Sunteți pe pagina 1din 19

Uma análise exegética do

Salmo 25
28 de março de 2019

Parte 1: Introdução ao Salmo

O estudo do livro de Salmos revela de forma especial o


relacionamento pessoal e responsivo de Israel para com o
seu Deus. Não se trata de um envolvimento mecânico
pré-estabelecido, mas de uma profunda reflexão da
comunidade hebraica sobre o próprio Deus, que se
interessa não apenas pela cura, mas também pelos
sofrimentos e aflições de Seu povo.[1]

Diante das ações salvíficas de Yahweh, Israel não


permaneceu emudecido, mas se dirigiu a Ele, louvando-o,
consultando-o e expondo seu lamento pelos males que
enfrentava. A razão para isso foi bem definida por von
Rad: “É que Javé não havia escolhido para si um povo
como objeto mudo da sua vontade histórica, mas para o
diálogo”.[2] Tal diálogo ocorreu de forma poeticamente
bela e artística, como um dom de Deus, que elevava o
impacto das declarações dos salmistas e comunicava mais
efetivamente os seus pensamentos do que uma
dissertação escrita de forma maçante.[3]

A interpretação de uma obra literária demanda o


conhecimento de aspectos introdutórios específicos dela.
Portanto, este primeiro artigo (da série de três artigos
sobre Salmos 25) visa a observar questões como a
autoria do Salmo 25, o contexto de vida experimentado
pelo salmista no momento da redação do texto, a
estrutura, a Gattung[4] e a mensagem do salmo, bem
como uma análise de sua relação com a adoração
comunitária hebraica.[5]

1. Autoria

As palavras iniciais do Salmo trazem a expressão ‫ְל ָדוִד‬


(“De/Para Davi”).[6] A interpretação dos sobrescritos tem
sido fonte de constante discussão. VanGemeren observa
que os cabeçalhos dos salmos na LXX (Septuaginta)
diferem do TM (Texto Massorético), gerando problemas no
estudo da autoria deles, o que se deve, possivelmente,
aos diferentes usos litúrgicos dos Salmos em Judá e na
Diáspora.[7] Por exemplo, enquanto a LXX acrescenta o
título τῷ Δαυείδ (“para Davi”) em textos como Salmo 33;
43; 71; 91; 93—99; 104; e 137,[8] o TM não apresenta
esses sobrescritos. Por outro lado, o TM traz a expressão
‫ ְל ָדוִד‬nos Salmos 122 e 124, que está ausente em alguns
manuscritos da LXX.[9]

Essa diferença de tradições é usada por Artur Weiser para


defender o acréscimo dos cabeçalhos ‫ ְל ָדוִד‬como um
processo que começou na época do Primeiro Templo e se
estendeu ao período pós-exílico, até o século III a.C.[10]
Weiser argumenta que originalmente a expressão era
usada no culto do Templo de Salomão como direção do
uso do salmo na adoração pública “para Davi”, isto é, a
leitura pública desempenhada pelos monarcas da dinastia
davídica, que desempenhavam o mesmo papel de seu
antecessor no culto e eram recipientes das promessas
feitas a Davi, bem como da realeza como dádiva divina
(cf. “misericórdias de Davi” em Sl 18.50; 20.9; Jr
30.9,21).[11] Com o passar dos anos, no período pós-
exílico, a expressão já não indicava mais uma direção de
seu uso cultual, mas sim, aqueles salmos cuja origem era
datada do período cúltico real pré-exílico. Assim, ‫ ְל ָדוִד‬era
uma referência aos salmos da “tradição de Davi” do
Primeiro Templo.[12] Ela seria uma polêmica contra os
samaritanos e validaria Jerusalém como o local de
adoração do povo judeu.[13]

A questão fundamental, reconhecida até por críticos como


Robert Alter, está na definição do uso semântico da
preposição 14].‫]ל‬
ְ Esse vocábulo hebraico pode ser
traduzido de diversas maneiras, como “para”, “de”,
“concernente a”, “em relação a” ou “dedicado a”.[15] As
possibilidades de entendimento da preposição foram
resumidas, de forma geral, por LaSor, Hubbard e Bush:

(1) “DE AUTORIA DE DAVI”, CUJA


MUSICALIDADE É BEM ATESTADA (1SM
16.17-23; 18.20; 1SM 1.17-27; 3.33S.; 23.1-
7; AM 6.5); (2) “EM FAVOR DE DAVI” (SL 20,
NUMA ORAÇÃO PELO REI DAVÍDICO NA
VÉSPERA DA BATALHA), OU (3)
“PERTENCENTE A DAVI”, PARTE DE UMA
COLEÇÃO REAL, TALVEZ INCLUINDO
COMPOSIÇÕES DE DAVI.[16]
Além das possíveis traduções indicadas acima, pode-se
acrescentar o sentido de “dedicado a” Davi ou “ao [rei
davídico]” (como a dedicação de um livro);[17] “ao estilo
de” ou “segundo o padrão” de Davi.[18] Claus
Westermann observou que os salmos davídicos são,
predominantemente, salmos pessoais, especialmente
lamentos.[19]

Não há espaço neste trabalho para a discussão sobre a


credibilidade dos títulos dos Salmos fomentada pela crítica
bíblica.[20] Este autor tem como pressuposto que os
títulos são historicamente confiáveis, não produto de
escribas judeus de um período posterior à época de
produção do cânon. [21] A grande dificuldade recai sobre
o sentido da preposição ‫ ְל‬do sobrescrito. Há salmos com
indicadores claros de que foram compostos durante a vida
do rei Davi (3; 7; 18; 34; 51; 52; 54; 56; 57; 59; 60; 63;
142), não deixando dúvida quanto a sua autoria.[22]
Todavia, isso significaria que todos os salmos com a
expressão ‫ ְל ָדוִד‬têm Davi como seu compositor? Alguns
comentaristas defendem que sim,[23] mas este escritor
não está totalmente convencido do fato. As razões são as
seguintes: (1) as várias possibilidades do uso sintático da
preposição ‫ל‬,
ְ como “de”, “para”, “com respeito a” “em
favor de”;[24] (2) a semelhança de Gattungen dos salmos
que fazem parte desse grupo, em que a maioria são
Lamentos do Indivíduo, pode indicar uma coleção de
salmos conforme o estilo davídico, não necessariamente
que todos sejam de sua autoria (cf. Sl 3—7; 9; 11—13;
16—17; 35—36; 38—40; passim);[25] (3) há salmos que
parecem ser uma oração em favor do rei, feita por um de
seus súditos (cf. Sl 20).[26]

Portanto, a não ser que haja uma clara especificação


histórica do próprio salmo de que fora escrito por Davi ou
uma indicação neotestamentária da autoria davídica (cp.
Mc 12.36 com 110.1; At 4.24,25 com Sl 2.1,2; At 1.20
com Sl 69; At 2.25-28 com Sl 16), não se pode
argumentar com segurança que Davi, o importante
músico e compositor de Israel, seja o autor dele, mesmo
contendo a expressão ‫ל ָדוִד‬.
ְ Como R. K Harrison
argumenta, a expressão tem origem, provavelmente, no
importante papel que o monarca desempenhou para o
desenvolvimento da poesia e musicalidade hebraica e,
possivelmente, indique que o salmo foi inspirado por Davi,
escrito conforme seu estilo ou dedicado ao governante de
Israel.[27]

O salmo 25 não apresenta essa referência histórica em


seu sobrescrito nem uma indicação da revelação posterior
quanto a sua autoria. Vangemeren, Kidner e Leupold
assumem a autoria davídica para o salmo devido às suas
pressuposições de que a expressão ‫ ְל ָדוִד‬é um genitivo
autoral.[28] Já autores mais críticos, datam o salmo da
época do Exílio[29] ou do final do reino de Judá e próximo
da destruição de Jerusalém, como faz Samuel L. Terrien.
No versículo 22, ele vê o clamor final para que Yahweh
redima Israel de suas tribulações como um desejo
semelhante ao do profeta Jeremias diante da agonia do
cerco babilônico e do Exílio (cf. Jr 31.11), e atribui o
salmo a um autor de um círculo profético do início do
século VI a.C.[30]

