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IMPACTOS DO AUMENTO

DE IMPOSTOS DE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
BMJ | Novembro de 2017

IMPACTOS DO
O
AUMENTO DE
IMPOSTOS DE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

Estudo realizado para o Sindicato Nacional da


Indústria de Produtos para Defesa Vegetal – SINDIVEG

EQUIPE
Alberto Carbonar, Alexandre Andrade, Ana Lenat, Ana
Masuko, Matheus Andrade e Wagner Parente

BARRAL M JORGE CONSULTORES ASSOCIADOS


Brasília, DF
SUMÁRIO
1. SUMÁRIO-EXECUTIVO ................................................................................................................................... 7

2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 11

3. DÍVIDA PÚBLICA E A SITUAÇÃO FISCAL DO ESTADOS .............................................................................. 12


3.1 Dívida Pública ............................................................................................................................................... 12
3.2 Situação Fiscal dos Estados.......................................................................................................................... 13

4. COMPARATIVO DE TRIBUTAÇÃO DO SETOR DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS COM OUTROS SETORES


DA ECONOMIA .............................................................................................................................................. 18

5. IMPACTOS ECONÔMICOS DE POSSÍVEIS ELEVAÇÕES DAS ALÍQUOTAS DOS IMPOSTOS INCIDENTES


SOBRE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS ............................................................................................................... 20
5.1 Situação Atual ............................................................................................................................................... 20
5.1.1 Cenários para simulação............................................................................................................................... 20
5.2 Fontes de Dados ........................................................................................................................................... 22

6. IMPACTOS DIRETOS NA INDÚSTRIA DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS.......................................................... 23


6.1 Imposto de Importação ................................................................................................................................ 23
6.1.1 Situação Atual ............................................................................................................................................... 23
6.1.2 Elevação do II das linhas tarifárias que estão na LETEC ............................................................................... 27
6.1.3 Elevação do Imposto de Importação para 20% ............................................................................................ 28
6.1.4 Elevação do Imposto de Importação para 35% ............................................................................................ 29
6.2 Imposto sobre Produtos Industrializados..................................................................................................... 30
6.2.1 Situação Atual ............................................................................................................................................... 30
6.2.2 Elevação do IPI para 10% ............................................................................................................................. 31
6.3 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.................................................................................. 32
6.3.1 Situação Atual ............................................................................................................................................... 32
6.3.2 Simulação sobre término do Convênio ICMS 100/1997 .............................................................................. 35
6.4 Contribuição para os programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio Público e
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Contribuição ao PIS/PASEP e COFINS ........... 36
6.4.1 Situação Atual ............................................................................................................................................... 36
6.4.2 Cenário com elevação das alíquotas de PIS/PASEP e COFINS ..................................................................... 37
6.5 Cenários com múltiplos aumentos de impostos .......................................................................................... 38
6.6 Quadro Resumo e Conclusão Parcial ........................................................................................................... 41

7. IMPACTOS SOBRE CUSTOS DE PRODUÇÃO E RENDA DO PRODUTOR..................................................... 42


7.1 ALÍQUOTA DE 10% PARA O IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ..................................... 42
7.1.1 Algodão ......................................................................................................................................................... 42
7.1.2 Café ............................................................................................................................................................... 45
7.1.3 Cana-de-açúcar ............................................................................................................................................. 47
7.1.4 Milho ............................................................................................................................................................. 50
7.1.5 Soja ............................................................................................................................................................... 52
7.2 IMPACTOS DO FIM DO CONVÊNIO 100/1997 SOBRE OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E RENTABILIDADE.... 55
7.2.1 Algodão ......................................................................................................................................................... 55
7.2.2 Café ............................................................................................................................................................... 61
7.2.3 Cana-de-Açúcar ............................................................................................................................................
.............. 67
7.2.4 Milho .............................................................................................................................................................
.............. 77
7.2.5 Soja ...............................................................................................................................................................
.............. 89
7.3 AUMENTO DA ALÍQUOTA DO PIS/PASEP E COFINS .................................................................................. ............ 104
7.3.1 Algodão .......................................................................................................................................................
............ 104

5
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São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
7.3.2 Café ............................................................................................................................................................. 106
7.3.3 Cana-de-açúcar ........................................................................................................................................... 108
7.3.4 Milho ........................................................................................................................................................... 110
7.3.5 Soja ............................................................................................................................................................. 113
7.4 IMPACTOS DO AUMENTO DO IPI E ICMS.................................................................................................. 117
7.4.1 Algodão ....................................................................................................................................................... 117
7.4.2 Café ............................................................................................................................................................. 119
7.4.3 Cana-de-açúcar ........................................................................................................................................... 121
7.4.4 Milho ........................................................................................................................................................... 123
7.4.5 Soja ............................................................................................................................................................. 125
7.5 IMPACTOS DO AUMENTO DO IPI, ICMS E PIS/COFINS ............................................................................ 129
7.5.1 Algodão ....................................................................................................................................................... 129
7.5.2 Café ............................................................................................................................................................. 131
7.5.3 Cana-de-açúcar ........................................................................................................................................... 133
7.5.4 Milho ........................................................................................................................................................... 135
7.5.5 Soja ............................................................................................................................................................. 137
7.6 Quadro Resumo e Conclusão Parcial ......................................................................................................... 141
7.7 Impactos em outras culturas ...................................................................................................................... 141

8. IMPACTOS NO CONSUMIDOR FINAL ........................................................................................................ 144


8.1 Inflação ....................................................................................................................................................... 144
8.1.1 Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna ............................................................................. 144
8.1.2 Índice de Preços ao Consumidor – IPC - DI ............................................................................................... 148
8.1.3 Impacto geral na inflação............................................................................................................................ 148

9. IMPACTOS INDIRETOS .............................................................................................................................. 149

10. RISCOS RELATIVOS AO JULGAMENTO DA ADI Nº 5.553/DF PELO SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL – STF .......................................................................................................................................... 152
10.1 Breve Relato Processual da Ação no STF ................................................................................................... 152
10.2 Análise de risco e possíveis impactos para o setor .................................................................................... 154

CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................... 156

6
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1. SUMÁRIO EXECUTIVO
O presente estudo foi encomendado pelo SINDIVEG – Sindicato Nacional da Indústria de
Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG) para o escritório Barral M Jorge Consultores
Associados (“BMJ”) e tem como objetivo apresentar um panorama econômico do setor, com
especial destaque aos tributos aplicáveis aos defensivos agrícolas e os possíveis impactos de
uma elevação da alíquota desses tributos.

Contudo, antes que a análise possa ser iniciada de fato, é importante entender o papel do
agronegócio no Brasil e também o panorama da indústria de defensivos agrícolas.

O agronegócio no Brasil tem uma expressiva participação na economia do país. Representa


aproximadamente 23% do PIB, cria aproximadamente 37% dos empregos do país e 48% das
exportações brasileiras.

É importante também analisar o papel que o Brasil terá na provisão de alimentos para o mundo
nos próximos anos. O estudo da FAO “World Agriculture: towards 2015-20301” aponta que a
população mundial deverá alcançar 8.3 bilhões de pessoas em 2030 e a segurança alimentar é
apontada como um dos principais desafios que a humanidade enfrentará.

Nesse contexto, a FAO estima que, em 2020, o Brasil será o maior produtor e exportador de
alimentos do mundo. Por sua vez, a OCDE estima que a produção de soja no Brasil cresça a
2,6% por ano até 20262.

Nesse cenário, o uso dos defensivos agrícolas é primordial, visto que o Brasil é um país tropical
e extremamente propício para a existência de um grande número de organismos que se
comportam como pragas e doenças na agricultura.

Dados da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) mostram que pragas como
percevejo, helicoverpa, mosca branca, falsa medideira, ferrugem, lagarta do cartucho, bicudo e
pulgão podem causar um impacto de US$ 21,72 bilhões no agronegócio brasileiro3.

Tendo em vista esse plano de fundo, é importante ressaltar que, de acordo com dados do Índice
de Confiança do Agronegócio (IC Agro),4 para o 4º trimestre de 2016, a indústria de defensivos
é responsável por 4% de todo financiamento obtido pelos produtores agrícolas. Segundo dados
do próprio SINDIVEG, mais de 90% das vendas de defensivos agrícolas são financiadas pelo
próprio setor5. Ainda, a maior parte das vendas do setor são feitas com um prazo relativamente
longo, maior que 180 dias, e o prazo médio para recebimento pela indústria é de 212 dias.

Em contraste a esse cenário, o nível de endividamento do governo federal continua bastante


alto, de modo que a dívida pública permanece com persistente tendência de aumento.

De acordo com estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(FIRJAN) em abril 20176, a dívida pública estadual possui níveis extremamente elevados
especialmente em quatro estados da Federação, sendo eles: Rio de Janeiro (232% da Receita
Corrente Líquida - RCL), Rio Grande do Sul (213%), Minas Gerais (203%) e São Paulo (175%).
1
Disponível online em: <http://www.fao.org/3/a-y4252e.pdf>.
2
Disponível online em: <http://www.fao.org/3/a-i7549s.pdf>.
3
https://pt.slideshare.net/Agropec2/impacto-econmico-de-pragas-agrcolas-no-brasil
4
Disponível online em: <O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) é apurado trimestralmente pela Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
5
Disponível online em: <http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Casimiro/LFN/BPA_BASF_17ago2016.
pdf>.
6
Disponível online em: <http://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/a-situacao-fiscal-dos-estados.
htm#pubAlign>

7
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Com esse cenário e uma diminuição da arrecadação em decorrência da diminuição da atividade
econômica, cresce a pressão arrecadatória dos governos e a principal maneira de arrecadação
dos governos é através do aumento de impostos.

Considerando que o setor de defensivos agrícolas usufrui de benefícios fiscais relativos ao


ICMS (Convênio ICMS nº 100/97), ao IPI (Decreto nº 7.660/2011) e ao PIS e COFINS (Lei nº
10.925/2004), e que muitas vezes a sua essencialidade na agricultura não é conhecida, o setor
passa a ser um daqueles que podem sofrer com prováveis aumento de impostos. O estudo
então se dedica a demonstrar os efeitos nocivos de uma possível elevação de impostos dos
defensivos agrícolas.

Para a demonstração dos impactos, foram definidos quatro cenários, como apresentado abaixo:

• Cenário 1: Possível revogação dos benefícios fiscais de IPI concedidos pelo Decreto nº
7.660/2011, com aplicação da alíquota de 10% do IPI sobre os defensivos, sem alteração
dos demais benefícios fiscais concedidos ao setor;

• Cenário 2: Possível revogação dos benefícios fiscais do ICMS concedidos pelo Convênio
ICMS 100/1997, com aplicação de alíquota de 17% ou 18% de ICMS para operações internas
e de alíquota de 7% ou 12% de ICMS para operações interestaduais;

• Cenário 3: Possível revogação dos benefícios fiscais de PIS e COFINS concedidos pela Lei nº
10.925/2004, com a aplicação das alíquotas respectivas de 1,65% e 7,6%, sem alteração dos
demais benefícios fiscais concedidos ao setor;

• Cenário 4: Possível revogação de todos os benefícios fiscais de ICMS e IPI, com aplicação
das respectivas alíquotas de 7%, 12% ou 18% (ICMS) e 10% (IPI).

• Cenário 5: Possível revogação de todos os benefícios fiscais de ICMS, IPI, PIS e COFINS, com
aplicação das respectivas alíquotas de 7%, 12% ou 18% (ICMS), 10% (IPI), 1,65% (PIS) e
7,6% (COFINS).

Em relação aos impactos diretos na indústria de uma possível elevação de tributos, o primeiro
caso que é analisado é relativo a um possível aumento do Imposto de Importação. Com base
nos dados do sistema AliceWEB do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é
possível observar que a importação de defensivos agrícolas em 2016 totalizou US$ 2,2 bilhões, o
que gerou um pagamento de US$ 165,8 milhões em Imposto de Importação.

Em um cenário com a retirada das quatro linhas tarifárias do setor que estão na LETEC
(3808.91.91, 3808.91.99, 3808.92.99 e 3808.93.29), o imposto de importação devido pelo setor
se elevaria para US$ 253 milhões, uma vez que o imposto devido nessas quatro linhas tarifárias
seria de US$ 87,22 milhões.

Em um segundo cenário simulado, com a elevação das alíquotas de importação de todos os


produtos para 20%, haveria um aumento considerável nos impostos devidos nas importações de
defensivos agrícolas em 2016. Nesse cenário o valor total que seria devido pelo setor equivaleria
a US$ 443,74 milhões.

Por fim, uma elevação das alíquotas de importação de todos os produtos para 35%, levaria a
um grande aumento nos impostos devidos nas importações de defensivos agrícolas em 2016.
Nesse cenário o valor total que seria devido pelo setor equivaleria a US$ 771,66 milhões.

Superada a análise dos impactos de possíveis elevações do Imposto de Importação, é feita


agora a análise de possíveis impactos do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI). Para mensuração de possíveis impactos, foi considerado um cenário com a cobrança de
um IPI de 10%. Considerando os valores informados pelo SINDIVEG em vendas de defensivos

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agrícolas, uma elevação do IPI para 10% para os defensivos agrícolas geraria a obrigação do
pagamento de R$ 3,3 bilhões pelo o setor.

Colocado esse cenário, o estudo passa então a analisar os impactos de uma possível extinção
do Convênio ICMS 100/1997 na indústria de defensivos agrícolas. Segundo simulação realizada,
o setor dispendeu um pouco mais de R$ 1,05 bilhão em ICMS em 2016, considerando um
câmbio médio de 3,48 reais por dólar e alíquotas de 2,8% nas operações com destino aos
estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 4,8% nas operações interestaduais com destino
aos estados do sul e sudeste, além de isenção nas operações internas.

Com o fim do Convênio ICMS 100/1997, as operações com destino aos estados do Norte,
Nordeste e Centro-Oeste terão uma alíquota de 7%, enquanto as operações interestaduais com
destino aos estados do sul e sudeste terão uma alíquota de 12% e as operações internas serão
tributadas em 18%. Nesse cenário, os dispêndios da indústria de defensivos agrícolas com o
ICMS serão de R$ 3,46 bilhões.

Por sua vez, uma elevação de alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a COFINS
levaria a um desses tributos R$ 3,07 bilhões pelo setor.

A elevação do IPI para 10% e a com aplicação das respectivas alíquotas interestadual de ICMS
com origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, levaria ao pagamento de R$
4,86 bilhões em tributos, equivalente a 14,62% do faturamento do setor em 2016.

Em um cenário de múltiplo aumento de impostos, com aplicação das respectivas alíquotas


interestadual de ICMS com origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, 10%
(IPI), 1,65% (PIS) e 7,6% (COFINS), o valor devido pelo setor na soma dos impostos citado
anteriormente equivaleria a R$ 8,39 bilhões, equivalente a 25,22% das receitas obtidas pelo
setor com a venda de defensivos agrícolas em 2016.

O quadro abaixo resume os dados de impacto direto na indústria apresentados anteriormente.

Dados de impacto direto na indústria (em R$)


Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Vendas do setor 33.272.809.699,00
Impostos que
3.327.280.969 3.462.035.659 3.077.734.897 4.864.484.777 8.392.184.517
seriam devidos
% do valor de
10,00% 10,40% 9,25% 14,62% 25,22%
vendas

Conclusa a análise dos impactos diretos na indústria de defensivos, o estudo se dedica a avaliar
o impacto do aumento dos custos dos insumos agrícolas nas principais culturas agrícolas do
Brasil: algodão, café, cana, milho e soja seguindo os mesmos cenários utilizados acima.

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Considerando as médias ponderadas para cada cultura, é possível estimar que haverá ao
menos uma elevação de R$ 22,09 no custo de produção (cana, cenário 1) até R$ 733,60
(algodão, cenário 5) por hectare.

Aumento de custo por hectare (em R$)


Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Algodão 290,85 192,75 269,04 425,23 733,60
Café 93,48 250,89 86,47 175,32 278,00
Cana 22,09 169,35 20,43 57,92 83,71
Milho 34,27 85,12 31,70 55,97 92,84
Soja 60,32 75,56 55,79 98,38 163,27

Ao multiplicarmos os valores encontrados por toda área plantada no Brasil dessas culturas, é
possível estimar uma perda de até R$ 1,39 bilhão para o produtor de algodão, R$ 813 milhões
para o produtor de café, R$ 1,42 bilhão para o produtor de cana, R$ 2,76 bilhões para o produtor
de milho e R$ 10,08 milhões para o produtor de soja. A título de comparação, é possível dizer
que esse valor é superior ao valor liberado pelo governo federal em saques do PIS/PASEP em
agosto de 2017 (R$16,45 bilhões contra R$ 15,9 bilhões).

Tal elevação pode comprometer a renda do produtor rural, uma vez que necessariamente terá
que elevar seus gastos com os defensivos agrícolas para manter o atual nível de produtividade.

Por fim, a elevação desses custos pode fazer com que o produtor rural recorra ao uso de
defensivos agrícolas ilegais que além de comprometer a defesa da lavoura, uma vez que não
tem eficácia garantida, ainda podem causar efeitos extremamente nocivos à saúde e ao meio
ambiente.

Além do aumento dos custos do produtor agrícola, haverá ainda uma queda expressiva na
rentabilidade do produtor, podendo chegar a 21,01% para o algodão, como representado na
tabela abaixo.

Queda na rentabilidade
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Algodão -9,25% -6,97% -8,56% -13,52% -21,01%
Café -3,18% -18,68% -2,94% -13,17% -20,88%
Cana -2,40% -9,59% -2,22% -6,28% -9,08%
Milho -6,99% -32,46% -6,46% -11,41% -18,93%
Soja -6,65% -10,03% -6,16% -10,85% -18,01%

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2. INTRODUÇÃO
O presente estudo foi encomendado pelo SINDIVEG – Sindicato Nacional da Indústria de
Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG) para o escritório Barral M Jorge Consultores
Associados (“BMJ”) e tem como objetivo apresentar um panorama econômico do setor, com
especial destaque aos tributos aplicáveis aos defensivos agrícolas e os possíveis impactos de
uma elevação da alíquota desses tributos.

Tal estudo é motivado pela reanálise do CONFAZ sobre uma possível extensão do Convênio
ICMS 100/1997 e pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.553/DF, que estabelece
benefícios fiscais para o setor de defensivos agrícolas, bem como sobre as recentes elevações
tributárias que foram promovidas pelo governo federal.

Para tanto, o estudo será iniciado com um breve panorama da atual situação da dívida pública
e da situação fiscal dos estados e como isso pode afetar a tributação do setor de defensivos
agrícolas e sementes.

Em seguida será apresentado um comparativo entre a carga tributária dos defensivos agrícolas
e de outros insumos utilizados na produção agrícola como fertilizantes e óleo diesel, bem como
com produtos da cesta básica.

A terceira parte do estudo apresentará os impactos da elevação de tributos como o Imposto de


Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços e PIS/COFINS.

Para tanto, serão apresentados então, os impactos sobre a indústria de defensivos agrícolas,
sobre os produtores rurais e também para o consumidor final.

Em relação à indústria, será apresentado um pequeno panorama do setor e da sua importância


para a agricultura brasileira. Para os produtores rurais, serão apresentados impactos nos custos
e na rentabilidade dos produtores, com especial destaque para algodão, café, cana, milho e
soja e por fim, para o consumidor serão apresentados dados relativos ao impacto na cesta
básica e na inflação.

Por fim, após a apresentação do impacto, o estudo mostrará os riscos relativos ao julgamento
da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.553/DF pelo Supremo Tribunal Federal – STF
que pede a declaração de inconstitucionalidade das Cláusulas 1ª e 3ª do Convênio ICMS n.
100/1997 e de itens da Tabela do IPI (TIPI) prevista no Decreto nº 7.660/2011.

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3. DÍVIDA PÚBLICA E A SITUAÇÃO FISCAL
DO ESTADOS
3.1. Dívida Pública
O nível da dívida pública federal reflete a soma das despesas do governo dentro do Brasil e no
exterior. O nível da dívida pública dos Estados e Distrito Federal é calculado, por sua vez, pela
soma da soma da Dívida Líquida Consolidada (DCL) e da Receita Corrente Líquida (RCL). Com
o resultado obtido, cada estado da federação recebe um “rating” e, assim, é criado um “ranking”
para verificação de quais são os entes federativos com o maior nível de endividamento. Ambos
os níveis de dívida pública do governo federal e dos estados são divulgados pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN).

Nesse sentido, é possível verificar pelo gráfico abaixo que o nível de endividamento do governo
federal continua bastante alto, de modo que a dívida pública permanece com persistente
tendência de aumento, sendo possível observar, inclusive, a evolução da dívida pública pelos
dois conceitos mais tradicionais utilizados no Brasil: a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e
a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP)7.

Gráfico 1: Dívida Pública (% PIB)8

Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) Dívida Líquida do Setor Público (DLSP)
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
Dez/06
Abr/07
Ago/07
Dez/07
Abr/08
Ago/08
Dez/08
Abr/09
Ago/09
Dez/09
Abr/10
Ago/10
Dez/10
Abr/11
Ago/11
Dez/11
Abr/12
Ago/12
Dez/12
Abr/13
Ago/13
Dez/13
Abr/14
Ago/14
Dez/14
Abr/15
Ago/15
Dez/15
Abr/16
Ago/16
Dez/16
Abr/17

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (STN)

Conforme se pode ver, em ambos os conceitos mencionados acima, a dívida tem subido
acentuadamente desde o início de 2014. Ao final de abril de 2017, a DBGG chegou a R$ 4,55
trilhões, o equivalente a 71,7% do PIB. No mesmo mês, a DLSP superou os R$ 3,03 trilhões,
47,7% do PIB.

Vale notar que, em ambos os casos, o nível atual, aferido em relação ao PIB, é recorde,
considerando-se a série iniciada em dezembro de 2006. A DBGG já havia atingido o topo da
7
Os dados da imagem acima foram retirados das tabelas especiais relativas à dívida pública, disponíveis nas séries
temporais do Banco Central. A DBGG engloba os governos federal, estadual e municipal, sem estatais e sem Banco
Central. Já a DLSP abarca esses três níveis de governos, o Banco Central e as estatais, exclusive as instituições
financeiras públicas e as grandes empresas não dependentes de transferências de recursos do governo controlador,
a exemplo de Petrobras e Eletrobras. Outra diferença marcante entre os dois conceitos é que a DBGG não desconta
os ativos dos governos, enquanto a DLSP sofre essa dedução, com destaque para os dois grandes ativos que são as
reservas internacionais geridas pelo Banco Central e os créditos do Tesouro Nacional junto ao BNDES.
8
Disponível online em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529913/RAF5_JUN2017_pt4_Divida_
Publica.pdf>

12
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série há cerca de dois anos, pois em julho de 2015 alcançou os 62,2% do PIB, acima do recorde
anterior de 61,1% do PIB, vigente em outubro de 2009. A partir desse momento, subiu mais dez
pontos percentuais do PIB, aproximadamente.

A DLSP, entretanto, alcançou o pico apenas em janeiro de 2017, aos 46,5% do PIB, mesmo
percentual do recorde anterior de 46,5% do PIB, verificado em dezembro de 2016.

Assim, observa-se o nítido endividamento do setor público federal, apresentando fragilidades


que devem ser enfrentadas mediante a aprovação de propostas de reformas econômicas
necessárias para o desenvolvimento econômico do país.

3.2. Situação Fiscal dos Estados


De acordo com estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(FIRJAN) em abril 20179, a dívida pública estadual possui níveis extremamente elevados
especialmente em quatro estados da Federação, sendo eles: Rio de Janeiro (232% da Receita
Corrente Líquida - RCL), Rio Grande do Sul (213%), Minas Gerais (203%) e São Paulo (175%) –
os três primeiros inclusive já ultrapassaram o limite de 200% da RCL estabelecido pela LRF.

Dos 27 estados, 22 encerraram 2016 com dívida inferior a 100% da RCL, sendo que 14 não
chegaram a 50%. O gráfico abaixo apresenta a relação Dívida/RCL para todos os estados. Além
da limitada capacidade de endividamento dos Estados10, ações de alongamento de prazo e
redução de indexadores explicam esse quadro favorável para a dívida da maioria dos Estados.
Veja-se:

Gráfico 2 – Dívida consolidada líquida (% da RCL) - 201611

232%

213%
203% Limite Legal

175%

103% DCL superior a RCL


94%
78%
73%
60% 58%
56%
50% 50%
45% 44% 42%
41% 40% 39%
35% 33%
30% 30% 26%
14%
9%
3%
RJ RS MG SP AL GO MS AC SE PE BA SC RO PI CE MA AM MT PR RR TO PB DF ES AP PA RN

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

9
Disponível online em: <http://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/a-situacao-fiscal-dos-estados.
htm#pubAlign>
10
Após a renegociação das dívidas de estados e municípios com o Governo Federal, em 1997 e 2001, os governos
locais ficaram sujeitos a diversas vedações no que concerne à emissão de títulos domésticos ou externos, ou seja,
precisam da autorização da União para se endividar
11
Disponível online em: <http://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/a-situacao-fiscal-dos-estados.
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De fato, o problema das contas públicas estaduais não é explicado por elevados estoques de
dívidas contraídas no passado - este é um problema de poucos. Em que pese a conjuntura
econômica desfavorável e seu consequente efeito negativo sobre a arrecadação tributária,
o problema das contas públicas estaduais é estrutural e está relacionado ao elevado
comprometimento dos orçamentos com gastos obrigatório, notadamente despesas de pessoal.
Dessa forma, momentos de queda na receita, como o atual, se traduzem em elevados déficits.
A verdade é que há pouca margem de manobra para adequar as despesas à capacidade de
arrecadação, deixando as contas públicas extremamente expostas à conjuntura econômica.

A tabela 1 apresenta as despesas com pessoal ativo e inativo dos estados brasileiros, como
proporção da RCL. Em média, esse percentual foi de 58,8% em 2016, muito próximo, portanto,
ao teto de 60% estabelecido pela LRF.

Tabela 1 – Despesas com pessoal ativo e inativo (% da RCL) - 201612


Outras
Inativos e Receita Despesa Líquida
UF Pessoal Ativo(a) despesas de
Pensionistas (b) Previdência (d) (a+b+c-d)
pessoal (c)
MG 48,4% 37,7% 1,8% 9,9% 78,0%
RS 35,2% 52,6% 0,5% 12,2% 76,1%
RJ 42,8% 30,5% 8,1% 9,0% 72,3%
TO 61,7% 14,6% 0,0% 8,5% 67,8%
RN 54,1% 26,0% 0,0% 12,7% 67,5%
MT 55,5% 21,2% 3,2% 12,7% 67,3%
SP 40,7% 33,6% 0,0% 8,4% 66,0%
PE 46,4% 30,6% 0,0% 11,2% 65,8%
BA 54,5% 21,8% 0,1% 13,0% 63,4%
PI 52,0% 21,5% 0,4% 11,9% 62,1%
AC 53,8% 14,8% 0,3% 7,3% 61,6%
SC 44,4% 26,9% 0,1% 10,0% 61,5%
PR 50,6% 24,8% 0,1% 14,4% 61,1%
PB 47,5% 18,0% 0,0% 8,6% 57,0%
GO 44,5% 20,7% 0,5% 9,1% 56,5%
MS 44,5% 21,6% 0,0% 12,0% 54,2%
AM 43,8% 15,0% 3,0% 7,7% 54,0%
PA 44,2% 17,4% 0,0% 8,7% 53,0%
MA 45,0% 13,9% 1,2% 7,2% 52,9%
ES 41,4% 17,1% 1,4% 7,9% 51,9%
DF 47,9% 19,4% 0,2% 15,9% 51,6%
RO 52,2% 5,3% 0,6% 8,0% 50,1%
CE 42,9% 12,4% 2,8% 8,8% 49,3%
SE 37,1% 24,1% 0,0% 12,6% 48,6%
AP 48,5% 1,5% 0,0% 2,2% 47,8%
AL 34,5% 20,0% 2,9% 11,5% 45,9%
RR 43,2% 0,8% 3,2% 2,6% 44,6%
Fonte: Sisconfi/STN

12
Disponível online em: <http://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/a-situacao-fiscal-dos-estados.
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Dos 27 estados, 13 ultrapassaram este limite. No topo da lista estão Minas Gerais, onde as
despesas de pessoal comprometeram 78,0% da RCL, Rio Grande do Sul, com 76,1% e Rio de
Janeiro com 72,3%. O conceito utilizado foi o de Despesa Líquida de Pessoal, que considera
as despesas brutas com pessoal descontadas as receitas previdenciárias (contribuições dos
segurados e contribuição patronal).

Em grande parte dos estados esse resultado é influenciado pelas despesas com inativos e
pensionistas: em 14 esta conta representou mais de 20% da RCL. Novamente, Rio Grande do
Sul e Minas Gerais estão no topo da lista, sendo os estados que mais comprometeram sua
receita com o pagamento de inativos e pensionistas em 2016: 52,6% e 37,7%, respectivamente.
No Rio Grande do Sul a despesa com aposentarias e pensões inclusive superou aquela
destinada aos ativos. Vale destacar também os casos de São Paulo, Pernambuco e Rio de
Janeiro que comprometeram mais de 30% da RCL com inativos e pensionistas.

Com efeito, a despesa com inativos e pensionistas é um grande desafio às contas públicas
estaduais, pelo simples fato do volume de contribuições não fazer frente ao de benefícios.
No total, o déficit das previdências estaduais somou R$102,4 bilhões em 2016. Em 2016, 24
estados tiveram que aportar, em média, 12,7% da RCL para cobrir as despesas com inativos e
pensionistas. Ainda, de acordo com estudo da FIRJAN13, em apenas três estados a previdência
não fechou o ano de 2016 no vermelho: Rondônia, Roraima e Amapá. No Rio Grande do Sul
40,5% da RCL foi direcionada para cobertura do déficit da previdência. Esse déficit supera 20%
da RCL em Minas Gerais (27,8%), São Paulo (25,2%) e Rio de Janeiro (21,5%).

Como mostra o gráfico 3, no Rio Grande do Sul a diferença entre o volume de restos a pagar
processados e os recursos em caixa deixados em 2016 representou 42% da RCL, foram R$14,5
bilhões em despesas postergadas para 2017, sem a devida cobertura. No Rio de Janeiro,
R$11,1 bilhões, o equivalente a 24% da RCL, enquanto em Minas Gerais, R$3,7 bilhões, 7% da
RCL.

GRÁFICO 3 – Disponibilidade de caixa (R$ bilhões)14


RS -41,9% (R$ 14,5)
RJ -24,0% (R$ 11,1)
MG -6,8% (R$ 3,7)
SE -3,4% (R$ 0,2)
DF -0,2% (R$ 0,03)
GO (R$ 0,4) 2,2%
PE (R$ 1,3) 6,2%
SP (R$ 9,0) 6,4%
MS (R$ 0,8) 8,3%
AM (R$ 1,1) 9,8%
PB (R$ 0,9) 10,6%
RR (R$ 0,4) 11,8%
PI (R$ 1,0) 13,0%
BA (R$ 3,9) 13,5%
AC (R$ 0,6) 13,6%
MT (R$ 1,8) 14,0%
RO (R$ 0,9) 14,2%
CE (R$ 2,5) 14,3%
SC (R$ 2,9) 14,3%
PR (R$ 5,7) 16,6%
AL (R$ 1,5) 20,0%
PA (R$ 6,1) 33,8%
ES (R$ 4,5) 37,7%
AP (R$ 2,5) 51,2%
TO (R$ 4,7) 64,4%
MA (R$ 9,2) 73,6%
Fonte: Sisconfi/STN.

13
Disponível online em: <http://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/a-situacao-fiscal-dos-estados.
htm#pubAlign>
14
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15
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Dos 22 estados que encerraram 2016 com recursos em caixa para cobrir as despesas
postergadas, apenas 5 terão menos de 10% da RCL para fazer frente a imprevistos
orçamentários em 2017. Destaque positivo para Maranhão e Tocantins, estados em que os
recursos em caixa são suficientes para cobrir as despesas postergadas e ainda resultam em um
crédito que supera 60% da RCL.

Considerando a posição relativa de cada estado nos quatro indicadores analisados (Dívida,
Gasto com Pessoal e Disponibilidade de Caixa) é possível compor um ranking da crise fiscal das
27 unidades da federação.

Tabela 2 – Ranking da crise fiscal dos estados15


Ranking Pessoal/RCL Dívida/RCL (Caixa - RAP)/RCL Investimentos/RCL
UF
Geral Indicador Ranking Indicador Ranking Indicador Ranking Indicador Ranking
Média Brasil 58,8% 69,5% 14,4% 5,7%
RS 1º 76,1% 2º 212,9% 2º -41,9% 1º 1,8% 1º
MG 2º 78,0% 1º 203,1% 3º -6,8% 3º 2,8% 4º
RJ 3º 72,3% 3º 232,1% 1º -24,0% 2º 5,4% 13º
SP 4º 66,0% 7º 175,5% 4º 6,4% 8º 5,0% 11º
GO 5º 56,5% 15º 93,8% 6º 2,2% 6º 2,7% 3º
PE 6º 65,8% 8º 57,9% 10º 6,2% 7º 5,4% 15º
AC 7º 61,6% 11º 72,7% 8º 13,6% 15º 5,5% 16º
SE 8º 48,6% 24º 60,4% 9º -3,4% 4º 5,4% 14º
RN 9º 67,5% 5º 3,1% 27º – – 4,5% 9º
DF 10º 51,6% 21º 29,9% 23º -0,2% 5º 2,8% 5º
MS 11º 54,2% 16º 77,9% 7º 8,3% 9º 8,1% 24º
MT 12º 67,3% 6º 40,5% 18º 14,0% 15º 6,3% 18º
PR 13º 61,1% 13º 38,8% 19º 16,6% 20º 4,0% 8º
BA 14º 63,4% 9º 55,8% 11º 13,5% 14º 11,0% 26º
AM 15º 54,0% 17º 40,5% 17º 9,8% 10º 6,2% 17º
RO 16º 50,1% 22º 50,1% 13º 14,2% 17º 4,9% 10º
PI 17º 62,1% 10º 45,2% 14º 13,0% 13º 10,7% 25º
RR 18º 44,6% 27º 34,8% 20º 11,8% 12º 3,1% 6º
SC 19º 61,5% 12º 50,2% 12º 14,3% 19º 8,0% 23º
TO 20º 67,8% 4º 33,2% 21º 64,4% 25º 6,5% 19º
PB 21º 57,0% 14º 30,2% 22º 10,6% 11º 7,1% 22º
AL 22º 45,9% 26º 102,9% 5º 20,0% 21º 6,8% 21º
ES 23º 51,9% 20º 26,4% 24º 37,7% 23º 4,0% 7º
AP 24º 47,8% 25º 14,4% 25º 51,2% 24º 2,1% 2º
PA 25º 53,0% 18º 9,3% 26º 33,8% 22º 5,2% 12º
MA 26º 52,9% 19º 42,5% 16º 73,6% 26º 6,6% 20º
CE 27º 49,3% 23º 43,6% 15º 14,3% 18º 11,1% 27º
Fonte: FIRJAN

15
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Pela ordem, os estados em pior situação fiscal são Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de
Janeiro. Combinaram alto gasto com pessoal, dívida elevada e graves problemas de liquidez em
decorrência do elevado volume de restos a pagar sem cobertura de caixa.

Chama a atenção o caso de São Paulo que está muito próximo dos três estados em pior cenário
fiscal, apesar de ainda não ter ultrapassado o teto da dívida e manter-se com disponibilidade
de caixa. Na outra ponta do ranking, os cinco estados em melhor situação fiscal combinaram
gasto com pessoal e dívida baixos. A diferença entre eles está na opção em sustentar elevado
investimento, no caso do Ceará, ou reforçar o caixa, nos casos de Pará, Amapá e Espirito Santo.

Não obstante, conforme será demonstrado nas sessões subsequentes, a redução de incentivos
fiscais ao setor de defensivos agrícolas pode prejudicar diretamente a retomada do crescimento
econômico do país, em virtude dos impactos ocasionados pela elevação de alíquotas de
determinados tributos.

Desse modo, a sessão subsequente do presente estudo terá como foco o comparativo entre a
cadeia de defensivos agrícolas e os tributos e alíquotas incidentes em outras cadeias diversas.

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4. COMPARATIVO DE TRIBUTAÇÃO DO
SETOR DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
COM OUTROS SETORES DA ECONOMIA
Para identificar a carga tributária incidente sobre os defensivos agrícolas em termos
comparativos com outros setores econômicos no Brasil tanto, a Consultoria BMJ elaborou
planilha de cálculo na qual se utiliza um valor de referência/hipotético de R$ 1.000,00 (mil reais)
para cada produto a ser utilizado no estudo comparativo e sobre tal valor de referência incidirão
todas as alíquotas aplicáveis sobre produtos oriundos do mercado interno (MI) e do mercado
externo (ME).

Para tanto, foram consideradas as operações internas, ou seja, dentro do mesmo estado, para
aferição do ICMS resultante da operação.

Os produtos definidos para fins do estudo comparativo são: (i) defensivos agrícolas, entre eles:
(i.a) acaricidas; (i.b) fungicidas; (i.c) herbicidas; (i.d) inseticidas; (ii) sementes utilizadas para
semeadura; (iii) fertilizantes; (iv) ração animal; (v) óleo para combustíveis; e (vi) produtos da
cesta básica. Cada um dos itens mencionados acima carrega um percentual específico de
alíquota para cada um dos tributos incidentes nas respectivas operações comerciais.

Os tributos verificados como incidentes sobre cada um dos produtos no mercado interno (MI),
independentemente do percentual de alíquota, são: (i) o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI); (ii) Programa de Integração Social (PIS); (iii) a Contribuição para o Financiamento sobre
a Seguridade Social (COFINS); e (iv) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação
de Serviços (ICMS). Para os produtos oriundos mercado externo (ME), os tributos são aqueles
incidentes na operação de importação, quais sejam: (i) Imposto de Importação (II); (ii) o IPI-
Importação; (iii) o PIS-Importação; (iv) a COFINS-Importação; (v) Taxa Siscomex; (vi) o Adicional
de Frete da Marinha Mercante (AFRMM); e (vii) o ICMS-Importação.

