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DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
TEXTO DE APOIO
2º Ano, Semestre III
TESTAGEM EM PSICOLOGIA
Caderno 2
MATRIZES PROGRESSIVAS DE
RAVEN
Docentes:
Augusto Guambe
Rómulo Muthemmba
Leocádia Valoi (Monitora)
2016
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Nota Prévia
Os docentes da cadeira
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Índice
1.Autores-----------------------------------------------------------------------------------------pg.5
2.Utilização--------------------------------------------------------------------------------------pg.5
3.Idades de Aplicação--------------------------------------------------------------------------pg.6
4.Material Necessário--------------------------------------------------------------------------pg.6
5.Condições de Aplicação---------------------------------------------------------------------pg.7
6.Tempo de Aplicação-------------------------------------------------------------------------pg,.7
7.Instruções de Aplicação---------------------------------------------------------------------pg.8
8.Correcção -------------------------------------------------------------------------------------pg.28
9.Apreciação Quantitativa---------------------------------------------------------------------pg.29
10.Observações---------------------------------------------------------------------------------pg.32
11.Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------pg.32
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1. Autores
J. C. Raven
2. Utilização
4
Para construir os testes, Raven inspirou-se nas tábuas de dupla entrada que, em
matemática, são conhecidas por matrizes. Raven deu o nome de matrizes progressivas aos seus
testes em virtude de eles possuírem um grau de dificuldade crescente.
Há varias espécies de Testes de Raven:
- “Progressiv Matrices” ou Matrix 1938 ou Matrizes Progressivas,(SPM)
- “Coloured Progressiv Matrices”, ou Matrix 1947 ou Matrizes Progressivas Coloridas,
(CPM)
- “ Advanced Progressiv Matrices ”, ou Matrix 1947 ou Matrizes Progressivas, (APM)
3. Idades de Aplicação
4. Material Necessário
Caderno de Teste
Tabuleiro com peças de encaixe
Folha de Respostas
Cronómetro
Lápis ou Esferográfica
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5. Condições de Aplicação
6. Tempo de Aplicação
Quarenta a noventa minutos (40’ – 90’)
6
7. Instruções para Aplicação
“ Vês isto? Repara é um desenho e falta-lhe um bocado. Estas peças aqui em baixo têm a mesma forma
que o buraco de cima, mas só uma delas tem o desenho correcto.
O número 1 tem a mesma forma mas o desenho não é o correcto. O número 2 também não serve porque não
tem dentro nenhum desenho. O número 3 tem um desenho diferente. O número 6 está quase correcto mas falta-lhe
um bocado. Só um está correcto. Assinala qual é.”
Se o sujeito não assinalar a resposta correcta, a nº 4, deve-se continuar com as explicações
até que a compreensão da resolução esteja apreendida. Então passa-se para o elemento A2 e diz-
se:
“Agora assinala qual foi a peça que saiu deste desenho grande”.
No problema A4, antes do sujeito assinalar uma das respostas, dir-se-á:
“ Olha com cuidado todas as figuras e assinala qual deve ser colocada no jogo. Só uma destas figuras está
correcta. Faz com cuidado. Repara atentamente e só depois deves assinalar a peça a colocar aqui (assinalar no
jogo).”
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Logo que o sujeito dê a sua resposta, independentemente de estar certa ou errada, o
aplicador deve perguntar:
Se o sujeito confirma a sua resposta, esteja ou não correcta , ela é aceite. Mas se o sujeito
quiser modificar a resposta dada deve indicar-se-lhe:
“ Está bem, assinala a resposta que esteja correcta. ( logo que indique uma deve perguntar-se) É
essa a correcta?”
Se o sujeito estiver satisfeito com a sua resposta aceita-se a solução e marca-se na Folha de
resposta, caso contrário dir-se-á de novo:
“ Olha atentamente para o desenho e diz-me qual das peças deves colocar no jogo. Com cuidado, pois só
uma está certa. Qual é? Procura ter a certeza antes de responder.”
Este modo de proceder deve ser mantido até se verificar não ser mais necessário. Deve
anotar-se sempre, na Folha de resposta a resposta concreta do sujeito . No final da prova será
anotada a hora de terminus.
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3)- Um caderno, uma lapiseira e uma Folha de resposta para cada sujeito.
4)- Espaço suficiente para que os sujeitos possam trabalhar individualmente.
