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INQ/4244

3555 - DIREITO PENAL I CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÂRIOS PUBLICOS CONTRA ~_


ADMINISTRA<;AC EM GERAIJ I CORRUPyAO PASSTVA
3628 - DIREITO PENAL I CRIMES FREVISTOS NA LEGlSLA<;AO EXTRAVAGANTE ! ,CF.nIlES DE II I.AVAGm-1,!
OU OCULTA<;ÂO DE BENS DIREITOS OU V;':I.LORES
I

Supremo Tribunal Federal

Sup'remo Tribunal Federal


Inq 0004244 - 02/05/201617:18
0052728-70.2016.1.00.0000

44
1 1 1 11111111

:13 42
'1

:34 Inq
12 -47
7
01 .90

Inquerito
5/2 735
6-
3/0 0.

-,
: 1 r : 11
Em po
sso
pre

INQUERITO 4244
PROCED. : DISTRI'l'O FEDERJ.l..L
ORI GEN . : It..JQ-42 l j.q -SUPREH.:; Tl-~J5UNA L., F2DERi\L
Im

RELATOR (A): MIN. GILMAR MENDES


AlJTCF.{il'/S) (ESi MINISTERlO P'OBLICO FEDF,.RA.L
PROC. \J.'/SJ (ES) PF:U::CUttADOR-GEHAL DA REPUBL!:C.::'"
:::NVEST. (A/S) AECIC NE'lF..S Dl\ CUNHA

\
"
."
.~

.~
~.

STF 102175


,
, I , .

MINISTEmo PUBLlCO FEDERAL


Procuradoria-Geral da Republica
Supremo Tribunal Federal
lnq 0004244·021051201617:18
0052728·70.2016.1.00.0000
N° 91218/2016 - GTLJ/PGR
IIII1111111111 1 1 II 11111

4
PET N° 6015/DF

4
(Ref.: termo de colaborac;:ao n. 04, com requerimento

:13 42
de juntada aos autos e desarquivamento da Pet n° 5283/DF)


Relator : Ministro Teori Zavascki

:34 7 Inq
Nominado : AECIO NEVES DA CUNHA

7-4
01 .90

PROCESSO PENAL. PROCEDIMENTO AUTUADO


12
COMO PETI<;:ÂO. TERMOS DE DECLARA<;:ÂO CO-
LHIDOS NO ÂMBITO DE ACORDOS DE COLABO-
5/2 735
6-

RA<;:ÂO PREMIADA. INDICA<;:ÂO DO


ENVOLVIMENTO DE PARLAMENTAR NO RECEBI-
3/0 0.

MENTO DE VALORES SUSPEITOS, MEDIANTE ES-


TRATEGIA DE OCULTA<;:ÂO DE SUA ORIGEM.
: 1 r: 11

MANIFESTA<;:ÂO PELA INSTAURA<;:ÂO DE INQuE-


RITOS PARA A APURA<;:ÂO DOS FATOS.
1. Celebral"o e posterior homologal'ao de acordos de colabora-
Em po

I'ao premiada no decorrer da chamada "Operal'ăo Lava Jato".


2. Termos de declaral'ao de colaborador nos quais se relatam fa-
sso

tos aparentemente criminosos envolvendo parlamentar federal


corn FURNAS.
3. Peti~ao arquivada, por ausencia, a epoca, de e1ementos mini-
pre

mos a subsidiar a abertura de investigavâo em relal'âo a fatos en-


volvendo Senador da Republica.
Im

4. Colheita de novo termo de declaral'ao que configura pmva


nova de fatos outmra arquivados.
5. Outms elementos informativos que dao suporte as declara-
t;:oes dos colaboradores.
6. Possivel recebimento de vantagem indevida, median te estrate-
gia de ocultavâo de sua origem.
7. Suposta pratica dos crimes de corrupl"o passiva e lavagem de
dinheim, previstos no art. 317 do CP e no art. 1°, V, da Lei n°
9.613/1998.
8. Manifestal'âo pela desarquivamento da petiyâo outmra arqui-
vada, com a juntada, naqucles autos, do novo termo de colabo-
r'vao e dos demais elementos informativos ora anexa dos.
, . " ,
peR Pet 11° 6015/DF AECIO NEVES

9. 1I1staural'âo de inqucrito em rela,ao a cOl1dutas criminosas


supostamente perpetradas por Sena dor da Republica.

o Procurador-Geral da Republica vem perante Vossa


Excelencia manifestar-se pelo DESARQUIVAMENTO dos

4
autos da Pet. n° 5283 (aos quais os presentes autos devem ser

4
:13 42
juntados) e pela INSTAURA<;:ĂO DE INQuERITO em face


:34 Inq
de AECIO NEVES DA CUNHA, nos termos a seguir
expostos.

12 -47
7
1 - CODtextualiza~ao dos fatos DO âmbito da
01 .90

chamada "Opera~ao Lava Jato"


5/2 735
6-

o conjunto de investigac;:oes realizadas a partir de fatos iden-


3/0 0.
: 1 r: 11

tificados nos Processos n. 5025687-03.2014.404.7000, n.


5001438-85.2014.404.7000 e n. 5047229-77.2014.404.7000, em
Em po

curso perante a 13' Vara Federal da Sec;:ao Judiciaria do Parana, em

• Curitiba, revelaram um complexo esquema de corrupc;:ao de agen-


sso

tes publicos e lavagem de dinheiro relacionado com as sociedades


pre

de economia mista vinculadas ao MINISTERIO DAS MINAS E


Im

ENERGIA, destacando-se, mas nao se limitando, ao ambiente da


PETROLEO BRASILEIRO SI A - PETROBRAS e il CEN-
TRAIS ELETRICAS BRASTLEIRAS SI A - ELETROBRAS.

No contexto de taI conjunto de investigac;:oes esse egregio


Supremo Tribunal Federal homologou o acordo de colaborac;:ao
p,omi,," ,d,b~do onno o Mioi,,',io P,"lico FOdO,,"?ci-

2 de 28
, . r

PGR Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

DIO DO AMARAL GOMEZ, Senador da Republica, integrante


do nucleo politico da organizac;:ao criminosa e reu em ac;:ao penal
proposta em razao dos fatos ilicitos desvendados no contexto da
investigac;:ăo criminal gue se denominou "Caso Lava Jato".
As declarac;:oes de DELcIDIO DO AMARAL GOMEZ so-

4
mam-se a outros elementos informativos antes coletados e

4
:13 42
impoem, neste momento, a instaurac;:ao de investigac;:ăo em relac;:ăo


a AECIO NEVES DA CUNHA no gue diz respeito a possivel

:34 Inq
esguema criminoso em operac;:ao no âmbito da empresa FUR-

12 -47
NAS, conforme delineado nos t6picos seguintes.
7
01 .90

II. Dos fatos especificamente relacionados ao caso


5/2 735

concreto
6-
3/0 0.
: 1 r: 11

Segundo consta do depoimento no Termo de Colaborac;:ao n.


20 de ALBERTO YOUSSEF, decorrente de acordo de colabora-
Em po

<;:ăo premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal, o


sso

PSDB, por intermedio do Senador AEelO NEVES, possuia influ-


encia em uma diretoria de FURNAS,juntamente com o PARTI-
pre

DO PROGRESSISTA, e havia o pagamento de valores de empre-


Im

sas contratadas. ' Veja-se:

"QUE, a respeito do gue consta do anexo 19, relacionada a


empresa FURNAS, afirma que nessa epoca nao era o decla-

1 FURNAS e uma empresa de economia mista, subsidiaria da Eletrobras e


vinculada ao Ministerio de Minas c Energia, dedicada a gera,ao e
transmissao de energia cI<:trica.

3 de 28
. . T

PGR Pet n° 6015/DF Mero NEVES

rante quem fazia as opera~oes financeiras pelo PP no tocante


a coleta direta do dinheiro, sabendo que nessa empresa
havia influencia politica tanto do PP como do PSDB,
sendo cada um responsavel por uma diretoria; QUE, a
epoca a que se refere data do governo do PSDB, ou seja, de
1994 a 2001; QUE, nessa epoca o declarante atu ava no
mercado de cambio, sendo que ap6s o declarante re-
ceber o dinheiro desse esquema recolhido por JOSE

4
JANENE o declarante remetia tais valores para onde

4
determina do por JOSE JANENE, recordando-se de

:13 42
ter enviado dinheiro para Londrina ou Brasflia, tendo
recebido recursos em Bauru e em Sao Paulo; QUE,


:34 7 Inq
em Bauru funcionava a sede da empresa BAURUEN-
SE, de propriedade de AIRTON DARE, o qual pres-
tava servis:os s (sic) FURNAS em relas:ao a locas:ao
7-4
de veiculos, Iimpeza e segurans:a, local onde um fun-
cionario de JANENE eventualmente coletava dinhei-
ro; QUE, afirma que em relas:ao ao recolhimento de
01 .90
12
dinheiro junto aos empresarios, eventualmente Ihe
eram entregues tais recursos por terceiros em nome
5/2 735
6-

das empresas BAURUENSE e CAMARGO COR-


REA, sendo essas as unic as empresas envolvidas no
3/0 0.

esquema de FURNAS; QUE, possufa na epoca um


controle manual, por meio de anotas:oes manuscritas
: 1 r: 11

em relas:ao a esse movimento financeiro relacionados


as empresas BAURUENSE, CAMARGO CORREA e
FURNAS; QUE, recorda-se que em alguns eventos
Em po

sociais em Sao Paul o o Diretor da BAURUENSE,

• AIRTON DARE, entregou recursos em especie a


sso

pessoa de JOSE JANENE tendo o declarante presen-


ciado esse evento; QUE, logo ap6s receber o dinheiro
pre

JANENE o repassava ao declarante; QUE, segundo


recorda, essa entrega de recursos teria ocorrido por
Im

mais de dez vezes; QUE, segundo sabe a CAMARGO


CORREA teria feito uma obra relacionada a uma barragem,
todavia nao houve o pagamento integral da comissao; QUE,
nao recorda qual seria o valor total da comissao, apenas que
restou uma pendencia de cerca de quatro milhoes de reais, a
qual foi cobrada por ]OSE ]ANENE junto a empresa CA-
MARGO CORREA, tendo o declarante o acompanhado
na oportunidade; QUE, esclarece que essa visita teria
ocorrido no ano de 2002 sendo o contato mantido

4 de 28
, .
PGlt Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

na pessoa de JOAO HAULER, o qual teria dito que


nao havia nada a ser pago, alegando que alguem do
PSDB teria recebido esse valor; QUE, acerca do Partido
dos Trabalhadores ja ter assumido o governo nessa epoca,
afirma que se tratavam de comissoes relativas a contratos
preteritos; QUE, nao sabe dizer quem seria o parlamentar
que teria recebido esse valor; QUE, diz ter tomado co-
nhecimento, entretanto, que quem teria influencia

4
junto a diretoria de FURNAS seria o entao Deputa-

4
do Federal AECIO NEVES, o qual receberia recursos

:13 42
por meio de sua irma; QUE, nao sabe informar o
nome da irma de AECIO, anteriormente referida;


:34 7 Inq
QUE, perguntado quem mais saberia de taI liga~ao de AE-
CIO corn o comissionamento de FURNAS alem do faleci-
do JOSE JANENE, afirma que AIRTON DARE provavel-
7-4
mente tenha comentado algo a respeito; QUE, nao sabe
como seria implementado o referido comissionamento en-
01 .90

volvendo AECIO NEVES; QUE, nao sabe informar quem


12
seriam os diretores de FURNAS envolvidos no esquema;
QUE, tal informa~ao, acredita, pode ser fornecida
5/2 735
6-

pela empresa BAURUENSE, sendo o diretor Iigado a


area administrativa o que infere por ser a diretoria
3/0 0.

que geralmente trata da contrata~ao de empresas ter-


: 1 r: 11

ceirizadas; QUE, assevera que se trata de uma infe-


rencia, pois nao soube nada de concreto a respeito;
QUE, o que nao tem duvida e que havia o aval do PP em
Em po

uma das diretorias; QUE, peIo que sabe tai esquema de


comissionamento junto a FURNAS foi encerrado
sso

depois de 2002, quando JANENE passou a nao ter


mais inf1uencia sobre a empresa; QUE, perguntado do
porque JOSE ]ANENE nao teve mais uma diretoria em
pre

FURNAS, ao passo que conseguiu implementar uma direto-


ria na PETROBRAS no ano de 2004 na pessoa de PAULO
Im

ROBERTO COSTA, diz nao saber ao certo, sendo possivel


que isso seja uma deeorreneia do tempo em que o PP tenha
fieado sem liga~ao mais solida eom o partido da situa~ao;
QUE, aereseenta que antes de 2002 o PP mantinha uma eo-
liga~ao eom o PSDB, estabeleeendo uma nova parceria dom
o PT quando este assumiu o governo; QUE, acrescenta que
o PP "nunea foi oposi~ao"; QUE, diz ter conhecimento da
existencia de um inquerito policial junto ao STF, envolvendo
as empresas BAURUENSE e FURNAS, onde ocorreram

;3
5 de 28
, .
PGR. Pct n° 6015/DF ABero NEVES

inclusive buscas e apreensoes; QUE, segundo recorda esse in-


querito data do ano de 2003 ou 2004" (grifos nossos).