Tabela 3 – Comparativo de carga tributária (em %)


Mercado Externo
Produto/Mercadoria Mercado Interno – (%)
(Importação) – (%)
Defensivos Agrícolas (Acaricidas, Fungicidas,
21,95% 49,07%
Herbicidas e Inseticidas)
Sementes 20,48% 54,39%
Fertilizantes 21,95% 63,82%
Ração para Animal 33,23% 78,15%
Óleo Diesel 38,95% 71,01%
Produtos da Cesta Básica 12,36% 42,74%
Fonte/Elaboração: Barral M Jorge Consultores Associados

Conforme se verifica da tabela acima, os defensivos agrícolas possuem, no mercado interno,


carga tributária (21,95%) superior em termos comparativos aos produtos da cesta básica
(12,36%) e sementes utilizadas na agricultura (20,48%); assim como carga tributária equivalente
em comparação aos fertilizantes (21,95%).

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Como destacado acima, os defensivos agrícolas, considerando os herbicidas, fungicidas,
inseticidas e acaricidas, carregam um percentual de 21,95% de tributos sobre o preço final
do produto, quando adquiridos no mercado interno, situação que possibilita compreender
a realidade do setor e eventual diferencial nos preços em relação aos empresários rurais
brasileiros. Ainda, é necessário ressaltar que, além da referida carga, nas operações que
envolvem a importação de defensivos agrícolas, o Adicional de Frete da Marinha Mercante
(AFRMM) pode representar sozinho cerca de 4% do valor dos defensivos ao produtor.

Isso sem mencionar a incidência do ICMS nas operações interestaduais, do PIS/Cofins e demais
tributos previdenciários incidentes na folha de pagamento e no faturamento das indústrias e por
aí em diante, sendo que todos eles possuem impacto direto no setor de modo a encarecer o
preço do produto final.

Não obstante, em termos comparativos com outros setores econômicos que também fornecem
insumos para o setor do agronegócio, verifica-se que os defensivos agrícolas possuem no
mercado interno carga tributária inferior (21,95%) em comparação à ração animal (33,23%) e ao
Óleo Diesel (38,95%). Em relação aos produtos decorrentes de importação do mercado externo,
a carga tributária dos defensivos agrícolas (49,07%) somente é superior em relação à carga
tributária incidente sobre os produtos da cesta básica (42,74%).

Tal situação, por si só, pode acarretar em uma interpretação equivocada por parte das
autoridades governamentais para aumento da tributação do setor, razão pela qual é
necessária uma análise acerca dos possíveis riscos a serem enfrentados pelo setor defensivos,
principalmente se considerarmos o cenário econômico recente no Brasil e a essencialidade da
utilização desses produtos na agricultura tropical, como é o caso do Brasil.

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5. IMPACTOS ECONÔMICOS DE POSSÍVEIS
ELEVAÇÕES DAS ALÍQUOTAS DOS
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
5.1. Situação Atual
Antes da apresentação dos possíveis impactos econômicos da elevação das alíquotas dos
impostos incidentes sobre defensivos agrícolas, é necessário contextualizar a atual situação da
tributação desses produtos, bem como os cenários de simulação que serão apresentados.

Nesse sentido, observa-se que o setor de defensivos agrícolas usufrui de benefícios fiscais
relativos ao ICMS (Convênio ICMS nº 100/97), ao IPI (Decreto nº 7.660/2011) e ao PIS e COFINS
(Lei nº 10.925/2004).

5.1.1. Cenários para simulação


Assim, o presente estudo apresentará simulações de impacto fiscal, considerando quatro
(cenários) cenários distintos e possíveis de aumento de tributos sobre os defensivos agrícolas
oriundos de mercado interno e externo, em decorrência a uma possível revogação de benefícios,
sendo eles:

• Cenário 1: Possível revogação dos benefícios fiscais de IPI concedidos pelo Decreto nº
7.660/2011, com aplicação da alíquota de 10% do IPI sobre os defensivos, sem alteração dos
demais benefícios fiscais concedidos ao setor;

• Cenário 2: Possível revogação dos benefícios fiscais do ICMS concedidos pelo Convênio
ICMS 100/1997, com aplicação de alíquota de 17% ou 18% de ICMS para operações internas
e de alíquota de 7% ou 12% de ICMS para operações interestaduais;

• Cenário 3: Possível revogação dos benefícios fiscais de PIS e COFINS concedidos pela Lei nº
10.925/2004, com a aplicação das alíquotas respectivas de 1,65% e 7,6%, sem alteração dos
demais benefícios fiscais concedidos ao setor;

• Cenário 4: Possível revogação de benefícios fiscais de ICMS e aplicação de alíquota de 10%


no IPI;

• Cenário 5: Possível revogação de todos os benefícios fiscais de ICMS, IPI, PIS e COFINS, com
aplicação das respectivas alíquotas de 7%, 12% ou 18% (ICMS), 10% (IPI), 1,65% (PIS) e 7,6%
(COFINS).

Vale ressaltar que as alíquotas de IPI estabelecidas para os cenários descritos acima, foram
consideradas em virtude de o referido imposto possuir natureza “extrafiscal”, ou seja, sua
cobrança busca regular alguma situação social, econômica ou política, de modo a servir de

20
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instrumento ao Poder Executivo “para realização de políticas governamentais, em detrimento de
serem exclusivamente formas de arrecadação ou de ingresso de dinheiro nos cofres públicos”16.

Tanto é assim que as alíquotas do IPI, além de observarem o princípio constitucional da


seletividade pela essencialidade17 (Art. 153, §3º, inciso I da CF/8818), são alteradas mediante
Decreto do Presidente da República, chefe do Poder Executivo (Art. 84 da CF/8819), e não
mediante Lei elaborada pelo Congresso Nacional (Art. 153, §1º da CF/8820).

Nesse sentido, optou-se pela adoção de uma alíquota de 10% (dez por cento) por se considerar
que os defensivos agrícolas são insumos essenciais para o setor produtivo do agronegócio
brasileiro, principalmente, se observarmos a sua relevância para o processo de produção
alimentos essenciais para toda a população brasileira, em conformidade com todos os princípios
tributários mencionados acima.

As alíquotas de PIS e COFINS consideradas nos cenários descritos abaixo refletem


simplesmente as “alíquotas cheias” dos referidos tributos, caso por ventura o Congresso
Nacional venha alterar/revogar os benefícios fiscais concedidos pela Lei nº 10.925/2004, cenário
este também considerado como “remoto” pela presente Consultoria dado que a lei está em
vigor há mais de 13 (treze) anos e não há, atualmente, nenhum projeto de lei em tramitação
no Congresso Nacional para alteração/revogação dos benefícios. O único risco direto para
revogação da isenção seria em decorrência de uma possível reforma tributária, pendente de
análise no Congresso Nacional, situação esta que será tratada em sessão específica ao longo
do presente estudo.

Em relação ao ICMS, foi considerado que atualmente as operações envolvendo defensivos


agrícolas, assim como outros insumos agropecuários como fertilizantes, sementes, rações,
medicamentos veterinários, ente outros, tem o ICMS aferido com base nas premissas
estabelecidas pelo Convênio ICMS 100/1997.

Com o Convênio 100/1997, as operações internas de vendas de defensivos agrícolas são


isentas da cobrança do ICMS, enquanto existe uma redução de 60% na base de cálculo nas
operações interestaduais, o que equivale a uma alíquota de 2,8% nas vendas destinadas ao
Norte, Nordeste e ao Centro-Oeste e 4,8% nas vendas destinadas aos estados do Sul e Sudeste.

Ainda que existam algumas plantas formuladoras de defensivos agrícolas no Paraná, Minas
Gerais e Rio de Janeiro, a maior parte da produção está concentrada em São Paulo.

Assim, esse estudo considerará todas as saídas como sendo originadas no estado de São
Paulo. Com isso, em um cenário de total exclusão do Convênio ICMS 100/1997, as operações
com defensivos agrícolas passariam então a serem tributadas em 7% para as operações
interestaduais para os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, 12% para as operações
interestaduais para os estados do Sul e Sudeste e 18% para as operações internas no Estado de
São Paulo.

16
FREITAS, Daniele S. Ribeiro. A influência da evolução do Comércio Exterior na Função Fiscal e Extrafiscal do Imposto
de Importação. In: MOREIRA JÚNIOR, Gilberto de Castro; PEIXOTO (Org.) Direito Tributário Internacional, São Paulo:
MP Editora, 2006, p. 57
17
Em resumo, o princípio constitucional da seletividade pela essencialidade determina a diminuição da alíquota do IPI
incidente sobre produtos, mercadorias ou serviços considerados essenciais, e por outro lado, determina o aumento
para aqueles tidos por supérfluos.
18
“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; §3º O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;”
19
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
20
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; § 1º É facultado ao Poder Executivo,
atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I,
II, IV e V.

21
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5.2. Fontes de Dados
As informações relativas a custo que constam desse capítulo são originárias da CNA, CONAB e
associações de classe. Para facilitar o entendimento, cada seção contará com nota de rodapé
explicativa sobre a origem dos dados apresentados.

Esse estudo buscará apresentar de forma mais detalhada e fiel possível, os custos de produção
para cada estado, contudo sempre que algum dado não estiver disponível serão utilizados
aqueles relativos ao estado mais próximo com dados disponíveis.

Os dados relativos à área plantada por área foram retirados da Produção Agrícola Municipal
2016 do IBGE21.

Por fim, os dados de preços utilizados para o cálculo da rentabilidade são indicativos do CEPEA/
ESALQ e da CONAB.

Em relação aos custos de produção dos diversos produtos agrícolas que serão analisados
por esse estudo, o escritório de consultoria BMJ utilizou dados fornecidos pela Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e dados publicados Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB).

Os dados fornecidos pela CNA ao BMJ se referem aos dados levantados por essa entidade
representativa por meio do seu projeto Campo Futuro22. Os dados finais relativos ao custo de
produção estão disponíveis no site da própria CNA23. Contudo, é necessária a ressalva que os
dados fornecidos pela CNA ao BMJ são mais detalhados do que aqueles apresentados no site
da confederação e foram transmitidos em compromisso de confidencialidade.

Desse modo, fica vedado ao SINDIVEG a divulgação dos dados obtidos pela Barral M Jorge
junto à CNA e maiores informações sobre a metodologia de levantamento de informações
do Projeto Campo Futuro bem como pedidos de acesso a essa base de dados devem ser
encaminhados ao Núcleo Econômico da CNA.

Por sua vez, os custos de produção levantados e calculados pela CONAB estão disponíveis no
site da autarquia24, bem como a metodologia utilizada25.

Em relação aos cálculos que envolvem a inflação, foi utilizado o “Índice Geral de Preços –
Disponibilidade Interna” (IGP-DI) elaborado pela Fundação Getúlio Vargas. O IGP-DI é formado
pelo IPA-DI (Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna), IPC-DI (Índice de Preços
ao Consumidor - Disponibilidade Interna) e INCC-DI (Índice Nacional do Custo da Construção
- Disponibilidade Interna) com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente26. A metodologia
completa de cálculo pode ser consultada no site da própria FGV27.

21
Disponível online em: <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5457>.
22
O Campo Futuro é um projeto realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com universidades e centros de pesquisa, além das
Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados. O projeto alia a capacitação do produtor rural à geração de
informação para a administração de custos, de riscos de preços e gerenciamento da produção.
23
Disponível online em: <http://www.cnabrasil.org.br/servicos-para-produtor/ferramentas-uteis/custos>.
24
Disponível online em: <http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1546&t=2>.
25
Disponível online em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/15_05_06_09_28_28_comparacao_
metodologias_conab_cepea_versao_abr15_publica_290415.pdf>
26
Disponível online em: <http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E34B9011D92B6B6420E96>.
27
Disponível online em: <http://portalibre.fgv.br/lumis/portal/file/fileDownload.
jsp?fileId=8A7C82C5463DB40301465E0DD359454D>.

22
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6. IMPACTOS DIRETOS NA INDÚSTRIA DE
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
O primeiro impacto que será apresentado nesse estudo, é aquele que está diretamente
relacionado a indústria de defensivos agrícolas. Para tanto, serão apresentados os impactos
relativos aos cinco cenários que foram listados no capítulo 4, além de trecho sobre imposto de
importação e quadro-resumo com conclusões parciais que serão expostos na próxima sessão.

6.1. Imposto de Importação


O primeiro tributo que terá seu impacto analisado nesse estudo é o Imposto de Importação, um
tributo federal que incide sobre as operações de importação de bens e mercadorias oriundas do
exterior (aspecto material), nos termos do art. 153, inciso I, §1º da Constituição Federal de 1988
(CF/88)28 e arts. 19 a 22 do Código Tributário Nacional (CTN)29.

6.1.1. Situação Atual


As alíquotas do imposto de importação constam da Tarifa Externa Comum (TEC30), estruturada
na Nomenclatura Comum do Mercosul do Sistema Harmonizado (NCM/SH). O enquadramento
correto do produto é de vital importância para a apuração do imposto devido e o afastamento de
aplicação de multa e outros encargos fiscais decorrentes do erro de enquadramento.

É válido destacar que as alterações na TEC devem ser decididas pelos quatro países membros
do Mercosul, o que torna alterações nessas alíquotas mais improváveis nesse momento. Ainda
que cada país membro tenha um número limitado de exceções por meio da TEC, a inclusão
ou exclusão de produtos dessa lista costuma ter participação do setor privado no processo
decisório.

28
“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; (...) § 1º É facultado
ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.”
29
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a
entrada destes no território nacional.
Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei
tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo
da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do
produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de
cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Art. 22. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos
apreendidos ou abandonados.
30
Disponível online em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/arquivos-atuais>.

23
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Assim, a tabela abaixo apresenta a situação atual da tributação dos defensivos agrícolas por
suposição, identificação de 8 dígitos, da Tarifa Externa Comum.

Tabela 4 – Tarifa externa comum para as posições tarifárias dos produtos da indústria de
defensivos agrícolas
Linha Tarifária Tarifa Externa Comum
3808.91.91 14%
3808.91.92 14%
3808.91.94 14%
3808.91.95 14%
3808.91.97 14%
3808.91.98 12%
3808.91.99 8%
3808.92.91 14%
3808.92.92 14%
3808.92.93 14%
3808.92.95 14%
3808.92.96 14%
3808.92.97 12%
3808.92.99 8%
3808.93.22 14%
3808.93.23 14%
3808.93.24 14%
3808.93.25 14%
3808.93.26 14%
3808.93.27 12%
3808.93.29 8%
3808.93.52 14%
3808.93.59 8%
3808.99.91 14%
3808.99.92 14%
3808.99.93 8%
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

24
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Contudo, quatro linhas tarifárias (3808.91.91, 3808.91.99, 3808.92.99 e 3808.93.29) do universo
dos produtos da indústria de defensivos agrícolas estão incluídos na Lista de Exceção à Tarifa
Externa Comum (LETEC) e tem sua tarifa reduzida a 0%. Assim, as tarifas de importação que
estão sendo de fato aplicadas aos produtos estão listadas na tabela abaixo.

Tabela 5 – Tarifa aplicada (considerando TEC e exceções) para as posições tarifárias dos
produtos da indústria de defensivos agrícolas
Linha Tarifária Tarifa Aplicada
3808.91.91 0%
3808.91.92 14%
3808.91.94 14%
3808.91.95 14%
3808.91.97 14%
3808.91.98 12%
3808.91.99 0%
3808.92.91 14%
3808.92.92 14%
3808.92.93 14%
3808.92.95 14%
3808.92.96 14%
3808.92.97 12%
3808.92.99 0%
3808.93.22 14%
3808.93.23 14%
3808.93.24 14%
3808.93.25 14%
3808.93.26 14%
3808.93.27 12%
3808.93.29 0%
3808.93.52 14%
3808.93.59 8%
3808.99.91 14%
3808.99.92 14%
3808.99.93 8%
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

25
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Assim, considerando as importações dos produtos nos códigos tarifários acima, em 2016 foram
desembolados US$ 165,82 milhões com o imposto de importação devido dessas operações,
conforme mostrado na tabela abaixo.

Tabela 6 – Valor devido em imposto de importação em 2016 (em US$ milhões)


Valor importado em 2016 (em Valor Devido em I.I. (em
Linha Tarifária Tarifa Aplicada
US$ Mi) US$ Mi)
3808.91.91 97,04 0% 0,00
3808.91.92 3,79 14% 0,53
3808.91.94 0 14% 0,00
3808.91.95 1,83 14% 0,25
3808.91.97 786,00 14% 110,00
3808.91.98 0 12% 0,00
3808.91.99 1,52 0% 0,00
3808.92.91 13,95 14% 1,95
3808.92.92 1,52 14% 0,21
3808.92.93 181,28 14% 25,37
3808.92.95 0 14% 0,00
3808.92.96 6,61 14% 0,92
3808.92.97 0 12% 0,00
3808.92.99 624,23 0% 0,00
3808.93.22 24,20 14% 3,38
3808.93.23 0 14% 0,00
3808.93.24 91,80 14% 12,85
3808.93.25 49,84 14% 6,97
3808.93.26 0 14% 0,00
3808.93.27 1,79 12% 0,21
3808.93.29 294,73 0% 0,00
3808.93.52 0 14% 0,00
3808.93.59 26,56 8% 2,12
3808.99.91 82,95 14% 0,11
3808.99.92 0 14% 0,00
3808.99.93 11,84 8% 0,94
TOTAL 2.301,48 – 165,82

Com base nesse cenário, é possível realizar três simulações de aumento de imposto de
importação que podem afetar o setor.

A primeira simulação levará em conta apenas o fim da redução do imposto de importação para
os produtos que estão atualmente na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum e o imposto que
seria devido com base na importação desses produtos.

Por sua vez, o segundo cenário apresentará uma elevação dos impostos de importação de
todos os códigos tarifários de defensivos agrícolas para 20%, a maior tarifa possível dentro da
Tarifa Externa Comum (TEC)31.

31
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/arquivos-atuais-3

26
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Por fim, o terceiro cenário apresentará a elevação dos impostos de importações dos defensivos
agrícolas para 35%, a tarifa consolidada do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio
(OMC)32.

6.1.2. Elevação do II das linhas tarifárias que estão na LETEC


Em um cenário com a retirada das quatro linhas tarifárias do setor que estão na LETEC
(3808.91.91, 3808.91.99, 3808.92.99 e 3808.93.29), o imposto de importação devido pelo setor
se elevaria para US$ 253 milhões, uma vez que o imposto devido nessas quatro linhas tarifárias
seria de US$ 87,22 milhões.

Tabela 7 – Valor devido em Imposto de Importação em 2016 (em US$ milhões) com
retirada de códigos tarifários da LETEC
Valor importado em
Linha Tarifária Tarifa Aplicada Valor Devido Em I.I.
2016 (em US$ Mi)
3808.91.91 97,04 8% 13,58
3808.91.92 3,79 14% 0,53
3808.91.94 0 14% 0,00
3808.91.95 1,83 14% 0,25
3808.91.97 786,00 14% 110,00
3808.91.98 0 12% 0,00
3808.91.99 1,52 8% 0,12
3808.92.91 13,95 14% 1,95
3808.92.92 1,52 14% 0,21
3808.92.93 181,28 14% 25,37
3808.92.95 0 14% 0,00
3808.92.96 6,61 14% 0,92
3808.92.97 0 12% 0,00
3808.92.99 624,23 8% 49,93
3808.93.22 24,20 14% 3,38
3808.93.23 0 14% 0,00
3808.93.24 91,80 14% 12,85
3808.93.25 49,84 14% 6,97
3808.93.26 0 14% 0,00
3808.93.27 1,79 12% 0,21
3808.93.29 294,73 8% 23,57
3808.93.52 0 14% 0,00
3808.93.59 26,56 8% 2,12
3808.99.91 82,95 14% 0,11
3808.99.92 0 14% 0,00
3808.99.93 11,84 8% 0,94
TOTAL 2.301,48 – 253,01

32
A tarifa consolidada é apresentada pelos países-membros no momento da sua acessão à OMC e significa a maior
tarifa que o país-membro poderá aplicar a certo produto.

27
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6.1.3. Elevação do Imposto de Importação para 20%
No segundo cenário simulado, uma elevação das alíquotas de importação de todos os produtos
para 20%, haveria um aumento considerável nos impostos devidos nas importações de
defensivos agrícolas em 2016. Nesse cenário o valor total que seria devido pelo setor equivaleria
a US$ 443,74 milhões.

Apenas a título de comparação, tal valor é equivalente ao valor estimado pela Samarco para
revitalização do da região atingida pelo rompimento da barragem de Mariana em 201533.

Tabela 8 – Valor devido em Imposto de Importação em 2016 (em US$ milhões) com
elevação do Imposto de Importação para 20%
Valor importado em
Linha Tarifária Tarifa Aplicada Valor Devido em I.I.
2016 (em US$ Mi)
3808.91.91 97,04 20% 19,41
3808.91.92 3,79 20% 0,76
3808.91.94 0 20% 0,00
3808.91.95 1,83 20% 0,37
3808.91.97 786,00 20% 157,20
3808.91.98 0 20% 0,00
3808.91.99 1,52 20% 0,31
3808.92.91 13,95 20% 2,79
3808.92.92 1,52 20% 0,31
3808.92.93 181,28 20% 36,26
3808.92.95 0 20% 0,00
3808.92.96 6,61 20% 1,32
3808.92.97 0 20% 0,00
3808.92.99 624,23 20% 124,85
3808.93.22 24,20 20% 4,84
3808.93.23 0 20% 0,00
3808.93.24 91,80 20% 18,36
3808.93.25 49,84 20% 9,97
3808.93.26 0 20% 0,00
3808.93.27 1,79 20% 0,36
3808.93.29 294,73 20% 58,95
3808.93.52 0 20% 0,00
3808.93.59 26,56 20% 5,31
3808.99.91 82,95 20% 0,02
3808.99.92 0 20% 0,00
3808.99.93 11,84 20% 2,37
TOTAL 2.301,48 – 443,76

33
https://noticias.terra.com.br/brasil/vale-preve-custo-de-443-milhoes-de-dolares-com-tragedia-em-mariana,416634ebd6
e875750bb2029aebd1aadf1qpzoc8n.html

28
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6.1.4. Elevação do Imposto de Importação para 35%
No terceiro cenário simulado, uma elevação das alíquotas de importação de todos os produtos
para 35%, haveria um grande aumento nos impostos devidos nas importações de defensivos
agrícolas em 2016. Nesse cenário o valor total que seria devido pelo setor equivaleria a US$
771,66 milhões.

Tabela 9 – Valor devido em Imposto de Importação em 2016 (em US$ milhões) com
elevação do Imposto de Importação para 35%
Valor importado em
Linha Tarifária Tarifa Aplicada Valor Devido em I.I.
2016 (em US$ Mi)
3808.91.91 97,04 35% 33,97
3808.91.92 3,79 35% 1,33
3808.91.94 0 35% 0,00
3808.91.95 1,83 35% 0,64
3808.91.97 786,00 35% 275,10
3808.91.98 0 35% 0,00
3808.91.99 1,52 35% 0,53
3808.92.91 13,95 35% 4,89
3808.92.92 1,52 35% 0,53
3808.92.93 181,28 35% 63,45
3808.92.95 0 35% 0,00
3808.92.96 6,61 35% 2,31
3808.92.97 0 35% 0,00
3808.92.99 624,23 35% 218,48
3808.93.22 24,20 35% 8,47
3808.93.23 0 35% 0,00
3808.93.24 91,80 35% 32,13
3808.93.25 49,84 35% 17,44
3808.93.26 0 35% 0,00
3808.93.27 1,79 35% 0,63
3808.93.29 294,73 35% 103,16
3808.93.52 0 35% 0,00
3808.93.59 26,56 35% 9,30
3808.99.91 82,95 35% 0,03
3808.99.92 0 35% 0,00
3808.99.93 11,84 35% 4,15
TOTAL 2.301,48 – 776,54

29
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6.2. Imposto sobre Produtos Industrializados
Superada a análise dos impactos de possíveis elevações do Imposto de Importação, será feita
agora a análise de possíveis impactos do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI).

O IPI é um tributo federal incidente sobre produtos industrializados, aplicado em nosso mercado
interno, que também se estende às mesmas mercadorias quando importadas e é conhecido
como IPI vinculado à importação.

A base legal do IPI é a Lei n. 4.502, de 1964 (com as alterações posteriores). A regulamentação
encontra-se no Decreto n. 7.212, de 15 junho de 2010 (Regulamento do Imposto sobre
Produtos Industrializados – RIPI). Os artigos 237 a 248 do Decreto n. 6.759/2009 (Regulamento
Aduaneiro), consolidam e regulamentam as regras pertinentes ao IPI-Importação.

6.2.1. Situação Atual


Atualmente, os defensivos agrícolas, que estão classificados no capítulo 38 da Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) estão isentos da cobrança desse
tributo34.

Para mensuração de possíveis impactos, será apresentado o cenário com a cobrança de um IPI
de 10%.

Para tanto, será considerado o valor em vendas informado pelo SINDIVEG para o ano de 2016.

34
http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/legislacao/documentos-e-arquivos/tipi.pdf

30
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6.2.2. Elevação do IPI para 10%
Considerando os valores informados pelo SINDIVEG em vendas de defensivos agrícolas, uma
elevação do IPI para 10% para os defensivos agrícolas geraria a obrigação do pagamento de R$
3,3 bilhões pelo o setor em IPI, como mostrado na tabela abaixo.

Tabela 10 – Impostos devidos com uma alíquota de 10% de IPI (em R$)
Vendas em R$ Valor Devido com IPI de 10%
AC 29.205.703,77 2.920.570,38
AL 89.200.357,79 8.920.035,78
AM 4.610.756,31 461.075,63
AP 2.519.473,54 251.947,35
BA 1.541.407.858,44 154.140.785,84
CE 39.960.889,18 3.996.088,92
DF 65.199.998,70 6.519.999,87
ES 193.673.774,50 19.367.377,45
GO 3.210.206.128,11 321.020.612,81
MA 506.641.067,90 50.664.106,79
MG 2.754.961.050,18 275.496.105,02
MS 1.992.594.245,88 199.259.424,59
MT 6.776.041.042,14 677.604.104,21
PA 380.262.956,59 38.026.295,66
PB 30.912.261,48 3.091.226,15
PE 217.315.535,29 21.731.553,53
PI 222.974.233,48 22.297.423,35
PR 4.530.260.238,98 453.026.023,90
RJ 45.646.643,37 4.564.664,34
RN 56.482.377,32 5.648.237,73
RO 281.945.826,43 28.194.582,64
RR 12.795.345,75 1.279.534,58
RS 4.383.530.491,24 438.353.049,12
SC 800.850.572,42 80.085.057,24
SE 36.369.459,55 3.636.945,96
SP 4.610.695.730,03 461.069.573,00
TO 456.545.680,62 45.654.568,06
TOTAL 33.272.809.699,00 3.327.280.969,90

Ainda que os dados tenham sido apresentados em divisão por estado, é válido ressaltar que
o IPI é um imposto federal e que, portanto, seria arrecadado pelo governo federal, não sendo
direcionado aos estados.

31
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6.3. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
O terceiro imposto que será analisado nesse estudo é o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS).

O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de


serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é de competência dos
Estados e do Distrito Federal. Sua base constitucional é o artigo 155, inciso II da CF/88.

6.3.1. Situação Atual


Atualmente as operações envolvendo defensivos agrícolas, assim como outros insumos
agropecuários como fertilizantes, sementes, rações, medicamentos veterinários, ente outros, tem
o ICMS aferido com base nas premissas estabelecidas pelo Convênio ICMS 100/1997.

Com o Convênio 100/1997, as operações internas de vendas de defensivos agrícolas são


isentas da cobrança do ICMS, enquanto existe uma redução de 60% na base de cálculo nas
operações interestaduais, o que equivale a uma alíquota de 2,8% nas vendas destinadas ao
Norte, Nordeste e ao Centro-Oeste e 4,8% nas vendas destinadas aos estados do Sul e Sudeste.

Ainda que existam algumas plantas formuladoras de defensivos agrícolas no Paraná, Minas
Gerais e Rio de Janeiro, a maior parte da produção está concentrada em São Paulo. Assim, esse
estudo considerará todas as saídas como sendo originadas no estado de São Paulo.

32
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Segue abaixo, tabela do SINDIVEG referente as vendas de defensivos agrícolas por estado.

Tabela 11 – Vendas de defensivos agrícolas por estado (em US$)


AC 8.391.671
AL 25.629.927
AM 1.324.808
AP 723.920
BA 442.892.516
CE 11.481.957
DF 18.733.907
ES 55.648.260
GO 922.388.102
MA 145.573.111
MG 791.582.594
MS 572.531.841
MT 1.946.958.976
PA 109.260.905
PB 8.882.016
PE 62.441.244
PI 64.067.157
PR 1.301.679.075
RJ 13.115.644
RN 16.229.074
RO 81.011.457
RR 3.676.485
RS 1.259.519.236
SC 230.108.289
SE 10.450.032
SP 1.324.790.594
TO 131.179.210
TOTAL 9.560.272.008

33
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Considerando a tabela acima e as alíquotas apresentadas anteriormente (0% para o estado de
São Paulo, 2,8% nas operações interestaduais para os estados do Norte, Nordeste e Centro-
Oeste e 4,8% para os estados do Sul e Sudeste) e ainda uma cotação média de 3,48 para o
dólar em 2016, o setor dispendeu um pouco mais de R$ 1,05 bilhão em ICMS, como pode ser
visto na tabela abaixo.

Tabela 12 – Simulação da arrecadação de ICMS da indústria de defensivos agrícolas em


2016 com convênio ICMS 100/1997
Câmbio
Vendas (em Alíquota Valor devido em
Estado médio de Vendas em R$
US$) atual ICMS
2016
AC 8.391.671 3,48 29.205.703,77 2,80% 817.759,71
AL 25.629.927 3,48 89.200.357,79 2,80% 2.497.610,02
AM 1.324.808 3,48 4.610.756,31 2,80% 129.101,18
AP 723.920 3,48 2.519.473,54 2,80% 70.545,26
BA 442.892.516 3,48 1.541.407.858,44 2,80% 43.159.420,04
CE 11.481.957 3,48 39.960.889,18 2,80% 1.118.904,90
DF 18.733.907 3,48 65.199.998,70 2,80% 1.825.599,96
ES 55.648.260 3,48 193.673.774,50 2,80% 5.422.865,68
GO 922.388.102 3,48 3.210.206.128,11 2,80% 89.885.771,59
MA 145.573.111 3,48 506.641.067,90 2,80% 14.185.949,90
MG 791.582.594 3,48 2.754.961.050,18 4,80% 132.238.130,41
MS 572.531.841 3,48 1.992.594.245,88 2,80% 55.792.638,88
MT 1.946.958.976 3,48 6.776.041.042,14 2,80% 189.729.149,18
PA 109.260.905 3,48 380.262.956,59 2,80% 10.647.362,78
PB 8.882.016 3,48 30.912.261,48 2,80% 865.543,32
PE 62.441.244 3,48 217.315.535,29 2,80% 6.084.834,99
PI 64.067.157 3,48 222.974.233,48 2,80% 6.243.278,54
PR 1.301.679.075 3,48 4.530.260.238,98 4,80% 217.452.491,47
RJ 13.115.644 3,48 45.646.643,37 4,80% 2.191.038,88
RN 16.229.074 3,48 56.482.377,32 2,80% 1.581.506,56
RO 81.011.457 3,48 281.945.826,43 2,80% 7.894.483,14
RR 3.676.485 3,48 12.795.345,75 2,80% 358.269,68
RS 1.259.519.236 3,48 4.383.530.491,24 4,80% 210.409.463,58
SC 230.108.289 3,48 800.850.572,42 4,80% 38.440.827,48
SE 10.450.032 3,48 36.369.459,55 2,80% 1.018.344,87
SP 1.324.790.594 3,48 4.610.695.730,03 0,00% 0,00
TO 131.179.210 3,48 456.545.680,62 2,80% 12.783.279,06
TOTAL 9.560.272.008 3,48 33.272.809.699 – 1.052.844.171,06

34
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6.3.2. Simulação sobre término do Convênio ICMS 100/1997
Em um cenário de total exclusão do Convênio ICMS 100/1997, as operações com defensivos
agrícolas passariam então a serem tributadas em 7% para as operações interestaduais para
os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, 12% para as operações interestaduais para os
estados do Sul e Sudeste e 18% para as operações internas no Estado de São Paulo.

Com esse cenário, haveria um grande aumento no ICMS devido pela indústria de defensivos
agrícolas, com o valor total superando os R$ 3,4 bilhões, como pode ser visto abaixo.

Tabela 13 – Simulação da arrecadação de ICMS da Indústria de Defensivos Agrícolas em


2016 com convênio ICMS 100/1997
Câmbio
Vendas Alíquota Valor devido em
Estado médio de Vendas em R$
(em US$) atual ICMS
2016
AC 8.391.671 3,48 29.205.703,77 7,00% 2.044.399,26
AL 25.629.927 3,48 89.200.357,79 7,00% 6.244.025,05
AM 1.324.808 3,48 4.610.756,31 7,00% 322.752,94
AP 723.920 3,48 2.519.473,54 7,00% 176.363,15
BA 442.892.516 3,48 1.541.407.858,44 7,00% 107.898.550,09
CE 11.481.957 3,48 39.960.889,18 7,00% 2.797.262,24
DF 18.733.907 3,48 65.199.998,70 7,00% 4.563.999,91
ES 55.648.260 3,48 193.673.774,50 7,00% 13.557.164,22
GO 922.388.102 3,48 3.210.206.128,11 7,00% 224.714.428,97
MA 145.573.111 3,48 506.641.067,90 7,00% 35.464.874,75
MG 791.582.594 3,48 2.754.961.050,18 12,00% 330.595.326,02
MS 572.531.841 3,48 1.992.594.245,88 7,00% 139.481.597,21
MT 1.946.958.976 3,48 6.776.041.042,14 7,00% 474.322.872,95
PA 109.260.905 3,48 380.262.956,59 7,00% 26.618.406,96
PB 8.882.016 3,48 30.912.261,48 7,00% 2.163.858,30
PE 62.441.244 3,48 217.315.535,29 7,00% 15.212.087,47
PI 64.067.157 3,48 222.974.233,48 7,00% 15.608.196,34
PR 1.301.679.075 3,48 4.530.260.238,98 12,00% 543.631.228,68
RJ 13.115.644 3,48 45.646.643,37 12,00% 5.477.597,20
RN 16.229.074 3,48 56.482.377,32 7,00% 3.953.766,41
RO 81.011.457 3,48 281.945.826,43 7,00% 19.736.207,85
RR 3.676.485 3,48 12.795.345,75 7,00% 895.674,20
RS 1.259.519.236 3,48 4.383.530.491,24 12,00% 526.023.658,95
SC 230.108.289 3,48 800.850.572,42 12,00% 96.102.068,69
SE 10.450.032 3,48 36.369.459,55 7,00% 2.545.862,17
SP 1.324.790.594 3,48 4.610.695.730,03 18,00% 829.925.231,40
TO 131.179.210 3,48 456.545.680,62 7,00% 31.958.197,64
TOTAL 9.560.272.008 3,48 33.272.809.699 – 3.462.035.659,02

35
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6.4. Contribuição para os programas de Integração Social
e de Formação do Patrimônio Público e Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – Contribuição ao PIS/
PASEP e COFINS
Por fim, os últimos tributos que serão analisados nesse estudo são a Contribuição para os
programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio Público e Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social – Contribuição ao PIS/PASEP e COFINS.

6.4.1. Situação Atual


É importante ressaltar que os defensivos agrícolas classificados na posição “38.08” da TIPI
possuem isenção da tributação pelo PIS e COFINS, de modo que a alíquota dos tributos fica
reduzida para 0% (zero por cento) em relação aos referidos produtos, nos termos do art. 1,
inciso II da Lei nº 10.925/200435.

Assim, para mensuração de possíveis impactos de uma elevação do PIS/PASEP e da COFINS


será apresentado um cenário de simulação com uma alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e
7,6% para a COFINS.

35
Disponível online em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.925.htm>.

36
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
6.4.2. Cenário com elevação das alíquotas de
PIS/PASEP e COFINS
Em um cenário de alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a COFINS, o valor devido
com o pagamento desses tributos pelo setor seria de R$ 3,07 bilhões, similar àquele que já é
desembolsado pelo setor com o pagamento de obrigações com o ICMS e também àquele que
seria desembolsado no caso de um aumento do IPI para 10%.

Tabela 14 – Impostos devidos com uma alíquota de 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS (em R$)
Estado Vendas em R$ Valor devido de PIS e Cofins
AC 29.205.703,77 2.701.527,60
AL 89.200.357,79 8.251.033,10
AM 4.610.756,31 426.494,96
AP 2.519.473,54 233.051,30
BA 1.541.407.858,44 142.580.226,91
CE 39.960.889,18 3.696.382,25
DF 65.199.998,70 6.030.999,88
ES 193.673.774,50 17.914.824,14
GO 3.210.206.128,11 296.944.066,85
MA 506.641.067,90 46.864.298,78
MG 2.754.961.050,18 254.833.897,14
MS 1.992.594.245,88 184.314.967,74
MT 6.776.041.042,14 626.783.796,40
PA 380.262.956,59 35.174.323,48
PB 30.912.261,48 2.859.384,19
PE 217.315.535,29 20.101.687,01
PI 222.974.233,48 20.625.116,60
PR 4.530.260.238,98 419.049.072,11
RJ 45.646.643,37 4.222.314,51
RN 56.482.377,32 5.224.619,90
RO 281.945.826,43 26.079.988,94
RR 12.795.345,75 1.183.569,48
RS 4.383.530.491,24 405.476.570,44
SC 800.850.572,42 74.078.677,95
SE 36.369.459,55 3.364.175,01
SP 4.610.695.730,03 426.489.355,03
TO 456.545.680,62 42.230.475,46
TOTAL 33.272.809.699,00 3.077.734.897,16

37
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6.5. Cenários com múltiplos aumentos de impostos
Após a apresentação dos impactos da elevação de cada tributo separadamente será feita
agora a apresentação de cenários que consideram o aumento de múltiplos impostos conforme
detalhado abaixo.