“A 1ª peça tem um desenho que não é o correcto. A 2ª e 3ª peça também não são as correctas.
Encaixam-se no jogo mas não têm o desenho correcto.E o que se passa com a 6ª peça? Falta-lhe um bocado.
Qual é a peça certa?”
Convém que estas explicações sejam exaustivas para que todos compreendam a tarefa a
realizar. Se for necessário repetem-se estas explicações.
Espera-se que todos marquem nas suas folhas e comprova-se se o fizeram correctamente e
continua-se dizendo:
“ Em todas as páginas do caderno há um desenho a que falta um pedaço e têm que procurar entre
as peças debaixo qual é a que completa correctamente o desenho. Quando a encontrarem marquem na Folha
o círculo que tem esse número na linha do modelo que estão a fazer.
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Ao princípio os exercícios são fáceis mas cada vez se vão tornando mais difíceis. Há sempre uma
peça que é a correcta não há ratoeiras. Se prestarem atenção à medida que os vão resolvendo, os últimos serão
menos difíceis. Tentem todos os exercícios e não voltem aos que já fizeram.
Têm tempo, mas não o desperdicem. Agora mudem a página do Caderno, assinalem a resposta na
Folha e esperem que eu diga para continuarem.”
“A resposta correcta a este exercício A2 é a peça 5, e devem ter marcado o círculo 5 à frente do espaço de
A2 na Folha. Se não assinalaram a resposta 5 podem mudar a resposta fazendo uma cruz sobre a resposta
marcada e assinalando o círculo 5”.
Utiliza-se uma Folha especial, neste momento o aplicador deve modificar as suas
instruções (para a anulação de uma resposta incorrecta), para se adequar ás exigências da dita
Folha.
Seguidamente indicar-se-á o modo de anotar as respostas:
“Agora devem continuar com os exercícios desse Caderno. Eu irei verificando se estão respondendo no
lugar adequado da folha. Virem a página e …! Comecem!”
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idades mais baixas mas, nesse caso, a aplicação exige um esforço complementar para captar o
interesse e a motivação do sujeito.
Matrizes Progressivas Coloridas, formada por 36 itens coloridos, destina-se a crianças e
pessoas idosas. É usado com sucesso com pessoas que não conhecem bem o idioma usado,
sofrem de defeitos físicos, são intelectualmente subnormais ou estão em processo de deterioração
mental.
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possível tirá-los e substituí-los com maior facilidade. Estas peças são numeradas, no verso, afim
de se poderem colocar sempre na ordem standard. Os estojos têm uma cor neutra.
Na primeira série de 12 problemas, (série A) uma pequena pala em papel cinzento dobra-
se ao longo do bordo inferior de cada estojo, feita de modo a poder tapar as 6 peças móveis. Este
papel impede que os bocados móveis sejam deslocados no princípio do teste. Também permite
que o sujeito observe o desenho a completar antes de ver as peças móveis. Na segunda e terceira
série ( séries Ab e B) esta pequena pala é geralmente supérflua.
Os últimos problemas da série B têm o mesmo grau de dificuldade que os problemas das
séries C, D e E do Teste das Matrizes Progressivas versão standard. Os sujeitos que conseguem
resolver a maior parte dos problemas da série B podem continuar a resolver sem interrupção as
séries C, D, E e a sua capacidade de actividade intelectual será, assim, determinada de um modo
mais rigoroso.
Quando é necessário a pontuação da série intermediária Ab pode ser suprimida e a
pontuação total das séries A, B, c, D, E pode ser usada para determinar o seu nível. Geralmente
o nível obtido por este modo concorda com
Infelizmente este tipo de teste, por encaixe, para ser bem feito, torna-se bastante
dispendioso. Assim, normalmente, usam-se os testes impressos em papel branco, sob a forma de
desenhos bem delimitados num fundo de cor viva.
Entre os 3 e os 6 anos de idade o interesse e a atenção das crianças são, geralmente,
demasiado instáveis e o rendimento da sua capacidade intelectual demasiado caprichosa para que
um teste mental possa estabelecer um prognóstico válido sobre o seu desenvolvimento intelectual
futuro. Por este motivo, é duvidoso que os resultados obtidos, seja com os testes sob a forma de
caderno ou com os testes de encaixar, tenham, com crianças, uma validade prognóstica maior do
que quaisquer outros testes mentais. No entanto, pensa-se que os resultados obtidos com o teste
na versão por encaixe são psicologicamente válidos uma vez que avaliam a capacidade intelectual
de uma criança no momento em que ele é realizado, quaisquer sejam os seus conhecimentos e o
seu nível escolar. Antes que a capacidade de comparar e de raciocinar por analogia se tenham
desenvolvido ou quando o desenvolvimento dessas capacidades não é atingido ou se encontra
diminuído, as séries A, Ab, B, seja sob a forma de encaixe ou impressas sobre um fundo colorido
dão resultados mais seguros do que as séries A, B, C, D, E das Matrizes Progressivas.
