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IDENTIFICANDO FALÁCIAS E USANDO A LÓGICA PARA ESTUDAR HISTÓRIA

Caminhos e Possibilidades

A função da Lógica:

Para apreciar o valor dos métodos lógicos, é importante ter expectativas realistas
acerca de seu uso. [...] A Lógica trata de justificação, não da descoberta. A Lógica
fornece instrumentos para a análise do discurso; e essa análise é indispensável para
a expressão inteligente de nossas próprias opiniões e para a compreensão clara das
opiniões dos outros (SALMON, 2002, p. 07-08).

Desafios de lógica:

• No caminho de casa até o mercado, uma senhora conta 10 árvores a sua direita. Após as compras, ela
volta para casa e conta 10 árvores a sua esquerda. Quantas árvores ela viu no total nesse dia?
• Em uma sala quadrada, temos um gato em cada canto. Cada gato vê outros três gatos. Quantos gatos
há no total dentro da sala?
• Uma família resolveu passear de carro. Nele entraram 1 avô, 2 pais, 2 filhos e 1 neto. Qual o número
mínimo de pessoas dentro do veículo, afinal?

1. Inferir é concluir, é extrair informação nova a partir de raciocínio, do encadeamento de informações


disponíveis. A noção de inferência pode ser trabalhada, por exemplo, a partir da resolução de enigmas
lógicos. (Ao procurar decifrá-los, faz-se uma série de encadeamentos e, subseqüentemente, de inferências.)
Pode-se, igualmente, ilustrar o processo de inferência a partir da conversa entre duas galinhas, como na tira
de Fernando Gonsales (veiculada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S.Paulo, em 05 de outubro de 2007
e abaixo reproduzida):

A partir da noção de inferência, torna-se possível conceituar premissa e conclusão. Dá-se o nome de
conclusão à informação que é extraída do processo de inferência. Já as informações que servem de
fundamento para as inferências (ou raciocínios) são denominadas premissas: são os pressupostos disponíveis
que justificam, embasam, oferecem sustento adequado para a aceitação da conclusão.
E o que vem ser um argumento? Trata-se de um conjunto encadeado de sentenças declarativas, das quais
uma é a conclusão, as demais, premissas, e espera-se que as premissas justifiquem a conclusão. Nesse
sentido, se a inferência é um processo mental, um argumento é a expressão da inferência, enunciando as
hipóteses tomadas como base (premissas) e encadeando as mesmas com a informação nova dali extraída
(conclusão).
2. Falácias não-formais
Etimologicamente, falácia é um argumento falho. Falácia é, pois, um argumento que contém um erro de
raciocínio – baseado na invalidade, na irrelevância das premissas ou em alguma ambigüidade na
linguagem. Serão apresentados (e ilustrados) na seqüência três tipos de falácias.

2.1 O argumento ad baculum ou de recurso à força (ou ainda, de apelo à força) ocorre à medida
que há o apelo à força ou há a intimidação (ameaça de força) para que se estabeleça a conclusão desejada.
“Ad baculum significa, literalmente, ‘com o báculo ou porrete’” (WALTON, 2006, p. 130). O cartum (ou
tirinha) da série Mundo Monstro, de Adão Iturrusgarai (In: Folha de S.Paulo, Caderno Ilustrada, Quadrinhos.
São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008.), ilustra a ocorrência de um argumento de recurso à força:

Os argumentos ad verecundiam ou falácias de apelo à autoridade, por sua vez, consistem no apelo ao
respeito ou admiração por pessoas famosas para a comprovação de determinada proposição em uma área
distinta daquela em que estes famosos se sobressaíram. Inúmeros exemplos podem ser extraídos dos meios
publicitário e televisivo: atrizes famosas (e macérrimas) anunciam cervejas que não bebem; campeões
olímpicos vendem desde carros até empreendimentos imobiliários; personalidades de Hollywood são
convidadas especiais de mesas-redondas sobre meio-ambiente; o rei do futebol divulga cartão de crédito,
operadora de celular, plano de saúde... e esponja de aço!

