo1Ilurnan "Iorl/O!/Olr, p~ O{'-:-,ll~!~~:;; 0:(' (;e">rgó
Wdl"';cn Sübre u p.:-11-"!t. -j tÜS L,Hé', ltldO:; dt' VI tdfT lIn,1 nas· jeen,. as r !ler it~ I~ f.' en . UJ ~·.,ipla I' I'pe'i~1 -La
';(10 a lJ:ç3ü d~ tl"l\ic('"I. l\lduu<, ~ luxh:y (1 !)II~, fI- I} 1 J. 1h) (·',..ereve ('f', As P-;(fa:, (irJ PC".~f.,.jjfj

t..) u"H'bro fo dotJ.do rir um (I'rto numf'(f) di' f,1 ... h·md,> {'n/lm;IIIU)\ qU(' ~Õ'f"Yt;fT1 VIf ..t (f,,:;rd/~n.a(

s,{'u tundon,lmenfo. Algum,ls fir· ......l .. ('n./lm,)') \'1"'.1m rt'gut'lr f..I f1u,llo (k ~!H f6'" df'!!.Jnado .a
cllinwntclf j)C; (t)lulds cPr('brJI~_ A m(";I ,1Iin.;, Inlhmdo d prO(Juç:Jo dfKiS,J\ l'fll'lma5, diminlJI J.
qUilOtldadt' de ght.:ose à dj~p()<.,i(,.l.o np um urgao qUI' tf>m toml.' constanlr dp. Ilt.,Ú( -Ir ) f~~

t,'telttl'> d.a mescallna COOl>I1Iu(>m O tipo dp reaç;ío qUf' se poderia espprdf d(" umJ dr(~ qlJoC
lenha o poder de reduzir i1 f'ficii'nfia da válvul.l redutora qur:' é o cérebro. Quando esse ótgJo f~
.tlngldo pi!la carênna de d~-Uf ,H. o \ubnutrtdo ego <;f' I'nfraquecf', Já n.lo maio; Se põ)t"jl'! p(~mi~jr
"uas larefas rotineiras e pí'rrlp. Iodo Interesse por (!1SJo;, rt..4,H.~:'S de tempo e e5pJ"O que posJ~m
tão grande valor para um orgdnt.-.mo pff~ocupado com.1 ",id,} neste mundo. (... 1A e~w r~J,...jto,
quão significativa ti a enOrrn(' olmpliilf;.j{J dJ jX'rcE'p',5u ddS corps <;ob o efeito tia mf>S( aljf}d.'
(.,.) O que nós SÓ vcmo~ sob a inOuênc. Ia d .• mCSI.;Jlin.1 pod<', d qu.:t!qup.r tempo, ser vi~t() pelo
artista, graças J sua con>lltuIÇ;IO (ongi'nuJ . Sua Pf"rU'p~do n:lo (-'<".) limitad.1 ao que é biológICa
ou socialmente util.
A5 disfunções permanentes relatlYdS" Pf"rrepçao dJ cor comc,dram a SE'f estudadas a par(1f
das teses do flsico, químICO, biologista e na:urati~ '.d O'-,'t, John Dalton (1766-18441 que. analisando
inicialmente as distorções de cores dd> '~Ud!!> padeCia. determinou a~ CdlÓa' da delt(·énCIGI denoml'
nada, em sua homenagem. daltonISmo
As dlferençds daltõnicas são classillnja', e'" ués il'UpoS: trrcromar'5mo anormal, d'Cloma/,,·
mo e ocromatopsía (lIu5t. 31)
O tf/Cromatlsmo anormal caracre~za·~e reto 'JMV!o n.a, r'jfV1 espectral, pftnCipalmente na
parte referente às cores Quentes vermdho I: laranja O<..d:.:on,,1!'l\1Ú a troca de\tas rores por SuJS
complementares.
Dlcramatl5mo, ou VISão em apenas duas cer~ é d ddur.ç,~v •'m que c olho tende d ver tuO
em amarelo e azul. O amarelo, o vermPlho. o Id/a~Ja P O verdel'mão são 'listo'. come $e ~:;em
amarelo, ou seja: as cores quentes se iden!lflcam t.:..om a r,,Jr:Jad(' O cano e certos violettls ""\a:5 Uios
são p"rcebldos como se fossem Cinzas. O azul ~ percebrdC' ,je ':lIma mais Ou menQS nc,-,.,l
Acromaroplío. OU cegueira para as COH.'5. é J Insuficiêncra visual que leva O olho a perc~bc: te'!lo
erro apenas preto e branco, ou seja: ineXistênCia d·': função dos cones que compõem d fóvt,) re':lr.i..J'1'\.

"
P"t"":;i$_~" (:Jf'itN'<tli-v' .... fN1 'A.

-
~ \.~rm("hos selam percebidos como CI JUS escuros; b) As pessoQ) ~om
_~ f J) A forre dl,fO/ÇÕO dal':l1n,!(Q f;;:, :.)m ,,'!JPC: -:.., ~. lflJU. VCf!fTl ~1JQ5 (.\)res complemenwres: () Os graus médIos de
t.",. (O{T1ar~)m.;
JIlnrmn1. em lugar ~. v;: n:'h-; ""1\,'f'!rdc .(r ri! Nm 'inhos brancos interiores, onde as pess(}()ç com
daltr.mi5mo Impedem a percepç.:-v "--" .", ;J,-' e ~.~ ,:01(. ~ poftuu(jre~ de 4LIOlquf'f Indice de diSlOrçào dalt(jn/co percebem
v;srJo norm(J.' perceberr uma II!Ve COIv'~.­
a{)enos um leve l.Inza

88
68
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••••
• •
••• ••
s pimenas tentativas part,l definir quanlit... trvam<'ntfll à~ ,-~r(U de\"rm.se a Leorardo da
ViIlC! , Na ImposSibilidade de ale", d luz. ele ImprOVlSO~ c. célebre 'Oér?do das cOlheres c )rr
tinta. a fim de medrr a quantidade dt; cor pigmento qle refletia a 'Uz-c.,lor'da, Os resultados loram
nsat;;fatórtos, mal a Ide la da viabilidade da tTlecsuraçk das cores estava lançad.l
Para se estabelecer um sistema de medld.l<. Ct pllrx,pal úbstjculo re<rd,a na 'alta de uma uni
dadc referencial. bem como na inexIStência de conheclfT'ento da parte com o todc,. TaIS elementos.
porém. sertam forneCidos por Newton,
Leonardo haVia diSposto as sombras em forma ',rcuLI'. dando a cada uma o número de graus
correspondentes à lua área em relaçdO dO todo o Cm'Ulo reprf'sentrlva, ent~o. desde o ,ni(,o d" di
mJnu'ça" da luz alé a treva IOlal (ilus! 15) Pe,ce~ Newton que a torma l "cular se pr~ta,a tdmbl'm
a um Sistema de representação percentual de cada cO< COl" rererênc'a dO ,·')do eSpectro solar
A dispoSição das cores em forma crrcular executada por Newtor de a:ordo COm os pereen
luals de cada uma na compoSição da luz branca, surge ''lmo o prtmetro ~élodo de reprcsenlaç.lo
<lrAr".a de uma grandeza de cores. em que a luz branca é o todo. a unirJ·"Je referenCial. e as sele co-
res espectrais (natlZes). as partes, Mas O fato deCISIVo para a mação ri,' Slslell1à d~ medidas de cores
fo< a desc.oberta. por Newton. do compnmento de onda que caraçtenZ.'! cada matiZ, representado
em grrlndeza matemàllca por mlllmicrons (m~),
A revelação do gravador alem~o 1. G. Le Blon (J 730) de que todas as cores ~Stjo Contidas
em apenas rr~s "" vermelho. amarelo e azul· {rarta novos elementos para a medida das ccrel. Ao
de-,crever sua ·,nvenção~ em livro bllingue (rngl~s-franc~s). ele a("ma que a mlS{ura das três cores
prr)(j:JlO pletú, Isto é, uma nova unidade referenCial em opOSição à luz branca btJV.l ress.Jltdd~) \l
(arA,er dlf<.rencidl rios estimulos cor-luz e corplqm~nto,
Ao m!'irr-n tempo em qUf! Le 810Tl fr.lllcJ S.Ud'i nescobrortas, (j,lutler cheq,lV<l .1lO'h·lu'iOl'~ Id~n"
r:u' efT, Paris. trllCldndo um,1 polêmicd sobrfl a pflond..J(k"l d,) Idt-'kl
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me!'mo de Ql H? r"la Selimlrit , vermelho. am;"do e .!lul clmfi,rnou \e mdis Ur'T"d vez em
O (drM~r prtMAr'? dos plglTtCntn~

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Impressão gráfica com o aparecimento de Um Trocado de Óprlco de SIr David 8rewster (1831), autor
do circulo brewsreriano de cores, largamente difundido no século XIX.

SÓLIDOS DE CORES

Deve-se a R Waller (1689) a primeira dISposição que se conhece das cores num sólido Igual a um
tabuleirO de xadrez que pudesse ser manuseado como quadro. No tabuleirO aparecem as Qua-
tro cores primárias de Leonardo, cada Qual colocada num ângulo do Quadnlatero o vermelho e o
amarelo de um lado, o verde e o azul do outro. Os quadrados do meio foram reservados às cores
resultantes da mistura das cores externas.
Dessa representação gráfica em duas dimensões passou-se à busca de uma representação
das cores em trés dimensões Em 1745, Tobias Mayer cnou um sólido de cores composto por V<lnos
trtângulos, tendo em cada ângulo uma cor prlmána (vermelho, amarelo e azul). As cores se<:unda-
nas ficavam dos lados e as terciárias no Intenor. O maior grau de cromatlCldade e luminosidade das
cores encontrava-se no triângulo do centro As cores dos tnângulos do meio para CIma (numa diS'
poSição vertical) eram degradadas no sentido do branco, enquanto as dos triângulos Que estavam
do MetO para bai..(o escureCIam até o preto
Todos os trabalhos anteriores contribufram para o apareCimento do pnmelro sólido realme"
te de grande valor representativo, o qual fOI construido pelo matemátiCO franc~s Jean Henn Lar·
bert (1172), a Quem se deve também a lei fundamental da Fotometria Com triângulos supe':>üstos
a dlst2l1"l(.ias regulares um do outro, que vào diminuindo gradualmente de tamanho. ele (ompós
um sólido of:nomlnado pmjmlde de Lomberr. No tntmgulo-base, cada Angulo fOI plnt(ldo com IJn1d
das (0U'S pnmánds - vermelho. amarelo e r)lUI - apresentando nos lados as cores VClind.1rids 11
tcrn.rjrnentr, logo depois das se<unóáIlo3s, surgem dS core~ terCl,)nas que se misturam c escurecem
;Jt~ atlrlq!r o pH~to no centro A medida que 05 HlAnqulos dlmlnlJ~-:,m de tamanho, perdem ft)lorJç'.1o
por d(''\satljraç~o, êll(o (heqar ar) ,'lPI((', qUI! é branco. A falha prinCipal dt.!'ssa pjr,~n1jde{cns,ste em
n;.jl) aprt''..entar o rt·bal,(dmerllo ddS COf(''j pflm/Hld$, no sentlJo uo prelO.
A cornplt'~rnerlwç.10 dd plf,\rrw-k' nf.' LlmbE'n K'rlrl k'lt..l por um amlqO de Goethe, o pinte' alC"""l1io
Philipp Otto Runqe (i !! I· 1B10), u~mdo:J forrn.1 t~~II!rl(,l !'lo wtrdo de RUflQe os tons puros ffCit\/a1"!"" num
cfrculo eqUêitOfld1 o brdoco no pulo )lJpcnor e o pl'elú f)( lf1tf~no!. As (ore": de55i1turavam-se para oma,
numa escala gradual ;}té dtlnglJ o brdr~o. c, no sentido tnverw, até o preto no pólo oposte NJt esta a Pfl-
-
meira representação COfreta di') cores ndturdl, tal corno h,fliam sido descntas por Leonardo da Vinc

91

I
f" Me: /IC • lA V lf!IA

progre.;,"O da ONalmologl.\. FIO ! > _ • . _


"1". a lQr ' ~ il m("nlc, lornnu·q> rJd,1 \.-{'}' m.-l.l" ('vlt!C'ntp que, f'm ultlm,J ,Jn;lh.
. e UOlJ sen~':H":<lO e nue o - h
A nC_'""'"'iSldad d _ . " , _ seu um ('nn1f'nto d"vf''''f'r \lU IUldo n.l mlldf.·rn,\ P\tlCologl.l
ma de müst e e maior prpnS'lO r1· j.t -' - _- j
_ --, ,I ( \ .f'rnlln.j',dO 0 IJm,'j :cr levou ú>twJld 1 'IZ' um Si!.tf
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raqem conheodo -omt) 1 ,;.~ I,' . .
unidos rv.lil k~" > -~L 'VOi tH l )((~ NiJ j/IU( con'-!rnJlú( por tndnl1u!c: equil~tC'rc'j
I-" l.~.eemtornodelJm(ixc -, .-'- I .
ftqlJen1 dl'~' I <1::'\. ,n_ 'H,(~) t)CVt.l'i k' m,1!l('tI,i (til!' .:h CO;"llplem( nfdrPS
(1" ,etra rn(>rHE' ()n.,st . O I . _, _ -- .-
(satlJraça0 - I A _ -t" ,Il. vertl'l' 10 IZ(llltdl Ci)rp'J!101 'k' dO q1cllJ d(' n 1IHpur(>;':-I(jJcOr
cor, dlvldld ~ 1"'1n o In t, . I ..
·,t r t - f'"LlqIUl.1. eq!.ll,j,j '_,1": PIOql(:,NdrT!l~ntt :;tr.~ ill.ln llr o C'd l , • dc
ve I esuperu.1reoprrr") j ) j t \' I I .
.. t _ \._tt nt,rtor ,'I ~hktn,II(\n1 IVdnt.lijf'rnd, 1••-:'I,jf,"IlJrlme:. jlar -\fI'u,,1
,J~\dn.n~qrdti"t·oe ... d;")lml ", _ '" .
VVili! 1 ' t.: j ,-.cm,{lU('I.'I:lpr(J'.lrt'<;~d(I)I)t"lfi,llh .. l,H!nqt~rncr;';11 Jf'lupr@tlJ
. . '\(' fT1 Ostw"lld qUtlnl\ \) alt"'man, n.l'it"lI f'lll Rlqa ) 2 u,_ set'.'IJlbro IlC 1d')5' fal' '" em
[t'IP2tt"14tiClbrt! J"1(Q21' , - " , - - ..
_ -.' 't t . OI prote~'lul ti,l'> LJnIVf'rSlu~:j(J'''.lk j lilrvar{!,· d,) CdlikHro .... rl ~ '3r'ir jr~ 19C:.
~uJs.CI._")nllul<,thrl(\C1mp() 1'0·
_. _, ." , {," Ulmlca. f·· J j - - -
ISIL;"I, noll nlv('rSI( dde dE' l (';>lpZII]. Intll1enuoJr~JrTl tl)d,j .)rTI_ 'Jf.
.
rJí.,.l~, tlrmlndndo por torn,) lo rletentor do PrúnliJ Nobel em 1'~9, Aos S6 ano') d,. idddro ('n<.cm,u j"

(arle1r,o) dldjttca par;) dedICar -se exclusivarnente à Filosofia,' dOS e~tudos da cor, Con51uerZ:vd \e'l !.rdW:'
lho sobr~.a (010 ponto Jlto de suas conqul'itao; Cil~ntíhcdS. lonhecid a ciênCia da cor E." <;ienl dA" quttl
pelJS contftbUlçóes de vános grandes homens do passado, que contnbuiram para o ermqllPl"ln"\I""nto
00 seu saber lsaac Newton. Johann Tobias Máver, J H. La!~ben. J. Wolfgang Goethe,lhorms YourY.],
M t Chevreul. Anhur Schopenhauer. G. r fechner, H. f-1 r lmholt7. I C. Maxwell e Edwald He""g
Dos varios métodos cnados para padronizar a Jero?rminação das cores-plgment.:: o Que )1
cançou maior sucesso for O de MunselL E:m 1942 3 Amerlt an ')tandards AssoCration (A'lsoclaçt!·)
Americana de Normas) recomendou- o como padr.3l) de aferição .. ramatica Atualmente, é uttltzadc

• •
em varias palses.
Desdejovem, Munsell sentira-se atraído pelo estudo da cor e mUito cedo tomou contato COM
a Cromar/co Moderna de Ogden Rood Por volta de 1900 já tinha desenvolvido completamentE um
SIStema de análise de cores, mas só em 1905 é que publicou o livro da Cor. com 05 p"nclpais dados
de seu trabalho. Dez anos depOIS aparecella a ptlmelfa edlçáo do Arlas do Sistema de Cores Munsell.
Adotando a concepção de Helmholtz sobre as três característICas fundamentais da cor, ele utWza a
seguinte nomenclatura para designa-Ias: matiZ, valor e croma. Matiz representd a coloração (ama
relo, azul etc). Valor signifICa luminosidade ou btllho. E croma, o grau de purezd da cor No Arlos. as
várias centenas de amostras de cores são feitas em retângulos de papel pintado em diferentes tons
e gradações. Indo da cor pura ao tom aCinzentado
A mais fehz síntese de suas ideias encontra-se no só/ido, também denominado árvore de Mun,
sell. Nele as cores puras - vermelho, amarelo, verde, azul e Violeta - aparecem intercaladas com
as Intermediánas: laranja, verde-amarelado, azul-esverdeado, violeta·azulado e vermelho-violetado.
Trata-se de uma representação tndlmensional do seu sistema em coordenadas cilíndricas, com es-
cala de valores neutros como eixo vertical O matiz é representado por seções do círculo em torno
do eiXO, e o croma pelas distâncias que vão dos circulos extremos até o centro.

ESPECTROfOTOMETRlA
,. O processo usual de análise de luzes homogéneas. As primeiras IndICações seguras para a ([I,1Ç,l0
do rné10do datam da época de Newton.
Presentemente, são vár ios os aparelhm usados para a afenção dos mt1nZêS do CSre(tf0 dt'S-
tdcaneJo 'iP o espf'ctroscóplu e o espectrototómetro O espectroscópio pOS5UI comumente um .1n-
reparo ((Jm IJfnr'l fendcl loe alllddd no loco de uma lente por onde passa a luz (rTl,ntl) ,1 ser dn,-lli~,-)l1d
',ornp()c sr' rh: um cohmador, um pri<,ma rdrl!Hll'rltP E' Utll.J lunetJ que recolhe 0':1 r,lI(\<., eml.:'rqj,,"'n
tr'~j (~rlf'le d iI'lrJIi;u;:;j.) da ImJq""m colunda Ê: /1'11,1 rl'lo olho humano, O e':<prt trol(1tônletro, dt'sdo-
brameflto do r:-,pt'lI rCtscÓpio, l'.ompdr,1 dp rndnPl r,) rW'l ,ml\. ,1 ,I';. IntcnSldJut"\S d,1" rJdld ',,:Ôf'5 simple$
dI'.:' dUij') fürlle':., ': on"!lt Ulndf) ,SI-' ri,] combinac,,JO df~ um mono<- rllnlJdur p dt: um forômetro.
O proces)O 111"-'1(1) dt'? f".pl'( IH..'fuI1 lfTv:trLI ,"01'1',1\1 1' en 1dl~pt'r$dr O'i (ornponf'nte~ da lu? uranca
e, enrão. Isolar uma da', tàIX,!', colrlfld,l' por nleip dt' uma l~rTlln,l com umil fendd A luz da faixa se
leCIonada, passando atrd"v'~5 dL'S:'d !f.'II(l.J, I ' diVidida l'111 dUI\ rdlOS, um dm quaiS (JI soure a amostra
que está sendo estudadd, t (- outro nUrTld '>lJf"lt'rlkll' br.lIK,j comum_ A amostra, sendo um relle

93
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tor de fUI piur c:·, qL':- 3 '~'" rne!"riC..1 adequdda.
nropofçjo de lur.in:~ j,~ jl.. C "li ..:...""'1: )IT' toel.l) iJ
,"') prOl,:essl' e ft':JO:;:O!JC 'U '0-]1 ): \J-'

do eSl' [f,
fdÍX.J:t coto('j,:'j . , :;X'UlIlfút/')-
. _de 1'l}8 l In~ [itlJr:: I:' n-~: X;i1; dr dn~lu'''s
f'leU;)S ldo" p -'r \ ( tfô1d.,. I;
;r.: ·r,~:) fúrmal do
doi- ,)rt oi (I (Illprequ d... .. <tI.,J! Ir.
;
e:.I-"'eCtn.1tllh)""''''lr., (Of 10 ) 1'~SIr rno !:

COLORI M ETRI A

Pard d de~: "'t.Jo de Supt'rtícies lIum!nad;.'~ pi 'r - , mp' me ~-;:c'S d.e "1r'l'j,j f"!.:
,
mqêne...:~... ~ C"\pec t rofowmetria (evela ~c In' ,uti i~. A
; ',L.J:,::rficir-'S ( Cd! IU1C5 QU~ (;,
!~r"~i,...~n .... h~~I(a pelo processo de colou mel -
O::; estudos IniCIais de MaxweH, lJaSSr 1anr .... !r"rv:~tL:a11l1) ~ determinação de Ufrj ·cb-
5~dor padrão: personagem fictícia, críada cc no ;) rr,éci,,- dJ~ \): ,~"'rvdÇceS de um grande grupo
de pessoas normais em determinadas . mdir )("'S de :tJ"--:~ _y~ -r: , ~ '"); ),blhtardm os êXItos da, l)Qva~
pe'qUlsas de Wright e Gutld O ·ob,~rvador [~d~()' a,!o~l<k ;;<,!a (o: -,,5.)0 Internacional de lIure
nação baseia~se nos índICes IndJcados por Wragtu - Gl..I:!j.

3./ Diagramo rncromrJrl(o adorados pela Coml~:;ã('"' i'ltemc:un-:I de l/11m/nação (nu

500

490

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P'""~;\·A~ {Jf~"'ft':I"I.f ·11 !oi. T-':'/<

Apesa r dp fundamentar nrl observdçiJo humana, d colonm('tfli:;l ni-jo levd em (onta as rjlfEl
'j(l

rt:nçds de percppçao da cor, tão variáveis ri .. IndiViduo p~H(l IfVifvfrluo (,uQ fun(;:io é d,=,tr:rmínar iJ';.
dlferentc-"i compOSlções fí~ICJS dd luz, qu P provocdm d)Jens..Jçõp.s colorldd'.i.
Os princípIoS tr;tÓrKQ:, da (olorinv'lna e~lJo ligddoJ ano; dQIS f~nun(iQdos b.jsl(oS d",.leis de G;JS-
~mclnn: 1) A lumlnáncirl de uma ml'ituril t' Iql Jdl "1',um.., das luminâncidS das cores componente1; 2)
Quando duas amostra') luminO':)d<. produlpm J rllf'sm;, Imprr~'ls.If) dI.' COf, Pstd igualrldde d~ impressão
permaneo'·'nalterc'ivel, Ç,(I multlplll ;Jfrno~ Ou dividirmos Gldd urna dl-,la ... por um mesmo número.
A padrOrll7dçJo dc:pnel mundtalrnpntr' p..-Iril d ( o!oru n':tr'd ( ri da trlb~!.l df:nOrTlffli:ldô Irloomá.
tJCJ. Pt'la V~H1JÇdO de quantlddU!~ de ctidt) umd dd!l t,é~ cor(~s r;riro,1nas cornpUnf:!rHf>s da arno-;tra
,j<;er €'1i,lmindU .l, dctermlnase a ~Ud cornpo'-,I!;ào Inrromátlr:d. Por PP'mpky urn comprimento de
ondd OI..' 400 mil é v1sualmf:'nte cquivalentF:-" il umr'l: mistura compre(:rtd~ndo 014Jl0 unldadf:'~ d~
vermelho, 000396 unidades de verde e 06/.850 unldódes de alUI.

RESUMO DA TABELA DOS ESTfMUlOS TRtcRoMATI<OS DO ESPECTRO


(Adorada pela Comissoo Interna! lonal de Iluminação/C/E 193 I)

Comprimento X y z
de onda (m) (vermelho) (verde) (azul)

95
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. , "
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..-.,..
.
. .
I
I

sensação colonda é produzfda pelos matfze', da fUZ refratada ou refietlda pela subst~nc 2.
emprega·se a palavra cor para de'ignar <'sse, matizes que funCionam como
e,timulos na sensação cromática t neSle sentido que a us"mos aqui ao falar de eslrutura da or.
Com base no esquema de Goethe, dlvfdem·se ,1S Cores ou rratfzes em três calegonas: estimulas
fiSiOlógicos, fíSICOS e físico-químicos.
O que caracterIZa o estímulo fisIOlógico é a sua fntegração com a sensação, pelo fato de ser
origfnado fisiologicamente. Há dOIs tipos pnnClpats de estimulas fisiológicos' o pnmelro é gerado
por uma eXCItação mecânica saturando parte da renna com uma cor, forçando a outra parte da re.
tina a prodUZir fisiologICamente a cor complementar da que fOI excitada (fenômenos das Imagens
postenores, efeitos de deslumbramento etc). O segundo e o formado por eXCitação subjetiva, pela
ação da própna retlfta, ou do cérebro (sensação cal onda no escuro, manipulação mental de cores
realizada por pintores, mentalizaçóes colondas dos místicos e das demaiS pessoas que exerCitam
essa faculdade, como desdobramento da memóna cromática, VISÓf'S causadas por alUCinógenos,
",ecamsmo dos sonhos elc), e por dlSfunçÓf's orgânicas (cores patológicas).
O esrímulo fíSICO é o emitido por uma fonte energética direta (luz colonda), ou por dlspersãc
do, rafOS luminosos da luz branca. AlnbUl·se a três causas a transformação da luz branca err luz
'olonda: poSição da molécula no espaço, natureza dos átomos e disposição dos átomos na ",até-
tula. A pnmeira causa estão ligados os fenômenos de dispersão, de Interferência e de polarizaçao
'rorTl<\tlCdS. Na segunda e terceira causas, a coloração resulta da absorção e reflexão diferenciada>
dos raiOS colondos componentes da luz branca InCidente sobre a substânCia Trata'se de coloraçAo
,pflfJ~n(l"da pela composição e estrutura química dos corpos.
t~o~ estímulos flslco-quimlco5, a natureza e a organização dos átomos nas molé[ula~ ~ que
dnerrnlndm (I cor percebida nas 5ubst~nCldS, a exemplo dos ~Iementos quimico\ Ino,q.lnico,~ tO-
loridos, (omo o níquel, o coballo, o cromo etc Todav~J, o maior numero de sub'Jt"ncld) (o~,.mres
Ou (()(r, ( '1) orrJr;ao
, - rndlS '. ~ pL.lrtt~nc.e
. 'UI Ir'n'iI '-. i:I subst~nCJilS. orqdnlld'i qefJOdS Pl,'l.l ülmbrn.;I~.IO .f("
c"rbr';no rorn íJI(j1 H1S outrot, plE'mf~flto): hldroqt>niO, OXlqcnlo,
d/otO et~ I
(orTlCi,I{Ofdpi.lrcntttrlrJ:-corposrc'v I ·1 d' - rd rXdt)
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98
o conhecimento atual em relação à cOr dos corpos quimi:os baseia-se fundamentalmente
nos resultados das pesquisas de materiais corantes realizadas por Graebe e Uebermann em 1867 e
Otto N Wltt em 1876. ligando a estrutura quimlca à coloração aparente dos corpos.
Wltt afirmava que o surgimento de uma cor na substância se deve à eXistênCia ou à formaçao.
na molécula. de um Ou mais grupos de átomos polrvalentes. que ele denominou grupos cromÓforol.
Os cromóforos não têm vida Isolada - para que possam exercer sua ação. é necessário que se e~
contrem numa substãncla rica de átomos de carbono. Introduzindo-se um cromóforo na molécula
de um composto aromático (como os da série hidrocarboneto). a absorção se realiza na dileção
da parte vlsivel do espectro e se obtém uma substancla mais ou menos colorrda. perceptivel ao
olho. que Wltt denominou moléculacromógena Ou cromog~nJo A substância colorida (cromogenio)
pode ser transformada em substância corante. bastando para ISSO adiCionar-lhe conveniente quan.
tidade de auxocromos. Nas moléculas corantes (hidroxiantraqulnonas) constata-se a presença do
núcleo qurn6nrco. O núcleo quin6nico é um dos prinCipais grupos cromóforos. podendo Ser cltaoos
dentre eles os seguintes:

,o
-"'0 -H -O. N " N ', -frII " N "
o•

·c. C. N ~ 1I
-, , . ~
'

J:J,;ra se transformar o crornogênlO em SlJbstllnc iJ corame. bJSIJ .3diuon,H-lh0 dt'tClrnin(ldJ


QIJhJ ludao/? rir' (Ju xocrom05. Os grupdOlpntos rHJxocrOtnO~ são rddlcais dndos (OH, (('\ H) OU OO'SI\.O..,
(NH • NHP. rIR)
NUlTI'l 'C'')quf'rndtll'lçdCJ dos elenH'rllu~ Incolor, colOrido l' Lúrante. tefC'1ll0S.

,0
•'o
... OH
.... o.•
8
...
'1UtI'Idbo
.... -
C~o!tI ~.oromo Ard.iplrlltu 1~1IiI (OI11j/ft}

"
A N.ATURL'A DA COI! ( SUA Aç.Ao p,IQUlCA, ;1'-'!lÓUC"'. MI ,íl( A

_ fi - dos raiOS luminosOS, signlfical)-


'd ' bsorçao e rc exao , â'
Como a coloração dos corpos é deVI c1 o a . _ d b rção assume fmport noa para a
'd expllcaçao a a 50
do que todo raio não refletido fOI absorVI o, a
compreensão do fenômeno da coloração. , d p!PHonS em torno do núcleo dos
, decorre do t11m anho da'. órbita'
A absorção seletiva . _ os" te- Portanto, a Cor de um corpo é
' , rr ~ 'Jddo n(Jr ttlvdmen '
átomos, que forma um campo eletrÓ nlco (,l I:~ t' ">_. I , . cc e (~P outra pela quantlda-
" Oll nur ('o ,a(uml _ J, J- ,
condicionada, de uma parte, pelo cdmpO e Iel ronlCO, '
de de elétrons e pelas dimensões de suas órbl!d~,. "._ , " _' _,:. "fi étlCó elevam-se ele.
Os elétrons afastados do núcleo, sob qualquer d~ao dr:' urll,-i cdrqd ,.m jJ . 'f ó d
_ 1'1' co !" um Ilga( os ao') (,:n m~nos e
tronlCamente provocando a absorçao. Os fenômenos e c: ./0nl - :> .. ) ,
reduçao- OXida
" ' que regem as transformaçóes co IOf!,d as.A,-)('•. dO lia' cromóforc. 'iobre O auyocromo
pode comparar-se a uma redução do cromóforo ou a ullla oxidaç:,~o do a~xo(romo, Desta forma ex·
pllca-se 3 coloração de numerosos halogênios (nlf'lrJloldI"S unlval('ntes: tlúor, c!~ro, bramo e lodo).
Comumente a cor aparece em ligação direta com 05 Jiferentl -;. UdUS de oxidaçao, o que explica o
fato de o hidrato ferroso ser branco e o hidrato férrí( J, m,Hrom, l Jo~ E ')::::>5 conhecirnentos alimen·
:I taram a indústria tintureira durante o século XIX.
I, Até os fins do século XVIII, empregavam-se prrncip;lm, 'nt' 'Tlatérras tintórias retiradas dos ve-
getais para a Indústrra de corantes, como garança, Indiqo, :<0" ,I "t, "lo ,n;cio do século XIX, Chevreul
iI conseguiu isolar os princípios corantes de algumas planta~ a hLr ii,71 _x"ino do pau-campeche, a lure-
II olina do lírio-das-tintureiros, a indigotina do índigo etc A par"r lE i' 't Robiquet e Colin extraíram
i
da garança a alizarina e a púrpura, Em 1856, Perkin obtlnh" 1'"r O'-idaçao, O primeiro corante deri-
vado do alcalrao da hulha, o vloleta-de-anllina, aumentand,) a produção das anllinas, iniciada por
Béchamp e Hoffmann, Daí para a frente, o Impulso da Indústrra química de corantes fOI imenso,

100
'Scente ir::ere'ise pela PSicologia demonstrado pelos tradl.lonar; estudiosos da cor
pintores. programadores VisuaiS. tíSIcos. químicos. fiSiologistas etc) corresponde à seu
!jadj )m que os tJs;(ólogos analisam também os fenômenos objetivos referentes à cor
Para ~ ~.,tudo da cor, a parte da PSICologia que mais Interessa é a expenmental, por revelar
ds Implicações sensoriais num encadeamento analítiCO controlado, com base em observaçõe r Ci.-
penénClas e deduçóe5 na manlpulaç~o das reaçõe5 de organISmos completo5 (homen5 e anima,,)
diante das condições do meio que os cerca. Tal quadro é sintetIZado no esquema: R - f (5, P), em
que R corresponde à reação, f à função, 5 à 51tuação e P à personalidade
Logo depoIS do apareCimento dos trabalhos de Lewln (1936) e Hul! (1943), a PSicologia se en
caminha para a5 p05içóes hipotéticas dedutivas, situação em que as hipóteses oão são '11dlS retiradas
das .:>bservações diletas, mas deduzrdas de leIS Já conheCidas.
E sas leiS começaram a avolumar se a partrr das pesquISas do flSrólogo Inglês ( Bell (1811),
que delirrta o,.umpos dos métodos fiSiológICOS e pSICológiCOS pela demonstração das drferenças
ertr\! :t~ Ilun~ rlerVQsas motrizes e as fibras nervosas sensonals. Em 1838. J. Muller definIU de forma
sim má! ~a c. pnncíplo da energia especifica dos nervos, afirmando que a eXCltJçáo do 1erva vllual
da 'lrrg~~ a uma sensação VISual e a nenhuma outra, o que acontece tamb~m em cada um dos
úJt~G, ·eNldos. Aprofundando o estudo do SIStema nervoso, a PSicologia Científica avança cadd vez
mars"'.a I,.vrqUlstd de maiores conhecimemos relatiVOS d dIVIsão e ao funCIonamento de ' . .- .... reb rl ).
ur- ~ oe:n'xstração da Vitalidade da Frenologla, enunCiada por F. J Gal! (1738· 828)
.ü estudü do cérebro como pnnclpal responsável pela elaboração do pensamentc a c'r> ,.l
pa! ~J t: bUSCd oa própna origem das várias formas de pensamento lógico e em Imagen!. ~tc ~nar
je, s.:: cvidpntp que o espínto não é mais um domíniO reservado exclusivamentE à mctatlsl_3-
(Ke~, hl ..' 1Q61, P 12)
. ürn os método, do físíco e frló,ofo alerniio Gustav Theodor Fechner {180 1· Ies,"!, criJndo d
...!.."o;.,~ ~,~ter,t("i;j (,p a vlabllldarl,~ d~ medidas psicológicas que Introduzem.) P~lCol(-qld ('xperl'
n1 nt li :O ( .."mfJO rif'ntlhco. Alguns anos mal.., tarlk Helmholtz analisaria d Interligaç.jo do~ dJdo~
I,: Ice)." .~~toq1(O', P IJsicoléX]ICO\ na formaç,ío das ~ensaçõ(' .... ')1 us tr<Jt>alhos. dê'it""lVolvendo J5 te
te·, di l'O·.:rl'J, rl)1 ~o, 't?fI,::rn d. ' rnl_lnt.'lr a dIX'I\IWi par: J O ennquCClrnento da í::'Or la d.~s cor("s (18,)2)
0nze drl')S depl"., tl~lmt'oltz dfx)··J,lr1'1 05 probl~ ma~ aCIJSflLOS relativos à harmonl';, qradJçOe'i (
)m nOVdS contrlbuiçêes ac COflf eClmeflto da 5cnsaç~( e da j){'rcelJÇác...
:lttura I jl)S s.ms.
M- i que:- i·.!at :">teceu d(f=-nitivarne-nte oi riu for.' )mla dit F· iccloyl:t 'I2)',pel -nlE'ntdl fC,l ,,) f,slc,,1c
Qr;ta " pir.ologc WrlhI>lm Wundt (1832· 1920) ,"OU em lrirZ''l (18.'9) ) prmel", 'abontUlc <le PSI
co,Jgia expenme11tal. aqnJ~nJo ao seu redor grzwdc numero de dlunos de vjria~ naCloralitl<JO'C5,

101
.
A ",",T\.IL'A. r .. ' ,"l ;0-.., A(.t.:;:;;.r..r.". ~~:'$' f /i':

.31' lO•.'S, -1(" tJj Ou' se B. ~ Jrdon


con~agrJdos <lO ('St!l"iQ f' '" JIVul').J"Je' ,ja r" ,~;"J "~ nCk' í)c' :tr' (", men"~ t,l~·ICO'-, para a com-
(186().·1941'). cuja pc.':.qur';d da pen ·"tIX ~c VlSu31 dI' eC,r~.,;) "C' ,... {
precn<:.Jo da E",trlltufa e da :,)Oli.::Jy.JO· 'pi.lal :\J~ ,rç: ' H~ 'r' t"tc ':7_ d4-flmu dlstln·d
btudando d pera:p,,'o (C" - )fial, WU(1 jl, J:- " me (," !X
çao entrf' )cnsa"Jo. 'ifMnle" rc ~ulta! ~c dJ . '0H;:: !~ :;. . ) k jT '~.-'
,:J
,.,1.e F,cepçõv. tumada
c- .: : me' '.:1 de; P'OCe':~os
de conSClt"nu.1 d .. ,)bnl,)S, i.J c.:,_'~ntef :; ' - ,-,!_... .
>t.J{Jeflureç (m,-'mória. rl,llijrC'.' I bs ',,:: 11"n' n, 'n: : : ,; 11. -
~. I'" , if' . li.: temj)feender. ~IJ­
qe'.t,billdacfC' S('ntimcntto (:.t:::r; :c 1:' I ,rlm!,1 f '
• . ltl " p. J(C:U]l r 0:. como
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(omoeradt'seoesrer,lr I) je:l"vtJI" II' '" I.
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tO\ ' nntrOVPf{id,)s f' kieiao; opcJ..tJ~ A 'nal ~~ 'I
trospP., \-'~o pdrtilld de Ivan PCtrovltch F h ,'; ( , >y1..J Jt'JetiVil 'Jm "
f

oNur.dentc teo,ld d()s ,~f1ex(',;c mó;,· 'nc~. . 'H ,- IC l(Ia ele:.... eqfmulO'....
sohre C", reflexos ,o, d v,JriedaC1e dr f4)fmc.J , u~ -, ,.;mlr f)C,r Interfe·
rêrn..1.1 dI.." \!JrÍ()~ reflexos coniuqdc JO~
c ,:elltro l :e>nvPf1jc>nte 03~, preÚl .1p.:.~. >C" p : 2c , J • 'r c
F"sr: .'!io expen-
'llCntal do,;procp:.:,JS ~uperJoret ir- lo;! jc pc r t- lJ<..~L ~ l I, ,, '" k "rande r Jl"'ero
I de PE'S!>IXlS ·"'brt:'.:'I natureza visual cluc';tiv..; ( )U1 .::~. , < tJ ~ )tJa\fJd~ eYOCc:lm.
Mas, aberia au filósofo dlemàc.. ri. Ebbir ..ll '" ~ : It .: . " C . ·.tudo dos procl'S
50S ',i IP' 'nores. tomandc por base d"T;,<:Imé " :1, c; r: 1rtlf. c.
I , ..r p la per(eP'r~o._Ao
. . j c.. 'l_.> __ 'r - 'r"''"
11'~-:mo tempo,Que rC'3liza os rrabalhc: )Lrr} me' --" )fJJ, ( t i IC J ) t, 'C ~i . ~a~ cups e faZ p(""jqul'sas
I eXpe-rimenrai'.i referc-r)te'.i à mtellg"ncia, h .,es eC""!~ d os- e ( fX -'..:'r.~ ~ termlr Jm p'Jr ri ·'.i~.a/ta( det~r,
minado!./rdlCes de relaç,)o entre a pen:epção p d ntel:fJr-'1C1a, (: \I .. vC'r:J. PErcEber mais (ver mais)
pa~>sa a ser Sinônimo de maior intehgénCld
I Dt>sde d primeira década do século xx. d PSlC )10<]'. e~cami~n·,e pra (, e':~d() dos proble.
mal relatiVOS ~ tonalidade psíqUICa. nos rumos IndlCadc. pcr Ehrentels, LlppS, F I(r'Jger e J Volkelt
I segundo o principIO de que a poténCla (funCionalidade) da forma não depende da Simples parti.
cularJdade e do número de seus elememos constitutivo,>, mas de Sua estruturação, uma vez que
qualquer troca de situação na organização da forma origina outra forma. cflando nOva Situação.
A constataçâo da InrerdependénCla da parte co", o todo levarra OS psicólogos alemães M
Werthelmer (1880), K Koffka (1886) e Kohler (1887) a conSiderar OS fatos PSicológ'cos como unida.
de, organIZadas em determinados padrões ou formas (g el[al0
O pnncípio fundamental comum a todas as correntes PSIcológIcas gesta/cistas é o reconhe-
CI~nto do valor clentiflco, explicatiVO e heurísuco da aplicação das noções de e5trutura. forma ou
totolldade ao estudo dos fenômenos PSIcológICOS.
r necessáno considerar que a PSICologia dos conteúdos mentais, romo a Idealizara WHhelm
Wundt. intimamente ligada ao estrururafismo. vem sofrendo, desde o seu apareCImento, grande
Or()slç~o por parte de Outras correntes pSIcológICas De forma Indlf€ta e COnlradltóna, o maior
c;uporte receblfjo pelo esuuturahsmo provem do gestaftlsmo. que se generalizou como método de
elaboração das artes VisuaiS contemporâneas.
Na utilIZação estética - eliminado o caráter extremado do antlssoclOloglsmo, que procura
diminUir a Importància da expenencia acumulada - a corrente gestaftlsta é a que exerce maior
atraç~o dOS comunicadores atuais que utilizam a forma e a Cor como meio de expressào, por (l'n.
trdhzi:tr(>m S('us f"sforços no conheCimento da funCionalidade dos elementos e::.truturaI5,
Per~rx'nlv"mente, há certa analogia rntre os padrões da Cor e os da forma: .i aht.~r.l",[io por
de r&snmo. diminUIção ou mudança de pOSição de umd cor ~m relaçdo ao conjunto f,u mudJr t.1m"
bém O Significado dd estrutura_ O que é n(>ces~áno If'var em comideraç.1o, tOm ref('r~n(IJ j Ü)f. t,"
que sua capacidade de InfhJ~nt::lil psíqUica tendt' Sf'nlpfr maiS pJrd os d\P('( tos emotiVos., ao pdli.SO
que d da forma ê prC"dorTIlnantemente 169Kd
ASSim como d (orrTld s6 é percebldd em faLIO di' uma <1Ift-norlça eje COr ou dtl/umlnosldade dos
campos que a dE-finem, d capaCidade exprp')'ólviJ e l.omUnl(dIlV~ cid ror SÓ .tp.3retC arfdVés da forma
(tamanho, configuração da área, repetlçlo. corJtrdstc. comh,na\.JO. proXimidade e semelhJnça), atln-
IndO seu maior grau de eficil!oncld qwndo complE'mentd ou reforça a mt"nsagem COntida na forma.
9 Na análise p'.ilCo/6gica, o contraste slmultaneo de cores pode encerrar determinaddS ilusões
"",...TIJIL:,A .... 0'''- ;!.;l -.:;. '00 ~ SI' '"'I('" , ~.l

o,ensonais de índices tão elevados Quanto os das ilu$ôes óptieo-geométncas


Em toda a sua história, a comunicação sempre se valeu de símbolos. Os SinolS (sonoros. visuaiS
ou gestuaisl. gerados de mernoCLzação das formas, termmam por constitUir cód;gas. Daí nascem
os símbolos, que podem ser formados por um ou vários s~najs. Por isso, chegamos d constatacão
de que todo pensamento eXpre'i50 ê sempre simbólico em maior ou menor escala. je . . .'do à 'm--
possibihdade de representação de todos os componentes do objeto comunicado. Para representar
Idetas, situações e objetos cada vez mais complexos, os comunicadores procuraram aperfeiçoa
seus códigos, dando-lhes maior dareza de expressão, e criar símbolos tão rjesef1Vot-/1Co-S que che·
gariam a rivalizar com a fotografia e com a descrição anaHtica.
Mas a eficiência desses sirnbolos flunca esteve na fideHdade da represer;taçoo. e Sim r.a valon-
zação de certaS características do objeto representado, segundo certas necessidades OU exigências
do público a que se destinavam. A mestria dos gr andes Pintores de todos os tempos sempre reSidiu
na capaCidade em descobm essas características, ou seja: as hnhas de força que encerram a geome
trização das liguras e que as fazem falar ASSim falaram as lanças de Paolo Uccelo; os 9rupamE'r;~o"$
CIrculares das figuras de Rubens; a forma fechada, recolhida em SI mesma, da Tristeza de Van '-,ogh;
os retângulos de Mandrian; a forma triangular do Enterro na rede. de Portinan. entre outros.
A constatação de mensagens e\plicitas cc·ntidas na estrutura dessas formas comunicadas :1"'5-
tigou a pesquisa a descoberta da organização das Imagens VISuaiS (e outras), daí surgindo a Gesta"
como escola pSicológIca Serr subestimar o grande Impulso que os gestaltrstas deram ao estudo
da cognosobllidade das estruturas formaIS, há de reconhecer-se que eles castraram a própna id~la,
rornando-a Impotente para expHcar a compleXidade expressIva da estruwra. ao pretenderem isolar
O sentido da forma da experrêncla do observador.
Atualmente, os símbolos empresariaiS, cada vez mais abstratos, demonstram a fragIlidade da
poSição gestaltlsta. Só funCionam (ganham qualidade) através do uso diferenciai, institUCiOnal e
promocional pela empresa ~ inclUSive inserção nos Jornais, televisão etc ~ que acaba por Impregná-
los de conteúdo. Esse conteúdo é fruto da experiência do observador (público) que, pela frequêncra
°
de visualização (ou audição), termina por ligar símbolo a empresa que o utiliza Com as deVidas
varrantes, o processo de apreensão de uma estrutura qualquer guarda cena analogia com o fenô-
meno de Impregnação de qualidade que a experiência atribUI à forma ....
Segundo Benussl, as ilusões ópflco-geométricas são fenômenos pouco senSlvelS à Innuen-
cia da vontade. Não se revelam permeáveis pelo fator exercício, porque são redUZidas atraves ~e
treinamento A repetição da vivênCia de um modelo frequentemente reforça a sua aSSlmllaçao
distorCida (lIus!. 33).

)! ,iUIÓC tie H~mhc.':z A e E:00 oura/elos / Ilusão de l611ner A. B, Ce D são paralelo.

A B c D

A B

\03
..aI
-(9Ll'·np) l.nuoh':laq ./p <..I'4U11 SqJl úp no 'f'UJ!J eJPd dr;ç:(-ll? UJ'YJ elO
'O),H:q pjl?d ~eq f' WO) p'IO 'dPIW{!Jl~j PlUn tJp '()\1nfi~'Xdq ./plwJf J IJ UI .lp 'r~rJP/IJr~UJ..jntJO;d J0H r:?tJJn tJO
(!1ap; e Jrp ot' ppod !>OPi~j n Jt) 5{)uotl~x 4 ,I j .I', o[dlJ J"..cd J()d (' H q I U ( d ('UJt 11 J "tJP11U0 j ',r' 1(, H Jj IS'.Jqnr-
SFJ'WflUl J"A 'iOUJJJ.)fJOd ~OltJ:)W"'l'J sOfJ 'P''PII Uf ' nb I' d I'/i,J(jlf'IJ ~. UJ()) ()fJj()jr~ 0.' 'i,tJ"plIJJVO}fJ
j
J01P/O i...lJ;» ~PlHV 1OH'J -.ll~,)P fpf',)fIJW~j,,'" II PI)'S.HOlJj 'p ,ull'-, O 14.r'l JI!,;ldjlifIJJrJ f,f'P ()~~I':.{jI'1ílr) r:-p
'Jpt9PlJv"'Ó p Pl1P.)nhl)1 .u~ l')UUl ['l tJJ I OlW J) clplUJ t' lrrJ f'l J/fl rJ IUf' I 1 r;..1 JJ JfJJ SPI )tJ~IJ. J~tJ fi )JI J \\,11 .JJIJ) I
SOL,;I,)~)d )}PUl'i'jlHloJpq}!lUIXOld IUlPl rIU I' JIISjJ.ll , I'W) Ntl) !jJ('Jjl1())U:J ~fJJrtHIJl~ J ",r'fJ~1 V.Jp;r)ij
()~' 4t'')'IU1I' .., - J1Jr<t Pie fjPIHtnlls '~'qlJlt P J",)dW(jI'~ufJ f(!jdfJJ'fJIUJI/()Jd PfJ (.>J(~;J(,t; f! 'E:;JiHlb:'1' p,~ I
'Sf';uOO s r )PC'f'IUJll')JO I.: opIA.,p 'Ppf-'qpJIJod fl411q I?wrl ,I1U;~!JJIf:';)J {;'~ 'p.JI'J1JJw1 '-'1.1 ".Jr,t, ':.r~l)r.-)
jlJ~ 'tçt. 1 n I) C:W()d, IP sr'qut! t;pnp ~rJp or:;JPI',JJr.;qo p,~ 'SvJrJUJt~ ',rOnlrJJlrg <;t:'fJ(·IJIUJFj. JrJ.lr J j
JW J • UO) SOtLJ"'f1O'J ijo,jUdJy] JOd S(;pel)!.""J"
Súj(JpulJd '.Op Or)UIjJ~d apeplWIXQJd
'S!enStt\ OWO) seJOUos OIUPl ''.iU;j6~UJI .... f?p rA;r~r.IJ' jf!t~j(J r, ;fMJ
, t., Itl'Jvf) C Ji tJud O ., ~lS3elrOldW OWO) r;,plpU.31Ud J':-.JS ;;,pod 'Sêl9JPjóJ 5I?lJ~) 0r)U~p)~rfJ ..,.r (~
I
r • .lrJ~ I ewno ;;dl~P O~t'UlqUJI)) ejad sew 'sepeJosl Sl?lOU tJp sOlU;;UJednJ6 nr:, ç,l?júU JOd ('/p~rJ 9 I
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A NAl'1J1'fl~ Cofl rflP • C~. I'" A(,.A'_I I'9J"JUIf ,A, M90 '" '" r .r.t:. ~K.J'.

Boa continuação ou continuidade Quando os elementos de certas estruturas apresf'n-


tam um destino comum, corno no CdSO de fIos torcidos, de barras gregas entrelaçadas. ou aInda de
formas precisas que Indicam a direção dos segmentos. dIz-se que integram o fator contInUidade, ou
seja. têm boa continuação {ilust 39l.

J8

(:Jlma f lerq/O Movimento.

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'--../

Ser.soçào de alegria. /1"-...


~

Sensação de rris{ezo.

y C:.;: cc; r .u ~ãc.

107
A "'41,41'" ) .. r,l>.!· 'J~ AVI) -.,iQtllú\, ~MI!OtI" ...r..m: ..

Tendência à complementação Algum." Inclue'" a aá ·~0re' '.eno~n' ·nmp,ernentaç~o


(condição de clausura ou fechamento) como um" dd' par ... lia" J30€S da pregnáncla rJutroS, ba
seados nos prrncíplos de Hartmann. consldNiHT1-na C)(TI(' decone nl ia jinár lCa do pregnân- ~arür
cia, mas não como uma de suas proprtl;'diH!r:-s. A 'Iqor tf ndf.!I( (r);'TIr"emeNaçãO 'ião t? mais
rl ~~
do que a proprIedade quP Têm cert,v) torm;)') dt, IndW~lp·m
l e' plrite d Jrnpll'tdr O fert,arrento dro
r
uma estrurura tortementl:~ ('~boc,:,I(I.J A',;UIl, n.) !lu"f 40. rIJo W'IfJC S ur- a ;.!'r~- (.ie p('O'ie 03S C rcur
ferénClas. e sim uma <:lr nndc (Ir( unteréflU<1 fOI mdd.l por f"ld', _TaTí' l lf n nlo vE"rr 'J!' se" ),:•.rddarT ente
a linha t1orlzont.ll nem as Inclu1dUJS paf,l dl'l1trU fl'ndetn',S d v~r
UP lr)<.H .l'Jlo, c:1de ",per.(j'i hA
r
Ind lca,,6t:'s Hlcom pletds. O mesmo O(,.Otrf> com TI'i 1ft"') 11 n h(j ~ 'IH 'MS, que n('J IC""")II" d ~ rrehe ur 'Ia
circunferência. E" (om as Cinco Itnhds retd'j, qlJe nc ) Induzen I iJ ver I,Jm(ll ~.I'r "j

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Paralelogramo de Sonder AB = BC ~,,--------------~)


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108
A r JII nJflf:zP, 011 ("" ;U ... ~().t:. \ . ..:.:J..JY~, ~ M8Ct I(jI E.'0\1:'.1('"

FIGURA E FUNDO
o campo perceptivo é uma unidade constituiria pela flgum e pelo fundo. Há milênios o problema
representa um permanente desafio aos pintores, Qt).;> mUltt'ls vezes fizeram de ~eus motivoS (figuras)
o centro de preocupaçóes do Quadro. reh:gnndo o fi Indo a plano secundário. Mas também houve
pintores Que tratardm o fundo com tal e>:uberAncld de detalhe':> Que d figura vinha â tona por força d~
contraste, pela simplicidade ou ausenCla de pormenores A PSicologia só VI':'IO a abordar o probl",ma
da relação entre fundo e figura a partir de 1890. IniCIalmente de maneira Indireta. um' o,> trabalhos
de WlIham James ressaltando a dl5ttnçao entre franja e foco, ou entre aspectos r:.entrals e marginais
da consciência, e mais tarde, de forma aprofundada com a sistematização dr> Edgdr Rubn
As relações existentes entre figura e fundo têm maior força nas figuras amblgud'.i, re'J~r"í'/eI5 e
Ilusões de percepção. mas em todo ato perceptivo, em maior ou menor escala, ela\, e'itao pfe~emes,
valOrizando ora o fundo, ora a figura (Ilust. 41 l.
A avaliação de espaço no mesmo plano, ou em profundidade, é uma manifestação d~ relação,
Integração ou contltto entre a figura e o fundo. Desde o RenaSCimento italiano. a representar;áo de
espaços foi cientificamente resolVida pelas perspectivas hnear e aérea, demonstrando a necesslda·
de de conjugação de ambas para o pleno êXito da Ilusão de terceira dimensão sobre uma superfícll?
plana De acordo com esses pnncípios, a PSicologia procura explicar a percepção do espaço real,
estudando-lhe os efeitos sobre os sentidos e a consciência

4' Figura e fundo (formas ambíguas ou revers;vei5)

109
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m todas as épocas, as sOl'cdades orgam:.ada~ seMpre tlvcrll ..,eus códigos comp~to!.. ou


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L...J ..... no') elementos de uma simbologia das core~. atribUindO- Ihf1 frequentemente Cdrater rnâ
9L ~ü A variedade de :)/gnJhcados de cada cor, ao longo dos tempos. ~tálntl(l1amente ligada ao
nível de deSCl1\1OMmento socIal e cultural das SOCiedades que os cflam.
Ck diversos elementos da Simbologia da cor, como em todos os códigos (visuaiS, gestuals,
wnQ(O') OU verbal',;. resultam da adoção conSCiente d~ determinados valores representativos, de-
slgnallVús Oli t.:JlferenCladores, emprestados aos SinaiS e simbolos que compõem tais sistemas ou
lódlqÇ':. (t)m efeito; o que dá qualidade e Significado ao símbolo (sinaiS sonoros. verbaiS ou VisuaiS)
~ sempre sua unllzaçáo. Por isso, a cnação dos símbolos mais SIgnIfICantes e duráveiS é. vIa de regra.
, ate co!etjw de (unção socIal. para satisfazer certas necessIdades de representaçáo e comunicação
,-.C~;1;) eXl.:mplo temos a utIlização SImbólica da clfcunferenoa. do quadrado e do tntlngulo. cuja
Qr;\,l€m <;,e perde nos albores do período neolítICO. CUriOSO é notar que taIS formas SUSCitaram idelas
anjlOQa'S a vdrios povos do mesmo grau de desenvolvimento. em lugares e épocas dlterentes.