A terminologia geral do salmo dificulta a indicação de um


autor específico e de uma data aproximada. As sugestões
tanto da autoria davídica quanto de um escritor de outro
período da história de Israel são plausíveis. Como Davi foi
o responsável pelo estabelecimento de levitas com a
função de conduzir o povo em sua adoração pública (cf.
1Cr 6.31-37; 23.5; 25.1ss), e esse padrão foi mantido
mesmo em tempos pós-exílicos (cf. Ed 3.10-11; Ne 7.44),
[31] a probabilidade é que o autor tenha vivido nesse
espaço de tempo, não antes. Pois, apesar de ser um
Lamento do Indivíduo, ele visa ao louvor comunitário,
como as expressões plurais e didáticas dos versículos 3,
8-10, 12-14 indicam, bem como a súplica para que Deus
redima Israel de suas aflições. Tanto um músico levita
anônimo (como os da família de Asafe, Hemã ou
Jedutum) quanto o próprio Davi parecem ser hipóteses
prováveis para a autoria do salmo.[32]

2. O Sitz im Leben do Salmista e a Relação de sua


Canção com o Culto

A situação de vida que marcou a redação do Salmo 25 é


difícil de identificar. A maioria dos comentaristas concorda
que a condição de pecado, inimigos e sofrimentos é
descrita de forma muito geral.[33] O salmista expressa
esse lamento ou oração de confiança[34] em um
momento de tribulação real, causada por seus inimigos
(cf. vv. 2,3,17-19), confiando esperançosamente no
cuidado e direção de Deus (vv. 4,5,12-15,20,21). Apesar
de não relacionar, diretamente, suas aflições com o
pecado pessoal, há uma forte sugestão de que o salmista
percebe a disciplina divina em seu sofrimento e clama
pelo perdão de Deus com base em sua compaixão e seu
amor leal ( ‫ֹר־רחֲ ֶמי יְהוָה וַחֲ סָ ֶדי‬
ַ ‫זְ כ‬, v. 6) e em seu próprio
caráter ( ‫ן־שׁ ְמ‬ ְ v. 11).
ִ ַ‫ל ַמﬠ‬,

No entanto, o compositor do salmo não vê a disciplina


como motivo para desespero (vv. 3,20), mas como
oportunidade de ser guiado e instruído por Yahweh,[35]
pois apesar de seus erros, ele teme a Deus (vv. 12,14), é
humilde diante dele (‫ ֲﬠ ָנוִים‬, v. 9) e guarda a sua aliança e
seus preceitos (‫לנֹצְ ֵרי ְב ִריתֹו וְﬠֵ ד ָֹתיו‬,
ְ v. 10).[36]
Além disso, é necessário atentar para o fato de que o
salmo é a voz de um indivíduo “cujas tribulações e
esperanças são aquelas de todo o povo. Isso o leva a orar
em solidariedade com todo o povo, bem como conduz a
congregação a orar na unidade de uma identidade
individual”.[37] Assim, o salmo foi composto para que a
esperança do salmista, em meio ao sofrimento,
encorajasse e reforçasse a confiança em Yahweh de todos
os que cumprem os preceitos e aliança divinos e temem a
Deus (vv. 10,12). A menção à herança da terra como
dádiva divina reforça esse aspecto mais amplo da
comunidade que o autor tem em vista (v. 13).[38] Como
enfatizou VanGemeren: “As adversidades, as quais o
salmista descreve nos vv. 15-21, são de uma natureza tão
geral que funcionam como um Lamento Comunitário”.[39]
Isso liga o salmo ao contexto cultual, como observou
Artur Weiser, embora não haja a necessidade de se
estabelecer o uso desse hino num festival de renovação
da aliança como ele o faz.[40] A observação de Craig
Broyles é pertinente e ressalta o uso cultual do salmo:

A QUESTÃO RETÓRICA, “QUEM, POIS, É O


HOMEM QUE TEME AO SENHOR?” (V. 12),
POSSIVELMENTE IMPLIQUE A PRESENÇA
DE UMA AUDIÊNCIA DURANTE A
EXECUÇÃO DO SALMO. POR COMBINAR
TANTO PETIÇÃO EM FAVOR DO ORADOR
INDIVIDUAL QUANTO INSTRUÇÃO A UM
GRUPO, ELE PODE FUNCIONAR COMO
REPRESENTATIVO OU LITÚRGICO.[41]

Ao final do salmo, quando o escritor reivindica para Israel


aquilo que pediu para si mesmo (v. 22), ele transforma
uma petição pessoal em hino para a congregação inteira.
[42] É provável que a redação do salmo ocorra em um
momento de tragédia nacional e que a dor do salmista
seja aquela experimentada por toda a nação, ou seja
simultânea a ela.

O momento exato da história individual e nacional é


impossível de se datar. A menção aos pecados e
transgressões da juventude (‫וּפ ָשׁﬠַ י‬ ַ ְ‫חַ טּ ֹאות נ‬, v. 7) sugere
ְ ‫עוּרי‬
um autor em idade senil.[43] Talvez um idoso rei Davi
que sofria, juntamente com a nação, a disciplina divina
pelos pecados passados e presentes.[44] Ou, quiçá, um
profeta levita que clama pela salvação de Yahweh diante
de momentos tempestuosos experimentados em sua
história pessoal e na história de Judá, no período pré-
exílico ou próximo à queda de Jerusalém.[45] Ambas as
hipóteses são adequadas, mas não passam de conjectura.
[46]

3. A Gattung do Salmo e sua Estrutura Literária

A análise da forma do Salmo 25 indica um Lamento do


Indivíduo (LI),[47] ainda que um pouco distinto da
estrutura padrão.[48] Isso não deve surpreender o
exegeta, pois “não há um único [salmo] idêntico ao outro.
As partes constituintes de um salmo variam à medida que
cada um dos quase setenta lamentos pessoais é uma
produção individual”.[49] O lamento do Salmo 25
apresenta a seguinte estrutura:
1. O apelo inicial em que o salmista reconhece sua
dependência de Yahweh e roga para que o livre da
vergonha diante de seus inimigos (vv. 1-3);
2. Uma petição para que Yahweh conceda orientação e
perdão de pecados (vv. 4-7);
3. A expressão de confiança de que Yahweh cuidará do
salmista e o protegerá, bem como lhe dará direção,
pois este é humilde, guarda a aliança e teme a Deus
(vv. 8-14);
4. A petição final do salmista para que Deus olhe para a
sua situação e o liberte de suas tribulações,
estendendo seu pedido a toda a nação (composto de
duas estrofes) (vv. 15-22);

Diante da Gattung apresentada acima, percebe-se que há


uma ênfase na expressão de confiança do indivíduo,
enquanto o lamento propriamente dito, como descrição
mais extensa sobre a crise experimentada pelo salmista,
não aparece no texto.[50] Na estrofe que contém a
confissão de confiança (vv. 8-15), destaca-se a influência
sapiencial, característica dos salmos didáticos.[51] Tanto
a ênfase na instrução e na orientação quanto a ênfase no
“temor de Yahweh” revelam traços sapienciais (cf. Sl
19.9; 34.7,9,11; 112).[52] Schöckel e Carniti destacam
vocábulos comuns da literatura de sabedoria como o
verbo no grau hifil ‫“( דרך‬guiar”, “apontar”) e o substantivo
‫“( ֶדּ ֶר‬caminho”, “conduta”) (vv. 4,5,8,9,12), o termo
paralelo ‫“( אֹ ַרח‬vereda”) (vv. 4,10), o verbo no piel ‫למד‬
(“ensinar”) (vv. 4,5,9) e o hifil de ‫“( ידע‬conhecer”) (vv.
4,14).[53]