Ouvido novamente acerca destes fatos no Termo de Declara-


r;:oes Complementar n. 21, ALBERTO YOUSSEF afirmou que o
PSDB, por meio de AECIO NEVES, "dividiria" uma Diretoria

44
em FUR NAS com o PARTID O PROGRESSISTA, por meio de

:13 42
JOSE JANENE. Tambem afirmou que ouviu que AECIO tam-


:34 7 Inq
bem teria recebido valores mensais, por intermedio de sua irma,
de uma das empresas contratadas por FURNAS, a BAURUENSE,
7-4
no periodo entre 1994 e 2000/2001. Confira-se:
01 .90
12
5/2 735

"QUE em rela~ăo ao senador AECIO NEVES, mencionado


6-

no TC Il. 20, o declarante esclarece que na epoca nao atu ava


como operador da PETROBRAS, mas sim tinha casa de
3/0 0.

câmbio e fazia opera~6es para JOSE JANENE, como dolei-


: 1 r: 11

ro; QUE, pelo que sabe e ouvir dizer, JOSE JANENE


tinha opera~oes que dividia corn o entâo deputado
AECIO NEVES, ern alguns servi~os que as ernpresas
Em po

prestavarn para FURNAS; QUE urna destas ernpresas

• era a BAURUENSE; QUE esta ernpresa entregava os


sso

valores a JOSE JANENE, que os repassava ao decla-


rante, para que levasse a Brasflia ou a Sâo Paulo;
pre

QUE JOSE JANENE tinha uma "conta corrente" corn o


declarante e a maioria dos valores arrecadados por JANENE
Im

eram repassados ao declarante; QUE a BARUENSE tinha


contratos de presta~ăo de servi~os corn FURNAS; QUE
questionado quais, disse varios contratos de prestar;:oes de
servi~os; QUE o Partido Progressista tinha urna Dire-
toria ern Furnas, mas nâo sabe dizer qual; QUE
JOSE JANENE era responsiivel pelo recebimento dos
valores de FURNAS, referente a urna diretoria; QUE
ouviu dizer que JOSE JANENE dividia esta diretoria
corn o PSDB, por rneio do entâo Deputado AECIO

6 de 28
PGR Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

NEVES; QUE o proprio ex-Deputado JOSE JANE-


NE disse ao declarante, pessoalmente e por mais de
uma vez, que dividia uma Diretoria de Furnas com
o entao deputado AECIO NEVES, do PSDB; Questio-
nado em gue contexto surgia este assunto, o declarante diz
que isto surgiu de conversas politicas que o declarante tinha
corn JANENE ou que presenciava deste corn outros politi-
cos; QUE isto tambem surgia em conversas politic as corn

44
outros colegas de partido de JOSE JANENE, que o decla-
rante presenciava, em que se afirmava que a Diretoria

:13 42
era dividida entre o Partido Progressista e o PSDB, a


cargo do entao deputado AECIO NEVES; QUE ques-

:34 7 Inq
tionado sobre a divisao da Diretoria em Furnas, disse nito sa-
ber qual era a mencionada diretoria, mas que sabe dizer que
a BAURUENSE repassava mensalmente o valor de
7-4
USD 100.000,00 apenas para o Partido Progressista;
QUE estes fatos ocorreram entre 1996 a 2000 ou
01 .90

2001, mais ou menos; QUE durante todo este periodo


12
houve o repasse mensal da BAURUENSE para o Partido
Progressista; QUE o valor da BAURUENSE era repassado
5/2 735
6-

ao declarante pelo pr6prio JOSE JANENE; QUE guestiona-


do se teve contato com o dono da BAURUENSE, respon-
3/0 0.

deu que sim; QUE o proprietario da BAURUENSE se cha-


: 1 r: 11

mava AIRTON DARE; QUE esse contato ocorreu em al-


movos e jantares em Sao Paulo, assim como na casa de JOSE
JANENE; QUE ja esteve na empresa BAURUENSE, em
Em po

Bauru; QUE quando esteve na BAURUENSE, foi acompa-


nhar uma visita a empresa junto com JOSE JANENE e nes-


sso

ta oportunidade nao houve o repasse de valores; QUE


questionado se ja viu o proprietario da BAURUEN-
SE entregar valores diretamente a JOSE JANENE, o
pre

declarante diz que sim; QUE viu AIRTON DARE en-


tregar valores por diversas vezes para JOSE JANENE;
Im

QUE o filho de AIRTON DARE, que era piloto de F6rmu-


la Indy Light, se o declarante nao se engana, era patrocinado
pelo BANESTADO e por isto o dcclarantc se encontrou al-
gumas vezes com AIRTON DARE aqui em Curitiba; QUE
tambem encontrou com AIRTON DARE em Londrina, na
casa de JOSE JANENE; QUE os valores recebidos da BAU-
RUENSE eram, em sua maioria, destinados a Brasilia; QUE
questionado se era o pr6prio declarante quem levava estes
valores em especie, o declarante diz gue sim; QUE entregava

7 de 28
?
..
PGR Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

estes valores para o proprio JOSE JANENE em Brasilia;


QUE JOSE JANENE nao carregava valores; QUE presen-
eiou ANTONIO DARE entregar valores para JOSE
JANENE em almofos, valores estes que o declarante
levava pessoalmente para Brasllia e os entregava de
voita para JOSE JANENE; QUE questionado sobre o
destin o destes valores, diz que acredita que JOSE JANENE
dividia entre as pessoas do Partido Progressista, mas que nao

4
sabe indicar quem eram tais pessoas na epoca; QUE na epo-

4
ca o declarante era operador do JOSE JANENE e empresta-

:13 42
va muito dinheiro a ele, principalmente na epoca de campa-


nha, mas nao tinha a proximidade que tinha com o Partido

:34 Inq
Progressista como ha pouco tempo; QUE os valores para o
PSDB sequer passavam pelo JOSE JANENE ou pela decla-

12 -47
rante, pois eram duas frentes diferentes; QUE questionado
quem era o opera dor do PSDB na epoca, declara,
por ouvir dizer, que era uma irma de AECIO NE-
7
01 .90

VES; QUE ouviu dizer que a irma de AECIO NE-


VES era a operadora do PSDB por informafoes do
proprio JOSE JANENE e do proprio ANTONIO
5/2 735
6-

DARE; QUE o declarante presenciou ANTONIO


DARE discutir valores de Furnas com JOSE JANE-
3/0 0.

NE e o declarante ouvia dizer que, por exemplo,


: 1 r: 11

DARE nao poderia dar mais valores para o Partido


Progressista, pois ainda tinha a parte do PSDB; QUE
foi neste tipo de conversas que houve menyao il irma de AB-
Em po

eIO NEVES; QUE acredita que os valores do PSDB tam-


bem eram entregues em especie, mas nao sabe quanto e


sso

onde eram entregues; QUE tambem nao sabe como era a di-
visao de valores entre Partido Progressista e PSDB; QUE o
declarante nao teve contato com a irma de ABel O NEVES
pre

e mostrada uma foto de ANDREA NEVES, diz nao poder


reconhed~-Ia, pois nunca teve contato com ela; QUE tam-
Im

bem nao sabe qualquer outro dado em relayao a ela; QUE


nunca teve contato com ABel O NEVES; QUE o declarante
tinha um controle manuscrito dos valores referentes il BAU-
RUENSE ligados a FURNAS; QUE este controle manus-
crito era feito pelo proprio JOSE JANENE e entregue ao
declarante; QUE nao sabe dizer se taI controle manuscrito
foi apreendido na Operac;:ao BANESTADO; QUE questio-
nado onde era guardado este controle, declara que ficava na
empresa do declarante em Londrina; QUE na epoca somen-y

8 de 28
, .
peR Per n° 6015/DF ABCIa NEVES

te tinha uma empresa em Londrina, chamada YOUSSEF


CÂMBIO E TURISMO; QUE em rela~ao a FURNAS, o
declarante somente fazia opera~oes relacionados a BAURU-
ENSE; QUE os valores entregues pela BAURUENSE eram
as vezes entregues em reais e as vezes em d6lares; QUE nao
realizou opera~ao d6lar cabo neste caso, mas apenas entrega
de numerarios, tanto em d6lares quanto em reais; QUE
questionado se conhece DIMAS FABIANO TOLE-

4
DO, o declarante diz que, se for a pessoa 9ue esta

4
pensando, a viu uma ou duas vezes corn JOSE JANE-

:13 42
NE nos anos de 2007 ou 2008; QUE o viu almo~ando


por uma ou duas vezes corn JOSE JANENE; QUE

:34 7 Inq
questionado quem era essa pessoa, disse que era uma pessoa
que dava consultoria na area de energia; QUE mostrada a
foto de DIMAS FABIANO TOLEDO, que se encon-
7-4
tra em anexo, o declarante o reconhece como sendo
a pessoa mencionada, que almo~ou corn o JOSE JA-
01 .90

NENE; QUE sabe que DIMAS trabalhou em Furnas por


12
ouvir dizer; QUE foi JOSE JANENE que disse isso ao de-
c1arante; QUE questionado sobre a empresa TOSHIBA DO
5/2 735
6-

BRASIL, disse que a epoca nao teve relacionamento corn tai


empresa, mas que posteriormente, na PETROBRAS veio a
3/0 0.

ter contato corn taI empresa; QUE a TOSHIBA era uma das
: 1 r: 11

empresas contratadas para prestar serviyos para a PETRO-


BRAS e que pagava valores para o Partido Progressista;
QUE o representante da TOSHIBA era o conhecido como
Em po

PIVA; QUE se trata de JOSE ALBERTO PIVA CAMPA-


NA; QUE esta pessoa esteve varias vezes na GFD, no escri-
sso

t6rio do declarante; QUE questionado sobre a pessoa de


TAKASHI WADA, diz nao conhecer; QUE nao conhece a
empresa JP ENGENHARIA; QUE questionado se conhece
pre

as pessoas de ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO


FRANCISC O, NILTON ANTONIO MONTEIRO,jOSE
Im

PEDRO TERRA, PEDRO PERElRA TERRA, WALTER


ANNICCHINO, SERGIO JOSE ANNICCHINO, Dl-
EICKSON BARBOSA, REINALDO CONRAD e ADE-
MIR CARNEVALLI GUIMARĂEs, diz que conhece ape-
nas WALTER ANNICCHINO; QUE o conhece, se nao me
engano, porque era proprietario ou s6cio de uma empresa
chamada ICOMON; QUE esta empresa presta serviyos de
telefonia, para instala~ao e manuten~ao, ou seja, terceiriza~ao
de servi~os; QUE nunca realizou e nem ouviu falar de ope-

;;7
9 de 28
" ,

PGR Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

rac;:ao irregular corn esta empresa; QUE WALTER tambem


era socio de uma empresa chamada QUALIMAN, que presta
servic;:os para a PETROBRAS; QUE esta empresa nao paga-
va valores para o esquema, mas WALTER sempre estava no
escritorio do declarante para ser convidado para prestar ser-
vic;:os para obras da PETROBRAS; QUE o declarante sem-
pre tentou ajudar WALTER perante PAULO ROBERTO
COSTA, mas sempre teve resistencia do proprio PAULO;

4
QUE nao sabe o motivo desta resistencia e a alegac;:ao de

4
PAULO ROBERTO COSTA era problemas sempre de ca-

:13 42
dastro; QUE o declarante nunca recebeu valores de WAL-
TER e tampouco o Partido Progressista, ao menos nao pela


:34 Inq
declarante; QUE ROBERTO JEFFERSON somente co-
nhece de nome; QUE ouviu falar da "lista de Furnas", mas

12 -47
apenas por comentarios; QUE soube disto apenas pela im-
prensa; QUE' acredita que o esquema relacionado a FUR-
NAS foi ate 2000 ou 2001, mas nao sabe se foi ate o final do
7
01 .90

mandato do ex-Presidente FERNANDO HENRJQUE


CARDOSO; QUE questionado se houve algum envolvi-
5/2 735

mento deste ultimo, o declarante nao sabe dizer; QUE em


6-

2000 ou 2001 os repasses pararam; QUE nao sabe o motivo


dessa interrupc;:ao e o JOSE JANENE nao comentou e nem
3/0 0.

o declarante perguntou; QUE questionado se fez alguma


: 1 r: 11

operac;:ao para o PSDB, o declarante disse que nao"


Em po

Segundo ALBERTO YOUSSEF, ele omitiu estes fatos em


sso

anterior acordo de colabora<;:ao premiada, para, segundo ele, pre-

servar JOSE JANENE,


pre

Em 03.03.2015, os autos da Pet n° 5283/DF foram ar-


Im

quivados, ao fundamento, em sintese, da inexisd\ncia de


elementos minimos aptos a corroborar preliminarmente
as declaraf,:oes de ALBERTO YOUSSEF e, de taI sorte, a
ensejar a instauraf,:ao de investigaf,:ao em reIaf,:ao a AECIO
NEVES.

10dc28
..
PGR. Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

Assim se expos na ocasiao (fis. 22/43 dos autos de Pet n°


5283IDF):

"Todos os elementos existentes na investiga~ăo denominada


Lava Jato indicam para a existencia de esquema criminoso
montado dentro da Petrobras, especialmente na Diretoria de

4 4
Abastecimento, na Diretoria de Servi<;:os e na Diretoria [n-

:13 42
ternacional, contava corn a relevante participayao de grupos
de polîticos, ligados a pelo menos tres partidos diferentes: PP,

• :34 7 Inq
PT e PMDB (vide termos das Peti<;:oes 5260, 5276, 5277,
5279,5281,5289 e 5293). E o que se tem apurado ate o pre-
sente momento.
7-4
Prefacialmente, hi se ver que os fatos referidos saa totalmen-
te dissociados da investigac;:ăo central em voga, relacionada a
01 .90

apurac;:ao dos fatos que ensejaram notadamente desvios de


12
recursos da Petrobras. A referencia que se fez ao Senador Ae-
5/2 735

cio Neves diz com supostos fatos no âmbito da administra-


6-

<;:ao de Furnas. Assim, do que se tem conhecimento, sao fatos


comp[etamente diversos e dissociados entre si.
3/0 0.
: 1 r: 11

Em sequencia, ha se se ver que, tambem de modo diverso


dos casos em que se esti instaurando inquerito no bojo dos
desdobramentos da denominada Opera<;:ao Lava Jato no âm-
Em po

bito do Supremo Tribunal Federal, o caso em tela tem uma


caracteristica fundamental que merece o devido e prudente
sopesamento no presente momento. E que as afirmativas de
sso

Alberto Youssef sao muito vagas e, sobretudo, assentadas em


circunstâncias de ter ouvido os supostos fatos por intermedio
pre

de terceiros (um deles, inclusive, jâ falecido: Jose Janene).


Outro detalhe relevante: a referencia de que existia uma su-
Im

posta 'divisao' na diretoria de Furnas entre o PP e o PSDB -


o que poderia ensejar a suposic;:ao de uma ilegitima reparti-
<;:ao de valores entre as duas agremia<;:6es - nao conta corn
nenhuma indicac;:ao, na presente investiga<;:ao, de outro ele-
mento que a corrobore.
Dessarte, sem que se tire a credibilidade de todo o mais que
foi dito - corn elementos mais detalhados e seguros - pelo
eoi,bondo, = ~""o '0' dem," pon'ru (dU , oec~'i7

11 de 28
..
PGR Pet n" 6015/DF AECIO NEVES

de analise individualizada de cada um dos fatos e dos supos-


tos envolvidos) , fato e gue, no entender do Procurador-Geral
da Republica, tal como realiza do em detrimento a outros in-
dicados nas dela<;:6es gue estio sob analise, nao ha como, nes-
te momento, em face do gue se tem concretamente nos au-
tos, dar andamento a investiga<;:ao formal em detrimento do
parlam entar.
De gualguer modo, nunca e demais se frisar gue nao se esta

4 4
fazendo nenhum juizo insuperivel acerca da procedencia ou

:13 42
nao de eventual participayao do parlamentar referido no su-
posto fato relacionado a Furnas. O gue se imp6e assentar e


:34 7 Inq
gue, diante do gue ha de concrete nos autos ate o presente,
nao hâ sustenta<;:ăo minima para reguerimento de formal in-
vestigayăo.
7-4
E importante acentuar gue tais conclus6es prefaciais nao in-
viabilizam gue, caso surjam ulteriormente dados minima-
01 .90

mente objetivos gue justifiguem e permitam uma apurayăo


12
em relayăo ao parlamentar, se retorne o procedimento pro-
5/2 735

prio para tai fim. Colhe-se em doutrina gue 'se a decisao de


6-

arquivamento epor auseneia de prova, a efiuicia preclusiva da deci-


sao, ou seja, a sua indiscutibilidade, limitar-se-a aquele conjunto de
3/0 0.

e1ementos probantes trazidos aos autos e analisados pelo parquet ou


: 1 r: 11

pelo particular (na a~ao privada). E embora o dispositivo se refira ao


e
despacho judicial de arquivamento, bem de ver que os efeitos desse
despacho equivalerao aqueles (tlpicos de verdadeiras decisoes) aptos a
Em po

prodllţiio de coisa jll/gada formal, ja que, enquanto nao surgirem no-

• vas provas, nao se poderâ modificar o entendimento manifestado so-


sso

bre o conjunto de material probatario recolhido e analisado".


pre

A promo<;:ao de arquivamento foi, fundamentadamente, aco-


Im

lhida por Vossa Excelencia em 06.03.2015.