Para um trabalho com crianças pequenas, para uma avaliação clínica de deficiência
intelectual, de deterioração mental e para estudos etnográficos sobre diferentes raças, a forma de
peças de encaixe do teste tem vantagens. Em trabalhos de investigação psicológica o teste por
encaixe tem vantagens sobre a forma teste caderno, uma vez que as soluções por tentativas e os
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erros podem ser observados e comparados com as soluções obtidas por percepção directa e
dedução.
Embora as séries A, Ab, B na forma do teste por encaixe, permitam fazer uma boa
distinção sobre os diferentes graus de deficiência ou de diminuição intelectual, ele não é, de modo
algum, um teste de debilidade mental tal como é, frequentemente, chamado.
Estes testes indicam, claramente, se um sujeito é ou não capaz de fazer comparações e de
raciocinar por analogia e senão até que ponto, em relação ao resto da população, é capaz de
organizar as suas percepções espaciais num conjunto sistematicamente organizado.
-“Gostas de jogos de cubos e de puzzles? Abre este e olha para o que está no interior.”
Conduz-se o sujeito de modo a que ele pegue na placa e a pouse à sua frente sem abrir a
pala superior que esconde as peças móveis. Quando a caixa é aberta correctamente
As peças móveis ficam tapadas por uma pala de tal modo que o sujeito apenas consegue
ver o desenho grande a que falta uma peça.
Neste momento o aplicador deve dizer:
-“ Repara bem, uma parte deste desenho foi cortada. Nós queremos encontrar a peça que falta e
colocá-la no local. Ela foi misturada com estas ( enquanto diz
isto, o aplicador desdobra a pala e ficam expostos as seis peças móveis). Qual destas
peças é a que devemos colocar aqui?” (aponta com o dedo o espaço vazio)
Depois de uma pausa, a necessária para que o sujeito indique uma peça mas sem a
experimentar. E de imediato o aplicador deve dizer:
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“ Esta serve ( pegando na nº 1) mas não é a correcta. (Retira-a e coloca a peça nº 3). Esta
também serve mas não é a correcta. (Retira-a e coloca a peça nº4) Esta serve e está certa. Não
concordas?”
Em seguida retira a peça certa e no seu lugar põe a nº6. Então diz:
-“Esta não está certa, não bate bem aqui, não é?”
Depois retira a peça e coloca-a junto das outras peças móveis, dizendo:
“Agora é a tua vez.”
Se o sujeito não consegue, dá-se-lhe uma nova explicação, mais detalhada e pede-se,
novamente, para colocar a peça certa.
Quando o desenho é completado de forma correcta o operador diz:
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fazer mais comentários. No entanto se mostra dificuldade ou aponta a peça errada, deve-se pedir-
lhe para prestar atenção. Alguns sujeitos, após terem completado um problema decidem retirar e
trocar peças correctamente colocadas. Quando isto acontece deve-se interrogar o sujeito sobre o
motivo de tal alteração.
Após os 6 primeiros problemas, o aplicador assegura-se da boa colocação das placas e das
peças e não faz comentários sejam de aprovação ou de desaprovação. Limita-se a inscrever na
folha de resposta o número de cada peça encaixada.
Quando todas as placas da série A já foram completadas o aplicador diz:
-“ Vamos resolver mais alguns jogos mas, primeiro, vamos arrumar este”
Com a ajuda do sujeito, sempre que tal é possível, retira-se cada peça móvel da respectiva
placa e coloca-se na posição standard. Cada placa é então dobrada e posta no seu lugar na caixa.
A caixa A é arrumada e tirada da mesa onde se coloca a caixa Ab. Pede-se ao sujeito para abrir a
caixa e tirar a 1º placa e deixa-se trabalhar esta 2ª série como fez com a 1ª. Todo o conselho dado
pelo aplicador destina-se, unicamente a atrair a atenção do sujeito para as figuras a observar e
completar.