O Salmo 25 está organizado de forma acróstica, em que o


alfabeto hebraico estabelece o arcabouço estrutural do
texto. Poucas irregularidades podem ser vistas na
sequência alfabética, como nos versículos 18 e 19, que
começam ambos com a letra ‫ר‬, na ausência das letras ‫ק‬e
‫ו‬, e o último versículo começando com a letra 54].‫ ]פ‬Esses
aspectos irregulares são comuns em salmos acrósticos,
exceto no Salmo 119.[55] Na verdade, algumas dessas
anomalias revelam relações literárias entre o Salmo 25 e
34, pois ambos não possuem o ‫ ו‬e acrescentam o ‫ פ‬ao
final do texto, após o ‫ת‬. Esses elementos literários, além
das mesmas características sapienciais (cf. 25.12-15 e
34.11-17) e ênfases em vocábulos idênticos (como ‫נ ְַפ ִשׁי‬
em 25.1 com 34.3; e os ‫ ֲﬠ ָנוִים‬em 25.9 com 34.2), indicam
que os dois salmos formam um par literário singular.[56]

O salmo em análise, também, apresenta muitos


paralelismos sinônimos (e.g., 25.1-2a,2b,3,4,9,14 et al) e
sintéticos (e.g., 25.5b,6,8,11, et al). Poucos paralelismos
antitéticos aparecem no texto (25.3,7a).

Este autor segue a proposta perspicaz de Terrien[57] e


Schildenberger,[58] que dividem o salmo em cinco
estrofes. A divisão tem por base o número simétrico de
dísticos/trísticos das estrofes, que não deve ser acidental.
As estrofes I (vv. 1-3) e II (vv. 4-7) são refletidas em IV
(vv. 15-18) e V (vv. 19-21), enquanto a estrofe III (vv. 9-
14) se subdivide em duas (8-10 e 12-14),[59] sendo o
versículo 11, a descrição do clamor pelo perdão de Deus,
o centro da estrofe e do salmo como um todo.[60] As
estrofes I e V têm três dísticos/trísticos, as II e IV têm
quatro, e as duas subestrofes da III possuem três cada
uma.

A invocação final do versículo 22 em favor da nação


israelita está perfeitamente de acordo com outras
expressões comunitárias do salmo (“todo o que espera em
ti”, v. 3; “pecadores”, v. 8; “humildes”, v. 9; “o homem
que teme Yahweh”, v. 12), por isso, deve ser parte
integrante do texto. Ela liga a súplica e a confiança
individuais do salmista em Yahweh como perdoador,
orientador e protetor à súplica e à confiança que se
espera de toda a nação no mesmo Deus.[61]

Uma proposta de esboço exegético com base nessa


estrutura literária pode ser estabelecida da seguinte
forma:

1. Apelo Inicial: O salmista expressa sua confiança em


Yahweh e clama por livramento dos inimigos como
alguém que espera em Deus (vv. 1-3).
2. Petição: O salmista roga por orientação e instrução na
lei de Yahweh e pelo perdão de seus pecados em apelo
à fidelidade e amor leal divinos (vv. 4-7).
3. A expressão de Confiança: O salmista clama pelo
perdão divino e reconhece que Yahweh é um Guia Fiel e
Gracioso que orienta pecadores humildes e tementes a
Deus pelos seus justos caminhos, lhes concede
prosperidade e permanência na terra Prometida e um
relacionamento íntimo com ele (vv. 8-14).
4. Petição Final (Parte 1): Em meio às aflições e
sofrimentos crescentes, o salmista clama,
continuamente, pela libertação e perdão de Yahweh
(vv. 15-18).
5. Petição Final (Parte 2): Em meio à oposição
crescente e ódio intenso, o salmista se apega à sua
íntegra retidão e confiança em Yahweh, a fim de pedir
a Deus que o salve de seus inimigos, bem como
resgate Israel de suas aflições (vv. 19-22).