Ocorre que, diante do novo depoimento, colhido no


bojo da colaborafao celebrada por DELCiDIO DO AMA-
RAL GOMEZ (termo de colabora<;:ao n. 04, cujo original consta
nas fls. 137/142 dos autos da Pet. n° 5952/DF), no qua! trata dos

12 de 28
;;
, . I~
PGR Pot n° 6015/DF AECIO NEVES

mesmos fatos da Pet. n° 5283/DF - agora, sob a perspectiva de al-

guem gue ocupava uma posi<;:ao privilegiada no gue diz respeito


ao conhecimento dos fatos - , o guadro merece reavalia<;:ao.

Corn efeito, assim declarou DELcîDIO DO AMARAL em


seu termo de depoimento n. 04, objeto dos presentes autos:

4 4
:13 42
"QUE DlMAS TOLEDO era diretor de engenharia de


:34 Inq
FURNAS e foi por muito tempo, por varios governos; QUE
quando o governo LULA assumiu a Presidencia, ele ja era
diretor; QUE questionado quem o indicou, afirmou que DI-
12 -47
MAS tinha apoio muito forte do Partido Progressista - PP e
do PSDB, por mei o de AECIO NEVES (".) ; QUE quando
7
o governo LULA assume, ha uma movimentayao de se mu-
01 .90

dar a diretoria de FURNAS, mais especificamente a direto-


ria de engenharia; QUE o depoente se lembra bem que fez
5/2 735
6-

uma viagem com Presidente LULA para Campinas, no aviăo


presidencial; QUE ja fez levantamentos e tai via gem ocorreu
3/0 0.

em 06 de maio de 2005; QUE o depoente viajou na area re-


: 1 r: 11

servada para a presidencia da Republica no aviăo e acredita


que somente estavam ambos; QUE na viagem LULA per-
guntou ao depoente: "quem e este DIMAS TOLE-
Em po

DO?"; QUE o depoente respondeu: "e um compa-


nheiro do setor eletrico, muito competente"; QUE


sso

LULA respondeu: "Eu assumi e o JANENE veio pe-


dir pela DIMAS. Depois veio o AECIO e pediu por
ele. Agora oPT, que era contra, esta a favor. Pelo jei-
pre

to ele esta roubando muito!"; QUE foi]OSE DIRCEU


quem pediu a LULA para DIMAS continuar; QUE LULA
Im

afirm ou isto ("Pelo jeito ele esta roubando muito!") porque


seria necessario muito dinheiro para manter tres grandes
frentes de pagamentos e tres partidos importantes; QUE se
recorda que ]OSE DIRCEU sempre dizia que, se DIMAS
fosse nomeado ascensorista de FURNAS, mandaria no Pre-
sidente de FURNAS; QUE questionado ao depoente o que
significava esta frase, respondeu que DIMAS tinha uma capi-
laridade e um protagonismo tamanho em FURNAS que ele
era um "super Diretor"; QUE os demais Diretores eram c o - /

13 de 28
. .
l'GR Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

adjuvantes, ate mesmo porque a Diretoria de Engenharia e a


mais forte, pelo onramento e pelas obras, sendo a mais pode-
rosa; QUE a Diretoria de Engenharia de FURNAS e a "joia
da coroa" da ELETROBRAS, sendo a mais cobiyada pelos
partidos; QUE questionado por que ela e mais cobi~ada, res-
pondeu que nao ha d6vidas que FURNAS foi usada siste-
maticamente para repassar valores para Partidos; QUE o que
se ve hoje na PETROBRAS ocorreu sem d6vida em FUR-

4
NAS, em vârios governos, e talvez a figura mais emblematica

4
neste sentido seja o proprio DIMAS, que passou muitos anos

:13 42
na Diretoria, ten do grande longevidade (... ), QUE DIMAS
possui vinculo muito forte corn AECIO NEVES; QUE na


:34 7 Inq
CPI DOS CORREIOS surgiu a chamada LISTA DE
FURNAS; QUE o tema foi muito polemico, pois se alegou
que a lista teria sido falsificada; QUE, embora o docu-
7-4
mento pudesse ser falso materialmente (ate mesmo
porque constava como se fosse assinado por DIMAS,
01 .90

o que ele jamais faria), o conteudo do documento


12
nao era falso, ou seja, realmente existia repasse de va-
lores para politicos; QUE se tratava de uma lista de doa-
5/2 735
6-

~6es destinadas a varios politicos; QUE acredita que ao me-


nos parte daqueles politicos recebeu valores, embora a lista
3/0 0.

possa ter sido superdimensionada (ou seja, nem todos polÎti-


: 1 r: 11

cos mencionados realmente receberam); QUE questionado


ao depoente quem teria recebido valores de FURNAS, o
depoente disse que nao sabe precisar, mas sabe que DIMAS
Em po

operacionalizava pagamentos e um dos beneficiarios dos


valores iHcitos sem duvida foi AECIO NEVES, assim
sso

como tambem o Pp, atraves de JOSE JANENE; QUE


tambem o proprio PT recebeu valores, mas nao sabe ao cer-
to quem os recebia e de que forma (... ); QUE pode afir-
pre

mar categoricamente que o esquema funcionava de


maneira bastante "azeitada" e de maneira bastante
Im

competente; QUE nao ha d6vida nenhuma que o esquema


existia; QUE DIMAS era muito competente eera muito di-
ficil perceber o esquema ilicito, mesmo para os demais dire-
tores (... ); QUE questionado sobre AIRTON DARE,
respondeu que e um empresario da empresa BAU-
RUENSE, que era prestadora de servi~os em FUR-
NAS; QUE o depoente sabe que AIRTON DARE e
DIMAS eram muito pr6ximos, tanto assim que a
BAURUENSE cresc eu muito na gestao do DIMAS;

14 de 28
/
1bl--
PCR Pet n° 6015/DF ABerO NEVES

QUE este caso da BAURUENSE tem muita "confu-


sao"; QUE o assunto da BAURUENSE, porem, e algo
muito pequeno dentro do esquema de FURNAS, que
era grande; QUE as empresas envolvidas em FUR-
NAS sac as mesmas que estao sendo investigadas na
PETROBRAS: ANDRADE GUTIERREZ, OAS, CA-
MARGO CORREA, ODEBRECHT, entre outras;
QUE nesta area, alern da expertise, somente grandes empre-

4
sas conseguem atuar; QUE questionado sobre a irma de

4
AECIO NEVES, o depoente respondeu que a mento-

:13 42
ra intelectual de AECIO e a sua irma, ANDREA NE-
VES; QUE no governo de Minas de AECrO, era ANDREA


:34 Inq
uma das grandes mentoras intelectuais deIe e estava por tras
do governo; QUE nâo sabe se ela tinha um cargo oficial, mas
ficava e atendia dentro do gabinete de ABCrO; QUE embo-
12 -47
ra ANDREA NEVES seja muito influente em rela<;:âo a AE-
CIO NEVES, nio tem conhecimento da atua<;:âo dela em
7
rela<;:ao ao esquema de FURNAS (... );
01 .90
5/2 735
6-

A versao apresentada por DELCIDIO, gue se agrega ao ante-


3/0 0.

rior relato de ALBERTO YOUSSEF, mostra-se plausivel.


: 1 r: 11

Ademais, orbitam em torno de ambos os relatos alguns ele-


Em po

mentos confirmat6rios, a seguir referi dos.


sso

A ocasiao em gue se deu o dialogo entre DELcIDIO DO


AMARAL e o ex-presideme Luis INĂCIO LULA DA SILVA
pre

no gual mencionam DIMAS TOLEDO foi registrada na agenda


Im

de DELcIDIO (fl. 64 da Pet. n° 5952/DF - documento apresen-


tado pelo colaborador, c6pia anexa):

15 de 28
PGR I'el n° 6015/DF AECIO NEVES

AGENDA
SENADQR llF,l..ciIlJO i\MAlML

nh30min Derolagem de RSB/Campinas.


{Scnador intenra comiliva E::,res=id:::e::;n::;.cl:::·a::JIl::.. ,----;-;-:-;:--.--i
15h Assinaiura do aconlo de acionislas, quc viabilizara a
rcestrulUrnyâo das emprcsas, corn a prcscnţa do
Excclcnlissimo Senhor Pre<identc da Republica. Lui7. Inâcio

4
Lola da Silva.

4
Convitc: Elias David Nigri (Pres. da Drasil Fcrrovin< SA)

:13 42
Local: ESlay~o Cultural (Antiga Esla~o Fcrroviliria)
Fraya Marechal Floriano Peixoro. sin Centro.


Campioas - SI' .

:34 7 Inq
21h Aniversiirio Cezar Tussi.
Local, nu. Gon.alves Dias, 252 - Bairro ManIe Lihano.

8h Saida para Nova Andrndin •.


7-4
- Reuniiio corn Prcfci\os (as)l Vicc·Prcfcitos
Vereadorcs (as) c lideranţ.. d. Regiio do Vale do I\'inhcma.
I3h· Almo~.
01 .90
12
14h30min - Said. para Camapua
16h30min - Ahcrtura dn Ag.ropccu;\riu de Ctllnapuu
5/2 735

18h - RClorno
6-

16h
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po

Outrossim, DIMAS FABIANO TOLEDO e AIRTON AN-


sso

TONIO DARE foram denunciados2 em 2012 (ao lado de diversas


outras pessoas) pelo Ministerio Publico Federal perante a 2' Vara
pre

Federal do Rio de Janeiro por participac;:ao num "esquema de arre·


Im

cadafiio de vantagens indevidas (propinas)" no âmbito da empresa

FURNAS, "custeadas mediante supeifaturamento de obras e servifos"3


(inquerito n. 183512005, autos de n.o 2005.51.01.517099-4 4). ~ ___

2 Copia da denunCla, em versâo .p!if, gravada em DVD ancxo. ~


3 FI. 03 da denuneia.
4 A denuneia nâo foi reeebida pela Justi<;a Federal, que declinou o easo a
Justi<;a do Estado do Rio de Janeiro (copia da deeisâo anexa). Conforme e

16dc28
PCR. Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

A denuncia ofertada nos autos do inguerito n. 1835/2005


(autos de n.O 2005.51.01.517099-4) - e posteriormente declinada
para a Justic;:a Estadual - narra modus operandi muito semelhante ao
noticiado pelos colaboradores ALBERTO YOUSSEF e DELcI-
DIO DO AMARAL, com o pagamento de vantagens indevidas

4
para servidores public os e politicos no âmbito da empresa FUR-

4
:13 42
NAS por empresas interessadas em contratar. Hâ menc;:âo ao ex-


diretor de Furnas, DlMAS FABIANO TOLEDo. Este seria o res-

:34 7 Inq
ponsâvel por gerenciar uma especie de "fundo" de valores ilicitos,
gue eram recursos disponibilizados a politicos para financiar cam-
7-4
panhas.
01 .90
12
Na epoca dos fatos, DIMAS FABIANO TOLEDO foi Dire-
5/2 735
6-

tor de Engenharia de FURNAS. Em investigac;:ăo do Ministerio


3/0 0.

Publico do Trabalho sobre terceirizac;:ao irregular, segundo repor-


: 1 r: 11

tagem, DIMAS FABIANO TOLEDO foi apontado como admi-


nistrador dos contratos de terceirizac;:ao. Ainda segundo divulgado,
Em po

dos terceirizados de FURNAS, 80% eram contratados pelo Grupo


sso

BAURUENSE, gue entre 2000 e 2006 recebeu R$ 826 milhoes


de reais de FURNAS em 28 contratos para prestac;:ăo de servic;:os.
pre

Em ao menos cinco contratos nao houve licitac;:âo. 5


Im

Relembre-se tambem gue ROBERTO JEFFERSON afir-


posslvel verificar em fontes abertas (c6pias anexas), a denuncia DaO foi
imediatamente ratificada pelo Ministerio Publico do Rio de Janeiro e os
autos foram remetidos a Policia Civil daqucle estado para a realizal'ao de
diligcncias complementares. Em fevereiro de 2016 a Policia Civil deu por
encerradas as investigal'oes e os autos foram devolvidos ao Ministerio
Publico do Estado do Rio de Janeiro.
5 <http://wwwl.folha.uol.com.brlfsp/brasil/fc1901200618.htm>; acesso ~./
em: 26 abr. 2016. /'

17 de 28
PGR Pet n° 6015/DF AEClO NEVES

mou que DIMAS TOLEDO comandaria esquema de cobrall/;:a de


propinas - envolvendo fornecedores da empresa - para o financia-
mento de campanhas eleitorais e politicos. ROBERTO JEFFER-
SON disse que ouviu dele que havia desvio de R$ 3 milhoes de
reais de FURNAS. Por sua vez, em depoimento perante a Polîcia

4
Federal, segundo noticias em fontes livres, ROBERTO JEFFER-

4
:13 42
SON confirmou o recebimento de R$ 75.000,00 de DIMAS
TOLEDo. 6 Este ultimo assumiu a Diretoria de Planejamento, En-


:34 Inq
genharia e Constru.;ăo de FURNAS em 1995, conforme ele pr6-
prio declarou. 12 -47
7
f:Iâ outros depoimentos relacionados ao caso FURNAS, ob-
01 .90

tidos em fontes abertas 7 , que robustecem a verossimilhan.;a dos re-


5/2 735
6-

latos feitos por DELCÎDIO DO AMARAL (e, anteriormente, por


3/0 0.