O cenário 1 considerará a possível revogação dos benefícios fiscais de ICMS e IPI, com
aplicação das respectivas alíquotas interestadual de ICMS com origem em São Paulo (7% ou
12%) ou alíquota interna de 18%, 10% (IPI), 1,65% (PIS) e 7,6% (COFINS).

Por sua vez, o cenário 2 considerará a possível revogação de todos os benefícios fiscais de
ICMS, IPI, PIS e COFINS, com aplicação das respectivas alíquotas interestadual de ICMS com
origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, 10% (IPI), 1,65% (PIS) e 7,6%
(COFINS).

O Imposto de Importação não será considerado nesse cálculo, uma vez que não é possível
precisar com exatidão, a quantidade do produto vendido que foi importada ou originada
internamente que está presente no mix de vendas.

Conforme apresentado anteriormente, o primeiro cenário considerará a possível revogação dos


benefícios fiscais de ICMS e IPI, com aplicação das respectivas alíquotas interestadual de ICMS
com origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, 10% (IPI), 1,65% (PIS) e
7,6% (COFINS).

Nesse cenário, o valor devido pelo setor na soma dos impostos citado anteriormente equivaleria
a R$ 4,86 bilhões, equivalente a 14,62% das receitas obtidas pelo setor com a venda de
defensivos agrícolas em 2016.

38
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Tabela 15 – Impostos devidos em um cenário de múltiplos aumento de imposto (em R$)
Estado Vendas em R$ Valor devido de IPI 10% + ICMS
AC 29.205.703,77 4.269.873,89
AL 89.200.357,79 13.041.092,31
AM 4.610.756,31 674.092,57
AP 2.519.473,54 368.347,03
BA 1.541.407.858,44 225.353.828,90
CE 39.960.889,18 5.842.282,00
DF 65.199.998,70 9.532.239,81
ES 193.673.774,50 28.315.105,83
GO 3.210.206.128,11 469.332.135,93
MA 506.641.067,90 74.070.924,13
MG 2.754.961.050,18 493.689.020,19
MS 1.992.594.245,88 291.317.278,75
MT 6.776.041.042,14 990.657.200,36
PA 380.262.956,59 55.594.444,25
PB 30.912.261,48 4.519.372,63
PE 217.315.535,29 31.771.531,26
PI 222.974.233,48 32.598.832,93
PR 4.530.260.238,98 811.822.634,83
RJ 45.646.643,37 8.179.878,49
RN 56.482.377,32 8.257.723,56
RO 281.945.826,43 41.220.479,82
RR 12.795.345,75 1.870.679,55
RS 4.383.530.491,24 785.528.664,03
SC 800.850.572,42 143.512.422,58
SE 36.369.459,55 5.317.214,99
SP 4.610.695.730,03 1.373.987.327,55
TO 456.545.680,62 66.746.978,51
TOTAL 33.272.809.699,00 4.864.484.777,99

39
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Já o segundo cenário que considera a possível revogação de todos os benefícios fiscais de
ICMS, IPI, PIS e COFINS com aplicação das respectivas alíquotas interestadual de ICMS com
origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, 10% (IPI), 1,65% (PIS) e 7,6%
(COFINS) traz um resultado ainda mais alarmante.

Nesse cenário, o valor devido pelo setor na soma dos impostos citado anteriormente equivaleria
a R$ 8,39 bilhões, equivalente a 25,22% das receitas obtidas pelo setor com a venda de
defensivos agrícolas em 2016.

Tabela 16 – Impostos devidos em um cenário de múltiplos aumento de imposto (em R$)


Valor devido de IPI 10% +
Estado Vendas em R$
ICMS + PIS e Cofins
AC 29.205.703,77 7.366.364,82
AL 89.200.357,79 22.498.426,44
AM 4.610.756,31 1.162.941,09
AP 2.519.473,54 635.470,43
BA 1.541.407.858,44 388.779.284,98
CE 39.960.889,18 10.079.075,33
DF 65.199.998,70 16.444.971,87
ES 193.673.774,50 48.849.077,26
GO 3.210.206.128,11 809.689.425,35
MA 506.641.067,90 127.786.783,39
MG 2.754.961.050,18 794.189.151,70
MS 1.992.594.245,88 502.579.094,78
MT 6.776.041.042,14 1.709.076.787,79
PA 380.262.956,59 95.911.253,83
PB 30.912.261,48 7.796.798,78
PE 217.315.535,29 54.812.084,92
PI 222.974.233,48 56.239.341,58
PR 4.530.260.238,98 1.305.965.300,65
RJ 45.646.643,37 13.158.831,76
RN 56.482.377,32 14.246.182,90
RO 281.945.826,43 71.113.363,15
RR 12.795.345,75 3.227.286,89
RS 4.383.530.491,24 1.263.666.635,89
SC 800.850.572,42 230.865.999,61
SE 36.369.459,55 9.173.232,38
SP 4.610.695.730,03 1.927.570.510,37
TO 456.545.680,62 115.151.549,48
TOTAL 33.272.809.699,00 8.392.184.517,12

40
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6.6. Quadro Resumo e Conclusão Parcial
Apresentados os possíveis cenários de aumento das alíquotas de impostos, é possível perceber
que todos os cenários apresentam grande elevações de impostos para o setor.

Em um cenário que seja considerado apenas o aumento do ICMS, haveria, para 2016,
uma obrigação tributária de R$3,07 bilhões para o setor, aproximadamente 9,25% de todo
faturamento das empresas do setor.

Por sua vez, o cenário mais nocivo é aquele que combina um aumento de 10% no IPI, com a
revogação do Convênio 100/1997 do ICMS e um aumento de 1,65% no PIS e 7,6% no COFINS.
Nesse cenário, seriam criadas obrigações tributárias de R$ 8,39 bilhões para o setor, o
equivalente a 25% do faturamento do setor em 2016.

A tabela abaixo apresenta um quadro resumo das obrigações tributárias que seriam geradas em
casos de aumento de tributos.

Tabela 17 – Quadro resumo das obrigações que seriam geradas com aumento de
impostos (em R$)
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Vendas do
33.272.809.699,00
setor
Impostos
que seriam 3.327.280.969 3.462.035.659 3.077.734.897 4.864.484.777 8.392.184.517
devidos
% do valor de
10,00% 10,40% 9,25% 14,62% 25,22%
vendas

Cenário 1 Elevação do IPI em 10%

Cenário 2 Revogação do Convênio ICMS 100/1997

Cenário 3 Elevação do PIS em 1,65% e da COFINS em 7,6%

Cenário 4 Elevação do IPI em 10% e Revogação do Convênio ICMS 100/1997

Cenário 5 Elevação do IPI em 10%, Revogação do Convênio ICMS 100/1997 e Elevação


do PIS em 1,65% e da COFINS em 7,6%

41
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7. IMPACTOS SOBRE CUSTOS DE
PRODUÇÃO E RENDA DO PRODUTOR
Essa sessão do estudo apresentará os dados relativos ao impacto de possíveis aumento de
tributos como IPI, ICMS e PIS/COFINS sobre os custos de produção dos produtos agrícolas e
sobre a rentabilidade do produtor.

Para isso, serão apresentados dados detalhados para algodão, café, cana, milho e soja, além de
cenários resumidos apresentados os indicadores de aumento para outras culturas agrícolas.

É importante ressalvar que uma vez que não é possível especificar entre os produtos utilizados
pelo agricultor quais são originários do mercado interno e quais foram importados, o Imposto de
Importação (I.I) não foi incluído na simulação de impactos.

7.1. ALÍQUOTA DE 10% PARA O IMPOSTO SOBRE PRODUTOS


INDUSTRIALIZADOS
O primeiro tributo que terá seus impactos analisados é o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI). Para tanto será apresentado um cenário com uma elevação de 10% da alíquota desse
imposto.

7.1.1. Algodão
O primeiro produto em que os impactos do aumento do IPI serão analisados é o algodão. O
algodão é o 4º produto com maior uso de defensivos agrícolas (39.174 toneladas) e representou
4,86% das vendas totais de defensivos agrícolas.

Em relação à economia brasileira, o algodão é o produto com o 5º maior Valor Bruto da Produção
Agrícola, tendo gerado receitas de R$ 21,15 bilhões, além de ser a base de toda indústria têxtil
brasileira.

Para mensurar os custos do algodão, serão apresentados dados detalhados relativos aos
custos e a rentabilidades do algodão para Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás, que
representam 94,29% de toda produção brasileira de algodão, além de uma média ponderada do
Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e se referem a safra 2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de algodão nos quatro principais estados produtores de


algodão do Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) com defensivos agrícolas
por hectare variam entre R$ 2420,80 e R$ 3092,06 e o custo total do produtor por hectare variam
entre R$ 5899,72 e R$ 7472,00.

Com a aplicação de uma alíquota de 10% no IPI sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos
do produtor seriam elevados entre R$ 238,20 e R$ 309,21 por hectare.

42
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Ao considerarmos uma média ponderada36 por estado, o custo do cotonicultor brasileiro seria
elevado de R$ 6.699,22 para 6.990,07.

Tabela 19 – Aumento dos custos de produção do algodão com aumento do IPI


(por hectare) - em R$
Custo Custo com Custo de Aumento do
Custo atual de
atual com defensivos com produção com custo com
produção
defensivos cobrança de IPI aumento do IPI cobrança de IPI
(por hectare)
(por hectare) (por hectare) (por hectare) (por hectare)
Bahia 2.617,79 2.879,57 5.881,89 6.143,67 261,78
Goiás 2.420,80 2.662,88 5.657,64 5.899,72 242,08
Mato Grosso 3.092,06 3.401,27 7.162,79 7.472,00 309,21
Mato Grosso
2.382,02 2.620,22 5.964,12 6.202,32 238,20
do Sul
Brasil (média
2.908,52 3.199,38 6.699,22 6.990,07 290,85
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


187,4 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
cotonicultor brasileiro com esse aumento no IPI seria de R$ 142,4 milhões.

Tabela 20 – Aumento dos custos de produção do algodão com aumento do IPI (por estado)
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual
defensivos com Custo atual de produção com custo com
com defensivos
cobrança de IPI produção (valor aumento do IPI cobrança de IPI
(valor total por
(valor total por total por estado) (valor total por (valor total por
estado)
estado) estado) estado)
Bahia 732.640.887,30 805.904.976,03 1.646.164.554,30 1.719.428.643,03 73.264.088,73
Goiás 70.864.078,40 77.950.486,24 165.616.095,72 172.702.503,56 7.086.407,84
Mato
1.874.759.266,84 2.062.235.193,52 4.342.899.856,06 4.530.375.782,74 187.475.926,68
Grosso
Mato
Grosso do 70.626.893,00 77.689.582,30 176.836.158,00 183.898.847,30 7.062.689,30
Sul
Brasil
(média 1.424.007.507,28 1.566.408.258,01 3.284.086.336,52 3.426.487.087,25 142.400.750,73
ponderada)

36
Considerando o peso de cada estado na produção total.

43
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Em relação à rentabilidade do produtor de algodão, haverá uma queda entre 5,32% no Mato
Grosso do Sul e 13,23% no Mato Grosso. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a
queda na rentabilidade será de 9,25%.

Tabela 21 – Impacto na rentabilidade do produtor de algodão com aumento do IPI


(por hectare)
Custo
com
Custo Preço Preço Rentabilidade
Rentabilidade aumento Variação
Estado atual recebido recebido após aumento
atual (em R$) do IPI em rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$) do IPI (em R$)
10%
(em R$)
Bahia 5.881,89 10.534,47 4.652,58 6.143,67 10.534,47 4.390,80 -5,63%
Goiás 5.657,64 9.750,98 4.093,34 5.899,72 9.750,98 3.851,26 -5,91%
Mato
7.162,79 9.500,39 2.337,60 7.472,00 9.500,39 2.028,39 -13,23%
Grosso
Mato
Grosso do 5.964,12 10.439,93 4.475,81 6.202,32 10.439,93 4.237,61 -5,32%
Sul
Brasil
(média 6.699,22 9.843,85 3.144,63 6.990,07 9.843,85 2.853,78 -9,25%
ponderada)
R$ 4.652,58

R$ 4.475,81
R$ 4.390,80

R$ 4.237,61
R$ 4.093,34

R$ 3.851,26

R$ 3.144,63

R$ 2.853,78
R$ 2.337,60

R$ 2.028,39

BAHIA GOIÁS MATO GROSSO MATO GROSSO BRASIL (MÉDIA


DO SUL PONDERADA)

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do IPI

44
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7.1.2. Café
Após a análise dos impactos do aumento do IPI para o algodão, agora serão analisados os
impactos para o café. O café é o 6º produto com maior uso de defensivos agrícolas (39.174
toneladas) e representou 2,50% das vendas totais de defensivos agrícolas.

Em relação à economia brasileira, o café é o produto com o 4º maior Valor Bruto da Produção
Agrícola, tendo gerado receitas de R$ 21,85 bilhões.

Para mensurar os custos do café, será considerado o café arábica e serão apresentados dados
detalhados relativos aos custos e a rentabilidade do produto para Minas Gerais, São Paulo,
Espírito Santo, Bahia e Paraná, que representam 98,31% de toda produção brasileira de café
arábica, além de uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e se referem a safra 2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de café nos cinco principais estados produtores de café do
Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo) com defensivos agrícolas por
hectare variam entre R$ 249,12 e R$ 274,03 e o custo total do produtor por hectare variam entre
R$ 9760,79 e R$ 14948,00.

Com a aplicação de uma alíquota de 10% no IPI sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos
do produtor seriam elevados entre R$ 24,91 e R$ 164,17 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada37 por estado, o custo do cafeicultor brasileiro seria
elevado de R$ 11.592,08 para 11.685,56.

Tabela 22 – Aumento dos custos de produção de café com aumento do IPI


(por hectare) - em R$
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual Custo atual custo com
defensivos com produção com
com defensivos de produção cobrança
cobrança de IPI aumento do IPI
(por hectare) (por hectare) de IPI
(por hectare) (por hectare)
(por hectare)
Bahia 1.641,66 1.805,83 14.948,00 15.112,17 164,17
Espírito
249,12 274,03 11.066,45 11.091,36 24,91
Santo
Minas
978,95 1.076,84 11.632,63 11.730,53 97,89
Gerais
Paraná 711,70 782,87 11.449,99 11.521,16 71,17
São Paulo 837,45 921,20 9.760,79 9.844,54 83,75
Brasil
(média 934,78 1.028,26 11.592,08 11.685,56 93,48
ponderada)

37
Considerando o peso de cada estado na produção total.

45
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
100,7 milhões em Minas Gerais. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
cafeicultor brasileiro com esse aumento no IPI seria de R$ 71,3 milhões, o equivalente a 0,33%
de toda produção brasileira de café.

Tabela 23 – Aumento dos custos de produção de café com aumento do IPI


(por hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual Custo atual de
defensivos com produção com custo com
com defensivos produção
Estado cobrança de IPI aumento do IPI cobrança de
(valor total por (valor total por
(valor total por (valor total por IPI (valor total
estado) estado)
estado) estado) por estado)
Bahia 199.927.921,44 219.920.713,58 1.820.427.232,00 1.840.420.024,14 19.992.792,14
Espírito
37.160.233,92 40.876.257,31 1.650.738.080,70 1.654.454.104,09 3.716.023,39
Santo
Minas
1.007.056.384,62 1.107.762.023,08 1.966.675.174,87 12.067.380.813,33 100.705.638,46
Gerais
Paraná 31.373.159,40 34.510.475,34 504.738.459,18 507.875.775,12 3.137.315,94
São Paulo 167.216.991,30 183.938.690,43 1.948.975.982,46 1.965.697.681,59 16.721.699,13
Brasil
(média 713.102.222,98 784.412.445,28 8.545.515.023,31 8.616.825.245,61 71.310.222,30
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de café, haverá uma queda entre 1,13% no Espirito
Santo e 472,24% em São Paulo. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 3,18%.

Contudo, é importante ressaltar que no cenário apresentado, o único estado em que o produtor
terá, de fato, lucro, ao final da safra é no Paraná, enquanto nos outros cenários haveria apenas
um aprofundamento do prejuízo do produtor agrícola, o que, provavelmente, inviabilizaria a
continuidade desse produtor na atividade agrícola.

Tabela 24 – Impactos na rentabilidade do produtor de café com aumento do IPI (por hectare)
Custo
com
Custo Preço Rentabilidade Preço Rentabilidade
aumento Variação
atual recebido atual recebido após aumento
do IPI em rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$) (em R$) do IPI (em R$)
10%
(em R$)
Bahia 14.948,00 3.785,68 -11.162,32 15.112,17 3.785,68 -11.326,49 -1,47%
Espírito
11.066,45 8.863,14 -2.203,31 11.091,36 8.863,14 -2.228,23 -1,13%
Santo
Minas
11.632,63 11.261,45 -371,18 11.730,53 11.261,45 -469,07 -26,37%
Gerais
Paraná 11.449,99 11.867,01 417,02 11.521,16 11.867,01 345,85 -17,07%
São Paulo 9.760,79 9.743,06 -17,73 9.844,54 9.743,06 -101,48 -472,24%
Brasil
(média 12.591,03 8.992,54 -3.598,48 12.705,44 8.992,54 -3.712,90 -3,18%
ponderada)

46
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
-R$ 11.162,32

-R$ 11.326,49

-R$ 2.203,31

-R$ 2.228,23

-R$ 3.598,48

-R$ 3.712,90
R$ 417,02

R$ 345,85
-R$ 371,18

-R$ 469,07

-R$ 101,48
-R$ 17,73
PARANÁ
SÃO PAULO
MINAS GERAIS
ESPÍRITO
SANTO
BRASIL
(MÉDIA
PONDERADA)

BAHIA

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do IPI

7.1.3. Cana-de-açúcar
A cana de açúcar é 3º produto com maior uso de defensivos agrícolas (61.480 toneladas) e
representou 9,82% das vendas totais de defensivos agrícolas.

Em relação à economia brasileira, a cana é o produto com o 2º maior Valor Bruto da Produção
Agrícola, tendo gerado receitas de R$ 73,1 bilhões.

Para mensurar os custos da cana-de-açúcar serão apresentados dados detalhados relativos


aos custos e a rentabilidade do produto para São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Alagoas e
Pernambuco, totalizando uma amostra de 93,71% da produção brasileira de cana. Também será
apresentada uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB, com exceção dos dados de Goiás
que foram fornecidos pela FAEG, e se referem a safra 2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor nos cinco principais estados produtores de cana-de-açúcar,


para os quais existem dados disponíveis, (Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e São
Paulo) com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 8,60 e R$ 289,10 e o custo total do
produtor por hectare variam entre R$ 3.166,08 e R$ 6.179,04.

Com a aplicação de uma alíquota de 10% no IPI sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos
do produtor seriam elevados entre R$ 0,86 e R$ 30,20 por hectare.

47
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao considerarmos uma média ponderada38 por estado, o custo do produtor de cana seria
elevado de R$ 3.939,46 para R$ 3.961,55.

Tabela 25 – Aumento dos custos de produção de cana com aumento do IPI


(por hectare) - em R$
Custo com Aumento do
Custo Custo de
defensivos Custo atual custo com
atual com produção com
com cobrança de produção cobrança
defensivos aumento do IPI
de IPI (por hectare) de IPI
(por hectare) (por hectare)
(por hectare) (por hectare)
Alagoas 302,05 332,26 5.040,92 5.071,13 30,20
Goiás 289,10 318,01 6.179,04 6.207,95 28,91
Minas Gerais 8,60 9,46 5.620,64 5.621,50 0,86
Pernambuco 180,55 198,61 5.334,35 5.352,41 18,06
São Paulo 241,46 265,61 3.166,08 3.190,23 24,15
Brasil (média
220,85 242,94 3.939,46 3.961,55 22,09
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


134,98 milhões em São Paulo. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
produtor de cana-de-açúcar com esse aumento no IPI seria de R$ 98,01 milhões, o equivalente a
0,13% de toda produção brasileira de açúcar.

Tabela 26 – Aumento dos custos de produção de cana com aumento do IPI


(por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual
defensivos com Custo atual de produção com custo com
com defensivos
cobrança de IPI produção (valor aumento do IPI cobrança de IPI
(valor total por
(valor total por total por estado) (valor total por (valor total por
estado)
estado) estado) estado)
Alagoas 94.131.164,05 103.544.280,46 1.570.957.349,72 1.580.370.466,13 9.413.116,40
Goiás 269.250.972,20 296.176.069,42 5.754.799.471,68 5.781.724.568,90 26.925.097,22
Minas Gerais 7.839.880,40 8.623.868,44 5.123.854.112,96 5.124.638.101,00 783.988,04
Pernambuco 46.978.207,25 51.676.027,98 1.387.971.198,25 1.392.669.018,98 4.697.820,72
São Paulo 1.349.898.647,28 1.484.888.512,01 17.700.265.272,08 17.835.255.136,81 134.989.864,73
Brasil
(média 980.164.559,72 1.078.181.015,69 13.720.974.732,89 13.818.991.188,86 98.016.455,97
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de cana, haverá uma queda entre 0,11% em Minas
Gerais e 2,19% em Alagoas. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 2,40%.

38
Considerando o peso de cada estado na produção total.

48
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Contudo, é importante ressaltar que no cenário apresentado, o único estado em que o produtor
terá, de fato, lucro, ao final da safra é em São Paulo, enquanto nos outros cenários haveria
apenas um aprofundamento do prejuízo do produtor agrícola, o que pode levará, possivelmente,
a inviabilização da produção.

Tabela 27 – Impactos na rentabilidade do produtor de cana com aumento do IPI


(por hectare)
Custo com Rentabilidade
Preço Rentabilidade Preço
Custo atual aumento do após Variação
recebido atual recebido
(em R$) IPI em 10% aumento do rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$)
(em R$) IPI (em R$)
Alagoas 5.040,92 3.664,22 -1.376,70 5.071,13 3.664,22 -1.406,91 -2,19%
Goiás 6.179,04 4.567,15 -1.611,89 6.207,95 4.567,15 -1.640,80 -1,79%
Minas Gerais 5.620,64 4.852,09 -768,55 5.621,50 4.852,09 -769,41 -0,11%
Pernambuco 5.334,35 3.574,07 -1.760,28 5.352,41 3.574,07 -1.778,33 -1,03%
São Paulo 3.166,08 5.038,34 1.872,26 3.190,23 5.038,34 1.848,11 -1,29%
Brasil (média
3.939,46 4.861,28 921,82 3.961,55 4.861,28 899,73 -2,40%
ponderada)

R$ 1.872,26

R$ 1.848,11

R$ 921,82

R$ 899,73
-R$ 1.376,70

-R$ 1.406,91

-R$ 1.611,89

-R$ 1.640,80

-R$ 1.760,28

-R$ 1.778,33
-R$ 768,55

-R$ 769,41

SÃO PAULO BRASIL


(MÉDIA
PONDERADA)
MINAS GERAIS

ALAGOAS
GOIÁS
PERNAMBUCO

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do IPI

49
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
7.1.4 Milho
O milho é o 2º produto com maior uso de defensivos agrícolas (129.098 toneladas) e representou
10,39% das vendas totais de defensivos agrícolas.

Em relação à economia brasileira, a milho é o produto com o 3º maior Valor Bruto da Produção
Agrícola, tendo gerado receitas de R$ 46,9 bilhões.

Para mensurar os custos do milho serão apresentados dados detalhados relativos aos custos e
a rentabilidade do produto para Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Bahia totalizando uma amostra de 90,41% da produção brasileira de milho.
Também será apresentada uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e pela CNA e se referem a safra
2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de milho nos principais estados produtores, para os quais
existem dados disponíveis, (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com defensivos agrícolas por hectare variam entre
R$ 189,74 e R$ 289,10 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$ 1.909,94 e R$
3.507,45.

Com a aplicação de uma alíquota de 10% no IPI sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos
do produtor seriam elevados entre R$ 18,97 e R$ 67,47 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada39 por estado, o custo do produtor de milho brasileiro
seria elevado de R$ 2.594,71 para 2.628,98.

Tabela 28 – Aumento dos custos de produção de milho com aumento do IPI


(por hectare) - em R$
Aumento do
Custo Custo com Custo de
Custo atual de custo com
atual com defensivos com produção com
produção (por cobrança
defensivos cobrança de IPI aumento do IPI
hectare) de IPI (por
(por hectare) (por hectare) (por hectare)
hectare)
Bahia 220,02 242,02 3.213,29 3.235,29 22,00
Goiás 271,88 299,07 2.329,02 2.356,21 27,19
Mato Grosso 189,74 208,71 1.909,94 1.928,91 18,97
Mato Grosso
463,86 510,25 2.993,94 3.040,33 46,39
do Sul
Minas Gerais 674,71 742,18 3.507,45 3.574,92 67,47
Paraná 452,35 497,59 2.803,21 2.848,45 45,24
Rio Grande
268,67 295,54 3.008,03 3.034,90 26,87
do Sul
Santa Catarina 197,36 217,10 2.816,11 2.835,85 19,74
Brasil (média
342,65 376,92 2.594,71 2.628,98 34,27
ponderada)

39
Considerando o peso de cada estado na produção total.

50
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
116,40 milhões no Paraná. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
produtor de milho com esse aumento no IPI seria de R$ 72,06 milhões, o equivalente a 0,15% de
toda produção brasileira de milho.

Tabela 29 – Aumento dos custos de produção de milho com aumento do IPI (por estado) - em R$
custo com custo de aumento do
Custo atual
defensivos com custo atual de produção com custo com
com defensivos
cobrança de ipi produção (valor aumento do ipi cobrança de ipi
(valor total por
(valor total por total por estado) (valor total por (valor total por
estado)
estado) estado) estado)
Bahia 136.596.336,72 150.255.970,39 1.994.926.110,44 2.008.585.744,11 13.659.633,67
Goiás 428.086.207,08 470.894.827,79 3.667.137.479,82 3.709.946.100,53 42.808.620,71
Mato Grosso 740.036.850,32 814.040.535,35 7.449.277.863,92 7.523.281.548,95 74.003.685,03
Mato Grosso
782.224.280,82 860.446.708,90 5.048.791.797,78 5.127.014.225,86 78.222.428,08
do Sul
Minas Gerais 822.648.264,02 904.913.090,42 4.276.500.501,90 4.358.765.328,30 82.264.826,40
Paraná 1.164.010.994,55 1.280.412.094,01 7.213.368.542,13 7.329.769.641,59 116.401.099,46
Rio Grande
198.952.821,70 218.848.103,87 2.227.476.295,30 2.247.371.577,47 19.895.282,17
do Sul
Santa
71.116.899,76 78.228.589,74 1.014.759.893,51 1.021.871.583,49 7.111.689,98
Catarina
Brasil (média
720.678.255,24 792.746.080,77 5.551.458.921,19 5.623.526.746,72 72.067.825,52
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de milho, haverá uma queda entre 1,23% na Bahia e
40,95% no Mato Grosso do Sul. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 6,99%.

Contudo, é importante ressaltar que no cenário apresentado, o produtor teria prejuízos, mesmo
sem o aumento de impostos, na Bahia e em Minas Gerais.

Tabela 30 – Impacto na rentabilidade do produtor de milho com aumento do IPI (por hectare)
Custo com Rentabilidade
Custo Preço Rentabilidade Preço
aumento do após Variação
atual recebido atual recebido
IPI em 10% aumento do rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$) (em R$)
(em R$) IPI (em R$)
Bahia 3.213,29 1.429,19 -1.784,10 3.235,29 1.429,19 -1.806,10 -1,23%
Goiás 2.329,02 2.993,31 664,29 2.356,21 2.993,31 637,10 -4,09%
Mato
1.909,94 3.176,04 1.266,10 1.928,91 3.176,04 1.247,13 -1,50%
Grosso
Mato
Grosso do 2.993,94 3.107,20 113,26 3.040,33 3.107,20 66,88 -40,95%
Sul
Minas
3.507,45 2.798,46 -708,99 3.574,92 2.798,46 -776,46 -9,52%
Gerais
Paraná 2.803,21 3.120,92 317,71 2.848,45 3.120,92 272,47 -14,24%
Rio Grande
3.008,03 3.921,95 913,92 3.034,90 3.921,95 887,05 -2,94%
do Sul
Santa
2.816,11 4.262,90 1.446,79 2.835,85 4.262,90 1.427,05 -1,36%
Catarina
Brasil
(média 2.594,71 3.085,19 490,48 2.628,98 3.085,19 456,21 -6,99%
ponderada)

51
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
R$ 1.446,79
R$ 1.427,05
R$ 1.266,10
R$ 1.247,13

R$ 913,92
R$ 887,05
R$ 664,29
R$ 637,10

R$ 490,48
R$ 456,21
R$ 317,71
R$ 272,47
-R$ 1.784,10
-R$ 1.806,10

R$ 113,26

-R$ 708,99
-R$ 776,46
R$ 66,88
GOIÁS MATO MATO PARANÁ RIO SANTA BRASIL
GROSSO GROSSO GRANDE CATARINA (MÉDIA
DO SUL DO SUL PONDERADA)

MINAS
GERAIS

BAHIA

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do IPI

7.1.5. Soja
A soja é o produto com maior uso de defensivos agrícolas (502.859 toneladas) e representou
55,69% das vendas totais de defensivos agrícolas.

Em relação à economia brasileira, a soja é o produto com o maior Valor Bruto da Produção
Agrícola, tendo gerado receitas de R$ 115,3 bilhões.

Os dados relativos aos custos, produtividade e preço médio foram retirados de estudo
preparado pela Agroconsult para Aprosoja sobre impactos do ICMS e IPI na cadeia de soja.

Serão apresentados dados detalhados relativos aos custos e a rentabilidade do produto para
Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, São
Paulo, Maranhão, Santa Catarina, Tocantins, Piauí, Pará e Rondônia.

Atualmente, os custos do produtor de soja nos principais estados produtores, para os quais
existem dados disponíveis com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 403,72 e R$
730,24 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$ 1.867,57 e R$ 2.787.60.

Com a aplicação de uma alíquota de 10% no IPI sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos
do produtor seriam elevados entre R$ 40,37 e R$ 73,02 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada por estado, o custo do produtor de soja brasileiro
seria elevado de R$ 2.375,22 para 2.435,54.

52
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Tabela 31 – aumento dos custos de produção de soja com aumento do ipi
(por hectare) - em R$
Custo com
Custo Custo de Aumento do
defensivos Custo atual de
atual com produção com custo com
com cobrança produção (por
defensivos (por aumento do IPI cobrança de IPI
de IPI (por hectare)
hectare) (por hectare) (por hectare)
hectare)
Bahia 730,24 803,26 2.042,14 2.115,16 73,02
Goiás 668,58 735,44 2.512,90 2.579,76 66,86
Mato Grosso 588,01 646,81 2.159,70 2.218,50 58,80
Mato Grosso
607,63 668,39 2.382,62 2.443,38 60,76
do Sul
Maranhão 611,76 672,94 2.550,17 2.611,35 61,18
Minas Gerais 730,24 803,26 2.557,54 2.630,56 73,02
Pará 519,58 571,54 2.286,96 2.338,92 51,96
Paraná 567,64 624,40 2.521,89 2.578,65 56,76
Piauí 408,29 449,12 1.867,57 1.908,40 40,83
Rio Grande do
604,77 665,25 2.532,25 2.592,73 60,48
Sul
Rondonia 519,58 571,54 2.357,41 2.409,37 51,96
Santa Catarina 651,85 717,04 2.787,60 2.852,79 65,18
São Paulo 611,76 672,94 2.550,17 2.611,35 61,18
Tocantins 403,72 444,09 2.191,73 2.232,10 40,37
Brasil (média
603,15 663,47 2.375,22 2.435,54 60,32
ponderada)

Tabela 32 – Aumento dos custos com aumento do IPI (por estado) - em R$


Custo com Custo de Aumento do
Custo atual
defensivos com Custo atual de produção com custo com
com defensivos
cobrança de IPI produção (valor aumento do IPI cobrança de IPI
(valor total por
(valor total por total por estado) (valor total por (valor total por
estado)
estado) estado) estado)
Bahia 1.122.143.742,72 1.234.358.116,99 3.138.111.610,92 3.250.325.985,19 112.214.374,27
Goiás 2.221.371.758,76 2.443.508.934,64 8.349.165.533,80 8.571.302.709,68 222.137.175,88
Mato
5.379.034.922,63 5.916.938.414,89 19.756.639.721,10 20.294.543.213,36 537.903.492,26
Grosso
Mato
Grosso do 1.487.678.757,90 1.636.446.633,69 5.833.440.024,60 5.982.207.900,39 148.767.875,79
Sul
Maranhão 519.285.746,64 571.214.321,30 2.164.683.752,63 2.216.612.327,29 51.928.574,66
Minas
1.075.076.853,76 1.182.584.539,14 3.765.271.768,96 3.872.779.454,34 107.507.685,38
Gerais
Pará 225.400.558,54 247.940.614,39 992.112.978,48 1.014.653.034,33 22.540.055,85
Paraná 3.079.616.724,36 3.387.578.396,80 13.682.007.295,11 13.989.968.967,55 307.961.672,44
Piauí 229.901.566,36 252.891.723,00 1.051.598.785,88 1.074.588.942,52 22.990.156,64
Rio Grande
3.304.514.080,68 3.634.965.488,75 13.836.426.709,00 14.166.878.117,07 330.451.408,07
do Sul
Rondônia 127.905.528,18 140.696.081,00 580.325.977,11 593.116.529,93 12.790.552,82
Santa
430.719.013,40 473.790.914,74 1.841.945.726,40 1.885.017.627,74 43.071.901,34
Catarina
São Paulo 519.285.746,64 571.214.321,30 2.164.683.752,63 2.216.612.327,29 51.928.574,66
Tocantins 341.444.171,40 375.588.588,54 1.853.644.688,85 1.887.789.105,99 34.144.417,14
Brasil
(média 1.087.478.298,86 3.307.327.547,67 11.741.630.836,06 12.042.296.976,75 300.666.140,70
ponderada)

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Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
537,90 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
do produtor de soja com esse aumento no IPI seria de R$ 300,66 milhões, o equivalente a 0,26%
de toda produção brasileira de soja.

Em relação à rentabilidade do produtor de soja, haverá uma queda entre 3,70% no Tocantins
e 13,19% em Santa Catarina. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 6,65%.

Tabela 33 – Impactos na rentabilidade do produtor de soja com aumento do IPI (por hectare)
Custo com
Custo Preço Rentabilidade aumento Preço Rentabilidade
Variação
atual recebido atual do IPI em recebido após aumento
rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$) 10% (em R$) do IPI (em R$)
(em R$)
Bahia 2.042,14 3.281,65 1.239,51 2.115,16 3.281,65 1.166,49 -5,89%
Goiás 2.512,90 3.281,65 768,75 2.579,76 3.281,65 701,89 -8,70%
Mato
2.159,70 3.281,65 1.121,95 2.218,50 3.281,65 1.063,15 -5,24%
Grosso
Mato
Grosso do 2.382,62 3.281,65 899,03 2.443,38 3.281,65 838,27 -6,76%
Sul
Maranhão 2.550,17 3.281,65 731,48 2.611,35 3.281,65 670,30 -8,36%
Minas
2.557,54 3.281,65 724,11 2.630,56 3.281,65 651,09 -10,08%
Gerais
Pará 2.286,96 3.281,65 994,69 2.338,92 3.281,65 942,73 -5,22%
Paraná 2.521,89 3.281,65 759,76 2.578,65 3.281,65 703,00 -7,47%
Piauí 1.867,57 3.281,65 1.414,08 1.908,40 3.281,65 1.373,25 -2,89%
Rio Grande
2.532,25 3.281,65 749,40 2.592,73 3.281,65 688,92 -8,07%
do Sul
Rondônia 2.357,41 3.281,65 924,24 2.409,37 3.281,65 872,28 -5,62%
Santa
2.787,60 3.281,65 494,05 2.852,79 3.281,65 428,87 -13,19%
Catarina
São Paulo 2.550,17 3.281,65 731,48 2.611,35 3.281,65 670,30 -8,36%
Tocantins 2.191,73 3.281,65 1.089,92 2.232,10 3.281,65 1.049,55 -3,70%
Brasil
(média 2.375,22 3.281,65 906,43 2.435,54 3.281,65 846,11 -6,65%
ponderada)
BAHIA

GOIÁS

MATO GROSSO

MATO GROSSO
DO SUL

MARANHÃO

MINAS GERAIS

PARÁ

PARANÁ

PIAUÍ

RIO GRANDE
DO SUL

RONDÔNIA

SANTA CATARINA

SÃO PAULO

TOCANTINS

BRASIL
(MÉDIA PONDERADA)

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do IPI

54
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7.2. IMPACTOS DO FIM DO CONVÊNIO 100/1997 SOBRE
OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E RENTABILIDADE
Essa seção do estudo apresentará os dados relativos ao impacto de um aumento da alíquota do
ICMS sobre os custos de produção dos produtos agrícolas e sobre a rentabilidade do produtor.

Considerando que as alíquotas do ICMS variam conforme o estado de origem e de destino


do produto, essa seção detalhará os resultados encontrados por estado e para os principais
produtos agrícolas do país como algodão, café, cana, milho e soja.

Para fins metodológicos e considerando a estrutura da indústria de defensivos agrícolas no


Brasil, todas as partidas tem como base o estado de São Paulo.