O esboço exegético do salmo 25 apresentado aqui pode


ser resumido na seguinte mensagem: A confiança e a
esperança do salmista em Yahweh como o Guia Fiel e
Gracioso de pecadores humildes e tementes a ele levam-
no a clamar por perdão de seus pecados, libertação e
preservação das aflições causadas pelos inimigos e por
orientação na obediência de seus justos preceitos.

Notas

[1]Craig C. BROYLES, Psalms (Massachusetts:


Hendrickson, 1999), p. 32.

[2]Gerhard VON RAD, Teologia do Antigo Testamento, 2.


ed. (São Paulo: ASTE, 2006), p. 345.

[3]Leland RYKEN, Words of delight: a literary introduction


to the Bible (Grand Rapids: Baker, 1992), p. 187-188. “A
poesia lírica se distingue de outras formas literárias no
fato de ela ser uma forma mais concentrada de discurso
com uso mais intencional de elementos artísticos” (Allen
ROSS, “Psalms”, In: John F. WALVOORD; Roy B. ZUCK,
The Bible Knowledge commentary (Wheaton: Victor
Books, 1985), vol. 1, p. 780)

[4]Por Gattung entende-se a classificação do “tipo


literário” de um salmo, que é identificado por
“características formais, estilo, modo de composição, [e]
terminologia” (James MUILENBURG, “Introduction”, in:
Hermann GUNKEL, The Psalms: a form-critical
introduction [Philadelphia: Fortress, 1967], p. v). Claus
Westermann identifica sete principais Gattungen: salmo
de lamento comunitário, salmo de lamento do indivíduo,
salmo de louvor declarativo da comunidade, salmo de
louvor declarativo do indivíduo, salmo de louvor
descritivo, salmo litúrgico e salmo de sabedoria (Claus
WESTERMANN, The Psalms: structure, content and
message [Minneapolis: Augsburg, 1980], p. 25-8).
[5]O desenvolvimento da análise da Gattungen e do Sitz
in Lebem cutual se devem ao renomado estudioso do
Antigo Testamento Hermann Gunkel. Ver GUNKEL, The
psalms: a form-critical introduction.

[6]A LXX acrescenta Ψαλμὸς (“salmo”/“cântico de


louvor”) antes de τῷ Δαυείδ (“para Davi”), conforme
observa H. Bardtke, editor de Salmos da BHS [Bíblia
Hebraica Stuttgartensia] (ver K. ELLINGER; W. RUDOLPH,
Biblia Hebraica Stuttgartensia, 5. ed. (Stuttgart: Deutsche
Bibelgesellschaft, 1997), p. 1106.

[7]Willem A. VANGEMEREN, “Psalms”. In: Frank E.


GAEBELEIN, The expositor’s Bible commentary, vol. 5, p.
19.

[8]Aqui, utiliza-se a numeração do Texto Massorético.

[9]Mais especificamente, no Códice Alexandrino e nos


Psalterium Graeco-Latinum Veronense e Turicense (ver H.
B. Swete, The Old Testament in Greek: According to the
Septuagint (Apparatus) [Cambridge: Cambridge
University Press, 1909], vol. 2, p. 388, 389).

[10]Artur WEISER, The Psalms (Louisville: John Knox,


1962), p. 96-99.

[11]WEISER, The Psalms, p. 96. Cf. Derek KIDNER,


Samos 1-72: introdução e comentário (São Paulo: Vida
Nova, 1980), p. 47-48.

[12]WEISER, The Psalms, p. 96-98.

[13]WEISER, The Psalms, p. 98-99.


[14]Robert ALTER, “Salmos”, in: Robert ALTER; Frank
KERMODE, Guia Literário da Bíblia (São Paulo: Unesp,
1997), p. 264; Michael D. GOULDER, The Psalms of the
sons of Korah (Sheffield: JSOT, 1982), p. 2.

[15]L. KOEHLER,; W. BAUMGARTNER; M. E. J.