ALBERTOYOUSSEF).
: 1 r: 11

Ouvido no Inquerito 1835/2005 perante a Policia Federal


do Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 2006, DIMAS FABIA-
Em po

NO TOLEDO afirm ou que conhece o entăo governador de Mi-


sso

nas Gerais ABCIO NEVES e que este ultimo "costumava procurar o


declarante em PURNAS para assuntos envolvendo os munidpios onde o
pre

atual govemador tinha base eleitoral" , que "mantem com o Sr. AECIO
Im

CUNHA {pai de AECIO NEVESj, conselheiro de PURNAS, relafQO


de amizade, ja que o av8 do declarante ja era companheiro de partido do

6 Disponîvel em: <heep:! /www.gazeeadopovo.com.hr/vida-


publica/jeffcrson diz <:Iue reccbeu-r-75-mil-de-ex diretor-de-furnas-
9vjOeyythzueOmmg95gy8yuku>; acesso em 26 abr. 2016.
7 Disponivel em: <heeR:! /noeicias.uol.com.br/ultnotlfernandorodrigues>;
acesso em 26 abr. 2016.
y
18 de 28
PGR. Pet n° 6015/0F AECIO NEVES

av6 de AECIO CUNHA". Afirmou, ainda, que "sua filha FABIA-


NA rTOLEDOl eengenheira civil com p6s-graduafao na area de comer-
cializafao de energia, contratada da empresa BAURUENSE, prestando
servifos em FURNAS". Declarou, ain da, que "conhece um dos donos
da BAURUENSE de nome AIRTON DARl~; QUE este indivîduo ja

4
esteve varias vezes no gabinete do declarante, conforme a necessidade de

4
,

:13 42
servifo; (. . .) QUE AIRTON DARE era normalmente responsavel pela


:34 Inq
resolufao de problemas de maior magnitude, sendo o gerenciamento diario
realizado pela preposto da empresa de nome RAMIRO".

12 -47
Por sua vez, o Tribunal de Contas da Uniao apurou diversas
7
irregularidades referentes i empresa FURNAS CENTRAIS ELE-
01 .90

TRICAS S.A no tocante a terceiriza\=ao de servi\=os, tendo deter-


5/2 735
6-

minado que substituisse a terceiriza\=ao por concursos publicos. 8


3/0 0.

Esses elementos confirmam a informa~ao dos colaboradores


: 1 r: 11

de que o Diretor relacionado ao esquema se tratava de um "dire tor


liga do a area administrativa o que infere por ser a diretoria que geralmente
Em po


trata da contratafao de empresas terceirizadas" .
sso

A irma de AECIO NEVES, mencionada por DELCÎDIO


pre

DO AMARAL e ALBERTO YOUSSEF, possui (ou ao menos


possuia) diversas empresas em seu nome e, na epoca dos fatos,
Im

mantinha inclusive empresa de factoring, criada em 1993 e que teve


atividades ate 2010, conforme pesquisa na Junta Comercial de Mi-
nas Gerais.

8 Dentre outros, no ac6rdao n° lS5712005-Plcnârio (decisa o profcrida nos


autos do TC-OlO.987/2004-8).

19 de 28
PGR Pot ,,0 6015/DF AECIO NEVES

Finalmente - mas năo menos relevante -, no bojo da chama-


da Opera<;:ăo Norbert, gue tramitou perante a Justi<;:a Federal do
Rio de Janeiro (IPL n.o 00112005

DELEFIN/DRCORISR/DPF/RJ), foram apreendidos divers os


documentos, por ordem judicial, na casa dos doleiros Christiane

4
Puchmann e Norbert Muller. Referidos documentos revelaram

4
:13 42
gue diversas pessoas, valendo-se das atividades dos doleiros, criaram


mecanismos de interposi<;:ăo de personalidade juridica, corn o in-

:34 7 Inq
tuito de manter e ocultar valores no exterior, inclusive na Suî<;:a e
no Principado de Liechtenstein, na Europa.
7-4
Como fruto das referidas apura<;:oes, o Ministerio Publico
01 .90
12
Federal no Rio de Janeiro ofereceu denuncia (copia anexa) em
5/2 735
6-

face de Christine Puschmann (viuva de Norbert Miiller) e suas fi-


3/0 0.

lhas Christine Miiller e Ingrid Maria Miiller Lusguinos (proc. n°


: 1 r: 11

2007.51.01.809024-6~ pela pratica de crimes contra o sistema fi-


nanceiro (art. 16 e 22 da lei n.o 7.492/86).
Em po

Em rela<;:ăo aos clientes de Norbert Miiller, contudo, o caso


sso

deu ensejo a instaura<;:ăo do IPL 00812007 - DELEFIN


(2007.51.01.809024-6), posteriormente desmembrado. Eis coma o
pre

Ministerio Public o Federal fundamentou a necessidade de divisao


Im

das investiga<;:oes (copia anexa):

9 Denuneia ofcreeida nas autos do IPL 001 12005, numera~ao judieial


2005.51.01.503143-3.

20 de 28
PGR Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

"1. o presente Inquerito Policial foi instaurado para apurar a


pratica do delito tipificado no art. 22, pad.grafo unico, da Lei
7.492/86, por parte dos titulares de contas mantidas no exte-
rior, as quais eram administradas pelo casal Norbert Muller e
Christine Puschmann, em razao do que desvendado no IPL
n° 001/2005-DELEFIN (2005.51.01.503145-3) (fl.02).
(... )

4
3. Nesses temos, restaram formados inumeros dossies conten-

4
do os e1ementos obtidos a partir das diligencias desenvolvi-

:13 42
das na investiga<;:ao citada (IPL n° 001 /2005-DELEFIN), so-
bretudo a partir de medidas cautelares decretadas por esse


:34 7 Inq
JU1zo, consubstanciadas em monitoramento telefOnico e tele-
matico (Processo n° 200551015031751), em busca e apreen-
sao (Processo n° 200651015383143) e em afastamento de si-
7-4
gilos (Processo n° 200751018073935).
4. Atingida, portanto, a finalidade que deu ensejo a instaura-
01 .90
12
<;:ao do presente Inquerito Policial, cumpre adotar a provi-
dencia invocada pela autoridade policial no relatario conclu-
5/2 735
6-

sivo de fls. 124/134, mais precisamente no sentido de se de-


terminar o desmembramento deste apuratario, com vis ta a
3/0 0.

otimizar a eventual investiga<;:ao de cada um dos multiplos


: 1 r: 11

fatos autonomos versados, de modo que os dossies sejam


agrupados por rela<;:ao e remetidos as unidades policiais de
domicilio dos envolvidos, para analise especîfica das situa<;:6es
Em po

concretas correspondentes .


sso

Os elementos informativos atinentes a Ines Maria Neves Fa-


pre

ria foram assim identificados (nos autos do IPL 008/2007):


Im

TITULAR DOMlcfLJO

Bogart and Taylor Foundatlon (lnes Maria Neves Farla) Rio de Janelro
~--~~~~--~~~

Acolhida a promoyao acima reproduzida, instaurou-se o IPL

21 de 28
. , •

PGR Pct n° 6015/0F AECIO NEVES

08512009-11 DELEFIN (proc. 2009.51.01.812685-7), que dizia


respeito precisamente a cliente Ines Maria Neves Faria, mae de
AECIO NEVES. Esse inquerito foi posteriormente arquivado.

Na promo~ăo de arquivamento, o Ministerio Publico Federal


no Rio de Janeiro alude ao fato de os valores dos dep6sitos no ex-

4 4
terior serem inferiores aquele fixado pelo Banco Central como de

:13 42
comunica~ao obrigat6ria, a1em da "inviabilidade de w/aborafiio inter-


:34 7 Inq
naciona/ [cam Liechtenstein} com o fim de dar prosseguimento as investi-
gafoes" (c6pia anexa).
7-4
Ademais, a existencia de uma funda~ao sediada em um parai-
01 .90

so fiscal da qual seria beneficiario AECIO NEVES e referida em


12

outro termo de colaboral,:ăo de DELCIDIO DO AMARAL (ter-


5/2 735
6-

mo 18, c6pia anexa):


3/0 0.
: 1 r: 11

"QUE, o declarante ouviu do Deputado Jose Janene gue


Aecio Neves era beneficiario de uma funda~ao sediada em
Em po

um paraiso fiscal, da gual ele seria dono ou controla dor de

• fato; QUE, essa fundayao seria sediada em Liechtenstein;


sso

QUE, o declarante nao sabe precisar, mas ao gue parece, a


fundayao estaria em nome da măe ou do proprio Aecio Ne-
pre

ves; QUE, essa opera~ăo financeira teria sido estruturada por


um doleiro do Rio de Janeiro; QUE, nao sabe afirm ar se ha
rela~ao entre essa funda~ao e o mensalao mineiro ou a ma-
Im

guiagem do Banco Rural; QUE, essa historia foi relatada por


Janene nu ma conversa entre o depoente e o deputado sobre
a CPI dos Correios (... )"

Referidas informa~oes constituem um conjunto harmonico

"poo"'" p'n' ~M.mi1h=" dO' f"O' d"";,,, 00 '"mo d'/,

22 de 28
. ,

"GR Pe! n° 6015/DF AECIO NEVES

colaborar;:ăo n. 06 e a decorrente necessidade de aprofundamento


das investigar;:oes 10 •

III. Do enquadramento tipico

4 4
:13 42
As condutas noticiadas acnna apontam, pelo menos, para

eventual crime de corrupr;:ăo passiva qualificada, assim tipificado a



:34 Inq
epoca dos fatos:

12 -47
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
7
ou indiretamente, ainda gue fora da funr;:ao ou antes de as-
01 .90

sumi-Ia, mas em razao dela, vantagem indevida, ou aceitar


promessa de tai vantagem:
5/2 735
6-

Pena - reclusao, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.


3/0 0.

§1 - A pena e aumentada de um terr;:o, se, em consequencia


0
: 1 r: 11

da vantagem ou promessa, o funcionario retarda ou deixa de


praticar qualquer ato de oficio ou O pratica infringindo de-
ver funcionaL
Em po

( ... )


sso

Art. 327 - Considera-se funcionario publico, para os efeitos


penais, quem, embora transitoriamente ou sem remunerar;:ao,
pre

exerce cargo, emprego ou funyao publica.


§1 0
Equipara-se a funcionario publico guem exerce cargo,
_
Im

emprego ou funr;:ao em entidade paraestatal, e guem trabalha


para empresa prestadora de serviyo contratada ou conveniada
para a execur;:ao de atividade tipica da Administrar;:ao Publica.
(Incluîdo pela Lei n° 9.983, de 2000)
§2 0
A pena sera aumentada da terya parte quando os auto-
-

res dos crimes previstos neste Capîtulo forem ocupantes de

10 Inc\uindo, se for o caso, o rcsgate de informayoes


convicyao reunidos em investigal'ocs preteritas.

23 de 28
• •
PGR Pct n° 6015/DF AECIO NEVES

cargos em conlJSsao ou de fun~ao de dire~ao ou assessora-


mento de 6rgao da administra~ao direta, sociedade de eco-
nomia mista, empresa publica ou funda~ao institui da pelo
poder publico. (Incluido pela Lei n° 6.799, de 1980)."

Ante as causas de aumento incidentes, os fatos nao se en-

4
contram prescritos.

4
:13 42
Alem disso, os valores indevidos teriam sido entregues aos


:34 7 Inq
destinatarios ap6s processos de oculta~ao e dissimulayao dos valo-

res provenientes dos crimes contra a Admjnistra~ao, assim coma


7-4
corn a possivel manutenyao de valores ocultados no exterior. Isso
caracteriza tambem o delito de lavagem de capi tais, assim tipifica-
01 .90
12
do il epoca dos fatos:
5/2 735
6-
3/0 0.

Art. 10 Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localiza~ao,


: 1 r: 11

disposi<;:ao, movimenta~ao ou propriedade de bens, direitos


ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:
( ... )
Em po

v -


contra a Administra~ao Publica, inclusive a eXlgenC1a,
sso

para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer


vantagem, como condi<;ao ou pre~o para a pratica ou omis-
sao de atos administrativos;
pre

Pena - reclusao, de 3 (tres) a 10 (dez) anos, e multa.


Im

Desta forma, necessana a instaura<;ao de inquerito para

aprofundar a investiga<;ao dos fatos.

24 de 28
• ". i)

PGR Pet n° 601S/DF AECIO NEVES

Iv. Da possibilidade de desarquivamento

A colabora~ao de DELcîDIO DO AMARAL e os e1emen-


tos de convic~ao desta decorrentes, incluindo seu testemunho,
constituem indubitavelmente provas novas, a exigirem o desar-

4
quivamento dos autos, da Pet. n.O 5283/DF nos termos do art. 18

4
:13 42
do C6digo de Processo Penal e da Sumula n° 524 do Supremo

• Tribunal Federal. Outrossim, ha diversos outros e1ementos de cor-

:34 Inq
robora~ao, apontados ao longo desta pe~a.

12 -47
Nao e demais lembrar que tanto a promo~ao do Ministerio
7
Public o Federal quanto a homologa\=ao pelo Supremo Tribunal
01 .90

Federal ressalvaram o carater rebus sic stantibus do arquivamento.


5/2 735

Para tais fatos, esta prevento o Exmo. Ministro Teori Zavascki,


6-

porquanto deles conheceu ao homologar anterior promor;:ao de


3/0 0.
: 1 r: 11

arquivamento do Ministerio Publico Federal.

v. Conclusao
Em po


sso

Em face do exposto, o Procurador-Geral da Republica re-


pre

quer, em relalYao aos fatos envolvendo AECIO NEVES tra-


Im

tados na Pet n. o 6015/DF:

a) o DESARQUIVAMENTO dos autos da Pet. n°


5283/DF eseu apensamento aos presentes autos;

25 de 28
~ " I

PGI't Pet n° 6015/DF AECIO NEVES

b) a juntada dos documentos que seguem anexos, separados


em envelope proprio com a etiqueta "PET n. o 6015/DF - Docu-
mentos que instruem a instaurafăo de inquerito para AECIO NE-
VES", e que incluem (i) o Termo de Declara~oes Complementar
n. 21 de ALBERTO YOUSSEF, (ii) o Termo de Colabora~ao n.o

4
18 de DELcîDIO DO AMARAL, (iii) a denuncia referente ao

4
:13 42
caso "Furnas", oferecida pelo Ministerio Publico Federal no Rio


de Janeiro nos autos do IPL n.o 183512005 (autos n.o

:34 Inq
2005.51.01.517099-4), (iv) as decisoes de compartilhamento de

12 -47
provas proferidas pela 13'Vara Federal da Se~ao Judiciaria do Para-
7
na, em Curitiba, (v) denuncia oferecido pelo Ministerio Publico
01 .90

Federal no Rio de Janeiro nos autos do IPL n.O 001l2005-DELE-


5/2 735

FIN (autos de n.O 2005.51.01.503145-3), (vi) peti~ao do .Ministe-


6-

rio Publico Federal no Rio de Janeiro nos autos do IPL n.o


3/0 0.