Por fim, como o Convênio 100/1997 abrange outros produtos como sementes e fertilizantes, os
impactos aqui demonstrados também levaram em conta o aumento do ICMS desses produtos.

7.2.1. Algodão
Para mensurar os custos do algodão, serão apresentados dados detalhados relativos aos
custos e a rentabilidade do algodão para Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás, que
representam 94,29% de toda produção brasileira de algodão, além de uma média ponderada do
Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e se referem a safra 2016/2017.

Mato Grosso
Atualmente, os custos do produtor de algodão no Mato Grosso41 são de R$ 7.162,79 por hectare
e os defensivos são responsáveis por 43,17% desse custo (R$ 3.092,06).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 68,62% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o Mato
Grosso estarão sujeitos a um imposto de 7%, um aumento de 4,2% frente as alíquotas atuais. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 206,44 nos custos por hectare.

41
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Rondonópolis, Campo Verde,
Campo Novo dos Parecis e Sorriso

55
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Ao considerarmos uma área de 606.314 hectares, esse aumento totalizará um aumento de R$
125,1 milhões nos custos do cotonicultor mato-grossense, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 34 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
algodão no Mato Grosso
Mato Grosso42
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 1.429,61 19,96% 1.489,66 20,21% 60,04 4,20%
Defensivos 3.092,06 43,17% 3.221,93 43,72% 129,87 4,20%
Sementes 393,57 5,49% 410,09 5,56% 16,53 4,20%
Custo total
7.162,79 100% 7.369,23 100% 206,44 2,88%
por hectare
Área total
606.314
por estado
Custo total
4.342.899.856,06 100% 4.468.067.303,06 100% 125.167.447,00 2,88%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do Mato Grosso, esse período engloba a 2ª quinzena de junho e a 1ª quinzena
de julho.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média do Mato Grosso foi de 1.611 kgs/hectare
e o preço médio recebido foi de R$ 5,89 por quilo. Assim, o produtor recebeu R$ 9.500,39 por
hectare, chegando a uma rentabilidade de R$ 2.337 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


mato-grossense em 8,83%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 35 – Impactos na rentabilidade do algodão no mato grosso com aumento do ICMS


Custo
Custo Preço Preço Rentabilidade
sem
atual recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
convênio
por por por hectare por com aumento rentabilidade
por
hectare hectare hectare dos custos
hectare
MT 7.162,79 9.500,39 2.337,60 7.369,23 9.500,39 2.131,16 -8,83%

42
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Rondonópolis, Campo Verde,
Campo Novo dos Parecis e Sorriso

56
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Bahia
Atualmente, os custos do produtor de algodão na Bahia são de R$ 5.881,89 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 44,51% desse custo (R$ 2.617,79).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas são responsáveis por
75,05% dos custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os insumos agrícolas comercializados para a Bahia estarão
sujeitos a um imposto de 7%, um aumento de 4,2% frente as alíquotas atuais. Tal aumento
totalizará um acréscimo de R$ 185,41 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 279.870 hectares, esse aumento totalizará um acréscimo de R$


51,89 milhões aos custos do cotonicultor baiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 36 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
algodão na Bahia
Bahia45
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio (em convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
R$) (em %) (em r$) (em %)
Fertilizantes 1.223,07 20,79% 1.274,44 21,01% 51,37 4,20%
Defensivos 2.617,79 44,51% 2.727,74 44,96% 109,95 4,20%
Sementes 573,64 9,75% 597,73 9,85% 24,09 4,20%
Custo total
5.881,89 100% 6.067,30 100% 185,41 3,15%
por hectare
Área total
279.870
por estado
Custo total
1.646.164.554,30 100% 1.698.054.971,13 100% 51.890.416,83 3,15%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso da Bahia, esse período engloba a 2ª quinzena de maio e a 1ª quinzena de
junho.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média da Bahia foi de 1.717 kgs/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 6,13 por quilo. Assim, o produtor recebeu R$ 10.534,47 por
hectare, chegando a uma rentabilidade de R$ 4.467,17 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


baiano em 3,99%, como pode ser visto na tabela abaixo.

57
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Tabela 37 – impactos na rentabilidade do algodão na bahia com aumento do icms
Custo
Custo Preço Preço Rentabilidade
sem
atual recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
convênio
por por por hectare por com aumento rentabilidade
por
hectare hectare hectare dos custos
hectare
BA 5.881,89 10.534,47 4652,58 6.067,30 10.534,47 4.467,17 -3,99%

Mato Grosso do Sul


Atualmente, os custos do produtor de algodão no Mato Grosso do Sul46 são de R$ 5.964,12 por
hectare e os defensivos são responsáveis por 39,94% desse custo (R$ 2.382,02).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas47 são responsáveis por
68% dos custos do produtor rural no cultivo do algodão no Mato Grosso do Sul.

Com o fim do Convênio 100/1997, os insumos agrícolas comercializados para o Mato Grosso
do Sul estarão sujeitos a um imposto de 7%, um aumento de 4,2% frente as alíquotas atuais. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 170,33 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 29.650 hectares, esse aumento totalizará um aumento de R$


5,05 milhões nos custos do cotonicultor sul-mato-grossense, como pode ser visto na tabela
abaixo.

Tabela 38 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
algodão no Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul48
Custo
Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo sem
convênio do custo do custo
(em R$) (em %) convênio
(em R$) (em R$) (em %)
(em %)
Fertilizantes 1.101,08 18,46% 1.147,33 18,70% 46,25 4,20%
Defensivos 2.382,02 39,94% 2.482,06 40,46% 100,04 4,20%
Sementes 572,46 9,60% 596,50 9,72% 24,04 4,20%
Custo total
5.964,12 100% 6134,45 100% 170,33 2,86%
por hectare
Área total
29.650
por estado
Custo total
176.836.158,00 100% 181.886.546,87 100% 5.050.388,87 2,86%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

46
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Chapadão do Sul
47
Sementes e mudas, fertilizantes e defensivos agrícolas.
48
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Chapadão do Sul

58
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São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela
CONAB. No caso do Mato Grosso do Sul, esse período engloba a 2ª quinzena de abril e a 1ª
quinzena de maio.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média do Mato Grosso do Sul foi de 1.718
kgs/hectare e o preço médio recebido foi de R$ 6,07 por quilo. Assim, o produtor recebeu R$
10.439,93 por hectare, chegando a uma rentabilidade de R$ 4.475,81 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


sul-mato-grossense em 3,81%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 39 – Impactos na rentabilidade do algodão no Mato Grosso do Sul com aumento


do ICMS
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
MS 5.964,12 10.439,93 4.475,81 6.134,45 10.439,93 4.305,48 -3,81%

Goiás
Atualmente, os custos do produtor de algodão em Goiás49 são de R$ 5.957,12 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 42,79% desse custo (R$ 2.420,20).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas50 são responsáveis por
79,45% dos custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os insumos agrícolas comercializados para Goiás estarão
sujeitos a um imposto de 7%, um aumento de 4,2% frente as alíquotas atuais. Tal aumento levaria
a uma elevação de R$ 188,80 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 29.273 hectares, esse aumento totalizará um aumento de R$


5,52 milhões nos custos do cotonicultor goiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

49
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Cristalina
50
Sementes e mudas, fertilizantes e defensivos agrícolas.

59
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 40 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
algodão em Goiás
Goiás51
Custo sem Custo sem Aumento Aumento do
Custo Custo
convênio (em convênio do custo custo
(em R$) (em %)
R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 1.612,33 28,50% 1.680,05 28,74% 67,72 4,20%
Defensivos 2.420,80 42,79% 2.522,47 43,15% 101,67 4,20%
Sementes 462,00 8,17% 481,40 8,23% 19,40 4,20%
Custo total
5.657,64 100% 5.846,44 100% 188,80 3,34%
por hectare
Área total
29.273
por estado
Custo total
165.616.095,72 100% 171.142.705,22 100% 5.526.609,50 3,34%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Goiás, esse período engloba o mês de maio.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Goiás foi de 1.598 kgs/hectare e


o preço médio recebido foi de R$ 6,10 por quilo. Assim, o produtor recebeu R$ 9.750,98 por
hectare, chegando a uma rentabilidade de R$ 4.093,34 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


goiano em 4,61%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 41 – Impactos na rentabilidade do algodão em Goiás com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
GO 5.657,64 9.750,98 4.093,34 5.846,44 9.750,98 3.904,55 -4,61%

Média Ponderada – Algodão - Brasil


Considerando a somatória dos valores apresentados anteriormente, o impacto na cadeia do
algodão, considerando 94,29% da área produzida será de R$ 187,63 milhões. Esse valor é o
equivalente a 40,40% de todo valor gasto com a compra de defensivos agrícolas na cadeia do
algodão.

Ao realizarmos uma média ponderada, o custo do cotonicultor brasileiro aumentaria em R$


192,74 e a rentabilidade do produtor teria uma queda de 6,97%

51
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Cristalina

60
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 42 – Impactos na rentabilidade do algodão no Brasil com aumento do ICMS (média
ponderada)
Custo
Custo Preço Preço Rentabilidade
sem
atual recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
convênio
por por por hectare por com aumento rentabilidade
por
hectare hectare hectare dos custos
hectare
BRASIL 6.525,77 9.544,84 3.019,06 6.718,52 9.544,84 2.826,32 -6,97%

7.2.2. Café
Para mensurar os custos do café, será considerado o café arábica e serão apresentados dados
detalhados relativos aos custos e a rentabilidade do produto para Minas Gerais, São Paulo,
Espírito Santo, Bahia e Paraná, que representam 98,31% de toda produção brasileira de café
arábica, além de uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e se referem a safra 2016/2017.

Minas Gerais
Atualmente, os custos do produtor de café em Minas Gerais52 são de R$ 11.632,63 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 8,42% desse custo (R$ 2.284,51).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes, que também são beneficiados pelo
Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 28,06% dos custos do produtor
rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Minas
Gerais estarão sujeitos a um imposto de 12%, um aumento de 7,2% frente as alíquotas atuais. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 234,97 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 1.028.716 hectares, esse aumento totalizará R$ 241,7 milhões
nos custos do cafeicultor mineiro, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 43 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de café
em Minas Gerais
Minas Gerais53
Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo Custo sem
convênio do custo do custo
(em R$) (em %) convênio (em R$)
(em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 2.284,51 19,64% 2.449,00 20,64% 164,48 7,20%
Defensivos 978,95 8,42% 1.049,43 8,84% 70,48 7,20%
Custo total
11.632,63 100% 11.867,60 100% 234,97 2,02%
por hectare
Área total
1.028.716
por estado
Custo total
11.966.675.174,87 100% 12.208.391.482,95 100% 241.716.308,08 2,02%
por estado

52
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Guaxupé, Manhuaçú, Patrocínio e
São Sebastião do Paraíso (MG)
53
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Guaxupé, Manhuaçú, Patrocínio e
São Sebastião do Paraíso (MG)

61
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do Minas Gerais, esse período engloba o mês de julho

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Minas Gerais foi de 1.495,2 kgs/
hectare e o preço médio recebido foi de R$ 7,53 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor
teve um prejuízo de R$ 371,18 por hectare.

Com o aumento dos custos decorrentes do Convênio ICMS 100/1997, esse prejuízo seria
elevado para R$ 606,15 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


mineiro em -63,3%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 44 – Impactos na rentabilidade do café em Minas Gerais com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
MG 11.632,63 11.261,45 -371,18 11.867,60 11.261,45 -606,15 -63,30%

São Paulo
Atualmente, os custos do produtor de café em São Paulo54 são de R$ 9.760,79 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 8,58% desse custo (R$ 837,45).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes, que também são beneficiados pelo
Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 30,35% dos custos do produtor
rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para São
Paulo não serão mais isentos da cobrança do ICMS, e sim tributados em 18%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 533,29 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 199.674 hectares, esse aumento totalizará R$ 106,4 milhões nos
custos do cafeicultor paulista, como pode ser visto na tabela abaixo.

54
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Franca (SP)

62
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 45 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de café
em São Paulo
São Paulo55
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio (em convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 2.125,26 21,77% 2.507,81 24,36% 382,55 18,00%
Defensivos 837,45 8,58% 988,19 9,60% 150,74 18,00%
Custo total
9.760,79 100% 10.294,08 100% 533,29 5,46%
por hectare
Área total
199.674
por estado
Custo total
1.948.975.982,46 100% 2.055.459.690,64 100% 106.483.708,18 5,46%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do São Paulo, esse período engloba o mês de julho

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de São Paulo foi de 1.293,6 Kg/hectare e
o preço médio recebido foi de R$ 7,53 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve um
prejuízo de R$ 17,73 por hectare.

Com o aumento dos custos decorrentes do Convênio ICMS 100/1997, esse prejuízo seria
elevado para R$ 551,02 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paulista em 3007%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 46 – Impactos na rentabilidade do café em São Paulo com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
SP 9.760,79 9.743,06 -17,73 10.294,08 9.743,06 -551,02 -3.007,00%

Espírito Santo
Atualmente, os custos do produtor de café no Espírito Santo56 são de R$ 11.066,45 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 2,25% desse custo (R$ 249,12).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes, que também são beneficiados pelo
Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 22,85% dos custos do produtor
rural.
55
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Franca (SP)
56
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Venda Nova do Imigrante (ES)

63
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o
Espírito Santo estarão sujeitos a um imposto de 7%, um aumento de 4,2% frente as alíquotas
atuais. Tal aumento levaria a uma elevação de R$ 106,22 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 149.166 hectares, esse aumento totalizará R$ 15,8 milhões nos
custos do cafeicultor capixaba, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 47 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de café
no Espírito Santo
ESPÍRITO SANTO57
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 2.280,00 20,60% 2.375,76 21,26% 95,76 4,20%
Defensivos 249,12 2,25% 259,58 2,32% 10,46 4,20%
Custo total
11.066,45 100% 11.172,67 100% 106,22 0,96%
por hectare
Área total
149.166
por estado
Custo total
1.650.738.080,70 100% 1.666.582.946,68 100% 15.844.865,98 0,96%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do Espírito Santo, esse período engloba o mês de junho

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média do Espírito Santo foi de 1.167 kgs/
hectare e o preço médio recebido foi de R$ 7,59 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor
teve um prejuízo de R$ 2.203,31 por hectare.

Com o aumento dos custos decorrentes do Convênio ICMS 100/1997, esse prejuízo seria
elevado para R$ 2.309,54 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


capixaba em 4,82%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 48 – Impactos na rentabilidade do café no Espírito Santo com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
ES 11.066,45 8.863,14 -2.203,31 11.172,67 8.863,14 -2.309,54 -4,82%

57
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Venda Nova do Imigrante (ES)

64
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Bahia
Atualmente, os custos do produtor de café na Bahia58 são de R$ 14.498,00 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 10,98% desse custo (R$ 1.641,66).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes, que também são beneficiados pelo
Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 30,27% dos custos do produtor
rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para a


Bahia estarão sujeitos a um imposto de 7%, um aumento de 4,2% frente as alíquotas atuais. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 190,05 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 121.784 hectares, esse aumento totalizará R$ 23,1 milhões nos
custos do cafeicultor baiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 49 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de café
na Bahia
BAHIA59
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 2.883,25 19,29% 3.004,35 19,85% 121,10 4,20%
Defensivos 1.641,66 10,98% 1.710,61 11,30% 68,95 4,20%
Custo total
14.948,00 100% 15.138,05 100% 190,05 1,27%
por hectare
Área total
121.784
por estado
Custo total
1.820.427.232,00 100% 1.843.571.820,86 100% 23.144.588,86 1,27%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso da Bahia, esse período engloba o mês de maio.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média da Bahia foi de 620,4 Kg/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 6,10 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve um
prejuízo de R$ 11.162,32 por hectare.

Com o aumento dos custos decorrentes do Convênio ICMS 100/1997, esse prejuízo seria
elevado para R$ 11.352,37 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


baiano em 1,7%, como pode ser visto na tabela abaixo.

58
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Luís Eduardo Magalhães (BA)
59
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Luís Eduardo Magalhães (BA)

65
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 50 – Impactos na rentabilidade do café na Bahia com aumento do ICMS
Custo sem Preço Rentabilidade
Custo Preço
Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por recebido
por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
BA 14.948,00 3.785,68 -11.162,32 15.138,05 3.785,68 -11.352,37 -1,70%

Paraná
Atualmente, os custos do produtor de café no Paraná60 são de R$ 11.499,99 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 6,22% desse custo (R$ 711,70).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes, que também são beneficiados pelo
Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 13,57% dos custos do produtor
rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o


Paraná estarão sujeitos a um imposto de 12%, um aumento de 7,2% frente as alíquotas atuais.
Tal aumento levaria a uma elevação de R$ 111,87 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 44.082 hectares, esse aumento totalizará R$ 4,93 milhões nos
custos do cafeicultor paranaense, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 51 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de café
no Paraná
Paraná61
Custo sem Custo sem Aumento Aumento do
Custo Custo
convênio convênio do custo custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 842,00 7,35% 902,62 7,81% 60,62 7,20%
Defensivos 711,70 6,22% 762,94 6,60% 51,24 7,20%
Custo total
11.449,99 100% 11.561,86 100% 111,87 0,98%
por hectare
Área total
44.082
por estado
Custo total
504.738.459,18 100% 509.669.753,82 100% 4.931.294,64 0,98%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do Paraná, esse período engloba o mês de julho.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

60
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Londrina (PR)
61
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Londrina (PR)

66
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Considerando essas premissas, a produtividade média do Paraná foi de 1575,6 Kg/hectare e o
preço médio recebido foi de R$ 7,53 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve um
lucro de R$ 417,02 por hectare.

Com o aumento dos custos decorrentes do Convênio ICMS 100/1997, esse valor seria diminuído
para R$ 305,15 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paranaense em 26,83%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 52 – Impactos na rentabilidade do café no Paraná com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
PR 11.449,99 11.867,01 417,02 11.561,86 11.867,01 305,15 -26,83%

Média Ponderada – Café - Brasil


Considerando a somatória dos valores apresentados anteriormente, o impacto na cadeia do
café, considerando 98,31% da área produzida será de R$ 392,12 milhões. Esse valor é o
equivalente a 164% de todo valor gasto com a compra de defensivos agrícolas na cadeia do
café.

Ao realizarmos uma média ponderada, o custo do cafeicultor brasileiro aumentaria em R$ 250,89


e a rentabilidade do produtor teria uma queda de 431,82%, motivada pelo grande peso de São
Paulo na produção

Tabela 53 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de café
no Brasil (média ponderada)
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos

BRASIL 11.268,38 9.925,10 -1.343,27 11.519,27 9.925,10 -1.594,17 -18,68%

7.2.3. Cana-de-Açúcar
Para mensurar os custos da cana-de-açúcar serão apresentados dados detalhados relativos
aos custos e a rentabilidade do produto para São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Alagoas e
Pernambuco. Os dados relativos ao estado de São Paulo também foram replicados para os
estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, totalizando uma amostra de 93,71% da
produção brasileira de cana. Também será apresentada uma média ponderada do Brasil com
base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB, com exceção dos dados de Goiás
que foram fornecidos pela FAEG, e se referem a safra 2016/2017.

67
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
São Paulo
Atualmente, os custos do produtor de cana em São Paulo62 são de R$ 3.166,08 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 7,63% desse custo (R$ 241,46).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e mudas, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 42,67% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para São
Paulo não serão mais isentos da cobrança do ICMS, e sim tributados em 18%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 243,18 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 5.590.586 hectares, esse aumento totalizará R$ 1,359 bilhão nos
custos do produtor paulista, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 54 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de cana
em São Paulo
São Paulo63
Custo
Aumento
Custo Custo sem sem Aumento do
Custo (em R$) do custo
(em %) convênio (em R$) convênio custo (em R$)
(em %)
(em %)
Fertilizantes 757,59 23,93% 893,95 26,22% 136,37 18,00%
Defensivos 241,46 7,63% 284,92 8,36% 43,46 18,00%
Sementes 351,95 11,12% 415,30 12,18% 63,35 18,00%
Custo total
3.166,08 100% 3.409,26 100% 243,18 7,68%
por hectare
Área total
5.590.586
por estado
Custo total
17.700.265.272,08 100% 19.059.781.555,38 100% 1.359.516.283,30 7,68%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de São Paulo, esse período engloba os meses de abril a agosto

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de São Paulo foi de 77.501 Kg/hectare
e o preço médio recebido foi de R$ 0,065 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve
uma rentabilidade de R$ 1.872,26.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paulista em -12,99%, como pode ser visto na tabela abaixo.

62
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Penápolis (SP)
63
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Penápolis (SP)

68
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 55 – Impactos na rentabilidade da cana em São Paulo com aumento do ICMS
Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
SP 3.166,08 5.038,34 1.872,26 3.409,26 5.038,34 1.629,08 -12,99%

Goiás
Atualmente, os custos do produtor de cana em Goiás64 são de R$ 6.179,04 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 4,68% desse custo (R$ 289,10).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e mudas, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 44,13% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Goiás
terão um aumento da alíquota em 4,2%, chegando a 7%. Tal aumento levaria a uma elevação de
R$ 114,58 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 931.342 hectares, esse aumento totalizará R$ 106,7 milhões nos
custos do produtor goiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 56 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
cana em Goiás
Goiás65
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 990,00 16,02% 1.031,58 16,39% 41,58 4,20%
Defensivos 289,10 4,68% 301,24 4,79% 12,14 4,20%
Sementes 1.449,00 23,45% 1.509,86 23,99% 60,86 4,20%
Custo total
6.179,04 100% 6.293,62 100% 114,58 1,85%
por hectare
Área total
931.342
por estado
Custo total
5.754.799.471,68 100% 5.861.512.824,31 100% 106.713.352,63 1,85%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Goiás, esse período engloba os meses de abril a agosto

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

64
Custos operacionais reportados pela FAEG para a Safra 2016/2017
65
Custos operacionais reportados pela FAEG para a Safra 2016/2017

69
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Considerando essas premissas, a produtividade média de Goiás foi de 70.253 Kg/hectare e o
preço médio recebido foi de R$ 0,065 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve um
prejuízo de R$ 1.611,89 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, elevaria o prejuízo do produtor goiano
em 7,11%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 57 – Impactos na rentabilidade da cana em Goiás com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
GO 6.179,04 4.567,15 -1.611,89 6.293,62 4.567,15 -1.726,47 -7,11%

Minas Gerais
Atualmente, os custos do produtor de cana em Minas Gerais66 são de R$ 5.620,64 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 0,15% desse custo (R$ 9,22).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e mudas, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 8,72% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Minas
Gerais terão um aumento da alíquota em 7,2%, chegando a 12%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 35,31 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 911.614 hectares, esse aumento totalizará R$ 32,1 milhões nos
custos do produtor mineiro, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 58 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
cana em Minas Gerais
Minas Gerais67
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 481,79 8,57% 516,48 9,13% 34,69 7,20%
Defensivos 8,60 0,15% 9,22 0,16% 0,62 7,20%
Sementes 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00 0%
Custo total
5.620,64 100% 5.655,95 100% 35,31 0,63%
por hectare
Área total
911.614
por estado
Custo total
5.123.854.112,96 100% 5.156.041.453,00 100% 32.187.340,04 0,63%
por estado

66
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Visconde do Rio Branco e São
João Evangelista (MG)
67
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Visconde do Rio Branco e São
João Evangelista (MG)

70
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Minas Gerais, esse período engloba os meses de abril a agosto

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Minas Gerais foi de 74.636 Kg/hectare
e o preço médio recebido foi de R$ 0,065 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve
um prejuízo de R$ 768,55 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, elevaria o prejuízo do produtor mineiro
em 4,59%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 59 – Impactos na rentabilidade da cana em Minas Gerais com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
MG 5.620,64 4.852,09 -768,55 5.655,95 4.852,09 -803,86 -4,59%

Alagoas
Atualmente, os custos do produtor de cana em Alagoas68 são de R$ 5.040,92 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 5,99% desse custo (R$ 302,05).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e mudas, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 15,57% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Alagoas
terão um aumento da alíquota em 4,2%, chegando a 7%. Tal aumento levaria a uma elevação de
R$ 32,97 nos custos por hectare.

68
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Campo do Camaragibe e São
Miguel dos Campos

71
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao considerarmos uma área de 311.641 hectares, esse aumento totalizará R$ 10,2 milhões nos
custos do produtor alagoano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 60 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
cana em Alagoas
Alagoas69
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 482,89 9,58% 503,17 9,92% 20,28 4,20%
Defensivos 302,05 5,99% 314,74 6,20% 12,69 4,20%
Sementes 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00 0%
Custo total
5.040,92 100% 5.073,89 100% 32,97 0,65%
por hectare
Área total
311.641
por estado
Custo total
1.570.957.349,72 100% 1.581.231.368,15 100% 10.274.018,43 0,65%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Alagoas, esse período engloba os meses de fevereiro a abril;

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Alagoas foi de 49.754 Kg/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 0,073 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve um
prejuízo de R$ 1.376,70 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, elevaria o prejuízo do produtor alagoano
em 2,39%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 61 – Impactos na rentabilidade da cana em Alagoas com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
Al 5.040,92 3664,22 -1376,70 5.073,89 3664,22 -1409,67 -2,39%

Pernambuco
Atualmente, os custos do produtor de cana em Pernambuco70 são de R$ 5.334,35 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 3,38% desse custo (R$ 180,55).

69
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Visconde do Rio Branco e São
João Evangelista (MG)
70
Custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Ribeirão (PE)

72
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e mudas, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 14,75% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para


Pernambuco terão um aumento da alíquota em 4,2%, chegando a 7%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 33,06 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 260.195 hectares, esse aumento totalizará R$ 8,6 milhões nos
custos do produtor pernambucano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 62 – Resumo dos impactos do custo com aumento do icms para produção de cana
em Pernambuco
Pernambuco71
Custo
Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo sem
convênio do custo do custo
(em R$) (em %) convênio
(em r$) (em r$) (em %)
(em %)
Fertilizantes 606,56 11,37% 632,04 11,78% 25,48 4,20%
Defensivos 180,55 3,38% 188,13 3,51% 7,58 4,20%
Sementes 0,00 0,00% 0,00 0,00% 0,00 0%
Custo total
5334,35 100% 5367,41 100% 33,06 0,62%
por hectare
Área total
260.195
por estado
Custo total
1.387.971.198,25 100% 1.396.572.885,88 100% 8.601.687,63 0,62%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Pernambuco, esse período engloba os meses de fevereiro a abril;

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Pernambuco foi de 48.530 kgs/


hectare e o preço médio recebido foi de R$ 0,073 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o
produtor teve um prejuízo de R$ 1.760,28 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, elevaria o prejuízo do produtor


pernambucano em 1,88%, como pode ser visto na tabela abaixo.

71
Média de custos operacionais reportados pela CONAB para a Safra 2016/2017 em Ribeirão (PE)

73
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 63 – Impactos na rentabilidade da cana em pernambuco com aumento do ICMS
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
PE 5.334,35 3.574,07 -1.760,28 5.367,4086 3.574,0727 -1.793,34 -1,88%

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul


Considerando a participação dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na área
plantada de cana no Brasil (9,16% da área total) e a falta de dados atualizados sobre o custo de
produção nesses dois estados, a simulação dos custos nesses estados levou em consideração
os dados reportados pela CONAB para o estado de São Paulo.

Contudo, o aumento dos custos nesses dois estados será diferente daquele encontrado em São
Paulo, uma vez que os insumos agrícolas comercializados para esses estados terão um aumento
da alíquota em 4,2%, chegando a 7%.

Considerando esses dados, a elevação do custo ao produtor nesses estados será de R$ 56,74
por hectare. Ao considerarmos uma área total de 938.473 hectares, o aumento total do custo
será de R$ 53,2 milhões.

Tabela 64 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
cana em Mato Grosso
Mato grosso
Custo sem Custo sem Aumento do
Custo Aumento do
Custo (em R$) convênio (em convênio custo (em
(em %) custo (em R$)
R$) (em %) %)
Fertilizantes 757,59 23,93% 789,40 24,49% 31,82 4,20%
Defensivos 241,46 7,63% 251,60 7,81% 10,14 4,20%
Sementes 351,95 11,12% 366,74 11,38% 14,78 4,20%
Custo total
3.166,08 100% 3.222,83 100% 56,74 1,79%
por hectare
Área total
280.191
por estado
Custo total
887.108.261,43 100% 903.006.830,85 100% 15.898.569,42 1,79%
por estado

74
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 65 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
cana no Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul
Custo sem Custo sem Aumento Aumento
Custo Custo
convênio convênio do custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 757,59 23,93% 789,40 24,49% 31,82 4,20%
Defensivos 241,46 7,63% 251,60 7,81% 10,14 4,20%
Sementes 351,95 11,12% 366,74 11,38% 14,78 4,20%
Custo total
3166,08 100% 3222,83 100% 56,74 1,79%
por hectare
Área total
658.282
por estado
Custo total
2.084.176.153,24 100% 2.121.528.323,99 100% 37.352.170,75 1,79%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, esse período engloba os meses de
abril a agosto.;

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Mato Grosso do Sul foi de 81.251 kgs/
hectare, enquanto a produtividade do Mato Grosso foi de 71.093 kgs/hectare e o preço médio
recebido foi de R$ 0,073 por quilo.

Assim, na safra 2016/2017, o produtor do Mato Grosso teve um lucro de R$ 1.455,67 por hectare
e o produtor do Mato Grosso do Sul teve um lucro de 2.116,04 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, reduziria a rentabilidade do produtor do


Mato Grosso em 3,9% e do produtor do Mato Grosso do Sul em 2,68%, como pode ser visto na
tabela abaixo.

Tabela 66 – impactos na rentabilidade da cana em mato grosso e mato grosso do sul com
aumento do icms
Preço Rentabilidade
Custo Custo sem Preço
recebido Rentabilidade por hectare Variação da
atual por convênio recebido
por por hectare com aumento rentabilidade
hectare por hectare por hectare
hectare dos custos
MS 3.166,08 5.282,13 2.116,04 3.222,83 5.282,13 2.059,30 -2,68%
MT 3.166,08 4.621,76 1.455,67 3.222,83 4.621,76 1.398,93 -3,90%

Paraná
Considerando a participação do Paraná na área plantada de cana no Brasil (6,41% da área total)
e a falta de dados atualizados sobre o custo de produção nesse estado, a simulação dos custos
nesses s levou em consideração os dados reportados pela CONAB para o estado de São Paulo.

75
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Contudo, o aumento dos custos será diferente daquele encontrado em São Paulo, uma vez que
os insumos agrícolas comercializados para o Paraná terão um aumento da alíquota em 7,2%,
chegando a 12%.

Considerando esses dados, a elevação do custo ao produtor nesses estados será de R$ 97,27
por hectare. Ao considerarmos uma área total de 656.429 hectares, o aumento total do custo
será de R$ 63,8 milhões.

Tabela 67 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
cana no Paraná
Paraná
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 757,59 23,93% 812,13 24,89% 54,55 4,20%
Defensivos 241,46 7,63% 258,84 7,93% 17,39 4,20%
Sementes 351,95 11,12% 377,29 11,56% 25,34 4,20%
Custo total
3166,08 100% 3263,36 100% 97,27 1,79%
por hectare
Área total
656.429
por estado
Custo total
2.078.309.399,46 100% 2.142.161.447,48 100% 63.852.048,02 3,07%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do Paraná e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, esse período engloba os
meses de abril a agosto.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média do Paraná foi de 68.348 Kg/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 0,073 por quilo.

Assim, na safra 2016/2017, o produtor do Paraná de R$ 1.277,22 por hectare e o fim do


Convênio ICMS 100/1997 e o aumento desses custos diminuiu a rentabilidade do produtor
paranaense em 7,62%

Tabela 68 – Impactos na rentabilidade da cana no Paraná com aumento do ICMS


Custo Preço Rentabilidade
Custo sem Preço
atual recebido Rentabilidade por hectare Variação da
convênio recebido
por por por hectare com aumento rentabilidade
por hectare por hectare
hectare hectare dos custos
PR 3.166,08 4.443,30 1.277,22 3.263,36 4.443,30 1.179,95 -7,62%

76
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Média Ponderada – Brasil - Cana
Considerando a somatória dos valores apresentados anteriormente, o impacto na cadeia
da cana, considerando 93,71% da área produzida será de R$ 1,63 bilhões. Esse valor é o
equivalente a 174% de todo valor gasto com a compra de defensivos agrícolas na cadeia da
cana.

Ao realizarmos uma média ponderada, o custo do produtor de cana brasileiro aumentaria em R$


169,35 e a rentabilidade do produtor teria uma queda de 9,59%, como pode ser visto na tabela
abaixo.

Tabela 69 – Impactos na rentabilidade da cana no Brasil com aumento do ICMS


Custo Preço Custo sem Preço Rentabilidade
atual recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
por por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare hectare hectare hectare dos custos
Brasil 3.667,95 4.758,62 1.090,67 3.837,30 4.758,62 921,31 -9,59%

7.2.4. Milho
Para mensurar os custos do milho serão apresentados dados detalhados relativos aos custos e
a rentabilidade do produto para Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Bahia

Os dados relativos ao estado do Paraná também foram replicados para o estado de São Paulo,
enquanto os dados da Bahia foram replicados para o Piauí e Ceará, totalizando uma amostra de
90,41% da produção brasileira de milho. Também será apresentada uma média ponderada do
Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e pela CNA e se referem a safra
2016/2017.

Mato Grosso
Atualmente, os custos do produtor de milho em Mato Grosso72 são de R$ 1.909,94 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 9,93% desse custo (R$ 189,74).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 50,24% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Mato
Grosso terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento levaria a
uma elevação de R$ 40,30 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 3.900.268 hectares, esse aumento totalizará R$ 157,1 milhões
nos custos do produtor mato-grossense, como pode ser visto na tabela abaixo.

72
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

77
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 70 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho no Mato Grosso
Mato grosso73
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 431,06 22,57% 449,16 23,03% 18,10 4,20%
Defensivos 189,74 9,93% 197,71 10,14% 7,97 4,20%
Sementes 338,74 17,74% 352,97 18,10% 14,23 4,20%
Custo total
1909,94 100% 1950,24 100% 40,30 2,11%
por hectare
Área total
3.900.268
por estado
Custo total
7.449.277.863,92 100% 7.606.461.316,50 100% 157.183.452,58 2,11%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Mato Grosso, esse período engloba a segunda quinzena de março e a
primeira quinzena de abril

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Mato Grosso foi de 6.223 Kg/hectare
e o preço médio recebido foi de R$ 0,51 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve
uma rentabilidade de R$ 1.266,10.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


mato-grossense em -3,18%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 71 – Impactos na rentabilidade do milho no Mato Grosso com aumento do ICMS


Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
MT 1909,94 3176,04 1266,10 1950,24 3176,04 1225,80 -3,18%

Paraná
Atualmente, os custos do produtor de milho em Paraná74 são de R$ 2.803,21 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 16,14% desse custo (R$ 452,35).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 51% dos
custos do produtor rural.

73
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso
74
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Paraná

78
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Paraná
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 102,94 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 2,5 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 264,7
milhões nos custos do produtor paranaense, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 72 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho no Paraná
Paraná75
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 727,85 25,96% 780,26 26,85% 52,41 7,20%
Defensivos 452,35 16,14% 484,92 16,69% 32,57 7,20%
Sementes 249,55 8,90% 267,52 9,21% 17,97 7,20%
Custo total
2803,21 100% 2906,15 100% 102,94 3,67%
por hectare
Área total
2.573.253
por estado
Custo total
7.213.368.542,13 100% 7.478.264.352,46 100% 264.895.810,33 3,67%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso de Paraná, esse período engloba a segunda quinzena de março e a primeira
quinzena de abril

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Paraná foi de 6.115 Kg/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 0,51 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve uma
rentabilidade de R$ 317,71.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paranaense em 32,40%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 73 – Impactos na rentabilidade do milho no Paraná com aumento do ICMS


Custo Custo sem Rentabilidade
Preço Preço
atual Rentabilidade convênio por hectare Variação da
recebido recebido
por por hectare por com aumento rentabilidade
por hectare por hectare
hectare hectare dos custos
PR 2.803,21 3.120,92 317,71 2.906,15 3.120,92 214,77 -32,40%

75
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Paraná

79
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Mato Grosso do Sul
Atualmente, os custos do produtor de milho em Mato Grosso do Sul76 são de R$ 2.993,94 por
hectare e os defensivos são responsáveis por 15,49% desse custo (R$ 463,86).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 63,34% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Mato
Grosso do Sul terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 102,94 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 1,6 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 134,3
milhões nos custos do produtor sul-mato-grossense, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 74 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho no Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul77
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em r$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 932,47 31,15% 971,63 31,61% 39,16 4,20%
Defensivos 463,86 15,49% 483,34 15,73% 19,48 4,20%
Sementes 500,00 16,70% 521,00 16,95% 21,00 4,20%
Custo total
2.993,94 100% 3073,59 100% 79,65 2,66%
por hectare
Área total
1.686.337
por estado
Custo total
5.048.791.797,78 100% 5.183.101.558,39 100% 134.309.760,61 2,66%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade foi multiplicada pelo preço no período considerado como de “colheita


intensa” pela CONAB. No caso de Mato Grosso do Sul, esse período engloba o mês de março

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Mato Grosso do Sul foi de 5.521
Kg/hectare e o preço médio recebido foi de R$ 0,56 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o
produtor teve uma rentabilidade de R$ 113,26.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


sul-mato-grossense em 70,32%, como pode ser visto na tabela abaixo.