I Eme0r.! rJe maneira bem mais complexa e sutIl, o mesmo ocorreu com a cor. Pode-se dizer
qlJe' a SImbologia da cor nos povos primitiVOS nasceu de analogias representatIVas. para 56 depo's,
po: .'es.doura",entos comparativos, atingir um nível de relativa Independência que corresponde a
,...,tAgIO: reaIS elevados de subJetividade. O vermelho, lembrando O fogo e o sangue, pode"a tam-
~m repfi"..entar a força que o faz Jorrar. O terror. ou a morte e. por sua remlOlscênoa. o luto. O ama~
~eJc., qljfl Irmbrd o sol. o ouro e o fruto maduro. facilmente seria identifICado com a Idela de nqueza,

I abuncJancía e poder. O branco se relaCionaria com a luz. portanto. com a Idela, o pensamento, a
!{"I"Jurcd)çcl. a tranqulhdade. a pureza e a paz. O preto. com a noite. a escundão. o perrgo, a maldade.
a ,nsequfdnça E' o aniqUilamento.
I liJ)toriQmpnte mUitos dos ~Ignlflcados das cores guardam o sentido onglnal, enriquecidos
(t)m d "/oluçé:lo espiritual dos povos. A cada nova SOCiedade. os símbolos tornam se mais requInta
I do~" abstlat"', acompdnhando de rerto o voa da fantaSia e das aspirações hum"n,,,
A idela de pr){j(-(, ,epresentada por um t(Jcapt' vermelho de san9ue, está na hnhJ de desenvol-
I \Ilrnento r~ue le....a às €'/O<.dÇõeS do mdnto purpurrno de um Imrerador romano. MJS o SI9Jltticddo
de poder pmp(('-)lad(.J d púrpura jd enqloba turlô.1 complt')(ldade mental Ull um,) ~(Xleddde capaz
I de tomtruir um Irn~rro. ~rn~)rd os dOIS sírnbolo\ representem urnJ m\:'~md tOISJ . o poder -. o
cOntelJdo ri'.' tjmbo~ (JIt('rf-.' fl<t mesma proporç.l0 em qlJf? tllf43fE'111 00, niveis do') e')tjgios SOCiaiS e de
I desenvolVimento Intelectual dO', povos qut.' U'i utilIzam
O slIJniflcado diJS lorps nuncoJ t~(' VldoJ autônOrT1d qlJt! IniCiaSSe e terminasse o seu ciclo de
açAo no próprio c\mbito das IdE'ldS Ao (untr:mo, dsldelas unglnadds por certos estimulos exteriores

110
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""'1 \' pnlll" Inl1 p 01'.. Ill.,'1dHI (' .lf'U lUI' 11 11'11 illJ I 111 lU ("'!li J"IU I. 011,,1.) no) nu}
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id "I oj[,\b li U III 1111. lL'llPLUIlf' ()HI •.Jlll II '1l' 'I' Ih llUI" rnll r 'lIltUIII' IllI lIA I r UI') '1111 'r
I '11 "H, S 1'.\' 'l'h)tlJl'~,l!)I.Hh.t '\I\llllcj .. 11)\1 1 \lIl··V Ct J 11P (J '111) 1l'
f' 11'1' ,li 11;;'( ,\'drlll.III~I.)J.lll'! d\")I'I\.pl"\'lllIlUrlll. 11 dI' I'~U I JII.>'V Llfll P
ILI'I',l'i 0l'\ttlll" 'i Ulh\nl'Ii" Il)l',nUlllldl"II·IIJ'11 :í111C') Ult,lullnl('IJJ,LIJ 1J"IIIPOq\1
IQu;n .. qt pl,tp '1IIUJlHjJ,I',) IJq\"',,~-,lh'l,lll' I Hh'\\ullll' 'l' PUlUlIl!.' 1('1 !.l"ll 'U·jOl 1<»)
r ' I 0u I,; \11, ~ \ 1 lrlllJlqllll' ',q '111 li' 1J ... 'I 'I! IJdn .. ,I~ IUI'JI) i li I'r '. )j~"') ,Plll )1..1 ',11 1 !:: r,l.l
lP • lU ~I 'li J -lL' ~lrrf'i1t1~:l\t\ JI'\h"W Uhll, '\II""W !t1L1 (')<';.111 11'11.1 lU li.,)'. l'till, I j(rl, P t'~tl
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Ir; ) ')' I P Irl Xl .. ,) Il n~IV\lpUI osn ,lI' '5r' lU I l)IUIUI I f'1.)(1 ÚI'1'1Ill1)IPU,,'I 'OUI U Jl \4 W;,\U
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P'P'''Ik1qf)l P )11 1'( l"UJ W, I'P 11 ,)( ,1"11 tl . C"InJl lI' rl,)lt\) (' ,j
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II'll' ll"l'[' nb ,-pr;lllill ,'U \1 ,,,I!J v"l
rp l'lU lU 'l~l opr' ,C\ \ li
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m., 'li l' 'il: \r,l.p.:u,(,'
l uJ J l.r,.\'!,I'lIl'll' U, )'S
A NMUAU.A DA (Ofl l :>liA ..,çAO PSlQUI(II, ~IM8Ot~: A I, MI',T!( A

• -não só engendram
! " ~ _ edldS. Acreditava quE' as cores
bem· estar indescr/tlvel provocado por essas P I " Theodor Fe
estados de ânimo, mas também se,adaptam a e ~s. ética _ inaugurado por Gustav J Von
A aplicação do método cientifico de pesquisa est - t ' da forma estétICa - leva fia G, .
I chner, partindo do estudo dos dados obJe ' rIVO s~ componen osroe"e de preferéncras ' oporrec_ s' uma hvez s
I AUesch, em 1925, a negar a existênCIa de padroes de~iava sempre nas suas sucesslv.as escol ~ .
q ue o grande número de pessoas por de testadas vJ 'I· por Vlr1;JVelS IndiViduais ainda nao
Por isso concluiu Allesch que as pre I'erenelcls '>d"o I nflw~nC!a(
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I beleza pard uma cor. Q ua Iq uer
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e que nelO tLm SCI1 trio
I (J qlklltflUlç.dO C ~, P a .dlnamlCd
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lenomeno es.
uma podera. ser bela ou naa.-
contOlmt.'or papi,qlN " desf"rnpf'nlleI fl rnln'çjo da bf.lezd . _
da cor, fOI.
. d ri latJvidaô p r su ) 0 , ~ ,
0IJ ' ppl(~ rle umô Vt:>nus, se me
.
tético. Esse mesmo ponto de Vista, dE'fen cn . o a rc f -.
. ·"D Ç--me Ic)mJ (lo. ;:m-'I' com <; U .
expresso por DeJacroix na conhecida fra<;e, A

permitirem ccrcá·la de cores a meu modo~, _ te uma sensaç;jo coloca a no


· r de que a cor é tao--<;omf'n - _
h
Modernamenre, o recon eClmen o . . d r do ~studo das relaçoes
campo das especulações psicológicas, possibilitando o i:lprofun amel~ o darias senSItivos [' p~r-
entre estimulas e componentes fisiológicos, para maior conheCimento ,0t S . oCI·onal e moral
•I -, ..
ceptivos e sua InfluênCia nos reflexos conscientes e InconSCI
'entes de cara er em
referência ou gosto por
.
O estudo da projeção da personalidade humana, com base na sua P . á
,iI determinadas cores podera' vir- a ser de grande - ' para o conheCimento de certasd reas
Importância
, ' .
da personalidade indiViduai, desde que vencrdas . as b ·
arrelfas d e uma aplicação ~mecãnlca,
. e um
;I método que deve ser antes de tudo Instrumento de pesquisa, . mas, que em maos Inexpenentes, M' H

, corre sempre o risco de transformar-se num simples código de etiquetagem dos paClente~. .
iI Dentre os várros métodos cromáticos de prOjeção da personalidade, destacam-se o PSICOOlOg-
,II nóstico de Hermann Rorschach e o Tesredas Pmjmides Coloridas de Max Pfister. Ambos adotam va-

~
lores interpretativos aproximados para julgar as preferências por certas cores, que resumidamente
são os seguintes: o vermelho está relacionado com necessidades afetIvas, afetos e suas manifesta-
i ções, das mais suaves às mais violentas, em dIreção extroversiva; o azul expressa mais dJretamente
uma diSpOSJção introversiva das funções emocionais e Intelectuais - pode ser racionalização ou
sublimação e capaCidade de intuição; o amarelo corresponde a anseios volitiVOS e liga-se à disposi-
ção afetiva e à iniciativa; o laranja é vontade deliberada de agir e de fazer-se valer através da ação;
o verde mostra o grau de adaptação ao ambiente, a capacidade de contato; o violera corresponde
à busca de equllfbrio entre o pensar e o sentir; o prera, o branco e o cinzo parecem ligados mais
diretamente ao inconsciente.
Num pais de forte miSCigenação como o Brasil, o que mais dificulta a análise da prOjeção
para um justo diagnóstico é a complexa origem da preferência por determinada cor. O gosto pelo
vermelho pode estar ligado tanto à paixão clublstica como à preferência política, à devoção a Exu,
ou à reminiscênCia de um rito tribal, e não precisamente por uma tendência à extroversão. O Sig-
nificado das cores varia muito de um código religioso para outro, e destes para os filosóficos, mas
o conhecimento dessa variedade de conceitos está longe de ser Inútil. Por mais extravagantes que
seJam, sempre fornecerão ao pesquisador novos caminhos para o levantamento da compleXidade
do pSiquismo humano nessa área, plasmado por uma utilização cromática milenar em que se miS-
turam buscas, equívocos e acertos,

REAÇÕES À COR

Ao abordarmos o problema da percepçao e do gosto pelas cores, entramos em terreno extlema


mente litigiOSo. Por isso, reduziremos o conflito a apenas um dos aspectos das áreas litigantes,
deixando que se defrontem as tendências pavlovianas e as gestaltrstas.
No curso do desenvolvimento desta batalha, veremos surgir os Sintomas de uma Integração,
tal qual Ocorreu com as contradltórras teorras de propagação da luz. De um lado, começa-se a perce-
ber que a sfntese do conhecimento acumulado (herança somada!J experréncia Inédita) resulta num
condlciondmento (om certa autonomia de determinações que Independe do fator consciente. Por
outro lado, a boa organização ou estruturaçào da forma é capaz de Infiltrar-se na trama das matrizes
onde se originam as reaçàes condJcionadas e marcar sua presença de uma maneira nova e definida.
Nesse embate, acreditamos que a surpreendente forma sulcará o cérebro como as marcas de

112
AoaTUIi:,' :l.\(;>;:', ',Io~.},; _:UCA.. ~ ~ .

um sinete. mas tais <;ulco~ ou m;'!t(ilS Cflar,lO llfn d.~'ienhc novo, dlterentc d,)s e~trla5 de. sInrte. ciO
misturar seu<; traços aos que Já SE' f'ncontr,}v,Hfllmpre~')os fld ,uperHec da memÓrld, prC ...:;K_indo
por vezes resultJdos ou reJ,ües IIHelr,nnL'ntr Inesper.'lcto<
A experiência que melhor Ilustr,lTld o (onfllto, d InkqrJ~jo e o rt?Sultildo nj(, prL"'\Ilsto. 1':' ,1 do
jantar bizarro de~crito por Mltchdl W,I.,{lI'l (1<..)67 p. 8 \):
Quando o'> con\oicl,ldo .. lllr,\ Ol l,('rvido" ..uh lU/I''> qUt' 1,1/I,lIn LI I"t(> p,lft>( I'r nnlt'nto, () .11\>0 ('Uf
de-rm'cl • .J" (>rvilhJ~ plt'l .l" f' o <- dk .lflt.H{'I.), ,\ Ill.Ij()rI.1 n~Irl pó'\!' (Urrlf'f f~, ,'mbnra o .. allOlf'nto..
íO....f"Ol ótimo" o .. q lle lf'tll.lr.Hll U)Ill('1 IH "r,lftl do('nll' ..
DepOIS d€' um Ui p).l'mph ,,\'rl.-1 nllJlto difícil deftonr1Cf J t(",L' ri" uM.) pOlf'nc1il d,'! forma.
fu IK lonando dCl m,l e H1dCPl'ndf'ntl'I1WII tI,' dn ( nndlL lorldrTll 'I lto ~uhFH C'nl !~, fT1él~ '" if bem ')(n,j '1
qenUldJdL' n.lO lOmiderJr J rnulllrlJ d~'ilo rldS !urrnd) bt'm ~',lnI\Ura(j.::I~.

FAscíNIO DA ABSTRAÇÃO

Antt:'s de aparecer a Iluminação feénca da:> cidade' modernas, o espetáculo colontlo rr-...!I~ cc' Il.Jm
°
brante que se conheCia era produzido pela pirotécnica. A lumlnosldilde dos foqos d~ lrtl:. 1
representou a primeira explosão de encantamento abstrato do maIs livre rachismo, de l -OIT(!1t('lo d..:
liberação de energia química pela combustão de saIS d~ potássIO em combinação com compc.ta-
de outros metais: estrõncio para o vermelho, bário pard o verde, sódio para o amarelo e cohre pan
o azul, e diversas misturas formando o branco.
Bem antes do surgimento das caprichosa, formas pirotécnicas já se conheCia a rigidez ge')·
métrica do cale,doscóp'o. As tachistas abstrações pirotécnicas e as mutáveIS formas concretas ~c
caleidoscópIo continuam a ser utilizadas ainda hOle por seu poder de ([lar êxtases onlricos ou ludl
cos, em estados de enlevo semi-hipnótico.

A COR NO ESPORTE
No esporte as cores desempenham importante papel dtferenclador para a VISualização dos conten·
dores. Durante as partidas de futebol, os juizes auxiliares - fISCaiS de linha - empunham bandeiras
colOridas O que está munido de bandeira vermelha é o substituto do árbitro. Quando JUIZ mostra °
cartão amarelo a um jogador Significa advertência por Infração as regras do jogo; canão vermelho
é sinal de expulsão para o atleta faltoso.
No judô, as cores designam a categoria do atleta. Na roupa de combate (quimono JudO·
Gh,), o lutador leva à Cintura uma faixa com a cor Indicativa de seu grau. Branco é a cor dos prln·
Clplantes, seguindo-se, na escala de desenvolvimento de efiCiência, amarelo, laranja, verde, ro,o,
marrom, preto, vermelho com raias brancas, e vermelho.
Em competição marítima, a denominação de fila azul é slmbolo de velOCidade na trave'Sla
do Atlántlco Nane.
A bandeira das Olimpíadas, Idealizada pelo Barão de Coubertin, é formada por cinco ClrCl,nk'
renclas cal ondas enlaçadas, sobre fundo branco. A mcunferênCla azul representa a Europa, a pretJ,
a África, a verde, a Austrália; a amarela, a ÁSia; a vermelha, a América.

A COR NA TEOSOFIA E ANTROPOSOFIA


Em nOS.SOS cJldS, a penetraç,}o da filosofta OflpntJ! no OCldenh' vem l~),\..'r(emk) lt:'rtd intlLl~ndJ na
r
apreCIação e aVt1haçclO drl'; cores I'm <.llqun ... meios e dlqlJma\ \eiTdS. [ntre as o;,l~lta'j que p OCUrdn1
utilizar essa influ~n(id, sallPnl,lm ',r-' uc, 'IrupO'i [I~()"ófirll\ e rmrloposófrl os
Aliando dntlquísslrnas con[Cp\/Jl~S rnistllo m~~qlc<l"''' iueltl':i (rI~t(.h e /TlOderndS, em buo;(d de
uma fundamentdção C1entfftcd, Annl{' Be"'rHll, (Unltnllddorrl de I lelena BIJVdt'ikv à frente do movi
menta teosófico Ifltern"Kional, (('v0Ia em ')t~U livro Furmos de Pençamento um Hieárro completo da
significação das cores do ponto de vIsta d,l corrente que lidera

113
11 "'./, TIJI":!,~'/' I"'" IR [ .~ J.'.h) r::>)VII. ". !.Jf,1r"'-l'.~ I, ~1c,1C ~

1"(, JIIKjlJ IL; ln!' 12 anos (" 9()'


. RC'Jlllfc ltelnl r
I
Também o tilosofo e pt'(l,lqOqo d crn,l~ <' Zlmlr't.. '-.'l1 rc ,,: )t:He1na da~ C0r
l
'
,
19 li) a seção alem'; da SOclc"a d e I Ctt; 61 ",1 pu'c " lIIX'U >- • ~ :., fi 8: .'/Jt'i:: lildott.i 'iocc· r")

. j . 1~ ft.fl{ 'S ~,'r·:Jr, r SI ~ (


detlnlndo-as lomo rt"'prcsentaçao ~ ,1 I( l 1(1. r . 11'" fll j, lo W ( la' cnmo divulga
.
dade Antroposófict1 (ria )dbedoftd _ 1 , ( ,ntll UdnCl
d o 11 om 011)
n.iJd! );l(~pç ~ 's rie c:, (
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dor d,l obra científica de (joethe. tm tr.lb,dhc) d1 fII -'- ~ t . . tLrr J''ift::pecedp ,
r
poeta ,llemãocom seu movirnf"lltof''ipirllIIJIt')t..1 A It)/ 1(~.
livro )aqrddll pJr<l os antropt)'ióftt.o..,
Na tE'O'\Ofi,l a cor ~ 5lhl slqnlflCI(,.Ju t,~TlI !rnplJf! ~r )(.1,
,
,.Irll 1.
j "r OI.no!; . en! (J 'lá')
...IVJ(j-} .....
p 20,41 '14), todos os homt'Tls pu::o..,uPrll urTld "lH,J )1 J. ri, 1;:
I: r,l

mas apena0;, 0" dJlividêntt":; COfhf'qlJt'nl ver 1]1<.: cllH, .


) -;:,mrnfr,!lJ.,m n.l m,l·
Jorlo p('n"~lOleIlIO d,i origf'm .1 um,! "t;ril' dI' vil" lC)C, ,Ul ,o',
· I " I,\ g.Hn.1 ((
I c UI,~' (' -'1),11 n;nlp,)r .....vl'l t.!'í "-~f'r.W.,
térhl do I.:orpo mpntJI. Um.! rsp I(~n{ I~ .

r.lc.-5t>, do ..01 nas botbulh,l<' form,ld.ls flor um.J fjtU tI.1 (,','1: "- pc 'Jm Amil IOfl'p'!III!,td,' mil

\'ezp .. m.lÍor. Sob este .Impu I<;0, U uJrpo mpll" i ' p~ll
t (lUlJ4 t4 rim u" l;urCl..(} vlbrantr-
,H " • , . . ."" ..

de si mpsmo, que toma uma form.l Uf'll'rminad.1 pelo..! HC,)f' nall·:-;';:l d('stJ:~ vtbr.lf.oes. (. J
A qu<\lidoldc dos pensamcnto~ cJ(>I('fmin,1 d SUJ (flr A rh1tUl."'Zl t. J=, )€n~_lfnenloS df'tcrnllf\J il 5Ud
lorrnil P a precisdo dos pensamentos dPt!-'rmin.1 .1 nitidez du§ ,eu.. JOtornos.·. ) As lorl:.>S do')
diferf'ntl's corpos do homE'm são análoga<; :lS dd't form.1~ tf' pcrYfnf'nto gcr.ad.Js np..sp,; forrx)5: {J
preto sign ifica ódio e maldade; o v(~rmPlho, ('m tod.1 ,1 !ou..! esc IIJ, desde o Vf~rnwlho df' I.HJrdho
ate o escarlate bnlhante, indicd róler.1. Um vl>rmE'lho f'.54.uro fé' H-'pugnant(· f; indkio da) pafxõPc;
animais e de todos os desejos <;ensuais. A COr moreno-<l.:I(."} (<"orno dt-> lNr;) qupirn.ld,l) expressa
avareza; o cinzento escuro indicJ egoísmo; o cinzpnlo d..lro (' IIVido Indiei merlo. () verde l-jn~
zento denota suspeição, ao passo que o verde f'.-.,curo SJlpll.Hio rlf' ponlos t' de relâmpagos dp
(or escarlate m anifesta ciúmes. Em seu estado mais ('levado, o vf'rde brilhante expressa o dIvino
poder da simpatia. A afeição se man ifestd por meio dr toda a gdOlJ do c.:ilrmp~im, ,Ité O ro~.I. O
alaranjado esc uro implica orgulho ou ambiç.io, e toda gama do amarelo pE"rtC'nu.' ~I intel(>lIuclli~
dade. As diferentes tonalidades do azul indicam todas o sentImento r~ligioso. ( ... ) Um pc>r1samen-
to cheio de amor, produ zido por um coraçJ.o piedoso, dá origem a uma série dr ton<llidildes ma-
ravilhosas/ seme lhantes ao azul profundo de um céu de estio. O brilho e a rnten"jdade dJS corps
denotam, geralmente, a medida da força e a atrvldade do sentimento que Ih('s c/pu ndsC/mento.

A COR NOS CULTOS AFROBRASI LEI ROS

Como todos os cultos relrgiosos conhecidos, os de origem africana também possuem uma 51mbo.
logla da cor reveladora do nivel mental e do desenvolvimento social do meio onde surge
Os santos africanos (orixás jeje-nagôs) têm suas tores, e suas filhas usa m essas COres (0010 os
fidalgos usavam as cores das casas onde serviam como vassalos. Oxalá é bran co, Xclllg ~ vt;"r-
ô
melho, Omulu é preta, Anamburucu é azul·escuro. (CASCUDO, 1962, p. 241)
Nos candomblés, macumbas, xang6s, batuques, parás, babaçuês, tambores, as cores ~rd
recem deSignando as diVindades através da decoração dos terreiros, dos objetos s"orados dJS
vestlmental, dos paramentos e adornos dos Babalorixás, Mães~de'Santo, Frlhas'de'<;,1Il10, Ot~a, e
Babala6s. A vanada denominação dos cultos demonstra as Innuênclas aparecidas no Br,ütl.alt"
rando r:ada um deles. fais influências, dispares, marcam sua prp.sença tanlbérn no "'!qntlrc.Hl(1 d.,l5
cores rnUdlS. Por ISSO, às vezes vamos encont rar, na prátICa mlstica, d rne~ma cor df'slgn,ITldo V,)r1ü"
onxás, c o mesmo arriá repreSF!ntado por V,lrIJS rores, contorme dllem RO(jt'f R,htrdt' (1 1)/1) ~
EdISon ( drnelrO (19l6)'

Olorum (nagô) ou Zanidpombo (Angola, ConRo, cabodo) - [)(AU" .. uprf'nlO, P,lI di' lodos m
oriXdS, .wó do!. morl<li ... 5u,) indumpntlÍnoJ ti inlt'lr.lm(·ntt' br.HH ,I, u ,!,Jndo pr.lI,1 Ou níquel

Obatalá, Orixalá Ou Oxalá r reprt'"c·ntdd.l por dU.l.. <UI.!S pint.ld~l'j, de brdnl 0, pm illu.. ~10 elO
, pro.t.J I·Im,t ou o Itmjo v{'rd<:,; do loruba ohsan, J 11m "t Ou
céu e J terra . Outrd rt:·present.;ç.lO
I' ,
Imelfa; e nId ,gran d e, nut ave
' I . PII- . nomf' (' pf'los slmbolo~ us,uJo .., de<;t.!<"ilm _st'
-' ... origt'm di' "f'U
as cores branca e verde.

114
A N"n IRF.l" 0.1 ( ~ l JA I>l.AO P /QUICA, ~_M!KlU('" E MI 1('"

lemanjá _ MJe d'água dos tOrUb,lnos, amai!; prpstigiosd entidade femmina dos candomblés da
°
B.lhi,l. É m.i€' de todos O" ori~<l" e de tudo que eXiste na face da terra. Protetora das viagen!'
m,ullimJs, sofreu o processo !-.Incréttco nar.. deusas marinhas, passando a ser Afrodite, Anadiõ-
mene, pudroelra dos llmores, dispondo sobre unlõec;, casamentos e soluções amorosas. Também
cOnheCl(11 como lanJina, rnnce~l do r..\ar, Sf'reI3, ~~rf'id do Mar, Oloxum. SU.Js cores rituais
SdO o vermelho. azul-c",ruro e cor-de-ras.\, mas <,I cor prf'ferida para as oferendas é o branco,

pnncip.llmenle '5ob a IOrma de l'Iores,


Oxum _ Ori,.~ dos n05 e das fontes, t'gide das águas docc~, como lemanja é d,:ls salgadas e
Anamburucu d.1 chuva. Sua insígnia é um lf'Clue de latão, o abedé, tendo no meio uma estrela
hr.ln(d ou uma sereia, Suas filhJS US;1m (ol.1fe~ e pLdseir(ls Idrgas de Idtão Jmarc!o-ouro e cores
dour~lda$ na vestimenta
Anamburucu (Nanã) _ O mJj~ velho dos trpc; orix.is das águas (Anamburucu, lemanj.í e Oxum).
Suas cores rituais são o br.lnco e o azul-f'sluro. As filhas-de-santo usam pulseiras de alumínio e
l-antas brancas, \'ermelhas e azuis.
Xangô _ Rei nagô. É di\indade das tPmpe~t.lde", r<1105, trovoadas, descargas da eletricidade at-
mosférica. Usa contas vermelhas, brdnlJs e pulseira., de latão. Sincretiza-se com São JerÔnimo
e Santa Bárbara.
lansã Uma das mulheres de Xangõ, identifica-se com Santa Bárbara. Suas cores são o verme-
lho e o branco,
OxumwMaré _ É o orixá do arco-íris, Imagem identificada com a serpente-marinha. Santo loru-
bano, sempre ocupado em transportar água da terra para o ardente palácio das nuvens, onde
reside \angô. As filhas de Oxum-Maré usam fita verde e colares de pedras alaranjadas. Os
apetrechos rituais sào uma cobra em forma de hidé, dJ/onga ot6i, contas raspadas com chumbo
verde e lres pratos pequenos de louça verde.
Ifá _ Oríxá das coisas ocultas, das predições e adivinhações, ldentificd-se com acre pálido da
palha da esteIra de Ifá, dos frutos de dendê e das nozes de manga do colar de Ifá,
Ogum _ É o orixá guerreiro. Nas macumbas do Rio de Janeiro, identIfica-se com São Jorge.
A cor predileta do Ogum é o azul-profundo. Os colares das filhas de Ogum são de contas azul w

marinho na Bahia, amarelas no Recife, ou mesmo vermelhas e brancas. Os crentes afirmam ver
na pedra de Ogum um homem vestido de vermelho com uma espada na mão.
O xóssi _ Orixá da caça e dos caçadores. Suas filhas vestem verde e amarelo, pintura verde,
pul~elras de bronze e colares de continhas; verde-branco nos candomblés bantos e azul-claro
,
noS nagas.
Omulu, Omonolu, ou Obaluacê - Santo da varíola nas macumbas do Rio de Janeiro, o mesmo
A/d/Jú, Aiê. Oba/uaiê, "O homem da bexiga". Para o culto de Omolu, as vestimentas são verme-
lha .. e pretas e palha da Costa. As pinturas nas penhas e nas iauó5, roxas. Os cotares de Omolu
s..lO de maeJU de pa lha da Costa; con tas pretas e brancas nos terreiros nagôs, pretas e vprmetha<õ
nOS terreiros banto5.
logunedê - Sincretizado com São Expedito, sua ... conlas são verde-am.uelad~ls,
Exu _ R€'pr€.'se-ntilnte das potências contrárias ao homem, sendo por ISSO, às \-CZE'o;" !dentiticado
com a<; forças m<1lignas. É uma divlOdade bnncalhona e- rálica. As contas u$adJ!-. por suas filhas
tPnl a .. mes.mas COles ddS vcstimentdS: vermelho e preto.
lbeiji _ DiVindade gêmea, orixa ICle-ndgõ, repre;;;E'nt,1(Jd noS ..:.andomblé. petas ~antos carol1cos
SJ.o Cosme e São DamiJo_ suJ. ... core~ 5.10 o vprmelho e o branco,

115
I-, m nenhuma outra <'poca a cor tC'1 tJO IJr Jamc,o:rr ~ r(''liC'a :omo no século Xx. As gran-
des ,ndust"as de corantes c ,je lumrr"çJo ~c~:'\ar,,- ~ad,,('z mais ficas as posslbrlldades
C'Dmáticas, por meio de novas tintas "mtt' ,(a>, plástiCJS e T "~li ,,", p de luzes Incandescentes
cc,muns, Qas neon, luzes de mercúflo, fluc'c<CE:'nt~'" aull_a> etc, la fT'esmo tempo que no em-
prego est~tico da cor surgem novas espe lalidades na ",municaçáo visual As mensagens de
todos os tipOS, sempre mais coloridas, Ir,augurar u",a er~ (ultural em que a luz alucinante e
psicodélica das grandes metrópoles parece ter .:omo unico objetivo a poluição visual.
Mas esse desregramento no uso da cor se (:'lCllna de fatores sociaiS e não estéticos, Cada car-
taz, cada anunCiO luminoso, cada vltflne, cada imaq,rr colo "da de TV e até a simples Indumentária
de uma COflsta, de um jogador de futebol, ou di' um jóquei são longamente estudados em seus
contrastes e suas harmonias de cores, o que não Impede que o conjunto visual da maioria das Cida-
des, por falta de planejamento cromátiCO, possa dar Idela de um Imenso caos crepltante.
O mais surpreendente em tudo 1550 é que sempre que alguém, em qualquer lugar, por
qualquer motivo, toma um pincei para colo", a obra que IniCia, seu esplflto utiliza consciente
ou inconscientemente o resultado de escolhas e opções milenarmente preparadas para este
Instante mágiCO.
Cada cor traz consigo uma longa h,stófla

VERMELHO

Oiermelho f! urna das sete cores do espectro solar, sendo por ISSO denominado cor fundamental
ou primitiva, f cor primá"a (Indecomponivel), tanto em cor-luz como ern cor-pigmento, POssui
elevado grau de cromatlcidade e é a mais saturada das cores, decorrendo daí sua maior viSibilidade
em comparaç~o corn as demaiS. Seu escurecimento em mistura com o preto (escala dI' valor) tem
como pontos InterrnerJiáriol, entre o vermelho e o preto, vártos tons de marrom Seu escurecimen-
to sem perda de luminOSidade (escala de tom) obtém-se com a mIStura da púrpura, violeta ou azul.
dependendo do grau de escurecimento desejado. f a única cor que n.io pode ser clareada sem
perder suas caractl"rfstlcas essenciai, Clareado com a mistura do ,lrnJrelo, produz O laranja, Dessa-
turado pela mistura com o branco, prodUl o rosa, cor emlnenlt'mcrHe dlE'gre e luvenll.
e
A complementar do vermelho, em cor luz, o (Iano e, em (orplgmento, o verde. Está
situado na extremidade oposta do espectro em relação ao violetJ, (' leu matiz é de 700 mil de
comprimento de onda, aproximadamente,

-
Sua aparência mais bela e enérgica é conseguida quando aplicado sobre fundo preto, fun-
cionando como área luminosa. Sobre fundo branco, torna-se escuro e terroso. Ao lado do verde,
forma a dupla de cores complementares maIS vibrante, atingindo até a brutalidade, dependendo
das proporções empregadas e da forma das áreas coloridas. Aplicado em pequenas porções so-
bre fundo verde, agita-se e causa desagradável sensação de crepitação.
10 a cor que mais se destaca visualmente e a mais rapidamente distingUida pelos olhos. Estas
duas propriedades do vermelho é que dão origem à impressão dos coeurs nottants, estudados
por Helmholtz.
Dos váriOS vermelhos utilizados pelos tintureiros e pintores, destacdm-se o vermelho-de-sa-
turno, o inglês, o laca e o de cádmio. O vermelho-de-saturno ou minio (zarcão) já era conhecido
dos pintores gregos e romanos. 10 obtido por lenta oXidação do chumbo exposto ao ar, ou pela
calClnação do alvaiade de chumbo. Os vermelhos de laca provêm da alizarlna, da rúbla de tintu-
reirO, da conchlnllha, do vermelho de litol e da paranitranilina.
O vermelho mais usado pelos pintores contemporáneos é o de cádmio, produzido por
mescla de cádmio, enxofre e selênio. Conforme as proporções de seus ingredientes, varia desde
o '/ermelho-alaranjado até o vermelho-violetado, tendo como ponto Intermediário um vermelho
forte, de caracteristlcas próprias
De todos os vermelhos é o vermelhão que mais rapidamente perde sua coloração ao con-
tdto com o ar Um século antes de nossa era, Vitrúvio já recomendava cobri-lo com uma cafT1ada
de óleo e cera, para eVitar seu escurecimento prematuro.
O '/errnelho é a mais contraditória das cores, deVido à sua origem e seu processo de satu·
rdr,ão. tJos círculos cromáticos de matizes contínuos e nas experiências prismatk:as, o vermelho
surg" entre dS radiações vloláceds e dS alaranjadas que se interpenetram, sendo Impossível deter-
mInar oncJ0 começa p termina o vermelho-alaranjado, O mesmo ocorre com o 'vermelho-vloletJ-
do bs~ ponto Ideal, comumente chamario vermelho puro, é uma abstra,J0, por >têr da própria
nd.ture/d do v~::,rmclho d pôrtJupa<.,.do do azul e do amdrplo em sua ron"tllui\-tlo, No seu ponto
mitlS característico. (om~~pondf?nte ti /00 m~ de cumrrlmenlQ de onda: par,] cada 011 359 uni·
dades de v~rfflelho f:/l~tPrn 004107 urJlddrlP') de VCIUt'. sequnuo a t~lb01.-l de padronização dos
estímulo,; trtClomâtl(OS ~ldbOl,)dd pt:'kl (om))';i,Jo Intern,lI"IOrl,ll de lIurnlntl(,jo. Como se sabe.
o verrnplho p um ponto IntPrrrll'dlJno f'Jltrt-' O amdlf'lo I' O d/ui, provandu a ImpOSSibilidade da
exlstên(la dr um velrT1plho )['111 que dl'lf' p;·HlICtpem o d/ui e o clmarelt).
A nqor, todo vermplho I"~ SPI nprro Innu{'nt~iddo, de turlna VéJriddd, Ou pelo azulou pelo ama-
relo, derivando daI a formulaçeío dF' que o vermf.:,lho sempre pende para um mOls ou para um

119
mer,]~, OU dlndJ, pilra um q\J€'nte 'I)U pdrJ um frio. PE'rc"be:'rdü ("SS.i c(,rtradl;.)O ,_on~tiTUCIç.liaj
"tore~, rras que se l'vldenla (c)'"
,
do \lprrnelho qlJe. dliJs, é PO!I'I,c'Jlrv,ent('r,crente.j todas
!"'lal("lr (I M(l!,~
no vermelho. c..OI2,-hl' (1 ':1b.i. p.) 111 cll 'rrnava:
A ()lOd,H,ão do .I~(l proV,l c I.H,H1If'nlt' a passilgl'm dc) dmarplo.lO v('rmelho ro do ví"rmelho ao
.1lUI, I IdSsil!c _Imlo I) "1,'rIP(·lho (11111(111111 '''11111) li,) f"~'~("nvolvlm("nt() d.1 oxi(IJcr,Íf. (''1uldl~t.;mte
do am<Hf'lo (' do ,lZull ' \ rmJ" c'lI..I II.I\.lO 'lt1l1l1U a ( (rulo 1n)t'dl.ItU d<" um dp.sflnvolvlmcnto.
I-'roS5L'gUr' dp motl,_, Ifrl'~I,Ii\ 1,1 ,~, '[1I11InlJO, \lipndtJ ,Ie SP notoU flue gPr.llrnente se 0Pf>r,'} do IJdo
do r.'~;5. () ,J('I,lll~,11I do lo~o llJmU por nutl..lS C.IU~,jl\, !orna on1.t tor ver~
ocr" .Uil.,t!(·I,l l-Hlffl
ffi{--:ho mülto illh'n\.l n cn.IS~it IIh' (alllarr·II)) s(' Pl(IIt ••. It~ Il)nV(.'III~' \fi ~'m rlllnlQ :vermf·lhQl,
(' ,) t:;rbi,~lI I~m 'ln.lhnt) I) qlJ.IIII·P'f·~I~lIr.lrodo~ ('ues processos
11111 l"IJ.:mld mUi lo ,nlen\(j
mphl.J::1l I..:'fll.l ,:tI Hhill.H.)O 1111'111.1 rll1pul("cll;ll'ntf' mllrllJ dt, met.l!. 1)(1 1&ldtJ do mt'nos, P.
nlt'''l""jrl Irt'qucIH.:I.1 cI.l P'X,dt,H•• III, s(' hem qllc é comprov.Hfc) que" a/ui· cid P'UUlcl P (, \lf'r~
de <k ('",halto ,IS~lIml~m. segundo !ih.1 pllrt'z.\ e \.lWr1Ç,IO, UnI,l Ic·v(' (ol(lr,I<..'O avermclhdrfJ
ilpro'.(lr·,,,,rdú·'S(' do vIOlelJ. .
~h!, ( "211rll..)I~C 'I)ai~ ~uc .,:- , .... o.:!J ( mrliC Ih;;, quc pode !ff',arj,
J Jdo cC rrli..l!. (OrlO f)ar· .. Jo, It rr sr'IJ, :lJ~(f' )d(>EQLIi:)"u("j(r,r!"~C1úrr,
. Ij~ lS, ~ino ('dbc-,....."c~, • ( ';"'11 ..."1 l,""r>: tlrJntE 'C VOletd.
" c-,-f.·*·· c,e' crl'\m~:t CoS, I. em j!~ , ): --
--'o '~ .. I • .,. ~
""~",J~, ""ltra a d,;culd~d" gr'~da ~eld ,-
:.~ bLI,co.r, ~u(le( :.mIJmt.rr te _'j~ '-. (:. .'JrJ elltar e'1uivocOs, sC'rr O~ obrCjdd,;, il
- .)-r'\: dpfl"'ldS~ Idtlado~ lutc-r(í .'_ to- ' .
~
• de. O', terMOS US;!dos por eles. BU$: ';~.k,
'-fi; r ) Vt rr c:, 10. G:Jf""l (116.~~. ,,"n dlrl' '
,. O \,'ermelho ruro, 'lUP muit.1S veles dpslgnarTlOS com o nOn1C' de púrpura, dpvldo à SUel elevada
dignltl.lue não Ignoramo~ quP ,I púq.·ura Jos .:..-tigo'S lend'd b~l'\t<tnh' mal~ parJ O dlUh, origma-se
de dOIS m"do> d,fer~ntcs: pel" ,ul'crposlç,io do Ilmho \loll't.1 J borda vermelho·JI.Hanwl" nas
experiênc,.ls pric,mátu:as, ou por C\all.lçãü (of"tinuada nas químl( .1 ... c. dlêm del(l~, pelo contrastE:'
org,lntLfl nJS lisiológica ....
Na apliLdçío prátl: a, a moder~a Indt;,tr d gráfica cor.fJrma à deduçao de Goethe Nos trabalhos
j" tnu W la d policromia. o vermelho puro (o um 'v'r"1elho-vloletado e só consegullnOS o vrrmelho
111:, rm. olá roa, "ntre o púrpura e o lar dnp, pelj sUp:' rpo"çaC' do verr",!!lho rr,agel1ta ao amarelo.
Pelas .)b,er.ações d, ~andlnsky <obre;) 'TlOVlmento exC~"t'i(; próprio das cores caras"
dc 'Tl1)Vlrre'lTo concêntrico das elc.lIas, ccotdt.;;e que o verfYlt:lhC' encerra em SI OU'rd cortra·
1içdO: a de urr aparente mOVlmef'to ~oncêntr co, "resultado de Impressões psrqulos, IntE'lfa11"en
to €"'l;1írl< ,;", e a de urr real rT'OVlme:1!O exc(lntr CO, fr"Jt'-' de seu qraf'de pOder de d,spersJo.
o vermelho. tal como o Imagin.lmo~, (.Dr ..em lifl1llP~. p ......pnejalmente quente, .lgf' Interlormenle -
como uma <.or transbordantE:' de \lld,1 ardenlP e agll.td,'} No entanto. ele nelo tem o lJr~lwr di,...,.
pado do amarelo. qUE' se espalha t~ SE.' o(·. . ga'>l,l de todos os lados. Apesar de 10d.1 ,1 .. u,'} E:'nergid
e ;ntf'nsld.lde, o vNmelho dá prova de uma Imensa e irresistivel iorça. quase con'iClentf' ck- \.t.~
nbjE'tl\lo. Nes')(! ardor nessa efervescênnd, transpJrf'ce uma espécie de maturtd,l<!C' nlJCOO \0"
ta ria p.lr.l SI mr'md. f' para a qual o exterior n,lo eXIste. (KANDINSI\Y. 19S4. P "'1 J
rr~a ~ a (j(~~flçao cJa irlpressao psíqUlCd; d realidade objetiva, no entanto, '1O'i m0'itra (''.(i!
t;-:rrf"- te r" Cr-D'l.tO: uma dCPI"'tuaoa cdpaCldtlde de disslp,)r a luz qUf' sobr(' 01e inríd" i" .,eoCiSJ
di !:C'~;;o e"r- SE' z,C)iq,1ntd, colorindo dS ,lrcas IIrnítrofes com SlId prÓprl<ll...or
"~brr "l:', e~~!.~dos arllffli<.üs pro'JOC,I'Jüs pf.'lc vermelho, P\u('ve .1lnd,1 K.H1dln~k""ll Q~4, P ·2)
() vf!rmt:Hlo (IMf) qUf'nH' lI'rn (f'rt.1 .H l .II()~\lfl ((Im () <iJ1l.lrt'lo I1I1'dIO_ fOh•• I. Impero,
(SJIUrrlf l )
f~fl/.:rgjil, rlCl.iSdfJ, .dl·y,n.l, Iqunlo. t'o IlIdo 1"10 q U I~ f'le 1'11\101 .1, Ilt. "0,1 I OlHO Urtl.l I.HlIJrrd ondt'
dOfT'l;n(l (J "(lm I,,(tl', tJh<:,IIII.,do. nnpllrltmo 11" Iromh.. !. 1
rr;,r ,jl') fCj0 f' dc' :,;.r·'Jur o vr--rr1 K'II'l' é J JT1diS IITlpOrt,Hltc d,l~ (0(('1" raut muitos povos.
por-,C~ a rr,lil' .. ntln~,Ji'ellt'· IJqad.) CI(. prln! íplCo {j,j ..,..id.t A'. (1)IlIr.ldltÓrl,JS Clr:lCrensticdS fislCdS
:in verl'T)(õIt-,.,de -im oriq("rn ~ Llvalf'ooa d(· lIn~( J{'I'''i tll~ 11t1 cld.H PU! eL~ '"; surg Indo entre O~ alqu'"
rT,I~.td:i ~ lt'kia l.irr,b611, " 'JI' -10'5 vermf·lho!.. um o.,turno, t~ll\f'(I, POssumdo um poder de atraçao
,:{'ntrf~C'tJ, t () OIJfro dnJ(r~, mal ho. (entrll:lqo.
(.i verroC"lho nOhJfrto, reNripefl">, era visto I omO·t (OI do foqo central qu~ anima o g~"ero
hurnano tl d tE-rra. [stdva ligddo dO centro IJnd,.' 'S(' Operdrn d d'4esttio. O dmadureclmento. a re-
generação do ~E'r nu da obra em eIJbordç~o. ~ rJ a ' OI dd -almd, -da lillluo e do (oraç~o; d cor da

120
1~IICia,du ",nhe( meqoe __ a~r.; ) nter·'itJ\ ~'<oc. ~o n~ iaru! (' i rmc'h!: dtUl IC "'nt"f.Jç
i~'\""Jd~ espaçc E l)r,to~...1 r..; )prcfanc cerne ~.;rra ~dqrl(JC. :,rna-;;.e ~ .. Jtn:: :Ide ,lN:.~.: ... J
,je saude. dp '"que.:.:,., e de lITOi
U verrnel~ tO te. :t CC r ;(' Oi:rt.lo r...ar,. ~5 . ::jaí t\ (' é a;:t: A~ r _.vlr,c ~ :ra ,J~ crist~s. ~
ma!.)1 J 1a!'", Ic: das cl... ropeliJ . . e ,j~I.1ti<.iI~ u ('~r')lfl!( {~fe: ,o ~ .em:n: rer:~ ,J~.'tad(' (um :'C J:.!:
vc'rmdt ..35. E a ~.ltt('.I..:C- (JtJ('IIe'trc: e CC-'C.Jl\tdCt"t .. f:r,.; a CC~ k·,t:~;mva "I(,J g'-I"I:-~'"
(O;" ie
"')fT'~n(,'5 e da ,ebrc!.) rr.Hríclil, t·)rn.:mdu-~e ~ :c, 'o~ mpí"I1C.::-;- ) ",ermf'Ir,- t'l.dm:-)o::. ~ c.
~~]r,t";!0 du ,1m, I 11 !t~1 ti
Nl.'Ü: entt" J 'J':'rm,,!ho ev.lCd ,CJI.>r, ~l ~nt~n·,I(,..~jf· c) B\.)'" 1 pal~jl), .er i~ li ( r dí:-:' rdj,h e
1.l! t- rl(\~r cla~ , XpJn~IV(h. N~J IJ~),jO, é ) ,:,,--t~hJ ia '5..7Ke-: jade e_I k ;c ~Jd~ .-,,. ~- :rd:)
. _~-.rtdS C'scC',la", xlnt~mt.-l', ;J v(>rrnf'1t J dCSlqr _ :I. 41 nal- -,,:'"1;\ e ,] ..,rCY. p.:ncL~( ( ~,~c, ..:;-rr
ho é ':!lult..hJ ,..0no VO{I) do ~xlt0 e j(. f('Ii_l<.i,ld~ · c:' ll,i~,rsAnos trc::j datas ~~. t\";:
e 01
A ~~rtll dJ COlTuna r/e P:Jf1:' c vc; --.:::.!t"l.) pa~:,c ~ mt ,llzar i. revoluçJe ~~:~!.-t.1f'.l ~ t. l~ ..
ente idcnt'fICitdo como ~Imbok di ,Jluql-). Em t:::'c:. ::; paf~, k '-cll'ldc. ({;" -~t".:. ":~.nt:.:..)
~:; J0 e -Ir .dlfecrado p.Jl) ) trâr :'lt: Pc. ~ua )!"l2ctdade"'~ pern.'t~al r .3IS prC~:1dar "'n~) ~t.;:'
f:' () e~lridào do que as \.)Ut-1~ CCltI :.. ('·Ie é ...::.lc'i\., 1...J:-r":J iUZ ~e ,r.:rme na:- ~(rr-, :ev..:.!iJ~ 0.-- -, -'-'
F'·ilf..... ICS, proas de efYlbarcaç~es .t,· E(. cc' tJ iJedn.Jc ~ Jr!::. je :1rau dcs advoga~o: ç....tr evcx: :r:...
it' .:}ljS às veles sar~grentos PT"'" ~ue e -trJ t~ m :c ~:u:t,1r. c:cu'"~r. df>fe" der e ulqar
Valoriza a pele das pessoas F,Jrc' ,..,;5. ç--"; I....J;-erte 1 das quc tê-; Cdbe'C~ nr'i
de-cora~ão de mteTlore'S.. sua melhor l.itil~:-';':~~': e n: .:. ~:':'_)C -:.3pet.."""j E "a5::.adelras. Oe'v 1c 3 ilQrt:
slvidade. SOrl'ente e "sadu na~ part:-rlt.<' tI •. 35C"; eC~·~I.JI;. Qual do se Je'iel:'.l Ijar u"-' tx.~ ::-~
"lol~n(JJ e alarde lO ambiente por E'SS3 azác ~ ,..m~re<Jadv ~'-clse 1ue n;]lI::'I',ame-' te n:.. t t i )
e p;;redes Ir:eriorcs de lOjas, usas comer. ~i! , e d(' r"'iperj,ç.. lc.:s. i:ncto ~st mlJi'::Ne, igreo::.\IC (I
din~micC' por f'\celêntla, e largament:" u~'lila(Jo na . . dE.-1r3~õe· fl"HiVas e torneio: esfY..'r'·v:~
Nos ,:.)Q05 de cartas. ê a cor das (,;opas e do! c-urc-.."
Em I!nguagem corrente. C 'iE: -elhc é também chamado enl amadO e G.lbru. ;mo d "a'!"
Tia das core~ ele recebeu na AnriOUldade "arIO:;; nomes relativos dOS element.>s ..,3r:....rai: ';ue t'

nham a me,ma coloraçao, Sua mais am'dJ de~omJnaçdO conhec da é rubi. dE'V,do à eme'ha",~
~om a pedra preciosa que tem es!"e ncm~ (alumlna cflStaUzada - do baiXO lat m (ubinus).
No horóscopo. Orub, é d redra do rn!s d·,' ,ul!ll" Em hrráld,c.,,, e"'''JI!t qUI"Jlel (verm< h,,) é
representado convencionalme.,te por lJ.'J";-O: verr'-eai~ na'S gravur,;:s em preto e brar,co, slgnif:candO
valentia, magnanImidade, ousadt,=j Jlegr';a. '1enerosidade. honra. vlL~'ria. L rueUadc (' Cólera .
..J vermp.lho. fazcndc' !embrdr 3 guerra, mas funCionando· .,mo dpbolo de trégua e dI'
paz. compôs uma da~ bandeiras rnalS siql"iflcarvas do séculc XIX. ~raça'i aos ~sforços de ....en·'
Dunant. fundador da (ruz Vermelhd :n ter~actonJI er 863
No BraSIl, a visão do ver"'elhG está mart ld. pela lusAo do 9"51'; le vM'os ~ruDO' t!tn,-:s
Conforme aSSInala Gilberto Freyre (1 q64 p, 148. 14"),
encontJamo~ a pintura do corpo de...emrM'nh.lndo entre os IOdlgen.\s do Bra'ioll tunç~o p;,.;r.t-
mente mf5lica. de prolda",a contra oc, p.,PIr!to,,> maus e, em numero menor de (.)<'("'\, erótici,
de atração ou e"l(lblção sexual. E lomo profd.1Jo.lcl contra os e<;pírilos m.1US ('ra, o t"nlJrnJd0.
cor poderosíss,ma, como demonstrJ o e'ttudo de Karsten. (.. ) Von den Stempl1 surpr~~~!Jos
Bororo besuntando o Labelo de en(.lrnado pJra poderem tomar parte em ~f.lnt...l' t' C"P.f'lmônl~'
túnf'brp.., oc.lc-.iôes em que o indto se sente partlculJrmentt:' e~po.. lo ,\ .1(,10 "l.\f~il(,1 di) esplri.
to do mortO P oi ue outm ... (""'pirita .. , todos mJUS, que os selva~en" Julg.1m 'llh,lr SI" t U Jss.lnh.u·
Von clf'n ~It'int'n It'\.(· o{"t.,i,lo de I>'("t'nll.H .1 I 1'llmônl,I l IHIl Ilu~'
$.e n{"s!-(:io rno' m' nto, r.I . . ' .
'J d "'o XmOIl c.." nnlur.H,lIl1 um rnt'tporo: n, b.lf/~ ou t ur,tndt,tro .. , gt--:.!-tllul.mdo ~'Olll
o.., Inl _to" ' o
n r\
rl" n1
' 1(. I o Ir r 111m dE' f'nlrt'nIJrt'm 11 imml).:,ll. h.l\.l.ltll't' 1.,HI!I·II'''JnlCfllt'
Vf.t~mf>nf' I.) (> I 1.1'-pl
'. . ' • ...
nlado (li..... f'rnlrlhl1 VIVtl dI"' unI( u
1" t -rram p'H'J (~I ill~,IIC,1 j(' vl"frnelro ql e lhes {('ria :Jd~) lOlI..;nl~ )\.~: pelO:
r~ portuqur~ rlJlJ ...· ,-
,(uros c nt"'lJrc- "j,} Af-iLiI. •
t, ',,' •I", •.tu, IMr.1 IIfI Ih"'''' ttU""' mllr,1 rit'tMI'O df'll'. (. ,(.\ cor de que
Vf"rnl~' Iho f If'V'~ M'r 1 ) n . .
I' ,.,( "I .'" IIu.:uhll';; lIopIII.lr,., do... nltlJSrt~ " . d.IS .. lnllnhJ.., L ) NOS .1ln·
'.'
_ I'
intamOS MI(O.-,tt I' '. r . • - _
P t . Olj"II(.1 do "t'flrll,tho 'IUOI1,ul.! ai prln( IpJt" ((,'omUnl.1o; d,l \lld.l, .JO que
rdl\Oi, I~n{.nn rd°tl' oi . , .
- , , ,Ir 111'r 1"0111.11110 que ,'nht' o ...1I11ertndlos. IfRE'rRE, I qb4, P 1-1. )
rure< " (fim I) m( "n ( I • ,

121
AMARELO
Uma cas taixa, ec.lcridas do .,p.-,tr<, se lar, o M,."lc é km~e
rc,' ndar .;,tJI " ç-rrõ-ltNJ
Em cor· pigmente é umai,'s r'~S
CO,"' r""")'"; ;:""e(om;~~\v.
" .. te::!') pc r omplem(ntar
"vrdela. _ ccrlco é cor 'E<.uncl.lrlo, (""nad' 1" la ml:," 'J <lI) lo) ""rr:-~I~.c:
,fedo a ve';!~
~mpl,'mel
ler ':0 azul E , m,,,, cl.11J d,l' c: r" e J Que mai' 1 dlllc,ma rio t 'C r umJ • r~; ;~:Ia
, undO (JC, ~~t~.
,'(~. rl~fl'_":;':; ,,11 fmh..n. :;Uíll' de r:.JIt{:1I ent') ",rC1r ;'.J(" ti r·.J ... r'Kk:t pan
tcJc t Jí.c.I,) ,ue eSI ,lfece telJdl..':"I to! ,ar se :tmarelj\ d·s,m ( me te k :"if{:.,': ojc <lr/If\IÇ:t;.
cj L"~('Io.. )ç.~1.: t-?Utl'td dlstln<,du psiu le Ih J df' -ore' Que- ,t"· ,f" r]~ ) ,~I :t~!~· é --' t
,rer 'l1..J,)r .luente f: )r f XL "1~rCja.
\1i!'turad( 30 ver"-elhe. (>edIta ~(\
prc jt .:!:ir':h> c _cr;J u~·.tllr ... do dO aZUl, ~ff l't,.- (- PI)-
dL~ _ \erdt.: Es( Jrec do com v preIC (, >haixLd;)J, f_ ,ma •.~;): 1< 10 j''''J,,,C''-ir ~,d\,o (' ~; ,rc ~"]rad..~
pn: ~~;:na ~o l/CnJe'l,)hva sombno, Clareadc ( ,m . t "lnc. \k··~. :!' r,--d:~). IdO r,:'rde 'ue.tar '!:,:'
as ~ual;dades im-ín~,eca:,. a q.3rf",..J Je torl.;liê..dii =11:e .~i \~ f4::- -I~I
,C:.. 'j(> amar,.!.,:, C,c h,-,'
.:uarda p!"rcentuJlmente as proprl;"'dad(~ .1a u~ ,): ';" ~I f T re:_CdC.t ~ Quan1"':c;:de 01(" t;)r.
:..lrlo -:;. lTu!.tura, ,]C "rrlorr~, . <l;ccr~do
~ pc-'.ICO \li~ Ivel qL:af'ld() aph ;tdo ~::~,r(' fun(c -'"~,:: ,"";L ~--,: lo
.!: l·la. Sohrr lu: d: r---
cont!)r:-.;;m a Area amareI.) tom ur-' fl.~~~ ('c :J; ~ ~_~n,::-;;, çlr ri
I' "~fj,-:, r1lMjticl (' t:.~~. ,:S
gan:\d força ~vlbração. Em contr'3S!"~ cem..J lo ... • : r.7;c,U~ ('I -,
r, ~e ,( -I }r iSS (.,r('~ ...:;t ..,.1 ~
Na ~~:j!.Jra. a~s,Jm(" gC"ra1rr ente cJ funçJo jr 1:-;.. ~I ..::1.) _ ....'
nUla técnlCd de rt)nS.
t _ C te:- ~ um cc..,mp:ri;-c:",to
C .lMarelo está slf'-,ado en!'e cl~, (1IX,,;5 _ri, jJ e vc rjJl ::.' r ç.
de >rda de 580 m~, dproxlmadamentr 'lo gr1ftce CCo c",,, ~-" ..
-,rio Pf'la llE a co
POSIr;.30 típica do ar'arelO e represrnt~da p'" q"d:lO I nldado' j,
~ .'ro. ~lO,OOC <je verde
e 001 650 de azul.
Em cor·luz. :> ;marelo forma com ) lz"l um pai cc.mplel'"r' tdr u;J muura, ern partes
°
ÓptiCdS equilibradas, produz brallec" de,,,e',tnanoo-~ tal f,'r.'I: - e"le ""ne adiTiva E ,et':s-
S~"O ["sór que o azul empregado pé'IOS ": __ os em)l; (x ..e,~rCI:j , L'Tl azul vloletado p qu~
c amarelo tend~ sensivelmente para o ,.3fdr IJa. P'1( tt""/e~rf--;-; t m malc,r (jfdO as carclcterlstica!
de cposiç~o Que totallzam c, feoO;"',e~o cromátrcc repre~e ...:"j" "",'.J de'3 de u" ma" e u:-
",eras, de um quente e um frio, elas foram coPSldnac:s "I rL;te r"Ulto tc'pG ':07TlC' 3S ,piU!
geratllzes autênticas,
Em cor· pigmento, O amarelo eXige ~');"'o complem~nt.:r o valeta. ESIa~, du.:: CC're' q .. ~r ir
n"'i!:! ... r"das, produzem o cinza·neUiro por siNe<r.e subtr... Hva, "'as corcs-r-igrel"lto, t')~. aí ..;:fl-·-
~,n ronhec dos são OI de cromo. de ZIPto, de N~pole, e de drjfT'lo. Obtl'm'~e o af"'arelc dec --"
1'"10 por dlJpla decomposlçao das soluçOes de crOfTlato 'I" sódio e!le um >.31 'e~--J de ,hL~bc
Sei. maIor inconveniente, na pIntura. é o escurec mento que sofre em presença do hldrogt:'
sdf~rado, O arrarelo de zinco é o (tomato báSICO de zlnce hrdralac'c t uma cor Nst~nt~ fo- ...
e resistente ~ ação da luz e do hldrog~nlO sulfuradc;, Sua tonalidade 1rf"'~O é obtrda pela '1;'"
de ,'or'310 duplo de ZIOCO e potáSSIO, (oloração ligeiramente esverdeada. mlJlt<l uT'I::Jd.I
~ pll"ltore' """Ido ao -eu tom firrne e per"11anente O amarelo-de, nánol,~s é f",,",,ac'c p<.'r u
()rúi;-aç~o de antu""oniato de chumbo e de sulfato de (di Mai~ lI)ddc pelos l--'il1torC, ,""",'.
por3neO$ t> o am;jrelo rJf.' ~(Idrnlo. <;tlfi fórmuld d~ produção cOnsta b.hiL 1n1t"'nf-, ta pec P'J."çJ
,jl':' ur. sal de c~(jrPlo er r~Jlit,ltO corn Q ~1I(1rOqf~nlo ~\tlfurdJC- A I ~lr Vrlr l,.) l1c .lmJI *lo-lilPli.\ ~h
arr art'i0" alar ar Jade' ,eqlJ n(Je: d aCidez do meio i'nl II \lP ~c rca Iiz,1 ti pre: Ipif'I,,~C C') m.:ttL,~S __ c.:klr-"
l
1!: f()r~"',;:; I ,(:j rrr-i<Y. n';l~ áClftuS. Tem ótimC <lI;'" fie 0f1ii\ !d,l, ie nll (,It .. rt Jrd de li trd ,. -,re-
qr drde p"rr. ar I>r-ia de (OIG-r Jç:'c A tOf 1.1 '» "S: ,d'j oJillllilQell'qurt.1 ~,C .j tI<-, r,),,) !iC'1 tO)C;JI..,"
C)t:q,~rd() Plir 10 {1 ~)4, p,i t i,. (O~ :lu1 H(" d.-I Anllllll(,I.)1 f( nlo 011 ... I(lC 1 W.1m I".) tlrn..irCIC \.i>:,,'n
~ra tas --')r!:"~ pf1rop:JIS, o qU,;\1 f.' r .1 U·.'c:dl::' e;llc!u,;,IViI11f'ntco 11('IJ' mUlhr,í'S ('r) f.'U'i vét..s nI pci.J:~.
•Pode ;,Cf que dai verhd a c-rHJ(lm di! n~o tr nl I\lldo erttle ti: cCres rril ,(IPÍlIS. qU(lr dl..-:e:" - ~,m, Ir~
ac's romens e à~ mulh!re:. t' 1c f.. re (~t,. ~S( )mum qu~, d.\ o primeiro h.. ~13r As· "'("5,·
ESTa .)bs.crvat,ao de vUrllc ('\Ildenl ,ti <) .. lf~tél ( )1'11radl~!r,o ..:jue .. CI;lpre (Xlstu.· "la utihza!,Ao

122
(tA.':.