00812007-DELEFIN (autos de n.o 2007.51.01.809024-6); (vii)


: 1 r: 11

promo~ao de arquivamento do IPL n.o 008512009-11 - DELE-


Em po

FIN (autos de n.O 2009.51.01.812685-7), (viii) um DVD conten-

• do arquivos especificamente referentes a instaura~ao do inquerito


sso

em rela~ao a AECIO NEVES;


pre

c) a INSTAURA~ÂO DE INQuERITO em face de


Im

AECIO NEVES, corn prazo inicial de 90 (noventa) dias, para a


realiza~ao das seguintes diligencias iniciais;

d) a oitiva do investigado;

e) a oitiva de JAIR OSVALDO DARE e DIMAS FABIA-


NO TOLEDO, ~,;rn corno do ,ocio P'''I'0''o "" BAURUE}

26 de 28
PGR Pc, n° 6015/DFAECJO NEVES

de prenome RAMIRO;

f) a coleta, pela autoridade policial, entre o material apreendi-


do e produzido no contexto da Opera<;ao Lava Jato, de guaisguer
evidencias gue contribuam para o completo esclarecimento dos
fatos em apura<;ao;

44
g) a obten<;ao e a juntada aos autos de c6pias de gualsguer

:13 42
elementos de conviq:ao " reunidos nos autos do inguerito n .


:34 7 Inq
183512005/DELEFAZ/RJ (autos de n.O 2005.51.01.517099-4
JF IRJ, em sua numera<;ao originaria da Justi<;a Federal) - incluin-
7-4
do o resultado das diligencias complementares porventura enceta-
01 .90

das pela Policia Civil do Rio de Janeiro '2 - gue contribuam para o
12

completo esclarecimento dos fatos em apura<;:ao;


5/2 735
6-

h) a obten<;:ao e a juntada de:


3/0 0.

(h.l) c6pia da documenta<;:ao apreendida na YOUSSEF


: 1 r: 11

CÂMBIO E TURISMO, guando da deflagrar,:ao do caso BANES-


Em po

TADO;


sso

(h.2) c6pia dos documentos atinentes it BagaTt and TaylaT


Faundatian, apreendidos no bojo dos autos 2007.51.01.809024-6;
pre

/
Im

11 Se viivel, deveri a autoridade policial diligenciar pela juntada de c6pia


integral daquelcs autos etn versâo eletronica (arquivos escaneados em
formato .pdf).
12 Segundo se verifica em fontes abertas, os autos da referida investiga,âo
foram relatados e enviados ao Ministerio Publico do Estado do Rio de
Janeiro cm fevereiro de 2016.

27 de 28
,. .
PGR Pet n° 6015/DF AECJO NEVES

(h.3) copia dos autos do IPL 085/2009-11 DELEFIN (proc.


2009.51.01.812685-7),arquivados perante a Justic;:a Federal do Rio
de Janeiro/RJ.

Brasîlia (DF), 29 de ab .'..."......,2016.

4 4
:13 42

Rodrigo Janot

:34 Inq
Procurador-Geral da Republica

12 -47
7
01 .90

bc/ab/pc/cr
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po


sso
pre
Im

28 de 28
. . .-t ...
• '1 111

MINISTERIO PUDLlCO FEDERAL


Procuradoria ..Gcral da Republica

4
TERMO DE COLABORAC;AO N" 18

4
DELCiDIO DO AMARAL GOME2;

:13 42
.e
:34 Inq
As 20h45 min de 14 de fevereiro de 2016, oa sede do Mioisterio
12 -47
Publica Militar - Procuradoria-Geral de Justil,;a Militar - Setor de
Embaixadas Norte, lote 43, Brasilia (DF). CEP 70800-400,
7
01 .90

preseotes a Procuradora da Republica Aona Carolina Resende


Maia Garcia, o Procurador da Republica Marcello Paranhos de
5/2 735

Oliveira Miller, o Procurador da Republica Daniel de Resende


6-

Salgado e os Promotores de Justil,;a Wllton Queiroz de Lima e


Sergio Bruno Cabral Femandes. integrantes do Grupo de
3/0 0.

Trabalho instituido pela Procurador-Geral da Republica atraves


: 1 r: 11

da Portaria PGR/MPU n° 3, de 19/01/2015, bem camo o


Delegado da Policia Federal Thiago Machado Delabary, foi
realizada, obselVando-se todas as cautelas de sigilo e prescril;oes


Em po

da Lei 12.850/2013. na presenl,;a da advogada Maria Francisca


Sofia Nedeff Santos. OAB PR 77.507, a oitiva do colaborador


sso

DELCIDIO DO AMARAL GOMEZ, brasileiro, casa do. natural


de CorumbâIMS, filho de Miguel Gomez e Rosely do Amaral
pre

Gomez. nascido em 08/02/1955, profissiio Senador da Republica,


RG n° 4690013, CPF 0° 01127982842. o qual declarou: QUE
renuncia, na presen~a de seus defensores, ao direito ao silencio,
Im

reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade. nos termos


do §14° do art. 40 da Lei 00 12.850/2013; QUE o declarante eseu
defensor autorizam expressamente e estăo cientes do registro
audiovisual do presente ato de colabora..ăo em midia digital,
alem do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel),
e do §13° do art. 4° da Lei n° 12.850/2013, os quais
'"
5l
J.iJ)., "'âv.ow.V.
illi• ...n.l? ii, o final do ato, custodiados pelos representantes do