76
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso
77
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

80
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 75 – Impactos na rentabilidade do milho no Mato Grosso do Sul com aumento do
ICMS
Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
MS 2.993,94 3.107,20 113,26 3.073,59 3.107,20 33,62 -70,32%

Goiás
Atualmente, os custos do produtor de milho em Goiás78 são de R$ 2.329,02 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 11,67% desse custo (R$ 283,80).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 55,51% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Goiás
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 54,30 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 1,57 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 85,4
milhões nos custos do produtor goiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 76 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho em Goiás
Goiás79
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 599,02 25,72% 624,18 26,19% 25,16 4,20%
Defensivos 271,88 11,67% 283,30 11,89% 11,42 4,20%
Sementes 421,89 18,11% 439,61 18,45% 17,72 4,20%
Custo total
2329,02 100% 2383,32 100% 54,30 2,33%
por hectare
Área total
1.574.541
por estado
Custo total
3.667.137.479,82 100% 3.752.630.615,91 100% 85.493.136,09 2,33%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade foi multiplicada pelo preço no período considerado como de “colheita


intensa” pela CONAB. No caso de Goiás, esse período engloba o mês de abril

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

78
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 em Goiás
79
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 em Goiás

81
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Considerando essas premissas, a produtividade média de Goiás foi de 6.342 Kg/hectare e o
preço médio recebido foi de R$ 0,47 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve uma
rentabilidade de R$ 664,29.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


goiano em 8,17%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 77 – Impactos na rentabilidade do milho em Goiás com aumento do ICMS


Preço Rentabilidade
Custo Custo sem Preço
recebido Rentabilidade por hectare Variação da
atual por convênio recebido
por por hectare com aumento rentabilidade
hectare por hectare por hectare
hectare dos custos
GO 2.329,02 2.993,31 664,29 2.383,32 2.993,31 609,99 -8,17%

Minas Gerais
Atualmente, os custos do produtor de milho em Minas Gerais80 são de R$ 3.507,45 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 19,24% desse custo (R$ 674,71).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 69,07% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Minas
Gerais terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento levaria a
uma elevação de R$ 135,16 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 1,21 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 164,79
milhões nos custos do produtor mineiro, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 78 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho em Minas Gerais
Minas Gerais81
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 1.113,65 31,75% 1.193,83 32,77% 80,18 7,20%
Defensivos 674,71 19,24% 703,05 19,30% 28,34 4,20%
Sementes 634,34 18,09% 660,98 18,15% 26,64 4,20%
Custo total
3.507,45 100% 3.642,61 100% 135,16 3,85%
por hectare
Área total
1.219.262
por estado
Custo total
4.276.500.501,90 100% 4.441.299.489,68 100% 164.798.987,78 3,85%
por estado

80
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 em Minas Gerais
81
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 em Minas Gerais

82
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade foi multiplicada pelo preço no período considerado como de “colheita


intensa” pela CONAB. No caso de Minas Gerais, esse período engloba a segunda quinzena de
abril e a primeira quinzena de maio.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Minas Gerais foi de 5.936 Kg/hectare
e o preço médio recebido foi de R$ 0,47 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve
um prejuízo de R$ 708,99 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, aumentaria o prejuízo do produtor


mineiro em 19,06%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 79 – Impactos na rentabilidade do milho em Minas Gerais com aumento do ICMS


Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
MG 3.507,45 2.798,46 -708,99 3.642,61 2.798,46 -844,15 -19,06%

Rio Grande do Sul


Atualmente, os custos do produtor de milho em Rio Grande do Sul82 são de R$ 3.008,03 por
hectare e os defensivos são responsáveis por 8,93% desse custo (R$ 268,67).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 59,52% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Rio
Grande do Sul terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 102,93 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 740,5 mil de hectares, esse aumento totalizará R$ 76,2 milhões
nos custos do produtor gaúcho, como pode ser visto na tabela abaixo.

82
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

83
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 80 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho no Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul83
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 924,49 30,73% 991,05 31,86% 66,56 7,20%
Defensivos 268,67 8,93% 279,95 9,00% 11,28 4,20%
Sementes 597,30 19,86% 622,39 20,01% 25,09 4,20%
Custo total
3.008,03 100% 3.110,96 100% 102,93 3,42%
por hectare
Área total
740.510
por estado
Custo total
2.227.476.295,30 100% 2.303.699.966,45 100% 76.223.671,15 3,42%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade foi multiplicada pelo preço no período considerado como de “colheita


intensa” pela CONAB. No caso de Rio Grande do Sul, esse período engloba o mês de abril

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Rio Grande do Sul foi de 7.500
Kg/hectare e o preço médio recebido foi de R$ 0,52 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o
produtor teve um prejuízo de R$ 913,92 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


gaúcho em 11,26%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 81 – Impactos na rentabilidade do milho no Rio Grande do Sul com aumento do


ICMS
Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
RS 3.008,03 3.921,95 913,92 3.110,964 3.921,9512 810,99 -11,26%

Bahia
Atualmente, os custos do produtor de milho em Bahia84 são de R$ 3.213,29 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 6,85% desse custo (R$ 220,02).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 60,01% dos
custos do produtor rural.

83
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso
84
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 na Bahia

84
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Bahia
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 80,99 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 620,8 mil de hectares, esse aumento totalizará R$ 50,2 milhões
nos custos do produtor baiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 82 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho na Bahia
Bahia85
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 1.132,40 35,24% 1.179,96 35,82% 47,56 4,20%
Defensivos 220,02 6,85% 229,26 6,96% 9,24 4,20%
Sementes 576,00 17,93% 600,19 18,22% 24,19 4,20%
Custo total
3.213,29 100% 3.294,28 100% 80,99 2,52%
por hectare
Área total
620.836
por estado
Custo total
1.994.926.110,44 100% 2.045.209.877,92 100% 50.283.767,48 2,52%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade foi multiplicada pelo preço no período considerado como de “colheita


intensa” pela CONAB. No caso de Bahia, esse período engloba a segunda quinzena de abril e o
mês de maio

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Bahia foi de 3.067 Kg/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 0,46 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve um
prejuízo de R$ 1784,10 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, aumentaria o prejuízo do produtor


baiano em 4,54%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 83 – Impactos na rentabilidade do milho na Bahia com aumento do ICMS


Custo Preço Preço Rentabilidade
Custo sem
atual recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
convênio
por por por hectare por com aumento rentabilidade
por hectare
hectare hectare hectare dos custos
BA 3.213,29 1.429,19 -1.784,10 3.294,2836 1.429,189 -1.865,09 -4,54%

85
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

85
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Santa Catarina
Atualmente, os custos do produtor de milho em Santa Catarina86 são de R$ 2.816,11 por hectare
e os defensivos são responsáveis por 7,01% desse custo (R$ 197,36).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 52,79% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Santa
Catarina terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento levaria
a uma elevação de R$ 102,93 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 360,3 mil de hectares, esse aumento totalizará R$ 38,5 milhões
nos custos do produtor catarinense, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 84 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho em Santa Catarina
Santa Catarina87
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 827,58 29,39% 887,17 30,35% 59,59 7,20%
Defensivos 197,36 7,01% 211,57 7,24% 14,21 7,20%
Sementes 461,80 16,40% 495,05 16,94% 33,25 7,20%
Custo total
2.816,11 100% 2.923,16 100% 107,05 3,80%
por hectare
Área total
360.341
por estado
Custo total
1.014.759.893,51 100% 1.053.332.696,75 100% 38.572.803,24 3,80%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade foi multiplicada pelo preço no período considerado como de “colheita


intensa” pela CONAB. No caso de Santa Catarina, esse período engloba os meses de março e
abril.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média de Santa Catarina foi de 8.152 Kg/hectare
e o preço médio recebido foi de R$ 0,52 por quilo. Assim, na safra 2016/2017, o produtor teve uma
receita de R$ 1446,79 por hectare.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


catarinense em 7,40%, como pode ser visto na tabela abaixo.

86
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso
87
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

86
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 85 – Impactos na rentabilidade do milho em Santa Catarina no Mato Grosso com
aumento do ICMS
Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
SC 2.816,11 4.262,90 1.446,79 2.923,1553 4.262,8995 1.339,74 -7,40%

São Paulo
Considerando a participação do São Paulo na área plantada de milho no Brasil (5,4% da área
total) e a falta de dados atualizados sobre o custo de produção nesse estado, a simulação dos
custos nesse estado levou em consideração os dados reportados pela CONAB para o estado do
Paraná.

Contudo, o aumento dos custos será diferente daquele encontrado no Paraná, uma vez que os
insumos agrícolas comercializados para o São Paulo terão um aumento da alíquota de 18%.

Considerando esses dados, a elevação do custo ao produtor nesses estados será de R$ 257,36
por hectare. Ao considerarmos uma área total de 866,5 mil hectares, o aumento total do custo
será de R$ 223 milhões.

Tabela 86 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
milho em São Paulo
São Paulo
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 727,85 25,96% 858,86 28,06% 131,01 18,00%
Defensivos 452,35 16,14% 533,77 17,44% 81,42 18,00%
Sementes 249,55 8,90% 294,47 9,62% 44,92 18,00%
Custo total
2.803,21 100% 3060,57 100% 257,36 9,18%
por hectare
Área total
866.512
por estado
Custo total
2.429.015.103,52 100% 2.652.016.299,28 100% 223.001.195,76 9,18%
por estado

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do São Paulo, esse período engloba a segunda quinzena de abril e a primeira
quinzena de maio.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média do São Paulo foi de 5.705 Kgs/hectare e
o preço médio recebido foi de R$ 0,51 por quilo.

87
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Assim, na safra 2016/2017, o produtor do São Paulo teve uma receita de R$ 108,46 por hectare
e o fim do Convênio ICMS 100/1997 e o aumento desses custos diminuiu a rentabilidade do
produtor paulista em 237,29%

Tabela 87 – Impactos na rentabilidade do milho em São Paulo com aumento do ICMS


Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
SP 2.803,21 2.911,67 108,46 3.060,57 2.911,67 -148,90 -237,29%

Piauí e Ceará
Considerando a participação do Piauí e do Ceará na área plantada de milho no Brasil (5,99%
da área total) e a falta de dados atualizados sobre o custo de produção nesses estados, a
simulação dos custos nesse estado levou em consideração os dados reportados pela CONAB
para o estado da Bahia.

Considerando esses dados, a elevação do custo ao produtor nesses estados será de R$ 80,99
por hectare. Ao considerarmos uma área total de 866,5 mil hectares, o aumento total do custo
será de R$ 77,7 milhões.

Para o cálculo da rentabilidade, foram consideradas as seguintes premissas.

1. A produtividade média foi considerada por estado para a safra 2016/2017, conforme dados
da Conab.

2. A produtividade multiplicada pelo período considerado como de “colheita intensa” pela


CONAB. No caso do Piauí, esse período engloba a segunda quinzena de abril e a primeira
quinzena de maio, enquanto no caso do Ceará esse período engloba o mês de julho.

3. Por fim, para a formação do preço foram usados como base os dados da CEPEA/ESALQ.

Considerando essas premissas, a produtividade média do Piauí foi de 2.966 Kg/hectare e o


preço médio recebido foi de R$ 0,46 por quilo. Por sua vez, a produtividade média do Ceará foi
de 815 kgs/hectare e o preço médio recebido foi de R$ 0,43 por quilo.

Assim, na safra 2016/2017, o produtor do Piauí teve um prejuízo de R$ 1831,17 por hectare e o
fim do Convênio ICMS 100/1997 e o aumento desses custos levaria o produtor piauiense a ter
um prejuízo 4,42% maior.

Por sua vez, o produtor cearense teve um prejuízo de R$ 2.855,61 por hectare e o fim do
convênio aumentaria esse prejuízo em 2,84%.

Tabela 88 – Impactos na rentabilidade do milho no Piauí e Ceará com aumento do ICMS


Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
PI 3.213,29 1.382,12 -1.831,17 3.294,2836 1.382,1241 -1.912,16 -4,42%
CE 3.213,29 357,68 -2.855,61 3.294,2836 357,67504 -2.936,61 -2,84%

88
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Média Ponderada – Brasil - Milho
Considerando a somatória dos valores apresentados anteriormente, o impacto na cadeia
do milho, considerando 90,41% da área produzida será de R$ 1,27 bilhão. Ao realizarmos
uma média ponderada, o custo do produtor brasileiro de milho aumentaria em R$ 85,11 e a
rentabilidade do produtor teria uma queda de 32,46%

Tabela 89 – Impactos na rentabilidade do milho no Brasil com aumento do ICMS


Custo
Custo Preço Preço Rentabilidade
sem
atual recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
convênio
por por por hectare por com aumento rentabilidade
por
hectare hectare hectare dos custos
hectare
BRASIL 2.579,04 2.824,02 244,97 2.664,16 2.824,02 159,85 -32,46%

7.2.5. Soja
Os dados relativos a custo, produtividade e preço médio foram retirados de estudo preparado
pela Agroconsult para Aprosoja sobre impactos do ICMS e IPI na cadeia de soja.

Serão apresentados dados detalhados relativos aos custos e a rentabilidade do produto para
Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, São
Paulo, Maranhão, Santa Catarina, Tocantins, Piauí, Pará e Rondônia.

Mato Grosso
Atualmente, os custos do produtor de soja em Mato Grosso88 são de R$ 2.159,70 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 27,23% desse custo (R$ 588,01).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 61,20% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Mato
Grosso terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento levaria a
uma elevação de R$ 55,51 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 9,14 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 507,82
milhões nos custos do produtor mato-grossense, como pode ser visto na tabela abaixo.

88
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

89
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 90 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de soja
no Mato Grosso
Mato Grosso89
Custo
Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo sem
convênio custo do custo
(em R$) (em %) convênio
(em R$) (em R$) (em %)
(em %)
Fertilizantes 482,90 22,36% 503,18 22,71% 20,28 4,20%
Defensivos 588,01 27,23% 612,71 27,66% 24,70 4,20%
Sementes 250,84 11,61% 261,38 11,80% 10,54 4,20%
Custo total
2.159,70 100% 2215,21 100% 55,51 2,57%
por hectare
Área total
9.147.863
por estado
Custo total
19.756.639.721,10 100% 20.264.469.613,75 100% 507.829.892,65 2,57%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


mato-grossense em -4,94%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 91 – Impactos na rentabilidade da soja no Mato Grosso com aumento do ICMS


Preço Preço Rentabilidade
Custo Custo sem
recebido Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por convênio
por por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare
hectare hectare dos custos
MT 2.159,70 3.281,65 1.121,95 2.215,21 3.281,65 1.066,44 -4,94%

Paraná
Atualmente, os custos do produtor de soja no Paraná90 são de R$ 2.521,89 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 22,51% desse custo (R$ 567,64).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 52,34% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o


Paraná terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento levaria
a uma elevação de R$ 95,05 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 5,42 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 515,6
milhões nos custos do produtor paranaense, como pode ser visto na tabela abaixo.

89
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso
90
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

90
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 92 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de soja
no Paraná
Paraná91
Custo
Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo sem
convênio custo do custo
(em R$) (em %) convênio
(em R$) (em R$) (em %)
(em %)
Fertilizantes 475,21 18,84% 509,43 19,47% 34,22 7,20%
Defensivos 567,64 22,51% 608,51 23,25% 40,87 7,20%
Sementes 277,23 10,99% 297,19 11,36% 19,96 7,20%
Custo total
2.521,89 100% 2.616,94 100% 95,05 3,77%
por hectare
Área total
5.425.299
por estado
Custo total
13.682.007.295,11 100% 14.197.658.961,79 100% 515.651.666,68 3,77%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paranaense em -12,51%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 93 – Impactos na rentabilidade da soja no Paraná com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
PR 2.521,89 3.281,65 759,76 2.616,94 3.281,65 664,71 -12,51%

Rio Grande do Sul


Atualmente, os custos do produtor de soja no Rio Grande do Sul são de R$ 2.532,25 por hectare
e os defensivos são responsáveis por 17,86% desse custo (R$ 604,77).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 52,36% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o Rio
Grande do Sul terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 95,47 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 5,46 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 521,6
milhões nos custos do produtor gaúcho, como pode ser visto na tabela abaixo.

91
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

91
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 94 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de soja
no Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul
Custo
Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo sem
convênio custo do custo
(em R$) (em %) convênio
(em R$) (em R$) (em %)
(em %)
Fertilizantes 452,36 17,86% 484,93 18,45% 32,57 7,20%
Defensivos 604,77 23,88% 648,31 24,67% 43,54 7,20%
Sementes 268,84 10,62% 288,20 10,97% 19,36 7,20%
Custo total
2.532,25 100% 2.627,72 100% 95,47 3,77%
por hectare
Área total
5.464.084
por estado
Custo total
13.836.426.709,00 100% 14.358.081.934,23 100% 521.655.225,23 3,77%
por estado

O preço recebido por hectare foi de R$ 3.505,95 por hectare. Assim, na safra 2015/2016, o
produtor teve uma rentabilidade de R$ 973,70.

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


gaúcho em 12,73%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 95 – Impactos na rentabilidade da soja no Rio Grande do Sul com aumento do


ICMS
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
RS 2.532,25 3.281,65 749,40 2.627,72 3.281,65 653,93 -12,73%

Goiás
Atualmente, os custos do produtor de soja em Goiás92 são de R$ 2.513,90 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 26,61% desse custo (R$ 668,58).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 56,48% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Goiás
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 59,61 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 3,3 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 198 milhões
nos custos do produtor goiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

92
Custos operacionais reportados pela CNA para a Safra 2016/2017 no Mato Grosso

92
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Tabela 96 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de soja
em Goiás
Goiás
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 495,03 19,70% 515,82 20,05% 20,79 4,20%
Defensivos 668,58 26,61% 696,66 27,08% 28,08 4,20%
Sementes 255,57 10,17% 266,30 10,35% 10,73 4,20%
Custo total
2.512,90 100% 2.572,51 100% 59,61 2,37%
por hectare
Área total
3.322.522
por estado
Custo total
8.349.165.533,80 100% 8.547.206.318,22 100% 198.040.784,42 2,37%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


goiano em 7,75%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 97 – Impactos na rentabilidade da soja em Goiás com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
GO 2.512,90 3.281,65 768,75 2.572,51 3.281,65 709,14 -7,75%

Mato Grosso do Sul


Atualmente, os custos do produtor de soja no Mato Grosso do Sul são de R$ 2.382,62 por
hectare e os defensivos são responsáveis por 25,50% desse custo (R$ 607,36).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 56,75% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o Mato
Grosso do Sul terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 56,79 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 2,4 milhões de hectares, esse aumento totalizará R$ 139 milhões
nos custos do produtor sul-mato-grossense, como pode ser visto na tabela abaixo.

93
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Tabela 98 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de soja
no Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 482,24 20,24% 502,49 20,60% 20,25 4,20%
Defensivos 607,63 25,50% 633,15 25,96% 25,52 4,20%
Sementes 262,31 11,01% 273,33 11,20% 11,02 4,20%
Custo total
2382,62 100% 2439,41 100% 56,79 2,38%
por hectare
Área total
2.448.330
por estado
Custo total
5.833.440.024,60 100% 5.972.484.504,69 100% 139.044.480,09 2,38%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


sul-mato-grossense em 6,31%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 99 – impactos na rentabilidade da soja no mato grosso do sul com aumento do


icms
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
MS 2382,62 3.281,65 899,03 2439,41 3.281,65 842,24 -6,31%

Bahia
Atualmente, os custos do produtor de soja na Bahia são de R$ 2.042,14 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 26,44% desse custo (R$ 539,85).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 74,99% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para a Bahia
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando 7%. Tal aumento levaria a uma
elevação de R$ 64,32 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 1,5 milhão de hectares, esse aumento totalizará R$ 98 milhões
nos custos do produtor baiano, como pode ser visto na tabela abaixo.

94
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Tabela 100 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja na Bahia
Bahia
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 539,85 26,44% 562,52 26,70% 22,67 4,20%
Defensivos 730,24 35,76% 760,91 36,12% 30,67 4,20%
Sementes 261,26 12,79% 272,23 12,92% 10,97 4,20%
Custo total
2.042,14 100% 2.106,46 100% 64,32 3,15%
por hectare
Área total
1.536.678
por estado
Custo total
3.138.111.610,92 100% 3.236.945.668,84 100% 98.834.057,92 3,15%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


baiano em 5,18%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 101 – Impactos na rentabilidade da soja na Bahia com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
BA 2.042,14 3.281,65 1.239,51 2.106,46 3.281,65 1.175,19 -5,18%

Minas Gerais
Atualmente, os custos do produtor de soja em Minas Gerais são de R$ 2.557,54 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 28,55% desse custo (R$ 516,04).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 58,94% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para a Minas
Gerais terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando 12%. Tal aumento levaria a
uma elevação de R$ 78,80 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 1,47 milhão de hectares, esse aumento totalizará R$ 116 milhões
nos custos do produtor mineiro, como pode ser visto na tabela abaixo.

95
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Tabela 102 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja em Minas Gerais
Minas Gerais
Custo
Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo sem
convênio custo do custo
(em R$) (em %) convênio
(em R$) (em R$) (em %)
(em %)
Fertilizantes 516,04 20,18% 553,19 20,98% 37,15 7,20%
Defensivos 730,24 28,55% 760,91 28,86% 30,67 4,20%
Sementes 261,26 10,22% 272,23 10,33% 10,97 4,20%
Custo total
2.557,54 100% 2.636,34 100% 78,80 3,08%
por hectare
Área total
1.472.224
por estado
Custo total
3.765.271.768,96 100% 3.881.279.899,05 100% 116.008.130,09 3,08%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


mineiro em 10,88%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 103 – Impactos na rentabilidade da soja em Minas Gerais com aumento do ICMS
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
MG 2.557,54 3.281,65 724,11 2.636,34 3.281,65 645,31 -10,88%

São Paulo
Atualmente, os custos do produtor de soja em São Paulo são de R$ 2.550,17 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 23,99% desse custo (R$ 611,76).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 52,33% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para São
Paulo terão uma elevação da alíquota do ICMS em 18%. Tal aumento levaria a uma elevação de
R$ 240,22 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 848 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 203,9 milhões nos
custos do produtor paulista, como pode ser visto na tabela abaixo.

96
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 104 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja em São Paulo
São paulo
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 445,90 17,49% 526,16 18,86% 80,26 18,00%
Defensivos 611,76 23,99% 721,88 25,87% 110,12 18,00%
Sementes 276,91 10,86% 326,75 11,71% 49,84 18,00%
Custo total
2.550,17 100% 2.790,39 100% 240,22 9,42%
por hectare
Área total
848.839
por estado
Custo total
2.164.683.752,63 100% 2.368.594.064,19 100% 203.910.311,56 9,42%
por estado

O preço recebido por hectare foi de R$ 2.550,17 por hectare. Assim, na safra 2015/2016, o
produtor teve uma rentabilidade de R$ 1.393,10. Um aumento do ICMS com o fim do Convênio
100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor paulista em 32,8%, como pode ser visto na
tabela abaixo.

Tabela 105 – Impactos na rentabilidade da soja em São Paulo com aumento do ICMS
Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
SP 2.550,17 3.281,65 731,48 2.790,39 3.281,65 491,26 -32,8%

Maranhão
Atualmente, os custos do produtor de soja no Maranhão são de R$ 1.853,38 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 22,63% desse custo (R$ 419,35).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 64,11% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o


Maranhão terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando uma alíquota de 7%.
Tal aumento levaria a uma elevação de R$ 49,90 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 783 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 39,1 milhões nos
custos do produtor maranhense, como pode ser visto na tabela abaixo.

97
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Tabela 106 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja no Maranhão
Maranhão
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 445,90 17,49% 526,16 18,86% 80,26 18,00%
Defensivos 611,76 23,99% 721,88 25,87% 110,12 18,00%
Sementes 276,91 10,86% 326,75 11,71% 49,84 18,00%
Custo total
2550,17 100% 2790,39 100% 240,22 9,42%
por hectare
Área total
848.839
por estado
Custo total
2.164.683.752,63 100% 2.368.594.064,19 100% 203.910.311,56 9,42%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, aumentaria o prejuízo do produtor


maranhense em 3,49%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 107 – Impactos na rentabilidade da soja no Maranhão com aumento do ICMS


Custo
Rentabilidade
Custo Preço sem Preço
Rentabilidade por hectare Variação da
atual por recebido convênio recebido
por hectare com aumento rentabilidade
hectare por hectare por por hectare
dos custos
hectare
MA 1.853,38 3.281,65 1.428,27 1.903,28 3.281,65 1.378,37 -3,49%

Santa Catarina
Atualmente, os custos do produtor de soja em Santa Catarina são de R$ 2.787,60 por hectare e
os defensivos são responsáveis por 23,38% desse custo (R$ 651,85).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 48% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para Santa
Catarina terão uma elevação da alíquota do ICMS em 7,2%, totalizando uma alíquota de 12%. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 96,34 nos custos por hectare.

98
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao considerarmos uma área de 660 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 63,6 milhões nos
custos do produtor catarinense, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 108 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja em Santa Catarina
Santa Catarina
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 475,34 17,05% 509,56 17,67% 34,22 7,20%
Defensivos 651,85 23,38% 698,78 24,23% 46,93 7,20%
Sementes 210,83 7,56% 226,01 7,84% 15,18 7,20%
Custo total
2.787,60 100% 2.883,94 100% 96,34 3,46%
por hectare
Área total
660.764
por estado
Custo total
1.841.945.726,40 100% 1.905.602.038,60 100% 63.656.312,20 3,46%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


catarinense em 19,50%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 109 – Impactos na rentabilidade da soja em Santa Catarina com aumento do ICMS
Custo
Preço Rentabilidade
Custo Preço sem
Rentabilidade recebido por hectare Variação da
atual por recebido convênio
por hectare por com aumento rentabilidade
hectare por hectare por
hectare dos custos
hectare
SC 2.787,60 3.281,65 494,05 2.883,94 3.281,65 397,71 19,50%

Tocantins
Atualmente, os custos do produtor de soja no Tocantins são de R$ 2.191,73 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 18,42% desse custo (R$ 403,72).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 52,76% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o


Tocantins terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando uma alíquota de 7%. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 48,57 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 845 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 41,07 milhões nos
custos do produtor tocantinense, como pode ser visto na tabela abaixo.

99
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 110 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja no Tocantins
Tocantins
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 478,96 21,85% 499,08 22,28% 20,12 4,20%
Defensivos 403,72 18,42% 420,68 18,78% 16,96 4,20%
Sementes 273,65 12,49% 285,14 12,73% 11,49 4,20%
Custo total
2.191,73 100% 2.240,30 100% 48,57 2,22%
por hectare
Área total
845.745
por estado
Custo total
1.853.644.688,85 100% 1.894.719.022,12 100% 41.074.333,27 2,22%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


tocantinense em 4,45%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 111 – Impactos na rentabilidade da soja no Tocantins com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
TO 2.191,73 3.281,65 1.089,92 2.240,30 3.281,65 1.041,35 -4,45%

Piauí
Atualmente, os custos do produtor de soja no Piauí são de R$ 1.867,57 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 18,63% desse custo (R$ 408,29).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 55,53% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o Piauí
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando uma alíquota de 7%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 51,12 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 563 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 28,78 milhões nos
custos do produtor piauiense, como pode ser visto na tabela abaixo.

100
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 112 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja no Piauí
Piauí
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 504,47 23,02% 525,66 23,46% 21,19 4,20%
Defensivos 408,29 18,63% 425,44 18,99% 17,15 4,20%
Sementes 304,39 13,89% 317,17 14,16% 12,78 4,20%
Custo total
1.867,57 100% 1.918,69 100% 51,12 2,74%
por hectare
Área total
563.084
por estado
Custo total
1.051.598.785,88 100% 1.080.383.808,89 100% 28.785.023,01 2,74%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, aumentaria o prejuízo do produtor


piauiense em 3,61%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 113 – Impactos na rentabilidade da soja no Piauí com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
PI 1.867,57 3.281,65 1.414,08 1.918,69 3.281,65 1.362,96 -3,61%

Pará
Atualmente, os custos do produtor de soja no Pará são de R$ 2.286,96 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 23,71% desse custo (R$ 519,75).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 54,95% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para o Pará
terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando uma alíquota de 7%. Tal aumento
levaria a uma elevação de R$ 50,59 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 433 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 21,94 milhões nos
custos do produtor paraense, como pode ser visto na tabela abaixo.

101
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 114 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja no Pará
Pará
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 422,74 19,29% 440,50 19,66% 17,76 4,20%
Defensivos 519,58 23,71% 541,40 24,17% 21,82 4,20%
Sementes 262,14 11,96% 273,15 12,19% 11,01 4,20%
Custo total
2.286,96 100% 2.337,55 100% 50,59 2,21%
por hectare
Área total
433.813
por estado
Custo total
992.112.978,48 100% 1.014.058.470,19 100% 21.945.491,71 2,21%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paraense em 5,08%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 115 – impactos na rentabilidade da soja no pará com aumento do icms


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
PA 2286,96 3.281,65 994,69 2337,55 3.281,65 944,10 -5,08%

Rondônia
Atualmente, os custos do produtor de soja em Rondônia são de R$ 2.357,41 por hectare e os
defensivos são responsáveis por 23,71% desse custo (R$ 519,75).

Levando-se em conta também os custos com fertilizantes e sementes, que também são
beneficiados pelo Convênio 100/1997, os insumos agrícolas são responsáveis por 57,51% dos
custos do produtor rural.

Com o fim do Convênio 100/1997, os principais insumos agrícolas comercializados para


Rondônia terão uma elevação da alíquota do ICMS em 4,2%, totalizando uma alíquota de 7%. Tal
aumento levaria a uma elevação de R$ 52,94 nos custos por hectare.

Ao considerarmos uma área de 246 mil hectares, esse aumento totalizará R$ 13,03 milhões nos
custos do produtor rondoniense, como pode ser visto na tabela abaixo.

102
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 116 – Resumo dos impactos do custo com aumento do ICMS para produção de
soja em Rondônia
Rondônia
Custo sem Custo sem Aumento do Aumento
Custo Custo
convênio convênio custo do custo
(em R$) (em %)
(em R$) (em %) (em R$) (em %)
Fertilizantes 493,73 22,53% 514,47 22,96% 20,74 4,20%
Defensivos 519,58 23,71% 541,40 24,17% 21,82 4,20%
Sementes 247,07 11,27% 257,45 11,49% 10,38 4,20%
Custo total
2357,41 100% 2410,35 100% 52,94 2,25%
por hectare
Área total
246.171
por estado
Custo total
580.325.977,11 100% 593.357.275,32 100% 13.031.298,21 2,25%
por estado

Um aumento do ICMS com o fim do Convênio 100/1997, diminuiria a rentabilidade do produtor


paraense em 5,72%, como pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 117 – Impactos na rentabilidade da soja em Rondônia com aumento do ICMS


Preço Custo sem Preço Rentabilidade
Custo
recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
atual por
por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare
hectare hectare hectare dos custos
RO 2357,41 3.281,65 924,24 2410,35 3.281,65 871,30 -5,72%

Média Ponderada – Soja - Brasil


Considerando a somatória dos valores apresentados anteriormente, o impacto na cadeia da
soja, considerando 95,7% da área produzida será de R$ 2,5 bilhões.

Ao realizarmos uma média ponderada, o custo do produtor de soja brasileiro aumentaria em R$


75,56 por hectare e a rentabilidade do produtor teria uma queda de 8,18%, como pode ser visto
na tabela abaixo.

Tabela 118 – impactos na rentabilidade da soja no brasil com aumento do icms


Custo Preço Custo sem Preço Rentabilidade
atual recebido Rentabilidade convênio recebido por hectare Variação da
por por por hectare por por com aumento rentabilidade
hectare hectare hectare hectare dos custos
BRASIL 2358,43 3.281,65 923,22 2433,99 3.281,65 847,64 -8,18%

103
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
7.3. AUMENTO DA ALÍQUOTA DO PIS/PASEP E COFINS
Os últimos tributos que serão analisados separadamente antes da apresentação dos cenários
com reajuste de mais de um tributo são a Contribuição para os programas de Integração Social
e de Formação do Patrimônio Público e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
– Contribuição ao PIS/PASEP e COFINS.

Essa sessão apresentará os impactos de uma alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para
a COFINS.

7.3.1. Algodão
Para mensurar os custos do algodão, serão apresentados dados detalhados relativos aos
custos e a rentabilidade do algodão para Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás, que
representam 94,29% de toda produção brasileira de algodão, além de uma média ponderada do
Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e se referem a safra 2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de algodão nos quatro principais estados produtores de


algodão do Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) com defensivos agrícolas
por hectare variam entre R$ 2420,80 e R$ 3092,06 e o custo total do produtor por hectare varia
entre R$ 5899,72 e R$ 7162,79.

Com a aplicação de uma alíquota uma alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a
COFINS sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos do produtor seriam elevados entre R$
220,34 e R$ 286,02 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada93 por estado, o custo do cotonicultor brasileiro seria
elevado de R$ 6.699,22 para 6.968,26.

Tabela 119 – Aumento dos custos de produção de algodão com aumento do PIS/Cofins
(por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com cobrança produção (por aumento do cobrança de
defensivos
de pis e cofins hectare) pis e cofins pis e cofins
(por hectare)
(por hectare) (por hectare) (por hectare)
Bahia 2.617,79 2.859,94 5.881,89 6.124,04 242,15
Goiás 2.420,80 2.644,72 5.657,64 5.881,56 223,92
Mato Grosso 3.092,06 3.378,08 7.162,79 7.448,81 286,02
Mato Grosso
2.382,02 2.602,36 R$5.964,12 6.184,46 220,34
do Sul
Brasil (média
2.908,52 3.177,56 6.699,22 6.968,26 269,04
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


173,4 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
cotonicultor brasileiro com esse aumento no PIS e COFINS seria de R$ 131,7 milhões.

93
Considerando o peso de cada estado na produção total.

104
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 120 – Aumento dos custos de produção de algodão com aumento do PIS/Cofins
(por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual
defensivos com Custo atual de produção com custo com
com defensivos
cobrança de pis produção (valor aumento do pis cobrança de pis
(valor total por
e cofins (valor total por estado) e cofins (valor e cofins (valor
estado)
total por estado) total por estado) total por estado)
Bahia 732.640.887,30 800.410.169,38 1.646.164.554,30 1.713.933.836,38 67.769.282,08
Goiás 70.864.078,40 77.419.005,65 165.616.095,72 172.171.022,97 6.554.927,25
Mato
1.874.759.266,84 2.048.174.499,02 4.342.899.856,06 4.516.315.088,24 173.415.232,18
Grosso
Mato
Grosso do 70.626.893,00 77.159.880,60 176.836.158,00 183.369.145,60 6.532.987,60
Sul
Brasil
(média 1.424.007.507,28 1.555.728.201,70 3.284.086.336,52 3.415.807.030,94 131.720.694,42
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de algodão, haverá uma queda entre 4,92% no Mato
Grosso do Sul e 12,24% no Mato Grosso. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a
queda na rentabilidade será de 8,56%.

Tabela 121 – Impacto na rentabilidade do produtor de algodão com aumento do PIS/Cofins


(por hectare)
Custo
Rentabilidade
com
Custo Preço Rentabilidade Preço após Variação
aumento
atual recebido atual recebido aumento do rentabilidade
do PIS e
(em R$) (em R$) (em R$) (em R$) PIS e Cofins (em %)
Cofins
(em R$)
(em R$)
Bahia 5.881,89 10.534,47 4.652,58 6.124,04 10.534,47 4.410,43 -5,20%
Goiás 5.657,64 9.750,98 4.093,34 5.881,56 9.750,98 3.869,42 -5,47%
Mato
7.162,79 9.500,39 2.337,60 7.448,81 9.500,39 2.051,58 -12,24%
grosso
Mato
grosso do 5.964,12 10.439,93 4.475,81 6.184,46 10.439,93 4.255,48 -4,92%
sul
Brasil
(média 6.699,22 9.843,85 3.144,63 6.968,26 9.843,85 2.875,59 -8,56%
ponderada)
R$ 4.652,58

R$ 4.410,43

R$ 4.475,81

R$ 4.255,48
R$ 4.093,34

R$ 3.869,42

R$ 3.144,63

R$ 2.875,59
R$ 2.337,60

R$ 2.051,58

BAHIA GOIÁS MATO MATO BRASIL


GROSSO GROSSO DO (MÉDIA
SUL PONDERADA)
Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do PIS e Cofins

105
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7.3.2. Café
Para mensurar os custos do café, será considerado o café arábica e serão apresentados dados
detalhados relativos aos custos e a rentabilidade do produto para Minas Gerais, São Paulo,
Espírito Santo, Bahia e Paraná, que representam 98,31% de toda produção brasileira de café
arábica, além de uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e se referem a safra 2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de algodão nos cinco principais estados produtores de


algodão do Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo) com defensivos
agrícolas por hectare variam entre R$ 249,12 e R$ 274,03 e o custo total do produtor por hectare
variam entre R$ 9760,79 e R$ 14948,00.

Com a aplicação de uma alíquota uma alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a
COFINS sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos do produtor seriam elevados entre R$
23,04 e R$ 151,85 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada94 por estado, o custo do cafeicultor brasileiro seria
elevado de R$ 11.592,08 para 11.678,55.

Tabela 122 – Aumento dos custos de produção de café com aumento do PIS/Cofins (por
hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com cobrança produção (por aumento do cobrança de
defensivos
de pis e cofins hectare) pis e cofins pis e cofins
(por hectare)
(por hectare) (por hectare) (por hectare)
Bahia 1.641,66 1.793,51 14.948,00 15.099,85 151,85
Espírito Santo 249,12 272,16 11.066,45 11.089,49 23,04
Minas Gerais 978,95 1.069,50 11.632,63 11.723,18 90,55
Paraná 711,70 777,53 11.449,99 11.515,82 65,83
São Paulo 837,45 914,91 9.760,79 9.838,25 77,46
Brasil (média
934,78 1.021,25 11.592,08 11.678,55 86,47
ponderada)

Ao se considerar as áreas plantadas de cada estado a elevação total do custo chegará a R$


93,1 milhões em Minas Gerais. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
cafeicultor brasileiro com esse aumento no IPI seria de R$ 65,9 milhões.