:"inlbórlca da Cor ~ b d
na ';) d ecor dÇOf>S
- - d' Sd 1-'loque o Ilrndrelo, desde o Antigo Egito,
- aparecia nos livros tios mo(~os,
verm Ih . e pa dCIO~, templos e tumulos, para colam os corpos femininos, em OPOSIÇ~O ao
o à' e 0, empregado p~ra os masculinos. Ma:; o amarelo também estavJ ligado ao dis(Q 'Solar
c Imagem de Oslf< d f
'
para assegurar a sobL, sen
'A
u requcnt~menrl~ encf.Jntrado,-,o lado do azul nas ,:âmi.1r;IS funerflnas
sol d -- revIY~"::la da alm.:), uma vel quI" o ouro que ele representava era -3 carne do
e os deuses de ambos os sexos.
I Na mitologia grega. o amarelo rJo pomo de ouro, simbolo da discórdl<3, podia guarddr certa
ana ogla femlntn - m '
carro ri, d:;o ao mesmo tempo, contradllonam€nte, o amarelo slmbohzdva o másculo
de Apolo, o del/s da IUl. AplC'sôr da variJ'?'daoe de significados atrlbuirJos ao am'lrel0 nos
d IVf;>rsos perlod h- Ó' .
' . os 1St riCOS, o que se eVidenCia. E'm todos os tempos, é sua fntlma lifji3ção com
o ouro, o fruro maduro e o sol.
~ Na rnclIn . a faca empregadd nos grandf~s sacnfícios do cavalo deve ser dt:' ouro, porque o
ouro é luz e é por meio da luz dourdrla que o sacrificado ganha no reino dos rjeu$~s", como re~
2am os textos bramánlCOs_ Para os budistas, o ôrnarelo corresponde ao mesmo tempo ao centro-
r,,1Z (Mul~dharachakra) e ao elemento terra (Ratnasambhava), onde a luz é de natureza solar.
. Para os chineses. o amarelo ou o preto significam a direção do Norte ou dos abismos subter-
raneos onde se encontram as fontes amarelas que le'/am ao reino dos mortos. O Norte e as fomes
amarelas são de essência Ym e também a origem da restauração do Yang O amarelo assoCIa-se ao
preto, como seu oposto e seu complementar. Ambos surgem como diferenciações pnmordiais
- análogas às Oposições de forças contrárias como as existentes em Yang e Yin, no redondo e no
quadrado, no ativo e no passIvo etc Na antiga Simbologia chinesa, o amarelo emerge do negro,
como a terra emerge das águas. O amarelo era a cor do imperador, por se encontrar no centro do
universo, como o sol no centro do firmamento.
Entre os Cristãos, o amarelo é a cor da eternidade e da fé. Une-se à pureza do branco, na
banderra do Vaticano. Em váriOS países Simboliza o despeito e a traição. t também o slmbolo do
desespero, por ser Intenso, violento e agudo até a estrldência.
Amplo e ofuscante como uma corrida de metal Incandescente, é a mais desconcertante
das cores, transbordando dos limites onde se deseja encerrá-lo, parecendo sempre maior do que
é na realidade, deVido à sua caracterlstica expansiva. Segundo Kandlnsky (19S4, p. 63), o amarelo,
representando o calor, a energia e a claridade, assume a primazia do lado aditiVO das cores, em
oposição à paSSividade, frigidez e obSCUridade representadas pelo azul. alhando-o fixamente,
"percebe-se logo que o amarelo Irradia, que realiza um movimento excêntriCO e se aproxima
quase Visivelmente do observador"
aamarelo com o roxo, aplicados sobre fundo preto, formam a combinação de cores mais
a
usadas na decoração funerária. amarelo está ligado também à Idela de impaCiênCia. No trânsito,
ele significa sinal de espera, chamada de atenção para os SinaiS verde e vermelho. t usado, amda,
como Sinal de alarme sanitáriO, para indicar áreas contaminadas por doenças contagiosas.
Em heráldica, é substituído pelo esmalte ouro e pela cor dourada Graficamente, é represen-
tado por linhas hOrizontais Interrompidas, formando uma retícula clara Significa sabedOria, amor
fé vrrtudes cristãs e constàncla
, a t á o o citrínlo como também é chamado, variando do amarelo-claro até o ouro ve-
op ZI , U ' d d lo
lho. ,r a pe d ra zod la cal do mês de novembro e a ela são atrlbuldas todas as VlftU es o amare

VERDE
UrTld dêJS tr('s (ores pnrnárias em lar· luz, o verde tem J cor magenta como sua complementar. Mis~
lurado ao dLUI, produl o Clano; e ao verrnelho, produz OamilreJo_ No espectro solar, encontra~se en·
tre 05 matizes amarelos e aZIJl<). Tem o compllrnento de onda de 560 mlJ. aprOXimadamente; e sua
composição trlcromátlca IrldlcJ 594 soa lJllidarlcs dp vermelho, para 99,000 de verde e 003900
de azul. Sltua~5e no ponto maiS alto di} curVd de vlslblhdJd~ Em cor-pIgmento, é cor secundária ou
binária, formada pela mistura do amarelo com o azul, sendo a complementar do vermelho.
°
t o ponto Ideal de eqUllfbno da misturo do amarelo com azul. As potenCialidades diametral-
mente opostas das duas cores - claridade l' obSCUridade, calor e fno, aproximação e afastamento,

123
e

anulam _';~' F? surge um repouSo feito de len'


mOVimento t'xc...êntnco e movimento c.oncf-ntric o
sô.=-s. Para Kanc1lnsky (1954, p. 67), , N' . (pntro {jP nen hum mov·,m"n'o .. N-JO
'
o verde absolulO é a cor m.lis c;dnlJ. qUf' ,(·xl"H.~. JO t'I,o ) -x~o ~. NdD 'iohuta_nJu·. J l , ndO- I Jnç.• 1
~e 'KompanhJ npm d(' dlegri.l, nf'm de tn.,lpl,l, npm (I _11' I l
nenhum apelo. Esta imobdid.HIf> t-' um,l <lu.llicl.tdp pn'c 10".. 1, (' W~I ,jl,<'O f t~pnfalel,1 ~O)rf' dO'
. ,-;
, ' 1 Ic i> o c "llpr dommdntt' o
homen ... (' 'iobre as ;llma~ qUf' .1"fl1r,lnl ,111 If'!J0U<'O . A p.I..,..,rvl( ,lI' ,I( - ~< ,
f ontr·nt<JrJlpnto df! ~I mf',>mo.
-

('"t.l ~M"''''IVld,IfI(' '>t' p('rtutl1. « UlH.,Hl,


vt'rde ,Ibsoluto. 01,1"
j I -
. I. I'" ,-r> '()II ' lnrtO S· dt l()lf·ntddO f: ,(UffCldo
O verde eS(lHendo füITl o pft>to (.'''tdl,H I ri.·) )'C-,
I'~T~:O r()fr!·~ ~~ ~
I< -'- ."-

com o dlU l-dJ- pr 1.1 s()i.l, Lr IJ 111 tlrl ItJS po-;SI bll \( l,niu<, ( lf' t' n r!( \ UI '( \I T ,( t I:: Irtreadororn o
amarelo, tl)rnJ se mill" ativo l' pt.rwtrLl Pl'I,} Vdfl;ld.-l lldm,j dI' verde .llHrldo ,Jt( ( ,J(,lu,ndu ')f? corn
. I I . D~·- ltllr \ lo lorn I n\IO\,,[1 riu bfdrH (l (Iclnll,) t:'rn (IUaII(J,jd'~ IUlfllno~a
~_':'o~, ,~,
A~ sUD'ot.:'InLk1" U)IJntés verdes pockrl1 :)c'r ndtlHdlS ou prnc!\!lld,:6 por nlfl'/ Irl_ Dr:nt ~t a~
os dfl1dlt" 01)- Inld("!. ,\. ' ,
na·
toe,\I<; \it'st,Kdrn ,se os Scqulntes piglYlE'nto~ mlnE'Tdl$
vcrdr' d" CTornu (ó>nrlo OI! q{jnv) dfl\(üido
Otl hidr.1t.ldo). Jcin.zentado, opaco e oe IJdiY.o preço comere".!;l!; verd(' ,IJIJlqner ou '/f'rdl?· r>~rter~l·
da <se<;qllióxldo de cromo hidratado), o m.Wi IJ~(ldo na pintura anfstlca; vprdp~ dp (f.;brc '/r:dr·
-':!aqUlt,l (pulvefllnçáa de carbonato bá<;iCO dr cobrE' natural) e verde-veronese (rl(!'.-·tO;'Jr')E"rl~1!'J
de cobro), que tem a cor mais bela e é o mais firme, com boa capacidade de cobertura, mas pau
cc. re, )rnendável para mistura com outras cores; E' terras verdes, produto da rnoagem de Cl'/et:.a~
rochas. como o serpentina, ou de argilas naturaiS verdt,!"
Dos verdes obtidos por mescla do amarelo com azul, os mais usados são: verd,: Inglê; ou
"erdc de cromo, mistura de amarelo de cromo com azul·da-prüssia, verde-vitória, mistura de
verde esmeralda com amarelo d~ zinco: verde de ZinCO. mistura de azul-da ·prússia com crorrato
e'( ' Llnco Com os pigmentos verdes orgânicos. produz-se o verde de halociamna. bem como os
verdes Fanal e os Laprolac
Acreditavam os antigos que o ar era verde Plímo. descrevendo uma ametista, afirmou: "Ela
reúne a transparênCia do cristal ao verde partICular do ar". Albertl, Vinculando as cores aos quatro
elementos naturaiS, preferiu designar o verti .., como cor da água, da mesma maneira como Fídm
o escolhera para a cor de Vênus. Segundo o historiador de arte alemão Johann J W,nckelmann
(1717 1768), tudo o que tinha relação com os deuses marítimos, até os ammais sacrificados em
seu nome, levavam ornamentos verdes da cor do mar Deriva dessa máXima o fato de os poetas
colocarem nos riOS cabelos da mesma cor. I:m geral. as ninfas, cujos nomes se onglnam da água,
Nlmphi, Llmpha, são assim vestidas nas pinturas anligas.
Na China, o verde corresponde ao trigrama tch'en, que Significa o abalo e a tempestade 519
00 do Inicio da ascensão do Yang -ligando·se também ao elemento Bosque. 10 a cor da esperança.
da força, da longeVidade, aSSim corno da Imortalidade, Simbolizada por ramos verdes Na tradição
ch,neSd. o vermelho e o verde representam a opOSição de forças como o Yin e o Yang: um macho
ImpulSIVO, centrífugo e vermelho; o outro fêmea, refleXiVO, centrípeto e verde. O eqUilíbriO de um ~
110 outro é todo o segredo do equllíb1lo do homem e da natureza. Os chineses acreditavam <lue o
í:,d~ (Identificado com o verde) possuia VIItudes mediCinaiS, prinCipalmente para a cura de doenças
<ios rins. Pela antiga filosofia, o verde era a cor do miste1loso sangue do dragão.
°
No Egito. coração do faraó morto era substituido por um escaravelho de esmer3ldd. corno
,[,,,bolo d,: re~surrelção. A verde l1In, antes de tornar·se Irlanda, fOI a Ilha dos bpm·,we n'lJr,,,i("
do rnI.H1(jc; (~ltico.
Dur ante a Id,;)C1r; Média o verde tinha s!gnificaçao contradltórlJ. assunllndú j'15 V€;;l'<; J (ord!
Ç~I:) d,' ÇJ(;rtador dr' poder('s maléficos, A eSrT1pralda, pedra parai, era tarnb(ln1 a pedr.1 d\.' LI I.. ift'r
ijnV''S rj..) qur.rJ;j. Il)rn,Hio corno mf"dlda, o verde simbol!lilvd ,\ rdldO . ('mho!..l n~, olho'i tI,1r~l..l') de
~".If!f'r'lrl rC'prr-"PrJ 1d':,',crn o dp';atll!f) P í:'r<l uSddo f orno bLl;,lo p.1t,l OS IlllJ( O..;" () C;rJdl, VJ)O tk
esrpp.rdld" ou fl!:l'fI':,t",1 V~~'f(h' (~tJI~ contintld () ~oJTlqU!' (lI! I )PU'i pf'r'lonltlCdd\.1 no qu,ll ~!.' lundr,JJÍI
a~ noçúp.s di drrlOf ~ rir- ~'"Irrlfírio qll(O (JIJtl1 J<, rUndlç(-)(H, cid r(>CJPnl~rJ\,](), t,lmbollzad.J Pt:'>ld luml
nüsiddde v(:rn;'itrPd dfJl(j'/) Ilnh.-1 ',llJ orll jl'm Ild VI',i)O dI' ":',io Jo,:io ("por,ll!p,:>C, l ,\P IV, ver~. 3)'
,.' [ qUf'rn (~ .. lnV<1 ,>1'OI,Hlo t1"'''('IIH'lh,IV.I'-P 1)('ltl .,.,PI'! lo ,1 um •• ~lI'dr.l d..· p",w p de $,udô
nIJ
; f'
o drc:o-(ns ro<.!('<JVJ {) trono 'of!lTuolh.lnh' ;, ('o,llll·.,ddJ" hl,l dt,.,n l~:1o Lontpm a dupltcidJJe de
!:olgnllicado e~.pr(>sst\ ~1PI,IS '.OH''-' l.:onlrán •• '), ,-<{'mIo dupb ('m umJ o verde do J" ... pe unIdo na
nw .. md ImJg~rn ao vermf~lho d.1 "i,IHI{)ni(l ((ornJlln.l).

124
j~)F!(~

Sobre taiS a(;ões contrarias. ma:, de um IX>nto de vista pSicológico ligado estreitamente .35
Cdracteristicas físiCas das cores, dina Van Goqh (1960. p. I GOl' "Eu procurei exprimir com o verme·
lho e o verde as terríveis palxõe::, humanas"
Lembrando a esperança,.j tOqd dos MédlLrJS era verde Pela mesma razão, ainda hOIE' (,eus
anéis de qral J são verdes Verde é t~mhêrn a cor prt?fendJ para a ornamentação das farmáCias e
da indústria farmacêutica
No 1~lã, o verde era a cor de (I'";nhec'mento, como 2 do profeta. Os santos, em SUd perma-
nência paradlsfaca, eram descrllOs ote'ltidos de verde, Benéfico, o verde assume um valor místiCO,
que é o do~ grandes prados verdejantes, do::. v-?rdes paraísos dos amores Infantis
Os alqUImistas deftmam O fogo secreto, e5pfnro VIVO e lumin050 como um crtstal translucido,
verde fusíve! como cera A natureza serVia·:,,':: dt~le subterraneamente, para todos 05 misteres da
arte. F-sse fogo resumia os contrários: era árido, ',Y'las hZld ,-haver; era úmido e ao me~mo tempo
prodUZia a seca. Nos preceitos esotériCos, ,_) prinCipi,) VIL1!. Sf'gredo dos segredos, apdrece como
um t,rtngue profundo contido num reClplenr,_ vdde Pard os, dlqulm1stas ocidentais, é o sangue do
L.eao Verde, que é o ouro. não do vulgar, 'TI,-,<"", :L""is filó:.dos. O verde simboliza a luz da esmpralda
Que penetrd todos os segredos. O amrllValel\tc .,rgnlfl(.1IJo do roVJ. verde, capaz de traspassar todas
as COisas, eVli..ienc.ia-se come portador da morte, ao n!e,>mo tempo em que traz a Vida consigo.
O slnople, esmalte verde do brasao. slgmfl' a bosque, "ampos de verdura, esperança, CIVilidade,
amor, honra, cortesia, amizade, domínio, obediência, compreensão, lealdade ao prínCipe Sua repre~
sentaçao heráldica em preto e branco, nas gravuras e pedras de armas, é feita por traços diagonais,
Pela Infinita gama de seus componentes (azul e amarelo) e pela ampla escala de saturação
e claridade que pOSSUI. o verde reúne as melhores condições para a decoração de Interiores. Seu
poder tranqullizante e até sedativo, quando claro, facilmente se conjuga com a estimulante e até
Inquietante estridência dos tons fortemente saturados, pOSSibilitando seu emprego tanto nos
ambientes de repouso (salas de estar, quartos de dormir, sanatónos etc), como nos de estudo
(gabinetes de pesquisa, salas de aula etc) e de trabalho (esCrItórios, lOJas, fábricas etc).
Internacionalmente, identificou-se com o grito de exclamação: "Viva l", descarga emoCionai do
homem motorizado diante do slilal verde replesentatlvo de passagem permitida, trânsito lIVre.
rntre as pedias preciosas, a esmeralda é a que tem o maior número de Significados Sim,
bólicos, por encampar toda a linha de significações do verde Na Antiguidade. recomendava-se
a esmeralda para os doentes da vista, especialmente para os que tinham a vista cansada No
horóscopo, é a pedra do signo de mala.
O verde e o amareio são as cores nacionaIS Segundo antigas tradições de brasóes e ban-
deltas, o verde estaria ligado á reminIScência do verde da Casa de Bragança, da qual descendia
Dom Pedro, e o amarelo à do amarelo da Casa de Habsburgo-Lorena, à qual pertencia a Impera
triZ Leopoldlna IntrodUZidas na bandeira. essas cores adqulnriam Significados complementares e
diferentes. que subjugariam os anteriores, prinCipalmente depOIS da proclamação da República.
O decreto que crIava a nova bandeira dizia apenas que suas cores simbolizavam "o verde da
pnmavera e o amarelo do ouro~ Hoje, a área verde envolvente da bandeira brasileira traz em si a
'.rnaCJem das fiorestas do pJls, fazendo ainda lembrar a esperança

AZUL
Por ser cl mais escura das três cores prlmánas, o azul tem analogia com o preto. Em razão diSSO,
funCiona sempre como sombra na pintura dos corpos opacos, numa escala de tons. t tndecom-
ponivel, tanto em cor"!uz como em cor-pigmento. Nas luzes colondas, sua complementar é o
amarelo Mis.turado ao vermelho, produz o magenta; e ao verde, produz O ciôno. Em cor-pigmen-
to, sua complementar é o laran)a, Com ü vermelho prOduz o ·...'ioreta e com o amarelo. o verde. To-
das as cores que se misturam com o azul esfnam~se por s·:r ele a Mais fria das cares. Na naturez..1,
as cores tendem a mesclar-se com o azul do ar atmosférico, Influindo nas mutaçóes cromáticas,
assunto abordado no oitavo capitulo deste livro. Durdnte o RenaSCimento, varias aspectos de~se
fenômeno foram estudados por Leonardo da Vinci, sob a denominação de perspectiva aérea.
0
No círculo cromátiCO de Newton, o azul aparece com um ralo de ação de mars de 208

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~ f'po'", é prc-dJZijo pel;) ndlgo faz .:!- ':llas ...,. ~::3S v;';'\n-Cds, a::.m h
l ~):"T~(i ~s core!.. Je (;Ir,; lem 1"':. ·,e r ~1.
O azu. é a - ",--,.; ~n.:rl, ~I'W ias cc,re~ '\ c...:~:' o pe.--'er''''; i:"'i- C: ..:(~rot;Jr 1Y.)!'!..l("1J!~ e ~c ..x-rde
\:l n~r."C' f I p")pr' cor de .. f,:1110 ~ dOs ~;f"r,)S da aI• .!. o.,,,,;Ju a df'ntdad,-s í:nfl~
a ,',,- sagem 'lcs azuIs Ic.:cns.:.s ao pe") '32-::- de '~r- '" lld~ e IC 'P"'.cpt"'.:I. (' azul i al~a.
, mai- I:-,aterial cLs cores. sur'lindo~, pc "'_ super'" les !rar spar(":~-s d,lS LO'POS. Por :50,
na AntIQUI<!Ja~ acre:iltavase qUE .Ie C'l formado pela ,..,,: .ra di. pe.v .:om c branu' Fs!>
.:;." <:epção subs"r;u até bel'" perto d~ 'C::os J:..,: e le:or "'do ,j" "'n< I '.J4.4. p. Bi'~. "r'"' ,j
~liS rT\.3 i i i;LJstr~s defensores. aflfl'r :,va:·(. dZ:.J é (o.-po:~n de la;: (l tre\'.:; de um pr:to pe:"f:?'!i
,. je um braru v m,,;to puro como') ar' "l~ ,<"::- J ;n~a de rac..x ~,,' úoett>e (1963. p ~J:', 53[,
Icred.faVJ '1 ue t;)dO pret ) Que e'are'~:e terna ll~.' _ O azul 'lOS C31r.<l uma mpr.ss.lo de c n....a
p também n"s <'VOCa d !lMtra. <;abemos c;ue elfo -Jerl\l de p;PtC

Jõ. superf" e pintada de Izul ..J.!:J' SI' na atmosfe'a. ~aL>ando a mpress~o i" de<lT'z'c
rui:"';: 'e cc mo algo Que .e t:an~:o''1'la de real e r "aqin~;-'c A '~'lda de pd",,(O UNI. s,mbOlo
na f~,,~... tdJde inatil"gfve\. I 3sce.... , sem -1, ,v.ja. dessa ~nalc 1i,J )€'<.r~t.J do Cizul (.Jr o i:1,leCi;."'-JIe
Otante tf(' az'.;! a lógica do pel"-Sdrr"entO ·.:.r,sue'1t;.... cede 'uqar à f~~ta~.Ja e dOS .Gnho!. G!..e el-.o:-'
qem doS abismos rr.al~ profundos de nasse, l'T1 unúo Jf'ter:,or ~br'fldo as PC'r~as do Inc );-.:.;. . . :•.:nte e
p,~.( ,,"se '€~te. Por sua ",diferença. mpot~nc:; E pas~rv::JadE aguC'a que 'ere. ele a!.ngc ..... Iin
d" 1·'UMaro e do suprarreal Segundo Kandinsky ( 954. p. 66). 'eu m(Nlm~nto é ao ~'", ...,
;:;""". -. Im r C "";'"'er ~ode ê:fastamento dO hor-er E um ""C'vire'ltc. jlr.yllloJ UnrCcii7"er;!:", pn
r.r6pr i.() er,trC' '".jU( , -I( en~,~r,tv. lt!rcl o hompm p.lra (.I 'nfinito e de'ioperta nl'le C dese.t,) ue .>"_:t:' ~J
jp serJ(- do "Jbrenaf;.;rdl'
rt~--'piJl"d().. ). el'VOfVe' n05 SUJ ~j'Jnltkdç.i\J met.lff~ic 3 t~ ta\. !rnf'i~~ 3V111~mo~, I
t')r
~ -.1ddc -, rjr! :eu "m~m;:JC 'ínll ,na lmotrrapr,i UrT' ~rnhr(ntf' )l' I de lima e trdnql :;;~"9J. ---.....
tJifffertefí'erU:: l'io ~rrl(l le f1;.!O tonll'(,l, Url1<J vez que dPC:'1J! fmn',e ur ~ ~v.J:...!O sem \! 0\. ...
)1 ) rial. .... m3 fuga "l'JE'I 5.:'1 ' )U"la 1.:"'1r'mel'ltl' cJ<: tirr. 1(' d1çll..ml lC'mJ:'Ü
A JrJVlljad( ~.)Iere ic Jll11 terr tlICjl).Je ~uprcl:!"rr('str~ PVO'~ llldc. d idc:J 1.3 mor~'- ~JS r-::"
cr6pclf1 egb(ld'~_ :J).: C l~ dE:" ulqamC' ,te c':'..o ,Ih ÓJ::' ('I Jfl pinr:l,b:- c""'' x.rp tlV("-{'lhadc'_ ,ct~
fundo azUl claru. I"} , , l lÇ -IC'S cc n~ ill!:,I war o C!rul >mo a " dl_ vert1.,.',1e A;; Ick',!s c1c ,1bsolutO"
da -,orte e ki deu',{" .. rarn rO:-'ur'- C 1(' "lm~li~'Jda\ ~..-k Jll,l. ,
(,(Im ) ",...rme-U· ") )lJ (J OC'~ dmJIt..'Ic. o ar '! r~JI tfL''it.l':~ rlvJI,oJtJes di'! C~U P dJ te,·;). ~~Jun.
~O uma tr adiçao :ur1a er. "C qa, (J:,nghJ;·l'..h11n. I LIf'\d.)c1Cf dd gr a:l~!'l dlna r ,t!.3 ,"'lO: I]vl ";JS, eu da
~
.,mlaO d O Ouv llul rOI' ~ (NJ ~ \"-'v,J,)ern
~ C' ',)00 azul ~ dllldd H,_ .. ~tlJk. "ef611l"nd~riO khftgtllze
que leva ur d- ar ,_.. li j I ra de tirro• ~n:"lCc!o C I,HlÇ,,1 dZUl'i. ~o Rudr)!'.J 'Ibetano, o llLd (!:t ir de

126
Vatrocana, da sat:-edo~'.... transcendental, da poter'claUdJdp r ' ta vacUldad~ em quf" :t me"'. ieão
1

de cI>U aZ1I1 ("onstitut uma Imagem repre- .eNativa, A li!! 311J1 da :!hltpd,)rla te D!·, dr.'Y'I,~1 dhatl. (lc-:
QU conse 'êrcia original). de potente dl')lurbramel\tc ' t QIJl,; dbre ú tamlnnc. rjJ Uber,lç.~o
O alui foi t3mhérn:l ar dos _:tmpos ell:'lc'), 03 superflc C' infir",lta onde' urqc d Il.il dc'unda
Que exprime d vontade dos dcu~,('(" A açJO vicl::-I'lT 1 do GUre ,obrp c al'.\ valure' Identltlr.:JdaS
(orr,o macho e fê-rraea a~sumc ~empre o ~f'1'l1 d',) ir-bóilcc de oço!",i çjo ," Te l sãc> de forças
cont~jl ,as Zeus e 'e ova, em lcdas ,:tS represen: 1(".,>CS crom<lt/CY,. r~il"am i~r.1Ç re I')m os pl!-..
pousddos ')cbre (\ J:7ul \iyl"ific :ltlve, da .3bóbad,) celt~st( Es: ,.-} mesma abObadd cc'e( te ~ por SI j,)
vez. slmbQhz,1da pelo m3nt0 azul que ' ,):lfe e ,,~,IJ ê:S divlndade c . O d;:ul, , . ) i .1"'<;, flO~'5 · J(' · lis dl
l

ouro do brasc10 da (asa de F-rança, prol I~r '\;·vc; a (rt~Jerr jlvlna dc'S rei:" .ri: tdc"
Pelc1ldcia d(~ supenoridade 5u~eríd,~ em . ,JJ1lP11.)(, :~() cem l'.! outr <l$ corcs, V :tzul fe.' €'..colhldo
corno a cor diJ nobreza, orIginando a ·xprel.s:iô de:.iyf\3t1V~ dt~ Sdngueozul. Nc, ent.do 1(' relnJdú,
na festa da ascensão da Virger'· . Mãe, o I')uru ~ olar dp:HPce ~ , ubr(' funde- azul, numa repr:;')€1 tdÇ~O Jp
céu 'lcm nuvens, ligado ~ ,dela df\ pueza, sub~, lstc :tirda. em vil as regtóc·s da PolOnld, J )sturre
de pintar de azul as asas das jovens ~m Idade dL c,,:ar. O lnc-: , :e lrdL do pngénhelro é azul, siMbo-
lizando tnt~llg~nc~. raClocinio e po~ slbilidade rl~ cc ",~,truç.do :. IC novo~ mundos,
f O segundo dos esmaltes herAldlros, cc nVE nt ena'm~nt: representadO pOI linhas horiz'ln
taIS em reproduções a preto e branco. 5i",boll"< lus::ça, ealdadc . bele7a. boa reputa~Ao, nobreza
e fidelldad~ As pedras preciosas azuis maIS belas ; .lo a !qu.\!T1arinha e a turque>d. A pri!T1eira.
desde tempos remtltos, era usada pelOl naveg,lntes, ra crença de seu poder propICiatório -:!e via
gens seguras e tranquilas Sua cor valia do azul claro ao azul esture, havendo tambér"' algu..-as
espéCies di' coloração azul-esverdeada No Signo zodlacal é a pedra do "'~s de março.
'A terra e azui'" tOI a exclamação eufóllca do pllmello hO!T1em aO ver o nos: .O planeta de
uma dtstância cósmICa

VIOLETA
10 o nome genérico que se dá a todas as cores resultantes da mIStura do vermelho com o aluI.
desde os azuls~marinhos Que se avermelham até os carrnms que se esfriam. Numa mdl0r preCisa0
vocabular. essas tonalidades são denominadas violáceas, delXando-se a palavra violeta para o
n
ponto de equilíbriO óptiCO da mescla do vermelho com O azul. Este ponto é também comument
chamado rOxO
Em pigmento, é (or secundária e complementa o amarelo. Rebah.ado üJm u preto. torna
se de~gradàvel e sujo. Escurecido pela mistura com o azul esf'13-se, oferecendo pOS~.lbllidades
tonaiS de extrema riqueza cromátlca. Em seuS limites mais escuro:. ter"! grande capacidade de
disp€'r$ãO Jessaturado com o branco, forma a extensa g,lma dos lild$e~,- produzindo tor3lidades
de Intensa luminosidade e beleza. Em luz colOrida. J mescla eqUilibrada de azul e vermelro é
derol.,'lnada magenta, tonahdade que se aproxIMa do violeta purplJrif"O, ser do a ( Jr que \,.01 "I.
plernenta v verde.
O violeta é a COf extrema do espectro vislvel, confinando com os raios ultravlolrt.: POSSUI
a mais alta frequ~nCla e o menor comprimento de ondJ dentre todas as core!! cer:êl de 400
m~ Sua compo~iÇaO tricromátKd é de 0\4.310 unidades de vermelho para 000 !9to de "'tarde e
061 A,O d~ 3lUl
A maior ç-,arte dos corante- violeta ~ fruto da mistura de vermelhos e azUlO'", ..,as há lambem
alqun~, plfJmentm puros, entre eles ()~ , de o(l(Jem mlner:)!. como o violeta-de· borgonha ou \J
violeta· de manq3nê's (plrofosfato ômonlaco-manganlco), o vloleta,de'~0bdlt0. produ/ido p~Ja
cale ,nal.,âo do fosfijto de ,'obalt(, e C'I violet.=Hj, ~ uI! ramar Os ví!rnll~ colOrido!' e a:i. [Intds tlpc']rc'}.
firaS!ie preparam corr ccrantes de ortqE>m org-'nl( 1. tOPO J vh)lcta de metiolel o ~ o de benZlId.
Grande numere.. de untd'l- 1eO'".sd 'olor.-tç30 ,"!criva1ds lacds viofCt.H pr.:x:1IJZidas pela f'xação de
corantC'!I orgànlCo~\ sobre base 'IUr'leral.
f o violeta d CCf da fempel~l, "a. Reúne eiS ql:,J!idades da!'",cc T') que lhe dJO or':Jer"", lverme·
lho e azul), "irnboliziH do 3 11 Jcidez1 aç30 refleflda, O eQulifbrlç entre d t:;or:-) e Õ t.eu. O", seNklos
~ ('o t'!ipfrito. a Pi3IXdO e a ntehgênc IJ, ,,) .~I ''''or ~ '" ~t.edl",ria.

117
lonou os homens. N30 sendo fácil Pfoduzlr
r os o v10leta Impr m ao alcance, a ametista passou a simbo-
Oêsde os lempc
lOS QIIP Ih
.sa cOlOfaçAo por humd enfeitavam com ela, e a Bíblia relata que os
~r a própria cor. I araós d n"go Impl>no la dade de quartzo. Na Grécia. acre
;t. ...... guarneCidos com da bebida - por iSSO o vinho era tomado
trajes dos sumos sao
~tic;:t pud neutralizar os efelt
ditava-se que a fIados adornos dessa pedra para evitar a
110m taças talh ~ n , '~ameTI':.ta SignifICa sóbrio
embriaguez. A r. ~" da ql a r
, No ,."" os searedos da cartomanCIa desig
No hor6scopc: pedra • rmelha e o outro azul. entr"
d
t "rn um ~
nando a temperança repr , vel sob essa representJÇao. é o
quais se troca um flUido In,
resultado da troca perpl>tua "OH • , I , a c o azul-celeste O violeta fo;
ma transfusão esplfltual. a influên
considerado como slmbc10 c lU j
d,)minlo hipnótico e mágico.
cia de uma pessoa sobre outra r; • .., durante a Paixão, no mo-
~a 51mbclogl' da Idade ~, a • •
Homem filho da terra e o
mento de !iua completa €l1Cal"
ta reprf>:,/...·nl ,,-,pleta do Pai e do Filho. Jesus.
Espírito celeste. Essa roupa ,,'\c ,.j ,I I(!M, r

orno homem. veste a roupa rmf:'lha :.ot:, . ;'n ,.,.., W ' " , .... ~oJando-se da natureza numana

para unir a eu orna a . :u a rClJpa ...'t\:;.ir~t /. ,r,f!Cação. é O própno Deus e apa-


m l/ermelh1 >ranco, S bolo de JeO\l3. r",j ',Irr II)tã o '/loláceo denominado roxo
r'
a cor da Pal<ãe -obre as tgr, S e os locaIS do,: a"- ulyll.vS da Sexta+Feira Santa. Junto com
o vermelho parIlc pa da liturgia dos márt""'. Aprox,ma o-se '1a púrpura, é a cor deSignativa da
roupa dos blSpc
n'l tons escuros. o 'oleta está liqado a Idela de saudade. úme. angústia e melanco-
lia, tornando-se depnmente Em lons claros, .. alegre e aprOXima-SE das propnedades do rosa
A coloração violácea utilizada na arte dos brasões é a púrpura.

LARANJA
Quando prodUZido por luzes coloridas. o laranja é cor terClá"a, com a proporção óptica de 2/3
de vermelho e 1/3 de verde. Em pigmento. é cor blná"a. complementar do azul. Resultado da
mIStura do vermelho com o amarelo. em equilíb"o ÓptICO_ Cor quente por excel~ncia. sintetiza as
propriedades das cores que lhe dão o"gem. Em comparação com cores mais frias, parece avan-
çar em direção ao observador. Tem grande poder de dispersão As áreas coloridas pelo laranja
parecem sempre maiores do que são na realidade. DeVIdo à sua característica luminosa. funciona
IS vezes como luz, ou meia-luz. nas escalas de tom. Por Sua estrutura. não pode ser escurecido.
Rebaixado com o preto, torna-se sujo, marchando no sentido das colorações terrosas. Misturado
ao vermelho. consegue-se um escureCImento tonal relativo. mas surge uma cor mais enérgiCa
e agressiva que o laranja eqUilibrado (vermelho alaranjadol Clareado com amarelo. ilumina-se-
aumenta em vibração, mas perde em consi"~nCla. Dessaturado com o branco. ganha em lum
""sidade, criando va"ada gama de tonalidades agradáveis à vista. Tem comprimento de onda de
/O mil. aproximadamente, e sua composição tricromática é de 854.449 unidades de vermelho
para 38U)OO de verde e 000.190 de azul.
Em substãnela corante, os laranjas mais conhecidos são o de cádmio e o de cromo. A v.
ta gama de vermelhos e amarelos fornece, por mistura. grande quantidade de alaranjados que
guarda as propriedades elas cores originais.
O flammeum. antigo véu de noivas, signifICava a perpetuidade do casamento. A pedr. ~
cinto. de colora,ão alaranjada. era considerada como slmbclo de fidelidade Do ponto de _
"dslico. encontra se o laranja como fruto do ouro celeste e do gueule xintonlano. num equllltxiG
piestes a romper-se. ou na dir~ ela re~la,lo.do amor divino. ou na da luxúria. O dlfIcil equiIf
brio do laranja. en!fl! o vermelho e o amarelo. vlnculava-se ao NO menos diflcil equillbrio enII't
O elplrllO e a libido, passando O Iaran)il • 51mbohzar tambl>m a Infidelidade e a ......" ... . . -
••p.,,! lo ..
I_~k~
au..-u,
Di'Dn
<r. ......
gIU ~-
_~ de lafanl.
'JU
para as festas em sua honra• ..

-
"-

r m heráldica. a cor IJranj;) umespr.mdr. ,iO esmalte rturorcl f reprc-,entaeJo ,·m branco e
jJr€-lO. Ou nd5 pedras de "mndS, por dldf)(Jnat') ílUE' se (!ntrenu7dm, forrT'lanrlo l,lrnJ retícula de
pe'lur:nOs.lo~dngos. AhandonJndf) () ';IIj/llfi(,tdo qlJc POS'5,d teor alUror;t como nrl~ :mi"'ntlJ de UI
novo dld, el,_': repr~Sentd rTl1.rtJI,,'IO, Inc .Jf\$t"'1I1(1,~I. ir'~tablhdarJe, (\1')!Mn\J!':I(,.d() f! hlpoc ~IÚ

PÚRPURA

N,} ml~t(jld em pr()pUr'~,lo dpIIC.:l dt· /n dI' vf,ltrv'ltlO pcr ln (k~ :;hJI, ()b:/~rn J: r1 maIs irnpoflint"
t:01 V'OI~LL'IiJ, d purptH'l l,ru ponto (h~ 1:'qul1ílJríO r. trio ddlf'nrirJ 11'.1(' f,j,-,Ir'-"ent(> ? f- r((,rI1 r '1rjo' ,<'1
tll')lur,1 Jt' (or,lntl~) I) r('( unhr'! illo nolS rr·fr,Jl"ül><; !unlin(J';,,j', ( !tJlf;, (rJ!(,fldd:, ,'m rwrdl. ~ CC" tr·f
I.. 1.,)1' ..1 e ':>U,l drQmdadp g('fOIJ f'rn rodr)') q', "'nlfl()'" rn;Jiür drlrnHr.l:(/Jf) r! (t;-·rri.,'lto -
U'Õ~~ndo corno rnal!!ria pllmd, .,1 'lllbst~n(lr:l :olonc1;'1 ')E.'((et-lrla pe!;n (JjJnd'JI3~ ,)r":l": 'jm
rnolus(o~ murex brandQri~ (di) fi.miílrd dos rTluncídio», o,> fenlcios prOdU/lrafl f!~:.,j rrJf d:<1ffif'nt ,-
vdk.)[j7..'Jdcl na Anuguiddde [' da qual a Hi'JfÓria guardou a It=;ombrança (Oln a O'!'.lf)rtaç"\{J rj,~ p1~rp'
rêH.k tirO. Modernamente, são mJI5 t:fT1pregad-1~ a púrpura-df?-c;]SSiO (pre(.1~.HtarJú ff?4.. U!tdi f~ tia
recil;ç:ío de um sal de ouro pelo') dOfetos de e~tanho), de Idrgo corsumo na U:fdr'"iW-a. C' d ~I.. r
pura francesd, corant~ natural que agI;' ~J(;r açAo c!~ mordente metálico, prepararjo peiv f~ljím.."l)
franc~s Mamas, a partir dos liqupns do~, lênrrc.l L~onoro ~ Rocello,
Na Roma antiga, IIgava· r ,(. <1 Id~ja da ç-ru:'elra "':-';1ql~tra(IJra. deVido à ve~tII,erttcJ p(:~p..~.;:
ou com ornatos purpurina:: us,yJa ~)f'I()!, ~~Q!stradc!s. ~)i.JbsHtul o violeta nos esmaltE") her'lidlrc-:..
sendo representada em preto E' branco, na") pedr as dr:' dilTlas, por hnhds dia<jOl);jiS que p,jrte rn ~d
extremidade ,nfenor esquerda pa,a a parte ,Up<'rror dHeita S,mboliza devoção ré, tomperJ'ça,
castidade, dlgn,dade, abundilncla, riqueza, aU'orrdadp c poder
Na mdústria gráfICa e nas m(>~cla~, '-Jf!luzt'f colOridas, a vermelho usado par a t lc.romi.1 é Ul-
r
l

vermelho carminado (magenta), d,1í a dlsc.l t '/,~lldcia dr qu~ il púrpura seja (or pr!m~ria

MARROM, OCRE E TERRAS


Os acres e os marrons não eXI~lem ... por serem amarelos sombnos ou ll~"~
J\' \0 IUlf;!S coloridós,
trevas. Em pintura ou em artes gráficas, e"sa~ tonalid;)(ks se obtêm por mistura de amaruc e ryt
tO para a produçao dos ocre5 e t~rra~-de' sombra. ou Jmare1o, vermelho e preto. para o!;, ma;-':::n:,
avermelhados e terras-de-sie~d
Os ocres são arg,las colOridas por proporçõeS v,)"áv~i' de oXldos de ferro F n e·.lado na!'
ral, são amarelas ou marrons, maS se: tornam vermelhas pelo deIto da call-IrQç~o. PaI s\ ~ )r;;:teí'L
essas tonalidades se chamam genericamente terra~ A terra ocre é o ocre-amarelo, d rr~l'..... ,.,3;'3
das terras. A terra-de·sombra natural é o ponto intermedIáriO entre o ocre·aMJre\C e ~ te:- cl-
rjr: .sombra queimada f:sta última, de coloraçáo marrom-escuro, multas vez€"' S.- e" -J:''-~ em
pintura para a criaç80 de um preto quente aparente A terra-deSlena ""tural cquIV11e n"ma
(";cala de valores, à terra-de-sombra natural, d,ferenclandol" delt" apc' "~'o p" - ..' C0!C'~,~"
_Tlt':rrnç..lhdd;) A tF:rrd.dr·j!pna que1módél é um marrom escuro d',lerme1h,ld ... lpttXIflUnC(
b.wJtór1te do rndrrom- "'.1n ·dyrJ:. \J peh.,. bit'X,(k1 je
é) m-:Hrum t~ urn plqrnentQ rnulto 'Jólido, (olOrldo pelo ó:-<Idd !,-'rrl(( \ ,Ih.j-(I~d.]!i €'f 1 illt,1
rq~(lg;.jnf~'~ O rnc)ffOrn'Vdr1 dy'k é um nu(" ~rovcnIPnl'.' dJ':> (InZ,l' f,h. prnld

tr·rT! p'" Jt jJ(, \


(lU' ,1' ,'" 'r,dI) O r"" ivdo (I",hl (,rir (O, ",) 1'6; Ill"1.r" ""ont " .\" ter,"", F.,,, JM SJblclnr.·nW
FT'f'j,IE"W •. r,a' r,k",'Ç,J() 'l".ll d,,~ I"'" Ire >, A' ",.11, b"I,,' ("na,Ci' :Jr"> !,i' 'C'rC' .' nezta"."
[Jdrlnr rIr,la ,narro"', '""nl,""\ l',lI'] O', :~L,nl", d."""<I·,, ,"~li pl"''l ItI.' ~." IJI melllt'''J d.,rJIH
rl
fOI 3IJ"I,,,,i.,,I,j d 'di 1'0,,'<1, '1'1" r ,,,,.,,1.·,,,"1\'0< t'''' 1'11I1''','!'I'' ""rrou "il' ",lo'dr,Ce, terT<;$J; e
'>CimbllJ'~. l1tf.-~ di' tr,l\t"~
tl:ri~tlc.d'
A <1,lu;~a() tld <or "UlII') ,rIr,,,,',I,',,, r"'II'''rr' '''''I'lill<"' -s. ,11"ol,,;a d "K ,p,J("ladc do em
·,Uc.ll , ·H,V

P,éqo cid Ju>tel de turn Pt>rI.,,"IO, ( I'"\t,, I d'.Jd.\""Cd ,etl,,,,,,r d' c, reI OU com terra' e rr "rron,
ou:o plt'!Os de c,nza' r"'UI"';, r,u,1 I"<lu d d,flculd"de ,I" vlb,a .. ~" dJ' LOre' puras,
m

\29
· I!li::

~ m hC T,'ldICA. os tons dr tefl d ~.(i('" repr; 'SI 'ntddOs pC"lo marf/)rn, QUE' corrc~pond,,=, ao t"smal ~~.
tOl'nt' <;'Wl reprl2S1 ·nrolçdC pas qr aVI H.1<~ em br;m(") e r_,re'o filz·,e pelo pft't.o (PiapaÓi). ~lqnlfl( a
~.'o!nitt'lCla, ,ofnmt>nh.), dfição E' hlJmlldade

BRANCO

;\ p.lglflôl hr.101.1 indu:.lfJ () dlSo( lIr~o


()u .1 "lIprC'",,,,in do th~t U( ... (I~

Um.l P,W:.,lgt'rll dI' nlindro ... l' rn.lnglt/o<,


{)nd" P,lsse.tmo\; (/pnrm,
, '>cpois I.. nJ
Quadr.Jdn negro pm C.lnlpO br.1I1UI.
fs;cm.l (lo IE'mpO modNno.
Munlo Mt>ndt,s, 8r,"'Jto [l.1(,1 "'.I!.imir At'/t'\/I(I h

_. U:'"ll"C c._ -r1bt'Jra de tedos y ,atiies j«) ('~,pel.tr(., solar, I') b dnco é a SINel)e õdl+ va 1a~
;: ,r'le <; LI;- ; cc r-luz e SlJd C)f~~ I~ rPer ,tar prodlJ;'"cm >t·mpre o brancc... Erl1 plgm{rtc", o
~. '''~.l.'' (~ ma tr~1 ,-c (! ( ,uperflCie ':lpd;: dE; refl,etir C í .. .:..r r Gmf'ro po~srvel dos r.jlos umir-c"ic:
j; _ I. _ ')lJI1(~.

" na 4, tl<)l :da,je <) brJnco ndO era itade:' entre t- cor~~ pnnclpals. pelo que se depreendc
.. t~, rvae lt, <f,. )Iirlo. Durante o Rpndsclm"nK leor Battl,ta Alber'; afirmava que 'o branco
_ 'uda c qel ,ef") 1.'s cores. mas forma espécies". demonstrando assim compreender a dilt~n'
L c' c~· rte, rire·) b~'_nLO e o'· gênerol (matizes) A def'nlção de Leonardo da Vlncl sobre o bran·
: ~qan( 'c Ih, 1 <1' alidadf de cor. permanf'ce Iralterada. em sua essência, até os nossos dias.
1.1:,. c rãc rE _).tte' 'rdo a qualidade de cor para o branco e para O preto. Leonardo salientava
'11~~ '( )int)r n~JO peder:i prtvar-se dele ..
r ):"aICC j ma" utilizados na pintura artistlca sobressaem os de prata, ZinCO.tlt';n10 e bati-
te .) brar. ~ d~ p~;Jta é produzido pelo carbonato de chumbo puro. O branco de Zinco é o ÓXido
j, lIncc ("1 1')1)< de tamanhos vanávelS. pigmento inalterável à ação da luz c')m a vantagem de
na,) ler )XII). C branco de bama, ou branco fixo. provém do sulfato de bário.
Do por tc de Vi>ta fisi, o. o branco é a soma das core<; pSICologicamente, é a ausênCia delas.
\ t ran- ) ~ '~1'1pr,' ,) ponto extremo em qualquer escala partindo da u1Tlmosldadl cC" dlfeçao
as "'- .:s.1< , o ponto I11lclal; das trevas em direção à luz é o térMinO. Por issc costuma· Se re
,O. :. nnr o OllnC") ora por 100. ora por zero. dependendo do pOnto de partida do SISle"," de
nl;- lê )(" Te ~t"rr os s!'ntldo; <imbólicos emprestados dO branco decorrem dessa slnqula(dadr
tjl.. ~; - naturé=~. que faz lembrar as duas extremidades da infinita linha do horiz""te onde 'ur-
'l' m it nOlt· 1 dlt'l
t"jr!o'i rrtuais misticos, é a cor IndiCativa das mutações e transições do ~er ~~undc
c: ('~ -:j;K "lld trdUj( ,onal de toda InICiação, ele representa morte e nascimento ou ri's~.urr('l~jO
( blll,CC Jc 'l<SI" e o branco fosco da morte que absorve o ser (' o Introduz no munClO 'u""r.
fr ') f t,' ,(I-J Ip conduz:1 aus~nrid. dO vácuo noturno, 110 desapareLimento dJ (on~Clénlla I'" dõ'i
r ,rr II J : - ') br(HlCO do tC\tC' é O retorno, E o brdnco d~l vid,l. dd albJ. onde d cúpula (deo;fc
'lpar' e Hjcc de not'.'r'( (,d,dadr>;, p nde qWI o rnlcrocosmo t~ o maChh·('SnlO se i('at.\:l.q,.'~i"m.
"rn' )dl) :)f:-f)~dmf"nlC sltl\h(Jlir'>.J morte precede J Vlt\,}, lodv n.ls(in)('ntc ~ um ,~nJ~cj
rn.r ... (. '"li d J(jc';) I ,rirnltlln -k br,H1ft) contO (!H 1.1,1 rnu,tt~ e .io ItJl() Ne<:(t' ~,enttd() e:rll\da rm
t

ri.- Fillú m tooo o (Jru rt~. ( ·ltHdfltCl mUIIO IC'OIr1C '.I«Pllf,cou II hHO 1\(1 tUfllr,'J:, tendú1ldC' $ua
ma[o~ p·;rman~,.,{. I . 'd ': 'Jrtc ,j«)~. 1(1\ el,) ~Idrlçd.' (,) h[I(' [1('(.1/0 triú tonwll mtllor popul,lrld.ld~ !'m
Pcrtuqar "G ~·"'CIJIrJ .xVI An~C"~ {J burel (tllJn(,)) Cl'nlpr'IIll Vlli)rlC's,lI11t'nle (I,)m o dó (neqro) c:omo
cor 'S rj, dlcadJS dO ,UII)- ({.A~( ! Jr)C >. 1Q61.. p ..) 10'
t
.
Nd" f>rllnitivd') ~OPUld .... \I)C) dqr.Hllls l" Jedí(,j( I.IS dO pastoreio. O culto da cor braTICd se hgava
f'
rnl'mdfnf:lnte CIO '.ent ldo de PWPZ~i t· prinCIpias Vitf}l~ Vlfll ulJdos tdrrnhd e ao leIte Sobre o use
do lH.10CI). ob5erva (d~,cudo (14('S, p. 1.N, 152):
(IJIi:.

R.f"(ordo do meu tempo de InvestlgaçJo popular a c.onstatação da cor branca ter uma <;uprema-
{.Ia na ordem das core~. N(l<; candomblés dê! Bahia, Oxalá, Orixalá. Obatalá, o Pai dos Onxá",
?~u<;: Supremo, V€'StI3 branco totalmente de br,lOl.O como nenhum outro entre os deuses nagôs,
JeJes ou angolanos. (.--) No comum o bram:o predomina na roupa do africano. na plnturd das
c.aSd" de tal~a, na indumentjria cenmo01OSd. Nos três enterros que V;, dois em Luanda e um
em Gamblatada. arr{'dor~ de Bi'isau, na GuinÍ', n~ defunto<; vesti<.lm branco. Na exposição do
morto cobrem-no .JpendS com um UOILO p,lOO branco ('ntre os Cassangas e Mandingas. Brancos
os turbantes. Not,jvel a predominância nas residências africanas, inf>vitdvelmenh? na primpira
sala, local de recebimento protocolM. Paredes irrf'prcpm,ivelmente caiadas de br<lntn, PurifICa-
ção Em qUlmbundo o verbo zela, br<lnqupjar, vale clarear, limpar. L.) Nas ddn<,dS fe~\lvas na")
p~nturilS elegantes de atração eróticd, dispostas outrora logo após as c.omplicadas tatudg('n~ dâ-
nlC3S, os negros, notadJmente as ncgrd5 donairosas. amam as tintas vermelhas, amar(>las, azuis,
pretas, reluzentes, com as varia ... õe<, lOumeraveis fi' combinações sen5~cionajs. O branco mter-
Virá quando houver uma mtençào superior às funções visivelmente ornamentais e às expresc,Oes
unjcamente defensivas que os deo;enhos manifestam. Sempre que se ultrapassem as fronteirdS dI")
lúdiCO, recorre-se ao branco como um apelo .lO antepa5sado L.. ).
O branco é a cor da pureza, campo que não onglnou ainda uma cor definida, que é como
uma promessa, a expectativa de um fato a se desenvolver Nessas premissas, a iniCiação cristã da
primeira comunhâo e a brancura vlfglnol expressas pelas vestes brancas e pelo branco véu de nOiva
encontram sua origem e signifkado.
°
Na Visão espiritual de Kandinsky (1954, p. 70), branco, considerado mUitas vezes como uma
não-cor, pnnopalmente pelos Impressionistas, porque não veem o branco na natureza. é como
o símbolo de um mundo onde todas as cores, como propriedades materiais, desapareceram. ~O
branco age sobre nossa alma como o silênCIO absoluto. C..) É um nada pleno de alegria Juvenil ou,
para dizer melhor, um nada antes de todo nascimento, antes de todo começo."
Nas especulações estéticas, o branco sempre figurou como o reino das pOSSibilidades Infinitas.
Funcionando como luz, desde a AntigUidade, nas primeiras tentativas de claro-escuro dos pintores
gregos, fOI também a cor de fundo das telas preferida pelos pintores renascentistas. Esta preferência
estendeu-se até Rubens e Velásquez, que utilizaram o fundo branco do quadro, tal qual é utilizado
o branco do papel na impressão gráfica, onde a parte não coberta por tinta deixa aparecer a super-
fíCie originaL Van Gogh perguntava-se se não poderia pintar com branco sobre um muro branco.
Como que respondendo à pergunta, vá TIOS anos depois Renoir afirmaria que a maior luminosidade
possível, em pintura, é a conseguida pela aplicação de branco sobre branco. Numa sequência de
raciocínios e ações em busca de maior ennquecimento estético, Kaslmir Malevitch, com seu célebre
I Ouadrado branco, sobre fundo branco, Inauguraria uma nova fase de concepção coloristlca, em que
as cores se encontrariam apenas em estágio de pOSSibilidades.
Nos esmaltes heráldicos, o branco é prata Nas gravuras em preto e branco, representa-se por
um Simples traço preto que delimita a área branca, assumindo a significação Simbólica de pureza,
inocência, verdade, esperança e felicidade.
Como reflexo de uma aspiração domtnante, o branco encontra seu maior Significado no sécu-
lo XX, representando a paz, principalmente a paz entre os povos. É neste sentido que ele aparece na
bandeIra da Organização das Nações Unidas (ONUl, desenhando sobre fundo azulo globo terrestre
e os ramos de louro que o cercam.

PRETO
A Goeldl
.. _Ó Goeldi: p(-'~qu/sddor da noite mord i sob a noite hsicd ...
, .. (s metadt' sombra ou todo c,ombr.l(
TUdS relaçôes lom <l luz romo s(> te( em?
Amari.ls wlvez, preto no preto,
iix<;lr um nO\lo sol, noturno ...
Carlos Orummond de AndriJde

ID
(c~t:

. _ ausência da luz. Em condições


. . dica a pllvaçao ou a - d reto I>
O preto não e cor Seu apareClf'ller'\to In o pigmento chama o P -
. _. O que dIStingue o . d
nO/mais o preto absoluto nao eXiste na natureza . s incidentes sobre ele. rell€tln o
, t d s os raiOS luminosO 'd I
sua propriedade física de absorver quase o o . . , -o plenamente percebi os pe 0$
. . Os corpos pretOS SO :la . I
apenas quantidade mini ma desses ralOS_· ' d p I"oncentraráo vlsua . sempre
·f{>· d reund Num eSlorÇo ~....
bastonetes qU,e formam a parte p~~l _rlca.3_
T
. mo noS r(:105 maiS intensos. Demonstra0
é possível distinguir leves tend~nClds il color,)çJO, rntS I p) m 'trpiro Portlnan costumava
_ f) f' Ir nurTI a onSrll<
do perfeita compreensao desse ('n(..mtn~ I::' .0, P maIS dHo que O branco nd sombra
I (J - , "

repetir uma fra<;e de Batlsra da CmtJ. O preto nd luz "- J·S empregadas no) diversos ra·
f · r - tre dS core"i m I - ".
Como sub'itJncla corante, o preto 19U ii cri. _'. I e nnc'· r-·ua no 6ndo magnén-
- (U) bJ~p rTldtefld '> '" J ' .
mos da atiVidade humana em to d os os tempos. -' '. . _'" . I A QfOlnrJe lórlcdadl? de pretos
1- d de orj(lem orgJnlla e nunera. . 'J
cO de terra e nos corpos ca Llna os . " ; 1 - • arvões desses t:orpos. O preto
de origem vegetal e animai é pr,oduzlda pela pulvCllzaçao de:. Incom leta do marfim. Seu
mais Indicado para a pintura artlstlCa é o obtido pela combus\.ao P- t'dad(~ dp a7ul
slJcedàneo é feito com pretos de ossos diversos a que se agrega pequena quan I d - -.1
. d d· gra·flca destacam-se o c aêetl cr,o
profundo. Dentre os pretos mais puros utdlza os na In usrrla. ,
e o de breu (hulha destilada) ,
Teoricamente. o preto representa a soma da::, coro::.-s· pigmento na mist~ra que produz a s~n-
tese subtrativa, mas o que se denomina preto nessa síntese é, a rigor, um onza escuro, tambem
chamado cinza-neutro. por não ser influenciado preponderantemente por nenhuma cor
O preto encontra sua maior força e presença em opOSição ao branco. Sendo um ponto
extremo como o branco, tanto poderá marcar o Início como o fim da gama cromátICa, no que
tange ao rebaixamento ou iluminação dos matizes na escala de valores. Quando se toma a luz
como ponto de partida, o preto será o ponto extremo final da escala: a partlf da privação da luz,
será o ponto Inicial.
MISturado ao branco, produz O Cinza, cor neutra por excelência, o que levaria Kandinsky
(1954, p. 70, 71) a afirmar:
Não é sem razão que o branco é o ornamento da alegria e da pureza sem mancha, e o preto
o do luto, da aflição profunda, símbolo da morte. O equilíbrio destas duas cores, obtido por
uma mistura mecânica, dá o cinza. É natural que uma cor assim produzida nâo tenha nem som
exterior nem movimento.
Quando o preto é misturado às cores claras, rebaixa-as, errando tonalidades desagradáveis,
sUJas, que se Interpretam psicologicamente como inAuenciadas por dados negativos. Sua mIStu-
ra mais feliz é com as cores escuras, capazes de funcionar como sombras nas escalas de valores
terras sombrias e azuis profundos.
Nas artes decorativas e artes gráficas em geral. tem emprego indISpensável como elemento
de contraste para ressaltar a qualidade dos matizes. As cores puras (vermelho, amarelo, azul. viole·
ta etc), contornadas com preto, ganham em luminosidade e Vibração. Conhecendo esta propne·
dade, Caravaggio pintou de preto as paredes e o teto de seu ateller para valorizar a luminOSidade
das cores dos objetos e das roupas de seus modelos.
Devido à sua Violência, o uso do preto foi sempre um desafio à téCnica e à sensibilidade dos ar
tlsta$. Por esta razão, é raramente empregado na pintura OCidental. O êXito de sua aplicação está res
tlltO a poucos artistas na história da pintura, entre eles EI Greco, Braque e o brasileirO Iberê CamJmo
Durante seu período holandês, Van Gogh (1960, p. 492) defendeu o preto na pintura com o
mesmo ardor com que, mais tarde, falaria das cores:"... O preto e o branco, temos Ou nâo O dlreit0 de
ernpr€'gá-Ios? Serão eles frutos proibidos) Creio que não. Frans Hals conseguiu 27 pretos difNenh~s·
Na pintura orientaL prinCipalmente na chinesa e na Japonesa, o preto surqe (om uma bele-
za inUSItada para o~ ocidentaIS, EntretanlO, sua caracterfstlca eminentemente -qrMica, buscando
aCIma de tudo O ritmo linear, levaria Constable, apalxonddo pelo claro~escuro, a negar-lhe vJior
artístICO, deVIdo d auséOClil dI' sombras- e de passagens pm mpiaS-tlntas.
Como fruto da associação d(~ Ide las Ilg'ldJ':. ,) produç,lo ')ocial, o preto, lembrando a sombra
e o fno, em regiões tÓrridas como o Egito f? OLJtrd\ par!('s do Norte dd Afnca, tOl considerado slm-
bolo da fertilidade da terra, da fecundidade e dos nlrnbm ç3rregJdos de chuva.
PsicologICamente. encarna d profundeza dJ angústia infinlla, em que o luto aparece como
simbolo de perda irreparável. Nesse sentIdo, em certa Interpretação do Zoroastnsmo, Adão e Eva

132
dfJ~pISJdl'P1? eu c:J pz·n~lJl [. 'J
e :" J;; l~ V.,L- 'i" ,"',?-3~?> '~: j,... ·~CJnJ(j er VAJ1' ... t., -: . )~l<,' t.o JJdll! f.UOJ clpI?P'i~F'fJl 'E'ns opulwudx,] '(!)jJJ
.;- ..LÍ~? f ~~, 10 (ioe, ~ j ... ; '.. 0 a•. ~! .. ' r,) 1j(Jr. ~ O '.i,)'].., f' '(<"\1 F;jl=! E" ~ li! •ur~l.u ol~Jd C: ''"')! r':r: K'4 UJ]
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,,~ ~ \Op 'JhiPIJ.j oe ep~1 P.ifJ;,u r·uJ\. t! ''-", J;.'j1) eL·nue r'N r;Olp
'''i ;p ... j .1 '-, ~4Ç: ZbM'}' e ~ ..çy; .,nt .<;II~;rjJ ~--;) ."~,o ,DvJo)l11 c' fJ ... PJNII e'1.wOd PW( jOllb~ CN
·"'..L·, jQ,,(, • J '~.i iij ep I}f!~~~ i")J(l Y .. W J ·'il'J? jJ 0;"; f)PU~Jit;lJO 'opur.l.J.j ~~s.lp
;.~ 0;:. ~-" e E " _~ j:.)J ~_i::I".t"w1C;J '.)4; '.)(.. J~'.J' qr." '\ - )~ 'r .iJ,t fP vf){l .. e~ e il 0e~u~piJO~; 'P O~E'61!
f,~ ~;'}~ ~ .... ~ a ·1i:;"ll.. ~r.,j.l:.,·.>:trJ ·,r;.J; 'j";.J!"Y}":j.J r)~',Pl'~P!)J(;li,w l! nOj~;:'Jtj,s ""'l'J.)UJS?)I!q,g
E>P~p.1L:~Jd·JJI "L ?' of,e; .:.:n-~~ ep ,O'I?UJ qt,qu;!::.. C '1 (;.~j;d o 'iJ.JúUJ e ~ ~llualj
... "~ ...-... '~ EZ\;'..j.'.".' E ·to: ..... ~ ;:'J''''' J=- 'i~ .J r" 'S.;:'.ll~Jl;', \f"A)J 1 ~," 1)';. :!,.01j r'1.;J) f) 'f'pe'J U ':;üvJ o fJjJUE'")O/, ']
',!JV.....aJ l.I.a': :?".v (.JO C~~l.J~<Joj;:'J '= JJ~ ..... 'r,',~"Jt!d (.JP w',;rlO/tI ';F)Jl:f) ÍJº r)ldolU ap W;.JJqOJ ~
,
-

m todos os períodos artístiCOS férteis, sempre dpart:ce uma corrente moderna em rela';áo o
arte do período anterior, ou a elementos contemporàneos tendentes a perpetuar uma trad
~.30 artística. Mas o que a expressão 'arte moderna' passou a d0signar, no século XX, é a renovaçao
ocornda a partir do ImpreSSionismo.
Em essênCia, em que consiste a arte moderna 7 Para Paul Klee (1879-1940), a resposta se eflcon
tra na própria concepção de que 'a arte não reproduz o que é Visível, ela torna Visível" (Klee, 1964. p.
34) Na mesma linha de desligamento das concepções estéticas anteriores, Pablo RUlz Picasso (1881
1973) daria outra definição, também por excel(lncla moderna: a arte não é a aplicação de uma regr"
de beleza, mas daquilo que o Instinto e o cérebro podem conceber além de qualquer regra
Tais definições contêm todos os elementos de pOSSibilidades da arte do século XX: a liberação
do espírito para os grandes voos em busca da forma suprema, e a liberação da contestação de tudo,
até mesmo da arte. Os suportes filosófICOS dessas duas linhas de desenvolVimento transparecem
nas declarações dos dOIS artistas mais SignificatiVOs deste século.
E Delaunay? A rigor, Delaunay não fOI representativo de seu tempo. FOI, sobretudo, o colOPstl
preocupado com o que sonhara Van Gogh. Enquanto P,casso, comentando as próprias descobe"·
tas, afirmava enfaticamente: 'Eu não procuro, acho" (VENTURI, 1968, p. 120); Paul Klep (1964, p. 2l
B) dizia 'Nada pode ser feito às pressas. As cOisas devem crescer, devem progredir para OditO, e se
Jamais ~hpgdr o tempo da grande obra, tanto melhor. (.) Devemos continuar a procura (_) encen-
t""nOl partes, mas não encontramos o todo l'. Este raCiocíniO cr a coerente num pintor que aSPirava
de Ima de tudo, a SN o primitivo de uma nova era.
As forço, libertadoras fundavam-se diretamente na destruição, e Picasso fOI um mag"ífiCO
prele (J<;~tiJ SltUd(,~O d"s artes do IniciOdo século: 'Antes os quadros se enc,lmlnh,JV,1nl a ,eus nns por
fJ((xjrl-":;';t'jo Ci1dd did Irr:w a qualquer COI$d de novo. Um quadro el ,) umd som[l df' adlçÓ0Ii, (nfl1 rqo, um
qtJ'idr( I é un IrJ Sürnd d(~ d0stnJ lçõ",'.i~ [ r!carni.lndo ao mpsmo tempo d mor tl' ( 1 ,) fl'$"urlt'l-;'cÍ( I. l ()mpll
trtrla o r,YIOCínl(J: ~tU fdÇO IJm qUiJdro, ('m <,f><JUldd o d,_,t, truo Md~. no fim dI' COIlt.l'... n;j{:IJ lie perde; (\
"JCrrneHIO que r'-'I"'-'í d'"lJrna r""te ',o ('(lcontr" em o"lro luqdr" (11 YMAfllt, 1911. P 10~)
De '»cu fHf)(f~'){) crlildor, .tl1rrJ1, HloJ fJi{ .1')',0:
() (Mpd d.1 pintur,l , p.II.1 ,,"m, ndo l' o dt, pint.u O IllOVlnlt 'nlO, di' (ol~ ,u ,I rt, •• lid.ldt' t'~l":
vi mf'ntcJ . ~U.I IUnf,~i() é, !oohrf'ludo, IMr" mlln, d.. h"M o mOVlrnt'nto. f n(' ( (~SJrIO t( .srem .
rnovimf'nto fMrd Clt'tN im.JK,·nl. '.,..n,l o f Orrf'I1lO'" ,llr ..... dt·I.L Ap,·n.ls ('SW momento, p.ird ~,~,
.J
é a realld.ui(! L.) () d(h~t.1 ,. urn rec (·pt.í( ulc~ d(~ f'1110<JH-'S vlnd.ls clt, ndo importa onde: do C: j
de um pedd'.,O (k' JJdJ)('I, d.· um.1 flgurJ qUf! 1"'$0... 1, de umd It'l<I d.. dr.mha. t por "''''
Ud terr . . . ,
. P I - .t b ' - obrei . ()oU"
que nao s.c dfove fazer distln'.,ão .. nlm ':IS COI ~,)~- ar .. P .IS ndO (')(15 em .;lIrros n
, b . . E I ho hotrOl de /IW
apreender !>eU bem onde ele se en(:onlrd, menu.. em ~U~l" propnas oras. u en

136
(opiar, mas não hesito qUJnoo :1112 rTlQ5tr.lM, por CXfr.'plo ,.Im { lrtãO de d~nh05 cmtigos. JI
redllZO ludo O que l'uquero, IlEYMARIE 'Q71 p. <l6-8~1
; 'i': ll,r .]\3llC' i t. D' -:- nc:·).,· ~ ..~ -, 1al Je- te t. J. "'TI lt...:-:' : ... .r'" ~ .".--, t, t, •,>C._\
00;.;. , . . ......