Quando se aplica o teste na sua forma de encaixe, o aplicador deve continuar até ao fim
da série B, sem interrupção. Depois, se achar necessário pode mostrar ao sujeito a versão
standard das Matrizes Progressivas. Chama-se-lhe a atenção para o facto de os problemas serem
iguais mas que, desta vez, não tem necessidade de deslocar as peças móveis bastando apontá-las.
Tenta-se que o sujeito resolva novamente, mas usando este novo método, dois problemas da
série B. Passado com sucesso este treino o aplicador diz:
-“ Vamos agora resolver mais alguns. Olha bem para as figuras de cada coluna”. Então faz
deslizar o dedo pela 1ª coluna, pela 2ª, depois pela 3ª e acaba por parar no espaço
vazio dizendo:
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É recomendado anotar a duração total da prova e a duração a partir de A4 e seguir
sempre as mesmas instruções.
“Olha bem este (mostrando a figura do alto); é um desenho a que foi retirada uma parte. Cada
um destes pedaços (mostra-os um a um) tem a forma necessária para preencher o espaço vazio,
mas não completa o desenho. Só um deles tem o desenho necessário. O nº1 tem a forma mas não tem
o desenho; o nº 2 não é um desenho; o nº3 não serve; o nº6 está quase certo mas é falso aqui (
apontando uma parte da peça deixada em branco). Um só pedaço está certo. Mostra-mo.”
Se o sujeito não é ainda capaz de dar a resposta certa o aplicador deve continuar as suas
explicações até que a natureza do problema seja completamente compreendida.
O aplicador passa então para o problema A2 e diz:
Olha bem para este desenho (fazendo deslizar um dedo ao longo do desenho), um só destes
pedaços o completa bem. Presta atenção e olha bem para cada um deles (com o dedo aponta
cada um dos 6 pedaços), mostra-me o pedaço que fica bem aqui.”
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Quando a criança aponta um dos pedaços, seja o certo ou não, o aplicador diz:
Se a criança se mostra satisfeita a escolha é aceite, mas, se ela hesita o aplicador deve
insistir dizendo
“ Bom, qual é o que está certo?” e inscreve aquele que a criança indicar como escolha
definitiva.
“Vês, tu deves apontar com o dedo o pedaço que completa o desenho grande. Agora vais continuar a
trabalhar à tua vontade e vamos ver quantos problemas acertas. Não precisas de ter pressa e
lembra-te que em cada série só um pedaço está certo. Tem bem a certeza de teres encontrado o pedaço
certo antes de me mostrares qual é.”
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Quando o sujeito chega aos primeiros problemas da série Ab ou quando começa a série
B, o aplicador aponta, uma a uma, cada uma das três figuras do grande desenho bem como o
espaço em branco a completar, dizendo:
“Vês estes desenhos? Este, este e este? E aqui qual vamos meter? Mostra-me o que está certo.
Presta atenção. Olha um de cada vez. Só um serve. Qual é?”
Nos problemas de 1 a 5 da série Ab, depois das crianças apontarem um dos pedaços, seja
certo ou errado, o aplicador diz:
Quer a criança faça a escolha acertada quer uma errada o aplicador deve tornar a
perguntar:
Se a criança se mostra satisfeita a escolha é aceite, mas, se ela hesita o aplicador deve
insistir dizendo:
“ Bom, qual é o que está certo?” e inscreve aquele que a criança indicar como escolha
definitiva.
Depois do problema nº5 não se pergunta mais se a escolha é a boa. Apenas se deve dizer:
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Como a ordem dos problemas da escala cria uma aprendizagem do método de trabalho,
eles devem ser sempre apresentados pela mesma ordem e o teste deve ser dado, sem interrupções
desde o início da série A até à série B.
Não se deve ajudar o sujeito a descobrir o método de resolver os problemas e não se deve
tecer nenhum comentário sobre as escolhas feitas.
Se as instruções são repetidas demasiadas vezes é possível que a criança não lhes preste
mais atenção.Se a criança está concentrada e compreende o que deve fazer as instruções podem
ser abolidas e dizer apenas o que fazer em A1 e A6.
Deve-se deixar o sujeito trabalhar tranquilamente, por si próprio, do princípio da séria A
até ao fim da série B, sem o interromper ou perturbar.