~ ~ P'
~GJ

~~~

/
. .~
'ÎI •

PGR Termo de Colabora ·0 n. 18 de DELCfDId~ (»1'fMi'lNt~


~JIir l'aI*I
Gob. ,.,....

Ministerio Publico ora presentes, que ficarao respons' eis pela


guarda, cust6dia e preserva~ao do sigilo das info a~oes, a
serem ulteriormente apresentados ao Supremo ~riJ. nal Federal.
Indagado em rela~ao aos fatos tratados myJ\nexo 13 -
RELATORIA DA CPMI DOS CORREIOS - afirmou o
seguinte: QUE, inicialmente deseja registrar que um dos temas
relacionados ao presente anexo ja foi tratado por ocasiao do
depoimento referente ao anexo 4 (participa~io de Lula,

44
Palocd, na compra do silencio de Marcos Valerio no
Mensalio); QUE, na CPI dos Correios, na qual foi presidente,

:13 42
foram quebrados os sigilos fiscal e bancârio de varias pessoas
fisicas e juridicas dentre elas o Banco Rural; QUE,


:34 Inq
• curiosamente, quando foi feito este pedido de quebra dos sigilos
do Banco Rural come~ou a surgir um certa incomoda por parte
12 -47
do PSDB; QUE, o entao governador Aecio Neves era uma
dessas pessoas incomodadas corn essa quebra; QUE, Aecio
Neves enviou emissanos para que o prazo de entrega das quebras
01 .90
7
de sigilo fossem delongados, corn a justificativa "entre aspas" de
que nao haveria tempo hâbil para preparar essas respostas; QUE,
5/2 735

um desses emissmos foi o entao secretârio-geral do PSDB


6-

Eduardo Paes; QUE, o declarante foi convencido, achando que o


pedido que fora feito era razoavel e quando instado pelo Banco
3/0 0.

Rural a prorrogar o praza de entrega concordou corn o adiamento


: 1 r: 11

pelas as rawes que foram apresentadas ao declarante pelas


pessoas antes mencionadas; QUE, foi corn surpresa que o
declarante percebeu, a receber as respostas, que o tempo fora


Em po

utilizado para maquiar os dados que recebera do Banco Rural;


QUE, ficou sabendo que os dados eram maquiados porque isso


sso

lhe fora relatado por Eduardo Paes e o pr6prio Aecio Neves;


QUE, os dados atingiriam em cheia as pessoas de Aecio Neves e
pre

Clesio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais;


QUE, o declarante compreendeu a existencia da maquiagem pelo
fato de que a genese do mensal1io teria ocorrido em Minas
Im

Gerais; QUE, o declarante nao tomou nenhuma providencia ao


saber que os dados estavam maquiados, ou seja, "segurou a
bronca"; QUE, essa terminologia "segurar a bronca" foi utilizada
pelo Ministro Aloisio Mercadante na grava~ao que ja foi objeto
termo pr6prio, no bojo da presente colabora~ao premiada;

2de4

/
, ",

PGR

Ma,
.-
Gab.~"""'"
QUE, a maquiagem consistiria em apagar dados iancarios
~

comprometedores que envolviam Aecio Neves, Clesil"Ăndrade,


a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marc9' Valerio "e
companhia"; QUE, o relat6rio final da CPMI dlis Correios foi
feito corn base nestes dados maquiados; QUE, o declarante foi
infonnado que os dados estavam maquiados antes da aprova~ao
do relat6rio final; QUE, essa informa~ăo foi dada ao declarante
logo apas ter concordado corn a prorrogac;ao do prazo; QUE, o

4
declarante entende que o Banco Central possui os dados corretos

4
e reria condic;ăes de apontar a maquiagem; QUE, o declarante

:13 42
nao sabe dizer quais foram os responsaveis, no Banco Rural, pela
maquiagem dos dados; QUE, nao obstante, ă vista da lista dos


:34 Inq
• direrores ă epoca, poderia apontar quais seriam essas pessoaSj
QUE, outros parlamentares tambem sabiam que esses dados
12 -47
estavam maquiados, podendo citar os Deputados Carlos Sampaio
e Eduardo Paes, ja mencionado, dentre outros que nao se recorda;
7
QUE, esses faros ocorreram em 200512006j QUE, esse tema foi
01 .90

tratado corn Aecio Neves em Belo Horizonre, no palacio do


govemo; QUE, ap6s essa reuniăo, Aecio Neves franqueou o
5/2 735

aviăo do Govemo de Minas Gerais para que o declarante viajasse


6-

para o Rio de Janeiro; QUE, o declarante ouviu do Deputado


Iose Janene que Aecio Neves era beneficiărio de uma funda~ao

ti
3/0 0.

sediada em um paraiso fiscal, da qual ele seria dono ou


: 1 r: 11

controlador de fato; QUE, essa fundaC;ao seria sediada em


Liechtenstein; QUE, o declarante nao sabe precisar, mas ao que
parece, a funda~ao estaria em nome da mae ou do proprio Aecio


Em po

Neves; QUE, essa operac;ao financeira teria sido estruturada por


um doleiro do Rio de Ianeiro; QUE, nao sabe afirmar se ha
sso

relac;ao entre essa funda~ao e o mensaIăo mineiro ou a


maquiagem do Banco Rural; QUE, essa hist6ria foi relatada por
pre

Janene numa conversa entre o depoente e o deputado sobre a CPI


dos Correios; QUE, nao sabe dizer se a maquiagem feita nas
contas do Banco Rural teve participa~o dos enrno donos dessa
Im

instituic;ao financeira; QUE, porem, os donos do Banco Rural


sabiam da maquiagem realizada; QUE, Marcos Valerio nao
chegou a comentar corn o dec1arante sobre essa maquiagem nas
contas; QUE, Marcos Valerio comentou corn o dec1arante que "a
tecnologia do mensalao" foi desenvolvida no Estado de Minas

3de4
/~ r#
/
Z(Gi-
PGR Tenno de Colabora
. J.ÂA (NfM~
ao n. 18 de DELCIDIO DO AM
7)
> c.-
J

Gerais e exportada para oPT. Nada mais havend a ser


consignado, determinou-se que fosse encerrado o preJe'nte termo
as 21h16min, que, lido e achado conforme, vai por todos
assinado.

4
ftJ.YJlJU'I~ GOMEZ

4
:13 42
ADVOGADA

• •
:34 7 Inq
Maria Francisca Sofia Nedeff Santos, OAB PR 77.507
7-4
OPlmLICO
01 .90
12
5/2 735

Anna Caro lina Resen


6-
3/0 0.
: 1 r: 11

., Dam
Em po


sso

Wilton Qu .
pre

S" runo Cabral Femandes


Im
,!'

.,l!it
1"0V'" .. ;j:.

''ii;-'''''' ;~ESQUEMAEM FURNAS OPERADD POR DIMAS TOLEDO>" "-l!I~

; Pessoas
imPlicadaS " - Afkio Neves,

- Dlmas Toledo,
~
f

4
. ':1'.. .

4
, . - luis Inacio lui. da Silva,
~'"

:13 42
W';:t,\liji - los~ lanene,

• •
:34 7 Inq
- los~ Dirceu

.Dadas de ;.~iil"" .,: ColaboraCao de A1berto Voussef; Agenda Eletrllnica


:;"'abora~i\'~l' .
';~.":. 7-4
DElClDlO DO AMARAL teve conhecimento de um grande esquema de corrup~ilo que
01 .90
12
ocorria em Furnas, opera do por DiMAS TOLEDO. Tai esquema ja foi mencionado, "en
passant", anteriormente por ALBERTO YOUSSEF, tendo se referido participa~ao de a
5/2 735

AEClO NEVES 00 esquema. DELCIDIO DO AMARAL confirma que esta referllncia ao


6-

Seoadar Mlneiro tem fundamenta. A corrobara~o de que YOUSSEF tinha


conhecimento do esquema, e o fato de que ele mencionau a pessoa de DIMAS TOlEDO,
3/0 0.

experiente e competente prafissional do setar eletrico.


: 1 r: 11

OI MAS TOLEDO era o operador do esquema de corru~ăo em Furnas pela PSDB. O


esquema de Furnas atendia varios interesses espilrios do PP, do PSDB e depois de 2002,
Em po

do pr6prio PT. DElCIDIO DO AMARAL, em via gem a Campinas cam o presldente LULA,
foi perguntado pela Ex-Presidente sobre a atua~o de OI MAS: "DELC(DIO, quem li esse


carar DELCIDIO respondeu: "Ii um pra{issianal da seta, eletrlca. Por que o senhor me
sso

pergunta isso7" LULA respondeu: "E porque o Janene velo me ped;r pela perman~ncia
deie, depois o AEC/O eate a PT, que era contra, ja virau a lavo, da permanenc/a
pre

deie. Deve estar raubando muital"

DElCIDIO sabe que DIMAS TOLEDO sempre teve informacăes relevantes de vărios governos
Im

estaduais e federai., vez que era DI,etor de Engenharia de FURNAS, tanto que o entao Mlnlstro
JOSE OIRCEU afirmou: "Se colocorem o Dimas como ascensorista de Fumas, ele manda no
presidenteH .



Im

pre
sso
Em po
: 1 r: 11
3/0 0.
5/2 735
01 .90
6- 7
12 -47
:34 Inq
:13 42
44
APORTES PROBATORIOS
DADOSDE CORROBORACAo
AGENDA
SENADOR DEI..cIDlO AMARA!.

13h30min de BSB/Campinas.
comltiva
.""rdo de que

4
dos cmpre"s, corn a pr.,cnţ'

4
Senhor Presidente da Republica, Luiz

:13 42
da Silva.
Convite: Eli .. David Nigri (Pres. da Brasil Fcrrovias SA)


Local: EstaQDo Cultural (AnUs. Estal'iio Ferroviâria)

:34 Inq
Pral'" Marechal Floriino PeixolO, sin Centro.

12 -47
para
7
9h3Omin - ReuniUo corn PrclcÎtos (as), Vicc-Prcfeitos (as)
Veroada ... (as) elideranţas da Regiilo do Vale do lvinhenl •.
01 .90

13h - Alm!Jl'O
14h30min - Saida para Camapu6
5/2 735

16h30min - Abel1ura da Agropc:cul\rio de Cllmapuu


6-

1611
Al;RICA,M.Rohel1o Suassuna
3/0 0.
: 1 r: 11


Em po


sso
pre
Im


Teon Zavascki

TERMO DE DECLARAe;: COMPLEMENTAR N° 21


ALBERTO YOUSSEF

Aos doze dias do mes de fevereiro de 2015, na Superintendencia

4
da Polfcia Federal em Curitiba, presentes os Procuradores da

4
Republica Andrey Borges de Mendonga e Bruno Calabrich e o

:13 42
Promotor de Justiga Wilton Queiroz de Lima, integrantes do
Grupo de Trabalho instituido pela Procurador-Geral da Republica

:34 Inq
• atraves da Portaria PGR/MPU nU 3, de 19/0112015, e a Delegada
de Policia Federal Erika Miaiik Marena, foi realizada, conforme
12 -47
autorizado pela Suprem o Tribunal Federal em decisao do Ministro
Teori Zavascki, observando-se todas as cautelas de sigilo e
7
prescrigoes da Lei 12.850/2013, na presenc;a do advogado Luiz
01 .90

Gustavo Rodrigues Flores, OAB 27865, a oitiva de ALBERTO


5/2 735

YOUSSEF, brasileiro, casado, RG 3506470-2/PR, CPF


6-

532.050.659-72, filho de Kalim Youssef e de Antonieta Youssef, o


qual declarou: QUE renuncia, na presenga de seu defensor ao
3/0 0.

direito ao silencio, firmando o compromisso legal de dizer a


: 1 r: 11

verdade, nos termos do §14 do ar!. 4° da Lei n° 12.850/2013; QUE


o declarante eseu defensor autorizam expressamente e estao
cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboragao em
Em po

midia digital (HD Samsung 1Tera, Serial Number

• E2FWJJHDB31EOD), alem do registro escrito (duas vias do termo


sso

assinadas em papel), nos termos do §13 do ar!. 4° da Lei n"


12.850/2013, os quais serao, ao final do ato, devidamente lacrados
pre

e custodiados pelos representantes do Ministerio Publico ora


presentes, que ficarao responsaveis pela guarda, cust6dia e
Im

preservagao do sigilo das informac;oes e, ulteriormente, serao


apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE em relac;ao ao
senador AECIO NEVES, mencionado no TC n. 20, o declarante
esclarece que na epoca nao atuava como operador da
PETROB~AS, mas sim tinha casa de câmbio e fazia operac;t-es
para IOSE JANENE, como doleiro; QUE, pela que sabe e ou ir
dizer, JOSE JANENE tinha operac;oes que dividia corn o e t o

IL
<
J ~.
/ / '1- 1 de6
deputado AECIO NEVES, em alguns servi<;os que as empresas
prestavam para FURNAS; OUE uma destas empresas era a
BAURUENSE; OUE esta empresa entregava os valores a JOSE
JANENE, que os repassava ao declarante, para que levasse a
Brasilia ou a Sao Paulo; QUE JOSE JANENE tioha uma "conta
conente" corn o decJarante e a maioria dos valores anecadados por
IANENE eram repassados ao declarante; OUE a BARUENSE
tinha contratos de presta<;âo de servi<;os corn FURNAS; OUE
questionado quais, disse varios contratos de presta<;6es de servi<;os;
OUE o Partido Progressista tinha uma Diretoria em Furnas, mas
nâo sabe dizer qual; OUE IOSE JANENE era responsaveI pela

4
recebimento dos valores de FURNAS, referente a uma diretoria;

4
OUE ouviu dizer que IOSE IANENE dividia esta diretoria corn o

:13 42
PSDB, por meio do entâo Deputado AECIO NEVES; OUE o

:34 Inq
pr6prio ex-Deputado JOSE JANENE disse ao declarante,

• pessoalmente e por mais de uma vez, que dividia uma Diretoria de


Furnas corn o entâo deputado AECIO NEVES, do PSDB;
12 -47
Ouestionado em que contexto surgia este assunto, o declarante diz
que isto surgiu de conversas polfticas que o declarante tinha corn
01 .90
7
JANENE ou que presenciava deste corn outros polfticos; OUE isto
tambem surgia em conversas polfticas corn outros colegas de
5/2 735

partido de IOSE JANENE, que o declarante presenciava, em que


6-

se afirmava que a Diretoria era dividida enlre o Partido


Progressista e o PSDB, a cargo do entâo deputado AECIO NEVES;
3/0 0.

OUE questionado sobre a divisâo da Diretoria em Furnas, disse


: 1 r: 11

nâo saber qual era a mencionada diretoria, mas que sabe dizer que
a BAURUENSE repassava mensalmente o valor de USD
Em po

100.000,00 apenas para o Partido Progressista; OUE estes falos


ocorreram entre 1996 a 2000 ou 2001, mais ou menos; OUE


sso

durante todo este perfodo houve o repasse mensal da


BAURUENSE para o Partido Progressista; OUE o valor da
pre

BAURUENSE era repassado ao declarante pela pr6prio JOSE


JANENE; OUE questionado se teve contato com o dono da
Im

BAURUENSE, respondeu que sim; OUE o proprietario da


BAURUENSE se chamava AIRTON DARE; OUE esse contato
ocorreu em almo<;os e jantares em Sâo Paulo, assim coma na casa
de JOSE JANENE; OUE ja este ve na empresa BAURUENSE, em
Baum; OUE quando esteve na BAURUENSE, foi acompanhar
uma visita ii empresa .iunto corn IOSE JANENE e ne~a
oportunidade nâo houve o repasse de valores; OUE questionado
ja viu o proprietari o da BAURUENSE entregar valore '-

2 de 6
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POR
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Juiz Inslrutor
Gab. Ministro Teon Zavascki
i'.';Q:a,::J L, ~!"r. f
diretamente a IOSE IANENE, o decIarante diz que sim; QUE viu
AIRTON DARE entregar valores por diversas vezes para IOSE
IANENE; QUE o filho de AIRTON DARE, que era piloto de
Formula Indy Light, se o declarante nao se engana, era patrocinado
pela BANESTADO e por isto o decIarante se encontrou algumas
vezes corn AIRTON DARE aqui em Curitiba; QUE tambem
encontrou com AIRTON DARE em Londrina, na casa de IOSE
IANENE; QUE os valores recebidos da BAURUENSE eram, em
sua maioria, destinados a Brasilia; QUE questionado se era o
proprio declarante quem levava estes valores em especie, o
decIarante diz que sim; QUE entregava estes valores para o proprio

4
JOSE IANENE em Brasflia; QUE JOSE IANENE nao carregava

4
valores; QUE presenciou ANTONIO DARE entregar valores para

:13 42
IOSE IANENE em almogos, valores estes que o declarante levava

:34 Inq
pessoalmente para Brasflia e os entregava de voIta para IOSE

• IANENE; QUE questionado sobre o destino destes valores, diz


que acredita que IOSE IANENE dividia entre as pessoas do
12 -47
Partido Progressista, mas que nao sabe indicar quem eram tais
pessoas na epoca; QUE na epoca o declarante era operador do
01 .90
7
IOSE JANENE e emprestava muito dinheiro a ele, principalmente
na epoca de campanha, mas nao tinha a proximidade que tinha corn
5/2 735

o Partido Progressista coma hâ pouco tempo; QUE os valores para


6-

o PSDB sequer passavam pelo IOSE JANENE ou pela decIarante,


pois eram duas frentes diferentes; QUE questionado quem era o
3/0 0.

operador do PSDB na epoca, declara, por ouvir dizer, que era uma
: 1 r: 11

irma de AECIO NEVES; QUE ouviu dizer que a irma de AECIO


NEVES era a operadora do PSDB por informag6es do proprio
Em po

JOSE JANENE e do proprio ANTONIO DARE; QUE o


declarante presenciou ANTONIO DARE discutir valores de


sso

Furnas corn IOSE IANENE e o declarante ouvia dizer que, por


exemplo, DARE nao poderia dar mais valores para o Partido
pre

Progressista, pois ainda tinha a parte do PSDB; OUE foi nesle tipo
de conversas que houve men<;;ao ii irma de AECIO NEVES; OUE
Im

acredita que os valores do PSDB tambem eram entregues em


especie, mas nao sabe quanto e onde eram entregues; OUE
lambem nao sabe coma era a divisao de valores entre Partido
Progressista e PSDB; QUE o decIarante nao teve contato corn a
irma de AECIO NEVES e mostrada uma foto de ANDREA
NEVES, diz nao poder reconhece-la, pois nunca teve contato c \
ela; OUE tambem nao sabe qualquer out ro dado em rela<;;âo a el .
OUE nunca teve contato corn AECIO NEVES; OUE o declaran

3 de 6 ~@~.
POR

Via PG!t
Bmsm~.m:< J:5/-L I t'S
(0 11ifrao Schiefler Fontes
Juiz Instrutor
Gab. Mini"ro T.o'; Zavascki

tinha um controle manuscrito dos valores referentes il


BAURUENSE ligados a FURNAS; QUE este controle manuscrito
era feito pela pr6prio JOSE JANENE e entregue ao declarante;
QUE năo sabe dizer se taI controle manuscrito foi apreendido na
Opera<;ăo BANESTADO; QUE guestionado onde era guardado
este controle, declara gue ficava na empresa do declarante em
Londrina; QUE na epoca somente tinha uma empresa em Londrina,
chamada YOUSSEF CÂMBIO E TURISMO; QUE em rela<;ăo a
FURNAS, o declarante somente fazia opera<;6es relacionados il
BAURUENSE; QUE os valores entregues pela BAURUENSE
eram as vezes entregues em reais e as vezes em d6Jares; QUE nâo

4
realizou opera<;âo d6lar cabo neste caso, mas apenas entrega de

4
:13 42
numerarios, tanto em d61ares guanto em reais; QUE guestionado
se conhece DIMAS FABIANO TOLEDO, o declarante diz gue, se

:34 7 Inq

for a pessoa gue esta pensando, a viu uma ou duas vezes corn JOSE
JANENE nos anos de 2007 ou 2008; QUE o viu almo<;ando por
uma ou duas vezes corn JOSE lANENE; QUE guestionado guem
7-4
era essa pessoa, disse gue era uma pessoa gue dava consultoria na
area de energia; QUE mostrada a foto de DIMAS FABIANO
01 .90

TOLEDO, gue se encontra em anexo, o declarante o reconhece


12
coma sendo a pessoa mencionada, gue almo<;ou corn o lOSE
5/2 735

lANENE; QUE sabe gue DIMAS trabalhou em Furnas por ouvir


6-

dizer; QUE foi lOSE JANENE gue disse isso ao declarante; QUE
3/0 0.

guestionado sobre a empresa TOSHIBA DO BRASIL, disse gue a


epoca năo teve relacionamento corn taI empresa, mas gue
: 1 r: 11

posteriormente, na PETROBRAS veio ater contato corn tai


empresa; QUE a TOSHIBA era uma das empresas contratadas
Em po

para prestar servi<;os para a PETROBRAS e gue pagava valores


para o Partido Progressista; OUE o representante da TOSHIBAera


sso

o conhecido coma PIVA; QUE se trata de JOSEALBERTO PIVA


CAM PANA; QUE esta pessoa esteve vărias vezes na GFD, no
pre

escrit6rio do declarante; OUE guestionado sobre a pessoa de


TAKASHI WADA, diz năo conhecer; QUE riâo conhece a
Im

empresa JP ENGENHARIA; QUE guestionado se conhece as


pessoas de ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO,
NILTON ANTONIO MONTEIRO, JOSE PEDRO TERRA,
PEDRO PEREIRA TERRA, WALTER ANNICCHINO, SERGIO
JOSE ANNICCHINO, DIEICKSON BARBOSA, REINALDO
CONRAD e ADEMIR CARNEVALLI GUlMARĂES, diz gUi;
conhece apenas WALTER ANNICCHlNO; QUE o conhece, s
năo me engano, porgue era proprietărio ou s6cio de uma empresa ,

4 de 6
I'(j J{

lIia P~R,
f!rasilia.Df: "l vl,( JI S
( tao' Schiefler Fontes
JuiZ Instrutor .
' 1 ab. Mini.lro Teon ZSV8Sd<,
chamada ICOMON; QUE esta empresa presta servic;os de
telefonia, para instalac;ăo e manuten«;;ăo, ou seja, terceiriza«;;ăo de
servi«;;os; QUE nunca realizou e nem ouviu falar de opera«;;ăo
irregular corn esta empresa; QUE WALTER tambem era socio de
uma empresa chamada QUALIMAN, que presta servi«;;os para a
PETROBRAS; QUE esta empresa năo pagava valores para o
esquema, mas WALTER sempre estava no escritorio do declarante
para ser convidado para prestar servi«;;os para obras da
PETROBRAS; QUE o decIarante sempre tentou ajudar WALTER
perante PAULO ROBERTO COSTA, mas sempre teve resistencia
do proprio PAULO; QUE năo sabe o motivo desta resistencia e a

4
alega«;;ăo de PAULO ROBERTO COSTA era problemas sempre de

4
:13 42
cadastro; QUE o decIarante nun ca recebeu valores de WALTER e
tampouco o Partido Progressista, ao menos năo pela declarante;

:34 Inq
QUE ROBERTO JEFFERSON somente conhece de nome; QUE

• ouviu falar da "lista de Furnas", mas apenas por comentarios; QUE


soube disto apenas pela imprensa; QUE acredita que o esquema
12 -47
relacionado a FURNAS fai ate 2000 ou 2001, mas năo sabe se foi
7
ale o final do mandate do ex-Presidente FERNANDO
01 .90

HENRIQUE CARDOSO; QUE questionado se houve algum


envolvimento deste ultimo, o declarante năo sabe dizer; QUE em
5/2 735

2000 ou 2001 os repasses pararam; QUE năo sabe o motivo dessa


6-

interrupc;ăo e o lOSE lANENE năo comentou e nem o declarante


3/0 0.

perguntou; QUE questionado se fez alguma opera«;;ăo para o PSDB,


o declarante disse que nâo; QUE questionado se o declarante tratou
: 1 r: 11

deste tema na colaborac;ăo anterior, o declarante diz que năo; QUE


năo tratou disso porque na epoca năa foi objeto do acorda; QUE
Em po

jă sabia disto na epoca da acordo, mas coma era compadre de


lOSE lANENE preferiu năo falar sobre falos ligados a ele naquele


sso

momenta; Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se