94
Considerando o peso de cada estado na produção total.

106
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 123 – Aumento dos custos de produção de café com aumento do PIS/Cofins (por
estado)
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual custo com
defensivos com Custo atual de produção com
com defensivos cobrança de
cobrança de pis produção (valor aumento do pis e
(valor total por pis e cofins
e cofins (valor total por estado) cofins (valor total
estado) (valor total
total por estado) por estado)
por estado)
Bahia 199.927.921,44 218.421.254,17 1.820.427.232,00 1.838.920.564,73 18.493.332,73
Espírito
37.160.233,92 40.597.555,56 1.650.738.080,70 1.654.175.402,34 3.437.321,64
Santo
Minas
1.007.056.384,62 1.100.209.100,20 11.966.675.174,87 12.059.827.890,45 93.152.715,58
Gerais
Paraná 31.373.159,40 34.275.176,64 504.738.459,18 507.640.476,42 2.902.017,24
São Paulo 167.216.991,30 182.684.563,00 1.948.975.982,46 1.964.443.554,16 15.467.571,70
Brasil
(média 713.102.222,98 779.064.178,61 8.545.515.023,31 8.611.476.978,94 65.961.955,63
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de café, haverá uma queda entre 1,05% no Espirito
Santo e 436,82% em São Paulo. Ao se considerar a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 2,94%.

Contudo, é importante ressaltar que no cenário apresentado, o único estado em que o produtor
terá - de fato - lucro ao final da safra, é no Paraná, enquanto nos outros cenários haveria apenas
um aprofundamento do prejuízo do produtor agrícola.

Tabela 124 – Impacto na rentabilidade do produtor de café com aumento do PIS/Cofins


(por hectare)
Custo
Rentabilidade
com
Custo Preço Rentabilidade Preço após Variação
aumento
atual recebido atual recebido aumento do rentabilidade
do pis e
(em R$) (em R$) (em R$) (em R$) pis e cofins (em %)
cofins
(em R$)
(em R$)
Bahia 14.948,00 3.785,68 -11.162,32 15.099,85 3.785,68 -11.314,18 1,36%
Espírito
11.066,45 8.863,14 -2.203,31 11.089,49 8.863,14 -2.226,36 1,05%
Santo
Minas
11.632,63 11.261,45 -371,18 11.723,18 11.261,45 -461,73 24,40%
Gerais
Paraná 11.449,99 11.867,01 417,02 11.515,82 11.867,01 351,18 -15,79%
São Paulo 9.760,79 9.743,06 -17,73 9.838,25 9.743,06 -95,20 436,82%
Brasil
(média 12.591,03 8.992,54 -3.598,48 12.696,86 8.992,54 -3.704,32 2,94%
ponderada)

107
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
-R$ 11.162,32

-R$ 11.314,18

-R$ 2.203,31

-R$ 2.226,36

-R$ 3.598,48

-R$ 3.704,32
-R$ 371,18

-R$ 461,73

R$ 417,02

R$ 351,18

-R$ 17,73

-R$ 95,20
PARANÁ SÃO PAULO
MINAS
GERAIS
ESPÍRITO
SANTO
BRASIL
(MÉDIA
PONDERADA)

BAHIA

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do PIS e Cofins

7.3.3. Cana-de-açúcar
Para mensurar os custos da cana-de-açúcar serão apresentados dados detalhados relativos
aos custos e a rentabilidade do produto para São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Alagoas e
Pernambuco, totalizando uma amostra de 93,71% da produção brasileira de cana. Também será
apresentada uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB, com exceção dos dados de Goiás
que foram fornecidos pela FAEG, e se referem a safra 2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de algodão nos cinco principais estados produtores de


cana-de-açúcar, para os quais existem dados disponíveis, (Alagoas, Goiás, Minas Gerais,
Pernambuco e São Paulo) com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 8,60 e R$
289,10 e o custo total do produtor por hectare variam entre R$ 3.166,08 e R$ 6.179,04.

Com a aplicação de uma alíquota uma alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a
COFINS sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos do produtor seriam elevados entre R$
0,80 e R$ 22,33 por hectare.

108
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
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Ao considerarmos uma média ponderada95 por estado, o custo do produtor de cana seria
elevado de R$ 3.939,46 para R$ 3.959,89.

Tabela 125 – Aumento dos custos de produção de cana com aumento do PIS/Cofins (por
hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com cobrança produção aumento do cobrança de
defensivos
de pis e cofins (por hectare) pis e cofins pis e cofins
(por hectare)
(por hectare) (por hectare) (por hectare)
Alagoas 302,05 329,99 5.040,92 5.068,86 27,94
Goiás 289,10 315,84 6.179,04 6.205,78 26,74
Minas Gerais 8,60 9,40 5.620,64 5.621,44 0,80
Pernambuco 180,55 197,25 5.334,35 5.351,05 16,70
São Paulo 241,46 263,79 3.166,08 3.188,42 22,33
Brasil (média
220,85 241,28 3.939,46 3.959,89 20,43
ponderada)

Ao se considerar as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


124,86 milhões em São Paulo. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
produtor de cana-de-açúcar com esse aumento no IPI seria de R$ 90,66 milhões.

Tabela 126 – Aumento dos custos de produção de cana com aumento do PIS/Cofins (por
estado) - em R$
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual custo com
defensivos com Custo atual de produção com
com defensivos cobrança de
cobrança de pis produção (valor aumento do pis e
(valor total por pis e cofins
e cofins (valor total por estado) cofins (valor total
estado) (valor total por
total por estado) por estado)
estado)
Alagoas 94.131.164,05 102.838.296,72 1.570.957.349,72 1.579.664.482,39 8.707.132,67
Goiás 269.250.972,20 294.156.687,13 5.754.799.471,68 5.779.705.186,61 24.905.714,93
Minas Gerais 7.839.880,40 8.565.069,34 5.123.854.112,96 5.124.579.301,90 725.188,94
Pernambuco 46.978.207,25 51.323.691,42 1.387.971.198,25 1.392.316.682,42 4.345.484,17
São Paulo 1.349.898.647,28 1.474.764.272,15 17.700.265.272,08 17.825.130.896,95 124.865.624,87
Brasil
(média 980.164.559,72 1.070.829.781,50 13.720.974.732,89 13.811.639.954,66 90.665.221,77
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de cana, haverá uma queda entre 0,10% em Minas
Gerais e 2,03% em Alagoas. Ao se considerar a média ponderada do Brasil a queda na
rentabilidade será de 2,22%.

Contudo, é importante ressaltar que no cenário apresentado, o único estado em que o produtor
terá – de fato – lucro ao final da safra, ao final da safra é em São Paulo, enquanto nos outros
cenários haveria apenas um aprofundamento do prejuízo do produtor agrícola.

95
Considerando o peso de cada estado na produção total.

109
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Tabela 127 – Impacto na rentabilidade do produtor de cana com aumento do PIS/Cofins
(por hectare)
Custo
Rentabilidade
com
Custo Preço Rentabilidade Preço após
aumento Variação
atual recebido atual recebido aumento do
do pis e rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$) (em R$) PIS e Cofins
cofins
(em R$)
(em R$)
Alagoas 5.040,92 3.664,22 -1.376,70 5.068,86 3.664,22 -1.404,64 2,03%
Goiás 6.179,04 4.567,15 -1.611,89 6.205,78 4.567,15 -1.638,63 1,66%
Minas Gerais 5.620,64 4.852,09 -768,55 5.621,44 4.852,09 -769,35 0,10%
Pernambuco 5.334,35 3.574,07 -1.760,28 5.351,05 3.574,07 -1.776,98 0,95%
São Paulo 3.166,08 5.038,34 1.872,26 3.188,42 5.038,34 1.849,92 -1,19%
Brasil (média
3.939,46 4.861,28 921,82 3.959,89 4.861,28 901,39 -2,22%
ponderada)

R$ 1.872,26

R$ 1.849,92

-R$ 921,82

-R$ 901,39
-R$ 1.376,70

-R$ 1.404,64

-R$ 1.611,89

-R$ 1.638,63

-R$ 1.760,28

-R$ 1.776,98
-R$ 768,55

-R$ 769,35

SÃO PAULO BRASIL


(MÉDIA
PONDERADA)
MINAS
GERAIS
ALAGOAS
GOIÁS
PERNAMBUCO

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do PIS e Cofins

7.3.4. Milho
Para mensurar os custos do milho serão apresentados dados detalhados relativos aos custos e
a rentabilidade do produto para Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Bahia totalizando uma amostra de 90,41% da produção brasileira de milho.
Também será apresentada uma média ponderada do Brasil com base nesses dados.

Os dados relativos aos custos foram fornecidos pela CONAB e pela CNA e se referem a safra
2016/2017.

Atualmente, os custos do produtor de milho nos principais estados produtores, para os quais
existem dados disponíveis, (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com defensivos agrícolas por hectare variam entre
R$ 189,74 e R$ 289,10 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$ 1.909,94 e R$
3.507,45.

110
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Com a aplicação de uma alíquota uma alíquota de 1,65% para o PIS/PASEP e 7,6% para a
COFINS sobre os defensivos agrícolas, os desembolsos do produtor seriam elevados entre R$
17,55 e R$ 62,41 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada96 por estado, o custo do produtor de milho brasileiro
seria elevado de R$ 2.594,71 para 2.626,41.

Tabela 128 – Aumento dos custos de produção de milho com aumento do PIS/Cofins (por
hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual produção com custo com
atual com
com cobrança de produção aumento do cobrança de
defensivos
de pis e cofins (valor total por pis e cofins pis e cofins
(valor total por
(valor total por estado) (valor total por (valor total por
estado)
estado) estado) estado)
Bahia 220,02 240,37 3.213,29 3.233,64 20,35
Goiás 271,88 297,03 2.329,02 2.354,17 25,15
Mato Grosso 189,74 207,29 1.909,94 1.927,49 17,55
Mato Grosso
463,86 506,77 2.993,94 3.036,85 42,91
do Sul
Minas Gerais 674,71 737,12 3.507,45 3.569,86 62,41
Paraná 452,35 494,19 2.803,21 2.845,05 41,84
Rio Grande
268,67 293,52 3.008,03 3.032,88 24,85
do Sul
Santa
197,36 215,62 2.816,11 2.834,37 18,26
Catarina
Brasil (média
342,65 374,35 2.594,71 2.626,41 31,70
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


107,67 milhões no Paraná. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
produtor de milho com esse aumento no IPI seria de R$ 66,66 milhões.

96
Considerando o peso de cada estado na produção total.

111
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Tabela 129 – aumento dos custos de produção de milho com aumento do pis/cofins (por
estado) - em R$
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual custo com
defensivos com Custo atual de produção com
com defensivos cobrança de
cobrança de pis produção (valor aumento do pis
(valor total por pis e cofins
e cofins (valor total por estado) e cofins (valor
estado) (valor total por
total por estado) total por estado)
estado)
Bahia 136.596.336,72 149.231.497,87 1.994.926.110,44 2.007.561.271,59 12.635.161,15
Goiás 428.086.207,08 467.684.181,23 3.667.137.479,82 3.706.735.453,97 39.597.974,15
Mato
740.036.850,32 808.490.258,97 7.449.277.863,92 7.517.731.272,57 68.453.408,65
Grosso
Mato
Grosso do 782.224.280,82 854.580.026,80 5.048.791.797,78 5.121.147.543,76 72.355.745,98
Sul
Minas
822.648.264,02 898.743.228,44 4.276.500.501,90 4.352.595.466,32 76.094.964,42
Gerais
Paraná 1.164.010.994,55 1.271.682.011,55 7.213.368.542,13 7.321.039.559,13 107.671.017,00
Rio Grande
198.952.821,70 217.355.957,71 2.227.476.295,30 2.245.879.431,31 18.403.136,01
do Sul
Santa
71.116.899,76 77.695.212,99 1.014.759.893,51 1.021.338.206,74 6.578.313,23
Catarina
Brasil
(média 720.678.255,24 787.340.993,85 5.551.458.921,19 5.618.121.659,80 66.662.738,61
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de milho, haverá uma queda entre 1,14% na Bahia e
37,88% no Mato Grosso do Sul. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 6,46%.

Tabela 130 – Impacto na rentabilidade do produtor de milho com aumento do PIS/Cofins


(por hectare)
Custo
Rentabilidade
com
Custo Preço Rentabilidade Preço após aumento Variação
aumento
atual recebido atual recebido do PIS e rentabilidade
do PIS e
(em R$) (em R$) (em R$) (em R$) Cofins (em %)
Cofins
(em R$)
(em R$)
Bahia 3.213,29 1.429,19 -1.784,10 3.233,64 1.429,19 -1.804,45 1,14%
Goiás 2.329,02 2.993,31 664,29 2.354,17 2.993,31 639,14 -3,79%
Mato
1.909,94 3.176,04 1.266,10 1.927,49 3.176,04 1.248,55 -1,39%
Grosso
Mato
Grosso do 2.993,94 3.107,20 113,26 3.036,85 3.107,20 70,36 -37,88%
Sul
Minas
3.507,45 2.798,46 -708,99 3.569,86 2.798,46 -771,40 8,80%
Gerais
Paraná 2.803,21 3.120,92 317,71 2.845,05 3.120,92 275,87 -13,17%
Rio Grande
3.008,03 3.921,95 913,92 3.032,88 3.921,95 889,07 -2,72%
do Sul
Santa
2.816,11 4.262,90 1.446,79 2.834,37 4.262,90 1.428,53 -1,26%
Catarina
Brasil
(média 2.594,71 3.085,19 490,48 2.626,41 3.085,19 458,78 -6,46%
ponderada)

112
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
R$ 1.446,79
R$ 1.428,53
R$ 1.266,10
R$ 1.248,55

R$ 913,92
R$ 889,07
R$ 664,29
R$ 639,14

R$ 490,48
R$ 458,78
R$ 317,71
R$ 275,87
-R$ 1.784,10
-R$ 1.804,45

R$ 113,26

-R$ 708,99
-R$ 771,40
R$ 70,36
GOIÁS MATO MATO PARANÁ RIO SANTA BRASIL
GROSSO GROSSO GRANDE CATARINA (MÉDIA
DO SUL DO SUL PONDERADA)
MINAS
GERAIS

BAHIA
Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do PIS e Cofins

7.3.5. Soja
Os dados relativos aos custos, produtividade e preço médio foram retirados de estudo
preparado pela Agroconsult para Aprosoja sobre impactos do ICMS e IPI na cadeia de soja.

Serão apresentados dados detalhados relativos aos custos e a rentabilidade do produto para
Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, São
Paulo, Maranhão, Santa Catarina, Tocantins, Piauí, Pará e Rondônia.

Atualmente, os custos do produtor de soja nos principais estados produtores, para os quais
existem dados disponíveis com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 403,72 e R$
730,24 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$ 1.867,57 e R$ 2.787.60.

Com a aplicação de uma alíquota de 10% no PIS/COFINS sobre os defensivos agrícolas, os


desembolsos do produtor seriam elevados entre R$ 37,34 e R$ 67,55 por hectare.

Ao considerarmos uma média ponderada97 por estado, o custo do produtor de soja brasileiro
seria elevado de R$ 2.375,22 para 2.431,02.

97
Considerando o peso de cada estado na produção total.

113
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Tabela 131 – Aumento dos custos de produção de soja com aumento do PIS/Cofins (por
hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual produção com custo com
atual com
com cobrança de produção aumento do cobrança de
defensivos
de PIS e Cofins (valor total por PIS e Cofins PIS e Cofins
(valor total por
(valor total por estado) (valor total por (valor total por
estado)
estado) estado) estado)
Bahia 730,24 797,79 2.042,14 2.109,69 67,55
Goiás 668,58 730,42 2.512,90 2.574,74 61,84
Mato Grosso 588,01 642,40 2.159,70 2.214,09 54,39
Mato Grosso
607,63 663,84 2.382,62 2.438,83 56,21
do Sul
Maranhão 611,76 668,35 2.550,17 2.606,76 56,59
Minas Gerais 730,24 797,79 2.557,54 2.625,09 67,55
Pará 519,58 567,64 2.286,96 2.335,02 48,06
Paraná 567,64 620,15 2.521,89 2.574,40 52,51
Piauí 408,29 446,06 1.867,57 1.905,34 37,77
Rio Grande
604,77 660,71 2.532,25 2.588,19 55,94
do Sul
Rondônia 519,58 567,64 2.357,41 2.405,47 48,06
Santa
651,85 712,15 2.787,60 2.847,90 60,30
Catarina
São Paulo 611,76 668,35 2.550,17 2.606,76 56,59
Tocantins 403,72 441,06 2.191,73 2.229,07 37,34
Brasil (média
603,15 658,94 2.375,22 2.431,02 55,79
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


497,56 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
do produtor de soja com esse aumento no IPI seria de R$ 100,59 milhões.

Em relação à rentabilidade do produtor de soja, haverá uma queda entre 3,43% no Tocantins
e 12,20% em Santa Catarina. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 6,16%.

114
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Tabela 132 – aumento dos custos de produção de soja com aumento do pis/cofins - em R$
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual custo com
defensivos com Custo atual de produção com
com defensivos cobrança de
cobrança de pis produção (valor aumento do pis e
(valor total por pis e cofins
e cofins (valor total por estado) cofins (valor total
estado) (valor total por
total por estado) por estado)
estado)
Bahia 1.122.143.742,72 1.225.942.038,92 3.138.111.610,92 3.241.909.907,12 103.798.296,20
Goiás 2.221.371.758,76 2.426.848.646,45 8.349.165.533,80 8.554.642.421,49 205.476.887,69
Mato
5.379.034.922,63 5.876.595.652,97 19.756.639.721,10 20.254.200.451,44 497.560.730,34
Grosso
Mato
Grosso do 1.487.678.757,90 1.625.289.043,01 5.833.440.024,60 5.971.050.309,71 137.610.285,11
Sul
Maranhão 519.285.746,64 567.319.678,20 2.164.683.752,63 2.212.717.684,19 48.033.931,56
Minas
1.075.076.853,76 1.174.521.462,73 3.765.271.768,96 3.864.716.377,93 99.444.608,97
Gerais
Pará 225.400.558,54 246.250.110,20 992.112.978,48 1.012.962.530,14 20.849.551,66
Paraná 3.079.616.724,36 3.364.481.271,36 13.682.007.295,11 13.966.871.842,11 284.864.547,00
Piauí 229.901.566,36 251.167.461,25 1.051.598.785,88 1.072.864.680,77 21.265.894,89
Rio Grande
3.304.514.080,68 3.610.181.633,14 13.836.426.709,00 14.142.094.261,46 305.667.552,46
do Sul
Rondônia 127.905.528,18 139.736.789,54 580.325.977,11 592.157.238,47 11.831.261,36
Santa
430.719.013,40 470.560.522,14 1.841.945.726,40 1.881.787.235,14 39.841.508,74
Catarina
São Paulo 519.285.746,64 567.319.678,20 2.164.683.752,63 2.212.717.684,19 48.033.931,56
Tocantins 341.444.171,40 373.027.757,25 1.853.644.688,85 1.885.228.274,70 31.583.585,85
Brasil
(média 1.087.478.298,86 1.188.070.041,51 4.625.697.855,47 4.726.289.598,12 100.591.742,64
ponderada)

115
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Tabela 133 – impacto na rentabilidade do produtor de soja com aumento do pis/cofins (por
hectare)
Custo com Rentabilidade
Custo Preço Rentabilidade aumento Preço após Variação
atual recebido atual do PIS e recebido aumento do rentabilidade
(em R$) (em R$) (em R$) Cofins (em R$) PIS e Cofins (em %)
(em R$) (em R$)
Bahia 2.042,14 3.281,65 1.239,51 2.109,69 3.281,65 1.171,96 -5,45%
Goiás 2.512,90 3.281,65 768,75 2.574,74 3.281,65 706,91 -8,04%
Mato
2.159,70 3.281,65 1.121,95 2.214,09 3.281,65 1.067,56 -4,85%
Grosso
Mato
Grosso do 2.382,62 3.281,65 899,03 2.438,83 3.281,65 842,82 -6,25%
Sul
Maranhão 2.550,17 3.281,65 731,48 2.606,76 3.281,65 674,89 -7,74%
Minas
2.557,54 3.281,65 724,11 2.625,09 3.281,65 656,56 -9,33%
Gerais
Pará 2.286,96 3.281,65 994,69 2.335,02 3.281,65 946,63 -4,83%
Paraná 2.521,89 3.281,65 759,76 2.574,40 3.281,65 707,25 -6,91%
Piauí 1.867,57 3.281,65 1.414,08 1.905,34 3.281,65 1.376,31 -2,67%
Rio Grande
2.532,25 3.281,65 749,40 2.588,19 3.281,65 693,46 -7,46%
do Sul
Rondônia 2.357,41 3.281,65 924,24 2.405,47 3.281,65 876,18 -5,20%
Santa
2.787,60 3.281,65 494,05 2.847,90 3.281,65 433,75 -12,20%
Catarina
São Paulo 2.550,17 3.281,65 731,48 2.606,76 3.281,65 674,89 -7,74%
Tocantins 2.191,73 3.281,65 1.089,92 2.229,07 3.281,65 1.052,58 -3,43%
Brasil
(média 2.375,22 3.281,65 906,43 2.431,02 3.281,65 850,63 -6,16%
ponderada)
BAHIA

GOIÁS

MATO GROSSO

MATO GROSSO DO SUL

MARANHÃO

MINAS GERAIS

PARÁ

PARANÁ

PIAUÍ

RIO GRANDE DO SUL

RONDÔNIA

SANTA CATARINA

SÃO PAULO

TOCANTINS

BRASIL (MÉDIA PONDERADA)

Rentabilidade atual Rentabilidade após aumento do PIS e Cofins

116
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7.4. IMPACTOS DO AUMENTO DO IPI E ICMS
Apresentados os cenários que analisaram a elevação apenas de um tributo individualmente,
será agora analisado um cenário relativos ao aumento combinado do IPI e ICMS.

O cenário analisado apresenta o impacto de uma elevação de 10% no IPI, bem como um cenário
com a alíquota “cheia” do ICMS.

Para tanto, os cenários utilizarão a mesma metodologia apresentada anteriormente e serão


apresentados de forma detalhada para as cinco principais culturas agrícolas do Brasil, algodão,
café, cana-de-açúcar, milho e soja.

Em relação a metodologia de cálculo, foi utilizada a seguinte sistemática

• O valor gasto atualmente com defensivos agrícolas foi multiplicado por 0,1 para se encontrar o
valor devido em IPI; e

• O valor somado do IPI com o gasto atual com defensivos pela alíquota do ICMS que será
aumentada numa possível revogação ou não-renovação do Convênio ICMS 100/1997;

7.4.1. Algodão
Como mostrado anteriormente, os custos do produtor de algodão nos quatro principais
estados produtores de algodão do Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 2420,80 e R$ 3092,06 e o custo total do
produtor por hectare variam entre R$ 5899,72 e R$ 7472,00.

Em um cenário de elevação de IPI e ICMS conforme mostrado anteriormente, os custos dos


produtores de algodão com defensivos agrícolas aumentariam 14,6%, variando entre R$
2.730,27 e 3.000,51.

Por sua vez, os custos totais dos produtores para produzir um hectare de algodão aumentariam
em torno de 6%, o que significaria um aumento entre R$ 348,25 e R$ 452,06 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada98 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do cotonicultor brasileiro seria elevado de R$ 6.699,22 para R$ 7.124,44.

Tabela 134 – Impacto nos custos do produtor de algodão com aumento de impostos (por
hectare - em R$)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 2.617,79 3.000,51 5.881,89 6.264,61 382,72
Goiás 2.420,80 2.774,72 5.657,64 6.011,56 353,92
Mato Grosso 3.092,06 3.544,12 7.162,79 7.614,85 452,06
Mato Grosso
2.382,02 2.730,27 5.964,12 6.312,37 348,25
do Sul
Brasil (média
2.908,52 3.333,75 6.699,22 7.124,44 425,23
ponderada)

98
Considerando o peso de cada estado na produção total.

117
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Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
274 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
cotonicultor brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 208,1 milhões, o equivalente a
0,97% de toda produção brasileira de algodão.

Tabela 135 – Impacto nos custos do produtor de algodão com aumento de impostos (em R$)
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual custo com
defensivos com Custo atual de produção com
com defensivos aumento
aumento de produção (valor aumento de
(valor total por de imposto
impostos (valor total por estado) impostos (valor
estado) (valor total por
total por estado) total por estado)
estado)
Bahia 732.640.887,30 839.752.985,02 1.646.164.554,30 1.753.276.652,02 107.112.097,72
Goiás 70.864.078,40 81.224.406,66 165.616.095,72 175.976.423,98 10.360.328,26
Mato
1.874.759.266,84 2.148.849.071,65 4.342.899.856,06 4.616.989.660,87 274.089.804,81
Grosso
Mato
Grosso 70.626.893,00 80.952.544,76 176.836.158,00 187.161.809,76 10.325.651,76
do Sul
Brasil
(média 1.424.007.507,28 1.632.197.404,84 3.284.086.336,52 3.492.276.234,08 208.189.897,56
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de algodão, haverá uma queda entre 7,78% no Mato
Grosso do Sul e 19,34% no Mato Grosso. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a
queda na rentabilidade será de 13,52%.

Tabela 136 – Impacto na rentabilidade do produtor de algodão com aumento de impostos


(por hectare)
Custo
com Rentabilidade
Custo Preço Preço Variação
Rentabilidade aumento com aumento
atual recebido recebido rentabilidade
(em R$) dos dos impostos
(em R$) (em R$) (em R$) (em %)
impostos (em R$)
(em R$)
Bahia 5.881,89 10.534,47 4.652,58 6.264,61 10.534,47 4.269,86 -8,23%
Goiás 5.657,64 9.750,98 4.093,34 6.011,56 9.750,98 3.739,42 -8,65%
Mato
7.162,79 9.500,39 2.337,60 7.614,85 9.500,39 1.885,54 -19,34%
Grosso
Mato
Grosso 5.964,12 10.439,93 4.475,81 6.312,37 10.439,93 4.127,56 -7,78%
do Sul
Brasil
(média 6.699,22 9.843,85 3.144,63 7.124,44 9.843,85 2.719,41 -13,52%
ponderada)

118
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R$ 4.652,58

R$ 4.475,81
R$ 4.269,86

R$ 4.127,56
R$ 4.093,34

R$ 3.739,42

R$ 3.144,63

R$ 2.719,41
R$ 2.337,60

R$ 1.885,54
BAHIA GOIÁS MATO MATO BRASIL
GROSSO GROSSO DO (MÉDIA
SUL PONDERADA)
Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.4.2. Café
Como mostrado anteriormente os custos do produtor de café nos cinco principais estados
produtores de café do Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo) com
defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 249,12 e R$ 274,03 e o custo total do produtor
por hectare variam entre R$ 9760,79 e R$ 14948,00.

Em um cenário de elevação de IPI e ICMS, os custos dos produtores de café com defensivos
agrícolas aumentariam entre 14,6% e 17,9%, variando entre R$ 285,54 e R$ 1.881,67.

Por sua vez, os custos totais dos produtores para produzir um hectare de café aumentariam
entre R$ 36,42 e R$ 249,56 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada99 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do cafeicultor brasileiro seria elevado de R$ 11.592,08 para R$ 11.767,40.

Tabela 137 – Impacto nos custos do produtor de café com aumento de impostos (por
hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 1.641,66 1.881,67 14.948,00 15.188,01 240,01
Espírito Santo 249,12 285,54 11.066,45 11.102,87 36,42
Minas Gerais 978,95 1.154,37 11.632,63 11.808,06 175,43
Paraná 711,70 839,24 11.449,99 11.577,53 127,54
São Paulo 837,45 1.087,01 9.760,79 10.010,35 249,56
Brasil (média
934,78 1.110,10 11.592,08 11.767,40 175,32
ponderada)

99
Considerando o peso de cada estado na produção total.

119
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Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
180,4 milhões em Minas Gerais. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
do cafeicultor brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 125,8 milhões, o equivalente
a 0,58% de toda produção brasileira de café.

Tabela 138 – Impacto nos custos do produtor de café com aumento de impostos (em R$)
Aumento do
Custo com Custo de
Custo atual custo com
defensivos com Custo atual de produção com
com defensivos aumento
aumento de produção (valor aumento de
(valor total por de imposto
impostos (valor total por estado) impostos (valor
estado) (valor total por
total por estado) total por estado)
estado)
Bahia 199.927.921,44 1.275.517.699,38 1.820.427.232,00 1.849.656.694,11 29.229.462,11
Espírito
37.160.233,92 1.242.806.769,24 1.650.738.080,70 1.656.170.906,90 5.432.826,20
Santo
Minas
1.007.056.384,62 1.918.748.758,30 11.966.675.174,87 12.147.139.678,99 180.464.504,12
Gerais
Paraná 31.373.159,40 911.692.373,68 504.738.459,18 510.360.529,34 5.622.070,16
São Paulo 167.216.991,30 880.319.214,28 1.948.975.982,46 1.968.707.587,43 19.731.604,97
Brasil
(média 713.102.222,98 1.639.527.236,01 8.545.515.023,31 8.671.339.691,77 125.824.668,46
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de café, haverá uma queda entre 1,65% no Espírito
Santo e 1407% em São Paulo. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 13,17%.

Tabela 139 – Impacto na rentabilidade do produtor de café com aumento de impostos


Custo
com Rentabilidade
Custo Preço Preço Variação
Rentabilidade aumento com aumento
atual recebido recebido rentabilidade
(em R$) dos dos impostos
(em R$) (em R$) (em R$) (em %)
impostos (em R$)
(em R$)
Bahia 14.948,00 3.785,68 -11.162,32 15.188,01 3.785,68 -11.402,33 -2,15%
Espírito
11.066,45 8.863,14 -2.203,31 11.102,87 8.863,14 -2.239,74 -1,65%
Santo
Minas
11.632,63 11.261,45 -371,18 11.808,06 11.261,45 -546,60 -47,26%
Gerais
Paraná 11.449,99 11.867,01 417,02 11.577,53 11.867,01 289,48 -30,58%
São Paulo 9.760,79 9.743,06 -17,73 10.010,35 9.743,06 -267,29 -1407,27%
Brasil
(média 11.592,08 10.260,78 -1.331,31 11.767,40 10.260,78 -1.506,62 -13,17%
ponderada)

120
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-R$ 11.162,32

-R$ 11.402,33

-R$ 2.203,31

-R$ 2.239,74

-R$ 1.331,31

-R$ 1.506,62
-R$ 371,18

-R$ 546,60

-R$ 267,29
R$ 417,02

R$ 289,48

-R$ 17,73
PARANÁ SÃO PAULO
MINAS
GERAIS BRASIL
ESPÍRITO (MÉDIA
SANTO PONDERADA)

BAHIA

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.4.3. Cana-de-açúcar
Como mostrado anteriormente os custos do produtor de cana-de-açúcar nos cinco principais
estados produtores do Brasil, para os quais existem dados disponíveis, (Alagoas, Goiás, Minas
Gerais, Pernambuco e São Paulo) com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 8,60 e
R$ 289,10 e o custo total do produtor por hectare variam entre R$ 3.166,08 e R$ 6.179,04.

Em um cenário de elevação de ICMS e IPI, os custos dos produtores de cana com defensivos
agrícolas aumentariam entre 14 e 29%. Por sua vez, os custos totais dos produtores para
produzir um hectare de cana aumentariam até R$ 71,95 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada100 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do produtor seria elevado de R$ 3.939,46 para R$ 3.997,38

Tabela 140 – Impacto nos custos do produtor de cana-de-açúcar com aumento de


impostos (por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Alagoas 302,05 346,21 5.040,92 5.085,08 44,16
Goiás 289,10 331,37 6.179,04 6.221,31 42,27
Minas Gerais 8,60 10,14 5.620,64 5.622,18 1,54
Pernambuco 180,55 206,95 5.334,35 5.360,75 26,40
São Paulo 241,46 313,41 3.166,08 3.238,04 71,95
Brasil (média
220,85 278,77 3.939,46 3.997,38 57,92
ponderada)

100
Considerando o peso de cada estado na produção total.

121
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Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
402,2milhões em São Paulo. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
do produtor de cana-de-açúcar brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 286,4
milhões, o equivalente a 0,39% de toda produção brasileira de cana-de-açúcar.

Tabela 141 – Impacto nos custos do produtor de cana-de-açúcar com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Alagoas 94.131.164,05 107.893.140,23 1.570.957.349,72 1.584.719.325,90 13.761.976,18
Goiás 269.250.972,20 308.615.464,34 5.754.799.471,68 5.794.163.963,82 39.364.492,14
Minas Gerais 7.839.880,40 9.244.786,97 5.123.854.112,96 5.125.259.019,53 1.404.906,57
Pernambuco 46.978.207,25 53.846.421,15 1.387.971.198,25 1.394.839.412,15 6.868.213,90
São Paulo 1.349.898.647,28 1.752.168.444,17 17.700.265.272,08 18.102.535.068,97 402.269.796,89
Brasil
(média 980.164.559,72 1.266.606.452,99 13.720.974.732,89 14.007.416.626,16 286.441.893,27
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de cana, haverá uma queda entre 0,2% em Minas Gerais
e 3,84% em São Paulo. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na rentabilidade
será de 6,28%.

Tabela 142 – Impacto na rentabilidade do produtor de cana-de-açúcar com aumento de


impostos
Custo com
Rentabilidade
Custo Preço aumento Preço Variação
Rentabilidade com aumento
atual recebido dos recebido rentabilidade
(em R$) dos impostos
(em R$) (em R$) impostos (em R$) (em %)
(em R$)
(em R$)
Bahia 5.040,92 3.664,22 -1.376,70 5.085,08 3.664,22 -1.420,86 3,21%
Espírito
6.179,04 4.567,15 -1.611,89 6.221,31 4.567,15 -1.654,16 2,62%
Santo
Minas
5.620,64 4.852,09 -768,55 5.622,18 4.852,09 -770,09 0,20%
Gerais
Paraná 5.334,35 3.574,07 -1.760,28 5.360,75 3.574,07 -1.786,67 1,50%
São Paulo 3.166,08 5.038,34 1.872,26 3.238,04 5.038,34 1.800,30 -3,84%
Brasil
(média 3.939,46 4.861,28 921,82 3.997,38 4.861,28 863,90 -6,28%
ponderada)

122
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
R$ 1.872,26

R$ 1.800,30

R$ 921,82

R$ 863,90
-R$ 1.376,70

-R$ 1.420,86

-R$ 1.611,89

-R$ 1.654,16

-R$ 1.760,28

-R$ 1.786,67
-R$ 768,55

-R$ 770,09
SÃO PAULO BRASIL
(MÉDIA
PONDERADA)
MINAS
GERAIS
ALAGOAS
GOIÁS
PERNAMBUCO

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.4.4. Milho
Como mostrado anteriormente os custos do produtor de milho nos principais estados produtores,
para os quais existem dados disponíveis, (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com defensivos agrícolas por hectare
variam entre R$ 189,74 e R$ 289,10 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$
1.909,94 e R$ 3.507,45.

Em um cenário de elevação do IPI e do ICMS, os custos dos produtores de milho com


defensivos agrícolas aumentariam entre 14 e 17%. Por sua vez, os custos totais dos produtores
para produzir um hectare de milho aumentariam entre R$ 27,84 e R$ 120,91 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada101 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do produtor de milho brasileiro seria elevado de R$ 2.594,71 para R$ 2.650,68.

Tabela 143 – Impacto nos custos do produtor de milho com aumento de impostos (por
hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 220,02 252,19 3.213,29 3.245,46 32,17
Goiás 271,88 311,63 2.329,02 2.368,77 39,75
Mato Grosso 189,74 217,48 1.909,94 1.937,68 27,74
Mato Grosso do
463,86 531,68 2.993,94 3.061,76 67,82
Sul
Minas Gerais 674,71 795,62 3.507,45 3.628,36 120,91
Paraná 452,35 533,41 2.803,21 2.884,27 81,06
Rio Grande do Sul 268,67 316,82 3.008,03 3.056,18 48,15
Santa Catarina 197,36 232,73 2.816,11 2.851,48 35,37
Brasil (média
342,65 398,63 2.594,71 2.650,68 55,97
ponderada)

101
Considerando o peso de cada estado na produção total.

123
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
208,5 milhões no Paraná. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
produtor de milho com esse aumento de impostos seria de R$ 116,2 milhões, o equivalente a
0,25% de toda produção brasileira de milho.

Tabela 144 – Impacto nos custos do produtor de milho com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Bahia 136.596.336,72 156.566.721,15 1.994.926.110,44 2.014.896.494,87 19.970.384,43
Goiás 428.086.207,08 490.672.410,56 3.667.137.479,82 3.729.723.683,30 62.586.203,48
Mato
740.036.850,32 848.230.237,84 7.449.277.863,92 7.557.471.251,44 108.193.387,52
Grosso
Mato Grosso
782.224.280,82 896.585.470,68 5.048.791.797,78 5.163.152.987,64 114.361.189,86
do Sul
Minas
822.648.264,02 970.066.832,93 4.276.500.501,90 4.423.919.070,81 147.418.568,91
Gerais
Paraná 1.164.010.994,55 1.372.601.764,77 7.213.368.542,13 7.421.959.312,35 208.590.770,22
Rio Grande
198.952.821,70 234.605.167,35 2.227.476.295,30 2.263.128.640,95 35.652.345,65
do Sul
Santa
71.116.899,76 83.861.048,20 1.014.759.893,51 1.027.504.041,95 12.744.148,44
Catarina
Brasil
(média 720.678.255,24 836.900.777,63 5.551.458.921,19 5.667.681.443,58 116.222.522,38
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de milho, haverá uma queda entre 1,80% na Bahia e
59,88% no Mato Grosso do Sul. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 11,41%.