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t196L ;lI8",
,...J yerdadt:' f' dO nddd ql.le deveremos rl~duzir~no~, e ao unl\'et<;n tambem, ~e qUisermos lTk.'dir
tod.l .1 \'f'tdadeirOl n,J;wrez,] do drfi~tJ b,lrro(o qUE'. ~I~m rel..-lção com ninguém, salvo consigo
própno, taz eX.1"tlmente () que qUf't e pnc he hJ{i~l a c.-tp.1cid,.ICle do seu JXl"S5IYeI podPT ~ soh
t"Std inspirJ,\.ão do <.('0 demônio bJrroco que Pic .bSO. em IllU-193 ~ se apaixona pelas form.1S
l.ur\"llineas, f'nrouriJ .. envolventes. gprmln.ltivas. 'iOS c.lnos !oP.gUlfllt-''1, num ( resc('nte dehrio de
lO~ ,1 que o !t"\'a o frequente- emprego do fipoltn, pinta im01iras mulhcrt'$ num anterior,. ou,
antes. metafOTiL.lI! lente confundidas com as turhulênc I.li de um intt'rlor Após. C'XaspcrdçAo de
Gut:."TOICc\, tlS í.1ntJsl.1Is Jn.ltômiccJs tomam--5€' ("lda vez maiS extravagdntes p os 'WIJtOS'" I dd,J
vez rndlS btlstem..ltorios,
1\, ,~ L:'~~-;"" f· :' ~, :"\ (, -.-- ~",-'d- P".. ~C~;- f........
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~ \E"C ,·:-tt..' ~''"):jf '.J pOdf"l pf!1"-·.Xdldl 1::1""'(-; "':J 1")(8 ~·vc !l,iÇ-JC' t ':w -lI] ,t-çjc f;Jf '.Jr-,t;.em rt,yt:'ladJ..
,{ l)ll1e(e-me sonhar com uma. obr;a dl' grandt' en~gJdur,J, abarcando dO ",esmo tempo o
t"lpn~nto, o obJeto, a SI~OIíic.l~.io e o L><iul0. R('(" f'!io que ISto pe111'lo1neça LOffiO Unl sonho, mas fi
umJ boa (Oi'>a~ me~mo af],ora, dhmenLlr c.Je wmpoo; em tempos este sonho. ,KLH. 1964. p. 32/
.J J-ti...)rrnt."V'Ilado l~li.ef\:e da P·.me::3 \..;uC"" 3 M:J~,-j:J!. ;'3l,.:' J(~-,:, €S '~ev~l f'm ~e;.J jjariO
\Juar,"t!.) rr"'ll~ lic~rjw"el :-.e L~~a et':e mv·,,jo ; .~orn.: ac(r,'!~~ r1~:;t~.: r""f'Crr"er \1':;
tom,) j arle. enqUJr"ltc um rnqnoc de j.l3..- P"';Ô'JZ 'JIlJ iute r;-··:)I~s!a < 1,-~::;Ll'J ·96. ç :d9} (:.-.mcor·
dando com OS Surredlljta3 I< 'ee Jfarn...d\<l ~ue <J pro.: e! "C r:"J:".En.:._ ar .je ,::r=.:.lçlC t":.~~ ll!Uado àOOIXO do
da cOI11C1ênoa. mas ete r('Ct.;$d',a v pn~dpl'.) de que.~ 3rr t-: po5::.J !G!'~ dl.Jtornatl.:amel'te do
nconSClente. ocr jull;}3f que ú pro(e-s~o de ges"!açjo é ,~ampl'~xo e jf"l'1:pJ;,~a ·.:x;.-Sêf'.. ,)~ú. mrotação
flnalrlknte me5.trld teUlI(J dos eiemento5 p-tCh.'rK05 't pela .-nportânCld '-lue ~, lO rnes.rno
tempo. às fontes sLJbJetl'lIas e aos melos objetl"'o.;, da arte que I<.lee e o arhta mal) Importante de

ur
[)(i '1.<1',·r' ,.-:",","

nc':.j (:~' i~:r AO. 1-.<60, p. .'41).


Ot-- ,,!,~ Ü ':: LrF ,l!i~.r' ','•.:, ._-r, -,(el,j 1 '.:alui,
orlqlr~ahdade f.' da espontnneidade de uma ma
tJ(]..l ,1 1(1- L
10••. ,10 da
11 'Tri Ir', .)r" ,_'hivE.; ur, qualqli"r l)UtI:i épo,:,3, A dtr,)t!Vd ide la di~ que existE: mais (natIvidade na livre
1
i" i dt ilm di':'U':r.::. lr1af,til :1C q:J' na màl':- perfeita feproouçâo de uma obra greco-romana
lçj1)

fim,,:;r,, '~Q orne um "J!="i0 ,::-:--:,"~'!i.:_J... db'jnck' (Jfnlnho '-'\ tC{j,~':l as manrfes.taçõe<, do InconSCIente e da
I"" ,~f1" _i'r', '.l, .h' ,3C110a! e de Ir;.;.cir·n;lli";mc Em pfJUI o mal', de' cinquentd anos de exercício de
tllT,:t ~1f'. ,' _;ocld~';. ,t~< _:~ ,j tj~ ,"' !Ji'rdefJ fodd funçilo de orientação pública que porventura
Ó (l"1f!1 a
.iwL'J f2 ak _~ :>ü)lhwdade,' d 3utCllliade p;:Ha aferir J avalanche crescpnte ddS obras produzidllS_
,) I:"r'- JOO;..' ic 1I1],;tu"dade l' ja irrespon:.dbrlidé1de profissionais, [' m€~,mo dCl ~Imples defi
iêr. " ""oral eleVddd à condição di, artp conduziria Portinarl d Jocosa observação critlla: "Louco~
: :dn\,-, 15 semvp ef.l;tiram, .:) que ná() hJvia dnte', er.1 Quem os levasse a sério".

ANTECEDENTES DO IMPRESSIONISMO
,aminln percorndo do Impressionl'omo à nbs.trà(;âc foi O mais movimentado, contraditório e tor-
'J,)~ , ql.l' 3 histórIa da artê conheceu Apresentado pela crftlca contemporânea como a revolução
II !(' rompeL :om as formas do passado, o Impr~'"sionismo cnou as premissas de um novo conceito

,t tic,) em oposição ~s reminlscénclas do conceito grego-romano_


Para efeito didátiCO, costuma-se dizer que seus precursores foram Velázquez, Goya, Turner,
e )0soablf Delacroi>. entre outros. Mas, neste caso, a h,stóna da pintura está dividida em períodos
(,t.lnques. Incomunicáveis, em que se consideram apenas as Influências imediatas, para estudá-
10S separadamente, tal como se estuda em anatomia um órgão decepado. A ngor, o ImpreSSionis-
mo ,0 pode ser entendido quando se avaliam as conquIStas da pintura desde o Helenismo até o
Romantismo_
Aceitando-se que o Impressionismo fOI uma revolução em que culminou o processo evo-
lutiVO da pintura OCidental num determinado momento, aceita-se também que ele encerra, no
conjunto de suas possibilidades, as qual idades mais significativas de todo o processo. Neste ponto
reSide a discordância entre as correntes que o veem como uma verdadeira revolução estética e as
que o encaram apenas como o início de um período de decadéncia da arte.
O Impressionismo surgiu numa época de grandes transformações econômicas e SOCIaiS. De va-
rras maneHas, agudas sensibilidades pressentIam o Impasse artístico diante da nova VIda que se or-
ganizava sob o Impulso da Industrralizaçào, e algumas delas chegaram a decretar a morte da pintura,
prenunCIada pela agonia cada vez mais curta de inumeráveis -ismos pós-impressronlstas,
A apllcaçào dos elementos da pintura às técnICas artistlcas da sociedade Industrial e da mo-
derna soc",dade tecnológica provou que a arte tem fôlego Infinito: a cada dia se transfigura para
acompanhar o homem em sua longa Jornada No quadro geral, qualquer que seja o Juízo sobre o
Impré,)slorismo - revolução estética autêntica ou mOVimento decadente -, ninguém lhe pode negar
a lmporf'Jncl3 histórica de precursor das mais significativas tendências das artes visuais do século XX.
A perticularidade que o ImpreSSionismo tem a seu favor, como autêntica revoluçáo, é a de
h:rJer (,")Iocado em novo nível de avaliação os elementos emoção e razão. Emoção pura motivada
pelos 'iE'ntldos, através de novas formas de estimulo; e razão não mais moralizante, 50(101óglca ou
aneu6tJG:J. mas pura razão estética que ennquece o patrimônio cultural humano ao abnr o cdmpo
da plnhHd como terreno espeCtficamenre plcturaL
A ~Ir.,turi.l OCidental, desde seu IníCIO, foi sempre marcadamente racional. O desenvolVimento
da arte Pf'" helênicd rl?velarra uma Jsplraç:lO realistd no sentido de que os elementos da sensua-
lidade orlt:nt.:ll cede'isem lugdr à c.'Ição racionalrzadord dos dÓriCOS. O equdibflo entre a razão e a
emoçdo marcaria o apogeu di) arte helénir-a
A luta entre eS'l-es dOIS elprnento~ esteve presente em todo J hisfÓfld da drte ocidental, ora pre-
dominando um, ora o outro O desejO da rcconqulstd do equrllbrio rompido com o fim do ClaSSI-
Cismo grego foi uma das maior~ a::.piraçóes do KefldSClrnento. O que marca a Alta Renascença é_ o
novo equilíbno entre emoção e razdo. Souberam seus artistas (riar a forma que provocava a sensaçao
adequada para revelar a razão humana nos dilatados limites de um novo mundo que emergia dos
escombros feudaiS. A técnica que empregdvam estava envolta no mesmo clima misterioso dos "mila-
gres" não explicados pela Clência_ A nascente históna da arte só encontrava um meio para contornar a

138
[> .IMI'Rf ,I("""I,\(, A ./I1't! "'i 'JiA'it

dificuldade: atribuir às particularidades individuais toda a complpxidade ria realização 3rtisttca.


Apesar de Albertl já ter procurado demonstrar, em seu livro De Picturo, a Importância dos
meios técnicos para a comunicação do artista. e Leonardo haver teorlzado longam~nre a respeito
da técnica, somente com Ludovlco Dolce, em Did/ogo5 (obre a Pinrurn, a história e a critica se '~nca
minham para a análise objetiva do conheClm(-'nto pictóriCO
A pintura. querendo atingir o Intelecto, buscou na rcrresentdç<:io n;~turdl a forma Ideal de
expressa0. A síntese dessa representaçJ.ú fOI o domífl\o diiS per,>peulVdj hnr~.jr e aérea e o som·
breado, que, ndequadamente conjugados, pos~lhdit,wall1 ao pintor representar em trr< dim€nsões
os volumes e os. espaços. Desde o IniciO, destacou''if? o caráter mais iJpropfladarnentl? ;;!rtÍ',tlro do
sombreado, cuja aplicação esteve sempre ao arbitno do pintor, podendo ser realllodo t,mto na
escala de valor (omo na escala de tom, sem perder o cali:lter natural.
A linha de desenvolVimento técnico que buscov" o relevo, Iniciada por Apolodoro (405 a.U,
culminaria com o esfumado de Leonardo da Vinci, vinte 5éculos d~poís. Conformf." teonlOU o Me')
tre florentinO, a intensidade de uma sombra corresfJonde proporCionalmente à Intensidade da luz.
Quanto maior a Intensidade de uma sombra, maior a beleza da luz que surge por ação de contras·
te. Torna-se eVidente. portanto, que o estudo das sombras vISava ao controle da luz, ou melhor,
das áreas i1umlnJdas (coloridas) do quadro. Quando se fala nas >ombros orbltrónQs de Caravagglo,
esta-se reconhecendo o caráter mais livre do emprego das sorobras em relação ao da cor, e não
criticando seu colando.
A sombra arbltrána descendia do pnncipio da luz particular, eXdltação do combate entre luz e
sombra. Manejando o conheCimento desse pnnciplo, Ticiano Vecélllo conseguia efeitos pSicológi-
cos de intensa dramatlCldade. A ViolênCia das sombras exacerbava o colando A técnica de Veneza
introduziu-se na Espanha pelas cores e trevas dos quadros de EI Greco (1541-1614).
Mas os venezianos foram também os maiores mestres da pintura tonal. subordinando a forma
plástica a composição cromática, com o que faZiam surgir massas cromáticas ao Invés de modela-
dos plásticos. No emprego do tom, Paolo Veronese não apenas criou escola, como fOI Insuperável.
Maravilhado por sua técnica, escrevena Van Gogh (1960, p. 496):
A cor exprime alguma coisa em si mesma; não se pode negar e devemos utilizar diSSO; o que é
belo, realmente belo, é também justo. Quando Veronese pintou os retratos de seu belo mundo
nas Bodas de Cand, utilizou toda a riqueza de sua palheta em violetas sombrios, em tons dourados
magníficos. E, amda, tinha também esse claro azul celeste e um branco nacarado de sua predi-
leção, que não salta para a Irente do quadro. Ele o aplicou atrás, e fez muito bem; por si mesmo,
essa cor modifica os palácios de mármore e o céu que completa a c;érie das personagens de uma
maneira característica. Tão magnífíco, esse fundo nasce espontaneamente de uma combinação
premeditada das cores.
Todas essas conquistas técnicas Iriam refletir-se na arte da Espanha, somando-se às influéncias
rvjrdicas que chegavam até lá diretamente, ou através do espírito francês, preparando terreno para
o apareCImento de dOIS dos seus maiores mestres, precursores do Impressionismo: Diogo Velál-
qi)~Z 11 :'99-1660) e FranCISco Goya (1746-1828).
InHuenciõdo pela5 Iluminuras nórdicas e pelas pinturas bizantina, gótica, pré-renascentísta e re·
n,y"cent"ta italianas, o emprego da cor também se desenvolvera em outras partes da Europa O vrvo
colonoo da; Ilorase dos MissaIS serra transponado para os óleos dos rrmãosVan Eyck Hubert (' 14).6)
e Jan (entre 1385 e 1390-1441). que InauqUlJvam uma nova técnica do emprego desse Jqlu[lcante
do P'9 A;everrdade cromática dp Albrecht Durer 11471-1')28). o sensual colondo dr' Plerre-Paul
mento
Rubens l' 5/1 'f:>40}, a mistenosa e bru)(ulcr1nv,' lumulo51ddde dt Georges de la lour (1593 - J652), ,IS
torm2l'> quo(' $€' fllnoidm e diluíam no dima~ de !urTllnosld;-Kip alcançado pelos quadro:. de Jan Vermeer
de [)eltt (16~)-1675), ou o sábiO colorido de Jedn-BJptl:'fe",lInt~On Chdrdin (1699 1'-'9), dernúnstrd
vam a'S infinitas pos~ib.hJadr>~ dd cor (l)rnrJ In~trulllento di' reVelJçdl) da almJ dos C),~nI0s.
Até hOJe não Sf' tez Hltflrd JlJ')tlÇ;~ à HnprHtilm.loJ d.1 ,ntC' lnqle',-a dos ",e...:u!os (\'111 e >:!X, A plntur.:.t
Inglesa revela, em ~.f~'l rjeserl'/OIVlmentl), (Oer~rK 1<;1 e IntC(lf a(~dO com d (I Jltura de seu tempo e, neste
particular, sobrepassd todds as escola'i plC túrtc...1S do pcríodc E-. com €Ia que 5E' da a primeira granclt:
ruptura com d tradição do RenasCJrnento Italiano. Tâo oenrlflca c.omo TOra a arte dos renascelltlstas,
iguala-se à d05 Impressionistas e pó~ imprês'jlonlstJ:' na ,'spl?culaçâ(') e Jsslml1açoo da5 conquistas
físicas. lançando as bases do próprro lmprt.";slonlsrno. A tnflUenCld das des(obertas de Newton e dos
trabalhos de Pnestley e Harr\s perrnanecia VI';,=:t, ,jOimJndo as dbcussões relatIvas ao emprego dd COr

139
.. !"I ti 'f):·"fJ{J,~;j('j,.irr.JmJ,)hJlr(jp,
~dr)('rll)1 l!;' ',I' )!J1Ómp(JrlHfl ,v,t,)(k ~(~ "d

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ICIIWf(Jf/odI10ptICl, 'ulrnUldndr 'file. rAn(lp_J_ - ,IH'..... ,r .. I r - . ' 'jbe' ,ph())'~(~ur·MOslsH(1rn~
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((('(Ç 'ra Jm F'Kí'rnplar ar ,('1.1 lhf'NrJtrlfO/ Sy~I(," ofr ohl :CjI! i/L, o que derf"\Orl'Jffd d frtrTllhar l
d-3d(' -jl) pw,tc- CO! ( 'ntrs~,j'~ de! S-! jJ ti:·TO~)'" .
f'r,'klkl Rcynoln:; ); IOr!'j '1ljr~r,l' "/(:.r(nr:jhI)5IlJrnlnü:~'h :im,~Jrelo~ C?tJrdr!,)S ~ ~crrd', a"J(.'rrn~lhJ
j,tj. [)I(III ,((>IIIk, 'yl(·triaIAOpVJdr JfTl ~.p",{),-j,(j HVI>IJlj( ir (lo r:lrma :J(~ ':-;~,fJP.t Jtar,.OC5 tl~(;r'Cc.:.'S em que '/Ma
d plntl H'L Inq!('SJ_ IUI .JflI j/) JX)f ~ j;j',r' ri 1r1 c do k<:'n:J'nrnNttl), pnnclrldlfl ,ç.( i-i. a dos \/~nr;tro1r"IO';, ('Ir! clflr
r"lúr 01 (~LJI! u e'il JI!ibtio dr· tor I'. qur~ ti ri!)! 'Iurl o'! I ~u, I' Iros ( r)ro~ jrj(o(j,lrj, dI''' (JOI r rl.)r Ite'· qur~nt(' ... f~f:'flJtan­
do Iflf> d I. ;,e, (,cllmIJorOIJqh r)lrlfOlJ o c('k·tJrf' M('fIIf)()pm rJ/uf(l /10) FOI () pnrrl€'lfO qO[pf.' teGrtco-pr,jti
rr) vitJrrl'/q ((lfltr,] ;J'; cor!' r'pl/j(>'; (I'rlll~(Cfltl',!'~r" (jf.'rrIJLmldo riU rnl;jrnu tempo f0qriJ':. f; nn'COnCf:lf03
Abrírl "Sh Cdnm lho d umd rrliJrtf:ir J (,ldd vr'l rn,JI') II'-w' rJr, )f; Ir ltf!rpr(~'t ar (orrr:tam(' nte d rli;tuff' la.
ArnoJ,):Jr('IIIJ,1 pOr --J~fld'} Inf!IJI"'rl( (<I') (',w:lf'rna~ {, fj('IO' tr;áj,'Jlhos dI: JO~hIJ,l Pc1rlolrls (1/)5
111.;2) e I horniJ, (Jdln~bor0uqh (lI! I lIHH), (j <1(tl' inq!e',rl Ind prClrJULU 5(,.'1)', d(;'IS rndIÚr("'j plnuJres
lurrj('1 1" COP5tdtJ!C

lohrl 'iu'J,n C-~,tUd.Hd i.tpr:luc;rktddrrl('nt~ d obrrl ,Ir: JO'JjC'ph M(jllord 'Nllliarn TfJrner (1/75-18)1),
t r;j~dl ,-r k lhe WIO retr dI o (' r,('n"'1 f,ml (> iJrliJIi'p d" ',Ud oi Jr ,.i ern Os Pmlo{f''J Modernos. D,j obra de furne r,
tlfú,j cl com IU:>jr) df;(I'(Vd Pd/d iJ ,jrtf:' (fIUdtrrlçl, ,j d(1 qlJf' um fie! estudo da for perrnltlrá ter"'"
pr~ rk'", rnlr d for rn<J, f:nqudnTlj (J rni.!!'l ..tprofu"dddo e-, li/rir) rj'J f')rfI I,) não perm!tf--' ujscerrur a (or.
"l/nIW?1 n rndllor ql J(t rLH f)('( (rJfJIOU o~. f:felto', p<Jr! J( ul"rr." c- f) th:s~:nCilrjr'r.lrTle(-.ro dos rtcmentl)<:;
r!~tlJfvi~ tfTl~.Hf'q,}/)rj!) '-orn rTrl:'}1f14 O'.-I.IAilr.I,lr·s ~Hnul1~JrIPO'J de ("0r~s. ~l1as p,JfSd9~.'rlS torr\,jrarrv~e
verd'-Jd~j~T, ::~(}(;'':, dr: ut1lrld',ãu r:I.i cor, rj(>lfarrrj() ,mU~-/('r rj', p{J<,o:.lbJIIJ,1df~', do Impres)loni~rno, A tr;.Irl~,
~:,)rf'n(I,J r .c)rd': 1,l;ri'ltlCo da aql Mr.Arl foi o rnf~jO ilrjl '( {iJ(JI Jo '{I h . Pf)( ()n! rou Pàrd dl~~(~nvulvpr ) dnfYlfr,iO tl;J
Iwninc, ii<t.ldl"" e do) r JfT1bi,Jntr!'; r~:fI~YI )'j ( oll)ndt)<, dd ndlur' 'L'J UmrudrJ, rln. conJJder a\,c1 ~'Jd5 .Jqu,lrp-
Id~, r1,l~'lla', lHll rn('tucjl) do rlUIJçrJlJ P P',flldu P;H,j d rr'dllLd(~:JU d.i ,Jrte rnatO( dd plnturil () Ô!!~.
HI'/dlvimdú (um 1ur ner, John Cf )flc,IJJhlf! ( 1I Ir) 1-8 ~ I) f.;!)'.L:rCPI J gr,JIld';1 inr!ul'nOd ',obrtl ,J fJi'lt ')r.1
franc(U"j, './"_;unrj() O.:ddl,yJ)(:J dl_~ [),'l.vfQix p ldoudrd M(Hlr:t Ao ub . . r~rvdr um pr,Jdo ptnlJUC ('m
'/f"Irj/; pOr ( ,(Ir l',trJ I }If-., Udd! ruu ri I' 'qd (d d ur rtd ('f)mt" rd',d l ) imporl dllfÍ:i~lrn,'), (l1Jd r.x t'·lts.~o nt:'rn ele
m~(n{) (J(Jd"fld cJquil<lldr NA r(!d~jr ItH!ljf1i)'.ildddl! di' IUHrt pintura n;j() ff'C,UIr,j ,jo enl~H('i]rJ di' nllld:,jS
utill1.-j{.dQ rdnur),- 11 di ' '1,I/l,V q.t m,.lS , id rrli?t,! rl,J {ur" (SI(Jto,JAC. 1wr;, p. 61) Mdi,.

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lanoix a .j~la;~r .~;~ :;~cad~ ?CQrro.~e, leneJ eXl=os:c err Pai -; IO·Sdl ')1"'- de 1R:':'4 l' f! ·:- ....ara De·
completar ,('nt~ ') (( . ta erre fal. UI grar d blen ')epc 15 de- ver O .:arrc 4e te 1). _elac 'r ,ix 'efez
escola de . - «U de .,el qu~dr( O ma~S:l}cre de ~"'O. dtii'Tlar Do ~r ConstablE' ) -p.;i.l da r Y. 'Sd
_ . ~Isagem - Mesmo ~ h13n<ic , c c ,\t )~,te ,irl'lultánro rji ccr- 'S {Qne tab" da _~
ImportanCla ao clar _ ('. _ _ . .~. ' . h.. va }rJI" Ae
o e c.ur0....... rec:ou :t jpf.r 1- o, nl,rna form:.Jlat ão eonardiara ((-O· pad
que cfla espaço· ach I y . . v er
b - ' drT'C o por tuda parte'" f m todcl~, d' , oc.,1~C~S na nature7.d v~~ ,lç~c unlao I ~
Som ra. retlexo e refraçOO. todos <.C'~r"t Ulrrlo p"r ~ ele" •
rI(' Numa, seQuênc:IJ t;ronol6giCd f'O sentld4) do ImpresJiof\i~fTlo. dE'ror; dI? (Ollstable ~ .rgf> Del)-
LOL. A plnt Ira fnncesa dos fins do ,éculo XVIII, pnrciplosd<J (Xnara uma ,"ra<'de escc ,la ~ec, :::.
Slca, mJ) '"IdO reSiStir ~ as rnfluên( 'ao;; externas, rn m pcri:>do er1' QI JE' o desejo de rer ova~o dos meic''5
de expressão abrasava os espíritos mais )(,'1sfvcrs. 0 ·exemplo ar::lrtf'rrStlCO de "ai sltuaç~o ~ E fJ~-'k.
Delacrolx (1798-1863) que. desde cedo. começ.lta.1 buscar tor~ dll paI> (j que melhor sat ;fi,~ , ~ •. ,<
~r·"a de dominlo dos meiOs técniCOS para a n'vel-çúc de ncVus i(ela,
Atraido pela arte nórdica. VISIta 3 InglJte' 1 c' 82'•. S...u .rdem~ esp'ntú CO":;"''V3r~ -~ra
sempre a pab<ão por Shakespeare. Byron. R"Yf'Old,. H(l(jJrth. ' ,.lII,sbc.rough. ~'Jrt'er, t.onstable P!lo-
mngton MaiS tarde, ViaJOU ao Marrocos e ~ bpanha. I m 18!':' witou a Bélgrca e " HolaMa. ,e:s
horizontes ampliavam-se a cada viagem. nutr'ndo-~'.: ~s lmage~s luxuriantes da A~ica e ~ "braçàc
cromátrca dos pintores espanhóis Mas a rnflu~nc 'dec s..". na er contrar em Rubens. cUJa exuberã"
cia flamenga e Vitalidade universal contnburnam como um glgaNesco sopro para aVIVar a fogueira
espiritual em que se consumiria
A França reSSUSCitava a arte do colondo. numa sintese majestosa de tudo;> que se hzera. Jté ectao.
no domínio da vrolénCla cromática. ReferénCias sobre o estudo da cor. como metado supreMIl de apt"
mora menta artístico. aparecem constantemente no célebre Jo"rnol de Delocrotx, docu".-ento de extraor·
dinário valor confesSional e autobiográfico penetrando os domíniOS da crítica sobre literatura e arte
Com Delacrolx. o emprego das cores liberta-se de todo preconceito e regras acadêmlGls. ~ur
gem as grandes composições em francos contrastes de cores nas cenas hlStóncas ou de costumes.
mas a concepção geral da pintura é a mesma que anrmou o neoclassimmo. acresCida da genialidade
que não se enquadraria bem sob a etiqueta de romântica nem de nenhuMa outra.

o IMPRESSIONISMO
Corr.o mpressionbi "o dá-se uma nitlda ruptura com os postulados da arte do passado. Es~a ".p-
TLira e t~o Significativa que Influencia na as áreas da mÚSica. da literatura. da critr,a. da m<>ral e dos
costumes O século XX iniclana a marcha em busca de sua linguagem própria. trilhando os caml
nhos abcnos pelo ImpreSSionismo
O Impressionismo iOI uma reação <tO realismo, à objetividade do reali,mo, e um.l afirmJç.lo do~
dir(>ltOS da subJetividade, da personalidade do artista. Este d~prendimento em relação d obJetIVE
darle f'rol um ideal _ mas não um ideal intelectuaL precisamente porque (,e b.lsea\lcl na c;{'nsa(,io.

(V[NTURI. 1968. p. 1571 1


Uma 'las maror.'s aquISições do Impresslonrsmo fOI a do pintor Edouard M,nct \183,18 1..
que VI na a ·.'.'r uma de suas pnncrpalS IndiVidualidades. Arnda murto loverr ele af"rrar. q\.~ "hav,"
r
de pintar ü que vr" e não o que os outros qO'>lavam de ver" Logo descobriu que para ai ança seu
obJetivO e a 'lerc'•..ano adq' "r" uma té<nrcCl A "Itura de sua amblç,ja. e ertregous~
al O s;·Jde dos
rr>étodos dos grande' .·,est!"S cololl ,tdC O contr a,te slmult.1~tO pas,,"u a s~r e',tudado cwdaac:J
r

pintura cnomlnhav.>se rapl·lament~ p3i duma posrç.;o dên: .fica. l'" re<posta ~s dCU;':'
mente.A abl indo- jhe novas pCLP« tlVil'"
t
çóes de que em seus qlJadrcS detinha J drnamKà no,,,ral da par;agem para estudo la. Mane afir
mara:"MatamOs para dlssccc]r" Dal d ci~(1CI'] pur:) da. ')r .~l)r'iO aft'~ um ~J'; ..o
B~<).
tC';
AprofundandO as propcSiÇOes ,romáti, ,)S dos rmpres'iC'i1"W>. Georgrs Pie"e Seura1 r
1891) e Paul Srgmc (18631935) cnam o pontllhlsmo, ou drvlSrOnlSmD fazçndocem Q'-"' o ob>e'vadO:
particrpa<;se do quadro. como um de seu!, rlementoS. pela rr,regração guadr<J-espe.:~c,
por meiO
da mbwra óptica de cores. Era a Introriuçao. l1a prntura. dos recurSO! de rmpress.k' graflCil. u~lrzadc".
anteriormente por Le Blon e Mlle mas ampliados pelas teorias do' Chevreul Helmt1Oltz' Rood.

141
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tl:.1 ~tJ(, occrreria num pf.:ríodo be(!'l pr'ji<JrlIQ De~A)i!) d~ longo esforço para -idr.lulTir v dümir.io d:;
_ . ' dd pl n t urd de tons. d·~sfrutou -:lDenil', PI)U(() mél!~
lerrma . de tr~s artDS dos melf)S . qu~ jr,e iJOS":lblll
famm a rl~na c-xprE'ísáo arti'ltKiJ mesmo l':il doentr' e dlquebrado p~la miséria.
. Numa (.·Jrt;) de novembro ·-je 188'), Vali (.'0gt\ (1Y6lJ. p. 49~. 494) dll '(~r olJVldo ·al(Jr·d~ UrT.3 e/O€'-
rJt?nOd fel!d (.fJm urna foltld p~rjt'J rje .)( rli;."Ulrd, qIJ" se t'jrnd 'Jerd;)~rE'a soblr um h)ntjo verrnelhn
(j'.;'
o:lVE'rmelhada "übre um toJnao I{'r.j. '.l,mud;1 sc,.hf0 ,rrl fUI ,rio ald(df'iado ,~e J,Jedla a :.eu rrT<i'to Théo: '
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Se f'n,ontr4 r('~ algum livro <;obn! e<,tlis '1Uf'<.,Ic')P~ das cort::3, um l,vro q ue Yc'j3 ~)()m. me f'nvia-Q
antf'S n(' q ua lquer ou tril (Ol"a, pOIS (. nc( f!S~ .u i/') qUE:: P.U !>.uba tudo <.I r~... p~tto fi n~ IJ <;f-' P;,!S~d um
(hd <;E':m qUt' p rocure me inc,truir
fJufan~e ~ua est.1dó em Paris. er(t mr·ado<:' dr:' 188"1, e<:ocr€"/eu: "h/e oportlJnldorl~ dr! ~pf(Aun­
dar a qUf'stao do cor. (.) Ne',te verdo, QlJd!1(ir. pinrava P21I<;r)9':ns em Asmere:.. çjr.;rcev l mais (01")
(lUe antf'riormente" (VAN GOGH, 1960, p. L.O). POU(C mal) -te um ono d~pols. já rj,? po')se f:l~ prQfu n ·
dos conhecimenros cromátICos, escreve..! t 'T1l1e Bern~j(d,
C,.) o céu do Sul e do Mf'dltPrr;lnf'!o IHOVO( ,1m um alaranjado tào mais intenso quanlu mais so~
dp tom a gama rios dzuis. A nota prc'ld doJ por!.:!. rlo<; vidro'), dJ pequena cruz sobre a (Umeelrcl
faz que sU fl a um contraste- !>imult,jrlPO de brJn,o f' prf'to agrJdá. . el a vista, tclnto quanto o do
°
azul ,001 laranja. fVAf',; COCH, 19ÚO, p. 97)
Nos últlmos anos de vida, Van Gogh constItuía sua palhet-'l ,~om as s€'gulrtes (',r€'S'. vermelhão.
laca de gerámo, carmim laranja dI? min!o, amarelo do cromo', 11 ,=,!lI (hmâo, amarelo <:Iaro e dTndre-
lo escuro). verde-VE'fOneSe, verd€' (~smeralda. azul de-cobalto, uitramarino e azuj·da-prú~<;,~, bran
co de prata, branco de zinco. ocre ômarelo, rerras-de-slena natural e queimada, prseto-de-marf!m_
O preto as vezes era substituído pelo azul-da-prússia e pelos Cinzas-neutros resultante: da mistura
do azul-da-prússia, vermelhão e amarelo de cromo escuro,
Desde o IniCIO dos temPJs hist6ncos até Van Gogh, a pintura tinha sido feita com deter!Tl1nados rir)')
e objetiVOS de classes ou camadas sociais. Com ele. e só com ele, a pintura desclassificara-se para tornar-
se apenas humana. fora e aCIma de qualquer c1asse_ Ea própria espécie no momento da cnação, qUándo
CrIador e obra se fundem numa mesma natureza para solvação do homem. Salvação pela fé no poder da
obra, mesmo quando a esperança de salvação IndivIduai já não eAiste mais. f. o sa(ri~ício de tudo em fun-
ção do puro Ideal. Éa busca da transcendênCia das contingênCias humanas, mOVida pelo que de melhor
produzIu a aspiração ao belo onde quer que se encontre, mesmo entre trevas,~Segljtdamente me Oõrec~
que a noite é bem maIS viva e ricamente colorida que o dia" (VAN GOGH, 1960, p. 190).
No século X:X, a Ciência do emprego da cor assumlna importância pnmordlal na estrutura da
obra Tornava-se claro para todos o conceito de Ruskln:~A missão do pintor é pintar; se ele sabe coiorir
sua tela, é um pintor, mesmo que não saiba fazer nada ma" "(FER 1%2, p. 4) Nos maiores artistas
posteflOres ao Impressionismo, nota-se a subida gradual da lmportàncla da cor até atingir a lndepen·
dênoa total que subjuga e Incorpora à sua dinâmica os demaiS elementos do quadro.
Em Paul Cezanne (1839, 1906), o Pós ,ImpressiOnismo teria seu maIS rigoroso colorlsta Com ele,
IntrodUZiu-se na pintura o elemento consciente do que SE' poderia chamar harmonia aS50nanre, em
que niJanCes de tons diferentes se eqUivalem por equilíbrio óptiCO quandO o observador guarda :ena
distânoa do quadro, A característica básica da pintura de Cézanne reside na harmonlzaçao de (00-
tra5t~s de tons diversos, em que a cor pura surge do emaranhado de delicadas nuances óptlCilS. Ser.J';'
tra tJalhos, ao lado das mascaraS afncdnas, comtltulram o elemento propulsor do Cubismo.
Em carta de 15 de abril de 1904, dliiglda a trnde 8ernard, ele tece aloem., con5ideraçóes
teÓ(lc<1S em torno de seu pensamento €I)tético:
(. .. } tratar a natureza pelo tdlndrn, d esfera, o (one, tudo isto posto em pe, <,pettlVJ, ou seja. qUE"
r ada lado de um objeto, de um plJ no, se dlri jtl parcl um ponto ce ntral. As linha .. p<lf.Jlpl.\::j. ao ho-
rizuntf! d.1o .1 extensão, I.,to é, um.! 5f'Ç dO da nJtur~zcl ou, s(' pretere . do e'i.perdculo que o Parer
ommpotPf)Ç aerpme ()eus e-.íI"JI' fh.\ntf' do.. noSso" olhO'>. A., Imhils perpt'n dlLUI.lre<i a esse hOri zon-
te dão a profundida,(k>- Or;) . pMJ nó", hOrTwn<." J ndtu rf'Z3 I~ mc:\i .. em pro1undid.ld(' '1 ue em super-
fície, dJ.í a neces..idiltle clt' introdu/ir n.ls 00......-:1 .. IIlbrolçi)e<;. de luz, representadas pelos w rrnt'lhos. e
am.1.rt"los, uma quantidade .,uti(:u>ntt~ ttt> M ui .. para IMe r 'ientlf O ar. lCAC HIN, 19Q,5, p . 17)
Em outra carta, de 1904, também a rmlle Ek'rn,Hd:
O der,enho e a cor não são l Olsa<; dic;tínlds; à medida que se vai pintando, vai-se desenhando;
quanto mais a cor 'SoE' harmoniza, mais o desenho se preCisa. Quando a cor atingiu sua riqueza, a

141
I).. lr.<"II['·;!;:iN'.'.c A M,' Af~l IlTA

I . - )., (nntr,j~tt>s ('


-
rd.l(Oes.
de lons eIs o 5E'g
-J!:.
redo do desenho e do
ao reflexo gf>rJ
I '
e o que
I
,J'j I I
forma chegou a sua plenitude. l _ {> envolvente, d luz. gra<.,
h . ml" e o rell(').:o qUf' - -
modE'lado. (... 1 Desen e~ ,- . 1 dE vanguarda estavam
<::

(CACHI~, 19q~: ~~8p'ré_fUfl 'ri' t. ~nc. rlü /,m.ent,~·fau ....p, partiCipando do


I ('nvolve.
ViYJa-se na Europd u penl
preste,; a ec/odlr. Sem , -'
pnnupl)~ OI preql
,_.'Ir
• 'rTi" Illf \r
'r I_.)!(~ j(
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ImperiOSO arrebatamento d-d vI(,j) , I' - lI.\
1(' In'II1ICI,'\1 -Ir) -1 -
tlJV ('nluo(>,
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AIgun" belos lemper.Jmpnlo.;;, rOllou,1 oi SU, I nf'tu
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M.II!SC,<-" M,Hque,.J t mOln
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de tr;Jn~rorma(l() .j a r-r <:I Jld,de
' objetiva em o ra• e. a e,
,
Na minha frente se encontra um armemo que me d'J a sensaça-o de um vermelho murto VIVO. Po~
nho na tela um vermelho que me satisfaz. Estabelece-se assim uma relação entre esse vermelho
e o branco da tela. Ao lado dele coloco um verde, dou o mmbreado com um amarelo e de novo
haverá entre este verde ou este amarelo e o branco da tela relações que me satIsfarão. Mas estes
diferentes tons diminuem-se mutuamente. É preciso que os diversos tons. que utilizo fiquem equi~
IJbrados de tal forma que se não destruam uns aos outros. C.. ) Uma nova combinação de cores
sucederá à primeira e dará a tonalidade da minha representação. Sou obrigado a transpor e é por
isso que se afigura que o meu quadro mudou totalmente quando, após modificações sucessivas,
o vermelho substituiu nele o verde como cor dominante. (CASSOU, 1962, p. 223, 224)
Na mesma época em que começam as exposições dos fauves em Paris, surge o Expressionis-
mo na Alemanha, misturando aos elementos puramente ge,mânicos e nórdiCOS forte InAuência
dos trabalhos de Van Gogh e Gauguin, Escolhendo a "ponte" como simbolo, o primeiro grupo ex-
pressionista, a Brücke (Kirchner, Heckel, Bleyl, Schmldt-Rottluff e mais tarde Nolde), desejava de-
monstra, sua fé na arte do futuro,
Ligados ao ExpreSSionismo alemão, apareceram os trabalhos do norueguês Edvard Munch
(1863-1944) e do suíço Ferdlnand Hodler (1853-1918), Em sua Crónica da Brücke, Ernst Ludwlg Klrch
ner (1880' 1938) disse: "Acolhemos todas as cores que, direta ou Indiretamente, reproduzem o puro
'mpulso cnador"
Mesmo depois de sua ligação com a Brücke, Emil Nolde (1867-1956) continuarra
um artista Isolado na arte alemã do século XX. Nele a cor torna~se ativa, uma força element,lf
dcionada por um movimento íntimo e um abalo espiritual. Sua pintura se expande n,) superfiue.
e pIe reduz os graus tonais a poucas unidades de cor, grandes e circunscrita:;. A hgur.l perdE' SU,l
form,) natural em favor de uma interiorização e de uma sensibilidade apaixonada. O pnmitlvo, o
p!('mf>ntar e o terrestre tornam-se evidentes na pintura de Nolde. A tinta a óleo é. par,) C'k, unhl
m.ltérrd quP escoa (om dificuldade. Sejam nuven'i, mar Ou cas,Js, animaiS ou tlOrt:>s, tod.b .1\
Coi .. cl'.. Sf' movimentam num ritmo pest.ido e Seio penf'trdcb" de uma 5urnd !11('I.lnlnkl. i\ltl~, Ild"
iJflu;J.r(·la .., suas (ores se JclarJm na mdl':> !:oUJVf' e u(>I.1 tramparfonClJ. (GROTE,l <lSC), p. 8)
Sf'gUlndov' à Brucke, surqlU em Munique o grupo do Bloue Reaer ((dvalellO Awl), reunindo
Kandmsky, Pdul Klr:e. frilnZ Mare, Auqust Macke, MdX E:-rnsr etc, qur: transforma na o Expressionismo
em verdddeiro prelúdJo da Artp Ah~trdta

o ABSTRACIONISMO
Palravam no ar, indefinIdamente, novos elementos de extraordInárias Posslbdidades E I d '
I 'C I ' m 4 e Julho
de 1907, August Macke (1887,1914) dec arava: o oquelagora toda a minha salvação na busca da

144
'),·.~-T~" Alm Ar: r<a'~

cor~ pUrd,,( I'J 1 <,ema n a p.'lSSt1( j d, tentei .."(ompm (Ofl'c, . 50brf' urna tábud '>CTn pE'Mar em nenhlJnl ot.
!.~t lu redl Um ano depoIs, Wilhelm WornrK]pf (Abslluklion und Einfuhlung) tdLJ'/a drs abqlà i :j,) corno
enõmc'no
C. ,.ur C' 1t empor?neo . f" eXrrí'S~',,')o dd nel:f:''\',iI j,v:li! IrllPllor" (REAO. 1()60, r· 42 ·4~). '
teó(" omlderado o ptll d.'l plr\tur~ .1hc,ndl ,1, KdlV llfls~y ':oluca se também F'ntre oS mais, de!.tac~do,
ICOS do Ab\tTdClonl,>mo, "'PU', IIVIU') 1)(1 '.plfllud i.I(1fJ~ I' Ar! (1 q I O~ 1912) e Du pf)mr el d~~ la /.Jqne QU
Plon revelnTn um espírito vollddo P,1f.l oi,) (I·,pl'l.I dcl(,fJei fllosóhr"l':i, nld'::, 0<;;10 domd de tu(lo obrds de
um profundo (Onhl'cc'dor (In'i ~ lfot)l~ 'm..!', (1,1 Plllllll.l, (IUlddr) pur umd pxtrf:rnd ',' !rlslul\idi1d'" ~ ~or.
')1'tjUfH1o t·\('.,) OlHe) dl' ;111e (O(llp{H' ''lI? dI' dois f'krnl~r1tOS "O Inf~'f!or p O P)',t':WJf O irlfF'rior
é 11 pmnçáo n;\ l11ma do di listo, (",1,] r~! !1O~d(,) tt'm ,\ ( ,)p.-K!dade dt] d""',p(!rti-H urnd prnoç;Jo Idéntica
na ,)[fllJ do ob'..L'rV,ldor" O r:olt"merllo ('xlPtlor 0 cúnsrlwidq rdos rne!CJ', rnaterldlS, Aftrrn<1"'fj iJlnda
Kandln"kv q I t\.~ a <lrte modf'r na só F.'xí<, t ,., qUd I \dq u; '119 no::. '>c tr ,msforrn,jf fi ~'fl\ .,irrü)f)los- (f·U.. .A D,
N

19(1ü, p. ,) )3, 2)6) .


Lomo tem aC0ntécido Inúmeras vr"/~" , nd hht6nd d,.h gr<:mdec; d(~scob·:!rti;lS, oom(>l) tdrr~bém
no Jpar~Clmento dfj drte ab<..trdta um felll ac,lso (ngiddmente dentro ddS leiS da pos,)lhilld,jdt"!), ql v·
determInou o ponto inicial de lImd .1rte f'SSl.:.'fH,ldlrnt'nte e voluntanamente nao objetl'/d [ ",'..i:I di?'
cot1<'rtJ de Kandlnsky é deSCrIta por spu autor (READ, 1960, p.2501:
Deixei meu desenho C', entreguf' ,j meu') pr'n.,am('ntos, ôbri d porta do av·II(i, encuntrJndfkmp.
brutalmente defronte de um quadro de um,} b('le7J. indesrritível e incandescente. ESIUpf~fato, pa·
rei onde estava, fascinado pOI esta nbrcl. A plnlurd n.lo possuía tema, não represenlavJ nç;nhum
p
objeto Identlticável, er,) compostà unl( Jnwnlp de manchas luminosas de cor. Finalmenl me
aproximei, e só então fOI que vi o flu~ era realmente - mmha própria tela que E'stavcllOloc.aoa
de lado sobre o cavalete C. .) Um,) t.oisa me fiLOU entJO perfeitamente clara: a objetividade, a
descrição dos objetos não tmham nenhum lugar pm minhas telas e lhe, eram até prejudicIais
Por outro caminho, ao romper a forma tradiClonal da estrutura do objeto, o mOVimento cubls,
ta também abria as portas da pintura à abstração, com a ruptura entre forma e cor como concepção
plástica Para P,casso, o Cubismo é umil arte que se preocupa acima de tudo com as formas, por
que, "quando uma forma está realizada, permanece sempre, para viver sua própria Vida" Esta seria
a definlçao do Cubismo ortodoxo 011 analítico, segUido por seus cfladores Pablo P,casso e Georges
Braque (1882-1963)
Braque destacou-se sempre como representante da alta linhagem do Intelectualismo plástico.
Artista de enormes recursos técniCOS, apesar de sua fidelidade cublSta, fOI também um dos responsá
veis pela vitória definitiva das concepções InobJetlvas em arte. Sua pintura de valores quentes e som
brios, valOrizando magistralmente os pletOS, pode ser tomada como a essênCia do requinte máXimo
da Escola de ParIS. Em numerosos aforismos, Braque nos revela seus conceitos estétiCOS:
O pintor não se preocupa em reconstitUIr uma anedota, mJ.5 em constitUir um fato plctural. (.. ,) A
nobreza vem da emoção contida. (... ) Não sou um pmtor revoluClonárto. Não procuro a exalw.ção,
o fervor me basta. (... ) Onde se faz apelo ao talento, f!, que f,lltd a imaginação. {GIEURE, 1956, p. 71
Vendo a série de suas paIsagens deformadas geometricamente, Matisse dissera que pare·
ciam cubos, e dai o rótulo da Escola Cubista Menos de um ano após o aparecimento do CublSmc
surge na Rússia um movimento plástico de enorme Vitalidade, sintetizando o espinto de vanquar
da de toda a Europa. Em 1909 e 1910, Nathalie Gontcharova e Michel Larlonov e,pu<eraro sua,
primeiras telós raionistas, autêntIcas raIzes da arte abstrata. Segundo Laflonov, d prnturd raionl~la,
"ao rfff">C,rno tempo que conserva o estfmu[o da vida real, podia tornar-se el,] própri<{ Nf:'S<;~1 plntur 1,
c

d ror de'lerra ter hegemonia Idêntica à do 5001 na músicil Em outras palavra": uma ptntwJ Que

<,Píd cor, ~l(/}Irn (orno d rnÚSIGI (, 'Jom


k,plrarldo a umf:l artl" ldrJd VC'Z mal" col()ndol Rober\ DclaundY (\ 8B5 I q41) d.)fle] outrJ ori('n·
taçã() tiO') trabalhos cubistdS, oiarKju Cl Orhsnlu. Lm 1912, Apol\lndirf' H1dulfld o', m.Hll('S de Lcqer,
Pi'.JJbl;' c M,j((C'\ Duehdmp r"l 11\1,1 dnc, plntorc') úrtJn.h. No nlfhrno 1,1 "'~ ('n(ontr,HTl dpIJlh'.Jdos o)
pnndplo~ qlw ori"'lll.irldlTl Uf'I,IIJr\.Jy r'rfl loei,l ,I f,ua VIJJ t' J~':llrn e'tpo<;{O~ ror Apolhrh e {READ.
11r

1
19f1), P 104,10 ,,):
A ..I,t(\ d.' pin!.,f novo .. {OlllunlCJ~ I (Jn1 ,·I"m"nh)~ t·rnl'ft·<,I •.uln,>, n~lll;~ J-t>,llloJdt·, m,\'i inU:'lrc\mente
(fi,IO!"; pt'lu ,uU,>j,J (' .;ht.lrJU<; por .~h' d,' Ilm,1 potpnlf' n·Jhdadt'. A\ ohl,'\ do'i MI,\L.JS árficos devem
apresentdr .,imult.1I1f',lnu'n\l· um prdll'r ,,<,1('\1("11 puro, UnlJ ton:;trw:;,JO quP dtin)J. os sentidos e
uma sigmficdf.;lo .. uhhme, qUI" drl'f'r, t) (ôntPI',do, É <I arft' pura.
fora Lielaunay InfluenLlado IfllcidlrrH~I\ll~ pelas Idcla') de C~ldnne e mais tarde pelo movimento

145
DIlIMPrti'.,o:>NI<;W') A ARTt .... B~TA ... T...

fauvisto. Sua aspiração maior era ultrapassar o que fizeram Seurat e Signac. Apesar de reco~he~er a
ImportánCla dos trabalhos dos pontllhistas, Delaunay (1957, p. 113) fazia-lhes_algumas resmçoes.
Foi o genial Chevreul que, por seu'> estudos teóri~05, chamo~ ~ atençao para as Ipls .d~s co~ps
simultâneas. Seurat foi sensibilizado, mas Seurdt nao teve audaCla para levar a composlçao att>~ o

romplmen to com todos os meios convpn(lon.ll<;
- - da pintura_ A linha e o claro-escuro aInda estao
na ba!iie plástICa de sua artp. . _ _
Com Delaunay, as preocupações C especulações cromatlcas a,tlngem seu mais alto ponto
e tiveram Influência deCISiva sobre Importames artistas de outros palses, como Franz Marc e Paul
,
Klee. Na est0tica de Dalaunay, a natureza não é mais um tema para descflção, é um pretexto, uma
, evocaçjo poctlca de expressão por meio de planos coloridos que se ordenam pelos contrastes
slmultdneos. Os (ltmos de seus quadros derivam de formas circulares em relações de contrastes e
(HsSOn~n(la5 na expressão mdlS severa e mais pura_
Na opinião de Pierre Francastel,
a pintura de Delaunay é, a um tempo, abstrata f' realista; ele abre caminho a uma 5é~ie de
I pesquisas das formas, em que o equivalente exato p encontrado na escultura de Branc.usl e de
onde 5airid mais tarde a expressa0 'realidades concretas', em oposição às formas abstratas ou
ilgurativ35 nascidas de uma especulação que tem por objetivo a comunicação de um estado de
alma ou de uma impressão sentimental, não de uma visão, (DELAUNAY, 1957, p. 31)
Para Delaunay, a cor era ao mesmo tempo forma e assunto, decorrendo daí a prinCipal d,fe~
(e~ça no emprego da cor por ele e pelos grandes colorlstas que o antecederam. Enquanto os ou·
tros a empregaram para pintar os objetos, ou aspiraram transformá-Ia na própria vida, ele a utilizou
..:om a finalidade expressa de ser apenas cor, para pintar a própria cor.
Tal como Delaunay, Kasimir Malevitch (1878-1935) sofreu as infiuênclaS de Cézanne, do Fau-
VIS mo e do Cubismo antes de atingir sua linguagem Individuai unlversalizada: o 5uprematismo,
contribuição originalíssima para a arte moderna.
Grande animador da vanguarda moscovita - ao lado do Gontcharova, Larionov, Tatlin,
Rodchenko e Kandisnky -, Malevitch tornou-se não somente uma das figuras centrais da arte russa,
mas também do mundo ocidental Dominando a técnica figurativa, Malevitch passou pelo CubiS-
mo e em 1913 chegou aos limites extremos dos meios da pintura ao realizar o famoso Quadrado
preto sobre fundo branco, desenhado a lápiS. Em 1919, pintou a réplica do trabalho anterior: Qua-
drado branco sobre fundo bronco. A arte estava libertada do objeto. Os fundamentos teóricos de sua
obra encontram-se no livro publicado na Alemanha pela Bauhaus, em 1927, O Mundo sem Objeto,
no qual Malevltch define o Suprematismo como a supremacia da pura senSibilidade na arte.
Nesse livro, defendendo-se da acusação de conduzir a pintura para um deserto, Malevltch
afirmou:'Mas esse deserto esta cheio da sensibilidade objetiva que penetra tudo~ Em outro trecho,
ele retratou magnificamente o drama do homem diante da ImpOSição do artista'
Também eu fui invadido por uma espécie de timidez e hesitei até a angústia quando se tratou de
deixar o 'mundo da vontade e da representação' no qual vivera e criara e em cuja autenticidade
acreditara. Mas o sentimento de satisfação que experimentava pela libertação do objeto levou-
me cada vez mais longe no deserto até onde nada era autêntico senão a simples sensibilio<lde
- e fOI assim que o sentimento se tornou a essência de minha vida. O quadrado que E"\puserJ
não era um quadrado vazio, mas o sentimento da ausência do objeto. (CASSOU, 1 Q62, p. 3(7)
Criador de uma pintura pura, as aparênCias exteriores da natureza não apresentavam qual·
quer Interesse para Malevltch - o essencial reSidia na natureza da sensibilidade, Independentemen
te do meio f'rn que germinara A pintura de Malevltch, em sua coragem extrema en(erra a mesma
atitude mística dos qrandes visionáriOS, Inventando, ali onde a critic..:! vira apenas um deSerto,
um mundo de formas de p~lrentes("o geométnco rf'lângulos, nrculas, linhJ5 esb.ltidas, Itnhas
cruladd'> {.l (rUI: tC've gr,lnde IMpf'1 na\; LomposiçÕf>s de Mil/PV!tr.h, que, em seu tc'st.lmento, pediU
pdr .:I <;cr enterrado tom os brdço.. ol5<;un dl"'postos) ';t-'mprp conJu}pdas num t'SpdÇO neutro e nele
criando mOVimento, O beco c:,pm S,JiOd qut' S{'U qu,1{Jro de 1913 Jparentemente constituía dera
umcl. posSibilidade naVi! d pmtura _ t' l' rf>ldtlVJnwnte à <;UJ invenção que a arte ôbstrata geométrica
subsPquente (como o Neopla~tjClsmo de Mondn.lO) SE' expllLJ e ganha sentido. Arte espiritual, e
~ mais espiritual de todas, a de Malevitch, que se traduz em poucas obras conhecidas (Seuphor
tnfor~a, porém, haver 60 peças guardd.das em dlgum lugar da Alemanha), representa a extrema
poslçao idealista do Abstracjon i ~mo. (FRANÇA 1962, p. 1S)

146
:'1' .- rn J8!'~:3S Jose uel ente 0-~;.. \ ..... l94 u ....ive-J \' 88b-' ;:.1 e
\ . !::i~ ~ ":1', ·4~ ti'.:?fam u~ "l :te clfe- .- Pú' t3!). r'\a b-~:c...; :.t reef'\L. n::o j(~ ( 't: ~':.; ...:-
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_c'...:.ada ja ...... esma aL~ POPUlar. revrvE';",d0 c m!s::-'o 1c:. ".::-PS Nn rc-rtp del=-.,m j..'1F
wrge iI mdglCd pif'tura de ('eo(ge,~ ROL:uit ~'8"·1, 1~'S~ N\: cc -;-r!p iC' pr~' ("',:)( ""00 o t~;~~
das coreci (O~ se fossem 3S ;'uzes f~ltrad.3~, pc u~ r-J0~CC'''' tr.'~;
Enl selJ desen.... otv'me:"to, t1 arte if"l;)t'lJerivJ g;"'n~ri3 m ,mel'O'5OS :!ck;~::--,s 'O exerce: ·,i mar.:.an',
~flu~"cia em :odüs os domíniOs das a"tes v:'.Jis Nl""5tt? parlo:"1r,J "...;r,1;-S~y e piet lA;-,,,,~nar
18:- ~-191,t' 3presertam-se como os' hefes d~ dua~', terdtnc 35 ~:remas Lch:)ta \}l. ih)l"'llal~!"
e nec~la~ti(!sta }\nres oe adOtJT 0S ele~erh)s. qe-::ll"""étrk':() 1C'S ,)ro;.~-Jflv -:.te: eM 19]1 K.3rJ(jln~
~tjf""'u:Jra ':OrT' sua obra a corrente informa!;::ta Que fe'iouttariJ '1( , Tat '-'Ism\'l
Já a abstração de Mondrian. niü,lda em 19" ~?nden.a P~09I'e'~~_V'amc"lte pala } I='·~s~
geome~~ica. dar'do origem ao NeopJJ~!lcismo d.!undldo pe-I~ j'ev!~~ De !, ê naf1:~· l.1eo 1Ql . A '5.' "n.
DIi~dade rlt'TIica das tor!"""'!a5 de MC'ndrlJn que se ba~avarn f""r'Jl V~'·dts ~ I-Jcn:.)r~JLi ~~"'-3Ild\)
'etarlguIOS sempre orOximos da div'saC' ~urea. L~rresPC'ncte a m~t·;a ',10 em;uego das rí~S ~~·':'C
prll"""'árias., juntdmente (O!'T' " branco. o '- nza e o rretC' L's ex.err-pi.)res mais fer,rt.~"'~Jt.... )S dp~:.J
'a!e \'0 os da ,<'ne Broaal'-cl)·-I!oog.... I\'oogle {1 <14, 194 'l. e~ que mnsparece a adoça0 d.l' p-"po-
siçoo de Melev,tch e do ex-professor da IlaUNu~_ Josef Albers {13SSl.
Dentro do mesmo Drlncrpio de valvnzaç~o geometrica usado pelO St.,.;pl,~"",Jti$lTll
tMSrno e (oncretlsmo, Victor Vasarely 11908) terntnaria pOI realizaf o Ideal .:!J ("'Ir- Arte fazef'\dt'
furYJonar a forma num sentido de mOVImentação ~ E\(lt3Çtio ~$lJal:; ~we por vezes tanqC' as ra!J~
da t!luClnaçAo. Desta maneira se Inscreveria a Op-Arte no .:.1omlnlO da Arte l.,néf,-a, ~L~ em seu
per:'.Jdo mais onginal se vale da cor (orno f!llemenlo Indi$r'{"m,~"el à criair.h'l.iJ ,!l.ts.Jo ôptt: J,
Na procura de novos melvs de t~nriqurüm{'nto da comUf'm.:aç.~(':' \/;).Wl ....11 '0\ dn' ..r...l'S enio ,"'In'
f: Mar\ na e!r'trOnlC.d OS elementos de SUd Unguagen" A..:.or Viria ;untar <,c v 'Oi' ~ EhJs(. Jhk: d : ;nhj,)-
de eNr" ú WfTl e (:)f, <3$ E'xp€fl!ln( IJS Iniciadas no sé-culv xVla peJo padre- C415tf'1 Jt,t01 de llJveç,~I"
()cculalre, tenarr inumeros continuadOll~ Entn-' el("~ r1e~ta( .11.3m· SE' ~l dmamarqu~"i Wi!íred. que ("fI'
1905 tenta ,) re.atilaç3o de <,;("u (IavlluXo finalrnef1t~ "omtruldJ em l~, Q. dan . .10 O"'J('n~ ~ 31tt' Lu
mia: Wladimn Baral'lOff Resslnt, com ...eu Disco Optofónlt \) \ 1'1! 4 19.~N; Raul hJu~Sn'llnn, tJrnbcrr
construtor de outro Uç,t) df.' Optotone (1 <)~ ,'1; "UH ~ h\o\o"t'1,1tfcql"'l, criad1Jr d(' '0qO J(" llJ.Z (clcrid.l
Refletida (1923', r P Petef\on, corn ~ru ( Iri·Ulto Elt,trOn,Ü'. Ptl'.) (,mtr~r fontes de 11,i2 C010!i ...1a por
meio de flequênclcn e de volulllf'i' oe \om, (" Nicolas xhóffer. JutOI d~ uma folTe' C.bernétlCà (om
finalidade ~tética Em vinDO) palS-C''; :.urglram JS fomes lurninoSJs para entreote-n!n-:Cl"to pubhÜJ.
Todas essa> eltperil'nda~ desembocaridm nos modernos espetáculos de 50n et lumte're,

•...,
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I liosto ~st, tl(0 l,;ue <.ada ~'::l TlaiS se d'Sdl :Cia c.D yO! .to Je (õ(.",- c,rupc,.. origInaI. No to-
Cdnte c; \..A, (, ~ padrões dl)mmantes do gG.AO €I,.,ropeu d(ixar. m·~ Infuénc :ir I')fIO~ dos negros e
I, 11 jLJenas, o Que .gerou UI gosto caract€rtSticame r te me\trçc, dltcrentlado do 9c ")to :ios demaiS
roVO!, resldmdl) aí o nucleo de sua origmalidad€
I, '\los perfodos de 3proxlmação dos diversos grupos de seu (aIJE amemo e do nas'.,.lmento de
I, sua síntese, o gosto pelas cores modifica-se a cada EstáglQ.