RICHARDSON; J. J. STAMM, The Hebrew and Aramaic
lexicon of the Old Testament (Leiden: 1994-2000), p.
507-510; F. BROWN, S. DRIVER, C. BRIGGS, The Brown-
Driver-Briggs Hebrew and English lexicon (Peabody:
Hendrickson, 2008), p. 510-517; VANGEMEREN, “Psalms”,
p. 19; Edson F. FRANCISCO, Antigo Testamento
Interlinear: os Escritos, vol. 4, Salmo 3.1: preposição
lamed (no prelo);

[16]William S. LASOR, David A. HUBBARD, Frederic W.


BUSH, Introdução ao Antigo Testamento (São Paulo: Vida
Nova, 1999), p. 481.

[17]BROYLES, Psalms, p. 28.

[18]ALTER, “Salmos”, p. 264; Carlos Osvaldo PINTO, Foco


e desenvolvimento no Antigo Testamento (São Paulo:
Hagnos, 2006), p. 455.

[19]Claus WESTERMANN, Handbook to the Old Testament


(Minneapolis: Augsburg, 1967), p. 214.

[20]Ver James Luther MAYS, Psalms (Louisville: John


Knox, 1994), p. 11-14; BROYLES, Psalms, p. 29-31;
WEISER, The Psalms, p. 96-99.

[21]Para uma argumentação e fundamentação completas


e claras em favor da legitimidade e confiabilidade dos
sobrescritos dos Salmos, ver Gleason ARCHER, Merece
confiança o Antigo Testamento?, 3. ed. (São Paulo: Vida
Nova, 1984), p. 390-397; PINTO, Foco e desenvolvimento
no Antigo Testamento, p. 455; H. C. LEUPOLD,
Expositions of the Psalms (Grand Rapids: Baker, 1969), p.
5-7.

[22]KIDNER, Salmos, p. 57-61; Carlos Osvaldo PINTO,


ְ apostila não publicada da matéria de Salmos
‫תּ ִה ִלּים‬,
(Atibaia: SBPV, 2003), p. 6; Roland K. HARRISON,
Introduction to the Old Testament (Peabody,
Massachusetts: Hendrickson, 2004), p. 977-978.

[23]Thomas CONSTABLE, Notes on Psalms ([s.l.]: 2008),


disponível em http://www.soniclight.com, acesso em
junho de 2008, p. 1-3; VANGEMEREN, “Psalms”, p. 33-34;
Derek KIDNER, Salmos, p. 46-48.

[24]BROWN; DRIVER; BRIGGS, The Brown-Driver-Briggs


Hebrew and English lexicon, p. 510-517; J. W. GESENIUS,
Hebrew and English lexicon of the Old Testament
including the biblical Chaldee ([s.l.]: Andover, 1824), p.
322-323; J. W. GESENIUS, Gesenius’ Hebrew grammar
(New York: D. Appleton, 1851), p. 218, 278. É importante
observar que Gesenius, diferentemente do BDB,
reconhece apenas a possibilidade do uso do genitivo
autoral na expressão ‫ל ָדוִד‬.
ְ

[25]WESTERMANN, Handbook to the Old Testament, p.


214; BROWN; DRIVER; BRIGGS, The Brown-Driver-Briggs
Hebrew and English lexicon, p. 513.

[26]LASOR; HUBBARD; BUSH, Introdução ao Antigo


Testamento, p. 481.
[27]Ver a argumentação em HARRISON, Introduction to
the Old Testament, p. 982-983.

[28]VANGEMEREN, “Psalms”, p. 33-34, 226; KIDNER,


Salmos, p. 46-48, 134; LEUPOLD, Expositions of the
Psalms, p. 5-7, 223.

[29]BROYLES, Psalms, p. 133; MAYS, Psalms, p. 125.

[30]Samuel TERRIEN, The Psalms: strophic structure and


theological commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 2003),
p. 257-258.

[31]HARRISON, Introduction to the Old Testament, p.


979.

[32]HARRISON, Introduction to the Old Testament, p.


983.