A um sujeito mostrando boas capacidades pode-se pedir para assinalar, ele próprio, as
respostas na folha de respostas deixando-o trabalhar sozinho. Se ele é capaz de o fazer o
aplicador deve apenas verificar que não seja virada mais do que uma página de cada vez. Este
processo, de auto administração do teste deve ser usado em crianças com mais de 8 anos. A
partir desta idade o teste com formato de caderno pode ser usado, com bons resultados, como
um teste de auto administração ou como um teste colectivo.
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- indicar-lhes que horas são e pedir-lhes que a anotem no espaço existente na parte
superior direita.
- pedir-lhes que comecem a dar as respostas no corpo da Folha, debaixo da coluna A
- indicar-lhes que abram o Caderno na página do desenho A1 e usando o modelo
existente continuar-se-à:
“ Têm à vossa frente um desenho como este. Em cima está a letra A e, na primeira coluna da
Folha está também a letra A. Este é o exercício A1 (apontando-o) e na folha está também o
espaço A1 para responder a este exercício.
Reparem bem como é o desenho, colorido e com umas linhas dentro. Mas falta-lhe um pedaço. Todas
estas peças, em baixo (apontando-as) têm a mesma forma do pedaço em falta, mas, só uma tem o
desenho que se ajusta correctamente.
A 1ª peça tem um desenho que não é o correcto. A 2ª e 3ª peça também não são as correctas.
Encaixam-se no jogo mas não têm o desenho correcto.E o que se passa com a 6ª peça? Falta-lhe um
bocado. Qual é a peça certa?
Convém que estas explicações sejam exaustivas para que todos compreendam a tarefa a
realizar. Se for necessário repetem-se estas explicações.
Espera-se que todos marquem nas suas folhas e comprova-se se o fizeram correctamente e
continua-se dizendo:
“ Em todas as páginas do caderno há um desenho a que falta um pedaço e têm que procurar entre
as peças debaixo qual é a que completa correctamente o desenho. Quando a encontrarem marquem
na Folha o círculo que tem esse número na linha do modelo que estão a fazer.
Ao princípio os exercícios são fáceis mas cada vez se vão tornando mais difíceis. Há sempre uma
peça que é a correcta não há ratoeiras. Se prestarem atenção à medida que os vão resolvendo, os
últimos serão menos difíceis. Tentem todos os exercícios e não voltem aos que já fizeram.
Têm tempo, mas não o desperdicem. Agora mudem a página do Caderno, assinalem a resposta na
Folha e esperem que eu diga para continuarem.”
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Concede-se o tempo suficiente para fazer o exercício e dir-se-à:
“A resposta correcta a este exercício A2 é a peça 5, e devem ter marcado o círculo 5 à frente do
espaço de A2 na Folha. Se não assinalaram a resposta 5 podem mudar a resposta fazendo uma
cruz sobre a resposta marcada e assinalando o círculo 5”.
“ Agora vão continuar sozinhos com os exercícios desse Caderno. Vou verificar se assinalam a
resposta no lugar correcto. Mudem a folha e comecem.”
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“Todas estas figuras têm o mesmo tamanho e forma exterior e poderiam ocupar o jogo de cima, mas só
uma delas tem o desenho correcto para completar o jogo. Assinala qual delas pode completar o desenho de cima.
Qual é?”
A maioria das pessoas resolve este exercício e assinala a alternativa 8. Caso contrário
devem dar-se mais instruções para que compreendam porque é que essa figura 8 é a correcta.
Elege-se uma figura errada e deve indicar-se porque está errada e pede-se para assinalarem
a correcta. Quando o consigam:
“Agora tentem este exercício. Assinala qual das peças aqui de baixo posta aqui em cima (apontar)
completa bem o desenho. Qual é?”
Normalmente este exercício não apresenta dificuldades. Se for necessário pode-se voltar
ao exercício 1 para explicar de novo a tarefa e assim poder solucionar o exercício 2. De seguida
aponta-se a resposta na Folha.
A partir deste momento não se dão mais instruções. Se o sujeito comete algum erro pode-
se-lhe sugerir que observe melhor as figuras e que se lembre de que só há uma alternativa
correcta.
Se algum sujeito mostra sinais de ansiedade e começa a apegar-se a minúsculos
pormenores dos desenhos convém indicar-lhe que na prova não há “ ratoeiras” e que os
desenhos foram feitos correctamente mas sem uma precisão exagerada.