PERíODO AUTÓCTONE
I
AS desc';3€s da rr _ ')na do~ :ronlstas que tiveram contato com a ':lrtt ndigena brasileira produ
I
I ~ida em regime estrltamente tribal. sem influenCIa de outros povos l.~mUf'stram admiração peta
I )1:'1 ,51bl !Idadr rewlada no domínio das formas e das core' As opinl6e' de Hans ~taden, Jear dp Léry,
I Th;"'\r"'t. (Jar-riel ')oares, Cardlm e Yves dEvreux confirmam o \.Or'lceito ç:wral.
I Frf' úa~par de Carvajal. que em 154(' acompanhOL Orellana ("mua vIagem, assim Enalteceu
I c :el~rtCc.;. dOS l:ldiOS Omagud.
I
I (, .) h....... ia falhas c cântaros enormes, de maiS de vinte e Cinco .lrroba ... , e outras vasilhas pE'que..
I nas, (orno prato<" escudel.l5 e candieiros. tudo cI(l melhor IOUÇ(l que Já se viu no mundo, porque
I J t'lil nem ,\ de Málaga Sf' iguJI.l t toda vidrada p esmahada de todJS as cores, tào .... Iva .. quc
I (~p<lOt.lm, apre...ent<mdo, além dis:.o, despnho,:> e figuras tã.o compassada .... que natur,llmcntC'
I c!1'S trau.llh.tm (" de ...enham (orno o romJno, KRUlS,l '150. p. 75)
I >cbr::", di.tIJndida res€> d~ qu~ varlOS povu~ primitivoS nao distmqUldm o azul do verdf>, c Crul~
I (' ~~. p. 8LI (' )S Infolma' . _
I J.i"'C' nh~rv()u l<lmbPm que ('n lre os nosc,o<; Ruroro Ort('nt,ll';i n.lO f''\ , <.!p uma pal.1vra p.H.1 d~~IH­
I
I ndr a (or \lNflr, 'lu ,lOdo elf's I{'m adJt'tlvo'i J,Mr,1 u hfJnl n, prf'lo. vprmelho, .lm,uelo. roxo t' .llul
I f\.'\J~ i$'>C.) <'N.í um.) t'"(c:l'çJo ('oHI! ()~ n()';'.>(I" índlc}'): quC' .... mo.. !r 1m ~)('rl('ltdm"nle- flmtli'u'dol''S
I ".
d f' tOlldS ';'. rndusive
ch 'o,,'" . ndIJ nldl'S .. ull" ~r.uJ.II.()(,!!< dp <'I'U<' nl.llllf'S.
Influlnclad,! pt/,J flqueLd (rom,1tl~ ti.I tl:Hd €' (1.3 tJun.1. C" tlmlJioJd.'t pt.>(J xlQt"Cla rjJ dL
cora' ~o corpora.I d t,;~'>envoll/f'u-~~ 3 mais lOlpolt,lnte dol' m,' d'.I5 l'\(j'O~ . br,hllei~('is. a plum.nli!
()' Interes~
., ...... "nlf\?StdÇ,io artlsf"':3 dccntuVu'~(" ("'ltre
pG'r P')sa ...... , )s e' ti 04'dllJs<..'S da: COisa'i b"l',i'~~ras
A. • .,
. a" :, medida qur ~'" comf'"çou ) tomaronSCl~1 '(IV ,~ ua signlti:,dÇ;)O e de :iua~
MS ultImas rJécad ". . v enr1que<tff1el ti)CrorruU(('I d(l nc 5<1', ;lI 1(" V;-,UdC
possIbilidade',) eSI(t I( .~~ pil f ':)

ISO
q:,ulJçãü brasilelfa surgiu I!m
:: ,.~ca grupo originaI. No to-
p.f ucT",c"ar pelos dos regras e
,
•• ~" . •, -<'1'Jdo do gosto dos derrais
-
i, .j r .. " J ,l,.~' 'di lento e do nasCimento de
,
::11 C

• . - ..
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1TI1)c'II:: •
,. .. ,,' ~,

~ t·. O[){l AUTÓCTONE


.... !cna J05 crc 1')1), i~ II e tiv(,~lm' ,C:l~ it:' cc m d '-~!'; ,r"dígena brasileira
produ
A
'fi
ll"er te trualc"" n~uên( _ jQ úutros pov:)~ dcrronwam admiração pela
'>, _.. cú r )rjomln:~ das 'ermas e las ( )Te P. O:>lnI&S de ',dns Staden, ean de Léry,

~ r:, x.. ~~:"<: r . . ,rdirt' e "ve- ~'I .. ~'-ux cúnf,rmam o (c,rr,e1tc geral.
I ,_ . l'~ " d:- .arvajal que em 1 >40 acC'mpad'o~ )rellm~ r m ~Ua "' agem, assim enaltece~

~ r 11- l k,
~ hav', ...
,r li.>, ('magud
talhas. e (intaros enormes. de mais de vinte e cinco arrobas, e outras vasilhas peque-
r.!:-. co.ft. pratF;, escudelas e candieiros. tudo da melhor louça que já se VIU no mundo, porque
a ela rerr- a de Málaga se Iguala. É toda vidr.lda e esmaltada de todas as cores, tão \.i .... .1' que
r:~~:nta"" apr(>st'nlando, além <l!S50, de~enho~ e tigur <\s tão Lompa~sada<;! que n.ltur alnlt'ntt'
~ ek. trab.:..:Iham e {1~('nhiJm (orno o rom.\no. I(RULS, 1QSO. p. 71))
,c~.hf' ~ ia t~ '~: df' qUE' VdrlOS pO'/C3 pflmltivl)~. n,10 dlstlllqulam o azullio verde. v c..rub
i1fl ,f ·1:
,. ;:- -, p. f ~ ntc rrna:
).1 se observou tamhém quP f'nW' os nn'i!-O~ HOH>ro Orlf'nt.HS n.lo I'xi ... tt~ lJnl.\ p.ll.lvr.1 p.)I,\ dt"'lg·
nal a (ar verde. quando eh!So lt'm ,lIill'tlvOc; o br,m, o, prt·to. vt'rnwlho, .\01.1rt"IO, ro"-o e.tZu !.
pelf,l
re5
\/\as 1550 ser.! uma e)(r (,,,,ão f'ntm 0\ no\sc)"i mdlo5, que St' mO!-Ir-lnllwttPlt.lnwnt(' lonhe({'do
tlf' lod<l!t as (ores, Inclu""\ll! n<l5 rn.llc; .,ull" W,IfI,H~r)f~S dt~ St'\J') m.Ulll'''
n~~ ler I ~da ~ela rirtU~z;l crornáticà di] ncra (l d.1 ftllna. cSi'mulõoJ prla CXlq~ntld da de-
f"r)ldÇê::C. >r:-O::t! desenvolveu-se 3 mais II"'iI: .. }rtj')ntr Odj art'""'s ,.jo~ fndll.)s orasilt'lrc-;: d plup-,,áfiJ.
V .n~C'r"",)Sl. !Y.H essa I""M\lf!'snç~o cutlstlC4J ,3' f'ntUO\J"l)C entre os rstudiosos das coisas brasileiras
r)dS ultu i .;:S di '_arjas. à medica '~U(' SI; (0JT'eçC1l iI tomar consciência de sua !.ignifildÇão e de suas
Ç-.:Js:,lbtltdades f, ')téticd~ para o rm\que' lrnento (fomáflco de nOSSd!" artes visuaiS

150
Os ornamentos de pena> s~o flCOS e vaflado, entre as váflas tribos Tupl-GuaraN Métraux
pOde estudá ·Ios detidamente no Museu de Copenhague, que poSSUI a mais fica coleção de antigos
objetos desses IndIOS"C) a fica arte plumária dos Tuplnambá até hOJe é conservada entre as tribos
TUpI, do TapajÓs, espeCialmente entre os Aplacá e os Mundurucu· (RAMOS, 1971, P 98· 99)
Encontrando à sua disposição as mais vafladas espécies de passaras colofldos, e praticando
com mestfla a arte de transformar a cor das penas dos pássaros (taprragem), espeCialmente do pa-
pagaio, os índiOS manejavam uma gama Infinitamente mais fica de tonalidades e vaflações naturais
do que a das paletas com pigmentos corantes dos pintores de qualquer época Como exemplo,
citamos apenas algumas plumas usadas por eles, segundo H. Fénelon e Georgette Dumas:

Vermelho..escarlate: da arara-canga (Ara macao- lInn),


Amarelo-escuro: da cauda do lapu IOstinops decumanus - Palias).
Amarelo-limão: do pescoço da guaraJuba IGuaruba guarouba - Gmelin).
Azul: do anambé azul (Catinga Cd\.'Jna).
Roxo. do anambé roxo (Coting.J cotlnga).
Verde~ dos periquitos e araras.
Pardos-matizados, com brilho de bronze: da pomba trocal lCofumba spec/Osa - Gmclinl.
Negro-veludo: da cabeça do saí (Cya nepes eyaneus - linn),
Negro com refleKos metálicos verdes: do dorso do mutum lera.\: pinima - Pelz('lnl.

')as cores de ongem vegetal as mais usadas eram o preto do Jenipapo e o vermelho do urucu
lBlxaorel/(mo), este último mUito empregado até hOje pelas populações do Inteflor, pnnupalmente
r" preparo do arrOI, obtendo-se com ele uma bela coloração avermelhi1da,

PERÍODOS COLONIAL E IMPERIAL

A tr I..:d~ rosa, azul (' bfdnco torr ,ou·;e GdrjJ( t('rf~tK ] (i ..:-sse~ pcrf()dC's. p0r SUd grande utilizaçào nos
altares, forros de Iq",)a, orolt6rh,lS, estclndorlt" e vestu,íllOS para prOCissões, pinturas j(' casas, enfel-
tt:S de Interior€") e baus. Rcv('stlmlo··,e ue r,Hêitef sunbólico. como em outros pai:5e~ também no
BraSil o branco é ainda hOje a cor para o enxoval (I<.: nOivas: o rosa e o azul. para o de meninas e
meninos recém-nascIdos.

15t
o tMr',fGC ')A". (oru~ N~' 8RA'dl

~ 1\ arte do primeiro perrodo, es>cnculrnentE religiosa, In'rira·se ern ~ua mdlor parte n:s "us
traçOf's dos mrssals e estampas portuguesas. Seu colorido é crU na'.. cores domInantes, e os undos
qUds.e ,empre rebarxados com preto ou terras, o mesmo acontecendo com as sombras.
Nc sequndc período, \ om a criação da Imperial ACc1df'rlia dE' Belao:;-Artes, a e~_emplo de vários
~'if~,,_::-:.
europeus, J arte se torna dependentE cll.' Ec;tddo Mondrqui(( impldntando-se então um
ab'.. olu1i:,mo r~OCldssICO. Apesar d,''5 r' ---nç(('1 c-Kud<~nll( !J, o {'"tudt t ri;, cor f~z ,;r-,ançar os conheCl-
r lcr [0';, f",'u,ltru' -teóricos. E a pnrr erq 'l~'r.~hJ" ,c rle pir te r!~1 J( yk. - i( iJ~ 'J 0('1 lorbtféi esse cnnque-
:Imc *t< ,'nrcO <.' ,1r,JdurE'" imen!Q de t :tto com d ror j:l'" _.lbllttcu ~ te (rfl,',(: lO de notáveis colo-
P'.t,,:: }I) Ali ,erd,) Júnior, fe'..t(lj..lrJu oc!., lumrno'\!dack: tê 1,<;, • . c r, IjJli 'tJ f.Ja :ost<1, que,
lE'!'_cJ !.,tt!le7a~t· ,rnafJCd~ vel,r!af'rT ~lnt'JJ3dli'~:L';J j( ,,'(- 1;l l )al]f -'nbr,l~d('jra.

PFRIUDO MODERNO

.. ~I ndc l()r, ,j;'"lr J C',r lPr...."t.. 1sãv ~Jo:> I.,..,'rf- n(,)' ,( :JI· ~
j )nl ntroduZlu E'n
j ~_ J~ drte~ vi~,u(.is. NE'sSP
IC'5 3~ ~ lLUt:t.·;}L( lII pH'~.."IJ)risrr), ;;,nr ,~I::
-':C jL mLreU ~€;jtai" ~ Lm.....jL lo:; j Jt·-~. çmndo para c sa
ç:JJC ir ~l dl~~ rio ia t -
= a N~~ )Idl de Nli' ::... l r ' " ~I ,J C(~ 11,(- Jral Inscreve na
{C'T1 uI -1101' in -gress1v:J, prOl I ..mer _!1_ L _ -I., Emiliano Di (a-
. -
prnLIril t .. ·· lelr; ur d nova vl)ao j
L Ir" 'C ~r ")( '1 ,.' L .li -.. r, 'I.r.e._ f. Alberto da
alc 1'1 (1'~ Ii .lC'r .j ( ,, l'~ Il '
.Jj71. em que as core,: SdO ....r\( j . .. ' r 311'. le <..1'. ormõS,
, .~ ladac.; .da
V
'\e,ic t.1 u.
.' GIJi Jnard, . .
)ossuldor de sensibilidade I=artll Ut..;f'llna, •
€ t-
r .
~_.Ia € rn corE;:, ve . escala
de Valores, um elevado conteúdo poético, de clima p'rcoló,jl(( nCu,l! ,nClIVC'mente brasileirO.
M3rcando a fase mais Importante da pintura n, clonal, ~3ndldo Portlnal realiza a slntese d?s
vor"" caminhos de nossa evolução na aplicação da cor, em qUE os (ontrastes francos e a crepltaçao
cromática atingem os mais altos niveis de mestria. Exemplos eloquentes encontram-se nos quadros
Primeira mrssa no Brasil e Chegada de D. João VI.
Com amplas chapadas de valores e [Dns luminosos, José Pancetti renova o Interesse pela
paisagem marinha.
Nos dias atuais [1977], nossa pintura vive fase de afirmação naciDnal, com possibilidades de
relativD êXito no plano internacional - êXito que não depende apenas do trabalho artístiCO Dos
vanos milhares (por volta de dez) de artistas espalhadDs por todo O país, somente algumas dezenas
conseguem viver exclusivamente da pintura. Neste pequeno número estão alguns de nossos me-
lhores pintores, capazes de ombrear-se tecnicamente com os maiores artistas contemporâneos.
°
Com emprego de valores bem cuidados, como o fizera Lasar Sega" (189l-l957), Milton Da-
-o~ta (19' <) e Iberê Camargo (1914) realizam importante obra O pnmelro, em valores claros, pouco
~~mr.rosus, tirando partido de sensíveis áreas Irsas debruadas. O segundo, numa violenta escala
Soturna, valOrizando a Intensidade dos pretos.
Num alu"ão de pnmltlvos, destaca-se o espontâneo colorido de Heitor dos Prazeres (1898-
1966), bem CDmo os vivos contrastes cromáticos de DJanira Mota (1914). Vindo de outras plagas
para In~.(rever-se e contribUir decIsIvamente em nosso processo artístico, aparece a hipersensibj/j
diJde crornátl(õ de Alfredo Volpi (1896).
Na vanguarda, Abraham Palatnlk (1928) Ula trabalhos Cinéticos Com dl'po "It I I ó '
. ~ - , IJma (.J1Xa
(onecromdtrcos): . .
munida de uma tela sobre ti qual aparecem' "" . e ê r nl(05
S IVOS
.
mddas (ir! mO</lmento\ lentos. Também eletronic,rnente, Newton de Sá lormas (1932) em,. COI. pJstel anl
anos d conj!Jg.lçàO das Cirtes plast1cas, do CInema e da IlIerc1tura em (.0 I Pt:~~UI)'d ha. V,~flOS
Com a d ll<,(O b('rta d o domfnlO . di) cor ine)(istf\ntp em 19"1 mp
b Iexas cai\"'.espetaculo
. .
,
dlterentes . .
nlvels dE rlpreCldl~ao, dcsdr> 0:' d\PE'ctos neq,:Hiw)S
~., ,esta e eceu~se
dJu (onccrr _ '_um,deb. at e e~
versas especu!açÓ~5 bas!:addS em UdcJOS Genuftros . . . 'te'!llO' h ·énOil artlsttld às mais dt-
. ~ .,,, ., e umanrstlcos O b ' .
me~mo sem operceber.luu~u d0 trTlf-:>drJIO Com 0'5 [prmos dd dlSCUS am tente arttstlCo, _ .- .

maIs significativos do meio. Elevando-se as preo(upaço~ f'S


r
Jao, liderada pelos elementos
. ,1 noVOS estagIo d . e de
enriqueceu-se de Illanelra Ilrever~ível d subjetlv" d
. •
assrmllaçao, s e compreensao
'
a enxergar maiS, o Ieh
a ver um atraente mundo de cores alr onde tud e, ,conseque n t emente, passou-se
tava da existência (inexistênoa) de SutIS variações e reverbe 0_ ar dlsplrcente nem de leve sUspei-
raçoe, da luminOSidade.

IS2
('" -1FIIl"; r_~ ._, 114- e; ..,

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Ilr "i' r: .UI lr.,. .. (' r ,<.!, f: nl.r3 tjC . CoIrtl!t~'i p'lfllltIIlC: a 'i'Néi;..!da<'e.-in co:..)r;jC . .
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fi • n(., ~, J'c. 1r u!;tos. c.;j:'~nc ... stc:illdar1:€'s, ..~rarnentr ,'5.
rn,í ,( .... f,h, ,~Iegt)n l' e di -)" • _ . . . .
. h_ j . ..;çv ~ ~ml :::. tJ:S :'Jd·),: ro~ ,Ite:. relrqrosc . e folcucrJos pcp: !~res,
l.or"T1... I.. ~ 'jar" :t. r(" IJd" " • nlE' J" hc
....... ...... lA.m_..:!- }'. :It\..da. mar..( ;tu. ::Ir" J'Jal F€" ta Junr;1,.: t~
POf}rnpt.7')(i,Y plr,........ert':~ suhr tive di ;knt:o ) ~~ríodo f'ffi yue ,c I='rocuravc: dl'prenar (.J
,Ifilnlsr' ) • 3 comt '·nae ~ ,'..
J ( __ J ,rps..'":'" I (li:)marelaerac)I '.Jerdda iernJu lc.t: ~arc: _CP€"SC:t~
ser'ldr, (e·prvad.~ ql.!'::. e~ch ~,,3r"'ert' a dI,. lfJÇ.:O je fct'viddr:!t?S afie 31S. c ~iL-; e ('spo1i..:~.';i.
, :Imente po(pm"
.A:'L . ... ,.- nr.''''''- -. ~ '
.~~ .... "v." _~l..Jor.. =I$rtes gra r 3~ ç' I&0:;:;7"'';2$.
. nos !,.m:.;: lS e marcas
C' íJ WCDr.3Is. nél dec ~r~ç ... v je n~' "C .~ Nc ' ~ .lI.} 11: m:: I,'L.. 3" 3d), poç::..Jélr{"f '. :crC) ,~_. 'on... l:
evc am, ;;(1/' 'õ} rle tud·), S f:;n ... ;e ~Uf:Ji ~ C."l CC ,qr ,I~t,; t.. .) tfic_mpecr "iJtc mundul Je fl.tet >1.
Num .arater r'lter"'dCII na!;: ,n-::" . rtlr jeJ "'ec&;.da jc 11':)~i' o u:- ) de cor' ') VI .. a~ , r'.J V'~"tu~r ')
c

v, m"e dC,l'ntuanrlc U V'~'rm€lh( qlle )I,tC' r-r . . . Uf"1173(.) m('f'\~:' f'o:. traje .. esportrv0: pa~SC;J ij
.(" e;;dufao,: pel,: !lJ .. ;~nf·ldc r'ld rl);11= 3 «(fle: ;"3 cc m,e 1-;.: :I ~b:.'" pr::; tl-,st..::.". A ~~rtlr de." vPfrnelho. a~
t..~efT al~ cc r('s purd: (;~ZLJI. 'lerdl drl"-;~; lc Vi( ,:;-t3 etc' fOi~m l:-'-' HÇ )rc.~~ 1 rjcd ... a.eral. 3klrqa!'"',dí. C
:>ntid.? 11 K,,~I dr :ontP)~3<r3( ._ . ,rnar,,j,)- ';,,,:~c IC dl uvc: ruoe, je df'sc:c rn;' :Çi;O e dC:-Q{Ja·
~1Z'11y 1() Ja Ir dument ~r\d rfe am:x., )~, s-:: x ~ f ce t, >d3'~ J' , jJC :'"
I..IC modo ger..::1. ú 'lI -. m:'hor jel "t'le c c. ~· , to v 'la C)f n:) Br",~.l, é s""a ",tlllL3\.-30 m. 's di )f,l ' ~
da,; f:. ,,cc JS Jt _...1mba dunNe:' nnaval. t.m ClIver !da~, (lt.. i)rac.;.,:, tem mer;us tX ICO: p:JSl )S
tran'Jparer tE'S 1 41",:~ ·1e vltr?l! pc ,!i,"s:;r Joganoo cc; .)$ r:-.(e1tü! , da ilumlna<.Je ,let'Lc~ rje~,filarn
ffillt are'i di.. fOI Ices tanHsiadcs rem) fi":.3X me. di 11 ventvd ç..;ç.,.Jlar (~·,fe![:::.. d~ plumw. tLridos 0(1
Ihant ''l, t rOCldos. VJdnlh0s, P'-dnri-s,lanteJí)u!'"'s (' mateflai~ jnt/'{lccs, ~m _)r.r~3stc om V!)!: :mo-
~s "C.lupa" ou um a .,erninude7 de corpe ') ,~~. tantes de uma ç'1ç'ulaçl;') me' nçd te rtem"""t::" mar
r:tda pelo SanQuE negro}_ \...orn Cj,ua~, dIas, motiv0S hlstó(!cO~ ou populare'), t'qufLntr ' ~rn Jc,t,_,ql.e.
mestres-salds e P:)P. à·C"sr·mdarte< TaiS agremidç0es apres:"r'ltam magnlflcos arrariC ("cm,-tl(.~,,~,
A (ompleta desinlblç~o. o coluido. os ritmos e as melodias. longE' de formarr-m UI tOdI) erótico
revelam uma alma coletiva nostálgica e de uma pUjança telúrrca quase aterradc:'3
De tal forMa as (ore~ t~~m Influl>ncld nos desfiles das Escolas de Sdmba qUl COffiumel"'tC' ""Ia!.
~JC' deSIgnadas pe suas· ores dlferenCldls: Verde e Branco. Impérro Serrano; Verde e RIJ~a, l )t,~ÇdO
P"melra da Mangueira; Verm~lho e Brancc, Acadêmicos do SalgueirO; Azul e Brancc Penei,
A Influénc ,a da cor no viver popular revela-se em certos termos e expressões 1.1: e - n'e:~'O ";';0
dpf,nlr do satlsfatorrarT'ente a (or desejdda, possuem grande poder evocatlVc OI sabcr Ic' -aI. (iJn:-Jo
cclorldo à narratlV-J ora! e às obrns Irteranas regIonais. EIS alguns exemplos. ( ,r r1e jar"bc 1'1"\0;::""10
clartJ, r." sp.ntldo de belo, cor de anela. mulato; cor de ;Ula. mulato, forma reeic ,ativa; co, de c ·el.
(.J~tdrhü douradO; cor de Jabut'cab~. dC'liqnaryão de olh0s pretos; crr dt qrauna, preto INem,);
t'.::;:!o. -legrc ,·::tINO; nfé-cvr- leite. beQE:" pedrês. c. rrpSI""O que .... ~njó, b!'1flCO salplc~d0 1e preto;
baia..... as~ant'o; b'lco·de-lac.re lábios exageladdmente ve r l"1elho! em- de burro quar1dc fo(V' c(;~
md('finida. ÇJsvr azujar. sumIr, fugir' Ver(je'peric;U:iO, V't'fde Inten>a; v..Jde-banr:!e1ra. ilp::)Xlmado :lO
verde -Nr erdlJa; \ff-rue· abaCJtP- vC"~de-,)!tvd 1.laro; amarelo·, 3narre arnar('k VfVI): ru<r('l- parjac e'1-
t0 cor drrl..:r,~J. desbotado; rubro-negrç ver~ :"lell--'o e peto, ,•.-ires jc ClLbe de ReQJtas jo FlamE ....
go; tilO!;,)1 (v..:rmrlho, verde e branco), W:Ide ~.Jra desqn.u c FllJmlr.er.)e FI ,tet)1 (~ube' "'IVii ,eg l
(bran'_) e preti.l), . ;o,e' no Botdfogo de f rtebol e ReriatJs.

153
I
I
__r o ~Ilr il l'-"- - '11
(I ......... ia' dl t '
r r "A_... ') VI ~ uai(, r _ .•I _ ..!.J .1
-.J ;c lt .)da~'" f
para o em
, 1 '- n-3r;,r A. J, )1.J ,Jt lH( )mc C'•.)f ldml \ ( ) (' l ~_ ... \I, ) 1,3 '''_. 3tura, ,
:. ma-C" dc'r ~Ire d Ú ~ i Cd Te; d art!' qut'" rnai !j Jerne,n.: J 3 ~~ de');: n\l, .... -r. J('V1do ao tardiO
me' to t: orafL m\J:,_ !. ~I) "manto, a teOrlJ rnuSI ... J J!. fTKJr 5triJ. '-;- J OPrtrCltl comparavel
~. ·!it raturJ. ,~ 'UJ linha d' enSlOnal de pl'rmanc~l' cr'lan,z3~liv l' 1I1t lrponç,lIJ dos novos
r ·:t ., t~ . jlt:V5, ,) que não t cor.tece com a pintura
. .dI" d AntIgUIdade ~laJsfCa SP procura estabel ~.:,,=er ')al ~lleto50 entrt a pintur d {"I a nUSlta, entre
• :c e v se m. A bu, .ca n< :.al d~ analogia entre esse' dOIS fe'~er. tcs dec 'rr'J toe <jp<ejo de provar
. l-f~li' ~ cc "lum do~ spntldos humanos. Quando hoje ;e afirrr-31 qllE:' a 'li! -,o C',e c~e\envo'veu com a
exç i"':nc 3 tátil cu que a audIção s6 se r >mplE'ta com o <1L.xílio de rert"11 Jlsct nl las visuaIS ou táteIS,
·_-C._ ,mse ant,~os problemas ainda em debat( mas numa e'Cilla Infinítarr rr te "'diS complexa
t q'c" tarc·ou C< aparecimento da Teor'_ do (or fOI a d,h, Jldad" em explllar o que era a cor,
ncp::cc.ça~ ~l.C ,6!e tornou conVIncente quandC'·~ pôde dE.ftnir ,J lu4:' e a tranSformação do estí
.... Ir ,..ffiii ·1' Oem ')e"'')dçáe

Di ;;dlnc" " 10 '900S vlluais em forma (desenho das "reas) e cor, constata-se que desde P,tj
9'·ra· l (","do C~ f'llT)a foi possível. enllquecldo sempre com verdades absolutas. A dIVina propor-
,;.!: :: Lur~ Pan.1í é Ir·Jt~vel. como ';'0 Imutável' as verdades das formas geométllcas d., tuclidcs
'" (-'~reg"da r"
d ".'dade e>Cdmotela -,e 0, mall belos cololldos de um período podem ne(l-lI
I: ,f ' ~ralm.--,t(' ) ~&~ir.a tie Jma fegrd aplicada no colondo Ui' Outros períodos.
r- '''lrJ,,- ai; quo 'lo há uma lógica para;eu empreqo, Ou que há Vi;II"'? rx"I.!lTlf'I1I" 1),'11"
p:,ltlCular '< .11 . are, /'culo)(V1I d d,llculddrJ~
p.li" o e·,tdbpleclIl1enIO e d a. eUaç"o de UI11,) 1"0"..
oI m'J:t·pla:. I' CCKtr><htõria' pm.,blhrlad,"1 de drr""JO da Inflnlt.) gama dl' cor,'< fi dlJíClrl,IJ, 10-. "'I"
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utlhtaf 1), ql.~ I: f'DC'dJ-3r (jll'"'!.~ apr0fur'dd'.i;,e <.l bIJ~ .. ~ d,y 11'1'i H~I( l' , '1")-""
·!Cr.- \( "'" bnç,ill .!io'lad, do ""'P""Ol0' c. )d"Jo, (ro'n.h"", (01,' 011' 1"111 rellqIO"" Ou ri,' orlh 'In
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h~ co' fi, ,.,,tlH , UIJ.
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fU,1 Tnll.11

porç<J'), a)US1dfl,"rlto e arranJO. <:'6 bern rn·w, lard~ . J<:tfl~,.",· -. ~. • ~Iqfll t-ICJn dO pro
' 1"-1 tHlte IrllPlfV'tso
Orej(>nada da" pdl~(', r!(> urn rodo (,(>eth,· ('>n',!r.1E'lo1vd 11U"... Io dISPO<.,IÇ;jo
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pl!r<:eb(>m o', E'lemf'fltos qUl:' d Inteqrarn. C,lbeo dr'flljrnlll"ll . Q t tentro da (Otdllddde ';ie
~m repoU'lO (acordHs - harmc..nld em repOu'.o) UIJ (Jnsenc.. dI . rtrrnorH,l
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. te~ POderJO _ e~tJr
. '- .... 1 "d d', (hdl
. I llonld em mOVimento),
156
Ao afirmar que uma cor e sua complementar produzem o branco, Newton cnou o elementO
básICo do acorde cromático, definindo a disposição das partes (cores opostasi em relação ao todo
(luz branca) Uma cor qualquer e sua complementar rebaixada ou degradada formam um acorde
que correspondena em mÚSica à harmonia em repouso. Uma cor dominante entre tonalidades
afins produz contrastes que guardam certa analogia com a harmonia em mOVimento, chamada em
música de escrrta honzontal (desencadeamento, sucessão de sons no tempo - fator da melodia e
do fltmo) ~ eVidente que esta analogia só pode ser relativa, uma vez que a música se desenvolve
no tempo, e a pintura constrÓI-se no espaço. Mas, mesmo construída no espaço, a apreensão de
seu todo se processa no tempo, subordinada a uma hierarquização de valores perceptivos hgadJ
IniCialmente à adaptação visual. em segUida ao tempo de latênCia e depois à InterferênCia pSlqulca
Encarada pelo ãngulo perceptivo, tanto a frUição da pintura como a da música desenvolvem-se no
tempo, diferenCiando-se apenas em índices de quantidade
Uma pintura de apreensão instantânea era o Ideal perseguido pelos cartalistas (assandra e
Paul C.olín. Por não ser possível a rnstantaneldade almejada, sonhavam com um cartaz de tormas
tão slmple~ de apreensão tão rápida, que fosse como ·um gnto na parede~ mas eles sabiam que
mesmo o grito mais breve tem certa duração,
A maio na dos termos usados pelos mUSicólogos é Igualmente utilizada pelos teóncos da ,ar
t"]drrnonlas consonante e d,ssonante, escala cromática, escalas em modelo maior e menor, tom,
rl)lorido, ntmo, fuga etc. Em busca de vínculos cada vez mais estreitos entre a cor e o som, têr SUl
)ido aO ongo da Hlstona Inúmeros trabalhos de caráter expenmental que procuram equlvalêm_"s
fbi(~S ou f';,oI6gic3s entre os sons e as cores. ApeSar de tudo, a sinestesla não conseguIu san do
úlmpo expenmental para o Cientifico
A descobelta de Max Planck. segundo a qual a Visão cromátICa ê fruto da resson~nc a Interic r
da IIll tran~formada em Vibração nervosa, tem Sido identificada por alguns estudlO~05 com o prinü
piO sonoro de> Fameau, referente à resson~nciJ nalur,lI Essa vlbraç,jo Ja InqUietava Newtoll (BIRRIN,
1966. p. 124) que. ao analisar a relJI,.[lQ entre,:or e o;.om, mdagava
A qu,llld.Hlp ddS "t.'n~Jf.~'" p)(fildd.l" no fundo do olho pf'!.l IUi n50 é dt\ naturC/J vibratória?
U'i f ..110') m,lI':t f(.frMlKívcli n.10 (')(( It.ml ,1\ vlhrdc.Õt'-, m.li'i lurtJ'li? O mt."'Oo't rctunglvel. a maior?
Podp J hJrmOnld ou ~ cllss.on.1nu..I <I.]') (on'" nJ"( N dJ~ proporçõp., d.l~ vlblac.;llt''> prop.lgt1da..,
atrav"'> da .. hbrd,ls do nervo ilplu"O.lO I. t'll'lno, lomo.1 h,umonlJ fi' d lhs,>onància dos ..ons na ... ·
cem da .. proporc,~ tI,IS vihrclc.('}(·" do ,v?
VáriOS artl~tas t~m prcc-wJdo demor'')trdr "JnalolJIJ de certas 0reC', rom determlnado~ .;on$
chegando alguns até a afrrmaçáo cia p<l'Slbrlldade de ,e en'ergar o som e de "e OUVII a cor como

157
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A ,:-;: jj;l,.rltllda rt."3<r.!v _, ja ntr· )~ p "'~dS ' -'la ::'I C,c\ e dIa} lS ores e os .ors é à
.• qu:nt

Marte verml"'lht) C -oe,


Sol IdrdnjJ. f).n'
Mercúrio dtllMt'lo Emi
Saturno verdl" f·fj
Vênus ,Jlul C-sol
Júpller índIgo A-Ia
Lu .. vlolet.1 8-'1i

·~I ~- ~ - ::icala, ) relac.onalTent) entre a~, )re!l e dS r'lotd' ml 'SJCclis /01 -I: ~Iizadc, por Newton.
f ! lt" c c:-u~te af" "'0' Gl)elhe (1963, P < l4r
(] hC)mE"m sempre intulu certa reli'lção entre d lor t: o "'om, ~egundo demonstram as vdricl'i com-
p,nações feitds, às veze~ sUPf'rtlcidi~ às VP7es protundcl~ . Só que 'óempre se incOfrlc1 no se~umte
erro: for t' ...om n.lo !:>e prestam a comp,uaçõps, m,lS !:>(> podem Unir ambos em uma forma supE'~
rim f:' derivar uma e outro dela, mas c.ldJ um em sep.lrado. O som e a Cor são Como dOI~ no..
que naS(t'm na nlPsma montanna, porém em condições mUIto dilerpntes, e correm em dirt\':1O
t;ontr;iria, rI(, m;meird que nJo oferect'm nE'nnum ponto <Ie analogrd em seus (ur<;o<;. Amho ........,10
,J\,'K'\ f'h·m(>nl.lre .. que "'t' rf'gem pt:'ld 1('1 geral d,} de<;unrJo l' unilic.1çào, uescimt'nto f' d('l n~ ...
umo, mOvlm(>nlo f-' lonlrd-movrmt'nfo, mas (Im dlr(><;ÕE;>", dif('rl~nt(...~ E' de forma dll('fI'nl" .;,ohrt'
t>1",mcnh)'; inff'rnlf'dlrlri05 dl\tJnhh f' P<lr,l \l'nltdo\ Ollf'rpnlt'....
C· ,(el;)S jf' (:t<> thC' corrE'spondf'm 10<:: pflnc I~ios Od FrenúlOI}la de F J. (.,111.

HARMONIZAÇÃO DE VALORES E TONS

'nl' a <"Cola lo ,;,Ior< . '''m<: d ,jo to" lb' k~ 'm >C<r'J' I, i, r;erJ" je harrnc'ni.,çJO QW, on
j :luzem ..z':i pan t· , d 'Jffia Irll JI eq/ Jilit ,rad.) rj('! tro k rc. jo ~ç,J('
r" Imlt" exl","", üa ,'",'lo d, val·)Tee '-'c. 1t'rancO.'Oprekntdc k J h", e o peto, 'nd ausên-
Cia. N"", "',' .Ia r" x:tr ,e ,n,,-m ' .. mhér" . lU.1lq'JN r')r pqml'lto p", I'nlio do cceflclente d" Cla rida.
rio d,· (C"j,1 um" delas em 'C'''Çã'HO, .all'fI > 'ntc'rme Mn,,~ -<l"c-nt", entre o branco e o preto
Dao,to· .• ·ooflcie. ,te: 00 IJdr" o t.ranCQ 'cto,l, ,. O pa" o P"'lo abSOluto, Um dznlde-cobalto
(11m .lt)% de refiexj" Iumor,osa eXlglf,llilb de de'lrdda"k, >,Ora dtlnglr ,) br"n,:o e 29% d€' reOOlXd

158
E~u.\ntr'OS lí H"" MONl'"

menta para chegar ao preto. Um amarelo-de-cddmio com 70% de reflexão percorrerá distânCIas
exatamente invers.as para atingir o branco (30%) e o preto (69%) (ilust. 42). Estas diferenças dE. dari·
dnde é que motivaram os deslocamentos de aproxHn,~çjo e afastamento das cores em relaçáo ao
branco e ao preto, na Arvore de Mumell
Para o trabalho de harmonização empreqamse comumente as cores-pigmento de uso cor-
rente entre os pintores e decoradores As dlft'renças de coloração do pigmento de um fabricante
para outro te ate de cada rerneSSd do mesmo fabricante), de qualidade da 5uperf{cie pintada, de
\,>spessurd da camada de tinta aplICada e de dumlnaçJo Impedem J determlnaçao precisa do grau
de retlexao de cada cor,
A capaCIdade de retletância de determinados corpos é que indica a qualidarle da cor, crlJndo
uma relação entre comprimento de onda. pureza e rt"fletância'

Cor Comprimento Pure.zd Refler.1nciJ


de onda (%,1 (%)
Purpura 494 m~ 47 21 ,25
Vprmelho 602 m~ 7) 1'1,5 5
Amarelo 573 m~ 78 68.30
Verde S20m~ 30 13,70
Azul 480m~ 60 20,20
Violeta 565 m~ 43 5,30

ESCAlA DE VALORES

A organização racional de vários Indices de luminosidade das imagens coloridas ou Incolores deno-
mina-se escala de valores, em oposição à escala de tons (cromatlca).
Na escala de valores, a ha rmonia é revelada pelo equilíbrio de três pontos referenciais: máXima
luminosidade, máxima obscuridade e luminOSidade intermediaria entre os dois índices extremos
(Cinza· médio). O cinza-médiO tem grande beleza, funcionando primordialmente como elemento
catalisador de Induções cromáticas.
Numa escala de tons e valores (rlust 42), as cores saturadas degradam-se no sentido do bran·
co e rebaixam-se no sentido do preto. Por isso, as que têm afinidade com o branco - as de maior
índice de reflexão luminosa (o amarelo e as cores em que ele predomina) - são mais belas quando
se degradam ou se dessaturam com o branco do que quando rebaixadas ou escurecidas pela mis·
tura com o preto. No entanto, as cores que guardam afinidade com o preto - as de menor {ndlce
de reftexão (vermelhos e azuiS) - são mais belas rebaixadas pelo preto do que quando degradadas
pelo branco. Assim como as co res cla ras turvam-se e descaracterizam-se ao serem rebaixadas relo
preto. as escuras aniquilam-se e perdem conSistência ao serem degradadas pelo branco,

TONS E VALORES
A harmonização dos tons com o emprego do claro-escuro apresenta certa faCIlidade para o pintor
em relêl\.~o a harmonlzdção dos tons puros. No entanto, não é fáCIl dominar superlormem€ todas as
pos~ibllldad('s de cornbinaçao das eSCd!as de tons e de valores. O Simples (onhf'~jmento lógiCO não
basta parJ le-.. .dr o pintor a eSle dornfnlo. A spnslbilid~)de €'\tgida para a perfeita harmOnização dos
ton~ puros é igualmente nell:"Ssána na (onJugaç,~o d(! tons e valores, quando se trata da aplicaçào
dos pnncípios enunCiados d seguir.
Para a harmonização de um Q(orde (omp~emenwr misturam-se em partes ópticas iguais os
dois tons a serem harmonilados e cokx.:a·se a mistura entre eles_ A mistura produz um cinza-neutro
Que determina o ca ràter misto da harmon~zação Esta poderá ser chamada também de equlHbri~
pelo tom-rompido. Neste caso, a mistura (CInza-escuro) tara com que a cor fria do acordo funCIone

159
fi r \o4fN r;;' NIAH~IÚt'II"

(orno cor dominante, por efeito de re-;50nâncla. Da mesma ~orma, o elemento quente que há na
mi~tura, em ressonància, servirá de passagem ou COI int-'?rmediaria entre os e.:<tremos.
lomemos como exemplo o acorde d,ssonante vermelho verde. A mistura de ambos produ-
zirá um cinza-neutro que será a cor Intermediária com res~UI
:.jno<;l cid cor dominante verde. Igual
,pnte per ressonànCJd, fará a pnssag l "'n1 P,ll,} O vcrm\·lho, cor tt>nl(J fld hórrnOnlJ. O scimo de acr~
,.~, rp' Ih') Oll de verde :10 tom rompido n( utrO, lunt londndo om. COI mrermedJiJfld, formará novOS
C)r ~ _S ~armónl(r)s sefYlPre aqicldâ\.l't:'ls.
'"' If"lJnJçãok um io,> polos .-:ia cunlr,ldlC/IO t o cdmlnho fTkW fa(i! para r Pq' IIHbrlO do ,Jr:or·
.m( iCr>- 111 :r Ba~ ti" ri t.-HK,ir com preto ~t cor fn:j. )U d!·qrfJdClf com f .. ran(() a. cor qut-n: í.om o
~; I l( .ri IL'- t~ Jo prfto_ poden1-~e rebdlxdl iqualmenF' )~ d'JI<: ton~ do dC(jrd!~ ,Ji_ -orlêmtE',
1 .=1.' to ar(') rins :ir O:d--colondo:

j, ~( .•-
-
1. lo ' ~~ 1\/rY'I!)du, ), um/! ~

100 •

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40

30

20

10

160
[1'.Mt'" ;·jn';H~l't)ll"'·

CINZA-COLORIDOS

P,H.! ü enrtLjUeUmento rid pintur:, f.... !til h.l':!e dt:.' V,lll)rp'), C indl'lpf'r)Sdvel d Ufth..~clÇdO d()~ln;l' - 1·
c)

lomJos Flcs podem '-;.e( ernprp(jddos Cl)[ll \t.Hi,y tlndhdd.df'"" lm g(·ral. S.IO mlslurJdo'_, ,'r. (or('" que
SoonrC's:),wm dt:'r'llasl.ldamf'nt~ :io (cnluntc, pdt.l rd.xllx,j Id~. It'm sido u'lados t,:lllto pt'los qrelnCj.:".
lulor IstJS, na ui03-.:.ao ..:.ie (limas t:>mtlíYlnJI';. (tlmu p( -los ~)Inl Dff-'" tn~~x p'·rlf'nte:i. r,lr d úntnrn;lr IM\
culdadt:'~ Ud vlbr J,;jo ( rom,~ tlLl Tal re!.' ur~o. nl) .:nT tinTO ê flkl1'l fell? (lUt~ o ':,Im rh.-'~ rf:b,il,\\}fnl-:~tito da
(or grlt,H1tt~ peio marrom ou pelv Plf'to
Fr'll l.lrq,l~ p.\tt~nsõe<;:. o cinzl1-cokmdn .~t.'r\ll~ tJmbém como bd:'C P,)T,l } :01 UUrlün,tntf>, )U
(orno suporte da unidadr de ~olüraç~\o qt'\'ll J." plntuf.j (dust. 43),

., J L1imi'lUJndo ompo( lo (tom(1{i(O daç lor(',\ o cinta laolira o hat't!(1nJ. Il<,-"'!() do~ (J,; .lrde'. (1) <- ores rebdlHlc1d~ I;! de ()fLJr!J14a~
-om cin.~a; bJ [\(0;0 dt? tom e valor, ;úrmoda por um m(l(jenrd e um (in/tI (/cu".

161


, , -
flllrlll,..' '~DE ... ~I'~ .•

r qualquer Pode
. s variaveJS a uma co , d
Ú (Inia-(olorido é um cinza misturado em proporçoe do prpto' b) Pela mistura as
'bP,-se o cinza IniCIai . de duas maneiras ' . a) Pe Ia rrtS a ia
. t l If _
brancc e ".
' I ' , } cinza e mUito mais e o o
. b I d
r(;( (.)rec, prtmarias, ou de pares de cores L0mp
lemertap
- " F-,tE_u ,tlr
~-I' ,'c: ) Driil 1i1"\ro, .jevido .3 nqueza de suas pOSSI blI Ida (t.: j' ao' ' .,,'lO' firma- ~ Que QuandO trê s cores
\fum ~squema crOf"latlCo , j....l", ~C' Inl<:c~1
nqtl 0, '.) .. '"" ~
r :1 ,1'- cld~m, 3,
'- - -.l
-
C 1"1.ytrno ,e In ensl
d t dade , a
j-Ia< Y'Ve ~' v.)<I d , h
· '<:"X =>rT) nreser';a jTT'la da olltr1, Jper]~ uma ( t - ' - . . , _ , )1 tillJa o'dLdo para as armo·
I • g -., ia E . . lrIl I... ,c d
,.'(;.Jn(i:lSc· :lminl(rla~ater(~lrdP,!erler. )L~ ..C '\1 ':. ;3( . j(-tl F~I.j" ']f":ntrada aes·
· '.I"" n-,l'"-,.... , d? tom e 'valul porq l le o rebatx...:mr, ' ,c c Jr " I"P
_. li t' nl~ ~o pmnordla!.
,- ) lar L
r'lU' ,,"rtPr.'-~dfT1 n,) gama d I.. valc -~~.:r, ~..... " , ,
-
(. c Lo O~ tom, Of> ~f>rpm
"'Me? ,nnvt'n(pr-~e Úa e Ioquenu l --
' . a 10<; (' nz". c da - ClJHJ..... ,_
, -g;'Hntf: pJ~satempo:
VI ·I;.c.... dos por contraste, não exislp expc' em IL Ir 'H :.01,) mesmo rótulo,
I'Jll"H, enlre papéis e trapos velho'>, lodos o: "cC: ' . dimensões e for-
r' f ''''':..:'íl1plo, cinz<hlmarelddo. Coloc. r e- fi" . -'~~l ::;turel.a, apenas
n,,:'bre um p<,pe! branco: rJusar,J ·pre- rr
d~;:se5 fragmentos
di. ... ··u ~~do~ se animam por justapcH :11
~:" ã um esquema
x,lndc' :-ran5parecer o brarco d0 fi nr
,_- h":T' a pssa discreta
rhe-h dp vida, uma preparação quase .;ufie ,·nt·
Strf( - ia, clqui um tom complementar ne:~e ll';'.'~ adi.mte um tom

~,I n- srPÕI n<ltureza, bastante violente - um ll~r,-,~ . I 'onJunto de grande

Vlvdtldade (LHOTL 1955, p. 49/


n ~L~ pest. a riqueza dos tons misturados" I; ,(I ") .~. ':1 hdrmonias mistas
'e (" lLde do claro-escuro colorido. Por e' 5a J'" ), ~ 1 lf L ' ~"'fi,. , t ias as suas possibili-
.jadt''5 t a formada pelo branco e pelo preto ao laa,· de T,' ',~ 111 ~ hC '~'.J ~fi':s elementos, repre-
;entando" de"ienvolvimento máximo que podem dtlngir a~ ~ ::~t(" \,.lIJI' ntl 'gram o cinza-colorido,
constituem fator comprobatório do caráter predominantem.::nte Je \Jalar da escala harmônica mis-
ta. O cinza-colando é uma síntese evocativa, e sua beleza advém da força le'Jemente indicada de
todas as qualidades latentes das cores e dos valores que o formam.
Quando vários cinza-neutros estão uns ao lado dos outros, influenciam-se mutuamente, fa-
zendo com Que o mais claro deles pareça ainda mais claro e que o mais escuro pareça mais escuro
ainda. Em presença de um tom puro, eles tendem a tingir-se da cor complementar do tom, O Clnza-
claro e o campo ideal para a projeção dos tons coloridos. Tal como os cinza-neutros. os cinza-colo-
ridos são extremamente sensivels ao contraste simultâneo, podendo um cinza levemente azulado
parecer tingido de forte azul. quando colocado ao lado de um laranja saturado.
ConheCidos desde o Renascimento, esses fenõmenos foram estudados detidamente por
Chevreul, sob a denominação geral de contrastes Simultâneos de tons e valores (ilust. 67),
· Quando bem aplicado. o.cinza-colorido provoca a sensação de veladura, de cor potencial em
rrtmo de desenvoIVlm~nto. ~al o seu encanto misterioso, A manipulação desse cinza pode revelar
umd CàpaCldade C010flstlca tao grande quanto a da manipulação dos tons puros.

TONS-ROMPI DOS

Co:» granc1c(, ':olorlstas de todos os tempos valeram-se, na harmonização, dos cinza.neutros e dos
lün~ -rornpld!Js parCl elevar ao máXImo a vibração de suas cores. O rebaixamento pela mistura com
preto ou rn:mom só e válido nas cores escuras; nas claras. elimina-lhes toda a luminOSidade sujJn-
dO·J) tm contrapanicla. o rebaixamento pela ruptura do tom por sua complementar crld novas
tonalrclade~, sempr(' belas, tanto pdra as cores claras Como para as eScuras.
Uma cor primária com sua complementnr contêm JI!nlc3S todos os elementos cromêlticos da
natureza - por ·sso, a mistura de ambilS em equilíbrio ÓPl!cu produz O CInza-neutro, equidistante
das duas cores geratr!zes.

Quando ;e adiCiona qualquer quant,dade de Cor prlmárl" d 'ua complementar ou da com-


plementar à primária, desde que nào atinja o equllíbrro Óptico, produz-,e a ruptura do'tom. Portan-
to o tom-rompido é o tom rebaixado pela mistura Com sua complementar ou Com I
de" característtca oposta (!\ust. 44). , qua quer cor

162
(91
• • • •
• •
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0tJIJWJiJA·OUO/J ti OPOJiJJOM ,.'V'D~ou;c
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.' oçUP'ú wúJ r,p OJf1ldm dP OHilJO;d oasolJ!ur 'UJrlJ!iN<K1JiJjU/ as ~,JJDJUiJWaldwoJ 5UOJ SO Jnb Op'piJ(J./ v' '{) u.,r; \lJ..... ".
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50 anb eplpriLU ~ 'ftlsodo dPPP!W;.jj; r.J I'U ripl<J/\ (1).1 Clpr'J-1IUJ,JJ I~a rLUIIU I'lu~6(?w op 0PUJlJPd
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C a~ :pJ Clerltit:,c. ,- 1flg-:1. te' .' I... . •..l,.
- ::--1 d'I~,I\
'-l. ~ • (" .,PtL
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1\ (v \. ._

... "':.:i. _ ~tE'matização grafica das cores ~ea!rr"nt' ai ': 1 m. t,.dl: ,rrUrQI~.1 odr J;,:a~oJ tnu.o
)'I.".z(trip!ice estírru\OJ, recomendado e~ I ":1 j:"..J_ C·l .... .><.:..) nrrnC~_lorJI J __ um naça o
: ~de J~ tr~s coef :Ientes color/métncos tem a) ~,-1~ 11 t.ES ... c rl ,=spondenL ,as X - vermelho.
y::: .:.!>rrje e Z Azul. ESTe sistema cornplementa .... \)rP Ir"lÚf1 :erl~ .ilrr·'1ge! '$ o :Asterna RGB IR = Red,
G- r1rr",n '': B = Bluej _ .
P partir da ut'ltzaçâo dos dados 'ecomet"daclos pela ClE as rdf'rel =1a~ ilS rorec ~ornararr-se
II'~: "fI~" :;a~_ po~ aperfeiçoarem os meios de coditi _dÇdO (o~l)(mPtnca. expressos matemanC3-
---:-- ~('r":ltar de () cOTlprimento de onda r')rrp' ~nde"l( ao ec;tír- J!0 dr' ~jado.
:-um '); 8, )eSen\iG-i~'e·se :ada 1e2 fT'a15 a f>spettJ:"iUõdl d~~ ti 1\) formas de designôção das (O-
r. _" A f:: -:-en, ~f... rbar 'aiendo-se por vezes do E':"lcarw poét. ) e lLh]€stiVO de comparações com

- 1"\;( - rat!Jr,w.. n:,os ~frendo o '""'Ial de uma nomenClatura Janavel e IMprecisa. A segunda,
~,
• o =-t a e cw - - 3, 3~ evoc;:It;"ament€?bstrata para o grande público, por tratar apenas (i,y;
,-o

, ,;, j<--~::; I"lce:,tc:; j05 estímulos. A terceira. hnguagerr cromática (da própria cor utilizada na pin
rc' ,..; ''':''l''ICr':-'·a e e'lOcatua, mas restrita a urr' nÚfTlero relativamente peq:.Jeno de InlCtado5
~ Jf,-",rJ·) d,ftculdades que a aplicaçào dos códigos referenciais de cores encontrA SilO O
di ',": )r~e( ,.,.. 'lto d,,') ";e-m::nW5 eS?ecíflc~5 das áre,ls a qut' S{' de'itinam, a ,npXpt~ri~n(ld e d IPC~l
Jadt v ,'~ 11 dii p(.ipulaVJo dos varlOs paI5f's, lorn,:mdi}-')f' rUX~':,sáriJ ,j adoç,10 df' rnétodt)\ qll(>
, '(
, ~,' 'l':' n '" r:"""'.ir,€'m a ver rrlài~ f! melhor.

SISTEMA GRÁfiCO DE HARMONIZAÇÃO OI:: CORES


C)s COf h l
em Imf~t~:. ",,',u ,,<),.. "n.,. ,1""I'I<r"I' qu, c.'ud,,,,, d' fT'dn<i"q"çoe, cfLlmatlcas.
"r"·.o"" "'''r "I,,· "<I", 'In n,1 ~a'ure,",l ,,~, grupos
'ó'

>d' IrlÚr' ,era, p.'" '",,,,el.,lc' "'.Ir ne


pnncir"" ,jo ,·;til"·"'," V"";1I ')r" tOlm,d,) p<,I,}' core' lu.-, do" ,,,'Ia, '_Ore'. p,grn('nlo
:Juma 'epre<.Pnt'çáo "In ore'Jlo de I i tal". oi' COlf', Iuc PU",,,,,,,. vermelho. ,erde e azul-vlo-
letado. eom as secundán", mag'!nl'J arn"clo e ':lano. P'ÜdUlr'rn" terCla"as vermelho-v'Oletado.

164
amarelo-esverdcado. verde-a?uladc azul e Vlolt:t, (iIUS[ 4SJ ~e!.tJ disr·)~içdn_ t'~rl me " J
'f.H df"'ja. r ..
1e cc rec;. predominantE' mf>nte tnas e 5/12 dI" (ores qupnt: 's. Fxatamen[e d mesmd propc,r"'dC' Ind:
Cd(jJ por Newton em sel~ r:irculo cromâtlcc, A (lJrlO~ldddc que 'iurge nE"SSd ~rgani.3~,~c é 3 eVljên
(til dd fl.'latividadf" da composição e estrutur n da 0r. quando t,e alteram os fi1fmeS -::Ie lumlr~nc '\ ,
refl~tânCla O laranja p o violeta, habltualrnente VlstO!i >rr"o r:orE'$ selufldana~ r O circulo:.. 'omât;co
d«" Gopthe apare :ern ..:omo terciárias, enquanto o azul tirantE. ao cobalto. que (. pnmJfla em ccr
pigmento opaca, surge como cor terclárl,'
Desde as dpscobertas do gravador alemao ) C Le Blon, em 1no 0S plntC"es t 0\ graflco'
adotaram o vermelho, o amarelo e o azul como triadc' primária. Com o de',envc.lvlrnento da' p€'
~ul~a'i físICas e químico-físicas. das Indústrias. gráfICas ~ das emulsõ('s e pellc Jlas par a filmes d ore~.
t()rnou ,e eVidente que o vermelho nao é <or primária em cor~plgme~to 'omayrous: (ntão.
.mlversalmente, d tríade magenta, amarelo E" (Iano come a verdadeira 1eratriz d,js deMJi~ ',)Tes-
pqrrento (1luSl 46), tendo, tal como dS cores· luz. 7/12 de cor"" f-ias e 51' 2 de core' qlJ("nt,·s.
A tll..:de rTldgenta, amarelo e (Iano enLontrd maior (endlmernc e r ~reCl~ã0 cremát a na'
"'mul~cec trdnsparentes (películas fotográfrcas, jmpre~sc)E's g(áfica~ aquarC'la~ . etc!. 'ai ':::-"'mcs ( "-
r,lhldo ~.'ira pias a denomlnaçào d~ cores-pigmento r(anSrar~ntet rm OPO( lç àc a c 11 -.1 trlade de
rc' plyr ente quP chama"",.,; opac", (encáustlca, óleo, terl"pera etc)
A mlstUla do vermelho com o dlUI em CDrl's-plqmento 'lão produz v Violeta, ú ql..e ,kmcn:
tr: '11,(2 ( ver nelho rlao é cor pnmáfld (geratn,d, ma'.., pela tacdidJde do empreqü Jo verr.'~~:-I c '
p~"'NO e:""" r:Of ·piqmento opar d, os plntorps ')rtlnuam a utllIZ':H a triade indicada por Le Rlon (i:;.lSt.
4l).l;('tc1 trfade de nverso d,j') anteriores, c..,ntérr- :;/12 de 'ores fna~ e h 1.2 dt? >res ql crlt('"i.

CiRCUlOS DE HARMONIZAÇAO [MÓDULO DE MENSURAÇÀO

t,j') IrtlJ;tc di' {S~...;;" ~L;..>r.J In.11l.., ( ...... ;llro!t. rú_.· ,y!.:mlftlrk.... r"""lr!lIl')I;I~ __ j(.. h.. lU'
.AJI(:':b
1'"' e"lC i cromAl":oS relr)tlvél' tis (,ti'lld,..di'~ do c'mprtl(V tJ,) . C. r~unm"): tlrr 15('1 e de }t 'S4 IV~ÇC"S

'ltlm conju ntt I (~qlJrmatIL:lrjo, qUl'" d.~nor linarnc i:,teul, I Jr;.ilcc t1e Ha," -Or'lIZ,h:; )() ~jê CC r; ,s.
j ,.-

O C;1~t('r: u ~ (/>r-;.; tuidn 1")[' rJc'I~ ri ulJ: '.k·IIJr'IC fll_-·I~~O e UI 'v10dule dt.\ Men-=Jldç.tiO.
A: maIs Vêu jda~ e>-·r~rl{ n( ..::' (·1....: nhlllipIJIJt;JI) d,1 >r êlC lo; JytJ tl,j t-'I~!éria l1eml,r~i ~m (fIle
todos c.; fer.OfT fi ,~~, f.. rOI .. ~tj( )~ fil:O rcC)i( k; l'is, drnl"nt'· pc'r 'lr-~nd~1 q11dt:0 I Jtore' ~) qualidade'
Cdractl'rj~,tll l~· das cores; b) fl)l' '.:I cJrdct(rl~tlCd' J,1S dreil" l.'crid.'"S, c} cuantliJadE.""· C'"'l(te'--SClI) d,-i'
dr('3~ rt)lolldas; fi) r'..>SICiOrJm4"nt): relJ( ,;o nJmcr tu € InleqrJç.JQ c:...lj tnea:-,' )lor1(ja~,

1<>5
:MC.."f:-! rF-1<.AA ....· ·llo'l

,.1,
,tw..... (ec Jn :;::... fT1 'Jilcn((J. amarelo e ('ono, form.mdo
1 . . J \ ; ' ,.~ p'i~rl ~,i.' verme/h Vf!fJI' t ....-uI, \11
• "c
"'t:.' fr;",i. ~ ~ I} de 'ore( quente~

.........

L/rc )1) da) cores pigmento transparentp:.. P"m ';'; _. r. .~; l~' . 1m,"1rt" e • . 1U' -: •• (.JIM ~ue S'ào secundárrru tH1l
C ~,.; ,,-.7 O vermelho. o verde e o aro/-violetarb. em (.(.. piam( ~c:,- ·-_:-r,,;·. ';,te ~jo 'Qrp,J c.e W'I':JflOS. E(tecirculo tem ~H
rrE'Sma~ :orr~ terCl(jr;as que o amenor. bem c mo a ;Tle ftla"'Of)OI, :~o J~ 'f?1. IfI~~,' QLII"'nte).

166
• f:_"::':

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'rIrndI.
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~ -: ~. ____.- --~ mde., '.J~, wrae: ~~feta",c r.;; -:aQ '- -
'1lJ t ~ ~... ;...:en ....