que fosse encerrado o presente terma que, lida e achado conforme
pre

vai por todos assinado e lacrado em envelopes corn lacres numero


10891 e 10892 padrâo Policia Federal.
Im

MEMBROS DO MINISTERIO PlJBLICO

Andrey Borges de Mendon«;;a

5 de 6
Via Pilit
Brnsm,·O', ,1.5 U 7" ,
Wilton Queiroz de Lima
.0", L F""",
Jurt. Instrutcr
Gab. Minl,I,. r••1i lavasclti

DELEGADA DE POLICIA FEDERAL:

Erika Mialik Marena

44
:13 42
:34 Inq
• Alberlo Youssef

12 -47
01 .90
7
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po


sso
pre
Im

6 de 6
Via PGR.
•••",•• F, ,z5I Z'
,[,F""'~
".idoJuiz Instrutor
Gab. Ministra Tecn Zavaseki

44
:13 42
:34 7 Inq
• 01 .90
12
7-4
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po


sso
pre
Im
'
?
Via P~'.IV1' &6 Schiefler Fontes
Brasllia.DF, 0(.'0 l,tl s IV1~JUiZ Instrutar
I dab. Minisua Teao Zavascki
I

Relat6rio de Requerente de
Passaporte

Dados Biometricos

4 4
:13 42
i\'ome Completo: DIMAS fABIANOTOLEDO

:34 Inq

Nomes Antcriores:
Nomc do Genitor 1: JURACY BENFICA TOLEDO Sexo: Feminino
i\'ome do Gcnrtor 2: GERALDO DE AS SIS TOLEDO Sexo: Masculino

12 -47
Daln de N'nscimento: 12/l 0/1944 Sua: Masculino
Estndo Civil: Cas:ado(a)
Nnclonalidade: BRASIJ.
7
NaCÎonnlidades:
01 .90

Pais de Nnsdmento: BRASIL UF de Nascimento: MG


Cidade de Nascimento: BOCAINA DE MrNAS
Endcre .. o: AVENlDA CANAL DE MARAPENDI. 2500 BLI APT. 2105 BARRA DA TIJUCA CE?: 22631050. RID DE
5/2 735

Telefone: 2124398021
6-

Email: fab@tolconsuhoria.com.br
3/0 0.

CPf; 100.434.467487 CPF do Respondvel:


: 1 r: 11

Identldade:
1'\umero: 02619092-6 6~iio Emissor: S$PDETRAN
UFde RJ
Em po


sso

DPFNRAlRJ IPA""po"rE COMUM - ICAO


pre
Im
,
r··
'. )
. MINISTERIO PUBUCO FEDERAL
f'
.-]
• pr.ocumdoria da Republica no EslBdo do Rlo de Janeiro
'1
/1
.~
EXMO. SR. DR. JUIZ DA2'VARAFEDERALCRIMJNALDA SEC;:ĂO
. JUDICIĂRlADO RIO DE JANEJRO _.
'..

~
Ref. ao IPL n° 1835/2005 (autos n° 2005.51.01.517099-4)
-~'~'<".:: .
. ~'"" "~::

4
:--:...'
r-;;S': . .- . .r-

4
r-

:13 42
," c"':'
r'

:34 Inq
.• 1;:-
, O· MINISrERIO PUBLICO FEDERAL. "pela
Procuradora da RepUblica infra-assinada, no..exercfcio <le suas atribui Y9:S
12 -47
institucionais, vem, com fulero nos artigos 129,1 da Constituisio Federal
24 do CPP, oferecer DENVNCIA em face de
li:
7
01 .90

1- DIMAS FABIANO TOLEDO, brasileiro, casado, engenheiro eletricisla,


filho de Geraldo de Assis Toledo e Juracy Benfica Toledo, nascido em
5/2 735

12/12/1944, natural de Minas Gerais,.CREA n.o 6290, CPF 100.434.467-87,


6-

residente.na Av. Canal de Marapendi n.' 2.50012105, bloco 01, Ban'a da


TIjuca, Rio de JaneirolRJ; .
3/0 0.
: 1 r: 11

2- ROBERTO JEFl<'ERSON MONTEffiO FRANCISCO, brasileiro,


e
casado, advogado, filho de Roberto Francisco. Neusa Dalva Monteiro
Francisco, nascido em 14/06/1953,' natural doRJo de Janeiro/RJ, IFP/IU
Em po

81213751-1, CPF 280907647-20, residente na Rua Emes10 paixao, 37,

.1 Valparalso, Petr6polis/RJ. corn endereyo comercia na Av. Franklin Roosevelt,


sso

194/604, Centro - Rio de JaneirolRJ. .


I
pre

3- NILTON ANTONIO MONTEIRQ, 'brasileiro, casado, tecnico em


lI anălises qU1micas, filho de Nilton Pinha Monteiro e Esmeralda Henl'ique
Im

Monteiro, nascido ern 12103/1957, natural de LajÎIihaIMG, Idep.tidade n.· M-


4.758.975 SSPIMG, CPF 600.590.527-91, rcsidente na Rua da Paz, n.O 60,
j Bonsucesso, Rio de laneirolRJ .

. 4- JOSE.PEDRO TERRA, ~PF n' 322.876.318/87, brasileiro, desquitado,


ftJ.ho de Moacir Terra e de I-TIlda Terra, natural de SantoslSP, naşcido aos
. 05/1 21 1942,:engenheiro, resldente e domiciliado na Rua Aureliano CoutÎnho,
355, 7° andar, Higien6polis, Tel. res. 3222-5753']:1reyO comercial na Rua
da Consolayâo, 36, 17" andar. Centro, Sao Pau1o/~P
. \
. . .
.. ~: :
MINISTERIO PUBlICO FEDERAL
Proouradorla da RepUblica no Eslado do Rlo de Janelro

5- PEDRO PEREIRA TERRA, brasileiro, solteiro, empresărio, nascido e1l1


Saa Paulo/SP 805 09/0Il1979, filho de Jose Pedro Terro e Eneida IJcreira
Terra,' portarlor da ceduJa de identidade n.O 18,980.980 SSP/Spi e du CI'F
290.006,.328-03,' residente e domiciJiado na Rl1!! Aureliano Coutinho, 335,
apto. 702, Higien6polis, Săo Paulo/SP, fone (11) 3257-2818, grau de instruyâo
superior' completo. '

6~ 'WALTER ANNicCHiNo~ CPF' nO' 595:03 f6'58-49; residentena Rlla

44
, Vergueiro, 2949, ronj. 43/44, CEP 04101-300, Vila Mariana, Silo Paulo

:13 42
7- SERGIO JOSE ANNICCH1NO, b~leiro, caSado, engenheiro,
identidade RO n° 8.677.788-SSP/SP, CPF n° ~02.l90.l3845, residenle e


:34 Inq
domiciliadonaruaEspirito Santos, n° 598, apto.103, Săo Caetano do Sul, SP.

8- DIEICKSON BARBOSA, CPF n° 229.956.686-49, natUral de AraxMSP,


12 -47
casado, filho de Salvador Barbosa e Variy Barbosa, nascido aos 19.02.1955, ,
nivel de instruyao: Superior jncompletO,~ profissăo: emptesârio, residente e
7
01 .90

domiciliado na Rua Antonio Julio dos Santos, 554 - apta 141 - ParaisopoJis-
Silo PaulolSP.
..
5/2 735

'
6-

9- REINALDO CONRAD, brasileÎio, sepal'ado judicialmente, engenheiro


aeronautico, grau de instru~o superior completo, nascÎdo em Saa 1'aulo, filho
3/0 0.

de EmeSto Conrad e Ruth Elisabeth Conrad, portador do RO n"2645756-


: 1 r: 11

SSP/SP, CPF n° 036.055.748-15, corn endereyo na Rua Joaquim Juse Estevcs,


Do- 60, apto. 162, Ed. Santa Rita, Santo Amaro/SP;
Em po

10- ADEMJR CARNEVALLI GUIMARAES, CPF 0° 157.091.678-00,


brasileiro, casado, engenheiro, nascido aos 1510411946 em Maria da Fe/MO,
sso

filho de Joel Barros Guimar!les e Eleonora Carnevalli Ouimarăes, portador da


,celula de identidade de 0.0 M-523.026 SSP/MG, residente e domici1iado na
Rua Francisco Masseli, 1193, ltajublilMG•.
pre

11- AIRTON ANT()NIO DARE, nascido em 20/05/1944, CPF


Im

0°437.444.358-49, residente na ma Haddock Loba n° 804, apto. I J 1,


Cerqueira cesar, Sao Paulo, SP, ou Haddock Lobo n° 313, apto. 25, Cerqueira
Cesar, Sao Paulo, SP, ou Rua Jose Salmet) n° 4028, Jardiro Estoril 1,
BaurulSP, ou Rua guilherme de Almeida n° 4065, apto. 111, Bauru/SP; ou
Manoel T. Pinto ribeiro, n° 436, BaurulSP. ou Rua Alcides Pagetti, n° 28, ,
BaIneario cidade Atlantica, GuarujalSP;

pelas cond~tas crirn.inosas a seguir narradas!0


" , \-j
, .fl ~
.
,~,
.. .
.....
MINISltRIO POSLICO FEDERAL '
proci.radaria·da RepUbtica no Estedo do Rlo de Janelro

DA lNTRQDUCAO

o denuneiado DIMAS, na. qualidade de Direlor de


. ..,.... .. "·Planejamento,de.-EogenhBria ,eeGoDStIUS;io ,.de·,FURNAS;- ..reproduzindo UJI1
esquerna naeional que ficou conheeido como "DlIiDsalio", organizou, com

4
apoio politico, no âmbito da empresa F'URNAS, sociedade de economia lUista

4
conttolada pela Uoiio, corn sede na Rua Real Grandeza, 219· Rjo de Janeiro

:13 42
...; RJ, UD] esquema de IllTCCllda~ de' VBDfa8en& indevidas (propinas), Da
ordem de milhiies • custeadas mediante superfaturamento de obras e servi~os


:34 Inq
., juoto' aos empresărios que desejavam contratBr com FURNAS; que se
destinavam tanto a iinanciamentos i1egais de campanha politica, coma para o .'
12 -47
enriqueci,mento ilicito de agente ptiblicos,.polfticos, empresărios e Jobistas...
7
A 'atuayâo criminosa do de.riunciado DIMAS, bem como a
01 .90

sustentayao politica de seu 'cargo no âmbito ţio governo federal, responsavel


pela sua nomeayâQ, veio â tona, em junho de 2005, durante o escândalo do
5/2 735

mensalăo,' em ~o de 'dec\ara9âes' feitas pela entio Deputado Federal pelo


6-

. P~, o denuneiado ROBERTO JEFFERSON' .


3/0 0.
: 1 r: 11

. 'A p...""te dominei. lI:m por objelo O desdobmmClllo. RO fimbilo do I'URNAS


CENTRAlS EIErRJCAS S.A., d.as cond..... erimil10sas de lotcalJlOllto polltico dos oargos ptlhlicos om Iro..
de apcio As pTopartas, do 00"""'0 F<dml qu. proporcio1Ull1lm desvio o mA apli..~o d. ~ursos ptlbli....
Em po

corn o objctivo de (illBllciar campOobas millon6rias .as elei~ altIn de proporeitlnar o enriquccÎlncmo


ilicite de ",ent" ptlbli= • polftieo., empn:sAriOJ • lobistos qI!< 'atuam nesso pemicio .. cl1grnnn",m•
sso

constatad.as I:lIartlr da Comisslo ParlBtDOlllar Mis\rl do InquUito - CI'MI dos Correios • _!>m DO hmbite
do Inquerito o' 224' do m, hoj. jA ~o penal .,. dmite pcJ1In1e o m. n. qual comtam como reu. o ..
.
Qcp ....do Robcrto IdI'erson • o •• Ch.r. d. Casa Civil'Jost Ol. ....u. .
pre

Os "",n,,;onados crimes r."." pJlllkadas por' uma org.ni..~o almi""" quc se


'. d.nominou de "monsalllo"', foi ",v.lade pelo '" Deputado l\Qbcno lelTo",oo, "'!Ilo PR.oid.... do rtll.
ap6$ • di yulga~o pela imprellsa de uma IlJlIva;llo de video mostrando csquoma de cornr~o d. ogent..
Im

ptlbliCOS • desvio de dinl1eiro exillent. nB JOmpn:sa BrasUoi,. de Comio • Telesraros - ECf. cnvol..ndo o
... cher. do D'JIBIIIID1cnlo de CoIDpms e Con~ - DECAMlECf. MBurleio Marinl1o, indiado pelo
YTB; como teSIIltado d. 9'JIIIIIOsI;lio polid.. do cnllo Pmldcntc do PTB. "" DcpulBdo Robulo JolTe""".
oom int.gmote.s do Govemo Federal. Os Clt'1lU cit ~uadrfl1ta e ~o OIIvol.endo emJm8lldoi pirblicol.
polftic:os. empresiriOI • lobistas, d<m1re el...o .. Deputado Roberlo Jeffmon e o Cher., do DECANIECT
Maur/cio Marinho, pl1lticados no Antbito d. Et:r. deconentu do Iot.amento dos oargos publlcos om 1J0CIl de
opoio As proposlllS do 00_ F.d....1fOl1lm COIISUllAdos no inqu6ito polici., 04.4&812005, hoje ~o .,...al .
n'200'-34.oo.018457-9, om rimite.pcnIIIIe. 10' Vare d. S~o Jodioiiri. do DiBltilo Fad."II.

A parti. das ,"",,1.;8es de Roberto J.rrmon. tai corn. aconleceu nO ""'cnsallo" do rr


om relapao DO "mens.1Io" mil1ciro. llgadb "" PSDB. tamWm jA objelo d. ~o pcmaJ (11Jlll2280) om c"""
pcI8lIIC o fi, por m.io das'colheiIB de decl8l1lf6Cs • dcpoirnentos. but.... apreensDes, trabalhos do CGU
do 'T<>-U. roi passi ..1 verific., que Fumis jA estava jns~da no 100000tnto cit GIIrgos pilblic:os h6 r ito
1empc. . . ' I
~,_o
·l
.', ....
•' 7
.. \./t '"

A MINISTERIO PllsLICO FEDERAL


: 1":·,
, ProCIJradorla da RepUblica no Estado do Rio de Janelro

II
empresas COMPOBRĂS SIA, ECB- EMPRESA DE CONSULTORlA
BRASILEIRA LIDA., BCE CORPORATION IMPORtA(:ÂO E
EXPORTAl;ÂO LIDA., e WALTER ANNICCHINO e SERGJO lOSE
ANNICCHlNo; responsaveis 'pela criayăo e utilizayăo da empresa
INTERTEL, COMERCIO E CONSTRUC;;ĂO LTDA., o primeiro ,Da qualidade
de administrador e' o segundo Da qualidade de procurador, na lavagem dos
.. "-', 'l'80Ill'llIlS ·advindes<da.OOlTtlpyăo"medillllte.;a .e.l.l~ga ,de Wrrna .dissimuladl\ .dt?
produto do crime de·corrupyâo como pagamento a inexistentes servis:os de
consultoria prestados pelas empresas dos lobistas as empresas contralanles

4
comFURNAS,

4
:13 42
Veri:ficado, tambem, durante as investigayOe5, a atuayâo de


lobista, o denunciado NILTON ANTONIO MONTEIRO, que inicialmel1te

:34 Inq
atuou, nas tratativas, no ano de 2004, eJJtre a !p'ENGENHARIA e FURNAS,
para o restabelecimento de contrato efţtuado entre ambas e posteriornieÎlte,

12 -47
no ano de 2005, para perrnanância de DIMAS DO seu' cargo de Diretor de
Planejamento de Engenharia e Constru~ de FU{rnAS,
7
01 .90

Os elementos trazidos aos autos evidenciam que a atuas:âo do


denunciado NILTON, nas 'citados epis6dios, tinha por fundamento seus
supostos relacionamentos e penetta~lio com p()Ilticos, ou pessoas ligndas Il
5/2 735
6-

e1es, e, por flllll1idade a obtenyâo de acordo para prosseguimento do esquema


criminoso em funcionamento em FURNAS. No caso da JP ENGENHA1UA,
3/0 0.

obter UOl acordo com o denunciado DIMAS em rel~ao ii. propina a ser paga
: 1 r: 11

para a retomada do contrato eniie a empresa e FURNAS. No caso da


manuten~o do cargo de DIMAS, usar material, que ticou conhecido como a
"Lista' de Fumas", confeccionado' pela denunciado DIMAS, expondo o
esquema criminoso, para constranger, mediante grave ameaga, os pollticos a
Em po

apoiarem a permanância de DIMAS no cargo e assegurar a obtenyao dus

• vantagens indevidas.
sso

,.
Verificado tambem durante a investigayao comportamento
pre

tipico de lavagem de dinheiro de responsavel por empresa cont.ratante com


FtJRl':l'AS, de elevadas qyantias e "cujos contratos tiveram divcrsas
irregularidade apontadas pela Controladoria Geral da Uniao - CGU e Tribunal
Im

de Conta.S da Uniio, que acarretaram prejuizo pâra FURNAS, na ordem de


RS54.9,5 1.443,54, e a indic~~ do denunciado D1MAS como um dos
~P?nsăveis. En?m' de ocultayao de rec~os pr?cedentes do e~SRIICI' Il.
cnmmosq em funclOnamento em Fumas, tambem adendo pela empre;'"
. . . . .
\
\
, '
..
.. .
~\
~

. ~.'

MINISTERIO PUBLICO FEDERAL .


Pro<;o'Bdori. da Republica nO Estado do Rio de Janejro

DOSFATOS
,I
Da Baruense

Apreendido,: no dia 3/0812006, por forc;a de mandado de busca


e lIjJreensiio expedido pelo julzo da 2" VFC (veja os dois volumes do apenso
"X), ... -elevade .. ~a1oF. ,em, ,especie, :0.,. ·cguiv.a1eote, a :R$1.0Z7..850,pO" 11_
US$356.050,OO, na casa, que fica na Rua Guillierme de Almeida, 4065111 1,

4
Bauru, Săo Pau/o, de AlRTON' ANTâNIO DARE, sacio da empresa

4
BARl1ENSE TECNOLOGlA E SERVlC;;OS LIDA., empresa que recebeu

:13 42
durante os anos de 2000 a 2005, valores na ordem de quase meio bilhiio de


reais de FURNAS, em razio de contralos para fomecimento de mao de obra

:34 7 Inq
terceirizada, aleSm de elevados valores 'para reaJiza980 de obras e serviyos
complementares, coma aconteceu na Usina Termeletrica de Sania Cruz, gue
envolvia um centrate no valor de R$ 15,536.804,59.
7-4 ..

Os reJatbrios parciais-da CGU, inseridos 00 Apenso IX e os


01 .90

relat6rios 05 e 06 do volume 1 do Apenso XIII, tambem da CGU, bem coma


12
os relamrios de auditoria do reu, inseridos no Apenso XI, apresentam
5/2 735

quadro indiciBrio da existencia dos ciimes de corrupyiio passiva, peculato e de


6-

11citavăo, antecedentes ao de lavagem, sobretudo quaodo cotejados corn a


confirInayao da. existencia do esquema criminoso em FURNAS, dirigido por
3/0 0.

DIMAS, trazido Il tona pelo denunciado ROBERTO JEFFERSON, a partir


: 1 r: 11

dos casoş concretos envolvendo as empresas TOSHIBA e JP ENGENHA.R.IA.

Entre as irregularidades verifiqadas pela CGV, confonoe


Em po

reiatbrio de fis. 15 em diante do apenso IX, nas cootratos de FURNAS com a


BARUENSE, podem ser citadas a abaixo destaca.das.
sso

1- As verificadas no evntrato de terceirizayao de mao de obra


pre

n° 13109/00;

- Pagamenlos superfaturados de reajustamentos, a partiI' de


Im

janl02, acarretados pela desconsiderayâo de que uma parcela dos' pre~,os


unitarios do contrato correspondia li aumentos salariais, por merito,
detennJnados, por FURNAS, sos empregados da Barueoge.

- Omissiio de informayao, oa proposifţÎlo do Diretor de


Planejam!illto, Engenharia e Construyâo, â Diretoria Executiva (o denundado
DJMAS), de que parte do valor do aditivo" 1, ao contrato, referi a-se il
cooces5ăo de progressiies sa1ariais aos empregados da contratada (R$I,688
milhăo}, cobertura de gast05 realizados acima do valor conlratual (R$2.9(-;f' )
. . ~

• ".~ ____ •• _ R ......... _"_' ..... _ . - •••• - _ _ _ _ •• _ •••• _ •• _


.
~. ' ..

" • I • : ... ~ :

MINISTERIO PUBLICa FEDERAL


Prcx:uradoria da Republica IlO Eslado do Rio de Jane;ro

milhoes) e provisao para reembolsos acima do limite fixado no Edila1 de


Licitayao (R$ 2,041 milh5es). \

'. Pagamentos' de' salarios' indiretos e de encargos (sociais,


trabalhista5 e previdenciarios), via reembolsos, ja contemplados nos preyos
unitărios da Pianilha de Preyos. R$ 18,7milhiies
"'.'.:~'.. """ " .... ,.. ~

. Pagamentos, em 08/0utl2003, no montante de R$3,57

4
milh5es, relativos 8:; diferenyas de reajust.es· salariais, no periodo de janl02 a

4
ago/03. em que pese terem ocorrido pagamentoi! mensais, no mesmo periodo

:13 42
e pelo' mesmo motiva, de aprox. de R$ 8,05 miih5es.


:34 Inq
, - ContratayOes de empregados atraves de prorrogayâo dos
prazos de validade de concursos nlio previstas nos Editais e em desacordo

12 -47
com a determinaylio do Conselho de Coordenas:âo das Empresas Estatais:' :

-"pagamentos indevidas de ~justamentos. R$560 miI.


7
01 .90

- Descumprimento de clâusula contratual quanto il


5/2 735

apreselltaylio das Garantias Contratuais.


6-

- Concessao de reajustes salariais. aos empregados da


3/0 0.

Baruense, a1em dos percentuais estabelecidos nos dissidios coletivos gue


: 1 r: 11

justificaram o aumento do valor do contrato.

- CODtratayiiO, pela Baruense, do irmao de integrante da


Em po

Comissăo de Licitayăo que conduzii! o processo licitat6rio e responsavel pela


area requisitante - Superinteildente de Empreendimentos de Gcrayiio (Sr.
sso

Everton Martins Zveiter), atuaJ chefe de Gabinete da Presidencia de Fumas.

2- As irregularidades ~erlficadas no contrato cr 13.930,


pre

celebrado entre FVRNAS e a BARuBNSE TECNOLOGIA E SERVl<;::OS


. LIDA., . cujo objeto era. a empreitada por 'preyo uni~io de Serviyos
Im

Complementares nas Usinas Termeltitricas e suas.'respectivas Subestayoes, no


Estado·· 'do ·Rio de' Janeiro, DO âmbito' da Superinteudencia de
Empreendimentos de Gerayllo - 80. T e do Departamento de Construyăo de
Geraylio Termica - DGE. T., sAa as abaixo relacionadas, conforme fis. 157 e
seguintes do rel8.t6rio de Ayllo de Controle da CGU, incluso no Apenso IX:

- Pagamento de serviyos superfaturados.

- pagamentos em dUPlicidad~ efe~~dos para a Bauruense(/


. \~;{
-Realizas:âo de Serviyos alheios ao objeto do contrato,
i

Em vîsta dos fortes indicîos de que a empresa Barucnse


Tecnologia e Servis:os Ltda., da quaJ o denunciado Airton Antonio Dare e
socio e administtador, beneficia-se de crimes praticados contra a
, .administray!io;plibliCll, :teadgtlm vista:os relat6rios.~ C(:J1Je. do 'reu, E1.as
, evidencias de que FURNAS estava inserida dentro de um esquema cri1l1iuo'so

4
voltaclo para obtenyâo de vantagens ilegais em beneficio de funcionarios

4
publicos e politicos, as justificativas ap:resentadas no peru do de restituiyâo

:13 42
(inserido no apenso X, voI. II) para posse de mais de um milhâo em reais e
, mais de trezenlos mii dolares pela demmciado Airton Dare nlio podem

~
:34 Inq
prosperar..

12 -47
i A suposta compatibilidade dos recursos encontrados com o
j
1" patriniânio e os rendimentos do denunciado nâo colabora para evidenciar
origem licita dos recursos. lsso porqu~os crimes antecedentes '110 de lavagetn
7
1
j
01 .90

decOrrem da atividade profi5Sional do denunciado de empresario contratante


l corn FURNAS, inserido no referido esquema crim.inoso. Corn efeilo, os
J recursos gerados pela prătica criJninosa sao iiansformados em ativos UcÎtos,
5/2 735
6-

constltuindo o piurimânio do denunciado, bem coma investidos na atjvidad~


j empresarial para perpetu~o das prâticas criminosas.
3/0 0.
: 1 r: 11

Atente-se ainda que o quadro comparativo inclusa a fls. 87do


f
1
Apenso XVII elaborado pela Receita Federal, a partir do devido afastamento
do sigilo fiscaJ e bancârio do denunciado AIRTON ANTONIO DARE,
I
..
Em po

demonstra inconsistencias entre' o total de rendimentos declarados, sua


evolu9ăo patrimonial e movimentas:ao tinanceira, tlpicas de lavagem de
sso

dinheiro. Sua evoluryâo patrimonial ou e superior aos seus reudimentos ou


, fica 00 limite dos seus rendimeritos, o 'que lhe impediria de ţâzer quaisquer
outros gastos com moradia, lazer, CODllulno. Por sua vez, su~ movimcntaryao
pre

financeira estâ em descompasso corn seus rendimentos, em geral para menos,


o que direCiOll8ezem para a lavagem de capital por meio das declarayoes
Im

de rendimentos '
, ,

....', .. ' . :

,!
:

I
1
1
j
~ .1"':':
MINISTER/O PllBLlCO FEDERAL
. Procu,adema da Republica no Eslado dp Rio ele Janelro

=10
,.

CPF:
. -1--.----"
AIRTON.........
ANTONIO,... -
- - --
DARE - .. - -

437.444.358-49
---1--"'-1
Exerelcio 2002 2003 2004 2005
_. ., ÂlIa-ţaIIl/ld.ârÎo 2001 2002 2003 2004
. . " . .: ' . ' , ,. .... ~. ,', - .....

4
._~-_.~- ._- .--

4
Rond. Trihutăveis 433.761,76 485.113,37 470.976,/9 256.940,89 402.123.60

:13 42
Rend. lsentose Nio 3.798.695,58 11.955.180,07 3.613.389,52 3.688.255,23 2.309.262,86
Tributaveis

:34 Inq
Rond. Trib. Bxqlusiva· 717.258,80 .1.263,389,81 1.082.004,49 902.823,37 9S0.2H9,J9
Total Relld. 4.949.716,14 13.704.283,25 5.166.370,20 4.848.019,49 3.66J.675,85
~~~I~wu~d~o~____-L______-L______~________J-______-L__~'4'~