Já a falácia de equívoco consiste na não distinção dos sentidos diferentes de uma mesma palavra. Deve-se
notar, todavia, que a falácia em questão é extremamente usada em propagandas e programas de humor, os
quais visam justamente o riso (possível) advindo da confusão dos significados de um mesmo termo. A tira do
cartunista Adão Iturrusgarai (Mundo Monstro. In: Folha de S.Paulo, Caderno Ilustrada, Quadrinhos. São
Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2008) atesta esta observação:

3. Considerações
Neste sentido, se o ensino da lógica não é suficiente para um pensar autônomo por parte do educando (não
temos garantia disso!), ao menos pode propiciar a esse a descoberta da possibilidade de pensar sobre o
próprio pensar de forma organizada e encadeada – sistematizando as explicações, opiniões, crenças, etc. Por
conseguinte, parece auxiliar no reconhecimento das diferentes estruturas argumentativas, permitindo àquele
que se familiariza com os conceitos lógicos (ainda que elementares), um arcabouço teórico interessante tanto
para a criação quanto para a avaliação crítica de argumentos.

4. Falácias da dispersão: Cada uma destas falácias caracteriza-se pelo uso ilegítimo de um operador
proposicional, uso que desvia a atenção do auditório da falsidade de uma certa proposição.
4.1 Falso dilema
É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas duas), quando de fato há mais.
O falso dilema é um uso ilegítimo do operador "ou". Pôr as questões ou opiniões em termos de
"ou sim ou sopas" gera, com freqüência (mas nem sempre), esta falácia.
Exemplos:
• Ou concorda comigo ou não. (Porque se pode concordar parcialmente.)
• Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. (Porque uma pessoa tem o direito de denunciar o
que bem entender.)
• Ou vota no Silva ou será a desgraça nacional. (Porque os outros candidatos podem não ser assim
tão maus.)
• Uma pessoa ou é boa ou é má. (Porque muitas pessoas são apenas parcialmente boas.)
Prova: Identifique as opções dadas e mostre (de preferência com um exemplo) que há pelo menos
uma opção adicional.
4.2 Apelo à Ignorância (argumentum ad ignorantiam)
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso;
ou conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso
dilema, já que presume que todas as proposições têm de ser realmente conhecidas como verdadeiras
ou falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma prova." (p. 59)
Exemplos:
• Os fantasmas existem! Já provou que não existem?
• Como os cientistas não podem provar que se vai ter uma guerra global, ela provavelmente não
ocorrerá.
• Otávio disse que era mais esperto do que Augusto, mas não provou. Portanto, isso deve ser falso.
Prova: Identifique a proposição em questão. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou falsa)
mesmo que, por agora, não o saibamos.
5. Apelo a motivos (em vez de razões): As falácias desta secção têm em comum o fato de apelarem
a emoções ou a outros fatores psicológicos. Não avançam razões para apoiar a conclusão.
5.1 Apelo a Preconceitos: Termos carregados e emotivos são usados para ligar valores morais à
crença na verdade da proposição.
Exemplos: • Os brasileiros bem intencionados estão de acordo em votar pela pena de morte.
• As pessoas razoáveis concordarão com a nossa política fiscal.
• O ministro da fazenda tem a veleidade de pensar que as novas taxas de juro ajudarão a diminuir o
déficit. (O uso de "tem a veleidade de pensar" sugere sem argumentos que o primeiro ministro está
enganado.)
• Os burocratas do parlamento resistem às leis de defesa do patrimônio. (Compare-se com: "Os
parlamentares rejeitaram a proposta de lei de defesa do patrimônio.")
Prova: Identifique os termos preconceituosos usados: (p. ex.:. "brasileiros bem intencionados" ou
"Pessoas razoáveis"). Mostre que discordar da conclusão não é suficiente para dizer que a pessoa é
"mal intencionada" ou "pouco razoável".
5.2 Apelo ao povo (argumentum ad populum): Com esta falácia sustenta-se que uma proposição
é verdadeira por ser aceita como verdadeira por algum sector representativo da população.
Esta falácia é, por vezes, chamada "Apelo à emoção" porque os apelos emocionais pretendem
atingir, muitas vezes, a população como um todo.
Exemplos: • Se você fosse bela poderia viver como nós. Compre também Buty-EZ e torne-se bela.
(Aqui se apela às "pessoas bonitas")
• As sondagens sugerem que os liberais vão ter a maioria no parlamento, também deve votar neles.
• Todo mundo sabe que a Terra é plana. Então por que razão insiste nas suas excêntricas teorias?

REFERÊNCIA: VELASCO, P. D. N.. Sobre o lugar da lógica na sala de aula. Revista Sul-
Americana de Filosofia e Educação , v. 1, p. 64-75, 2010.

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