':ua estudar e representar a qualJdaoe das (ore,:, cnamos doi~ (jrcuro~ de I-,<Hmonl.!,:,çãú:
CirCu!e 1 e ":':r(ulo i. Ambos estão divididos ao meio. hOrizontalmente Na metade ')uperior dI,) rir-
ulC 1, partindo de seu maior indice de cromlnâncla. as cores dessaturarp~se 1)0 senndo do )ranco
,'entral dO passo qlJe na metade Intenor as cores se rebaixam até atingI! o preto. A~ duas netade~
jo Círc..;lo 2 Lvmplementam as duas metades de Greula ,de maneira que todos O~ l ' ton~, apare-
.f"rn formandO escalas de dessaturaçac e de rebalxameqo na ~orjLJQa<r10 dos qUJtro ser ~Clrcul"'s
(,Icsl. 48).
1s ll((ulos de Harmonização sã() ~0mpo5tc5 por sete apél"i _0:-c~nt~;LQ~ "'1) p metro anel
dS ":'Jres ~tur.:ldas estão dlametralMentp opnstas 3 #ua~ ccmplernpn"'3r~. Nc: anel~, seguintes, dP
dcocd( '-.Jm o semil..:rculo a que pertençam, e~ lS de'''sdt' Jram· p ar~ atingir ~ I)rancr, 1'0 ~nt~rIO~ de'
.~~m~.JrC\,.. jo, ou se rebaixam até v ponte, no centr'"l 00 outro sc-I'T",i( rU.Ar
Cb!eT vanuo a fac :Idadt~ de notl.;ão, O:, C'O:5 Círculo~ de iarrnonllaçác foram 1ISSlm :xfiflCc!'
d.Js: .3 pai {Ir da esquerda. Junto à linha 1"-01 zontJI que dNloe ~ada rc J:"l. ' sta ) rragentc.1, Jeslgna-
du pel.: ;etrG A. logO a sequlr, no sentIdo dI) mOVlmentodo~ porteircrS j('l relógiO, Sltl...s se J ve T\€
'
lhe 'vlc,'etado, d!:-sigr'ado pela I::'tra B. DepOIS ....~rn a~ demars 1res co;"'""'I a'i aesIQf1dcões: I/("rmerhc, '.
l. ;;;rdnl.:: D: amarE'O E amarelo·ewerdeado F, verde u; \te"de 'azuladrJ ,H: (31.0 I: aZJI
J. aZUl vlC'etado K; e Violeta L (,Iust 4Q ).
"'JlSta diSpOSição {(IKulo 1), v vermelho (l) em SI.:'U mdlvr grav de crorrllnânClJ, n() primelf{,\
cll'el. -:iefrl.. nta-se com sua ror· omplementdr ...JanQ (I), do lado oposto de mec;,mc cJnC'\, I"<"\<lS lJer~er'
er.te ao outrqemL:..írculo. A segc Ir, (õd..! um dos ~'alores do vermelho de< ~turaí.io (r 1d, C2d. C 3d.
(4<1 ( )~ r:é.1) defrorta se C)ffi ;~u valor ccmr er.~nt.3r rE'balXadc- CC'1C· 30C' n( mesmo ~nel. mas
rose"'njcrc;j!o )poStO(1 ',if, 13r, 14r 1~: l~r).
Traçando .. ma retd que pcyse pelo ("fltrc IjO clre JiO, ~€'r€':-vs no rrim~'ro an( ....ad. um dos
:on~ ouros, J,amevah ent: opc'~,tC", m .eu to", cOipJeme"t,dr. Nc-s :mêl:.i ,eqUl~tes, (~1a ,err:to:"'"
'ebaixadl) (rj derrrnta·rp CC;""" St.-:U emlt~)m omplemer tar dé!:~t'... ri;:Jo (cf), d r.Jb~-· E1r cc.:-;-; K J. ~)
"om F":'d, e aSSim por dldnr..... ate at'nyu o hran('-: L:post::, de prdo, ne cpnTr:' de) ~'rl ... fel ,J!U~t. :,r\

167

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MÓDULO DE MENSURAÇÃO
Toda harmonia reveja uma verdade fntlma dn cor. A I:or isolada ou desa]ustada perde esta capa0"
dade. O que denomHl3moo; tons ,:>UjOS, êm pintura, S:lO efeil.o,; cromáticos provocados por cores ou
valores desâ.justados. r,w; desaJll~tes tanto poder~o (jer dp qualidade como de forma, quantidade
ou posk·{onarnento.
NUnl(i relação cromática qualquer, a cor-pigmento expressa sua gr<Jndcld dtr,:I'/É'S da dimen-
~ao da ~~rf'a de superffcie (cor catóptnca) Para d criação de uma harmonia, alérn di:! quahdade das
1
cores empregadas, é necessário encontrar as mais adequadas relações dA proporção entre qUélf\t '
dddes e formas das áreas colondas, ressaltanJo o melhor posicionamento para elas, Alteri:lndo~se
qualquer desses elementos, alteram-se na mesma proporção os resultados harmônicos da obn
No sentido de oferecer meios mais precIsos de medidas e anotações a quem utilize a cor
como linguagem, sistematizamos em Módulos de Mensuração os dados de quantidade e de pOSl
cionamento que geram as formas.
A Unidade báSica referencial é a Unidade Padrão (UPI de 1 cm'. O módulo (MI de 10 cm' <urge
como organização quadrangular da soma de 100 Unidades Padrão A UP divide-se em 100 partes
IguaIS de 1 mm' cada uma, denominadas subunidades Padrão (sP), ou em 10 linhas Padrao (IPI de
10 mm x 1 mm. A linha Padrao é formada por 10 sp. com a dlmensao de 10 mm x 1 mm, ficando
assim a Unidade Padrao dividida por 10 linhas ou por 100 quadrados padronizados (llust 51).

2
C1 Módulo de mensuração de cores. Constituído por 100 Unidades Padrão (UP), de /cm cada uma No centro do módulo
2
;Jparece UPfS dividida em /00 subunidades Padrão (sP) de I mm

17 1
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I MOt/:..foc li/:lt"Uldu(J(,. ,(J(lI}nldarl ~IJo (,Q e· ,t110 ]e /. ;;ondn (I fJos",oname I ~~ ar c I,j" 'I

UP" 1 UPd) UPa) VP .... UP,, " UPi!6 VP,,7 UP,,8 UP,,9 UPdl O

UPb l UPb: UPb3 vrM UPb e; UPb6 UPbl UPb8 v Pb9 UP bl 0

UP( 1 UPc2 UPd UPc4 UP(S UPc6 UPe 7 UPc8 UP<. UP( 10

V"" , UPd.l UPd3 VPd4 UPdS UPd 6 UPd7 uPde UPd9 UPdl O

UPe l UPe] UPe] UPE'4 UPe') UPe6 UPe 7 UPeS UPe9 UPe lO

UPfl UPf2 UPf3 UPf4 UPf5 UPf6 UPf7 UPf8 UPf9 UPflO

UPgI UPg2 UPg3 UPg4 UPg5 UPg6 UPg l UPg8 UPg9 UPgI O

UPh l UPh2 UPh 3 UPM UPh S UPh6 UPh7 UPha UPh9 UPhl0

UPII UPi 2 UP,3 UPi4 UP, S UPi6 UP17 UPi8 UP19 UPi 10

UPJ I UPJ2 UPJ3 UPj4 UPJ5 UPJ6 UPf7 UPJ8 UP,9 UP, fO

COMBINAÇÃO DE CORE S

C'erDrr'ina-;e (omblnaçà( de :ores ó propriedade que têm certo~ pares dt:' HE"" de formar acudt'!
core, que se djustam umas às outras. em duplas. Por efeltc de 3Wu de "":Ont ra' te' IjlmlJlt~neo
todas dS dupl dS tendem. em maior ou menor grau, a formar à( ordt:S (on~ondr tes, ou djs~;,)f'=!m~,
W9Lndo a natureza das mesmas (vermelho. amarelo, azul etc~ Em pnroplO. pode· se aflr-ar ~t..e
te:la cor :jmbma com qualquer outra. o que não signlflca Que todo grupc de )re" forme ur Id
"'7'fmoma, A:.:lm como não eXiste em termos dbsolutos uma quaflt'·,:ação de :: )r b('la c rle ccr tel "
.:,'0 eXiste também rjUpld de cores Irreconclllavets. Uma cor combina com Outra por dfinici;jde_$;:--
,-~'t)ar TZ- dpro:(maçào Nr c u por contraste. dessemelhança OpC 'SIÇê:0 etc
P..ln 3 forma~u de ("'_lUlhbfJO no .lCorrle de 'Jma dupla de cor~s. t"a ~~s métQ(!,)~ pri:--upcw
r '~Ir\tin~ífl( ]{.JO 0U cllrnululção do tom Ou do índice dt1luninoslddd0 no urr ') C;",'s 1,.(:-::).
~~ m pe-·'I": rje n)1 'r ~nCIa Tl)mf'ITIC5 ~()m() ~Y~rnpk ,s ~s dupla~ ccrnplE. - ;(' tdre<:,
Mn,/,enra 'IPrd,
1) MJI tl'r Se.- c.' ';l"JU"lt,l (Im s: u e - t~dtl r'dtur,~1. pc ' h~s::" torn.)r I,.) le maIs t:1rO pelJ ~:
. .. ra c.ct;"; I' ~rl,rç,1c -'u mar r )(un, -')m vlZIJI
t..) JI~I"-:drk C' :-:'e f ')(" t:'tadc n,11 f.:I, po,it'" A~ ('" 'tlU : ~r () ~9.·n:J 1m 1,.) dllH, Cu
-:rcd-k lvn ~I ' .;:rf'lc
Amarele (,lU!- ..!j(~/et(l(h
dJ r or'..c' la! -1( o U .Jrelc c' ~u e.!3dc. n;JI i·.ral, po<.le· ~ 'l.H......H (; lZu!-vlolnad( p€ld r j~ "
·lJ(;:j cor c Ctapo, lu e' .HCC~·) )In O magf"fl1"1
b) O arn~ relc) I ~,, ) pc,. h' tÜlIldr·" rn,]l\ dHIJ PI:!ld fllNIHd (Jm =ll.alquer :)utrd ccr, »m C
tlrCiI1C" ~~,erUí' erol [ Jticidarl<:,_.-jr',Sdll.r ,mdü' e '·u f '5CUlr-' I..lrr.-ntC M' 't"""1ntc ~VC1el u Sê:

173
flH\íiNTC DE i,"~M'''''',j;A

obtido pela mescla com o vermelho. quando c,€ torna alaranjado, ou com o azul, tornandr")-
se esverdeado.
"
• Ciano-vermelho
H d) Del:.. ando o vermelho em <jeu estaclo niHural. pode-se clarear o (irmo pela mistura com O
verde, ou escurece-lo com o mdqenl.1,
b) Clareia-'ie o vermelho rrll':.tlH,md~t com o rlmarelo, FI obtem-se o seu escurecimento orr
o maqenta
I, )1 P~lJ dpssdturaçao ou r(~balXiHn('nto do tom, .'.lHdl/r-: d . l rni~IIJriJ com o br~nco ou com o
preto. Nesses (d~OS a perdJ de' rromlnânO(J dos tor sé Illevnavc!1;: rrnrcha SI::. pi:H.:3 r:omb\nações
t
I
de valore),
3) Pela utilização do debrum, ou cercadura das ( Jr.::'<, O branco. o prL to, {)lj d rfllstura rleles - o
f tin':::l St'mpre equilibram os tons que envolvem Mas nesses caso~ jd nâo~' porlf mais falar em
'!
,lCordes de dOIs tons. As cores puras, df'purada~ por eleo:: Jiam um acorde dp' trés f'k'"llentos, que
pertence ao grupo dos acordes mistos (tons e valores).

HARMONLA DE TONS OU CROMÁTICA

A harmonia cromática expressa o equilíbrio dos e12mpntos 'TIais ativos da escala de ~on" Nesta
pscala as cores puras (tons) substituem as tunçob dos valores oe luzes e sombras (claro-escuro)._
Comumente a harmonia é confundida com a combinação ou acorde de cores. Neste, a açao
de semelhança e de contraste das partes constitui a unidade e, portanto, seu princípio geral. Mas
a harmonia, pressupondo o eqUilíbrio de um conjunto de partes ou de unidades para formar uma
totalidade de novo tipO em relação aos elementos que a integram, exige algo que ultrapasse o
Simples acorde.
Um vermelho e um verde, um amarelo e um violeta, um azul e um laranja. tomados dois a
dois, podem formar acordes, mas não uma harmonia. Para que surja a harmonia. é necessária a su-
peração do confiito das forças contrállas, expresso pela ação das complementares. Por isso, Newton
afirmara que as complementares não são o principio da harmonia, fundando-se esta numa maneira
qualquer de Identidade das partes, e não na simples opOSIção das mesmas.
A dificuldade para a harmonização das cores puras é bem maior do que para a harmonização
de valores coloridos ou incolores Enquanto nesta últIma os conflitos são eliminados peja adição do
branco e do preto, na primeira o conflito só terminará pelo equilíbrio harmônico, e não pela extin-
ção da vibração das cores confiitantes.
Desde o RenaSCimento a harmonia cromátICa vem sendo definida como o resultado do equJli.
brl(· entre a cor dominante (a que ocupa maior extensão no conjunto, ou seja a maior área da escala).
a cor tôrltca (coloração vibrante que, por ação de contraste complementar, dá o tom ao conjunto) e a
I
cor Intermediária (coloração que forma a passagem, meio-termo entre a dominante e a tônica).
Os grandes celaTlstas modernos - pnnClpalmente Robert Delaunay - demonstraram que a
mais bela harmonia cromática é exatamente a que indICara Goerhe: a formada pelas cores plJfaS
I do espectro solar: ou ainda a variante que tende para a harmonia mista. feita por Mondrtan err sua
séri:, Broodway Boogle-Woogie, em que se eqUIlibram as três cores-pigmento opacas, com a degra.
daçao de apenas uma delas, serVindo como cor dominante, Outra funCIonando como tónica e a
I t€'rcelrd no papel de Intermediária (ou passagem) entre as duas pnmelras.
Numa~ organização racional, André Lhote (1955. p. 48), em seu Tratado dei POISO/(' esquemati-
zou d5 flJnçoes h<)rm~n~(as das três cores-plgmen.to e suas complementares. nos SegUintes termos;
A parh' mJ.IS proxlmd do olho ou J mal!> IUnllnOSd em dUd" palavras o ponl J
o que lIev(' parecer
o mal., sólido, tfrd Lemo cor lundJlllent,d e a[Monldtio. A pdrtP m],·s "'r~nt d i '
. . . , ' . . ' <,

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,\fa~Irl(LI do úlho, ..I qUf' deva p,H~«:,r menos sólidtl st>rJ rle domlndnl'>' I S' I .
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}.Hou'df'r;l pass<Jg('m do Idr.lnj<l <10 dLUI. lolo( ,U.lO [,ldo do lart.lnla,· d . . '
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o l..ompoern. o clm,Hr>lo e o \lt'rm(·lho. f'
. ' < ' " uas Cores primariaS que
n(J~ ("(JmrJr(lmentos <;euumte I d
d~ssas C(Jr~s pnm,.JrIJ5 t.om ()
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d/UI. A.,!>ml INC'mo... o VIO[Pt.l ,10 Ildo d s. a mesc
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Ih a p cada uma
. •. o verme 0, e o verde ao
I Itldo do amarelo. O l.Jranl"
~ sobre a diagonill
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f' o .1.lU1 (' ... I.tr,1O sobre J harIZE mtdl e "5
.
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174
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consonantt?·~: azul. violeti.l e verrll.. , fI vPrrnplho, f:lmdr01o e laranja, Na primeira tríado:- a ,/inlt1adf (
eVidente, pel<l direçJo comum no ~entldo dr) .llUI Nr) 'A'')IHldrl, d 3fínidi1de se m;Jnlfl"lta dI"' me 'h:-
espeCial peja tendén,ia ,I identlfJt.açao
corno Cor domindntp
~.om.J !lu, reYt~I,Jddjlf'kl:. cores quentf'';., trnclo vamr.lre!o

ESCALA CROMATICA [M MODO MAIOR OU MENOR

Em Lll')falJ~ lor\:.':! qU0ntf:. 5;10dd~Sltr(dcl.)<;


corno [JE'nencentl':::' dO M()do MliiÜ r, r:omritlJlnrJo alnd,)
urn,l relJ\,Jo sensível que por analogia ,)<:. vinculam .;lOS son'~ grdves em rnúsír:d. ,Ar/,1(() larnbr"rn ;J'.
COf(,~ In.1'.i se irlentiticam com os sons agudos e turrnam a f?SCa)d em Modo Ml:?nu.
No circulo de 12 tons, tomanuo'se rio mclq~nta dO verde (no sentido do momnc'nto dos
pOnteiros do relógio) como !Imltp.s da ~\( ala, todos 0S tons intermediários serao quer Ites, torrnal1U":"
(t escala em Modo Maior. Os tons fflOS, que Sf> encontram entre o verde e o magpnta, forrnar-I o

°
Modo Menor (ilusts. 54 e 55). Por ser ':fr(ulo r:ontínuo, e as cores Interpenetrar~m"s~. o vl?rrjp r. O
magenta participam de ambas as escalas.

Escala cromáTica em ,\tk do Maior


fGt>nero Ouenre).

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[ (ila ('omófl(a f:tn MI)do Mp(Ju(


fGen~m Ifll I),

175
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EKOIO uomórJco em Modo Maior

Escola unmáUcQ em Modn Menor

ti \RMONlA CONSONANTE
/'40 Irculo :romático de 12 tons em cor-pigmento transparente agrupam-se. de um lado, as sete
)f' 's aparentadas que guardam maior afinidade com a luz, Influenciadas predominantemente pelo
.3rr arelo _ verde, amarelo-esverdeado, amarelo, laranja, vermelho-vloletado e magenta. Do outro, as
I lue são afins ao azul. identificadas com a sombra - verde, verde-azulado, ciano, azul, azul-violetado,
violeta e magenta

'olosconsonantes.

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H2d - Ild - J2d / J3d - K3d - L3d -<l""O , A~leJ
15d - J5d • K5d I H6d - 16d - J6d
.J L-[1rdr.s (omommte<i de spm 100.) fel;. ; '_~-a.1os.
(r); Alr - Blr· Clr I Dlr - Elr - Flr
82r - Clr - D2r I D3r - E3r - F3r
C4r D4r· E4r I BSr - C5r - OSr

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carc:ter h,HrnôrU:o qlH: ['XbtE' no" acordes cons.mantt;'S ~ frutoJe aflnlo.ló"S dos tons pntre:.i. pela
!,I?~(":_,.,.(: .,e ~jma CUi Q2ntnZ comurn qoJe part 'pa d·.... ': 'ufli~ild V,lrlJ'/el no (''ju;Jtura de tod05. ele.,.
t C\t,jflíte.3 pre',ença qntc ,~o vermelho. 'la pr mf~rlJ l' wj~ turno c:) azul, no uitlmo. Apesar
dcs;...., af;\)jiacf' lllJdf'rfc se tomam tJ~'j -:0'1: ~_'''qUido~, di frculc ,-r:)1 ·'itlC'J. c maIs. q:jente delpo;
K;'~ ,t'::.;"l1 tJr~ a fui. 0 mal. f'K' a sc,rnbr;' to) . terml jj,\nc'·} eli~mr'1W da Iig;t'~'1. entr' ->5 .jOI~, :'::X-
(rer.;; ," j\,Jrqlt')co de-I re·3LOr1r"'!:n:., 3 (.J:r,,;t(t€,f -~ .. :lO de .3i)rdt
,'; 'J,UP diL'l"~: ",:ta' (It.( .ler anal '-'j')il{} que pafél a fvm.!I~.)o de prmt. ri" t,):..ta que d'S partes
:Jr.j~tt:'':i __ ~nst;l '_ ': m ,e, i,.) pa~' ~ 1 1
:rtt Im:'! UI ,idclde cc 'IUJ ILlLer..:: )' lL .,>3 d r.; (Jf3( teflZi1 :cJU d<1 h;jf'
mCf):) " .ece(:,s,)na ,: et..'''têr.- _! ~~ uma cc. dorr·nar-te. l.1 Irntro-medi,lrla 4~ um,: cor tÓnl( a,

HARMONIA OISSONANTE
j,,--; ._ lãl' 1ai (I- lmar-se dissonante a
.plv 111 p:2n1l-n1JfT' forrrdm s,-mprf' UI ,J
--', ::r. que ek j se":m df' ÚdS~
.) j""_l' .dL_:ir a .... arrr .~ lIa _ '(mat _ l J i : : ~ H_ ,j' _,; ~':r ~l pnnopaimente às
. ~..:., v, <: t': ",I' )~I€todos de harmonjza·
(01 ,y ~, IC Nl s ultimos Lem afll)S ..... m ~ .Jrq'L' , :
Jl- ç em~ marf;S 1ue não podefl ~,el le'v ;:a,jo<: e Ir )d~ . ".• 0 ')orque em sua maioria eli-
. J
,11 rn):"!! ~~er cümát :0 da harlTlonta. nt0duzIIICo .. , , nl )' c "al3 de ,alores que alteram
'r#~ ~, le harrnoni3 aOfTlátil3 ..
, ~." t-aJfl '10: izaçac., que se baseia na pureza JOmdtJCa J(. tcn, nào pode adrntlr nenhum
til.' k des::.atur.3ção, de rebaixamento, ou a prese/lçd de elpml 'rtQs estranhos à escala de tons. AI·
~I r,) .-3utl)re:. iustlflcando suas posições, costumam citar a formuldção de Ruskin, segundo a qual ~a
J, QrJ.)a,a" é para a cor O mesmo que a curva é para a linha' Mas convém não esquecer que Ruskln
'o ar-':orusu defensor da pintura mista, que empregava simultaneamente valores e tons.
Para manter o caráter dtsSOnanle na harmonização de um acorde de três tons, sendo dois
deh complementares, surge a segUinte partlculafldade: a de que o tom que harmoniza uma dupla
,1e wn: complementares é capaz de harmonizar todas as demaiS duplas complementares, O único
tc,m que reúne elta qualidade é o amarelo-esverdeado, Sua constitUição oflginada das potenciali-
aodes do amarelo e do azul é um campo fértil para todas as ressonànclas cromáticas, elementos da
maior ImportânCIa na harmonlzaçâo de cores for temente contrastantes.
Na harmonlzaçâo de acordes dissonantes ocorrem os seguintes fenômenos:
11 Acorde complementar magenta-verde - IntrodUZido no acorde, o tom amarelo-esverdea'
'".!i) (na uma dominante de ressonância quente, tendo o verde por base, enquanto o azul contido

pm '-,uo estrutura funciona como cor Intermediária, com ressonância no azul apenas pressentido do
rracer,~.a, A cor tônica desta harmonia é o magenta .
., \ h. ,:)rdr- complementar amarelo-azul-violetado - Neste acorde, o amarelo-esverdeado cria
Uf""la cC",;onbflt\a quente, tendo o amarelo como base. A pequena quantidade de azul contida no
amarel''rE's'Jerde''Ido é que atua como passagem em ressonância com o azul componente do azul-
vl'.:~tad(: "k)ta ,HgdrllZação o azul-violetado é a cor tónlca,
~) Ac-')rde rornplementar vermelho-ciano - Neste acorde, o amarelo-esverdeado pene !iêr
e~(araC10 corno ~drt!Clpnnte ~mressonânci~ tJnto de uma dominante quente como de uma do
n:,nanté fna, Ç)Of lua n.-quld15tancla em relaçao ao vermelho e ao ciano, significando tambt?nl que,]
toni(d poderd ser o Ci~no "
ou o vermelho. N~ste caso de hJrmonid dllsorlanr' 1.:,
50 rnen te .'.. maIor Oll
menor 'llJ.:lnt~dadE'
". d0 i1r~a colorida e capaz de definir a cor domlnJnt'
. T'I f 1 'd --,
~. d a o eVI enLlJ o ,--arlHer
.,'
de equLtlbrlo db".oluto df.,)tc J:(ord~, lt'vdndo-sl:! Iml (on\;1 (1"e o -"no > Ih t' d
• . _. c L o ( o vermE' o Orrndm a U·
pIa mais ativa d~s ('x:po:;>rl~IlClaS fls1Co-qulrnlca7, dt.'Vldu 3 Idpnu(l' J> d i · . c o friO
. , . ' <. - oI t. o dw (om a dlsrânCla
e a IdentIdade do 'leL melho coml proxlmldJ(ji' t' o calor,
a car,jter dI? harrnonlzador qer'll do amarch)· esverc1l' j( lo é r.'I,
- drJm(:'nh" d f'monstrado pelo es-
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quema traçado no CIrculo de Ha-rmonlzaçJo (!lu',t S91 No deolde E. -K \', o ,J~ _ - . . '
para o amarelo e o azul-'1ioletado como está para o wrdp E' () m" ldTelo esverdeado esta
- . -. cr()entJ no acorde G~A-F No aco de
C-I-F, ele esta para o vermelho como está p'Hd o Clano', P(11,,(llsr'
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culos XIX e XX está intimamente ligado aos trabalhos lE M, -~el-bqene Chevreul, químico
"10 _'", 3scido em Angers (1785) e faleCido em Pan«1889). Professor de qUlrrlca - diretor das llnlura-
r. lS para manufatura de gobehns, tornou-se membro da AcadeMia de Ciêfll.Ja: em 1826. Em sua obra
pr. Il Clpal, Da Lei do Contraste Simultâneo das Cores, empreendeu meticuloso trabalho de pesquISa para
desenvolver os principias levantados por Leonardo € tratados em àngulos diferentes por Scherffer,
hauy, Goethe e outros autores relativos ao fenOmeno do contraste Simultâneo das cores, explicando
Clcntlf,camente aquilo que os grandes pintores de todos os tempos percebiam por Intuição.

fi{) ·~olocar qualquer quantidade de cor sobre umatela é mOllimenrar todas as faixas "';0 ewerrro, criando tensões entre Q cnr
rJplicada eo fundo branco, ou com a5 demais cores porvenrura exisrenres no quadro.

180
A partir da teoria de Chevreul. as obras de Turner e Constable. que tanta mfluênc a exerceram
sobre Del~crol'" puderam ser analisadas logicamente no tocante à aplicação da cor Os Impressio-
nistas e pos-Impresslonlstas. principalmente Seurat e SIgnac, alardeavam a influênCia de CheVleul
em suas obras Com o mesmo intUito, e num clima de entuSldSmo cientifico. Robert Delaunayntl
tulou uma tase de sua pintura de 'Contrastes Slmult~neos'
Como princípio geral, Chrevreul af"mara que colocar cor sobre uma tela não e apenas co 10m
dessa cor a pMte da tela sobre a qual o pincei fOI aplicado; é Sim colom da cor complementai delsa
cor o espaço que lhe é contiguo (ilus!. 60).
Em leu IMo, Chevreul cita longamente trechol do Trarado EJemenrar de FíSICO do CIPntlsta
francês Rene Just Hauy (1743-1822) e das Memórial de Scherffer, a respeito dos contrastes slmul
t~neo e sucessIvo das cores Falando de outras pesquisas ópticas, refere-se ao físico belga Joseph-
Antoine Plateau (1801-1883), mas não faz qualquer alusão a Leonardo e Goethe
Ao definir a parte prinCipal de suas e·periénclas, diZ Chevreul (1967 p,78):
I ... ) é ab~olutamente necessário dlstmguir três espécies de contra5te~, A primeira mclui o fenô-
meno relativo ao (ontraste qllE' denommo simultâneo. A 'oegunda. que se refere ao contrJste.
chamo sucessivo. E a terceirJ, que di, re~pelto ao contraste,
nomeio mi"to.
78 _ No contraste simultâneo das cores, está incluido o fenômeno da modificação que os obJe-
tos coloridos parecem solrrr na composição fi<;ica e na altura do valor de <;uas re~pectivas (or(>5,
quando vistos simultaneamente. "'u,ts 61,62)
79 _ O rontr.lste suces~IVo rlas cores mclui todos os fenômenos quE' são observado .. qu.lOdo
os olhos foram saturddos pela ror C!(' um ou mJIS objetos durante dlgum h'mpo: (" qu,lndo se
df'~I()(.) o olh.u, pt'rccbf'm.se Imag('ns d('!Jtes obietoc;. com a cor complementar j de (.ld.1 um
cid.". (IIus!. 63) -
81 _ A (h.,tinçdo no tontr Jste . . Imult.inco r sucessIVO torn,l iacil cOOlprcendf'r um h~nom('nu que
po(!t'mOi (h,lm,H de (Ontr.l<,tp ml.;,IO. porqu(' n· ... ulta do fato de que o olho. lendo VI'"to por .1IRuOl
,(,r v" flOr outro 1)('Tlodo J lom[)lpmt-'ntJ( dJqut-·I,t cor, e Sl" um.l no\'.\ l:or lhe
tpmpo um"" I ( 'rt, I ' ,"-
m "litro 0"11'10 J ~f-·n ... I' .10 11('« !'iml.l (> OJ rC'!>uh.lnh' da InP.. tur.l de .. tJ no\.,\
- o " - - -

• f
t.df"f'\enldl d pur u " ...
(or (om .l (ompl .. tnt·nt,l( d.1 primeiro!. (1Iu~t. &1) _
A. ('''' (h~'vrl"JI d~monstr~1 quI'" COrro d ccmp!t.'mentiU de uma .... ,)r pertence
lJe manell J IV'JI o, ' f'
e <) ~n('ro üpo~t(i, ê fãdl deduzir qur OU,3S cor{'~ IUmJ quef'ltelu5tdtJOS :) urna _na) se
tJ
sernpr. il 9 .... te tiro 'It'Z que \,)(' influerfJad:l', uma peu Outra. Duas cores qut!nte!l !Ustd~
eXdltem re<lpro(am~-n
. . - ' rV"lI'.> (,3d,} umJ é intlucllClaua pelà dçao
t amente ~ ~j~
complementd r ua outrJ,
postas ,e eS friam mu lJ ' ~~
perten(ente; ambas aO genNO ftiO.

181

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+


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°1'11 nvorun In'l nJO,~(l ". "ODJocid)-vUJ "tI)1"'41 :.u.;;1 r ) . ovunlii1s
N r.WM. :J:JJ r."1iJI O -I1-:uJ/iJJ' ow J') D '.JJt Oi.IJil UJ:M. O., ,1JPJ/v;v 'UOJ (;) 'gJO~ ~omHD dJltk1 ('Óu"" 'fJ l ~ur r
F~ ~ s r:: ""OIA

I ° n
63 CC-:W';jt'? C".I' "essi\'o de (ores FIXo,.,do-sl? 'lista no centro tje c,;da :.Im dos 1UOof/io:e.'Vs- ao clJr<. de ctgu :; ;e'lI;.J;<1m o On.."""'...
do orc;oc-r Jnremo (XJ'ece "ngir- ~p (om a ':Or .:omplemenrar Qn <k, fun:1o em que se etKOfli!']

64 4cn'!Qsre mosto de cores. OeOOls de saturar Q refino pela fj;<ação do CÍrCUlO vermelho dv!onte 40 segundos \!erflpo
reia!Tl'jmeflre longo. pora melhordeÍinição da Imagem fis1oióglco) e olhando-se para o rerangulo amarelo ao laCa, ~'oo~-,;e
a ,n-,fl..;ra da imagem posterior (fisiológica) com a (ar úsieo-qulmica ob5t''\.'ado

184
..-

k "e·s.~ ":CH'T";) êX"ef'""p:Q à dWDLJ ve!fllE'ho e anria _ c. vefme!~ cobre·se de- azu: e t01i'·3·;,('
'Ttais J:'urpvra. o 13l.lí'ia"'Y1a'~ arnarei1rlo, lnversdrrwr)te d~., cores. frios rendem a 5e esqu:-....t.lr. i;:O:S,
i-'-': ).IS~apos1Ção. ada Urrld -partK:pa m
C'·m~ ternC-,~ar da c."r,- ,lo pe-tencentes ao 9~oero QU0.~
:;;"f E'.,empt,J: V'e,,'e-dZ\.JidUC'~: &~, v,'C~t.adu o. -c:cde }ar ~ :l~----'lre~ e o &~: Janl~ ver""~::-o.
Fan ·aol.~a=- a oercepr;k Jo co-.~tra:.:!e I.. hev'eu, \ 11f.:, p 1 "2·' ""3~ e·.]tx.~;-..); (') seQum::: me
rooo ck oos.en.-açciG

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n'·'--'epa-
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"Vi·~."(.

Vlotera n~fki- 5ê po'." v Jnt::b;t-

ti ld~an.!a 1na.nJ'se paM tJ Velme--


Arnye(o tncLno'1·Je paTO Q \t~je b~ '.11 -;nte. roma-se '!l€r.o5 ver;'nc"ir,
-, laranJa 'r.... llno+se (X1/() o \'ef"J1e,;-,' br.~h -:.nte. 00 é mE"lQS mcJ;-1'Qr"I
Ver(j.;;> i(ld'~-5e pare 0.>\4: .... _

8 laran}d lfl(.ilrtO-se par,:; O Am.Ji7to lU é met'lOS marrom


Indigo IftC,inQ-se parJ o A2w. ou e fT'.:.lIS pura.
9 Laranja inclina-se para o.ArnQre;o OU é merrill ma,erom
Vioieta Inclma'Se' paro o Inê.~o

'1) Amarelo inclina-se (XJrG o lJrarya ~,jI'l.mw


Verde j,'lC.J~l"Ja ·se para o Azul.

,I Amarelo Incfina-se poro o ... :u"n,ia


Azul Inclina ·se para o /n;;igo

12 Ve-rde Inclma-se para OAMardo.


Azul fnclma-se para O {nOlgo.

13 Verde Inclina-se patO o Amarelo.


fnd'go IOOm':l" se para o \r-L."eta.