Depois do primeiro exercício anotar-se-á na Folha a primeira escolha do sujeito. A
experiência mostrou que:
a)- As pessoas de baixa dotação sentem dificuldades logo nos 5 primeiros elementos deste
“SET I”, excepto os que acertam por acaso, a sua pontuação final será inferior a 6 pontos.
b)- As pessoas de dotação média não encontrarão problemas nos primeiros 4 elementos,
mas cometerão erros entre a 5ª e a 10ª e raramente resolvem bem os dois últimos do Caderno.
c)- As pessoas brilhantes compreendem a tarefa com rapidez e, excepto quando o fazem
sem dar muita atenção no princípio, não cometem nenhum erro.
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O caderno “SET II” pode ser aplicado como uma prova de potêwncia, com tempo livre,
a todos os que tenham resolvido bem mais de metade dos exercícios do Caderno I. Para
continuar o exame retira-se o Caderno I e apresenta-se o Caderno II, dizendo-lhes que os
exercícios são parecidos com os anteriores mas são mais difíceis.
Pede-se que os tentem todos sem saltar nenhum e sem voltar atrás. Pode gastar o tempo
que quiser e deve-se deixar trabalhar à vontade.
Anota-se a hora de início no rectângulo existente na parte superior direita da folha. Nesta
fase da prova apenas se deve verificar se as respostas estão a ser dadas no local correcto.
Normalmente é necessária uma hora para completar este “SET II”. Ao recolher o
material anota-se a hora de terminus na parte inferior direita da Folha.
“Nesta prova dispõem de uma folha de respostas como a que tenho na mão para responder e dois
Cadernos. Não devem fazer nenhuma marca ou sinal nos Cadernos. Agora anotem os vossos dados pessoais na
parte superior da folha, mas não abram ainda o Caderno que lhes vou dar. Há um rectângulo à direita para
anotarem a hora do início. Anotem a hora, no meu relógio são…”
Distribuem-se os cadernos e diz-se:
“Esta é uma prova para medir a vossa capacidade de observar e de pensar. Tem duas partes e a segunda
é a mais importante. Esta primeira parte, que têm agora em cima da mesa, é mais pequena e serve para vos
mostrar como têm de trabalhar. Abram o caderno e vejam a 1ª página. Em cima está o nº1. Olhem para a Folha
de respostas; debaixo do título escala superior e à esquerda vão ver o nºI. Debaixo desta coluna têm que anotar as
respostas a esta 1ª parte do 1º Caderno. A coluna tem espaço para doze exercícios, e ao lado de cada um há 8
círculos com os números dentro.
No Caderno na parte superior há um desenho a que falta uma parte. Observem-no porque há que
encontrar a peça que falta. Embora todas tenham igual forma só uma das 8 figuras que estão debaixo é a que o
pode completar bem.
Assinalem com o dedo a que acham que está correcta. Sim, é a figura 8. Portanto preencham com a lapiseira o
círculo que tem dentro o número oito na Folha de respostas, no espaço correspondente a esse exercício, na 1ª coluna
da escala zuperior.
Agora passem ao exercício 2 e respondam na Folha (conceder 20”) A resposta é o nº4. Verifiquem se deram a
resposta certa. Têm alguma dúvida?
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Neste Caderno os problemas vão sendo cada vez ,mais difíceis, mas o procedimento para os resolver é sempre igual
e os exercícios servem para praticar e compreender a tarefa. Não tem muita importância se não os fizerem todos
bem. O importante é compreender a tarefa e ver como se resolvem. Se se enganarem e quiserem mudar uma resposta
podem.
Agora, … façam os outros sozinhos.”
“Peguem neste Caderno, mas não o abram ainda. Esta é a verdadeira prova. Os exercícios são como os
anteriores e a dificuldade aumenta a pouco e pouco. Em cada um deles, observem a figura de cima e procurem entre
as figuras debaixo qual a que se ajusta correctamente no jogo. Quando a encontrarem, respondam marcando o
número dessa figura na Folha de respostas, em frente ao lugar destinado ao exercício e que tem o mesmo número
que o exercício que estão a resolver.
Há que começar aqui(mostrar na folha do aplicador, onde se começa) esta parteII. Para a prova têm 40
minutos e lembrem-se que o importante é a precisão com que realizam a tarefa. Assegurem-se que a solução é a
correcta antes de a marcarem e passem á seguinte. Se se enganarem relembrem-se de como têm que modificar a
resposta errada. Alguma dúvida?