[33]MAYS, Psalms, p. 125-126; VANGEMEREN, “Psalms”,


p. 226; WEISER, The Psalms, p. 238; KIDNER, Salmos, p.
134; LEUPOLD, Expositions of the Psalms, p. 223.

[34]Ver WESTERMANN, Handbook to the Old Testament,


p. 219.

[35]VANGEMEREN, “Psalms”, p. 226.

[36]Johannes SCHILDENBERGER, “A estrutura temática e


estrófica dos Salmos Alfabéticos”, in: J. SALVADOR,
Atualidades Bíblicas (Petrópolis: Vozes, 1971), p. 214-
219.

[37]MAYS, Psalms, p. 125.


[38]MAYS, Psalms, p. 125.

[39] VANGEMEREN, “Psalms”, p. 226.

[40]WEISER, The Psalms, p. 238.

[41]BROYLES, Psalms, p. 133.

[42] KIDNER, Salmos, p. 134.

[43]Geoffrey GROGAN, Psalms (Grand Rapids: Eerdmans,


2008), p. 77.

[44]Eugene Merrill data tanto a revolta de Absalão quanto


o castigo do censo nos anos finais do reino de Davi. Cf.
Eugene MERRIL, História de Israel no Antigo Testamento
(Rio de Janeiro: CPAD, 2001), p. 283-284, 289-290. Ainda
assim, relacionar esses eventos com o salmo é apenas
uma sugestão especulativa deste autor.

[45]Terrien propõe a escrita do salmo no período próximo


à queda de Jerusalém, c.a. 587 a.C. Ver TERRIEN, The
Psalms, p. 287-288.

[46]TERRIEN, The Psalms, p. 287-288

[47]VANGEMEREN, “Psalms”, p. 226; MAYS, Psalms, p.


125.

[48]PINTO, ‫תּ ִה ִלּים‬,
ְ p. 21-23; LASOR; HUBBARD; BUSH,
Introdução ao Antigo Testamento, p. 473-474.

[49]WESTERMANN, Handbook to the Old Testament, p.


217.
[50]Esse fato é perfeitamente compreensível como atesta
WESTERMANN, Handbook to the Old Testament, p. 217.

[51]Ver uma exposição sobre os Salmos de Sabedoria em


Tiago Abdalla TEIXEIRA NETO, “Um ser humano em
esplendor é como os animais que perecem”: uma análise
exegética do salmo 49, dissertação de mestrado (São
Bernardo do Campo: Universidade Metodista, 2018), p.
43-46.

[52]BROYLES, Psalms, p. 133.

[53]Luis Alonso SCHÖKEL; Cecília CARNITI, Salmos:


tradução, introdução e comentário (São Paulo: Paulus,
1996), vol. 1, p. 399.

[54]Consultar o texto em ELLINGER; RUDOLPH, Biblia


Hebraica Stuttgartensia, p. 1106-1107.

[55]GROGAN, Psalms, p. 30.

[56]Les D. MALONEY, “Intertextual links: part of the


poetic artistry within the book 1 acrostic psalms”,
Restoration Quarterly, vol. 49, n. 1 (2007), p. 17-18.

[57]TERRIEN, The Psalms, p. 253.

[58]SCHILDENBERGER, “A estrutura temática e estrófica


dos Salmos Alfabéticos”, p. 214-218.

[59]TERRIEN, The Psalms: strophic structure and


theological commentary, p. 253.

[60]SCHILDENBERGER, “A estrutura temática e estrófica


dos Salmos Alfabéticos”, p. 216.
[61]MAYS, Psalms, p. 125-126; Johannes
SCHILDENBERGER, “A estrutura temática e estrófica dos
Salmos Alfabéticos”, p. 218.

Share this:

  

Related

Moldado por Não leia os salmos Concursus


Deus: mente e somente com providencial
coração em propósitos divino: O
sintonia com os doutrinários problema da
Salmos 17 de janeiro de determinação dos
11 de janeiro de 2019 atos livres
2019 In "Notícias" 29 de março de
In "Notícias" 2019
In "Artigos"

S-ar putea să vă placă și