14 Vt><de Ineimo'5e para oAmaJeIo.


Violeta rndno-se para o Vermelho.
~~~----~~~~---------,
1S Azul /fkflfla'5Pt"llJf'.1UVe,de.
lndlço In(1i(ltJ Jt" fXJrrJ V V.'oItta viVO

16 Az;vl
-In,l,nO ~,. fXJro ,) v~ra~- - - - -
Vioteta Intlma St' poro Vf"fr,,~/ha
.
17 !ndigo
" -
1n(//nQ'~" paro (J A';:o.Il
I)
- -
VlOteta Indiha· ~ pala c Vp.rmerho

18S
fi t~t.t'(' oc H"A\~'"

Pt'),l" €'''(f'~_'n~n( las dt'scrit,)~ ne.,tt~ , ,lpltl J!() f',1111";111 ri (heVWI til (on<. IUI <,(', f'n t de'. t llle d lld', ~lJ
r
pi"ftl\les colr,ridas, em jlJsrap(/;)lç,h), t:'JllllHdO dUd .. modl(I(,lÇÓC', rJra o olho f'Xamln.H SITlHIII m ·
dmpnte' cHna re!()tlvd .) altur..'! do vaiO! ".ti) respf'( tlVii', cort"S, e a outr.! relativ.1 à lOmrnSI\rlO f!Sl(d
de~la<i m('')nlil<, (ores. (ilust 6.1\)
I
0010 leis gêrals.: 'hevreul (1967 P 6; 68) dfrlrn<.tv'l
T"dJ<i .1'; ("OH'... ;,wment.. m df! v.dor o;,ohrt~ um fundn hrdntO, dllmpr1wndo t.tml}l'm, hgl'lr,HTll'n,f',
... cu brilho. Um.l Vf'/ lonh~.( Id..! ,I lei rlt' tontr,l"ff' ..1(> v,llor l' ck 10m. {'c,,1,1 nos ,llUtl.1 .1 pf'r( t->!>pr
o h'nôl1lPrlo de o fundo br,lOco (OhrH-Se d,1 (ornph'm('nt.,r dd I or Ju"t,\po"td. (1Iu')! (6) Colo( ,H
branco .10 J.ldo dfl uma (or e rl:"'ll~.H-Jhe o v<1lor, E' como "t' r('!irJc;!o('moo; d.1 {I)r por f·ft'lto de
, l'onlr.h!('· <I IUT branc.1 quI;' dlminUll) ... U,I tntC'ns'fI.Jrlr-.
Com rPien"nlld dO:' fundo~, nnld, dlZl.l .:.hevrt'u! (1 f)f',7, 71): r,
Cnkx,1I ('tn.ld ,la 1,ldo dt<' cor é lorn.i I.J m,lI>; hrilh,lnll' f', ,.lO mf''imO lf'mpO, t-quiv.df' ,I tingir
Un1<1

f'.,u! rin'ol ("001 d Lor (omplt'menl,u d,l {OI .1 qllt! 101 JII<,t<lpo ... tn, O preto rpb.. ixd o vrllor dt., toda.,
.1<' lo(r:o. qU(' lhe "i('jdOl ju~',tp<)!ot.t . . , dUnlpnt.lndo n vigor 0.15 COfP$ d,lrd'i, "té ,Hlngtr o ponto d('

m.I1Of vloli'n( i,t no (ont(.-t"tp cnm o br,lnro ,1h,,0[uto (lJU')t 6/)


A C "ntd . ,)nt~rnpor~nE.a ~nqloba O',; tr~" ff'nórrwnos dl',tmto~ dC",entos por ( hevreul sob d
Jer' )I'IIP I .. ;.:J 1c:"len(3 d~· ()re5 de \,. mtr'.lstc COlllj~ntdn<k \. ' (ontrrl')te< srmultân~o II sucl?~sivo,
~ la,", 'ce 'i. fJh.3m e'.cre"pu epl VI')J[) e Pe(cepçôl) Visu(]1 qw' hd qlandc eVldt'ncr;, de qul.~ estes
rj(}l~ fellÔI' ~n:)~ 'lprpsl~ntam riCI~ efenos dlstlntus. Alnd,J que' E'XI~t.1 nlulta(" [Mrlas, poucas conslde·
ran ,'A dados rela~'lcnaci05 t:om o proce~so fISiológico da refcndd cor de c("ntr,aste Segundo ~dber
RIr'e' (1;; p i;) o, fi oómenos estudados por ChevreLlI podem ser bilSIJnte óbVIOS, mas a lausa
delo 'ilr,'jJ p'7rmanec 11m mlsténo U

186
tl.1l.uc"' ,Di. ~

6: Ju!owposlçao de Lores_ Duas SUp€rffcies colofldo5 Jt.mapo~(a~ e.lc!bern modifJcaçóes r1e valor e de tom. O mesmo loranJo, sobrf
o fundo ver-nelho, parece mais amarelado e moJ/5 claro do que solm' fundo amOlelo, Em conrr(/~te com o vermelho ecam o
azul. o mesmo \'ioleta pvrece mais azulado e mais I:'WJ(() no nnrnerf() caso, "mal~ (Nermefhado e mors cloro no 5egundo

J87
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E",.JZ di: ,...d1....~'::l;qos: anbcuc.d (tJ~lr~, ewn .b t' ... ;r"'~f".... e'UJ- éX) e..:. --,;::t~r. nij.)()Çi2/ w-:CÇ.
(),x: ~~J ..cLo) e v.,JSeJ . JO ap.:l ) w;JQ' lJ1? ~o J '
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68 ' ~', i.':""açj(;aaL. de (WlJuomare J:'.J---e C;;.1Qrwnot;;,,, 'ldtlC 'tE. -m m n_ . .C1dorm )oocromit,..:o ozu,

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480

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c ~ IV

ro ~'5 40 <4S,O ; 60 Ó~ 70 IS

Na, últimas décadas, vimos pesquisadores criaram método:. para medir as características das
«,res de contraste Em 1959 o físico norte-americano Land fez a seguinte experiênCia prOJetou
duas fotografias superpostas da mesma cena, a primeira com luz branca e a segunda com luz ver-
melha. Do ponto de vista fíSICO, as Imagens superpostas na t€>ta continham apeonas um ver""elhú
1
mais Ou menos dessaturado peta açao da tuz branca, mas todos os observadores acredl1a'laIT' ver
um verd~. e outros até mesmo um amarelo (principalmente nas Imagens de objetos que elC"s sa·

• b,am ser amarelos). Este princípio Já haVia Sido empregado por Ducos du Hauron (1897) O rr"'rlto
j~ ldnd é o de ter colocado em evidência as notáveiS possibilidades desse processo e dos fdtores
psiCOlógiCOS ImplíCitos.
I Litlllldndo o Atlas de Mume1/. Jameson e Hurvlch (1960) e Wheeler (1962) procurararr .jcf:n:,
o matiz. a ~turaçao e d tumlno5irlade das cores de contraste Em 1962, Kinney aprt"'. . entou um '1'1
ndC' uaseaoo em (NCa dI'? :50 filtros coloridos dcwn,ldos d mpnsur()çáo dt~ tJI5 r:ür("~: em divelSoas
~OndIÇÚf~"j. por mn.io dI! (ornpar<lf;ào com dI, (ores. fisl(<.!\'. Processo slmlldf Vt'ln ':lendo dL'''('l'vvlvtdu
~IO profô'Swr Roht~r no Instituto d" Úptll_d d,l Medl( IIla, ,1qreqJdt) à ~rl(lJlddde de Hsl, j 1.1 lIr\l-
vcr:o.ldd(k d~ Muniquf.!
O... iJfOfe",$Oft"i t.lf'trjas ~ Br~un. M MdlthrC\lW5 (. (J 1111111'1 cridr.UTl um df.Mn..>theJ, O (fOrr.J
tOSf.ÓpIO, ~ri1 cllloÍltSf!' Ij,i:' f.f.m~ d~ <.onlrdSII!. (orn um dl',nO~lfl"l> G.)ffl?~"XJJldt'nt(' d clas!'lficaç~c
\ tncrOfl",JtlCil da .lF- t 1,~If"
cor d~ COlnp"r .IÇ:iO 'C'~I JIt.i \ !,lI1WAt" ,] t jd~, I rê'; ure~ de U.h!! (1 d S propor'
a
ç6Ets ria fi ,I>tur.) (l~tNrnln,tn. dS Gil -.Ir tl·rl":.tlt .1 . t/J (or prc ,h IZ), 1.1
4 Vara ot Iter maior ~IJan' Idadf~ 'jl~ flll', t tlr d·~ to cor 1~1J Ulr I Im,"! e1c ,-lI.1 de IlIdtllcS, IUnllnOSidad(l t'
SdturdÇd0 a mdlS larqd ros",[v('l. eYlt,)"d!) os villof("" I\~q,jltvo:-, f'1H (('rtos ca')()s de mistura, os ula.

I
194
c()fI I, lEl< r;1·n. ~

dores do cromatoscóplo escolheram cinco componentes, a fim de que o experimentador selecione


três que lhe permitam equilibrar a mistura, ate ai inglT uma qualidade considerada ótima. Conheü
das as curvas de cada cor, pode-se determinar os componentes tricromêltlcos dos quatro filtros e do
branco, ou seja, as quantidades das trés cores fundamf?ntélls ClE

VALORES TRlCROMÁ1ICOS 005 CINCO COMPONENTES

X Y Z

COMpONENTE (VERMELHO) (VERDE) (AzUL)

Azul 0,0282 0,0158 0,1248

Verde 0,0697 0,1543 0,0170

Amarelo 0,7913 0,7332 0,0363

Vermelho 0,1094 0,0483 0,0029

Branco 0,9181 0,8439 0,8065


Fonte: Joumal de Psyc:hologie Normole et Parholo'1ique. n. 4. Paris, 1947

A determinação da cor de mistura faz-se pelo cálculo dos valores X, Y e Z desta cor. TaiS valores
são obtidos a partir dos coeficientes de remissão (conversão dos valores angulares) e dos valores
tricromáticos de cada composto, pelas seguintes fórmulas:

x = Xl r i + X r 2 + X3 r 3 (1)
2 Nas quais. r I r 2 r 3 sào 05 coefiClenres de remissáo dos ués
Y = YI r 1 + Y2 r 2 + Y3 r 3 (2) componenres; e: Xl' Y" Z1/ X21 y~, Z2/ X)' Y3' Z~ os valores
Z = ZI ri + Z2 r 2 + Z) f 3 (3) tricromóticos desres componenres.

A partir desses dados, é fácil determinar as coordenadas x e y, que permitirão a localização


desta cor composta no diagrama ClE.
As coordenadas são fornecidas pelas seguintes relações:

x= X e y= y (4)
X+Y+Z X+Y+Z

Tal como ocorre nas averiguações da área pSIcofísIca, também na da psico-quimico-física


vem-se elaborando métodos para a mensuração das cores induzidas. O processo báSICO é derivado
da comparação direta da cor indUZida com uma amostra pintada em cor-pigmento
Quando se consegue uma amostra Visualmente igual à tonalidade e ao valor da cor indUZIda,
e~ta amostra é levada ao colorímetro, e a medida resultante corresponde ao comprimento de onda,
pureza e saturação da cor Induzida
No caso das mutações cromáticas, em que. variando as distànC!as entre o obscrvJdor e o
ubjeto observado, aumenta ou diminUI a potência do efeito de indução, com diversas Jmostras de
compar.:Jção, pode-se traçar a curva de cresCimento e de decréSCimo da cor induzidJ mensurada.
C.omo pnn(jplo geral, temos d~ comiderar que toda cor em presençd de outra cor ou valor,
dssim c..omo todo 'vdlor diante d~ outro valor ou cor criam inV,;1f1ilve!mente (ololJçàes ou valores
deflVddos de contri'lstes S1rTlult"npos. O controle sobre estes efeItos denvados de contrastes obtém·
se pelo eo,tudo dos dados d(' qIJalldddl~, qU':.HltidJde, forma e posiCionamento das áreas coloridas.
Tomemos por exemplo o (.lCordc- th5S0n,"lnt(' D·G (laranja·verde), com a grandeza expressa
por um retángulo form3do por ~O UP (UrlIddcJe Padrão), diVidIdo horizontalmente em duas partes
Iguais de 25 UP cada uma Na prmdmIUddf.' dd linha que diVide os dois quadrados, o laranja parece
mais vermelho e o verde maiS azulado do qUf' s.Jo na realidade.

19S
.... -
I
1
,
IIWI
1
IWI
1 \
,q,n





""

'O \lar/anda a ,formo 1 'lu,;ntidadee o pO$Ju(, ;afrlçnW, .. fl'le~mQ cor pr(iuzefel{O) diferentes. Numa esflUrUrrJ rkrerminadn, n
cor ap,esenta ü/reraçào de Q:JQhoade, Quando var;~'T} J:l quanf,dade e seu pOSiGOnamenro. ol O p~Queno quorlrad,.., IJ~ urna
sP parece ma,'s azujaoo que o de uma UP'I]) Se b€fTl1")O:.prvado:.. ~5 barras verdes sobre fundo laran;a e 05 .;r!Jnjas sobre (u,,1,-..
ve~de, verifica-seque m fOr.'11G5 criam grande vnriedvde de coloração nos /Imites Que demarcam figura e fundo, r) Na I,r~ha
:naiç fina. o verde parece mOIS azulado que ...o burro m".;is grossa: dl 4s/inhm verde e laranja, em amp/Q campo de (ontro,.;;5tp.
parer:em mms azuladas e mais av'errnefhaa(j), taoecrJvamE'11~1'?, drJ'llJe ,wondo projeradas sobre fundo neutro,


I

197
-

No me'imo d\:orde esta um dos Iimlh.:'S extremos do equilíbrio toral O dzul-violetildo valori
la- se em cromln~nCia e luminosidade. o Que tdrnbém ocom" com o Idr anja No entanto, emooriJ
perdende. saluraç~o.
o verde n.10 fiel em Inferiorid,vj(' luncionando corno cor de entre p;iS$àq~m
ú dzu!-\otoletd('lo t? o laranja bta Ir/ade dl:- core'i rC'vf'lcl I pott~IlCkJ
riel dupla laranja e alul-Vloletado.
,jefTlOnsuLlnd0 que pode !:er urnd oP'r~o
na IOrrflol"JO padfOC-; bi/ i,~ oriundos da dup' )Iore~,
azul-amarelo, Que s~rve
,de ba\C p,lt.l Ü (",quem,-, I k" dar, Ip,od\Jç~c "i~ vlol~ntdS
,nduC;OcS nd'i
mutJç"eli \_wrn..1t::... :l~-
UlTh-l serle de IJixJ::. )!UlS e un. tleldS Ü )IOCdd.l '.. 111 cr:..d.1ncnte 0)1 ·stir,lJi O 3dr r ~()
oomátiCO
kic.:.tl pal}.l nrlw)(' d,- (urr' QU<lndt:, ~c
qU,J1411f"'r cor #. cole- ja 'm r')c!1ue u d 4 1l,1[.tl4 Jddt:t ~{Jbf~
um,j
dd~, fJl\':S. di '('11-:..., d ,,"s[,lbc!t',.-'~r l,)nldtn com d O '! rd cor b~
tlL:o;J:"· ldterdl',. cllterdC flOro crc.ml
r~1 Ud c unipu:.;d.ldr:- c1t'p('ndt~fH.i( d,] (t:'ld,~JO ~ nrfC> c tam.:r hl' J.1' jrt..!~ pnlo(' HS fi ti (l!st3rH ;J
k ct .t"PJ..Jdl·' , '1,-,tde 11< ,~t' (~lt-?Ja f'Nre dlJ~i'; fdl'(.!'i1
J:' v.:fnlrlho ((. l_ ~e(ClonJndo uma faix.1 k U'
li,Jcc> l n •.• r ':J >/4 rmrlhe. cortará>.;r
'Ic \. I. • J('l(,fúrma·se em lar;,m/J e qclflha lu] lU.(
t. j, ll..formd~: er" maqf nfa, Pf!"
'~;,I ,'mar~l=t J\Jl -..e encontre entre dual fJIXdS a.:'J
'L. )('1" :.ll..,)lquer cor ')li vc:lor
I: minc~:,ladc (lluST 11 l. Igual fenOme nc -1e IT"J
#.

i I( :h:".,;m co' x.d(iC: em situações Idênlicc:s à~ rjc • 'n


"'.zir lo deito! sequrdo aI ..'')·
r: l"edadC'<
' , Lcmtltv IcnJIS da:: cores ou vale' ) tr ~)d p
,

_ r :..,:IT""j~
;.1e rpste de ,ndur;Jo IdfOl pali,J ~
.~I';:', ç<J:':'~ ',;.- afTI~feJas e azuis. de Y.r
/"P j.~ lJ'9ur
:;roç.!t.- ' 'f(ornót;, "D à peque"lLi 1/stJnc 'Q OualQuer -- "\lU' uma (.~:-: barra!» sofre grande alreraç60

n )~.JS rndlcE'~ je iumlfJ()!.;Jadeede cronunól :/0.

198
(OR 11<lX15TENTl.

Quando a cor de teste envolve os padrões formados pelas faixas paralelas azuiS e amarelas,
notam. se melhor as modificações ocorridas nas partes da cor que estão sobre as referidas faixas

azUis e amilrelêlS (ilust. 73 a, b),


Alteradas as formas e as proporções, as mutações não se manifestam apenas na cor de teste:
aparecem também nas cores das faixas que constituem os padrões de análise de mutação (llust.

') .1, bl

",mPfllv'l1rl(l~se.1 Qilantldcde e alrerando-se a forma e o p051(,nnCl,"l)enC'-- j(J Df de teste (o que é submetido à verificação
:., ~o' :e" -,,1tr'(lSfe do padrão), altem-se rambt1m (1 :oIOf()I,,:lO aI :Jn1(1 J'] e de. ulul-violerado que compõem o padrão
t r :pen(IPfJdo da relJçaQ de quo/idade e de p(l~i(lún'1rnP(lt, r!a~ ;er;. em confronto com dlstóncias vOflóveis, as
Y ,nóric{l) processam4se fortemenre nas barr(J_~ pa,,]!e1m ~f1~A.'J/J1do -~E as borras omarelos por vermelhas, estas
, I.nam • çar~7 o pJrpura, formando com 15 l~_·!( um I UI ':; ""IN1",,,, violeta-Qzulado.

200
,
lO.
.. .. -
- -- --
-- --
--
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'Sa)OIO,~ ap o/OJ5<! own <'ip 5UO) 501J(V\ znpoJd 'Ol;;?1d o rJ OJUDJq o WOJ J150JJ(J0) Wi} '0:,)' O..úSdU, , "
q
D
I,
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,U,J}UI "P/I 11 ~ W,l <J~ I IUJJ{.;J5UUIJ .1J< ~J iJ~ "':;00 Op O()VJiJ/ J
,rçU (1 C-POpISOUJUJf//lUa OrJ.JO:> flI111[JU/W f )J) WJ n/tiOI I~· ()j,'I/" , "IIVJI 'I /. 'IJll'1 \I OWI 'I W~ ü;/oq( )·má ~ m .'qwc ~P'.tA.
") Ci6uljo aflb VJOJ<;J DW/l '{tJJ1iJJ: OllDjllU -OU' )(JUflj In If!/t? OW~JUI (), 5dJt;) <~p .)]Çf)JJUO_ ~r jlJJd l JnIW Sc1Q-\- se :.dI" t. "'J
OPU~'JjI)S '[JJnJnlHeJ ownu SOpDJf1,WII ~OJUJWJiJ (q ,0(>0105! SOlUiJUJiJI) (u"n VI' ODàJdw,' v olvd S/),10U d/UaWI'JliJJ, 150 'N/' ~
5.dPOP!l/l_r~' od D/F 'i7JÇ'JQJnW)O WOU/WJJPp .mb SOJUiJW,}Ja m <lJq05 ,~IOJ1U()J O W_IJrWOFl saç'l)o!nw UJiJ DS"VW_J"n] 01 OrmJL
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Para o emprego estético das mutdções cromáticas, as mal" ricas pos.'ilbilldades encontram '$('
na Indução de vánas cores slmu1tarwamf'rlt€ Este processo possibilita a indução de áreas Inteira'),
rHoduzlndo efeitos de msaçflo e de cieflnlçóec.. de tons com uominànoas e luminosidades extrema
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mente belas (ilusts. 77,18 e 9J
Com a alteração de forma. qUdntldadt' (' posluünilmento. dS imaqens lneolore5 poderão pro
duzlr a -;ensaçào de es.cala de vaiare!:. (ilust 74).
d Indução Slmtú("neo de VónQS core~ produz efeitos de exuema belez.! Fm JUGar , da mUiur;:ào de corp.s ,~(lIQd(J~,
lI/O cJ~(}s inrt'Jras Induzldüs, prodUZindo eleifOs de lmoçâo edefinJçôes de campos coloridos em dinómia/' vibrações
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força, a suavidade, a beleza ou a desagradável agresSlvldade de certas cores ou de um


conjunto de cores decorrem do fenômeno de Indução, que é a parte dinâmica do colorido.
Um matiz é sempre mais belo quando aparece com sua coloração modificada pela justa Indução
de outr a5 cores. Nesta indução reSide a essência da harmonia cromática
A partlf da ação mutua de contraste simultâneo que uma cor exerce sobre outra, o fenômeno
se desencadeia em sequencia, envolvendo todas as cores que de uma forma ou de outra partiCi-
pem do todo. O bom relacionamento ou a desarmonia provém dos elementos estruturaIS de cada
cor posta em confronto.
Como todas as cores resultam de composiçâo tricromátlca, deve-se conSiderar que cada
uma delas possui, em escala variável, elementos que também participam da constituição das de-
maIS. t o que se poderia chamar, em linguagem figurada, de "tríplice personalidade da cor". Ao pri-
melfo estímulo favorável, essas "personalidades" exaltam-se, manifestando o vigor ou a brandura
de suas potencialidades.
Na essencla da cor se encontra uma linguagem própria de enorme riqueza expressiva, sem
qualquer conotação ou paralelo com outras formas de expressão. A poeSia, o lirismo, a vibração,
o arrebatamento, o telurlsmo, a quietude ou o silênCIO da cor são mensagens espeCificamente
visuaIS, podendo formular ideias e sentimentos tão preCISos como a palavra ou o som. Assim como
Beethoven acreditava que a mÚSica era a verdadeira filosofia, a pintura, sem nenhum vínculo com
os principias filosóficos correntes, pode expressar a filosofia da cor Uma filosofia dos sentidos, que
se desencadeia em reações lógicas sobre a InteligênCia e o comportamento. Lúdica ou solene, esta
pintura amplia os hOrizontes VISuais, como extensão da mente e das ações humanas.
No centro do imenso universo das Induções cromáticas, Situa-se a mais sutil manifestação das
(or~:'s indUZIdas: o fenômeno que denominamos cor ineXIstente, por surgir em áreas incolores, sem
o suporte químiCO da cor-pigmento.
II O domlnio do fenômeno da cor IneXIStente apresenta partlcularrdades diferencladoras com
reJaç!io aos (Ontrdstes Simultâneos de cores e valores A prrmelfa delas é que a cor não pintada
(Inexistente) :;,e revela ao simples contato visual, sem necessidade de saruração retinia na, demons-
trando não $E'r uma Imagem postenor. Além disso, a cor IneXistente e captada por qualquer tipo de
máqUIna fotogratrca, sendo Cdpaz d·" Impressionar "tio os frlmes em preto e branco. Este fato a de-
fine como fenómeno obJetIVO, qu~ afastd a hipótese de '~er apenas o resultado de ~um mecanismo
hipotético de inibição nervosa"
A primeIra VIsta, parece s~rgir o se9ulnte dtlerna~ ou a COr IneXistente não é uma cor de con-
traste, ou a cor de Contraste nao é um fenômeno subjetiVo. A resposta mais lógICa, baseada nas

210

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experiências de centenas de pesquisadores durant€:' séculos, é a da €lIisrência de vanas rroddlida-


des de cores de contraste (cores induzidas). Alqumas apresentando caráter predomu"\.artemer'te
obJetiVO; outras, caráter subjetivo ou misto.
A cor de contraste produzida pela cor permanente dos corpos naturaiS, em sua manifestação
maIS bela (cor inexIStente), é um fenômeno de radiação fíSica. por ativação dos átomos da per~ena
da cor dominante. Por contraste com a cor Indlltora. revela a (oloraçào complementar qu~ -surge nos
corpos chamados Incolores, como reslduo de absorções parCIais dos raios luminosos Incidentes.
Então o controle sobre este fenômeno baseia-se na relatividade da absorção e refiexão dos raios
luminosos pela maténa. Como se sabe, nenhum corpo absorve ou reflete integldlmente a totalidade
dos raios luminOSOs InCidentes e mesmo os raios luminosos de cores pnmárla~ ,indecI)mponiveis),
denominados monocromáticos ou cores puras, são constituídos por três elementos -- )('(Z, OI) sela,
vermelho, verde e azul-violetado (ver Resumo da Tabela dos Estimulas Tncrom~ticos do E'ipectro na
página 97) Deduz-se dai que a superficie denominada branca. apesar de refie", a quase totalidade
dos raios luminosos, absorve também (aInda que em quantidade mínima) parcela de todJS as COfP.S
contidas na luz inCidente Por IS50, quando o componente físico da superfiCle (on~iaeradJ bran(d
varia de coloração. sabemos estar em presença de novJ cor Indutora Como não eXiste branco "em
preto absolutos. também não eXistem corpos totalmente Incolores sob a luz diurna
A dificuldade do domlnio da cor Ine",lstente fOI encontrar a Maneira de tornar vlslvel ao pro-
me:ro contato Visual essas parcelas mínimas de raios luminosos absorvidos pelas 5uperfi(le<, bran·
(3S, fenômeno que pode !>er equaCionado da seguinte maneira·

Onde CI corresponde ~ cor IneXistente, rla'-


CI = ria'"
.1.," à reflexao luminosa da êlfE'3 'incolor~ e ala'" à
absorç!o lummosa da área incolor.

COMPONENTES ESTRUTURAIS
Pela dive~idade dos percentuai\ de refletAncia de cada cor. as ár('ds "brancas- perlf~rtcds a cada uma
delas, mesmo sendo tgual5. são perce-bldao, de maneiras diferentes. deVido d variaç~o dos indlces
de r~ncia das COrM indutoras. Mas como cadd cor Indutora tem compnmento de onda. pure-
za e grau de refletAnCla dtfeJentes. para torMr vl.,lvel sua cor complementar ao primeiro contato
visual. necessitarei de uma organizaç~O espeCial em seus dados de qualidade. quantidade. forma e

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I )fi ',FI(lt;'1Jl!1

Quantidade

Na avaliação dos contrastes, J extensão da,> áreas coloridél~ desempenha Importante função. Um
acorde de duas cores cria vanadíssima g.1l11d dI? colori'lÇ.30 indulldJ, pela simples alteraçào das
quantidades dos elementos do acorde
O registro e o estudo dessas p05slbillua(Ir~<. torndralll·<;e m,ji,> f.Kf'ís com a cnaÇr)O do métodO
de mensuração das Jreas (oIOftdds. (omtantr de 110S-:'0 Si~tpm;J d(' Hdrmoolzaçdo dd';' (ores (ilusts.
51, 52 53,6°, 70,83,84 e 8$).

Forma

PJfd ú ato de e'3nmulação da retina, a forma tem enorme Importãncia. Intimamente ligada dO lado
rdL!onal da construção do desenho. a ela podemos nos refem tanto como uma das partes que c:on
tornam uma área, ou como o todo da obra. em geral, é através da forma (desenho) qu" a p" ,tura
~~ \ Incula a outras esferas do saber, transmitindo conceitos históricos, religiOSOS, filosóficos, SOCldIS,
fX.'I!!lCOS etc. A conscientização das possibilidades especificamente VISuaiS da forma em desenra'
de.1r estados anímicos de excitação, equilíbrio, movimento, repouso, energia etc, bem como ldi<?ia':>
\nalóglcas ou sensações de reversibilidade, indica estágio bastante elevado no dominio das formas
"Iusts. 41. 76, 77. 78 e 79).
Como vimos no estudo dos contrastes simultâneos de cores, a parte mais dinâmica da área
colorida é a que confina com outras áreas. demarcando a forma. Para o surgimento da cor inexis-
tente, a ampliação ao máximo do comprimento da linha de demarcação de áreas é de pnmordlal
Importância. Daí a criação de formas complexas, como as das rosaceas dentadas, antepondo-se a
bastonetes em forma de leme, da repetição e multiplicação de elementos, tudo no intuito de am
pliar ao máximo a dimensão e o número das linhas de contorno entre figura e fundo (ilum. 82, 83,
84,85, 86 e 87)

Posicionamento

A relação de posicionamento estabelecida pelas cores em qualquer escala ou estrutura tem sempre
característica definida Alterar a posição das cores, mesmo num simples acorde de doIS tons de
Igual quantidade, Já é alterar completamente a mensagem visual da forma, em seu conjunto, e a
relação e efeito das cores, em particular.
O posicionamento é que vivifica a proporção das partes numa estrutura. 'A Divina Propor.ção·
de Luca PaCloli, lei imutável, ao estudar as proporções de vários cor.pos, IndiCOU par.a a pintura e o
desenho as linhas áureas de pOSICionamento

o DOMÍNIO DO FENÔMENO

Na n,,'ureza, as cores estão sempre harmonizadas Os efeitos de aeração, de luzes incidentes e retle
tld:j~, dp. ~ornbras. melas-sombras e trevas crIam contrastes e passagens necessárias, para que cada
corpo ou cOnJlJnlo de corpos revele a plenitude de suas posSibilidades latentes.
O olho ('/pf::'nenre percebe a cada mornento, n;J natureza, as mutações crOnlatiG1S e os vdrJos
E'ff~itos dtO rE·frdçdo (' de mduç[Jo de cores. f-sses cambiantes cromáticos origlnôm se de rerlexJo e
abc)orção da hu inCIdente e dos reflexos luminoso'} (Ircundantes.
Ao H:,alvar ..sp d :-tnáhse dI' uma cor, tornadJ sflparadJrnente. nota ~f:) qUl' urna área ou um
corpo colvridos nunCd lêrn a rnf:'':.md cu!ofrJçilO pur Iqu,11. ern todd '" sUjJprfrôe. MUitas causas con-
correm pdra f'S),j 'liJríetlad f.;' df' colorido denlro Uil rne\IlW cor, ';nb d me~m,~ IUI A pnmeHJ se deve
dOS pontos dp Impacto do'1 fJIO"", lunllno505 Hlt Idl'ntl.:'c;, qlK\ uldndo p.3rtC'~ mais lurnlnosas, desen-
cadeldm o processo dC" contrast('sirnu!timeo d!'':>~d:i pJrt! ", Lorn JS menos ilumInadas. Logo a seguir
v~m os efeitos provocados pela II'flex,l() de luzes por outro . . corpos. O corpo colondo, assim tão
contraditÓriO em SI mesmo, enfrento os fdtores t' demos Je contraste com outras areas limftrofes
ou distantes, provocando as mEvitâvelS Induções dominantes. '

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,~controláVE'ii Cs rep U;T1,)l ponro5 e ant.;!j "broncos· da pfimetr,J filMa di' C 'rwfo~ rwo~ flfl<jt!m se de púrpura. 0\ dl1f?i~ dt.i
j( ]unJafilerrrJ. de fl~:1 cf,J(Q; e 05 ( ircufes mlerno~ d,J te'c~m j MIj',J '1('/t"Stnr, 111l :OIoroç, i"11mare/adl i OS cn.:JJlos e ,mêi~
""i:mcas· queCOil(l'Qstam com o azul da f>tJflp'rderlr rOOllllt1rlro moHftlfH Vl)Tlm ,}/(j,1açCJesde cor,wJIat1tJ.

21~
(li! IJoII-,';II'N'[

No I,nha em que a 17gu," confina com O lundo. o conlco"e~ mOI' ",remo Po< ,,,0. nos óogulúS IOlmO'10, pelos l/ohm que se
R' ~:""m. O
há mais conualle (como soma de duas dreas rie 'Dfe< /Oou71<105, ''''9",d o (loza com um leve voo"-;a! q'Je no r·1Iunr.
relo
quadra. Pelo mesmo ralOO. os ,'rcu'm dI"" inlernOS do" 01",01<0'0005 omo \ parecem mal> vloletod05 que o reston»
do fuodo Oel)culo, quandO u"oslormndo em coroa deOI",l" "umepla o ,0rnpC/roemo do Irnho de contorno eoUe fIguro p --
luodo,@meorandoaàr."demoior,odulão A 0010""1"0 de um (Irculo dcowdo 00 ceotro da cora0 e",mbo os """',,,, -
A reoerrçao das coroas deorados. ompl "nd,' u ,)r." oi" coo,,,,,,,' ,;o"neol,' o ,0duçMde lodo o área crnzo do lundo e,

220
c.-" lr-ID:r ""fNi<.

Todos esses fenômenos são percebidos como variações cromáticas e de luzes e sombra~.
O que não pOde ser esquecido é que taiS luzes e sombras, percebidas nos corpos, são fortemente
influenciadas pelos componentes tricromáticos da Iluminação geral. Portanto, a vibraç50 da cor
não existe apenas em função de seus elementos constitutiVOS, mas em função do conjunto de
situações em que ela se Insere.
Estudo partlcularrzado da (or dominante é Indispensável a qualquer processo de harmoniza~
ção, Que, a rigor, é sempre um processo de indução. FOI exatamente o aprofundamento da análise
dos valores da cor dominante (indutora) que possibilitou o domínio da cor m€xist,=nte
O primeiro trabalho em que se consegUIu o domínio da cor inexistente fOI um quadro de 1,0
x 0,76 m, com rosáceas de 5 em, próximas umas das outras, a distâncias regulares, e pintadas em
diversas tonalidades de amarelo, sobre fundo branco Do amarelo vibrante, correspondendo á cor,
em plena luz, até a terra-de-sombra qUf:imada, funcionando como sombra mais Intensa Pequenas
formas em tonalidade azul~a(lnzent(lda, por contraste, le'.'Jvam C' amarelo ao seu mais alto grau de
exaltação (ilust. 88)
Observado de perto, notava-se que o fundo do '1uadro era inteiramente branco. Mas no aro
interior das rosáceas distinguia-se a cor complementar vIoleta tingindo o branco, A trés metros de
distânCia já se percebia a radiação da cor complementar por todo o fundo do quadro, fenómeno
que atingia o clímax a uma distância de 12 metros. IdêntiCOS efeitos podiam ser obtidos a distâncias
redUZidas, caso se Inclinasse o quadro, de forma que a vista calsse sobre ele obliquamente, alteran-
do os graus do ângulo de visibilidade e de Incidência da luz.
Os dados pnnclpals que concorrem para a produção do fenõmeno podem ser sintetizados
em seis ítens:
1) Compnmento de onda das faixas colondas da luz (dado relativo ao fator qualidade).
2) CapaCidade de irradiação e vibração (índices de reftetância) e de luminosidade, relativas à
qualidade da cor
3) Forma das áreas ou figuras que estimulem a ação de contrastes (dados referentes à forma
e á quantidade).
4) Açóes de contrastes capazes de levar a cor dominante ao paroxismo (contrastes de quali-
dade, quantidade, forma e posiCionamento):
a) Contraste das vánas gamas da cor dominante entre si.
b) Contrastes de uma cor (secundária no quadro). fazendo Vibrar as diferentes gamas da
cor dominante.
5) Grau de refraçao das faixas colondas ocasionado pelo ar atmosfénco.
6) Maior Intensidade da cor Inexistente, quando vista sobre fundo Cinza-claro (relação de
lumlnãncla entle figura e fundo)
As experiências feItas com milhares de pessoas comprovaram que a cor inexistente é perce~
blda ao pnmelfo cOlltato Visual, não exigindo demorada fixação da vista para saturação retimana,
Mesmo os daltônicos percebem o fenômeno e distinguem um Cinza onde os demaiS veem a com-
plementar da cor lndutora
Podp-se afirmar que a cor inexistente guarda relação direta com O que Chevreul chamou
contraste simultâneo de cores e valor. t necessário esclarecer, porem, que Chevreul, como alguns
outros autores, usava a palavra tom para deSignar valor,
Mesmo adrTlltrndo teoricamente a existência objetiva do fenômeno, para indicar a cor com-
plemE>nt3f que surge no hJndo branco em torno da cor Indu tora, Chevreu! viu-~e obngado a plntar
a ,~otora';do Ir'duzlda 'Hust 66}, porque, da maneira como ele formulara o fenômeno, esta só pode
ser percebida por saturaçjo retlnlana (cor fiSiológica). Portanto, do ponto de \/lsta prátiCO, o que di-
ferenCia a cor Inexi~tente do contraste slmultàneo de (ores e valor e a eliminação da neceSSidade de
saturação retiniana para a percepç.,io cio It.'nômeno. MdS a explicação dessa diferença Implica a enu~
meração de dados e conceitos que terminam por refutar a tdela fundamental da tese de Chevreul,
H
contida na "lei do (ontrd.,re Simultâneo das Cores a de que uma cor colocada sobre fundo branco
:

produz sempre e da mesma forma, em sua perifena, uma coloração que lhe é complementar.
Em experiéncias realizadas por vinte e seis anos, verrflcamos que não corresponde à realidade
essa afirmação Variando a qualidade, a quantidade, a forma e o posicionamento das áreas colOridas,
em termos de organização e relatividade, uma sequéncia de cfrculos azuIs da mesma dimensão

221
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n
pode produzir, nC! fundo branco sobre Q qual se C'r)(onrrem. d )er''jd';áo de coloração (ompleme .
tJr. OIi de Irrad l31,ãO de 'jua própria (or pm v~rjas gdmd!t. ba'jtar Idl) para i5W dlJmentar ou dimInuir
a áreJ branca t'xlstente entre el~, jermo do ccrtd'" proporçoe'j (ilu~t 8') n
~." rn ria
deTerminada organlJ.ação, urna cor pode ,1t" trdlv>forTl'",.)f 'je c ·ua pron compleme
'"3r lo~ut:- ucorre 1..luando!'>e 'julml('lt" IJm V"lf'!,J (l) 1 ''',ai<: Jltd pr('('jdü padrOe'i de testesdf)~
3r'""I,3rc1o;, (t) c alUis' vlole{ado~ IK) (lIust ;' )}.
Aievlda iJv.alial,ãü dc~ mc',mos eL-'mento:. 'llH~ dt:>If"rnllnar,W} riornlr,Ic:, ;ia cor Inexi~tcnt~
: );, :i;bIUt0U também umd abordagem I(>glca:;obre todJ~ ,l', n~,<1I111L)taç\ )("') hafl' lôniCd:; d( 1") dados
... ' i: ,tluE'~" na fllrmJç,.10 das <ores ImJulldd'i e das rela~I">er, Je'·~IS GUf ,i(t~,rnlr,,)rn .l~, mUUt;.óes
, ,m.)t!:- 1'5 (ilu~t 89, llO),
A',~lm rlvJn(" Jmos um pa-;so no .... amlnrt) d:': - se nf~c_, -r ':l1lp!Jlavl ' i~ - e dbrimuj ,~s pNta~, da
;' 'JI>.JçJO dê toda.,. JS InexistênCIas. AuedltJr-~ c C;:JC } <:(j: ir ,ha(ja :,eja Irrevl:rsue Ú rr)IOflsta
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(LI:', ;ro. ('ll (emo sonharil Van Gogh, deve estar ~!..,.,dJ k'lJadc c r): . -, ,éLUlo ~ fOI n05S0 intuito
ocr]! par,) SI'U acbento.
,1' :nPlprsl.} que nos cerca e um máqicc 31eutc j(C f: C C 1'; j . lLiuzidas a alma deslE> ún
.l jXtcep(,.ao das multi pias apar~ncta' l(1<.}~ ·( ,rl . j- , ,~ l, j:) r'e'glo de conheCimento
.• tEm ('.0:SdS longas andanças, I" ')PStJ1 }, - , ~I , ~ '- rr ,u ~ .'" H'Y':PI)t~ nte para levar Cr
t' me", a ' ,"nscicnttzaçào das manlfeslaçc ,- 'j mal ~: tl~ ( "
,'~dmar a atençáo de alguem para ~se' f(n(;~ .~I" ,,':: ) 'Plcul.cer·lhc O mundo das
C"...:H..:...:pçccs SL n~()nais. porque a partir dai não """.Ji~ pc j. f. I ~Ir ~~ fi'")( 'nie da~ manifestações suo
~CflCH.:':i e ultrassensíveis das vibrações cromatk..L5. pa~ :,::1( ': ç :'ri"T~-la~ frec,uentemente na vida
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Lotidi.,ma. t, 'mduzi-Io por sendas Irrevefsivr lS. r'O pr(.pnr ár·" \Jo ia cor.

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suimar')r "i, Alberto Passos, 17 ""chner, Ernst Ludwig, 144
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Kllntowltl, Jacob Bernardo, 1 7

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Kohler, Woltgang, 102
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Ha"y, R""É Ju,t, 16. 180-181 LHHi. FdWIIl, 60. '9-1
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Helmholtz, liermJn l f IOn. )), 40, 'l,16, ;'8N, t InOn(lV, Michel 145 140
82-8l, 0}-94, 'OI, 103,119,141 14) L,' 81011, JiI,ub ChllSlot, }) 08 90, 141. lo)
Hellly, (harle, 82, 142 t f.gr:r, h:'rnand, 1-1"
Hering, tdwald, 73,'9 83, 93 I Aonaldo VPI Da VH10, LeonarJo
Herschell, J f Wllliam, 28 lt'ofJoldlntt, Imperatrll. i25
l.éry, Jean dt" 150

228

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~~,.-,j-:f...D-* POUSS'fI \licoias,4Jj
·.~dy.er, Jcr.arn T0t,i35. 91. 93, ~ 64 Prazeres, HE'í~or do~, ~(J ~.

Mello. ,~J'tÔr".') te- PáC;jâ Ramos, '7 .Pr:es~.-ey.


.< ) oseo,~ '3"'"
r "!_i j

'.'2!r<....léS, M, .... n.o. 4"30'"


",~ :). f . , ) . ' Proskauer. ri 0_ 66

MerC,M)W_~.i. :Jrn,m c;;. ~~ o'olo,-e'
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Orozeo. JC ')0 (I~,rnen~e, ,.-:" R:v~ra, [ ego, ;4,'
OsrNalj. Wi::hEJIT', ·11 6.~, 66.92-9.-::' '(h RiZ'-tr.~ bY

229
RobiqUf'l Píf-rre1earl. /00 u
Rodchpnko. 146
Roe'lPr, Olav, 30
Uccello, Paolo, 103
Rohler. '04
:ornney, ()"orgf: 140
v
"nod. Oqden, 6.' 85.93, 147 142 164
Rnrs,+ud" HerrnJnn, 'I.
Valéry. Poul. /OI
Rouault (""or]t' '47
Van Dyck. Anthony (ou Antoon), 52, /29
Ruh,n~ Piem Paul. 103, 131. 1'9, r41
V.'n Dongen. Kees. /44
RulJln. Ed0ar 109
Rl lford, L(unqp Benjamin Thompson, IÓ, 7{;
Van Eyck, Hubert. 139
RI,nq(I, Pt)illpp Otto, or -9) /64
Von Eyd. Jan. 139
VanGogh,Vincent, /5,21, 103, /25, 131132,136,139.
Rusk n. John, 1./0. 141. 118
14, 144, 14, 222
"\1J~ , ...,t ~ If ttprur1q 34
j "h,)rtord, tpl(" t, 36
Vasarely, Victor, 147
Vasconcello" Paulo Pedrosa de, 17
Velázquez, Diogo, 52. 138" 139
s
Ventu". Uonello. 53, 136. 141, 147
Vermi'er, J.. n, 15, 52, 139
.l I,Nt, 1 j, . 5<
Veronese, Paolo, 15,52, 139
I T' ... -: tdEI ';i...~rRafael São João, 53
Vinei ver Da Vinel, Leonardo
:,. rff, 'r, Johar '6,54,69,180.181
Vlseontl, Eliseu, 152
I-},II 'r, '1al"ln 1...... F van. 64
Vlttelllo. Au lo, 58
'H .1Ct. F. 90
VitrÚVIO, Polia Marco, 119
mlct Rlltrluft, Karl. 144
Vlamlnek. Mauflee de. 144
ü ')fkr, Nicolas. 741
Volkelt, Johannes, 102
, rODEchauer, Arthur. 93
VOIPI, Alfredo, 152
:hw.~rdtfeger. Kurt 147
·gall. ,asar. 15L
( qUY, O'
.J' ,.:;
w
.
)eneca,
,
1'~

>cu",t. Georges Plerre, 106. 141-742, 146, 181 Wagner. W. Richard, 158
S~ kespeareWilliam, 141 Waller, A. R.. 9 I
gnac. Paul 140.142. 146, 181 Watson, George, 87
Iqueiros, David Alfaro. '47 Waneau. Jean Antolne. 142
.,tte' Willern de, 13 Werthelmer, Max, 102, 104
~"ahlll, All'k,ander "Jlkolaievlteh. 158 Wheeler, 194
5nl'II. Willebrord. 33. 59 Wilfred, Thomas, 147
. lar' 5, Gabr'el. '50 William James, 109
.um.' ':-~eld, Arnold, 36 Wilson, Mitehell. 113
~tacl:' Hal:· i 5r Wltt, Otto N., 99
5re.re" KarlVon den, 121 Wollaston, Willlam, 76
Steiner, Rod"lfll, 63,13. 114 Wornnger, Wilheim. 73, 145
;ttrnfeld, A" .14 Wflght,94
Wunch, C 67
T Wundt, Wilhelm, 10H02

Tallln, Vladtrntr. 146 y


Teofrasto, de Efeso, 64
Th, vet. André 150 Younl), Thornas. 2 G, 40, 66, 71, 7,"76, 18-79. 83, 93, 101
Thlnés. G., 194
Tieiano, Verélho. 52. I 19
Turner. Joseph M.W, 15,70, 138, 140"141, 181
..
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DA VIN( I, I ",'I\dfl ll' TrdtJdo de IJ pmtur.1 y de! pdlsa-
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E I s
CRITICAS

,,-Of inp)iJSfênte, ou não cor (. .) Sensação visual da per- Greco. Alguns do~ quadros são abstratos e outro~ figuratl-"
:e-pçÃo de uma cor complementar formada de entrecho- vos. Os cinza que aparecem nos rostos e braços da mClça
~J(-" de tonalidades de uma cor pflmárja~ A descoberta de ao espelho (foto em prew-e-branco) são radIações da cor
nel Pedrosa no campo da cor pOSSUI enorme ImportânCIa, IneXistente, capTada pela máquina fotográfica
e uma aplicação que, transcendendo o puramente artístico, AntoniO Bento ·
popaga se à ciência e à Indústria C.)
José Roberto Teixeira Leite - ( .) E fez·se a luz C..) aos poucos vai surgindo suave por en-
tre a trama, a cor que ali nenhum pmcel pintara. a doce cor
o pintor Israel Pedrosa, professor de História da Arte da Um- inexistente, Que cresce, se Intensifica. se espalha ou se dilui.
'"ersldade Federal Fluminense, acaba de conclUir uma expe- retrai-se, apaga Viva. Que toda a tela agita, palpita. como
rI~ncia, IniCiada há qUinze anos, criando e Irradiando cores que respira ('.J sua técnica não é um artifíCiO artesanal, mas
~ne)(lstentes~ fadadas a revolucionar as artes plásticas. Em uma porta que se abre a todos os pIntores. uma esperança
face da Importância da descoberta, Israel pretende obter de renovação no campo JUsto. no caminho desbravado por
!.1l3 presença na IX Bienal de São Paulo (...) O público terá tantos artIstas desde a mais remota Antiguidade: a cor
condições de obter sensações e sentidos não expressos (. .. ) Leonor Bassere
opiniãe. sustentada também por crítICOS de arte, Jornalistas
e pintores, entuSiasmados com os trabalhos de Israel Pedro- Israel Pedrosa VIU. uma vez, a cor violeta onde 50 havia
"-a Que. em verdadeira romana, vem ocorrendo ao ateher do
lençol branco cercado de amarelo. Ele não descansou até
pintor, em Niterói, entre eles Clanval Valadares, membro do reprodUZir o fenômeno em seus quadros. Era o verão de
' ':or'('lho Federal de Cultura, Mário Pedrosa, Iberê Camargo. 1951 C) Os artistas sempre estiveram prêocupad( - r:om a
luminosidade de suas pinturas. O estudo das pos.siblli.-1ades
f\~wton Rezende. Paulo Afonso Gflsolli
Onovaldo Rangel da cor sempre acompanhou o trabalho dCos gr,)ndes mes·
tres. Leona(do da VinCl observou que a soma Ja<: sombras
é proporcional à soma das luzes (..) Dela( roix estudou d lu-
I .) (,~)t) outro aspecto, Israel Pedrosa, ao Invés de apenas
minosidade do prado do p,ntol inÇjlê~ Con~tab((> e chegou
e.(lb,r ~ e~~~ir:dr o que já é feito há séculos, indica posslblil
d conclusão de que ela reSidIa em tel Sido pmtado numd
da·jes I)QV3S r'lOVilS porque sistematizadas, novoj'i porque
única cor (verde), mas em varlOS ton~. Renolr atlnnou que a
'..:onSCl~nt lddaJ (..)
Jayme Maurício maior luminosidade que se POeilJ obter nur n quadro erJ for-
mada dt=' tons de branco sobre branco (. ) Robert Delaunay
Seurar ')Igna..:.. O 8r.1':>11 pdrtlopOU dessa proCUI.~ com dOIS
A preo(upaçào d~ Isr;!e-l Pedrosd é dpre~f'ntJr efeitos ÓPll
pintores. Portinari e IsrJel Pedro~ () Israel P,::>drosa pmtou
em, o quE" é obtido através da cor e nJo da fqrma Sob essf.>
CJrn a rf6pfi,~ luz ~ .:ibre o caminho para o 31argamento da
dspecto. a pesquisd é curiQSd . contt'nndeJ Int~res,;e .:1 plntu
percf"pçâo vl~udl com cores de uma le'tleza onirlca (. ) Nes·
ra. Vários quadros têm corno motivo l-:ldl'JÇ["lt::l df' tonahrJa
)d!! andanças. d atmosfera que nos envolve é uma atmosfera
des diversas, como violeta, Cinza, laranJd, ·Jenj~~ ou ,mlarela
de ".onho, e o camJ("\ho abertO. para trazer para a Area lia
A tela maior da exposu;.ão '" uma Vida de (fl~to, em quatro
episódios, homenagem a PortinillL GlottO. Rembrdndt e f:l plnrura cores nunca vi'!:.tas, é IrreverslveJ
Jacob Kllntmvltz t

239
'~­
.-:~

ma. :,pm de<,perdício de enerqia e paLlvra, como um tOfllJe


OhS~(\J3dJ:' de~de tempos remotos, o estudo da~ cores 'ad- de sensível aberTUra por caminhos transfigurad~. graça~ ~o
vt'~fiü' {BiWle i "ü )Uleur~ aCldent.'1ltes" (Buffon), "cofores apa e',Wllíbno Indispensavel da ciência e do sonho \,~l
l'eqtPc, (jchrrfer), -,mi:lglf,ar( e 'phanrastici '(Rizenil. deu-Ih~" Walmlr AYi.lla
P(" i(O m.~i:, do quE' uma '''!asta nomenclatura (. .) AS:,lm, Jl.'
IOfnF' ,i,) hIstória Intrigados, ,icntistcls p perplexo: Qd.1dilf') Ha um rlrri'..td braSileiro que tem p~rcorridlJ um caminr:o
r_ü:, ,;j/ :~, t.-,r,lm pO' dlver5.Js ve:;zps '~U' preendHl('" p,"">la ViSd') muito solit,1f10 e o Sf:'1J nomll: é l';.rdel Pedrosa Para elp d arte
le Cc ,rr'; 'lu,;: '.Imple<;ment~ não e-'I ~tlam. U t,~nôn1eno.. ltt! P. <,ernÇlre um ,;)contecimE'nro da Hi~,t;óna e p.le faz questão
~:~-ii,:'r~te (~€n';TlInad(l cor de c.mtlaS!~ ,-'<I' ,Jf Int·-.;I'lenH"', df:' começór o seu tl.1t ~d[ho no ponto onde outrO"> artistas In~
p,:;"eCr' ter tl,i,),' poder· ie intl'fI's'",r em profund,dJ(k aos terrornrHdrTI . ISTO é, pora piE ii arte rJo f. dde(l:'nte, em seu
';', ,e ti nan <.)81)rtUI :'ddlj~ d,~ p'-ese:1Cia-lo ,~lguma vez_ Pe- caminho, de outra<; JtiYldilljeS sodi"li'" e pl( (> .Jpend<, no seu
d,,'.3, !:;nt;>r e ;\fC·I(-",~nr, t,'rT1 ~jdc o IT'-j,!, serlo e ('ntusiasta "fiteI ,-ier, rnJi~ um artista q\ lO:- P"'(P (I tla',!.:30 e pro',<,~g' JP na
~'". <u:.1' 101 L, !~IIf.'I(C d,1 estrutura ':' caracterfstlfa~ da". co- wlha dr) CI..1nhecimento (..) HOJE' e<,sp trdrJôlho cor ni7'ç,j a ,;ef
f '. '~.1ic<' fl"ndi..' "eu 'nt\?:I'-'.>e genérico, 5urge por volt,::! rio conhcdménlo internacional O drl.lj!a Q rnosrrrjU P. deI.;
"I~ 1': I, , ) I , ) :1b',0hJto pelo fenômeno espedhco da
, 'Jnferénclas nd Alemanha (Instituto Goethe), nêl Bt:>\gicd
_ti. ,._~" C) A an.-'!Ii:.e ensaistica d~ Israel Per:lrosa.
(Univer~Jad~ de Louvaln) e em outros países europeus ( .J
~)<i~t'.1t? Sr"': livro ,>ubre J cor inexistente, reforça a
Par~ nos, indi"'pendentemente desse inIcia! reconheCirr,en·
" ': ;.,r,'. ;ndld.::l('t' e val;)( de seus estudos (,.) A pdrte
to ofioal, tr ar,: -se de um dos principais momentO., de nos:.a
r.,' de ,_,' .... ~;II- ,o, <JedlLada ao comentaria das pesqulsd~ lrt~· t.alve7 o unlco capaz de levar uma contribUição m;::.a
i: lVE'th' 'iCD ,;> 3~ C'e~, e de sua divulgação ( ) Soma",;€'
<l.V di ',en.",}IVH~,entO da arte (. J
,,-,,: ,€', l' ~[r() -I, >- ,J(l,-:';ltal! histórico, aos estudos dtnârr
Jacob Klinrowitz
", €;: , _onr . _; pr"c:;ci:;Jados com o domíniO do uso esté-
, j .... f. -"), , trabalhe ensaistlCo e teóric( caminh.::
A pc0elta mistura <1e ciencla mais imaginação - talvez a
o",' J i:. 11:".,1;la'~C,~~· praticas. como por exemplo. o gra n -
verdadeira fórmula da arte clássica - é O que Israel Pedrosa
;- DiI'· rell,.;::wc [,Ira o Edifício Governador. este ano, em
i Fm:ol)selluência do recebimento do PrêmiO Tho-
se propõe a fazer, quando pinta seus quadros e, agora. ao
.. 3~ NL,.~r, PeJrosa (jeverá vi3Jar para a Alemanha este mês. escrever o livra Da Cor à Cor Inexi5tente_ Essa é uma obra !n-
Htic.lpa'", ,je semlnános (Documenta de Kassel) e realizara dispensável não apenas para os artistas, mas também para
pai ",tras'" uma e,""posição, possivelmente no Instituto Go· quem deseja conhecer os conceitos fundamentaiS da cor,
e~' ,.~, em Munique (,) n reconheCimento Internacional. se desde as teorias de Leonardo da Vinci, às de Goethe, às de
tant) I')sse orecisQ, endossa a validade de suas teses, agora Ó~tI(J fisiológica e simbolismo cromático De seu perfei-
acre -ldas de um sentido muito curioso e espeCial, repre" to conheCimento do assunto Pedrasa extraiu as melhores
~ 'tad<, pelo ensaio comentado consequências em suas telas, abrindo caminho para outros
Cados Roberto Maciel Levy Ern 1967, ele chegou à conclusão de seus estudos práti-
co-teóricos. criando obras em que a cor - a que chama de
'C QI,,,: sena de nós sem o auxílio do que não existe r A frase ineXistente - surge no quadro em areas desprovidas de cor-
de Paul Véllér'l é uma citação adequada para a pintura de Is- pigmento, Ler seu livro é se convencer do acerto, inclusive
lael °edrosa. Com o auxilio de cores IneXistentes, ele encon- estetlco, das suas teorias_
~n u nO\ld~., re\açóes matemáticas entre os tom e mou uma Flávio de Aqulno
.... ".:: :~-ét:~õ da cor; ,). Sua ane elaborada conSCIenciosa,
rr'lente nãr, é apenas ciência pura. é também uma revelação o autor tem todas as caractensticas dos maníacos. do,
,;a~ ':araGe"istlcas da cor como mensagem Ilrica loucos, dos possessos, dos obsessos, dos obsediados, dos
FláVIO de Aquino a obcecados, dos obsesslonados com a imenSidão de sua
racionalidade buscadora, e inqulsldora e de sua emoçãr.:
'ir ab' de 19 14, nc (alfa, Klee anotava em seu Diário: "A cor rransfiguradora que o transformam num sábio e artista.
r"'~ r', su E=J não necessito mais persegui-la. Ela me pOSSUI às vezes até quase um santo, pois às veze~, a muagern e ()
~':' ,e'-;p'~ Eu e a (Of ,ornos um. Sou pintor" O mesmo Klee,
'1
projeto de que se deixou motivar o levam a oraç6('~ qUd~e
ano'!. 1'::i>S ti;lIdÍ;; ,jtllmaria que a ·arte não reproduz o visfvel, franCiscanas de aparente ingenuidade, vale dizer, da purt':"~
torn) YJ:,,.-'t>:" N{l Bra~ll. ~m 1967, e depois de 16 anos de estu· que não dtemoriza os iluminado~ .
d','s, 1~,raJ;>ll-'i>tjrf)'....j ( ) pórle af1(mar, com dplausos geraiS. não
AntoniO HOUJi~<; 3
só qlJf:' é rm,l.1)f rn:l~, (~IJ(' POSSUI a cor. Ou mais do que isso, ele
pO~',(jI" C,If ~I\';I' l'j"'l.' i' I ">E'Jd, nesse ano chegou ao dominlo
estou sentaria diante cJ~ 11m nbc€'cJdo. UITl h,)n)enl toma·
do !I!nórr,t_'t'to qu'_' dpr;.c,rnlnO\J de cal Irle:-.:Ist'":'nte (por ,>urglr
do pür SUil verdadf'. e5plrrtua!I_~Jdo por elJ. IntelrJmente
no qUadro em "rN~ 'jf:$prr)'/idi1'> dI" cor· pigr n~nto)
df~dicddo d f"~'jd vnddde O St~U olndr é Insistente. J palavra
~rf'derico Mor",,,'" 'i
fluente f" iUlddd<J e o "eu ,1''isunto é (ar (.) O verdadeirO ob-
It:'tlvo cid dlh.' f do dltlsta OdO '>era I.) de propor os enigmas
Par", tocar o além-da"-/lr, I:;FI'" PE.'drO~d cQn:,lfl,liu Utll<l obrrl
te6nca das mai~, comp[etd~, (, abrdngenr~~!. sobl!:' ,) pr6prtJ dd f:'P'Kd] A dite .;' .1 t sflngt' do Jempo t por I~SO que é alen-
cor (J te".oulo de sôbedona. em hngUilgem slrnple;, e (on tôdúr f-nC.Ontrar v trabalho de Israel Pedrosa onde o artista
coloc 1 ,l~ mJIS rfl!luintadas proposições cromaticas. Para os

240
que. ((lmo eu, acrE."dl1am na alte como u~a f é nClade
.
"0 reer Çdf maior transcendên . . _. . .
mundo. umd forma de conhecimento e, prin(lpalment~;. de mutaçoes. Vlbraçõe~l~ e~l '>'~<:I V!';uahda(1e PP(I.l\lor fr.:>t.a
c'mo uma necessidade vital da espécie humana( ; busca da espe(.ificrdad drE' raçoes ligadas â hJZ E' d ':or N'I
, . e a pintura. pi:lrado)( I
Jawb Khntowltz ~ magl'_J Id(~ntificaça- o d .'I m~nte, ntlnqe
. e sua arte com a<; fo
OutrO contp~to que J'á n _ . rma, rnusrc.."" ern
-' ao e apenas o de I<andinsky.
A obra de Israel Pedrosa (..) tem o cafat~r de um~ pesQU\
5."1 capaz de nunca se (lcêlbar (J E não se dlg.;! qu~~ I~rdel
AntônIO BeNo
Pedrosa atinge apenas um obJetivo estético ou sensorial Raros artistas no Brasil t",ráo che '
Mil!:) do que isso - em seu lIVro principalmeme -, ele é di' Israel Ped p_ . _yddo ao nrvcl de mestria de
losa ara um dos d . .
dátlco Como um mestre Indispensável numa cat~drâ sem leira, Antônio Bento P decanos (ja CTltica de <lrtf> bra~i­
. e rosa SP(la ml'>smo d
nenhum. (...} No ano paSSado, Pedrosa ellpós no Museu de hgados à op arr o · " . ,entre os artl'>tas
. . mais \mportant.~ dQ m nd L·
Artt~ de São Paulo os bnlhantes resultados de duas decada'i do cflnco que ajudo . I U o 1: l~tO v\n(jr:
U a Insta ar ô cHre mOdefnd entH" n6s fa·
de pesquls,ls com a sua "cor inexistente'; aquela que brota m~~o, pela sua p,onderaçaa e pelo seu rigor (..l De ~ualr;'J~r
na mente do observador como resultado de um Contrdste
~,~:~~r~~~ue e poss~e~ saber é que poucos artistdS neste
def;nido pelo pintor Pedrosa, na mesma época, também . • capazes e evar uma pesquisa cromatl(d com
editou um livro exemplar sobre seu trabalho - o mais Im- dtal perslst~~nCla e sabedona. (,- ) Desta mane Ir a,t:.'" O pnme\ro
penanre de 1978 (.) e que se tem notícra a pintar com a própria luz E o fP~
Snvio Lancellotti ~!tado é de uma grande beleza material e espifltual e, ;0
esmo tempo, a beleza e o rigor de uma proposta validada
0a (or j Cor fnexi5tente é titulo do esplêndido livro de Isra- pela própria hIstória da arte. Quando se fala tanto em arte
(:' .:r-edrosa. pintor e senhor de sua arte e que alcança dizer naCIonaL parece que só nos querem levar ao futebol e ao
c máximo, e bem, com a maior clareza, sobre as teOrias da carnavaL Talvez, ao contrário, arte naCIonal seja a drte produ·
_ar, endereçando-a à prática profrssional. à experiência e à zlda no BraSil e capaz de uma contrrbuição histOf(C3. Como
paixão de artista Um IMO para artistas, professores e estu- esta, por exemplo. E nacronalismo talvez seja a defesa deste
jantes de arte, para criticas e CUriOSOS das coisas da arte da tipo de produção Uma defesa de nível Internacional.
pintura (...) Israel Pedrosa, com paixão pelo assunto e res- Jacob Klintowitz ~8
ponsabrlldade profissional, com capaCidade excepcional de
pesquisador, fez um estudo completo sobre a importância Creio que Israel Pedrosa podena enquadrar-se nessa norma,
da cor e seus fenómenos Interferentes na visão (. ..) A pln- em face das excelentes exposições que fez em São Paulo e
rura em seu amplo setor de expressão (de comunicação), no Rio de Janeiro, nos últimos anos. E graças, sobretudo, ao
do quadro tradicionalmente concebido, até os mais surpre- renome que lhe adve!o da publicação de seu livro Da Cor O
t2ndentes recursos de técnicas para aguçar os sentimentos
Cor Inex/stenre, em que questiona problemas, surgidos e e~a­
minados desde a Renascença até nossoS dias. Tornou-se por
estétiCOS pela só presença da cor. Da cor que é a luz. A luz
ISSO mesmo uma publicação Instigante, cujo conhecimento
que traz em seus ralOS a cor (,..)
Interessa tanto a artistas como a críticoS e cientJstas. Mas nào
Quirrno Campofionto \b
é este o aspecto principal de sua obra que me proponho a
observar nesta crônica Quero, pnnClpalmente, finalizar a
Disse ~srael Pedrosa: ~A cor ineXistente é, sobretudo, uma ja- importânCia intnnseca de sua pintura. além de seus signifi-
'leia aberta para o sonho~ Foi essa uma afirmação modesta, cados essenciaiS, no panorama da arte brasileira atual Insrsto
As realizações desse artIsta, não apenas no campo da pintu- apenas em sublinhar que, para Israe! Pedrosa suas pesquisas
rd. mas no próprro domínio da teoria referente às variações comportam questóes de ordem artístrca as mars variadas. Vão
da cor, com repercussão no cenário InternaClonal. vão além da realidade ao sonho. em suas buscas de harmonias crorr;3-
do 'lije confessou, e da conquista de conhecimentos cientifi- tlcas e de fantasia Este último domfnlo de suas especulações
caS. Apontaram novos caminhos para os outroS pintores, no engloba o própriO devaneio onlrico, em suas complexidades
que diZ resperto às estruturas cromáticas. Possibilitaram ain- pSICológicas e em suas significações nem sempre decitrada~,
da O.JtroS empregos da luz, diferentes dos que se tornaram Ante seu misténo, debruçaram-se Freud, Jung e diversos de
conhe<:idos ni:lS telas dos ImpressionlstaS e nas de outrOS seus disCipU!OS. A par das amplas perspectivas abertdS pelas
plntor~s modernos. Procuraram igualmente novOS significa- buscas e Indagações de lsrae! Pedrosa. em SUd'l perquirições
dos Simbólicos da COr t ) O grande Kandinsky conseguIu, a e nos resultados que Já obteve, eXI<,te a ser cont.:-mplJ.do e
partir de 1910, 11m nurnHO'10S trabalhos, o milag1e de tornar avaliado o Vdlor de sua pIntura E e>te é hOJe considerável.
a pintura uma arte equivalente d rnúsica Foi esta uma das dada sobretudO a cultura do anistJ, Torna-se, por ISSO mes-
maiores propostas qw' elt redil/ou (. ) Dppol~ de Chclg311. o mo, e"trrnuIJntt-~ para o cntério de arte rro(ar Ideias com Israe!
úniCO remanescente dos mon~lros sagrados d,l pintura rp- Pedrosa fie nao é apenas douiLl no estudo da cor. Aborda os
volucionárld deste século, Ot:IO que Vasardy é lnlvez O·H t\"tJ diversO"> problema') da ôrte de ontem. de hoje e do futuro,
de maior perfeição visual na arte do OCidente df'sf.>lwolvrdo (orno o f.ll qualquer critico ou historiador bern Informado \.. )
Alegra-me notar que a pintura do noSSO lsrJel Pt.'dfO~~ tOl J ,me cinétICa que tem em Israel Pedrosa o seu maior pIntor
l a5
na-se ainda mais completa, pelas suas pesqu s no terrreno em nosSO pais t a1nda seu prOPÓSitO pIntar 3 ~ropna lu:: (..)
Os estudos de Israel Pedrosa dotaram-r'lo de multrptos recur-
das tramas de natureza óptiCa, Que levam à ulrrapa}SJqem
das perspectIvas aérea e linear renascentistas. procura alcan-

241
n10mPlltos. e,>peranças, amor. maqla E. prrnCi(:I,tlrneme, ê
sO!> teóricos e t&:ni\:o5 Não ,;6 no cenaJlo bra':-llelfo, Sl'n,lo
urna descriçáo que de~cortlna o alvorecer ~ '>e o.1r'ji,) nurr
tarnbt;n1 rIO Irltern<1uol'al,10rnOU-Se ele hOJE' um .• duto(jdad~ pas~ado belo e significatIvO Ao contl ário rh', estado g~'r3! do
n.1~ pp.~qU!~(I~ da mr, Foi por is,>o qu~ conquIstou ú ·Prérnio pal~) e~re 1f abalho de Israel Pedrúsa e",t,l longe ,jo' je:.,ani' I"I')
Thorn.ls M.!Inn' nd Alemanha, tendo ~rdo conviÔ,ldo (j visitar A SU:i rampa de lançnmento e o tLif)S(pndente ElE' ndo está
€' ~e p..~iS. Pod~· se (I<,:,im l~onclUtr que a verdJdelra pre':'"'..1o
ceqo pelo (onungente (. ) Israel Perilo:-,d p um con',tnJtür
dt:' ,.,.;3 drtE' c' ,Orf<\. no de.::énlo passado, lIe t' aquple quIO' inventa J', nos..;:,as Imagem. No ')E'\J dtr-ill?r,
Ant~ ,mo Bento
l'm Nltf'fl~i. Nilfe <3\ brumas radiOsa'> e rJener05a'i de t.jnto;
"(Jnt!o, 1';rael Pt"dro'>J revela mrt!camente do história brasi-
'. N;:I~ obra~ dtualmt?nre expo··tJs nd (lalt'r ,.) AM Nierneyer,
leira ( ) LOOl o rJe<,elf) de c,onl.j( OS gr,mdp", temas do ho
. ~rael empreqd (CI,iO l) '~l"lr sobr,,:' VIr tuosi~.rnl), ,jiiquind(l dr)
rnem, do p()nto dt~ vi'.. lJ da histórd braSlle'lf,l.l<;.raPI Çoedrr;·.a
I' ':'lO de me J-'Jf,l djf d H.leia de quP Jtrdves!ir lintld~ €
',elec(omll) um rio') maiS lntriq.rntE'" f' IrlSt l g.-1ntes conJuntú~,
tom St 1J~\,"r' suw~rlr (ort') nfl re,llrdJ,jc rneXI"HmteS, md)
de imi1qens conhecidas pela hum:jnida(!e t. dtKOr,Jdo soli-
oar.aC'l..ilh ~,lrf !Veis e ..~IT) constante vibraç,jo. Us. mdo
dament~' note ';istema oracular I1U(' [) ;}rtl~td organlz;:t o seu
,,~)S (!t'ntitllc <? preestabeleudos o pintor tenta
:onho Desdr' sempre, Israel Pedrc,ó tr~balh(t'Ja com a alma
cor, J~J:.:' .1(1' ' ( ] I \ n,) m0notonid e até dar conte LIdo !In co
brds!lelrJ E.m 19S1, iniciOU a rndlor pf':'jf:.jUl~a rrorn;3fi(a-:la
c; ) ,y,,~cr.rlJ sei IslVel
FlávIO de Aqulno no),a arte!:, descobriU as leiS de controle da rí"'fra7dO \Ufnl'
nO~.3 f) que foi amplamente explicada f' d~.'lnon:.trddd er'l

ir.:;' ~dr( -.il :.mm.d c.xn a cor inexistente no Sf'U mundo


leu ivro, em 5d ediçâo, Da cor a cor inexlstenre (_ ,) U n,fvel de
)( ·u:, bnndd ':om imagens multicoloridas atraI/é
)Q
quaildade das imagens coloca este Taró entre ,)~ ~e!l 'orr-s e
•.' SI _...... ras ,jPornétncas que dançam em nossos olt',)S ITalS bel! :.>. As imagens tendem ao simbol0. Náo olharE:m-~,'j,
_, ~ ;,) r ''':~ ,( ,-ht;,JS de vida. São mutaçóes, vlbraç l€S e 'e- 'pr 1~: dE'.3>, a nossa história da mesma maneIra. A:. ·rroa-
;.. .. -s' um,:: combinação de luz e cor que enchem a. ~ao ger.- têm ) poder de tornar conscIente conceitc:. d' ~p-:-r,
.. ;UJ!q. :r;:r espet ·.ador. Noutras as linhas retas mulncolo· )O~, Um art ;ta encontra o maior momento de seu destlnl,.,
)~fl-,:C'n emitir harmoniosamente sons musicais que e no~, seus benetioaflos, recebemos um legado visua! de
UI ;t..!~· ·"..lS~US OUVidos l .) O artista vive assim mergulha- nossa realidade.
r:!( "lU, I t.Jr;~verso de sons, luzes e cores que estão combina· Jacob KllntoWltl
j( 111 n a linguagem perfeita (..,}
Reynlvaldo Brito Israel Pedrosa, o pintOr da cor IneXistente, vem emprestar-
do seu talento e persistência à cnaçâo de uma obra Inédita
J "I!Aido e limpo mundo geométnco do mineiro Israel Pe· no país: um taró feito de 22 quadros delicados, protagonl-
c11"í.1 ';,.) €<;tá de volta. (...) O complexo de retângulos e forma~ zados por alguns dos mais misteriosos e ncos personagens
cor,::,trutlvas de perfeita harmonia revivem e são comple da histÓria brasileira. O trabalho, que se revela como uma
mC;"It.:.Jdos pelas cores depuradas que nunca entram em verdadeira investigação sobre os nOSS05 mitos, será o reore-