Tabela 145 – Impacto na rentabilidae do produtor de milho com aumento de impostos


(por hectare)
Custo com Rentabilidade
Custo Preço Preço Variação
Rentabilidade aumento dos com aumento
atual recebido recebido rentabilidade
(em R$) impostos dos impostos
(em R$) (em R$) (em R$) (em %)
(em R$) (em R$)
Bahia 3.213,29 1.429,19 -1.784,10 3.245,46 1.429,19 -1.816,27 -1,80%
Goiás 2.329,02 2.993,31 664,29 2.368,77 2.993,31 624,54 -5,98%
Mato
1.909,94 3.176,04 1.266,10 1.937,68 3.176,04 1.238,36 -2,19%
Grosso
Mato Grosso
2.993,94 3.107,20 113,26 3.061,76 3.107,20 45,45 -59,88%
do Sul
Minas
3.507,45 2.798,46 -708,99 3.628,36 2.798,46 -829,90 -17,05%
Gerais
Paraná 2.803,21 3.120,92 317,71 2.884,27 3.120,92 236,65 -25,51%
Rio Grande
3.008,03 3.921,95 913,92 3.056,18 3.921,95 865,78 -5,27%
do Sul
Santa
2.816,11 4.262,90 1.446,79 2.851,48 4.262,90 1.411,42 -2,44%
Catarina
Brasil
(média 2.594,71 3.085,19 490,48 2.650,68 3.085,19 434,51 -11,41%
ponderada)

124
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
R$ 1.446,79
R$ 1.411,42
R$ 1.266,10
R$ 1.238,36

R$ 913,92
R$ 865,78
R$ 664,29
R$ 624,54

R$ 490,48
R$ 434,51
R$ 317,71
R$ 236,65
-R$ 1.784,10
-R$ 1.816,27

R$ 113,26

-R$ 708,99
-R$ 829,90
R$ 45,45
GOIÁS MATO MATO PARANÁ RIO SANTA BRASIL
GROSSO GROSSO GRANDE CATARINA (MÉDIA
DO SUL DO SUL PONDERADA)
MINAS
GERAIS

BAHIA

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.4.5. Soja
Atualmente, os custos do produtor de soja nos principais estados produtores, para os quais
existem dados disponíveis com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 403,72 e R$
730,24 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$ 1.867,57 e R$ 2.787.60.

Em um cenário de elevação do ICMS e do IPI, os custos dos produtores de soja com defensivos
agrícolas aumentariam entre 14% e 29%, variando entre R$ 595,54 e R$ 861,10.

Por sua vez, os custos totais dos produtores para produzir um hectare de soja aumentariam em
até R$ 182,30 por hectare.

102
Considerando o peso de cada estado na produção total.

125
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Caso seja considerada uma média ponderada102 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do sojicultor brasileiro seria elevado de R$ 2.375,22 para R$ 2.473,60.

Tabela 146 – Impacto nos custos do produtor de soja com aumento de impostos
(por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 730,24 837,00 2.042,14 2.148,90 106,76
Goiás 668,58 766,33 2.512,90 2.610,65 97,75
Mato Grosso 588,01 673,98 2.159,70 2.245,67 85,97
Mato Grosso
607,63 696,47 2.382,62 2.471,46 88,84
do Sul
Maranhão 611,76 701,20 2.550,17 2.639,61 89,44
Minas Gerais 730,24 861,10 2.557,54 2.688,40 130,86
Pará 519,58 595,54 2.286,96 2.362,92 75,96
Paraná 567,64 669,36 2.521,89 2.623,61 101,72
Piauí 408,29 467,98 1.867,57 1.927,26 59,69
Rio Grande
604,77 713,14 2.532,25 2.640,62 108,37
do Sul
Rondônia 519,58 595,54 2.357,41 2.433,37 75,96
Santa Catarina 651,85 768,66 2.787,60 2.904,41 116,81
São Paulo 611,76 794,06 2.550,17 2.732,47 182,30
Tocantins 403,72 462,74 2.191,73 2.250,75 59,02
Brasil (média
603,15 701,53 2.375,22 2.473,60 98,38
ponderada)

126
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
786 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
sojicultor brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 439,5 milhões, o equivalente a
0,38% de toda produção brasileira de soja.

Tabela 147 – Impacto nos custos do produtor de soja com aumento de impostos (valor total
por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Bahia 1.122.143.742,72 1.286.201.157,91 3.138.111.610,92 3.302.169.026,11 164.057.415,19
Goiás 2.221.371.758,76 2.546.136.309,89 8.349.165.533,80 8.673.930.084,93 324.764.551,13
Mato
5.379.034.922,63 6.165.449.828,32 19.756.639.721,10 20.543.054.626,79 786.414.905,69
Grosso
Mato
Grosso 1.487.678.757,90 1.705.177.392,30 5.833.440.024,60 6.050.938.659,00 217.498.634,40
do Sul
Maranhão 519.285.746,64 595.205.322,80 2.164.683.752,63 2.240.603.328,79 75.919.576,16
Minas
1.075.076.853,76 1.232.253.089,78 3.765.271.768,96 3.922.448.004,98 157.176.236,02
Gerais
Pará 225.400.558,54 258.354.120,20 992.112.978,48 1.025.066.540,14 32.953.561,66
Paraná 3.079.616.724,36 3.529.856.689,46 13.682.007.295,11 14.132.247.260,21 450.239.965,10
Piauí 229.901.566,36 263.513.175,36 1.051.598.785,88 1.085.210.394,88 33.611.609,00
Rio Grande
3.304.514.080,68 3.787.634.039,28 13.836.426.709,00 14.319.546.667,60 483.119.958,60
do Sul
Rondônia 127.905.528,18 146.605.316,40 580.325.977,11 599.025.765,33 18.699.788,22
Santa
430.719.013,40 493.690.133,16 1.841.945.726,40 1.904.916.846,16 62.971.119,76
Catarina
São Paulo 519.285.746,64 595.205.322,80 2.164.683.752,63 2.240.603.328,79 75.919.576,16
Tocantins 341.444.171,40 391.363.309,26 1.853.644.688,85 1.903.563.826,71 49.919.137,86
Brasil
(média 3.006.661.406,98 3.446.235.304,68 11.741.630.836,06 12.181.204.733,76 439.573.897,70
ponderada)

127
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Em relação à rentabilidade do produtor de soja, haverá uma queda entre 4,22% no Piauí
e 24,92% em Santa Catarina. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 10,85%.

Tabela 148 – Impacto na rentabilidade do produtor de soja com aumento de impostos (por
hectares)
Custo com
Rentabilidade
Custo Preço aumento Preço Variação
Rentabilidade com aumento
atual recebido dos recebido rentabilidade
(em R$) dos impostos
(em R$) (em R$) impostos (em R$) (em %)
(em R$)
(em R$)
Bahia 2.042,14 3.281,65 1.239,51 2.148,90 3.281,65 1.132,75 -8,61%
Goiás 2.512,90 3.281,65 768,75 2.610,65 3.281,65 671,00 -12,71%
Mato
2.159,70 3.281,65 1.121,95 2.245,67 3.281,65 1.035,98 -7,66%
Grosso
Mato
Grosso 2.382,62 3.281,65 899,03 2.471,46 3.281,65 810,19 -9,88%
do Sul
Maranhão 2.550,17 3.281,65 731,48 2.639,61 3.281,65 642,04 -12,23%
Minas
2.557,54 3.281,65 724,11 2.688,40 3.281,65 593,25 -18,07%
Gerais
Pará 2.286,96 3.281,65 994,69 2.362,92 3.281,65 918,73 -7,64%
Paraná 2.521,89 3.281,65 759,76 2.623,61 3.281,65 658,04 -13,39%
Piauí 1.867,57 3.281,65 1.414,08 1.927,26 3.281,65 1.354,39 -4,22%
Rio Grande
2.532,25 3.281,65 749,40 2.640,62 3.281,65 641,03 -14,46%
do Sul
Rondônia 2.357,41 3.281,65 924,24 2.433,37 3.281,65 848,28 -8,22%
Santa
2.787,60 3.281,65 494,05 2.904,41 3.281,65 377,24 -23,64%
Catarina
São Paulo 2.550,17 3.281,65 731,48 2.732,47 3.281,65 549,18 -24,92%
Tocantins 2.191,73 3.281,65 1.089,92 2.250,75 3.281,65 1.030,90 -5,42%
Brasil
(média 2.375,22 3.281,65 906,43 2.473,60 3.281,65 808,05 -10,85%
ponderada)
BAHIA

GOIÁS

MATO GROSSO

MATO GROSSO DO SUL

MARANHÃO

MINAS GERAIS

PARÁ

PARANÁ

PIAUÍ

RIO GRANDE DO SUL

RONDÔNIA

SANTA CATARINA

SÃO PAULO

TOCANTINS

BRASIL (MÉDIA PONDERADA)

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

128
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
7.5. IMPACTOS DO AUMENTO DO IPI, ICMS E PIS/COFINS
Por fim, será analisado um cenário com aumento combinado do IPI, ICMS e PIS/COFINS. Para
tanto foram considerados os impactos de uma elevação de 10% no IPI, bem como um cenário
com a alíquota “cheia” do ICMS, uma alíquota de 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS.

Para tanto, os cenários utilizarão a mesma metodologia apresentada anteriormente e serão


apresentados de forma detalhada para as cinco principais culturas agrícolas do Brasil, algodão,
café, cana-de-açúcar, milho e soja.

Em relação a metodologia de cálculo, foi utilizada a seguinte sistemática

• O valor gasto atualmente com defensivos agrícolas foi multiplicado por 0,1 para se encontrar o
valor devido em IPI;

• O valor somado do IPI com o gasto atual com defensivos pela alíquota do ICMS que será
aumentada numa possível revogação ou não-renovação do Convênio ICMS 100/1997;

• Por fim, foi somado o valor devido do IPI, o valor devido do ICMS e o valor atualmente gasto
com os defensivos agrícolas e multiplicado pelas alíquotas resultantes de PIS e COFINS;

7.5.1. Algodão
Como mostrado anteriormente, os custos do produtor de algodão nos quatro principais
estados produtores de algodão do Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 2420,80 e R$ 3092,06 e o custo total do
produtor por hectare variam entre R$ 5899,72 e R$ 7472,00.

Em um cenário de elevação de todos os impostos conforme mostrado anteriormente, os


custos dos produtores de algodão com defensivos agrícolas aumentariam 25%, variando
entre R$ 2.982,82 e R$ 3.871,95.

Por sua vez, os custos totais dos produtores para produzir um hectare de algodão aumentariam
em torno de 11%, o que significaria um aumento entre R$ 600,80 e R$ 779,87 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada103 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do cotonicultor brasileiro seria elevado de R$ 6.699,22 para R$ 7.432,82.

103
Considerando o peso de cada estado na produção total.

129
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Tabela 149 – Impacto nos custos do produtor de algodão com aumento de impostos
(por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 2.617,79 3.278,06 5.881,89 6.542,16 660,27
Goiás 2.420,80 3.031,38 5.657,64 6.268,22 610,58
Mato Grosso 3.092,06 3.871,95 7.162,79 7.942,68 779,89
Mato Grosso
2.382,02 2.982,82 5.964,12 6.564,92 600,80
do Sul
Brasil (média
2.908,52 3.642,12 6.699,22 7.432,82 733,60
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


472,8 milhões no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
cotonicultor brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 359,1 milhões, o equivalente a
1,67% de toda produção brasileira de algodão.

Tabela 150 – Impacto nos custos do produtor de algodão com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Bahia 732.640.887,30 917.430.136,14 1.646.164.554,30 1.830.953.803,14 184.789.248,84
Goiás 70.864.078,40 88.737.664,28 165.616.095,72 183.489.681,60 17.873.585,88
Mato
1.874.759.266,84 2.347.617.610,78 4.342.899.856,06 4.815.758.200,00 472.858.343,94
Grosso
Mato
Grosso do 70.626.893,00 88.440.655,15 176.836.158,00 194.649.920,15 17.813.762,15
Sul
Brasil
(média 1.424.007.507,28 1.783.175.664,79 3.284.086.336,52 3.643.254.494,03 359.168.157,51
ponderada)

130
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São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Em relação à rentabilidade do produtor de algodão, haverá uma queda entre 14,19% na
Bahia e 28,27% no Mato Grosso. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 21,01%.

Tabela 151 – Impacto na rentabilidade do produtor de algodão com aumento de impostos (por
hectare)
Custo com Rentabilidade
Custo Preço Preço Variação
Rentabilidade aumento dos com aumento
atual recebido recebido rentabilidade
(em R$) impostos dos impostos
(em R$) (em R$) (em R$) (em %)
(em R$) (em R$)
Bahia 5.881,89 10.534,47 4.652,58 6.542,16 10.534,47 3.992,31 -14,19%
Goiás 5.657,64 9.750,98 4.093,34 6.318,16 9.750,98 3.432,82 -16,14%
Mato
7.162,79 9.500,39 2.337,60 7.823,56 9.500,39 1.676,83 -28,27%
Grosso
Mato
Grosso 5.964,12 10.439,93 4.475,81 6.625,14 10.439,93 3.814,79 -14,77%
do Sul
Brasil
(média 6.699,22 9.843,85 3.144,63 7.359,84 9.843,85 2.484,01 -21,01%
ponderada)
R$ 4.652,58

R$ 4.475,81
R$ 4.093,34
R$ 3.992,31

R$ 3.814,79
R$ 3.432,82

R$ 3.144,63

R$ 2.484,01
R$ 2.337,60

R$ 1.676,83

BAHIA GOIÁS MATO MATO BRASIL


GROSSO GROSSO DO (MÉDIA
SUL PONDERADA)
Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.5.2. Café
Como mostrado anteriormente os custos do produtor de café nos cinco principais estados
produtores de café do Brasil (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo) com
defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 249,12 e R$ 274,03 e o custo total do produtor
por hectare variam entre R$ 9760,79 e R$ 14948,00.

Em um cenário de elevação de todos os impostos conforme mostrado anteriormente, os custos


dos produtores de café com defensivos agrícolas aumentariam entre 25% e 42%, variando entre
R$ 311,95 e R$ 2.055,73.

131
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Por sua vez, os custos totais dos produtores para produzir um hectare de café aumentariam
entre R$ 62,83 e R$ 414,07 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada104 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do cafeicultor brasileiro seria elevado de R$ 11.592,08 para R$ 11.870,08.

Tabela 152 – Impacto nos custos do produtor de café com aumento de impostos
(por hectare) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 1.641,66 2.055,73 14.948,00 15.362,07 414,07
Espírito Santo 249,12 311,95 11.066,45 11.129,28 62,83
Minas Gerais 978,95 1.261,15 11.632,63 11.914,84 282,21
Paraná 711,70 916,87 11.449,99 11.655,16 205,17
São Paulo 837,45 1.187,56 9.760,79 10.110,90 350,11
Brasil (média
934,78 1.212,78 11.592,08 11.870,08 278,00
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


290,3 milhões em Minas Gerais. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
do cafeicultor brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 203,1 milhões, o equivalente
a 0,93% de toda produção brasileira de café.

Tabela 153 – Impacto nos custos do produtor de café com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Bahia 199.927.921,44 1.275.517.699,38 1.820.427.232,00 1.870.853.752,09 50.426.520,09
Espírito
37.160.233,92 1.242.806.769,24 1.650.738.080,70 1.660.110.764,96 9.372.684,26
Santo
Minas
1.007.056.384,62 1.918.748.758,30 11.966.675.174,87 12.256.985.361,20 290.310.186,33
Gerais
Paraná 31.373.159,40 911.692.373,68 504.738.459,18 513.782.588,08 9.044.128,90
São Paulo 167.216.991,30 880.319.214,28 1.948.975.982,46 1.984.175.159,13 35.199.176,67
Brasil
(média 713.102.222,98 1.639.527.236,01 8.545.515.023,31 8.748.704.251,79 203.189.228,47
ponderada)

104
Considerando o peso de cada estado na produção total.

132
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Em relação à rentabilidade do produtor de café, haverá uma queda entre 2,85% no Espírito
Santo e 1974,27% em São Paulo. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 20,88%.

Tabela 154 – Impacto na rentabilidade do produtor de café com aumento de impostos


(por hectare)
Custo com
Rentabilidade
Custo Preço aumento Preço Variação
Rentabilidade com aumento
atual recebido dos recebido rentabilidade
(em R$) dos impostos
(em R$) (em R$) impostos (em R$) (em %)
(em R$)
(em R$)
Bahia 14.948,00 3.785,68 -11.162,32 15.362,07 3.785,68 -11.576,39 3,71%
Espírito
11.066,45 8.863,14 -2.203,31 11.129,28 8.863,14 -2.266,15 2,85%
Santo
Minas
11.632,63 11.261,45 -371,18 11.914,84 11.261,45 -653,38 76,03%
Gerais
Paraná 11.449,99 11.867,01 417,02 11.655,16 11.867,01 211,85 -49,20%
São Paulo 9.760,79 9.743,06 -17,73 10.110,90 9.743,06 -367,84 1974,27%
Brasil
(média 11.592,08 10.260,78 -1.331,31 11.870,08 10.260,78 -1.609,31 20,88%
ponderada)
-R$ 11.162,32

-R$ 11.576,39

-R$ 2.203,31

-R$ 2.266,15

-R$ 1.331,31

-R$ 1.609,31
R$ 417,02

R$ 211,85
-R$ 371,18

-R$ 653,38

-R$ 367,84
-R$ 17,73

PARANÁ SÃO PAULO


MINAS
GERAIS BRASIL
ESPÍRITO (MÉDIA
SANTO PONDERADA)

BAHIA

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.5.3. Cana-de-açúcar
Como mostrado anteriormente os custos do produtor de cana-de-açúcar nos cinco principais
estados produtores do Brasil, para os quais existem dados disponíveis, (Alagoas, Goiás, Minas
Gerais, Pernambuco e São Paulo) com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 8,60 e
R$ 289,10 e o custo total do produtor por hectare variam entre R$ 3.166,08 e R$ 6.179,04.

Em um cenário de elevação de todos os impostos conforme mostrado anteriormente, os custos


dos produtores de cana com defensivos agrícolas aumentariam entre 25 e 42%. Por sua vez, os
custos totais dos produtores para produzir um hectare de cana aumentariam entre R$ 2,48 e R$
100,95 por hectare.

133
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Caso seja considerada uma média ponderada105 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do produtor seria elevado de R$ 3.939,46 para R$ 4.023,17

Tabela 155 – Impacto nos custos do produtor de cana-de-açúcar com aumento de


impostos (por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Alagoas 302,05 378,23 5.040,92 5.117,10 76,18
Goiás 289,10 362,02 6.179,04 6.251,96 72,92
Minas Gerais 8,60 11,08 5.620,64 5.623,12 2,48
Pernambuco 180,55 226,09 5.334,35 5.379,89 45,54
São Paulo 241,46 342,40 3.166,08 3.267,03 100,95
Brasil (média
220,85 304,56 3.939,46 4.023,17 83,71
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


564,3 milhões em São Paulo. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo
do produtor de cana-de-açúcar brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 403,6
milhões, o equivalente a 0,55% de toda produção brasileira de cana-de-açúcar.

Tabela 156 – Impacto nos custos do produtor de cana-de-açúcar com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Alagoas 94.131.164,05 117.873.255,71 1.570.957.349,72 1.594.699.441,38 23.742.091,66
Goiás 269.250.972,20 337.162.394,79 5.754.799.471,68 5.822.710.894,27 67.911.422,59
Minas Gerais 7.839.880,40 10.099.929,76 5.123.854.112,96 5.126.114.162,32 2.260.049,36
Pernambuco 46.978.207,25 58.827.215,11 1.387.971.198,25 1.399.820.206,11 11.849.007,86
São Paulo 1.349.898.647,28 1.914.244.025,26 17.700.265.272,08 18.264.610.650,05 564.345.377,98
Brasil
(média 980.164.559,72 1.383.767.549,89 13.720.974.732,89 14.124.577.723,06 403.602.990,17
ponderada)

Em relação à rentabilidade do produtor de cana, haverá uma queda entre 0,32% em Minas
Gerais e 5,39% em São Paulo. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 9,08%.

105
Considerando o peso de cada estado na produção total.

134
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Tabela 157 – Impacto na rentabilidade do produtor de cana-de-açúcar com aumento de
impostos (por hectare)
Custo com
Rentabilidade
Custo Preço aumento Preço Variação
Rentabilidade com aumento
atual recebido dos recebido rentabilidade
(em R$) dos impostos
(em R$) (em R$) impostos (em R$) (em %)
(em R$)
(em R$)
Bahia 5.040,92 3.664,22 -1.376,70 5.117,10 3.664,22 -1.452,89 -5,53%
Espírito
6.179,04 4.567,15 -1.611,89 6.251,96 4.567,15 -1.684,81 -4,52%
Santo
Minas
5.620,64 4.852,09 -768,55 5.623,12 4.852,09 -771,03 -0,32%
Gerais
Paraná 5.334,35 3.574,07 -1.760,28 5.379,89 3.574,07 -1.805,82 -2,59%
São Paulo 3.166,08 5.038,34 1.872,26 3.267,03 5.038,34 1.771,31 -5,39%
Brasil
(média 3.939,46 4.861,28 921,82 4.023,17 4.861,28 838,11 -9,08%
ponderada)

R$ 1.872,26

R$ 1.771,31

R$ 921,82

R$ 838,11
-R$ 1.376,70

-R$ 1.452,89

-R$ 1.611,89

-R$ 1.684,81

-R$ 1.760,28

-R$ 1.805,82
-R$ 768,55

-R$ 771,03

SÃO PAULO BRASIL


(MÉDIA
PONDERADA)
MINAS
GERAIS
ALAGOAS
GOIÁS
PERNAMBUCO
Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.5.4. Milho
Como mostrado anteriormente os custos do produtor de milho nos principais estados produtores,
para os quais existem dados disponíveis, (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com defensivos agrícolas por hectare
variam entre R$ 189,74 e R$ 289,10 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$
1.909,94 e R$ 3.507,45.

Em um cenário de elevação de todos os impostos conforme mostrado anteriormente, os custos


dos produtores de milho com defensivos agrícolas aumentariam entre 25 e 29%. Por sua vez, os
custos totais dos produtores para produzir um hectare de milho aumentariam entre R$ 47,86 e
R$ 194,50 por hectare.

135
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Caso seja considerada uma média ponderada106 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do produtor de milho brasileiro seria elevado de R$ 2.594,71 para R$ 2.687,56

Tabela 158 – impacto nos custos do produtor de milho com aumento de impostos
(por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 220,02 275,51 3.213,29 3.268,78 55,49
Goiás 271,88 340,45 2.329,02 2.397,59 68,57
Mato Grosso 189,74 237,60 1.909,94 1.957,80 47,86
Mato Grosso
463,86 580,86 2.993,94 3.110,94 117,00
do Sul
Minas Gerais 674,71 869,21 3.507,45 3.701,95 194,50
Paraná 452,35 582,75 2.803,21 2.933,61 130,40
Rio Grande
268,67 346,12 3.008,03 3.085,48 77,45
do Sul
Santa Catarina 197,36 254,25 2.816,11 2.873,00 56,89
Brasil (média
342,65 435,50 2.594,71 2.687,56 92,84
ponderada)

Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$


335,5 milhões no Paraná. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
produtor de milho com esse aumento de impostos seria de R$ 193,6 milhões, o equivalente a
0,41% de toda produção brasileira de milho.

Tabela 159 – impacto nos custos do produtor de milho com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Bahia 136.596.336,72 171.049.142,85 1.994.926.110,44 2.029.378.916,57 34.452.806,13
Goiás 428.086.207,08 536.059.608,53 3.667.137.479,82 3.775.110.881,27 107.973.401,45
Mato
740.036.850,32 926.691.534,84 7.449.277.863,92 7.635.932.548,44 186.654.684,52
Grosso
Mato
Grosso 782.224.280,82 979.519.626,71 5.048.791.797,78 5.246.087.143,67 197.295.345,89
do Sul
Minas
822.648.264,02 1.059.798.014,98 4.276.500.501,90 4.513.650.252,86 237.149.750,96
Gerais
Paraná 1.164.010.994,55 1.499.567.428,01 7.213.368.542,13 7.548.924.975,59 335.556.433,46
Rio Grande
198.952.821,70 256.306.145,33 2.227.476.295,30 2.284.829.618,93 57.353.323,63
do Sul
Santa
71.116.899,76 91.618.195,16 1.014.759.893,51 1.035.261.188,91 20.501.295,40
Catarina
Brasil
(média 720.678.255,24 914.314.099,56 5.551.458.921,19 5.745.094.765,51 193.635.844,32
ponderada)

106
Considerando o peso de cada estado na produção total.

136
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Em relação à rentabilidade do produtor de milho, haverá uma queda entre 3,11% na Bahia
e 103,3% no Mato Grosso. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 18,93%.

Tabela 160 – Impacto na rentabilidae do produtor de milho com aumento de impostos


(por hectare)
Custo com
Rentabilidade
Custo Preço aumento Preço Variação
Rentabilidade com aumento
atual recebido dos recebido rentabilidade
(em R$) dos impostos
(em R$) (em R$) impostos (em R$) (em %)
(em R$)
(em R$)
Bahia 3.213,29 1.429,19 -1.784,10 3.268,78 1.429,19 -1.839,60 -3,11%
Goiás 2.329,02 2.993,31 664,29 2.397,59 2.993,31 595,71 -10,32%
Mato
1.909,94 3.176,04 1.266,10 1.957,80 3.176,04 1.218,24 -3,78%
Grosso
Mato
Grosso 2.993,94 3.107,20 113,26 3.110,94 3.107,20 -3,73 -103,30%
do Sul
Minas
3.507,45 2.798,46 -708,99 3.701,95 2.798,46 -903,49 -27,43%
Gerais
Paraná 2.803,21 3.120,92 317,71 2.933,61 3.120,92 187,31 -41,04%
Rio Grande
3.008,03 3.921,95 913,92 3.085,48 3.921,95 836,47 -8,47%
do Sul
Santa
2.816,11 4.262,90 1.446,79 2.873,00 4.262,90 1.389,90 -3,93%
Catarina
Brasil
(média 2.594,71 3.085,19 490,48 2.687,56 3.085,19 397,63 -18,93%
ponderada)

GOIÁS MATO MATO PARANÁ RIO SANTA BRASIL


GROSSO GROSSO GRANDE CATARINA (MÉDIA
DO SUL DO SUL PONDERADA)
MINAS
GERAIS

BAHIA

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

7.5.5. Soja
Atualmente, os custos do produtor de soja nos principais estados produtores, para os quais
existem dados disponíveis com defensivos agrícolas por hectare variam entre R$ 403,72 e
R$ 730,24 e o custo total do produtor por hectare varia entre R$ 1.867,57 e R$ 2.787.60.

Em um cenário de elevação de todos os impostos conforme mostrado anteriormente, os custos


dos produtores de soja com defensivos agrícolas aumentariam entre 25% e 42%, variando entre
R$ 1.970,55 e RS 2.975,51.

137
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Por sua vez, os custos totais dos produtores para produzir um hectare de soja aumentariam em
torno de 7%, o que significaria um aumento entre R$ 101,83 e R$ 255,76 por hectare.

Caso seja considerada uma média ponderada107 tendo em conta a área plantada por estado, o
custo do sojicultor brasileiro seria elevado de R$ 2.375,22 para R$ 2.538,49.

Tabela 161 – Impacto nos custos do produtor de soja com aumento de impostos
(por hectare)
Custo com Custo de Aumento do
Custo
defensivos Custo atual de produção com custo com
atual com
com aumento produção aumento de aumento de
defensivos
de impostos impostos impostos
Bahia 730,24 914,42 2.042,14 2.226,32 184,18
Goiás 668,58 837,21 2.512,90 2.681,53 168,63
Mato Grosso 588,01 736,32 2.159,70 2.308,01 148,31
Mato Grosso
607,63 760,89 2.382,62 2.535,88 153,26
do Sul
Maranhão 611,76 766,06 2.550,17 2.704,47 154,30
Minas Gerais 730,24 940,75 2.557,54 2.768,05 210,51
Pará 519,58 650,63 2.286,96 2.418,01 131,05
Paraná 567,64 731,28 2.521,89 2.685,53 163,64
Piauí 408,29 511,27 1.867,57 1.970,55 102,98
Rio Grande do
604,77 779,11 2.532,25 2.706,59 174,34
Sul
Rondonia 519,58 650,63 2.357,41 2.488,46 131,05
Santa Catarina 651,85 839,76 2.787,60 2.975,51 187,91
São Paulo 611,76 867,52 2.550,17 2.805,93 255,76
Tocantins 403,72 505,55 2.191,73 2.293,56 101,83
Brasil (média
603,15 766,42 2.375,22 2.538,49 163,27
ponderada)

107
Considerando o peso de cada estado na produção total.

138
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Ao consideramos as áreas plantadas de cada estado, a elevação total do custo chegará a R$
1,35 bilhão no Mato Grosso. Em um cenário de média ponderada, a elevação total do custo do
sojicultor brasileiro com esse aumento de impostos seria de R$ 758,3 milhões, o equivalente a
0,67% de toda produção brasileira de soja.

Tabela 162 – impacto nos custos do produtor de soja com aumento de impostos
(valor total por estado) - em R$
Custo com Custo de Aumento do
Custo atual com defensivos com Custo atual de produção com custo com
defensivos aumento de produção aumento de aumento de
impostos impostos imposto
Bahia 1.122.143.742,72 1.405.174.765,01 3.138.111.610,92 3.421.142.633,21 283.031.022,29
Goiás 2.221.371.758,76 2.781.653.918,56 8.349.165.533,80 8.909.447.693,60 560.282.159,80
Mato
5.379.034.922,63 6.735.753.937,44 19.756.639.721,10 21.113.358.735,91 1.356.719.014,81
Grosso
Mato
Grosso 1.487.678.757,90 1.862.906.301,09 5.833.440.024,60 6.208.667.567,79 375.227.543,19
do Sul
Maranhão 519.285.746,64 650.261.815,16 2.164.683.752,63 2.295.659.821,15 130.976.068,52
Minas
1.075.076.853,76 1.346.236.500,58 3.765.271.768,96 4.036.431.415,78 271.159.646,82
Gerais
Pará 225.400.558,54 282.251.876,32 992.112.978,48 1.048.964.296,26 56.851.317,78
Paraná 3.079.616.724,36 3.856.368.433,24 13.682.007.295,11 14.458.759.003,99 776.751.708,88
Piauí 229.901.566,36 287.888.144,08 1.051.598.785,88 1.109.585.363,60 57.986.577,72
Rio Grande
3.304.514.080,68 4.137.990.187,91 13.836.426.709,00 14.669.902.816,23 833.476.107,23
do Sul
Rondonia 127.905.528,18 160.166.308,17 580.325.977,11 612.586.757,10 32.260.779,99
Santa
430.719.013,40 539.356.470,48 1.841.945.726,40 1.950.583.183,48 108.637.457,08
Catarina
São Paulo 519.285.746,64 650.261.815,16 2.164.683.752,63 2.295.659.821,15 130.976.068,52
Tocantins 341.444.171,40 427.564.415,37 1.853.644.688,85 1.939.764.932,82 86.120.243,97
Brasil
(média 3.006.661.406,98 3.765.012.070,36 11.741.630.836,06 12.499.981.499,44 758.350.663,38
ponderada)

139
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Em relação à rentabilidade do produtor de soja, haverá uma queda entre 7,28% no Piauí
e 38,04% em Santa Catarina. Ao se considerar, a média ponderada do Brasil, a queda na
rentabilidade será de 18,01%.

Tabela 163 – impacto na rentabilidade do produtor de soja com aumento de impostos (por
hectare)
Custo com
Rentabilidade
Custo Preço aumento Preço Variação
Rentabilidade com aumento
atual recebido dos recebido rentabilidade
(em R$) dos impostos
(em R$) (em R$) impostos (em R$) (em %)
(em R$)
(em R$)
Bahia 2.042,14 3.281,65 1.239,51 2.226,32 3.281,65 1.055,33 -14,86%
Goiás 2.512,90 3.281,65 768,75 2.681,53 3.281,65 600,12 -21,94%
Mato
2.159,70 3.281,65 1.121,95 2.308,01 3.281,65 973,64 -13,22%
Grosso
Mato
Grosso 2.382,62 3.281,65 899,03 2.535,88 3.281,65 745,77 -17,05%
do Sul
Maranhão 2.550,17 3.281,65 731,48 2.704,47 3.281,65 577,18 -21,09%
Minas
2.557,54 3.281,65 724,11 2.768,05 3.281,65 513,60 -29,07%
Gerais
Pará 2.286,96 3.281,65 994,69 2.418,01 3.281,65 863,64 -13,17%
Paraná 2.521,89 3.281,65 759,76 2.685,53 3.281,65 596,12 -21,54%
Piauí 1.867,57 3.281,65 1.414,08 1.970,55 3.281,65 1.311,10 -7,28%
Rio Grande
2.532,25 3.281,65 749,40 2.706,59 3.281,65 575,06 -23,26%
do Sul
Rondônia 2.357,41 3.281,65 924,24 2.488,46 3.281,65 793,19 -14,18%
Santa
2.787,60 3.281,65 494,05 2.975,51 3.281,65 306,14 -38,04%
Catarina
São Paulo 2.550,17 3.281,65 731,48 2.805,93 3.281,65 475,72 -34,96%
Tocantins 2.191,73 3.281,65 1.089,92 2.293,56 3.281,65 988,09 -9,34%
Brasil
(média 2.375,22 3.281,65 906,43 2.538,49 3.281,65 743,16 -18,01%
ponderada)
BAHIA

GOIÁS

MATO GROSSO

MATO GROSSO DO SUL

MARANHÃO

MINAS GERAIS

PARÁ

PARANÁ

PIAUÍ

RIO GRANDE DO SUL

RONDÔNIA

SANTA CATARINA

SÃO PAULO

TOCANTINS

BRASIL (MÉDIA PONDERADA)

Rentabilidade Rentabilidade com aumento dos impostos

140
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São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
7.6. Quadro Resumo e Conclusão Parcial
Considerando as médias ponderadas para cada cultura, é possível estimar que haverá ao
menos uma elevação de R$ 22,09 no custo de produção (Cana, cenário 1) até R$ 733,60
(algodão, cenário 5) por hectare.

Tabela 164 – Aumento de custo por hectare para as principais culturas (em R$)
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Algodão 290,85 192,75 269,04 425,23 733,60
Café 93,48 250,89 86,47 175,32 278,00
Cana 22,09 169,35 20,43 57,92 83,71
Milho 34,27 85,12 31,70 55,97 92,84
Soja 60,32 75,56 55,79 98,38 163,27

Ao multiplicarmos os valores encontrados por toda área plantada no Brasil dessas culturas, é
possível estimar uma perda de até R$ 1,39 bilhão para o produtor de algodão, R$ 813 milhões
para o produtor de café, R$ 1,42 bilhão para o produtor de cana, R$ 2,76 bilhões para o produtor
de milho e R$ 10,08 milhões para o produtor de soja. A título de comparação, é possível dizer
que esse valor é superior ao valor liberado pelo governo federal em saques do PIS/PASEP em
agosto (R$16,45 bilhões contra R$ 15,9 bilhões).

Tal elevação pode comprometer a renda do produtor rural, uma vez que necessariamente terá
que elevar seus gastos com os defensivos agrícolas para manter o atual nível de produtividade,
uma vez que não é possível abrir mão da utilização desses produtos na produção agrícola
atualmente.

Por fim, a elevação desses custos pode fazer com que o produtor rural acabe utilizando
defensivos agrícolas ilegais que além de comprometer a defesa da lavoura, uma vez que não
tem eficácia garantida, ainda pode causar efeitos extremamente nocivos à saúde.

Além do aumento dos custos do produtor agrícola, haverá ainda uma queda expressiva na
rentabilidade do produtor, podendo chegar a 21,01% para o algodão, como representado na
tabela abaixo.

Tabela 165 – queda na rentabilidade para as principais culturas


Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Algodão -9,25% -6,97% -8,56% -13,52% -21,01%
Café -3,18% -18,68% -2,94% -13,17% -20,88%
Cana -2,40% -9,59% -2,22% -6,28% -9,08%
Milho -6,99% -32,46% -6,46% -11,41% -18,93%
Soja -6,65% -10,03% -6,16% -10,85% -18,01%

7.7. Impactos em outras culturas


Além dos impactos nas principais culturas agrícolas que foram apresentados anteriormente,
esse estudo agora apresentará um breve resumo dos impactos de um possível aumento da
tributação dos defensivos agrícolas em outras culturas.

141
Brasília: SHIS QI 25 Conjunto 12 Casa 15, Lago Sul CEP: 71.660-620. TEL: +55 61 3223-2700
São Paulo: Rua Ramos Batista, 152, 13º andar. Vila Olímpia CEP: 04552-020. TEL: +55 11 3044 5441
Para tanto, serão apresentados os impactos dos dois cenários com múltiplos aumento de
impostos sobre os custos dos produtores. Não será apresentado o impacto na rentabilidade para
esses produtos, uma vez que nem todas as informações de custos estão disponíveis.

Os custos que serão apresentados se referem ao custo reportado pelo maior estado produtor
com dados disponíveis relativos aos custos de produção. Assim, existe uma variação na alíquota
de ICMS que foi observada para cada caso.

Considerando o quadro diversos de produtos, os gastos com defensivos agrícolas por hectare
variam de R$ 2,40 para o cacau até R$ 10.906,40 para o tomate. Em um cenário com um
aumento de 10% no IPI, a elevação dos custos com defensivos agrícolas varia entre R$ 0,61
para o cacau até R$ 16.225,89 para o pimentão.