Então… Abram o caderno e …comecem”
Recolhe-se o material, verificando que os dados e respostas foram dados nos lugares certos e dá-
se por terminada a aplicação da prova.
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8. Correcção
Quando a aplicação do teste é feita usando a Folha de respostas para auto correcção, o
processo de pontuação pode ser realizado pelo aplicador ou pelo examinando. Este processo é
bastante simples e apenas exige os seguintes passos:
1)- O impresso é composto por duas folhas, original e cópia, pegadas pelos quatro cantos.
Para separá-las basta arrancar ou cortar o bordo picotado da direita e separar os bordos superior e
inferior, deixando intacto o da esquerda, a não ser que se deseje separar e arquivar as duas folhas
em lugares separados.
2)- Comprova-se se não foi dada mais do que uma resposta a cada exercício sem ter feito
as anulações da forma indicada. Se houver mais do que uma resposta e não houver maneira de
determinar qual a que o sujeito considerou correcta, é necessário anular todas as respostas desse
exercício para evitar que entre em conta nos acertos.
3)- Em cada uma das colunas (conjunto de 12 elementos) somam-se as respostas dadas
pelo sujeito que aparecem dentro dos círculos existentes nessa coluna. Concede-se um ponto por
cada resposta correcta e o resultado será anotado no espaço correspondente na base da coluna,
imediatamente ao lado dos títulos coloridos “Punt”.
4).- a soma das pontuações obtidas em todas as colunas será anotada no espaço destinado
a “TOTAL(A + Ab +B)” impresso a cor.
5)- Se a prova foi aplicada com tempo livre, obter-se-à a diferença entre a hora de
terminus e a hora de início do teste e o resultado será anotado no espaço “Tempo total”.
6)- Na s Matrizes Coloridas é possível obter a pontuação da discrepância nos conjuntos ou
colunas A, Ab e B da Folha de respostas, quer dizer a diferença entre o valor empírico obtido e o
esperado em cada conjunto. Estes dados encontram-se na tabela C1 quando o valor
empírico total da pontuação directa varia entre 10 e 31 pontos. Para isso basta entrar em cada uma
das filas da tábua até à coluna da pontuação directa total obtida pelo sujeito e no cruzamento da
fila e da coluna encontra-se a pontuação teórica esperada. A diferença entre o obtido e o esperado
é o valor da discrepância.
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Tabela C1. Composição normalizada das pontuações directas de CPM
PD 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
A 6 6 6 7 7 8 8 8 9 9 9 9 9 9 10 10 10 10 11 11 11 11
Pontuação Ab 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 7 7 8 8 8 9 9 9 10 10 10
esperada nos B 2 2 3 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 7 8 8 8 9 1o
conjuntos
No quadro que se segue pode-se exemplificar o anterior com um caso hipotético em que
no CPM obteve as pontuações parciais 10, 4 e 2 nos três conjuntos e em que o PD é de 16
pontos. A partir da tabela C1 estraem-se as pontuações esperadas 8, 4, 4 e, fazendo a diferença,
obtem-se as discrepâncias que vêm na terceira linha do quadro.
A Ab B Total
Pontuação 10 4 2 16
PD esperado 8 4 4
Discrepâncias 2 0 -2
Os autores da tabela C1 dizem que se num dos conjuntos aparece uma discrepância de
mais de 2 pontos não se deveria aceitar a pontuação total como uma estimativa consistente do
funcionamento da capacidade intelectual do sujeito. No entanto, essa maior discrepância não é um
impedimento para se considerar válida a pontuação total obtida.
9 . Apreciação Quantitativa
Os resultados obtidos com os testes SPM mostraram que para as crianças mais novas ou
para pessoas portadoras de deficiência era necessário proceder a algumas alterações afim de
assegurar que os sujeitos compreendem a natureza dos problemas independentemente de serem
ou não capazes de os solucionar.
Quando se dá a uma criança a forma encaixe do teste (CPM) a sua primeira reacção é,
frequentemente, pegar nas peças móveis e brincar com elas.
A partir dos 3 anos, uma criança encaixa uma das peças no espaço em branco do grande
desenho. Ao princípio não importa qual peça. Desde que encaixe já lhe agrada. Ela parecerá
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surpreendida por verificar que todas as peças se encaixam no espaço vazio e vai experimentá-las
uma a uma.
Apenas algumas crianças serão capazes de completar correctamente os primeiros dois ou
três desenhos da série A .