cor:!1.:o. EStamos diante de uma obra realizada com Intuição sentante do BraslI na Feira Internacional de Arte Contempo-
e riqor diSCiplinar (...) Pedrosa é meticuloso no seu trabalho rânea, em Paris. em outubro do próximo ano Até là o mago
e ,mpede qualquer deslize (,) Ele bnnca de perfecClonismo. Pedrosa ainda pretende reprodUZir seus óleos no formato
T-:>mos, então, urna obra adulta, repleta de meandros Óptl de cartas do baralho esotérICO (.,) O tafô de Pedrosa reúne
co~' om perspectivas admiráveis, PesqUisador Incansavel mortos e vivos em busca dos mitos nacionais, '. J Na ver
da~ formas e cores. o artista atinge ponto alto em sua pro- dade, esta odisseia pelos sim bolos do tarô e celebração do
dução i ) O único. porem. na presente mostra na (galeria) trabalho a que dediCOU a vida inteira. Nela, Pedrosa domina
",a'J F-aulo converge para meia dúzia de composIções de sua técnIca revolucionária e volta às tormas timlrativas que
~eC' fI9'Aatl'':o C) Essa experiência - deve ser experiência, marcaram o início de sua carreira.
ao menos em função dos quadros expostos - em área que tsa F'e~soa .1

..:e";)'J há muitos anos (...) O fundamental é que o geome·


l.r!:,mc lI~for'f'l.:)1 de !srap\ Pedrosa tende a crescer, porque o A vIsta Inventa as cores, ou melhor, d vIsta mt'tarnor!'QS€:J.1
InV€nl, Ir, (",ta na trilhd do artIsta há longa data. Ele sempre realidade ao seu modo. E embora ISSO Sf'IJ totJ!mtnte lmJ
renOVél a ':omtfu~;jo rem~flr.:a f' cromât!ca, e sÓ isso basta- gln~rlo, é CIentificamente constdtável t corno nl' narr JtiVd"o
ria p,:jr~ i1::.~·~qur',1r lhe o destacado lugar que c.onqur~tou fJntá:::.ücas de Kafka e GJILja M,:jrqul~~ ruda (bquil~1 e;.,lste,
na ar1J' ':ont~mpíJr;'Jf')f'a brao:,de!rô_ Basta entrar nd Gdleria, mdS tudo aquilo existe. (..l ht,) obra dev(>ria "ef utdlzada
olhar dS grand!'"~ ({)f'flpo)lçôes i:l frf:~nte e à eSQuprdd, Ilrl dreJ n..15 ,)ula'; dE' filosofia ou v:r (llnVt~ltld,l em manu.11 P;IIJ a
centrai <j!f:m Od':. rn,j!J!(a~ tf.'lds quI?' f>stão no !Jdvirnen! rj ~u' I]cnt~., P.rltender ,1" vt'rddJl'~ pt1Iitk.,h e tdeoloqic(jS que nos
penar Üal'lf'l ,r, rnilis f~1r7r:-', Od mo"lld) e tr:'nlo!,. rlldnlt' dI'" t~'nIJrn Impingir (..) Portanto, 1t:'lOm,mrl0 o fabuloso IMO de
nos~,()s olhos I ,In 9~(")rllE'\rI~rno pp~r.iosr}.
!5r"!f,1 Pt:~rJIO<':d, podf~-se di?!..>, que entrt' a cür e d cor rneXIS-
Iv!) l,mlnl tt'llte pst,lc' lod,lS 05 COles, sobretudo JS IIT1Jqlnaflas
Affonso Romano de SantAnna'
o que faz Israel Pedrosa perdldamf;nt.~ rwrdldo prn ',pu ,Itl-'
lier durante tantos .mos J Ora, (: mUito sinlple~. [1(> (l'visA,
I il';tuflddore,; do porte de um Hen(ich Wo!fflin Jd demonstra-
descobre, registra e torna SimbÓlica a histórra hra(,l!elr,1 (
rdm qLI~ a arte do OCidente vem evolumdo dentro de uma
uma narratIva cheia de personagens mlstt:'floSOS. lJrandt~s
comtante sucessão de "VISõeS lineares· e de "V/SOeS picroncas,• •

242
, ,;1'1 .,..,terrup;.0e'; CrecorneçO'i! ) E e jUSWMente dS E'~peri.
tr,}jf'tónd ' ",r r")t critle" rj(' 'Irtt' . ,.1\", (f:'X,r,,, ,-'11-,'J I ,z-j(1,-". pcll.'
~~ :'. ·JS ,h: ~(ldchen (tc) com a .:c..,- e.j sua dus~nCia "ele CI 'P1JOlj c.l)nt\~rênç,.l"'. ,,!ntr€'Vl:!a', prç.I~.Iv ,. ,iprE"·,td\C>e<; de eJ'
a r-in!.J 1 um ql Jadro ,1enornlnado .~rraçoo da c' , i...k~':: ',1,,,,,.. PUol.')(', el'T (J:-,P Israf, P"dn:, ,1 'Íl c' ,r re o;,ç,t.rc arr;',ta: -orno
\-" ,,~ue \t" filian', (1', estudos teonCo--praticl'~' '.ir) ,lrtbtJ pld:;- ,mdlt) f'- J'!' !""m, C avid AlI1f1· _~,'~ueiros, AnL>n:(i li, ~e.ra. e
':C,) t .,~;l5;h=lro rsrael Pedn.l'.a SObre ilS r1flnifro~1:açõe', das, :QtE,
11 )"r~ .an·~rqf) e terra', de p.ntura e :nodern!~!11O no !)I-Lil
1," .:c,n'/;r.,1<::t!' ·~ue lhe permitiram Chf'\}3f em : J6/ &I:' :onclu-
), rttT,:o rf'veliJ ,r",", fIno ,'Ihar I"'~rpretat:-..:o"", Jn1u.~ ) '-
~c,' to' tencmel10 '1ue dff,ornlnOU 'c, >r IneX(,t~'!'Tt!:'·, )
101 u rcflC'){,jl) J:bn '')s, 4'(.J~ema· jo~, '.;Uó:1tJ ,ra!}
ROl"lleL de ~e!:o : ,ourenço ",
. bf>tI' Rebcli,)C()oç.aIJ(!'

'. ol,)du"áo .urf:,h:d de- Isrcl(>' Pp<jrou enl~'ebç3 1,,~tanCrJS "lão n-,e ClIJF ~vo a eXdmlf ,'lI ':C.rllO ,- r. r' _'o os m'lr(ti~ di> p, _....
t', !5. e r('sultadr'~ jt' rx"",quiq~ Cientrtlc~: p'>r ele ",i.
li: ,,)11 enc,- ,mendddo~ pdra ~0' ,!rr-.,JI ' I · .)1'''' do ~.~láCrr1 das
, .\i' .:t rJrril da \'I~ ,f) ":I,)r H1-ex:-:.tMt(r ~-1~,rln,)ntE.' d!?',)-
',L:;I~e .. iJ! "J,i:o; em t-JC''1d '(or~. t·'lel Pl..:~n' <1, c1rtist,j cons,,1
~rnc' t:'1 de mJtiz(>-~ lu.-:e:i, . ('lmbrdS. AsS!fn:o!"',,"" num..l ~~'ld(,ecrftlC'iexCt.'~R/'ll homemQlX' li ,tat~,'n~,~: pfl)
, , ", ~,. '-"t .mt,..-\lja, la pintor bU~,t,:I '" cn":,mtrcl ) -c1tem~d'l
J[f'( ,~'. hum.masd-'llnteli·J~n(l. i .•~, ,Ir, .~ curic: 'I;)(:~, 11' :\!3t)
;::lft2'.J 0 d!em-d.:dorma O além·da-téLI'Ka t : Dlna· r)< ddv.,rt~r']j~ laemoçãc- ,-"rhe-:-'''!Ô,'r :rr'~JNu~',~da
-;'-'1fjc a:; (Oles. Perirosa alraflçJ a ~~,f,i/\(,;,J da pir.h.. '-l (. } (,hra .JC Pl! 'tr,~,. fa;.: C,)m m.j~ -ViJ ne:.tE' Ti'IfI.",' , li.rf() ,J
mento 3ureo da r~zd. e do senSI"Je! Mal,ri ,~r,;lo,lrI.J
Mlf an d~ :~drvalho
t.. mco '; 03rco-rri~ vr'~t.al (. ) t ne:_d ';:;;"',~3 nn.. ~l...,
V" ,,':~ '".rafli sua af!::J(.JO em . 1)~.,1~
P?droSil, além de pil· t~, I: r3E:'1 Pedro! a. desdE' r mn )() de.- SéC~.lo p.J ~~ 1v 1

-. : ~ftf~~i(:C,' e~tá 1i(..j3Ch) a teona da cor n1~:X: lQn.te "u !es.envc ....pu :_,:-",1Ulsa~, para demcr·,trlr J~ r)I,j'1...~:.. r:;I'
'. ti co: rue surge no fundo Drar!") da te:a, er.tre trJmas _~ '.I.a:f.:: metw.filcO) (.) um "enómenc pc r l',:! -"lmêt,-:o jf'
"dr' :I'~.l~J~ de '.ma mE ~ma (or, levadas 11.0 p~r:,:.' .mo °i')r ir px' .tl.,tE-C.)..!ma :ol~, no entartc ~ a re\lerberaçac
'"ou' jC c0ntIJS!t>1' DesneL ..~sárrc di;:er que .~ "..~t~· 60th_,) dd~, ,,-,xc-_ no real, -,'utra. a r€V€Tberar,ôI ~('rt li r", OC' .
. C :C~IJ<) ~ :ol:lpe~énCla da ..:~jti(.3 literária. Ha, cOntudo, di! obr:l. :-··'a f'xpenr-r .~ -l,J ~"ntor é ÍlslC,a n~ rnetati:_, J -.
{.. yrr Na L;,ncramdo dos r-lemnceito"'. Esrl?flc,," da Era dm que i.;Je mrra é UI '''3 ~pifal~') .,,j,(. \Jm 1 aluC<r\!~jo,
-~'-'m05. :J (,lPltulll "A !atêr-;ClJ poética de (..Ielr Campos· AHún: ,) Rorllanc "e .(Ir ,:Anr-,a
)24-1999) poeta em vina consagrado pela critil.a e que,
,.' ,trt-'3r'" COrrlil ~anto) outros nas mesmas condlçOes, de· <ar[o, Orummor:d de Andr..:.de pm uma de '.U3, pr';i"','d: In-
,Jp':lfI?I~e'..I no burdCO negro da hlSfOria e da memória colerj- naga: ~(omc, é o lugar! ::juandr ninguéJTI pa'.iS<l por ele;
'.1 (. ) 'ornara· se. e continua sendo, um poeta confidenciai. t""stem as COISJS sem '~rem w:n:?w{. )·~upmr,) r'xistên..:.r3
""del'ado ao Silêncio por ser VISto como esquerdls[J. as- e um do') textos mal:' bebs e refl~xlvm :10 dutm ~ 1 Mas
,Im (,)mo Roberto (olltrr sofreu o mesmo destino por !!~r o poeta ndú e<..tá ~'~ f1E"Sd Nentura o pintor ,:.r-'lel Pe,jr. ''.3
v._,to C(mll dirf'ltistd (. ) também a'i:>lm c. faz em':::I ar~e_ Artr. especu1atlva de(el~OI
Wilson Manln-; '1 E espet:ulandQ sobre urna pC.oSlb,lldadp:- lue o 31 tl:,ta ~I'
cando desvelou a ·cor f\~X; ,!C"t(( F;2r;õmeno, -,;':" dUVidar
1o,ú ... onem'TI.i:o,,1('5 Precom.:eltos Esrencc.'s da Era do) úrremos f ISSO que I ~ W no ttpico -) dc.minic ,-i 1 C,): .ne:<.:l:tr.- t ::>·
~ titLilo do livre que tsrael Pedrosa acaba de lançar, mar· ess':'~'a da (i~ruja Da plr·:..~) e -:0 IM{t'f,;-e ~\.'bre 035 Iml
• ••
~1,10 éi; '_ ,1fTlemcraçôec; de seu ser anlverSdno O livro ri1 qen') vl~uJ:5•

,fIt .l~ ~.-":VltO de ensaios produzidos ao longo de ~ua Robertl' c;:, K,Jhl:'1lf'yer·Mert-frJ

243
DEPOIMENTOS

,) ... ~(':: tMiu!f _qll~ (onnais~ent actueUernent le~ cherchelH<;


,t(!I': '~ar .1m3 espiada na tal cor q\le dpJlen'l no di' nom:, Univ",r',!t~, unI? leme É'rnan,;-snt dI'> VQIIS, e)(primant
,,,~dro lC . te' ,ide- po~~a ali. embora o~, olhO<. da gt'nrp t votre intérÊ'1 ct vutr.· luqNn~nf 'íur nOS tr ,Na, li( deJà redlis~<:.
01" i ' ,ti":' 1fl':a r('lli<~rdS)enl a <;Ud oSlemiwJ: pr~sen­ et 511f lp·, prnqrdrnrnC'i de rechf>ráw f"r\ cour e! '1otamment
1llrl
\ f.;fl) C 'IL" Li ('::::a\l3 no '_luadro um Violeta qUL' ndO
'lUr le'> andly<;('s chrOlTliitiqU€<, d'o(·tJvre pKlul.Jles, "on:.tltUE'
_. , pl!':t~1 I. ) I. omovido, m,1'i rt'tlc~rltf>, con
(di! une réf(~((>nce de,> plus utJlf."> paur I:) (j/·tr·nse dE:S m~rprs
,iq\.-FS. (onhecldos peritOS nessas coisa~
de notre seulon Vls-à-vis des InsldlKes offi( ·~;!e: {.)
ri, Ilt' ,)r "stJV,imO$ parados h,~ séculos
Univ,:ir~n~ rj~ lOU'/dln
, Iros, n';' J ('~~JV1 parado e sua cor Ine)(istt"nk
, :m, positiva p,lra ele e para os amigos
," _ 'r',..:lusive C..} Pedrosa vinha há Agradavel é reabrir, de vez em quando, o enve'l'J~e que
trouxe à mensagem de boas-festas do pintor 1'5o(CI-,:,1 Ppórr,...a.
.... 1(1,' 'Iç. J ;jn~ cores sobre o branco, e

( 31 " el: fOi convidado a fazer


E, dentro, comprovar que a cor Inex!stente e/.istf' rr,,"" ,mo
IC ~o1<-'](1 Universidade Federal Pelo que se conclui mUitas outras cOisas ditas mer::':..!€'r,te-"
~t, va esperandO aquela lá um dia poderáo também existir, e com isto se õ!canufô
,I In po !C() de intuição e
não apenas a essênCIa da harmonia cromátlca, mas a ~~:.
I- ;!; C:' JetivO no ateliê e subJ€' pna essênna da harmonia universal.
.~ li' "pnta e Oito horas por dia. e o Carlos Drummond d~ Andrade
,L ..::: ::: 'ite- 3f .:Xistindo (...) No maiS, se tudo

~ ...-iO, ·~u, I.. 1( amigo de Israel Pedrosa e homem In Ou então poderia dizer: Israel Pedrosa é um homem de apa-
,ern:,adC"' n:J ~bertura de horizontes sempre novos ao co- rência muito simples que abriU os caminhos da arte para ('
..-,t, eoment\ e ao progresso humanos, confesso que estou
futuro, revelando através de uma extraordinária Intuiçãc e
)r;jMO e o digo sem falsa modéstia, pois o mais triste de um trabalho que lhe consumiu toda a vida, as posslbill
'1ue pode haver neste mundo é um ser Incapaz de vibrar. dades secretas das cores e foi capaz de pintar com a próprta
Gelr Campos radiação. t o pnmelro pintor que conseguIu dominar e utdi-
zar na sua obra a própria luz.
L:' lua contribuição enriquece e renova a paleta (talvez con- Jacob Klintowltz
Siderem anacrônico mencioná-Ia) que se conserva ainda na
mão do homem, que o coração comanda Tens à tua frente Meu caro Israel Pedrosa ( ,) Você me dá a medida da ge·
IJm caminho aberto Etu o percorrerás com a mesma hones· nerosidade do artista em sua mais alta expressão: além
-,1ade e modé~tia que marcam a tua árdua escalada, Anali- de enriquecer a todos, pelo aprofundamento da visão do
sardo a 'eprodução publicada no jornal O Globo, verifiquei mundo, ainda manifesta o requinte de um coração delica-
Qj-l> geoniE'tnzaste a figura de um peixe. Deduzo, então, que do no trato com um velho arrumador de palavras, a quefTI
(., f'rT'.pn:·qç e a conjunção de linhas retas, assim como a va distingue de maneira tão cativante. Estou. comOVIdo e gra·
:içáo tenal ~E' (Cr escolhida, tenham prodUZIdo a irradiação to, a tentar expnmir~lhe toda a alegria que senti por seu
di: ..."Oí 1:'lexlste-nte com a mesma Intensidade obtida nas figu- gesto. Mas há alegrias tão puras que dispensam torrna ver-
. ~: ouramentf' geométricas que vi em teu dtelier. bal. Ficam vivendo na gente, em siléncio, Toda a admiraç ~o
Iberê Camargo J~ e toda a amizade do seu ..
Carlos Drummond dE ·\ndllde
\. I~r~ad'-, PE'a~, suas amáveis palavras no dorso do es-
boç. ja np.3 de POliedro tU desejava um desenho exata. Caro Israel Pedrosa, (..) DifíCil falar de seu livro. t um tfJtad0
rne-r r•· r,. ',I> ç -:.Jo, dI"! kxma que fiquei satisfeito com Q seu
pela leitura do qual preCisa um preparo nâ( Int~\lst('nl,' qu€',
prOjeto. e n~(J e (lff'(I$O .)r:rescentar mais nada sobre, Em
todo \;(ISO, If\ ,iSTO: )lfrn . penso, poucos têm. Contio ao ~~miqo JacoD t"'>CJf'\";' um ar
lIgo pa I a dA rte Vogue. Vejo no seu IMO UI n 1r."lb,111)(1 total 5Lr
Munia Mendr:>s
brr um J5sunto de base para ~€' ,;l~1rO,lrndl elO problemd d,l~
Caro Israf<i :",,~.jrO~d Muito Ih,· :iqrdner/J peli.l SUd eJIC.tl€ntr' cores, ObriCl,ldo p('la hom\>nJqt~m, qlh' e pe~ta J Blbliote.:.:a
carta Podp (r(~r '11JP. fi, ~I 11-', H)lJllo "'nslhillll.ido. TeSternunho. do MASP O J;J(oh mr- ldlou de 11111,1 posslwl t'\poSI\ lO Que
como o ',E'U reprF,~ntdrn <3\(Jo de '''',pf"::~iallJfl[" 11m PO('t.j dt'verl,j ',P( cl1rnp!pt,}Ii,l nor meu ~rnlq(' btarnos .'I dlspasl
Ac.eite O~ melhCJ[ç' 1/0\0:' (' 11m .JteIJO',Q <lbr.J(,r) (1'::";1(' ';I-~U ç"n Abrd\-O dOF'1j ,1drlllhujOI.
Murilo MI,nt.h-'s Pleno Mana Bardi -

(her Mon~leur Pedro!>CI, (.) Nous 9drdofl') un f:-x':r'ill:nt SOlj l~r,IPI tal conlb;ltcnre da f.orç.a b<.pedicionáflcl Brasi!E'Ir<l, na
venir de votre passaqF> io el ",spérons Quevous poUVl--!l rour Itclhrl, P df'POIS di! guerri3 estudou pintura em Pans I} Ele
$uivre vos travaUl( avec SU(ces Par alUeurs, vu IfO's conrJltlons ~OIlLI em livro o que o levou a mergulhar neSses mistérios
do mundo dds cores C.) (.3rlos Drummond de Andr,lde ~

244
em JsraP1 f.-'edrOSd me<.d:1 de artista e hum<lnista. FI.)vio de
;j r:ow,~q\JIU ir mai~ longe em sua'; bus( l-i t~1TIporaIS, ~f.'<1
Aq,;inO escreVPlJ que ele criou uma nOva poétiGi da (or e C.,,,15, luminosas e colondas, uma e OIJtF\<, em pelrT'dnente·,
Jl,.ob K!intOwitZ ,JIZ que ele abrIu os caminhos d.~ arte p~ra mutaçÕf'<' (. ) No pintor Israel Pedras,:, fkcl difíCil ' ..}her o quf'
n f1Jturo Para Antônio Houal5s. ele é sábiO e um clftistd, à" admirar mJl~. ~€' d "teimo<;ia" dm 5eu'> 1:0 <lno~ ri!? e~udo
w.es até qU,1~e um santo. Contesso que este belo livro me no I"blnnto da for, <,e a colocaçao est~t\c;} e artl'.n,} d~'.~,,1
deixou da mesmo tempo fascinddo e perplexo (. .) mesml:i bU<,Cd qu~ se veníica em s~uS qU<ldr05. P(Jfque nele
RuhE'rll ~r 'hJa . ,c Juntam a teona e d prátic.a, e'1'rendidd dqui (amo pré:<I'>
i,lflhlf(éJ Nos anm 70, Quando rive ~ oportuniddde d!" ..er

Eu reajo, eS(Jevo e vivo com ressc,·3ndo J~~ntn·


essas ·:ore<' seu aluno na Umwtslc1dd •..' f~4i:!ral Flumlpense, em NltE'r6i_
de mim AnaliSO o rnundo,'j minh..'l volta e o m~u ponto de JHlflquei que par.;! el41' O estudo e o ~r dldatlCo camInha·
rpter~n(I,1 selo e<,sas (ores surgida::;, essas cores da transmu· v.;!m de mãos dadas com o pintor P!>qudTltl) drtl':.t,) f. ma1s,
taçãc.. essa ccr que vem de outra. Melhor, re$SOi-J em mim $0 não frequentava c ~eu ateli€r qUf'm (1,10 Quises~e, porque
3 pú: ·.ibihddde da tfdnsformação, do sonho do homNT"I de as ,u3'.. portas estavam :.empre aberta', IQS ,jluf\v, [r"nre'
ril. =lar se pl\l superior conservando a consciênCia indlVldl1 Idnto, o ",eu prestígiO crescia no BraSil e no mundo t_)
José AlbNto Braqd
.., es~(' trabalho da cor mostra as suas entranhas, o seu
. ';50 de fJzer E descubro que, da mesma m,meiril que Apomba dn po;: de Israel Pedroso
"ria COI inexistente, também eu me sensibiliZO e trans· Branr:a pomba da Paz,
~._ '1": contato com esse trabalho. Ele me eleva e me PÕt' éJsas alUIS em leque,
1) ;~ ltdlO com o melhOf de mun mesmo, Encontrei a rl"'1I
verdes ramos nos traz.
": Ht€ A arte da minha época Sou feliz Sou um critico,
Das barra"S qut' ora a prendem
, um homem do meu tempo
Jacob Klintowltz libertemos-lhe o voa
Que as flores surpreendem.

) ~ 3rgandinha branca, Israel Pedrosa me permiti na usar o Flor de maracujá


rJmE' para distingui-la, pOIS sobre ela o artista exercita- e humildes margaridas
aS d~>liLadas combinações de que resultasse a nova cor querem Paz para já_
cor Inexistente, tão existida, depois que ele a revelou. No arco da aliança
Carlos Drummond de Andrade "-4 o branco abrace em coreS
nova mundo criança
) Pedrosa abnu um caminho próprio a partir de uma des- A cantar em ciranda,
ob.~rta a que ele deu o nome de cor inexistente (.-) Pedrosa demos todos as mãos
fi juz a experiéncla estétiCa ao aqui e agora das excitações na luz que Deus nos manda:
da retina. E isto não impede, mas, pelo contrário, propiCia Dom Marcos Barbosa -. '
A PAZ, A PAZ, A PAZ!
.: 'nó tal intensificação do campo visual, que nos termina por
''''sef'"ltadeal uma carga de impacto e, por uma instante que Excelente o discurso Que Israel Pedrosa pronunciou por oca-
lCJa, nc - faSCina. sião da reabertura do Museu AntôniO Parreiras, Simples, ob-
Ferreira Gullar 4~ jetivo, esse ilustre mestre de tintas. dos maiores do Brasil de
hOJe, fez o retrato 3X4 do fluminense Parreiras com iniqua-
~Mu';' 3ro Israel Pedrosa C.} Fico-lhe gratísslmo, meu Querido lável precisão. Nem uma palavra a maiS, nem uma pala'lra a
~I'sta, e é de coração que lhe desejo para o ano próximo menos, Israel estava em dia de Capela Slsnna
~:."a: al{:grias e a constante felicidade do convíVIO com José Cãndido de Carvalho
c; dte que você tem servido comO admlravel Inovador,
(l

At ~aço ~fetuoso e a admiração do seu Conques, le 18/10/1989 - Monsieur Pierre Riam, Malre de
r
Carlos Drummond de Andrade" Conques {Aveyron, France) a lencontré lor5 du dNnle -;alon
de la F.\.A.c. à Paris. (octobre \ 989) vos coHJborateur, et d ~te
Pi!fiJ <:S deliíidS do Pintor MineirO que pinta sem cor, ofereçO particuhérement séduit par la qualité Jrtlstique dl~S oeuvr€'S
r,p '61i1 dv Poeta Itabirano que tem oitenta por cento de de M. Israel Pedrosa, La ville dont il est le Malre aCCLjI;~l\le chJ
fplfO ni.!l1!rf,d Homenagem e preito de admiroç~o aoS dois, que année, en périorle e)tlvale, de') dl/3lnes de mllliers de
Joaquim Guilherme Ferreira 4' vi')lteurs qui \tlennent admirer IfI bd~lhqlle IOmdne eI 50!! tre-
50r d'orf!~'Jrerie médiévale. 11 souhaiter nlt ~J.el.'1 étJll posslb1e

.:Ji;al é '1 cor da cor"!" Esta pergunta redundante ou ,:)té ab abtenlr dE' cet artl:,te l'al.ltoriSJtlO n ,ie faire une !:"<position
':Iurdo deu titulo d 11m quadro de Israel Pedrosa, questiona
n UI:.' ses oeuvres dans les b"timt'nt~ modernes et ?ldapté~,du
do e im.tlgdndú o t:'')PCdddor ~ dúvida e a análise 'Sobre o
Centr~ cul t urel et Toúnstlque, Je suuhalte rais dane avOlr tou-n
tE' prp';';'JSlon Quant au:.; modJht~S d'une éventueHe exposltlO
fr:nomeno que \h~ (:r a uddo vpr Mas a p~rll\Jntd ImpC'IP"')1:'
pou rétt-" pr0(hain et Je Te,>le à voue dlSPosltlon pour teut
naturalmente, haja 'Jlsta que anH.'S df'" ISI;WI. Jrtl')tdS <.ornLl r
Leonardo da VlnCl. KandinSky, (1,..lud€.' Monf:t, () fi~,I(o Che·
lemeignt"rnf:'nt ,:ompJérnenta,re. Je vouS pile d'agréer, Ma-
dJmt!. Monsleur, t't'..;pre'Sslon de mes sentlments dlsnngués.
vreul e até o própriO Goethe se debruç,..H<Hn wbrf.' o assunl0,
pour le Maue de Conques Je BibliothéCalre Píerre LançOfl.
teori7ando óté d exaustão os díversoS meandro:. da plnWrô Pie!re Lançon .
Em que pese o valor e o peso dos nomes aquI a').,malado~>,
convém desde já dizer Que fOI o brasileiro Israel Pedrosa qut'

245
lipum W"uit,1 C) A cor inexistentE' Bom, [;"0 P (Ima longa
( " \!le,L plano', d~~ ... JoQt'm ~',30 c()n!emptam NE'w y,)á. ,lJté € (ompliLdda históna Tão longa que gelou um livro !luc;tra
..:.; " ; "'x. l1'l)-'O • ;0': )tl "U
i
,~nvl<ll'l\íO algurn matl":'rldJ rt'ti' do de mal~ de 200 páqinaS, e, atrdv{'s doS exemploSlJt:;;uili.,
ri- 'J' ')(I)::'i,' ; ',ra\~1 "edrosa n.a F:AC de PJm (,1, 1') dt' ~J Cor.'I (or Ini'xi5renle, pode-<;e entender a IrnporT ància
. ,t, ,;,. ie ',~, p1fd .f'''''O t:el urna jJel:\ da lJr,~nde df"~~d c1escobertd ~lridental e d erudiçiio d~<,se mestrl? Que
lil:.. 1: '...::.:...., 't"'í-"',:>~ :'Il'andc ,~$ GlftJS dt;"
,;! L-',,:d '.:Jr.H.l(1'IPntt: pJlece sentir se embaraçado com o fDm ("r'!.
"" ':~,n,")c"j" f;:JUk mlt!,-dS l~ hj~1C'ma do Bra'.1I !lmonlOSo com que é tratado pelo:ohHdsta I) QUP pOs:,o
, f( , ... dO 3 c>o:OC; t;;53S ':r!J: 'n C('.~lJe!' ,Jflrrn.Jr F dlnrla hOjr estou surpr(",c C0m o qlJE' VI - fi Qu~.
J

"~. .: ~ "....k (:c3r ('11) p..;:l!Clpei ,~eff> '\:::';;.,1 (C·: redlm~>ntF', e<;',-3 ml~,i{"rlOSa Cf)( !nt..'xi'.tente rE'dlmente ex\~
,In ~ C> e'o:, ,;0 -"'m r.k'W york \. ) ~n tE'_ A ';urpresd telitnWntr:', hrael Pe(ir05a nao ~rJ C Robel1
-.>.1i? lU~j 1ç inrl'h:: ;ar, .rp,l g2.ldld ,l€ drte
Bresson eu imjyinJVd QUf' poderia c,Pr Ao'. /·1 anos, e
qUf
.,~, ~!' i"A 1l'IW,-, Ô0 I,U€ prJ1ramar d t:xpOSIÇilO ararentando menos do qU(~ a j(J,jdp crnnolorW_tJ, F;'q,) em
(Y_ TI j~ (~r, " ~e ,'mprt:"d (-)::,1) por f'xemr lo, olena forma tlslca, e o seu cérf:'bro é \ )rn r!2s(.uro llue 'Jeveria
l! ~A \ "n: , '-3 parte di ,ponho partiCipai cio
,,~r gUrHdark, no cofre cultural do pJi'i r J
(.,:'rI ic Jl' evento ~em outro inter e 5St'l
Val,~rio Andr ddp
~ Hat Jh.) e 1 nC"rIE jo c1:tlSta pJtrk:IO,
, )1 ":11" ~ d( 'ti PfOji':O :OV. 'llorqul
lICl.1t:vl de solic)tdl a Museu (a!ou')te Gulbenktan - Lisboa f_xmo C:,~nhüf tosra!?!
;... ,r,· l.:?h',ul patro<:lne Pt.jrosa - Na sequência da sua vinda a f><;tf Museu para re'
,r 'e rn rf'produ;: ndo a"
1
:olha d~ Informaçao sobre a pintura de Turr:er Nnufraq~'(, (j~
lo':- ht~h.. ,:c ie '-Ida ufT' ' . lrgue"o, agradeço senSibilizado a atenção qL.~ teve ·1~;
~tll K 1')( P-lUE ,0, ma'>
mF' oferecer urr' exemplar do seu livro Do Cor à ( ) f mexl~
'r, Ij..\(\r T 'U histÓr i d tente, berr como uma seflgrafia igualmente de sua alltorid
n<...ordou \ :(~ pO~ ,se Jt~ a Cor inex:stente, Mutações cromátiCOS e Formas v/rtuOIS, e que
:Ir lUi lO L +'" fazendo, Alá~ ele tem eX(:e- mUito aprecieI. Com OS melhores cumpflmentos.
_n:~ .-: ",(.') ( , li ' ) poc' ~3 pre,là 1 - 5E' como e:-<.celente João Castelo Branco Pereira
li '-'9(;~:' 'Õ mc 11103 oaleria de New l'ork (..)
Henrique Sérgio Gregon ~ Outro dia estava no ateliê de Israel Pedrosa, lá em !carai t o
pintor, que conheço, que mais pesquisa e estuda o misté
f ,,)i elF que :lbfld a porta (. ~ nos primeiros minutos falou por rio das cores_ Está terminando um liVro chamado De? aulas
nós dOI' Na minha condição de espectador, sentado na pf) magistrais, estudando a obra de dez pintores, de Da Vinci a
flerfa tila, pen:ebl que, apesar de reservado, Israel, ~edro~a Pollock, passando porVermeer. Turner, Cézanne e outros, Que
',30 .'ta ar-.tlpatico e que não ostentava a autossuflClencla ta . nos legaram, magistralmente, lições que os mais jovens não
mlli<.r ' , pe~,',o<y, importantes O rosto não era uma escultu· deveriam Ignorar CJ Israel forneceu mais argumentos deses'
ra d: (I'C r;-~ filO f' Imperturbável como o de Drummond (.) tabllizadores da tese de Hockney (Davtd, o conhecimento
Ruy li';' j...l ,'" se Lembra que Robert Bresson não riu ou sorriu secreto), chegando a ironizar: ~Como Caravagglo conseguiria
lIfT'1a uni ..-ez :,so I,) clelxou particularmente perturbado- convencer os cavalos das duas versões de A conversão dp
e ~.~'m" ,~',l por <;" 3 '~2' deSistiu de fazer a entrevista que São Paulo a fICarem imóveis naquelas posiçóes, diante de dfTl
. ..:t<:', 1i1! f---. ~ "lt'te~ então, que Israel não na (e nem haVia Instrumento óptiCO, para serem pintados?"
,--' >10 ç jf3 se; ',-,~~ '':')boçava, vez ou outra, um sorriso Affonso Romano de Saf't 'Anna
,@ pun·:\("na'·3 '_'~"':'.Jntral um daqueles estúdios que a

1e-,tl' lê nc <,:~i''' ~,;f')peus. estava totalmente engana Variações em torno do alUI. {. J Os pintores impres5lorll~ta5
JO. DOI' 1,ry~I-' '';!çâ(, COM que Israel administra o tempo Já mostraram isto E entrar na questào das cores e enr" ar [1.1
ia el(ten! ':,' =l" : ~'ni tje trabalho. Nào havia pincéis a viS questão da ótica e, necessariamente, numa questão filo
,.,! m~',' '~)~, je'; Ita, 0bteros fora do lugar, Jorna!s no chão.
sófica: a fluidez e a metamorfose das core' COincide CO""I
J Iguah',ente_,jrprf?":ndel1te e a organização de sua vasta
a questào da verdade, também sempre flUltt1 € I2nl mela-
!, t;. _ H',.- Cnul' ,.!ti -lvé'J das lombadas dos [(tu los, pode -se
morfose permanente. O pintor Israel Pedro~,1, por €\emplo.
ver qUf: "", ~I)~ 'o'10S h)ram :rr.portados da Frélnça, Itália, rs
dediCOU sua vida a estudar cI€nttli,:amente óS rel,'H.ôes entre
Pii!",ha [:.IA ~ AH:'" "mhd { 'Di:,;,e lhe, então, que PU n,JO era
un', (:SpeClJ~i~',l r:', a",sl.Jnt0, f~rnbora como hompm de clnC'-
as core" e, em 19b7, apresentou, n(l AI(>rn;mh.l. UPl traba
lho, já editado no Rrasll, intltulado Da CLlf ti ((}r ine\lstenre,
rTl.1, 9Jj~a:",~. f..I mUlto, de Plf'ltlHB Há mUito ele del:(ou df' Ir
mo~rr~ndo essa cOiSd famác,tICJ' hÍl U)r('::' inexi<;tente-s qu~
ao C!n~ma, n I,y el1trr 'J', ti!r1e<; rTi61cimtes que assistiu estão
A E\::~lda, de Iclhrlf', '-'h rr ovilJn0, d':, PietrIJ':.Jf'rrnl, A N()\ a eXistem P'-.Ha mim quE' vf'nho de uma tamílid de dallónICo5,
I ,'tlE'raade, de !';l=>f\(I : 1m, Ce{!(!~ de um co<,ampnto, {j,;> InqrnJr tlJcJo I~to rem um coh,)f)do e\pccldl E ddldnTO logo llue o
Bergman; ',)'i C,uordn .:ntJV05 do Amor, d~ Jar:que'i [IPInY; O Illp'U ,-iJlton!smo n,io fo daquel-=s que anulam a<.. cores. Ao

Baile. de [ttOtE Scula, ': Cmob/vl1co, de MlChdf'1 (Ilrtil. Fald Contr,mo Vt~jO r:Ois.:1S que dte Deus duv!da( ).
mos sobrE' a importdl:r la da Cor rtü CInema {.) hl di"1 F't:-drr, ,(J Affonso Romano de Sant'Anna ,',
raramente atraves.xl a qigantescd ponte Ri(J NiterÓI pdfa tr
ao Rio de Janeiro ou a qualquer outro lugar, Admlfw,ffc] o t. ) A boa verdJdp é que sua condição de filósofo da cor
J
tempo com J preClsâo de um relojoeiro suJço e a diSCiplina lhe .lssegura \) título de pintor das ide ias• de artista da re·

novdçao, de renovador do processo da arte (..) Saudamos.

l4<>
- • •

iQualmente, :>ua obra eSCrita, notôdamentf o> estudos dI'>


o Mundo rJõ wr Em 1981 quando coordeniNCI '.' --: Júcc,"
'G6& quarl(:lO veio a publico o qu{' poderiafno' t.,lvez tj(,
(j.~ An t:,·· do e,lnCIJ J~ Oe"'f!nV01,.. ifTU2.>nto do E.:aado da Bahia
-, ,Imlnar Teola e Pral iccI j(l Mistério da r:or (.,)
(UI'>pnb,m·" o), (onvld"l I<,rdf:'l p,~rjr\-,~,J a partl(lry)r do pro).?-
Mal< (, Almir Ma(j, 'Ir,-J t() d.l Pj(pn"" "dO irlllTulil';il -{ Mun -!O rjd r )r', ,) A pdrcer, ~
,"mil hldel p, Jr"d re~llltc I 1l11ma dT e"t,,"rlénca~ mais
I 1 C 'm-J .;.ta rl(lüf('';-O I:' 'uHI (.lnlinhou com ,1 tnl'Sfnn v~:fdd
fE'l j mLl,I~ (~ 1'1l111 11 I' >((:·jol '=-, ':E' nrJfJ e->') Df;' ~t..jrl u rr ,-1 r,r)n{ ri.
Ih~ e (Om a me'mil d~·mrm(1.-l em ~LJa'i De," Aul'l', M(/q,slral~, hUI<.,lO !>llJ!1itk,jtiva na dr;!;J rjõ arte E"lu(a(~MJ
I :rt~,d ui: mou aqll, ~ualt>IWJlü9i,-l HOrtlt'n,~,wrn.l OUlro!
yl1/la ,A 1hd -!J.~
~ue ~'(''l'I0: ~: i n~'~m() C,.) f\Jao sei dto UIIlJ InqIJIPt,)<;.10.
ur,"),) per1c'I.,'~o que conVIVdm d~ modo rdO harmonioso hrael Pedro'};}, um mestre L,) umJ drnl']<I C' -Jrtl~',tj"!jf'''ira
n,:"lSrf1C '\tcI1t' n(l nll',t('[IO,>O refllgio de Israpl.laboratórlo qll~ for a :;ua ali ma, rnaruk,'stou f) df:'scw rJ(> '/1 ta-lo f> f!.~ - 'Yo
:-;"I( ) '1 tP·);r"l .;lklLJ1mk.o, buscando a clara Qp.ometriô ddS recF'bt'u (. ) Pedrosa estava terminando de I .ri,)1 l ~·'fr".:'nr./
f'n S:' .. d,J)oqos noturnos (. J QlIad ro~ da s~rie O Bra,,>iI em carriL de t:Jró, F. u (e,r,\-. ~CI" (J
Marco Lucchesi seu II'Jfo sobre a COf, mas descobm qUE a p'JUC - J' ,<,'I' -:eJi':'
da minha ca5a alguém fazia um trabalh 'ãl Ct:nr;'rl!!" ~r';,J
". -
..,. .. ·d toi para mim surpreendente1 Na época :!u e~tdva v"'pariw-
0r -t'xic,tente dü minha tese de doutorado em letras, na USP, QI ~ e ~',.;cjó
arcO'IIOS dobra df:' dez escrimres brasileiros - nôrrativas que punl\:.m
LUiZ Antonio Pimente' em -.end 'lgUll do louco -, alguns anos depois resoh ~r
a ela forma de livrf' Israel Pedrosa autorizolJ O uso da figura
)nado com uma reprodução da cabeça de Tiraden· de A,mõnlo Conselheiro, o Louco, um dos quadro:> ,je ">'..0
:,W \.l, 1?1Y1 Juiz de Fora, aos 5 anos, ele fez seu primeiro sériE' sobre o taró, como capa do meu livro: Sorrl/éoios 1v
retratando o Inconfidente. Israel Pedrosa, de 81
n .... c"" AI.'eSSjl' Razão e Loucura na Ltrerafura Brasile'ro, l nir o nome
'pxobridor da cor inexistente, até hoje passa no mi- de Israel a meu estudo, ;Jlém de ser para mim Jma ho;-·~
1, horas por dia em seu ateliê (.. ,) com d palheta na Imensa, nada mais é Que tornar público o Que este ar',')ld
, pintando a réplica da Batalha de Angulari, de Leonardo pela lUCidez e seriedade com que na':ega nos reil os da
) v ncL (rlaç,io, reiterando sempre autentIco amor à nossa terra" ~
Gilson Mont€'iro! causa humand - representa para mim e para todos 05 que
cultivam apego às artes neste pai:;, um MESTRE!
.'IZ :,rês anos que o MAC (Museu de Arte Contempor~ Luzia de Mana
I~.'l}"em buscando uma forma digna de homenagear I)
Israel Pedrosa é um dos ;ncontestaveis vaiare) intelectuai:
ar ,tel '-rael Pedrosa, que escolheu Niterói como abrigo e
de nosso país, Seu legado artístico e teónco forne~eu ~ub­
l.h:zatc· ) poético para as suas Investigações que culmina
sfdlos para:l cnaçáo de novos paradlgma'- estétl(o~ c'Jntri-
, :1: -~ Cl)m as descobertas históricas sobre a ~cor inexistente~
buiçôes prescnt€'~ no duradouro êxito de seu Da 111..; ~t
~ • .! e c= obra de Pedrosa devem ser reverenoada~ como
• ~ ,a ''urda mental do acervo da cidade (..)
Inexl 'eme
Rober::o) Kahl·lever·Mertr r ·
Museu de Arte Contemporânea - Niterói '

247
NOTíCIAS -

rrt'!prdlTl.J ciddd·: A (orrnli cilíndric.a sempre fascinou Adel


o plll~or JStaf,1 j)~~dro~ I~stá f')(D0ndc d@";de .'0 do COrrente !<"arar\1 r.) Todd J lJ'hiJd~1 do ,'Jndar sobre térreo é recob~r_
um) :<PI ".' d~> p!nturJ~, fi':) tivrari 1 ; 'I-lJOfJO. em Niterói. F:nw' O~
f..:'I por um ~Jdinel de JZIJI(~lQS rJ~! valor drtisTlCQ In~stlmdvel
.]ua(irr ' ,~\postoc; urro requer partldJlar atenção pdd impor
f1nü,j IX'l'-,'" "~ (f'V(',!<, (' (\ de numero 1./ todo elabotdrlo
(, .1 ! :.r(-lel PI?dro~,a proJE"tC/J urni:\ 'J( dnde obr d para o Edifíci~
nll r' ',";If~!, u,,'uIO$ gt',irT!etricos '~uP ocupam p-n nleir<1s r,owtnddor. único no Qênero pm I.otjú 0 mundo, São onzp
. '''''lNr i, ."c. '':';::1',' pla6riW. Uma unica cor prirr1i1ria o rnd azuleJO) pintados esp~C!éJlment~ pard propOfC!CJnar!j~
,1T'·I~l ; r'--' ",~riiis ti...>"alidadô -- roi utilizada na obl',). nú p.n efo?íto decorativo e estétiCO r .) A lncepa F';o:'!?(utou o tr<lba.
f;)nt· lUan,1c "b~ep.'Jdd de uma dlst~n(.a dI" Inai. dp 60 (rn, lho d'" forma irnpecàv.;·1 (.) Tudo es>€ (onjUr,t0 rJr.:> 'r.'.lbalho
(1J-S: " ~i ,~;-:'c ':,1;:'(1[(1 de urr 3 irr.1Ôl<l\.ClO vlolt.::ta (,\ A cJA5C()- r:ul~i)uul'la obra que orgulhd a capa(Jd.::l(jf· arri':;.tica e rj~
",,..-,: ~ra~' r'edu7! r1C L.3mpO di! cor po'. ,LIL:e,;' .) I..; fj1 ' prO(11 IÇ .. ) . :;e ~Ios:,a gente
<;, , e; tQrrr, irrporr;':'.:1 e Jma aplica~a() q; ,'," tr dn:' :c ")(k , o Estado do POf(jnc) c

-! ) C : liramente :ft' _~tj, ':, propat]a-:;e a (lenda e à in!Ju: ti 3


Jose Roberro TI {e!f~ L t t ' ,)(. c' rJatro anos de afastamenro das gaieria<:.ISIoel :Jf:'-
.. ..}f.: ") e>".por na coletiva que sera inauguradó quar.
t·! J lU·!1 cnd<lr.jf Jrn eÓ1h.:KJ da Rua,_)nçalve Dl~, r
• tI· t;!ima Íli;I 1a!erra Marte 21. Nessa mostra, Pedr(}~
pc. K(, 'nptr: ';' Kim2 di) rr: \'Imenta Ir, t or1j,O :ja 'jã 1. 11: ',' ~nt .. , os ul110S resultados de sua pesquisa sobre d
rI ,~t, ~H .~\ ' um ~rti5~a solitáriO, No seu atelitor, ha Quadrf]s f lf ncxj~ Lente (. A cor inexi"ltente já mereceu verbete 'ia
por t(~,jo~, '::~ ladm Na est-3nte, obras de tloethp (A Te,mo Enoclop~ua Delta Larousse e será incluída na próxima eOI-
aus Core',). df' C Antonio 8arbieri (Esrétlca de lo \'iSlon y dei ~ã( 1 da EnCiclopédia Britânica L.) A coletiva da Galeria Marte
(1)lor\, EugeniO Delacroix (D/ljrio) e outros Segundo n~vela ,,1 encerrara as atiVidades da galeria este ano. Da mostra
Pedrosa, o domí~io da :or inexistente é o controle pratuo particip,:uam, além de Israel Pedrosa. mais 21 artistas, enUE:-
de ferH)menO produzido por uma cor pigmento em vária') os quai~ Abelardo Zaluar, Carlos Leão. Iberê Camargo, Mana-
gamas, levadas ao paroxismo, resultando na produção de bu Mabe, Marcelo Grassman e ScI!ar
umcl COr complementar, pois, não tendo sido pintada. não
Sónia Coutinho '
f").iste r:Qmo cor pigmento C.') na opinião de renomados
'~rtt!co~: de arte, o pintor Israel Pedrosa não descobriu a cor
Nascido em 1926, em Minas Gerais, Israel Pedrosa há 24
Ine,istento:-. pois ela Já existia Ele conseguIu, porém, algo
anos microu estudos teóriCos relativos às diferentes ma·
m;)l~ Importante: o domlnio dessa cor no campo das artes
nlfestações das cores de contraste, chegando em 196:' às
plásticas, o que não havia sido alcançado até agora.
conclusões básicas do domlnlO do fenômeno que denomi-
O Globo" nou de cor mexlstente A primeira mostra, no RIO de jane!'o,
Wouid yLu beheve that the next grate revolution in paln- do resultado dessa pesquisa foi apresentada na Ga!el!J de
','g may be calJsed by something that doesn't exist? In thls Arte do IBEU (1969). Em 1973 o artista foi laureado com 0
ca~.p. lhE' füture He!ld may be caused by the domestlcation Prêmio Thomas Mann, instituído pela EmbalxadJ da Rep;.;-
c t n'Jn-exI1j,tE'nt color Non-exlstent calor is colar perceived blica Federal da Alemanha, com um dos capltuj\)~ do nVIO,
~-y '_h,.. fye, bUi not pamted Instead, two colors of the same ainda inédito, Da Cor à Cor Inexisrenre. Toda essa teoria e
type bUl 0f diferE'nt inteosnies are placed side-by-slde to demonstrada em pinturas abstrato-geométricas. por meio
Cfl.'ate ~he :rnpresslon of d thlrd. complimentdry colar Non da Junção dos efeitos ótiCOS com as mutações uo~nátrcJ:S
p.:o..lstent .: :Aor 15 rhe discollery of Israel Pedrosd, a Brazilian chega-se à proposição e descoberta 00 artista
paihtr~' whn rkl-. mf'nt 18 years reS€drching dnd mdst~ring P,lu10 Roberto leal
thE: phf:nornell€ Orhef) ha-v'e bE'en aware of Ir for centunes,
. . . ~,'~bly (ltrman SCif'ntl\t philo 30pher, Goethe, but nane A Biblioteca do Conqresso dos EUA ent-"UllIenóoLJ CinCO
t'laJ~ t)«~~n ~b!p ti) I'xpl3in and corltroln exempldJ€S do livro Ou Cor d (-'Ot Ine\lHt'ntt", Je Israel Pedrosa.
nrnf'': 01 8{o,~1f Zózlmo
AS cidacJ~'s modernas jJfOCUfdm dprnon:,tldr ,J ~lJd pl)ldn(~,) la rrt!>,-mon Implique un be<:'l..lln de LornmunicJtJon, la créa-
~ a sua própria .3.tirrnàçdo na:; ((Jfl~truçó~_''S VPltlCdis ( ) llu tlon drt!~liqLJe ft'(herche souvenr. et se IIPut partols. un ar!
decorre o valor de urna obra qlJP';' (idddl~ ô(.)l)'1 de qcHlh,H
d.. cornmUlllqller L.) Nou~ <;ommes heureux diaccue!tir. tf
1'1)(r.d5ion du X/e (ol1oque de I'AIMAV consacré à la 4Créatjvl~
Editrc!o Governador, localizado na RUd Prr'':ildf,'fI\I:. Fclfid COm
13 de Maio (Curitiba) O seu Id~'alizador ndo o viu pronto,
mas seus companheiros de Jornada o COrtternplclrarn e ~n-
If-~ et dynJmiqU~ de I'dpprentissage~ quelques exemples de
j art I:onternpordin brésilien _Introdution (...) Evandro Carlos
Jardim () Maria Helena Chartunl ( ..) Zéllo Alves Pinto (.J

2-t8
Desde domingo passado encontra se em Vitória o arwl'"
,,-, ..lU :0 P;nhJ je MClraeS (".) Enfin, le peintre Israel Pedrosa ta p!astico e professor Israel Pedrosa que encerra hOJe leu
,'irll . ::lmme le plus aurlaoE'UX dans sa specu l<3uol1 théo-
curso sobre ttê'oria da cor na Sala do Centro de Arte~~ Pél'il
fi iUe 11 a e!aboré une these sur la couleur complémentaire
uma platéia que ultrapassou todas as expectativa!, da :,ub-
J 'J:" dt' conrraste) qu·i1 nomme "couleur inexistante
Relloria Comunitdna cerca de 170 alunos. Com o encerra·
n2~( pa5 réelle m,m unlquement le résultclr d'un
mento do curso, ,)'S 18 horas, será aberta ao púnllco uma
1ene dp a percept;on, Son voc.abulalre pla~lit":lue tdlt
rllosrra com cerca de 40 obra,;> do artista (. ,) Uma mostra de
~n It'présentant experimenré rie l'art IntE"rnatlonnl
rdra oportunl!jad~ pdfd se ver e conhecer um trabalho de
.. lU Bn· ,11 pesQutsa no campo da cor de Importància verdcldeiram~n­
Philippe Robert. Jone<;
te mundial (..) quI" resultou em livro Int!tulado Da Cor a Cor
)I~ ,'f de levai ao conhecimentO de Vossa Senho- Inexistente.
Carlos (henier
./1 0a lar à Cor IneXJstenre, de autoria de Israpl
.Ima das obrils selecionadas pard participar do
. ·0 de Montreal" O refendo Salão, que se reall· Novembro, segunda quinzena, no Rto p em São Paulo; dois
·real '!"ntre 21 e 26 de novembro corrente, não aconteumentos especiais no dominlo da plnt1;rêi. Pintura em
,.. JmerClal Constituirá, no entanto, importante seu sentido mais elementar e autêntiCO: a atlvid"de de pin-
I,e dlvulqação da qualidade editorial do liVro tar, colom, dar cor. Em outros termos, um trabalho em que o
,,'ovelt(, a oportunidade para apresentar os pro- artista 'iubürdina à cor os demais elementos, Diria que es~E' é
,tima e consideração com que me subscrevo, Oe o (dSO de SérgiO Telles, assim como - e sobretudo o é lsra p !
, ' ::lo Chefe da Divisão de Difusão Cultural
Pedrosa (..) Em estilo, em geral abstrato, dentro da linha da
Celso Amonm op art, mas com um colando Igualmente Intenso, fOI a expo-
sição de Israel Pedrosa aqui, na Galena São Paulo (. ..) Para o
!::> e '_:"21::"1 Pedrosa, estrela-dupla do ceu Cultural do slgnatáno destas linhas foi uma dupla e feliz COincidência· a
)m .Jfel ..I0S0 abraço,
de poder assistir a ambas expOSições, aquI e no Rio, e de en-
Ronaldo Mourão 14 contrar pessoalmente os dois pmtores, dos mais importantes
da geração atual de artistas plástiCOS brasileiros
Osvaldo Peralva
)c',tê~· , ., Hilton de Pintura da Década de 70, Nesta panorâ-
",11(- .'ibrangente, por conseguinte eclética de nossa pintura,
;11 ~: ~;~'(ld(l em dez pintores, um ponto não pode ser posto
Formulações do tipO "o que seria do verde, se nao fosse o
em Juvlda: a matUridade criativa de cada um dos participan- amareI07"(. .. ) e tantas outras que ouvimos desde crianças ou
:es, ',;Jdos direta ou Indtretamente envolvidos pelas transfor- nos são transmitidas como pnmelras lições cromáticas de
-'1,·1\ .~' pictóricas que marcaram a década antenor, mesmo
uma futura educação artística, pratICamente caíram por ter-
aqueles nomes que, com linguagem definida, não ficaram ra quando Israel Pedrosa percebeu a cor Inexistente, HOJe,
(Mif('"·~entes às reformulações; consequentemente, amplia- na Galena Oscar Seráphlco ele mostra o seu trabalho que o
ram oe _v >cabulário plãstico e consolidaram o seu percur- levaram a aprofundar e ampliar seus estudos e slstematiza-
so ;nl'..tl: (.) Esse diâlogo não se extinguirá após as exposl- los em Da Cor 6 Cor Inexistente, que esta na sua terceira edi-
çU<...' prt~ramadas L.) dez trabalhos, um de cada pintor, será ção O livro representa um verdadeiro tratado da luz, cor, Vi-
_.nulndo pela (ia, Souza Cruz Que os doará ao Museu de brações, abordagens nos níveis qUlmico, físICO e fisiológíco,
Art~ ~oderna do RIO de Janeiro (.,,) Ao doar estas dez obras tratamentos dispensados por Newton, Goethe, Leonardo
: - pintare, reterenoalmeme ligados à contemporaneldade da Vlnci e uma serie de ilustrações de percepção ótICa das
r'~ .,~"" Pã~j, 10a c'ouza Cruz está coerente com conceito do experiências, Nesta obra, ele apresenta "a cor que surge em
c -.. ;; ) 1i._li.:nO lionello Ventun, segundo o qual"uma obra de áreas desprOVidas de cor-pigmento, ou seja, uma COI que e
('fte àgf' c;::ém do ~eu tempo~ Cabe aos museus preservá-Ia produzida no quadro pela ação de outras cores· (...)
Marho Furtado
com'· uma d'? ', ..';;:1'.> funções precípuas (...)
Geró!do Edson de Andrade
Uma exposição de vinte artistas plástico:, vai representar o
t 1 tn') ,,-,,' 1,.~flÇOU o livro de Justlficaçao teórica do titulo pais em seis capnais européias - e os paulistanos podem ver
Da Cor a Cor Ir,' .<"Istenfl?, que fOI o trabdlho de arte de maior até domingo, A mostra (trê~ obras d~ cada um de vinte ar-
·,jce~;· q.ç, OIt1")i! A ~flm~ir\:l edição esgotou seis mese, tista~)e o piloto do que será exposto em sei:>. capitaiS euro-
á(>P01S, A segunda edição saIu em 1978 com um prefáciO péias. Paris, Londres, Roma, Hai,], Mddrid e Lisboa, durante o
C(""-agf~dor do Antónlú HOUd!').$, Este ano Sdfram d ter(~ira nroxlmo ano e a partir de I Q86, Muraçoe!Õ cromar/cus, tela de
e QU;;Jrta 'i'diçQes pela Univ('r'>ld~de de Bra').i1id e a Fen,Hlle. Israel Pl"drosa, um exemplo da pre<..ença da cor ineXistente.
Em 1978, O !t;Jmaraty escolhia DiJ Cor a Cor InexMentl' pdt,l () J!'Hel PedrosJ, que pertence Igwltrnent€ a essa geração.
representar o Brasil no SaLlo do lIvrQ I:"'m Montn:d! Clna r,ldlcallzou t"'ssa procura e (nou o que, até hOJe, muitos cri-
da Ainda neste ano o trabalho se torna livro-texto do (Urso tico~, custam a ver, ou sela, a ~(Or inexistente- que apareceu

de pós-graduação da Escola de Artes ViSUdlS da Unlvero:,ida em 'ieu~ quadros, ~em zona~ desprovidas de qualquer plg·
de Autónoma do México Agora sairá a traduçãO Inqlesa do mento·'. Se a preocupação de Pedrosa e a cor, no caso de
i(vro fena por Richard Spock (..) Amílcar de Castro a forma é fundamental em suas obras ( J
JustinO Marinho e César Romero '(o Folha de S. Pau/c> c.

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ri", nf):,~o pintor no r spar,:o \ .JT!n() -AmE'ricelno tia me\rna (I
la idea di concentr dle que;ta l"')pO~itlnnf' r;."llo J-llnl UI,1 (! ,w
l d.lOIê' no) rne~;. de olltut>ro e n01Nnbru c:I.,.~te ano, AnT~
,ji,>eqno ;nrql' d<tl proqr:l1o forse ambizlo50 di m'J'i!ld '~[,J
r 0:1 ',(-ri'" dp I.'. qu.-Idr')s ,h nova >/er~Q dn Taro r,clc\ e~lbid~
- r
S!?ft'"J ,!.aliti IJra~tI,<1n~ "movers') la ',U,l eITlu..:)onP plU pu "" dqUI f)1) PiO. nrt Ll,)lef'J RI::,.}lldo1ti", :,lpant?ma)
QJHlnO (drnpofk)lltO
II l,olorP, e e'.>p()n,~re '-nnrl"?10ne ,:,paLiale f1ata r:ll '.U(I IdqllrJ.
p',prr:'s:.o nel .1iseqnc l,~
mmrl-l 'Jl Coj'>ff' P ,I [i,~el 11'0 dr:1
Brr\,-de' ',ara p"e::.entada i'l pdrno ttJogt> ,i ~,'n',1 rl",!la (;,<11 A"" ntor<l karrl"J dE' ()uHrOZ kr f:'"colhJrla (.omo a lJaplsa
If-'Iia dr lI'A.rnQ,~SCI.ltd [)I JSilt;>;1 ,.\, .) Piau,J NJ ....1Jn,'1 II ,!' oIndl, I do 1'-1'," hra 11,'1((. f~lle o p,nto l 1:,~ .1e1 p"rjrnsa e)W mr')manrjo
Martc, pC",,~ ~',1.'ql \.()Ilrjr,j, r-.1,3dnd, l,:,rHlnoJ" la AI:o r,1ur,Jt1ti" polr;\ L<rtw Nll P 11", "'1fI oul'.Jbr(, '1'1 h:lra In~crllac(Jnal de
I','mno Ç(Iflentt. bpon'J,-'I]:' n,_'iI,.l me. ,H.i, nt·1 dl~,,~(jr,,) Ar Ar le ( , )1 It. ·mp';f;!f ,",i
<.3nql.:lo ILI'\< ,lli, :"fJCI P~'1fl.,,~,a MJfU Li-',ntiIlJ: nl'il) plHur" H"ird!m )Ij~d
Airl,'mlrMdllf1~, ,A.<TIil{,d' (k ,_,1:lro. f ,1}",i')': ,,;trow!'r, Mdf'- ,,!,.'

'1Id' ,n'3n11 VVkilJ,v.l!:Jns o 'l'ladre, plnmf 1<,(oel tJ(~rjrn"cl '1 1-,e roEl'tr<lt3 r) Marech':l!
r-f(;
RdCJhd Abr trno D.-;,).I(J'o ,( )fT;1) "Cclrtd dà JIJ~tIÇ;t (li.! .,~I" "i..,rÓ br'l",itelr<:J",
r.k/erá ~'-'í () cartaz ofiCldl cornpmO ri1 11 '/(, di) '_f"'flv>nano rJ'l
Ar'a: 'T1' :"i"-Idl e ,llradecer ~ua partlnrôl(Jo no 111 IJ, 'lep'Jbfll.... A ·,!lra terf' (omo oporrunJ '>jfj0"I(ldrJ~: o ta1'ü d~
_, ,ri' J< .d :., .. , ' X,t',,'adfc'. f) Rras!; nà Virad,'! do A'ct.i r , r" r" 'ti ~r L }Jrnc'lrna ,j )( dd Rf:plJbllCJ ,-'~(l t~~Jf'" (JV~';
, , ~llc '.) '/' PI.!,>,jllO, EM Brilsília, [:1 rjlo 14 ~ 1') d !--ll(ardr; eO,;::;r:t-Idt
_':'ld
llwut ~ orr(':~~f' _,1),).
Mare" M(;;,~l
,r l.1\n,;,; ,erais )!dtr in ·,926, Israel Pedr(y..J ',~'Jd:~d
.
., ,01 c i t in€ Art, Pali~, France Hp r,a' pd"lted fr",
',1 -
'di , __ I ',€ 11"_ ral<, :;a en -=' MI :.;:;) de Artl' ,-,I'·"
: 'j jm~ f1qst other <lward> h~ ha> fFE:'v-e1 n',,!
r J . i"'pliJ ,,) sai.'.! p€'rn·:ar"ntf~·:e 1,1~. plr-r (1 ~n
"lr :r. P'~'." ,Award from tre Germa n GO'JernfT'.pnt He ')
~ llc,''':,-,; p'dli.i::idos hJ$l.<l la f"chiJ mulO' :-
"~",e j'-F: 1,-'n; of Art and l.c-:~munir .:'Hlon dnd i tE'::ICher Df
, " " '-'.> __

'1; ,orpor,1!a "trabitJf'


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rr ~I, .J1 I c;nd \; ',ual íomur"'."It!or; a~ Facen He has -'1(>
"urnb,-~tç. Urqu; -;, 'AJ "
ve"1 ("l~I' Ipatl'd ir many conterentPs Includinq: Nademy
, ' ç Ir ," A, rs of "/11 ,nich 'Jermar.y, Goethe~ House, i-rankf,..;rt.
A' '.-,;)~,da : ',ued, qUI' c-;tE' imo homenageia a~ art::-~· [l,d'.ti
(lerm.1:', 'iupef1or Se ,ocd of;~,..,talt. Offenbaul, Germany,
_.2.:" _1'-',('031, ,:orn ,-, ,'nrMf. "De Portugal à Bienal no Paí<; di)
Ar,_hl'~;-- :Jf Do\:uMentJ of Ka)sel. Unrver~lty of Louv(jln
( vna',-,J: aorl" seu barraCJo no sabaJo para urn (\,,~uete'
DesrqnKJurnOi .
em TOm) I-I,) arti~td~ homenageados. La estarão rfltrl':' )U
rr05 '.' "<:ano<:, alegoricos" Bruno Glorgi, Rubem ValentlfTI f:'
M,! nabu MrJbe, a lém da "comissão de frente", 1:;1 dei Pedro:·a. , . mago da cor envereda pela alma do homem Estados an'
:~>: Qudj! 'f, a dlreçao d.d Escola vai ter que se war pnr,j aten· micos é ,;) nova coleção rje Israel Pedrosa que, apos 20 anos
:;hor dn", p,-dldos Mabe e- Ruoem Valentim querem porque trabalhando arenas C1m formas geométricas. prepara sua
(11 ,~·(ern dec.ftlar coisa que nào estava prevista sequnda: s·",rie rie quanr,-,s figurativos,
Fre-rl Suter Paula Fernandes ' .

A l.,r",:]:),; da T1Juca chegará ao sambodromo ancorada no Sem esperar t) apoIo dos poderes públic os. os condómincs
~f'ITId ·'O~ PornJgal à Bienal no País do Carnaval" . urna home-· do Edlflclo (" )w(I"\,-;dc( arcaram com as despesas do restau-
r:ag~m cL, df~E-'S plástICas brasileiras, cobrindo desde a chega ro do painel'2fT' azulejOS do artista Israel Pedrcs.a,lJIl1 rna;co
':a (J<:... :J0"Tl JOá,) 1ft ao Brasil. em 1808, até a Blenallmernacio- da drte e tecnologia do Brasil O painel de Israel Pedrc$j tem
n.'\J de <;;0 PJulo I. i Tudo começa com d coml~~ào de frentE'_ no metros quadrados com 11 mil azulejOS plr,wdo) c·m
t '_,"'r..~ homeni'lgem ao pintor Israel Pedrosd, o órtlstJ que rosácea:, em amarelo, e com radiadores acre e m.Jrror.s t
fr.ltj(JJ 'Jl"T'\illdeH íou reoria) no livro Da Cor à Cor InexlSfente. As pequenas rosaceas em azul claro Nele IsrJel f='~inS3 ap"·
fam 'J _,.~) íNntxando um iUco-íris: serâo 15 pessoas. cada qua! (Ou sua teoria da cor IneXistente: (ôdi'l d_1J!e::.J fl,n...:iOf'.a
reprê".enBri1 r ) lima cor Depoi~ a chegada de Dom Joào VI ao como uma enorme retícula que Vibra cc'nformeo a (l<.iSiçào
era~:, nurr:.'J re!uz~:>nl-= fuga rJas tropas napoleõnlcas ( ) do observador ou das vanaç6es da luz, mudJndo J C()f do
Miguel dI:' Almeida i
fundo. Por SUd Importjnc.id, ."Ildes e lotO" do r'Jinel xio par·
te dos estudo,> de vdrids unlvpr')ld,jl1t'~ '-1(1 mUnd.l MexlcO.
() r~j,o JUJo Q(' óqorCl rrfeitr) ern SlJ(j\ flql!r.'lc,.ôe'i,
UJr[d;i?:
Munique, ntl All?manha, LOUV,-Jin. noi Bél\lK,:\ \ )
(:omp(~ r!.d r ,dQ Im i':!rv'n:. r, i <;t ónr d:' f' ml! ICJ5 hr il .... iIpi rcl::. Com 11
Val~n(ltJ;(dvler
a Ralnl"',~ P. "r.él I.) A'.J 9u:;ti:l t 1JfJf.>nla rit' N'J pnlr~' ,jU rJ p L"UI .t ILell
t>~rq, O (-'pdrr) J, fjtdd"ntr"'" Mddlia,lumbl, Exu, (dplflJ, Pddrf~
NI)S 1}ltimm <,H)\)<,. br,Jel Pl"dro')(l esteve rectuso em seu
'·f'l'i
(I(ero, LdlflPldfJ, R.:tr:juel rjp r)lJf:'jl~)?, CdrlO'J rJrl Jfllrnnn,l, Villd
;Hf'ht~, ((>fl._1110 c1t-> UnLJ\ 1(,l,l~ e plncel~ Md'l, nd maior parte
Lobos. Carmem MiranUil, f:'ntrf' ()Ulfrl;' r~-'pre·.N,!.Y;r'I:'::.,l<'I,J .. 1
rlQ h'IIJpn, plt:'s p('rrn.mccer<1rn dC'liGlnSJndo na estante_ As
PedrOSà a(ft!o;(entd ~ '>ua ,)I")ra rni.lI', tHfI<t parCl:,ld f1'Jndf't,1'11'1
e que lhe eAalta o f>')p(ritrJ (flatl'J()_ t ':i~p c:onJun! U (,li 11' ',( lrnd ,) rn,JOS do rllntül ,>t~ Ocup.:trarn na l etter Olivetri e de pilhaS
tradição do Tó r6 urna f)(JVa fl'iIOnoml,). <311);jl e bf'1ll hr,J',Ilel. rip. livro, de .ut€'-, de ond~ tIrou subsidlos para escrever DeZ
ra, s~rá levado a panIClpdçáo nd ~1':'11;.llnh·rndrlf)n'll df' Ao,. Au/us MUt.JiHrwç () ",t.. !delJ ,>urglu de um curso que realazei
Contempor2lnea (FIA0 em PaTls, e numa rnO',Ud IlldiVrducll na I '..cola PdnArn~ricdna de An€'. em São Paulo, em 1993,
p'-Ha <,t'rvlf de roteiro cl um video gravado durante minhaS

2SO
l'rtier.,.ôe<,l:) Pf>II<,el que eSCTevf>na o te:.ro rrú m,)')omo em No rndl(lr <;llêncio, coerente (0{T, ':' tprnp~rarn€'nro rnlneir(J,
-p", rne~e~. Nàt, quella ticar tanto t~mpo <.lfa~tado da plrrru- o çnntor dos plntoresl'if3p l PE'drOXi ""m!Jlacoll 80 M10'> "i:. iJrn
''t M.3~ lul sl~temJlizando e acabei levand0 <,eiS <mos', conta dia em que a gente devp pular' corno 11i.:ii1 (, lmlgo Oflln-,
o JutOI Que tornou po~~e recentemente (amo soun hono- mond PrinCipalmentE' d~poi~ dos lO f ,"-,' tltulode~plnwr do',
rar:~' dó Ac.soC/;;çJo Brasilejra de Criticas de Arte O€' Leonar- PlntOrf::'" é por causa da SÉ:flE' de ri~J:,hca< que Pedrosd esta f.:l
111 d.1 VlnCl iJ Jacksc,n Pol!ack. ele rf'têlz o pef(IJfSQ Ij", ',00 lendo para d~ Dez Aulos Moy/:,frOls sobre pintura proJ~'!(1 Que
'f'OS de Hlst6ria da Arte PedrOS3 fela,-Iona vloj,~ p Obld dt:· c.ompletou doze .}nos df:> trabo:he'. ".omeçó com Leonardo e
't-' r":1l':.;tIt"S ria pintura com a mE';ma hilbilld.'de qUE' mls- seque:om Bosch, VprrTlt.;Pf, TUrnp.f. i~ézanne "/an Gogh. Klp~ _
_-_ Jlo1 n1f e forma em suas, tela'; para criar \iGÓe~ rmaDlnari<'l', ~,!quelros, Porrrnari fi termina com 'ack~Qn Pollock. Mal:' dI! 60
11" cflrta torma. essa '2 uma vlagen, autobiográfica. Já C1UI~ o quadro!. pdra 1,Jrr\d expo'-.iç,lo dr:' ernoc,)(w multidões (. )
'nr Ç'ii'ÇOU. nesse univert;,o. nome'; que InfiuenciJram -;lld Hlld0}3rd Ang~I;,
:01 i,1, Cvn"lO Candldo Portlndfl, de quem fOI aprendll e
1,,;' "E:~ roteiro d.'l5 minhas paixoes As aulas mé:lgl::.tral' A batillha de Israel Pedrosa. Aos 80 anO<. 'plfltor '~ra"'l Pe-
s~!'<: ,)rtl~!aS que ministraram à Humdnldadt' Mlnhd c!ro')a dr:ab;'l de entregar os origmal:> tiA ''-':U iMO, No Con-
,k' " müstr;)r em que medida essas obra') só porje tmm{IO no:;. Pr€concel(05 brétlCos do Ero dOJ E~crernos, <?m
',' ,Ido realizadas por aquelas personalldadf's~ diZ \)- qlJ;.~ ranta histórias que vâo de Mdrtlnho da VII~ e M(;ntl"lr~,
',1'05,1 Lobato d Pottmari e Geir Campo':> I 1PedrOSd tamb~lT. eSl~
FláVia Duartf> °
envolVido com outro proJeto, livro De..: auld' mag!",~.raIS.
Hd 1""' anos. rem pintado replicas de quadros de me',t.res (;a
,t,· pL'"tlco ,suei Pedrosa costuma dizer, que a, ,Im plnlur a Desde setembro. debru<;.a~se sobre a Baralha de An
y . ,móe(, usou a mitologia qreco-romana para pont; Idr ghlorl. de Lponardo da VinCl (.
',: ~"S e G(lethe se valeu de magia e superstição para o GotO; , s.
'::r FiuSfO, ele buscou inspiração nas cartas do tar6 para
".dr } rlistor,a do BraSil através de Imagens (. ) Atua!men Paul Cézanne escreveu que a cor é onde o nC'sso cérebro
;:H-" Pedrosa estâ escrevendo Dez Aulas Mogisrrors (. ,) de e o universo se encontram As imagens chegam ao no~,;/)
r."nCI à modernidade de Pollock - são aulas magistrais corpo através da luz. E a essênCia da luz no nm:,Q O(qdfll~
, ,~ste'i artistas deram a Humanidade (. .) O filósofo Marco mo é a cor, Por ISSO Israel Pedrosa. artista visual. profe'l,Qr e
Lt":lesl queJá VIU algumas das cópias feitas pelo artista, diZ pesquisador, costuma dizer que as cores nos enSlnirnl a ver
11.Jí elas são "Impressionantes', "t impreSSionante ver como e a estar no mundo, Aos 80 anos, ele continua ativo e pro-
'Ie "Ibl'a no mesmo diapasão dos gênios." dUZindo, desdobrando. dentro de seu Cdmpo de trabalho.
Ellzabeth Orslnl o fato cientifico e artístico e que as cores, na realidade. são
sensações provocadas pela luz (. ) Pedrosa continua traba
A convite da Academia Brasileira de Arte, no dia 28 de abnl Ihando no senndo de construir uma ponte entre a arte e a
de,l,:-' 3110, Israel Pedrosa proferirá conferênCia em comemo· ciência No livro Na Contramão d05 Preconceito5 Esréncos da
rdçãCl ao centena rio de naSCImento de Candldo Portlnan
Era dos Extremos explica suas rdelas e Inquietações Alem de
- ::\"JrOSd nos fala. também. sobre suas atividades atuaiS ensaios propriamente ditos. há nele conferênCias. entrevls,
.:ç.rr.o pintor e pesquisador. mencionando o trabalho Dez tas, prefacias de livros. apresenraçóe5 de exposições
Elias rajard~-
A ,'Ia,> M,19istrms e o lançamento do livro O Untverso do Cor,
rhJ '-!I,; 22 de setembro próximo.
Minan de Carvalho 94 o Museu de Arte Contemporànea (MA... ' apresenta a e,posl
çao Poetas da cor \. ) Homenageado fOi o discipulo de (and;-
do Portlnafl na década de 40. A mostra leva () viSltante.a uma
Ce1lJPic :'~Jf'-' do artista sera lançado na terça-feIra e inclUI
viagem pelas cores e homenageia o pintor, professor, CLti":'O
c~)ra '€:Il.:l para a edição de Néltal do Globo_ A descoberta
e escritor Israel Pedrosa A direção do museu br....'.cava hâ trés
.. ~, C0r nexi~,;cntP. aquela que não é pintada mas surge no
anos a pOSSibilidade de homenagear a obra do plf'tt: r ql"oE' f',-
f J{';'jc dE' urr~ Imagem pela junção de outras duas, contri-
colheu NiterÓI para abrigar e rrabalho'lr o olhar poetico "obre
bUi pard o ":.tur:lo e d prática das artes gráficas no BraSIl. Essa
as descobertas a respeitO das cores n{lü percebid,-ú. 'A vida e
e~u'r(jj teona~ "?$tào no livro O Universo da Cor, do artista
a obra de Israel Pedrosd devem ::.er reverenvJJô:-' (('mo peça
plJ:.!l-:"O -SJd"1 Pf?dro:.a. que será lançado nesta terça/eira,
fundJmentôl do acervo da Cldade~ lembr<'l Lui:: Guilherme
~:' "~t: rd Irvrdria Ver e DIeta. no RIO Design (enter, no lE'
Vergara, diretor do MAC. As Plntur a~ dt' Pedro\<l ganham a
blol' E.~r! ~~lter6j, o idnçamento está previsto pdril O dia 11
comp,mhlél do prntor e designl'f qraheo Almir tvtllilgnler ()
i~:> novembro, no bpa{.o f~ulturai do Tnbundl de Cont,)<, do Th.llla t:rade . ;
E:.tado, 'Jndr h,;)V€f('! Ülrnb~m urna e;<posiçào de todas il3 re
pHcas e lim!r~ço€'5 utiliZadas no Irvro (.) ISorri!':'1 Pf-:dro~, Sf] e jr 5~mlt{~eoUf) (diretor geral do Crand
(ldudld L.HllPÇlO .
PJ1JI", de Pilns) e k",-io Clf1drdo ~r1lnall reUlm,]m-~e no Projeto
Porun.1f1. no Solar Gldnd-Jeatl de Montlgny·Puc-Rio. na terçd-
Zona ~r anc.a A JomaUstd Mana Maió açaba ,je hlmdr entlE'-
feira de C-IrI1avat P<lra avaliarem d po'.>Slbllrrlad.=o de urna grande
vista cum Claude Levy-StritiJSS, em Parl'J. A pró;iirnJ ~er.i no
e'1JÜ5I ç.1o de portrnan em Pans, no Grand Paiais. em lOIQ
BraSIl. com o pintor Israel Pedrosa, PrOjeto Porcmar.·
Ancelmo GÚI~ ,

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-OSJal\:' e ..; _ Oll' /I t ~r 'OJ,t,)," ai. C:'.J 'oq '686( -UI· l[' ''XI
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'-e-l,1 ),p . ,')I-)P'... C\IVi '[wq J 'I~ JO b ,
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e -fr11!· ,~1Itora@5~Hen ~,-' h"

E<,II~ IivH) fui composto (Om ,l'.lontp', doiS f,nnilJdS Myriad e TrdJdn
Miulo ('rn r>rlpej (ou(h~ marte 1151] f' capa em !.upremo 250g.
Impresso pela 'l/Micd GrMk.d ImprlnlJ E)(pr~5 em setembro de 2009.
e_
t

Pintor. profes~r, pe\quiJadot"e historiador de arte,lsraef Alves


nasceu em Alto Jequi tlbá lMG), em 1926. OisClpulo de Candido Port'NJ\
cursou a Escola Superior de Belas-Artes de Paris (1 948 19SO) e fundou"
em 1963, a Cadeira de HistÓfla da Arte na UnrYerc;idade Federal
Fluminense - UFF-RJ.
Revelador do domínio da Cor InexIstente (1%6), recebeu os prêmtos
Thomas Mann, da Embaixada da Repúbhca Federal da Alemanha e d.l
União Brasileira de Escritores (1973 ), e o Destaque Hilton dE' Pintura da
década de 1970. Em 1996. foi condecorado com a Ordem do RIO Branco
- grau de Oficial.
Seus trabal hos integram os acervos do Museu Nacional de Belas-Artes.
Museus de Arte Moderna do Rkl de Janeiro e de São Paulo, Museu
de São Paulo Assis Chateaubriand e Must"U de Arte Brasltelra da
Armando Alvares Penteado.
~ autor dos livros O Brasil em (ortos
de tord (199 1), O unlvrrso do cor
e Na (ontramóo dos preconceItos estéticos da era dos txtrtmos (2007).
Há 17 anos se dedica a pesquisar 05 ultimos 500 anos da ane octdental
e a pintar réplicas de quadros célebres para a obra DtZQuJos mogljtft2iS.

I , ~ l. .. , .1 1v

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