Tabela 166 – Impacto no custo com aumento de impostos do cenário 05


Custo atual com Custo de defensivos
Diferença de custo por
defensivos agrícolas agrícolas com aumento
hectare (em R$)
por hectare de impostos
Abacaxi 233,94 292,95 59,01
Alho 3.227,00 4.040,93 813,93
Amendoim 1.424,07 2.019,42 595,35
Arroz (em casca) 871,90 1.123,25 251,35
Aveia 186,79 240,64 53,85
Banana 456,50 571,64 115,14
Batata-inglesa 4.367,58 5.626,65 1.259,07
Cacau 2,40 3,01 0,61
Canola 123,54 159,15 35,61
Cevada 279,45 360,01 80,56
Feijão (em grão) 1.774,66 2.286,25 511,59
Girassol 503,60 630,62 127,02
Laranja 3,28 4,65 1,37
Maçã 184,49 237,67 53,18
Manga 1.478,10 1.850,91 372,81
Maracujá 1.070,00 1.339,88 269,88
Pêssego 843,87 1.087,14 243,27
Pimenta do Reino 166,80 208,87 42,07
Pimentão 38.811,88 55.037,77 16.225,89
Quiabo 4.212,00 5.274,37 1.062,37
Sorgo 143,14 179,24 36,10
Tangerina 439,00 565,55 126,55
Tomate 10.906,40 14.050,46 3.144,05
Trigo (em grão) 50,23 64,71 14,48
Triticale 91,04 117,28 26,24
Uva 475,56 612,66 137,09

Por sua vez, os aumentos com os custos totais têm uma variação entre 0,48% no caso da
pimenta-do-reino e 21,71% no caso do amendoim. No caso dos produtos citados nessa seção, é
importante a observação de que os seus preços costumam ser muito voláteis e de que qualquer
variação nos custos do produtor, provavelmente será repassada para o produtor final.

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Tabela 167 – Impacto no custo com aumento de impostos do cenário 05
Custo atual total por Custo de total com Diferença de custo por
hectare aumento de impostos hectare (em %)
Abacaxi 12.972,62 13.031,63 0,45%
Alho 52.036,89 52.850,82 1,56%
Amendoim 4.433,81 5.029,16 13,43%
Arroz (em casca) 6.508,19 6.759,54 3,86%
Aveia 1.311,70 1.365,55 4,11%
Banana 13.395,81 13.510,95 0,86%
Batata-inglesa 25.405,03 26.664,10 4,96%
Cacau 104,58 105,18 0,58%
Canola 1.281,39 1.317,00 2,78%
Cevada 1.634,57 1.715,13 4,93%
Feijão (em grão) 5.701,46 6.213,05 8,97%
Girassol 1.317,51 1.444,53 9,64%
Laranja 13,13 14,50 10,44%
Maçã 1.173,96 1.227,14 4,53%
Manga 31.909,62 32.282,43 1,17%
Maracujá 17.509,72 17.779,59 1,54%
Pêssego 6.623,93 6.867,20 3,67%
Pimenta do Reino 16.795,15 16.837,23 0,25%
Pimentão 176.192,69 192.418,58 9,21%
Quiabo 25.517,85 26.580,22 4,16%
Sorgo 987,22 1.023,32 3,66%
Tangerina 9.504,40 9.630,95 1,33%
Tomate 57.872,85 61.016,90 5,43%
Trigo (em grão) 1.779,65 1.794,13 0,81%
Triticale 910,58 936,82 2,88%
Uva 5.793,23 5.930,32 2,37%

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8. IMPACTOS NO CONSUMIDOR FINAL
Nesse capítulo, o estudo buscará apresentar os impactos do aumento no preço dos insumos
agrícolas no custo para o consumidor final de alimentos com base em uma revogação do
Convênio ICMS 100/1997

Antes de iniciar a mensuração dos impactos ao consumidor final, é necessário ressaltar que
diferentemente dos aumentos resultantes de questões climáticas que geram choques de
oferta e são concentrados em alguns produtos, um aumento dos preços dos insumos agrícolas
impactaria toda a cadeia, uma vez que esses insumos são utilizados em maior ou menor escala
para todos os produtos.

Desse modo, o consumidor dificilmente conseguiria realizar a substituição de um alimento por


outro similar e assim não ser impactado pelo aumento do preço dos produtos.

Para realizar a mensuração desses impactos, será utilizado como indicador a inflação. Para
tanto, esse estudo se baseará no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna” (IGP-DI) –
elaborado pela Fundação Getúlio Vargas.

O IGP-DI é formado pelo IPA-DI (Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna), IPC-DI
(Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna) e INCC-DI (Índice Nacional do Custo
da Construção - Disponibilidade Interna) com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente108.

A escolha dessa forma de mensuração da inflação foi feita uma vez que o IPA-DI representa e
mensura a elevação dos custos dos produtos primários sem processamento.

8.1. Inflação

8.1.1. Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna


Segundo a metodologia do IGP-DI disponibilizada pela Fundação Getúlio Vargas, as lavouras
permanentes e temporárias equivalem a 19,6930% do peso do IPA-DI, conforme discriminado na
tabela abaixo.

Considerando que o IPA-DI equivale a 60% do peso total da inflação, o peso ponderado das
lavouras na inflação seria de 11,8158%.

108
Disponível online em: <http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E34B9011D92B6B6420E96>.

144
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Tabela 168 – Peso dos produtos agrícolas na inflação
PRODUTO PESO NO IPA-DI
Abacaxi 0,1729%
Algodão 0,6864%
Arroz 0,5595%
Banana 0,3736%
Batata-inglesa 0,5647%
Cacau 0,0944%
Café 1,1397%
Cana-de-açúcar 3,4963%
Coco-da-baía 0,0807%
Feijão 0,7009%
Fumo 0,3987%
Laranja 0,4770%
Maçã 0,1335%
Mamão 0,2297%
Mandioca (aipim) 1,0023%
Milho 3,4276%
Soja 6,2743%
Tomate 0,1564%
Trigo 0,2270%
Uva 0,1434%
Fonte: FGV

Os impactos que serão apresentados aqui consideram apenas 19,2136% do peso do IPA-DI,
uma vez que não foram obtidas informações sobre custos de coco-da-baía (0,0807%) e fumo
(0,3987%).

Para calcular o impacto real do aumento do ICMS dos insumos na inflação dos alimentos, foi
utilizado a participação dos insumos no custo do produto agrícola para o estado com a maior
participação percentual na produção brasileira.

Assim, dependendo do estado considerado, foi registrado um aumento do ICMS de 4,2%, 7,2%
ou 18%.

Como pode ser visto na tabela abaixo, a maior inflação seria gerada pela soja, milho e cana-de-
açúcar, enquanto a menor inflação seria registrada no cacau, maçã e na uva.

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Tabela 169 – Impactos dos produtos agrícolas na inflação com aumento dos custos dos
insumos agrícolas
Aumento
Aumento total Aumento Peso do
da alíquota Aumento no
do custo de do custo do produto no
dos insumos IPA-DI
produção produto IPA-DI
agrícolas
Abacaxi 4,2% 43,50% 1,83% 0,1729% 0,0032%
Algodão (em
4,2% 83,57% 3,51% 0,6864% 0,0241%
caroço)
Arroz (em casca) 7,2% 32,16% 2,32% 0,5595% 0,0130%
Banana 4,2% 29,90% 1,26% 0,3736% 0,0047%
Batata-inglesa 7,2% 57,44% 4,14% 0,5647% 0,0234%
Cacau 4,2% 8,52% 0,36% 0,0944% 0,0003%
Café (em grão) 7,2% 28,06% 2,02% 1,1397% 0,0230%
Cana-de-açúcar 18,0% 42,68% 7,68% 3,4963% 0,2686%
Feijão (em grão) 7,2% 62,01% 4,46% 0,7009% 0,0313%
Laranja 18,0% 39,43% 7,10% 0,4770% 0,0339%
Maçã 7,2% 18,41% 1,33% 0,1335% 0,0018%
Mamão 4,2% 20,57% 0,86% 0,2297% 0,0020%
Mandioca (aipim) 7,2% 14,67% 1,06% 1,0023% 0,0106%
Milho (em grão) 7,2% 51,00% 3,67% 3,4276% 0,1259%
Soja (em grão) 4,2% 61,20% 2,57% 6,2743% 0,1613%
Tomate 7,2% 38,44% 2,77% 0,1564% 0,0043%
Trigo (em grão) 7,2% 66,42% 4,78% 0,2270% 0,0109%
Uva 7,2% 16,64% 1,20% 0,1434% 0,0017%
TOTAL 0,7437%
Elaboração: Barral M Jorge

O valor de 0,74% deve ser multiplicado por 0,6% para que o produto possa representar de fato o
aumento na inflação. Assim, o impacto direto será de 0,44% na inflação.

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Além do impacto direto, os alimentos influenciam, em maior ou menor escala, o preço de
diversos outros produtos que compõem o IPA-DI, como demonstrado na tabela abaixo.

Tabela 170 – peso dos produtos impactos indiretamento pelo aumento dos custos dos
insumos agrícolas
PRODUTO PESO NA INFLAÇÃO TOTAL
Castanhas e amendoins beneficiados 0,3114%
Doces ou conservas de frutas (calda ou pasta) 0,0244%
Concentrados de tomate 0,0239%
Conservas de legumes 0,0570%
Sucos de frutas prontos para consumo 0,0466%
Sucos concentrados de frutas 0,1420%
Óleo de soja em bruto 0,2669%
Farelo de soja 0,9742%
Óleos vegetais refinados (exceto óleo de soja) 0,0652%
Óleo de soja refinado 0,2676%
Gorduras vegetais hidrogenadas 0,0664%
Margarina 0,0568%
Arroz beneficiado 0,2080%
Farinha de trigo 0,1781%
Outros derivados do trigo 0,0601%
Farinha de milho e derivados 0,0751%
Amidos e féculas 0,0477%
Rações balanceadas para animais 0,3031%
Açúcar cristal 0,5404%
Açúcar VHP (very high polarization) 0,5377%
Açúcar refinado 0,0889%
Café torrado e moído 0,1276%
Café solúvel 0,0361%
Pães e bolos industrializados 0,1162%
Biscoitos e bolachas 0,2584%
Chocolate 0,2191%
Balas, confeitos e gomas de mascar 0,1153%
Manteiga de cacau 0,0353%
Massas alimentícias 0,1778%
Molhos e condimentos 0,1210%
Complementos alimentares 0,0286%
Aguardente de cana-de-açúcar 0,0456%
Bebidas alcoólicas destiladas (exceto de cana-de-açúcar) 0,0365%
Vinhos e espumantes 0,0404%
Cerveja e chope 0,0582%
Fumo processado industrialmente 0,1024%
Cigarros 0,1417%
Fios de algodão 0,0065%
Tecidos de algodão 0,1396%
Álcool etílico anidro 0,1376%
Álcool etílico hidratado 0,1631%
Biodiesel 0,0648%
TOTAL 6,5133%
Fonte: FGV

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Para fins dessa simulação, uma vez que não seja possível fazer uma relação matemática exata
de qual seria o aumento do preço desses produtos, decidiu-se considerar um aumento nesses
produtos equivalente à média do aumento dos produtos vegetais primários.

Considerando que a média para os produtos primários foi de 2,9390%, é considerado um


aumento de 0,1914%.

Assim, para o IPA-DI existe um aumento de 0,9351%, que ao ser transportado para inflação
geral terá um peso de 0,5611%.

8.1.2. Índice de Preços ao Consumidor – IPC - DI


Além do impacto no IPA-DI, o aumento dos alimentos também deve ser considerado no IPC-DI.
Nesse indicador, que responde por 30% do IGP-DI, os produtos alimentícios correspondem a
14,2111% do indicador e a alimentação fora de casa corresponde a 9,1037%. Assim, os dois
grupos somados correspondem a 23,3148% do indicador e 6,9944% da inflação total.

Considerando-se também que esses produtos tenham um reajuste igual ao reajuste médio dos
produtos primários, 2,9390%, o aumento desses produtos no IPC-DI equivaleria a um aumento
de 0,6852% no total.

Considerando que o peso do IPC-DI é de 30% da inflação, esse aumento total na inflação será
de 0,2056%.

8.1.3. Impacto geral na inflação


Assim, considerando os valores apresentados acima, o aumento do ICMS sobre os insumos
agrícolas causará um acréscimo de 0,7667% na inflação. Sem considerar qualquer outro tipo
de fator de pressão sobre a oferta e a demanda desses produtos, como por exemplo seca ou
aparecimento de novas pragas.

Ainda que os valores absolutos possam não parecer relevantes, é importante relembrar
que a meta da inflação do governo é de 4,5% e a partir de 2019 será de 4,25% e os valores
encontrados acima podem representar até 17% de toda a meta da inflação.

Como apresentado na primeira seção desse estudo, o governo federal esperar que a inflação
em 2017 seja de 3,5%, abaixo da meta de inflação.

Assim, é seguro dizer que um aumento dos preços dos insumos agrícolas, motivados por uma
elevação na alíquota do ICMS, levará a um aumento da inflação, que poderá fazer com que a
inflação supere a meta estabelecida pelo governo.

É importante ressaltar ainda que os combustíveis fósseis, importantes insumos para toda a
produção nacional, já acumulam um aumento de 10,79% para a gasolina e 19,14% para o
diesel109, o que pode resultar em pressão inflacionária no futuro próximo.

109
Disponível online em: <http://www.valor.com.br/empresas/5120828/petrobras-anuncia-alta-no-preco-do-diesel-e-
queda-no-preco-da-gasolina>.

148
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9. IMPACTOS INDIRETOS
Além dos impactos financeiros diretos na indústria de defensivos agrícolas, é importante
ressaltar que de acordo com dados do Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro)110 para
o 4º trimestre de 2016, a indústria de defensivos é responsável por 4% de todo financiamento
obtido pelos produtores agrícolas. Segundo dados do próprio SINDIVEG, mais de 90% das
vendas de defensivos agrícolas são financiadas pelo próprio setor111.

É importante ressaltar ainda que a maior parte das vendas do setor são feitas com um prazo
relativamente longo, maior que 180 dias; e o prazo médio para recebimento pela indústria é de
212 dias.

O prazo para recebimento das empresas do setor faz com que a manutenção do Convênio ICMS
100/1997 seja ainda mais importante, uma vez que o ICMS é feito com base em exercício mensal
e apurado no momento da emissão da nota fiscal.

Essa situação além de afetar diretamente o fluxo de caixa das empresas do setor, também irá
afetar a capacidade das empresas de financiarem o produtor agrícola e pode aumentar ainda
mais a tendência de aumento no preço desses insumos.

Ainda, é importante destacar que países tropicais como o Brasil são extremamente propícios
para a existência de um grande número de organismos que se comportam como pragas e
doenças na agricultura112, aumentando a importância do uso dos defensivos agrícolas para
controle dessas pragas.

Tal situação pode ser quantificada com uma comparação entre os gastos com defensivos
agrícolas no Brasil e nos Estados Unidos. De acordo com dados da AgroConsult e do USDA, o
gasto médio com defensivos agrícolas por hectare colhido no Brasil foi de USD 136,60, enquanto
o valor gasto nos Estados Unidos foi de apenas USD 89,70. Esse crescimento nos custos
também é impactado pelos gastos com pragas relativamente novas, ou que ganharam mais
força nos últimos anos, como a helicoverpa armígera113, o bicudo114 e a ferrugem115.

Dados da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), mostram que pragas como
percevejo, helicoverpa, mosca branca, falsa medideira, ferrugem, lagarta do cartucho, bicudo e
pulgão podem causar um impacto de US$ 21,72 bilhões no agronegócio brasileiro116.

Em relação a quantidade de defensivos comercializados em 2016, esse alcançou 879.242


toneladas, um crescimento de 7,66% em relação ao volume comercializado em 2010.

Ao analisarmos por cultura, a maior parte dos defensivos agrícolas são utilizados na soja e
no milho, duas das principais culturas agrícolas do Brasil, tanto na produção total, quanto na
participação nas exportações. Completam a lista das culturas com maior uso de defensivos
agrícolas, a cana-de-açúcar, algodão e café.

110
Disponível online em: <O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) é apurado trimestralmente pela Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
111
Disponível online em: <http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Casimiro/LFN/BPA_BASF_17ago2016.
pdf>.
112
Disponível online em: <www.pioneersementes.com.br/blog/56/a-importancia-do-vazio-sanitario>.
113
https://www.agrolink.com.br/noticias/helicoverpa-armigera-ja-representa-metade-do-custo-de-controle-de-pragas-do-
algodao_179413.html
114
https://www.agrolink.com.br/noticias/bicudo-aumenta-custo-de-producao-do-algodao_212047.html
115
http://www.projetosojabrasil.com.br/controle-da-ferrugem-gera-prejuizo-de-us-15-bi-em-uma-decada/
116
https://pt.slideshare.net/Agropec2/impacto-econmico-de-pragas-agrcolas-no-brasil

149
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VENDAS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS POR PRODUTO

OUTROS
17%

CAFÉ
2%
ALGODÃO
5%
SOJA
56%

CANA-DE-AÇÚCAR
10%

MILHO
10%

Na análise do consumo de defensivos agrícolas por estado, a maior concentração do uso de


defensivos é encontrada no Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Rio Grande, conforme mostrado
no gráfico abaixo.

VENDAS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS POR ESTADO

MATO GROSSO
OUTROS 22%
31%

SÃO PAULO
13%

GOIÁS
10%
PARANÁ
RIO GRANDE DO SUL 12%
12%

Em linha com os dados apresentados anteriormente, tanto os estados quantos os produtos com
o maior uso de defensivos, são aqueles com a maior participação no Valor Bruto da Produção117.

É importante também analisar o papel que os defensivos agrícolas devem desempenhar nos
próximos anos no Brasil. O estudo da FAO “World Agriculture: towards 2015-2030118” aponta que
a população mundial deverá alcançar 8.3 bilhões de pessoas em 2030 e a segurança alimentar
é apontada como um dos principais desafios que a humanidade enfrentará.

117
Disponível online em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/politica-agricola/valor-bruto-da-producao-agropecuaria-
vbp>.
118
Disponível online em: <http://www.fao.org/3/a-y4252e.pdf>.

150
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Nesse contexto, a FAO estima que em 2020 o Brasil será o maior produtor e exportador de
alimentos do mundo. Por sua vez, a OCDE estima que a produção de soja no Brasil cresça a
2,6% por ano até 2026119.

Assim, os defensivos agrícolas serão importantes aliados do produtor agrícola e também da


população mundial para que o Brasil alcance a sua vocação natural de principal produtor de
alimentos do mundo.

Cabe ressaltar ainda que quanto maior forem os avanços da produtividade, menor será a
necessidade de expansão da área cultivada, o que também ajudará o Brasil a manter grande
parte da sua vegetação nativa que ainda é preservada.

Para concluir esse breve panorama da importância do setor, é válido destacar os grandes
investimentos realizados em pesquisa e desenvolvimento (P&D). De acordo com informações
das empresas do setor, o processo de desenvolvimento de uma nova molécula pode levar mais
de 10 anos e chegar a investimentos de USD 350 milhões.

Segundo levantamento conjunto das consultorias BAIN & Company e Gas Energy (2014), o
registro tem levado cerca de 4 a 5 anos para ser aprovado e custa, em média, R$ 1 milhão por
produto120.

119
Disponível online em: <http://www.fao.org/3/a-i7549s.pdf>.
120
Disponível online em: <http://www.abiquim.org.br/download/comunicacao/apresentacao/2014_04_23_road_show_
bain%20company-estudo_de_diversifica%C3%A7%C3%A3o.pdf>.

151
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10. RISCOS RELATIVOS AO JULGAMENTO
DA ADI Nº 5.553/DF PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – STF
10.1. Breve Relato Processual da Ação no STF
Diante dos cenários apresentados ao longo do estudo, é necessário mencionar a existência
da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.553/DF em tramitação no Supremo Tribunal
Federal (STF), ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), cuja relatoria pertence ao
Ministro Edson Fachin. Atualmente, a referida ação tem como amici curie a Associação Brasileira
dos Produtores de Soja (APROSOJA), o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para
Defesa Vegetal (SINDIVEG), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e o Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC).

Em síntese, busca-se na ação a declaração de inconstitucionalidade das Cláusulas 1ª e


3ª do Convênio ICMS n. 100/1997 e de itens da Tabela do IPI (TIPI) prevista no Decreto nº
7.660/2011121, em razão de supostas violações: (i) ao direito fundamental ao meio ambiente
equilibrado (art. 225 da CF/88); (ii) ao direito fundamental à saúde (art. 196 da CF/88); e (iii)
violação ao Princípio da Seletividade Tributária (arts. 153, §3º, inciso I e art. 155, §2º, inciso III da
CF/88).

Ajuizado no STF em 29 de junho de 2016, o processo ainda aguarda julgamento pelo Plenário,
após apresentação de pareceres da Advocacia Geral da União (AGU), pela improcedência da
ação; e da Procuradoria Geral da República (PGR) pela procedência.

A AGU, na condição de defensor legis, entende que a concessão de benefícios fiscais em


relação aos agrotóxicos não gera violação às normas constitucionais de proteção à saúde e
ao meio ambiente. Isto porque a ofensa direta à ordem constitucional decorreria da utilização
indiscriminada e excessiva de agrotóxicos, atividade combatida pelo Poder Público no âmbito
da fiscalização ambiental e em defesa da saúde. Assim, eventual uso abusivo dos produtos não
derivaria das normas impugnadas, não havendo inconstitucionalidade na espécie. A PGR, por
outro lado, manifestou-se pela procedência desta ação.

Por sua vez, a PGR apresentou parecer pela procedência da ADI por compreender que o
incentivo fiscal direcionado aos agrotóxicos “traduz prática contrária aos ditames constitucionais
de proteção ao meio ambiente (CR, art. 225) e à saúde (CR, art. 196), sobretudo dos
trabalhadores”, de modo que ao fomentar o uso dos agrotóxicos, o Estado estaria supostamente
descumprindo importante tarefa constitucional, referente à preservação do meio ambiente, em
nítida afronta ao princípio constitucional do poluidor-pagador.

121
Acetato de dinoseb – p. 105; Aldrin – p. 99; Benomil – p. 124; Binapacril – p. 162; Captafol – p.165; Clorfenvinfós –
p. 165; Clorobenzilato - p. 108; DDT – p. 98; Dinoseb – p. 108; Endossulfan – p. 109; Endrin – pág 103; EPTC – p.
116; Estreptomicina – pp. 130, 134 e 137; Fosfamidona – pp. 114 e 162; Forato – p. 117; Heptacloro – pp. 98 e 162;
Lindano – pp. 98 e 162; Metalaxil – p. 115; Metamidofós – pp. 117, 162 e 163; Monocrotofós – pp. 114, 162 e 163;
Oxitetraciclina – p. 130; Paration – pp. 109 e 162; Pentaclorofenol – pp. 101 e 162; Ziram – pp. 116 e 164.

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Em 27 de novembro de 2011, foi publicado despacho exarado pelo Relator de modo a
determinar 6 (seis) medidas específicas a serem realizadas no prazo de 30 (trinta) dias corridos
(art. 9, §§1º e 3º da Lei nº 9.868/1999122), sendo elas:

(i) solicitação de opiniões técnicas da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica


(CNAPO) da Secretaria de Governo da Presidência da República; Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa); Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea); Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA);
e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), acerca das seguintes
questões:

(i.1) Análise do estágio atual da agricultura no âmbito brasileiro, inclusive sob a perspectiva
da agroecologia e do respeito aos parâmetros de segurança alimentar estabelecidos pela
legislação vigente. Verificação, nesse panorama, de alternativas economicamente viáveis para a
complementação ou substituição do uso dos agrotóxicos incentivados com equivalentes efeitos
fitossanitários.

(i.2) Possibilidade em estimar o impacto econômico da extinção dos benefícios fiscais de ICMS e
IPI na cadeia produtiva de produtos agrícolas e na composição de preços dos alimentos.

(ii) Parecer do Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos (CTA), instituído pelo art.
92 do decreto supracitado, e das competentes áreas técnicas dos Ministérios da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, da Saúde e do Meio Ambiente sobre o estado da arte dos protocolos
de fiscalização (registro, prevenção e reparação de danos) e inibição da utilização excessiva de
agrotóxicos;

(iii) no âmbito da saúde pública – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Instituto Nacional de
Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA); Centro de Estudos e Pesquisas de Direito
Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da USP (Cepedisa-USP); e Associação Médica
Brasileira (AMB) – e do meio ambiente – Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama),
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ONG
Greenpeace Brasil e Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) – a tratarem das
seguintes verificações:

(iii.1) Relação de causalidade necessária fático-normativa entre o uso de agrotóxicos, ainda que
em patamares regulares, e consequências maléficas ao meio ambiente e à saúde pública.

(iii.2) Possibilidade em estabelecer uma gradação de danosidade no manejo de agrotóxicos, de


maneira a concluir que a concessão de incentivos fiscais não gera, por si só, um aumento na
degradação da saúde e do meio ambiente.

(iv) ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), na condição de gestor do Sistema Único de Saúde,
verificar a possibilidade de estimativa dos custos públicos voltadas à incorporação de tecnologia
em saúde e ao tratamento de doenças relacionadas ou causadas pela exposição a agrotóxicos;

(v) emissão de esclarecimento de fato os Ministério do Trabalho, a Secretaria da Previdência


Social, o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores
Rurais (CONTAG) e Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), acerca dos seguintes
aspectos:

122
Art. 9o. (...) § 1º. Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória
insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito
ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir
depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. (...)
§ 3º. As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de
trinta dias, contado da solicitação do relator.

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(v.1) Na linha do que argumentado pela Ilustre Procuradora-Geral da República, verificação de
subsídios empíricos de natureza oficial (fiscalizações, autuações, acidentes de trabalho devido
à intoxicação por agrotóxicos, entre outros) para estabelecer uma inferência causal entre a
utilização de agrotóxicos e os impactos negativos na saúde do trabalhador rural.

(v.2) Identificação das medidas previstas na legislação de controle de riscos de índole individual
ou coletiva, de escopo legal, econômico ou de engenharia, para mitigação dos impactos
ambientais e sanitários, quando houver, são mais passíveis de não observância pelos agentes
econômicos.

(vi) esclarecimento fático por parte da Secretaria de Política Econômica do Ministério da


Fazenda e respectivas secretarias adjuntas de política agrícola e meio ambiente e de política
fiscal e tributária no que diz respeito às seguintes perquirições:

(vi.1) Razões, políticas ou fatores macroeconômicos justificaram a escolha política por conceder
renúncia fiscal à produção de agrotóxicos?

(vi.2) Assumindo que o barateamento do preço de alimentos e a competitividade econômica da


agricultura brasileira foram elementos relevantes, como argumenta a Presidência da República
em informações, houve avaliação técnica de instrumentos creditícios ou financeiros alternativos
e de mesma eficácia? Quais?

(vi.3) Sob a vigência do “Novo Regime Fiscal”, instituído pela EC 95/2016, qual é o impacto
orçamentário e financeiro no presente e subsequentes exercícios financeiros da renúncia de
receita em questão? Há expectativa de horizonte temporal para a mitigação ou cessação de
incentivo fiscal a agrotóxicos?

Após a apresentação dos pareceres solicitados, o processo retornará ao gabinete do Relator


que finalizará seu voto sobre a matéria e solicitará a inclusão do processo em pauta para
julgamento perante o Plenário do STF, em data a ser definida pelo Presidente do Tribunal, nos
termos do regimento interno.

Diante das considerações mencionadas acima, passa-se a realizar na próxima sessão a análise
de risco jurídico da ação em tramitação no STF, de modo a considerar eventuais impactos para o
setor de defensivos agrícolas.

10.2. Análise de risco e possíveis impactos para o setor


Inicialmente, cumpre mencionar que a Constituição Federal de 1988, embora defenda o direito
fundamental ao meio ambiente equilibrado, a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 225
c/c art. 1º, III), o direito fundamental à saúde (CF/88, Art. 196) não veda, absolutamente, que
diplomas legais concedam benefícios fiscais do ICMS e do IPI aos defensivos agrícolas.

De fato, o mal maior para o meio-ambiente é o uso indiscriminado e excessivo dos agrotóxicos,
o que é desaconselhável e é combatido com a fiscalização ambiental e em defesa da saúde
pública. Nesse sentido, vale ressaltar que a utilização dos defensivos agrícolas é extensa e
detalhadamente regulamentada pela legislação brasileira, a fim de impedir o uso indiscriminado
de tais substâncias. A propósito, cumpre destacar a Lei Federal nº 7.802/89, que “Dispõe
sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, seus componentes e afins, e dá outras
providências”; regulamentada pelo Decreto nº 4.074/2002.

Feitas tais considerações, resta claro que a concessão de benefícios fiscais aos defensivos
agrícolas, por si só, não gera qualquer violação às normas constitucionais de proteção à saúde

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e ao meio ambiente. Isto porque o benefício fiscal a favor dos defensivos não favorecerá que
o produtor de alimentos coloque o defensivo agrícola em nível excessivo ou desaconselhável,
pois, além do produtor precisar observar as normas mencionadas acima, o preço desses
insumos pesa no custo da produção, mesmo com a redução de base de cálculo do ICMS e
isenção do IPI, conforme amplamente demonstrado ao longo do presente estudo.

Com efeito, a questão jurídica a ser analisada pelo STF é inédita de modo que não existem
precedentes específicos aplicáveis ao caso concreto analisado. Dessa forma, as providências
processuais determinadas pelo Relator, Min. Edson Fachin, serão cruciais para formar seu
posicionamento e voto a respeito da matéria e, certamente, também guiarão os demais Ministros
da Suprema Corte na elaboração/formulação de seus votos.

Não obstante, é importante mencionar e concluir que o risco apontado não é considerado como
“provável”, mas tão somente “possível”, em razão dos argumentos jurídicos e econômicos
favoráveis ao setor e pela improcedência da ação, bem como a expectativa de que: (i) após
apresentação dos pareceres técnicos solicitados pelo Relator em 08/02/2017123, o voto do
Ministro Edson Fachin seja elaborado no período de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e meio; e (ii)
após conclusão do voto e inclusão do processo em pauta, o caso tende a ser levado em mesa
para julgamento no Plenário do STF no período de 6 (seis) meses a 2 (dois anos).

Em outros termos, a definição/julgamento final da ADI 5.553 pode demorar de 1 (um) ano em
um cenário no qual o STF adota um ritmo acelerado para análise processual, cenário este
considerado improvável, em razão do grande volume de processos pendentes de julgamento
pelo Tribunal. No cenário mais provável, o julgamento da ação pelo Plenário da Suprema Corte
pode demorar de 3 (três) a 4 (quatro) anos.

123
Disponível online em: <http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=5011612>.

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CONCLUSÃO
Os Defensivos Agrícolas são insumos fundamentais para agricultura brasileira pelo seu
papel na prevenção e combate a pragas que podem afetar a produção agrícola brasileira e
consequentemente a produção nacional de alimentos e a renda da população ligada, direta ou
indiretamente, as atividades agrícolas.

Como exemplo dessas possíveis perdas, é possível citar dados da Associação Nacional de
Defesa Vegetal (ANDEF), que mostram que pragas como percevejo, helicoverpa, mosca branca,
falsa medideira, ferrugem, lagarta do cartucho, bicudo e pulgão podem causar um impacto de
US$ 21,72 bilhões no agronegócio brasileiro124.

Em relação a tributação atual do setor, os defensivos agrícolas possuem, no mercado interno,


carga tributária (21,95%) superior em termos comparativos aos produtos da cesta básica
(12,36%) e sementes utilizadas na agricultura (20,48%); assim como carga tributária equivalente
em comparação aos fertilizantes (21,95%). Quando comparado com os principais insumos
utilizados pelo agricultor durante a produção da safra, os defensivos agrícolas têm carga
tributária inferior apenas ao óleo diesel.

Em relação aos impactos diretos na indústria de uma possível elevação de tributos, o primeiro
caso que é analisado é relativo a um possível aumento do Imposto de Importação. Com base
nos dados do sistema AliceWEB do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é
possível observar que a importação de defensivos agrícolas em 2016 totalizou US$ 2,2 bilhões, o
que gerou um pagamento de US$ 165,8 milhões em Imposto de Importação.

Em um cenário com a retirada das quatro linhas tarifárias do setor que estão na LETEC
(3808.91.91, 3808.91.99, 3808.92.99 e 3808.93.29), o imposto de importação devido pelo setor
se elevaria para US$ 253 milhões, uma vez que o imposto devido nessas quatro linhas tarifárias
seria de US$ 87,22 milhões. Possíveis elevações das alíquotas de importação dos defensivos
agrícolas para 20% ou 35% poderiam causar um impacto ainda maior, levando ao pagamento,
respectivamente, de US$ 443,74 milhões e US$ 771,66 milhões.

Por seu turno, um possível aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
para 10%, geraria a obrigação do pagamento de R$ 3,3 bilhões pelo o setor.

Com o fim do Convênio ICMS 100/1997, dispêndios da indústria de defensivos agrícolas com
o ICMS serão de R$ 3,46 bilhões. Por sua vez, uma elevação de alíquota de 1,65% para o PIS/
PASEP e 7,6% para a COFINS levaria a um desses tributos R$ 3,07 bilhões pelo setor.

A elevação do IPI para 10% e a com aplicação das respectivas alíquotas interestadual de ICMS
com origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, levaria ao pagamento de R$
4,86 bilhões em tributos, equivalente a 14,62% do faturamento do setor em 2016.

Em um cenário de múltiplo aumento de impostos, com aplicação das respectivas alíquotas


interestadual de ICMS com origem em São Paulo (7% ou 12%) ou alíquota interna de 18%, 10%
(IPI), 1,65% (PIS) e 7,6% (COFINS), o valor devido pelo setor na soma dos impostos citado
anteriormente equivaleria a R$ 8,39 bilhões, equivalente a 25,22% das receitas obtidas pelo
setor com a venda de defensivos agrícolas em 2016.

Além dos impactos diretos na indústria de defensivos agrícolas, haverá ainda um aumento dos
custos dos insumos agrícolas nas principais culturas agrícolas do Brasil: algodão, café, cana,
milho e soja seguindo os mesmos cenários utilizados acima. Tais impactos podem chegar a um
aumento de R$ 733,60 no custo por hectare do produtor de algodão.

124
https://pt.slideshare.net/Agropec2/impacto-econmico-de-pragas-agrcolas-no-brasil

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Ao levarmos esse aumento de custo para toda a área plantada das principais culturas agrícolas
no Brasil (algodão, café, cana-de-açúcar, milho e soja), é possível aumentos nos custos de até
R$ 1,39 bilhão para o produtor de algodão, R$ 813 milhões para o produtor de café, R$ 1,42
bilhão para o produtor de cana, R$ 2,76 bilhões para o produtor de milho e R$ 10,08 milhões
para o produtor de soja. A título de comparação, é possível dizer que esse valor é superior ao
valor liberado pelo governo federal em saques do PIS/PASEP em agosto de 2017 (R$16,45
bilhões contra R$ 15,9 bilhões).

Tal elevação pode comprometer a renda do produtor rural, uma vez que necessariamente terá
que elevar seus gastos com os defensivos agrícolas para manter o atual nível de produtividade.

Por fim, a elevação desses custos pode fazer com que o produtor rural recorra ao uso de
defensivos agrícolas ilegais que além de comprometer a defesa da lavoura, uma vez que não
tem eficácia garantida, ainda podem causar efeitos extremamente nocivos à saúde e ao meio
ambiente.

Considerando os impactos apresentados anteriormente, é necessário mencionar a existência


da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.553/DF em tramitação no Supremo Tribunal
Federal (STF), que, em síntese, busca a declaração de inconstitucionalidade das Cláusulas
1ª e 3ª do Convênio ICMS n. 100/1997 e de itens da Tabela do IPI (TIPI) prevista no Decreto
nº 7.660/2011125, em razão de supostas violações: (i) ao direito fundamental ao meio ambiente
equilibrado (art. 225 da CF/88); (ii) ao direito fundamental à saúde (art. 196 da CF/88); e (iii)
violação ao Princípio da Seletividade Tributária (arts. 153, §3º, inciso I e 155, §2º, inciso III da
CF/88).

A questão jurídica a ser analisada pelo STF é inédita de modo que não existem precedentes
específicos aplicáveis ao caso concreto analisado. Dessa forma, as providências processuais
determinadas pelo Relator, Min. Edson Fachin, serão cruciais para formar seu posicionamento e
voto a respeito da matéria e, certamente, também guiarão os demais Ministros da Suprema Corte
na elaboração/formulação de seus votos.

Não obstante, é importante mencionar e concluir que o risco apontado não é considerado como
“provável”, mas tão somente “possível”, em razão dos argumentos jurídicos e econômicos
favoráveis ao setor e pela improcedência da ação, bem como a expectativa de que: (i) após
apresentação dos pareceres técnicos solicitados pelo Relator em 08/02/2017126, o voto do
Ministro Edson Fachin seja elaborado no período de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e meio; e (ii)
após conclusão do voto e inclusão do processo em pauta, o caso tende a ser levado em mesa
para julgamento no Plenário do STF no período de 6 (seis) meses a 2 (dois anos).

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Acetato de dinoseb – p. 105; Aldrin – p. 99; Benomil – p. 124; Binapacril – p. 162; Captafol – p.165; Clorfenvinfós –
p. 165; Clorobenzilato - p. 108; DDT – p. 98; Dinoseb – p. 108; Endossulfan – p. 109; Endrin – pág 103; EPTC – p.
116; Estreptomicina – pp. 130, 134 e 137; Fosfamidona – pp. 114 e 162; Forato – p. 117; Heptacloro – pp. 98 e 162;
Lindano – pp. 98 e 162; Metalaxil – p. 115; Metamidofós – pp. 117, 162 e 163; Monocrotofós – pp. 114, 162 e 163;
Oxitetraciclina – p. 130; Paration – pp. 109 e 162; Pentaclorofenol – pp. 101 e 162; Ziram – pp. 116 e 164.
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Disponível online em: <http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=5011612>.

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