A partir de 4 anos, uma criança nota que uma das peças é semelhante ao desenho do alto.
Ao princípio a semelhança do desenho basta-lhe e a dimensão ou a orientação do mesmo
parecem não ter importância para ela.
A partir dos 5 anos uma criança fica satisfeita se a peça que ela encaixa completa
correctamente o desenho numa das direcções. Mais tarde começa a escolher a peça que completa
o desenho nas duas direcções.
Nesta idade, uma criança bastante dotada começará, frequentemente, a manipular o
material do teste espontaneamente, para seu próprio divertimento. Tendo inserido a peça certa ela
vai retirá-la deliberadamente e experimentará as outras. É característico deste estádio de
desenvolvimento que encaixe a peça certa à primeira tentativa. Todas as modificações que ela faz é
vista como uma manifestação da sua aprendizagem por tentativas ou como um prazer em
manipular.
Algumas crianças depois de terem encaixado a peça certa parecem preocupadas com
pequenas diferenças no ajustamento da peça e querem mudá-la. Pode ser útil perguntar à criança
porque procedeu assim. Se ela não puder explicar, como uma criança tem dificuldade em traduzir
o seu pensamento por palavras a resposta não deve ser considerada errada.
A partir dos 6 anos uma criança pode escolher correctamente o desenho mesmo quando a
figura que ele tem de escolher é diferente das partes do desenho a completar. É neste estádio do
seu desenvolvimento que uma criança um pouco atrasada começa a fazer bastantes erros.
Ela tenta geralmente repetir uma resposta já dada e adopta frequentemente este
procedimento como método de trabalho.
A partir dos 7 anos, uma criança é capaz de conceber figuras separadas como conjuntos
espaciais ligados entre eles mas, aparentemente, acha difícil analisá-los através dos seus
componentes.
A partir dos 8 anos uma criança pode resolver facilmente a maior parte dos problemas da
série Ab.
A partir dos 9 anos uma criança pode trabalhar sozinha duma maneira satisfatória. Quando
a deixamos trabalhar tranquilamente, no seu próprio ritmo, sem a interromper o seu trabalho é
melhor e mais conforme com os seus verdadeiros processos mentais.
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A partir dos 10 anos as respostas aos testes dadas por crianças dotadas, crianças normais e
crianças retardadas tornam-se cada vez mais diferentes umas das outras.
A partir de 10 anos quanto mais dificuldade um sujeito encontra em resolver os problemas
das séries A, Ab, B, mais provável é que fique atrasado para o resto da vida e os resultados do seu
teste indicarão a natureza e a extensão da sua debilidade.
Um atrasado ligeiro permanece, durante toda a vida incapaz de resolver os problemas mais
difíceis da série B. Um sujeito com estas características aprende, normalmente, a ler e a escrever,
adquire vocabulário médio e adapta-se a condições de vida estáveis. Tem falta de originalidade e
tem enorme dificuldade em responder eficazmente a situações novas.
A experiência mostrou que nos Testes APM:
a)- As pessoas de baixa dotação sentem dificuldades logo nos 5 primeiros elementos deste
“SET I”, excepto os que acertam por acaso, a sua pontuação final será inferior a 6 pontos.
b)- As pessoas de dotação média não encontrarão problemas nos primeiros 4 elementos,
mas cometerão erros entre a 5ª e a 10ª e raramente resolvem bem os dois últimos do Caderno.
c)- As pessoas brilhantes compreendem a tarefa com rapidez e, excepto quando o fazem
sem dar muita atenção no princípio, não cometem nenhum erro.
O caderno “SET II” pode ser aplicado como uma prova de potência, com tempo livre, a
todos os que tenham resolvido bem mais de metade dos exercícios do Caderno I. Para continuar
o exame retira-se o Caderno I e apresenta-se o Caderno II, dizendo-lhes que os exercícios são
parecidos com os anteriores mas são mais difíceis.
Pede-se que os tentem todos sem saltar nenhum e sem voltar atrás. Pode gastar o tempo
que quiser e deve-se deixar trabalhar à vontade.
10. Observações
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para verificar a involução intelectual nas pessoas idosas. Pesquisas transculturais têm-se servido
deste teste para estudar diferenças étnicas ou de aculturação.
Estes testes são usados pela psiquiatria, pela psicologia e ainda pela psicopedagogia
11. Bibliografia
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