~YOLh! ĂO PATRIMONIAL 12 -47 _.. _,


7
B8IlS e Din.rtos 35.825.169,4 46.259.272;81 50.859.785,18 55.060.665;8 58.581.304,4
01 .90

:2 2 1

L:;D:.:.iv:..;id="::.s.::.,e::.6n.:::u=s,;.teaI:.::..-L-..:2::..4:.:2:;;4,::.86::L.__...:l:;:.9.:;23:.:,:.:98:.L._ _--',:..:.00:.L._ _-'-,O..:,0L-_-.:..:..::82,28


5/2 735
6-

~O~ACĂOFmAN~ _.. ,...... _.... _~.

MovimenL 489.459,49 t /.667.628,92 2.336.391,88 9.82L714,75 1.7


3/0 0.

financcir.
: 1 r: 11

Por sua vez, o acumulo de valores elevados em especie, tais


coma os encontrados com o denunciado, mais.· se coadunam corn a fmalidade
Em po

de Iavagem de recurs03. do que cOm a utiJizas;âo em pagamentos formaJs,


como' o. alegado pagamento aos trabalhado!'eS rurais de sua fazendaj que RO
sso

cerlo podem ser feitos por formas mais seguras e ageis. Ate porque năo
·houve a comprovayâo de saque contemporlfueo aos fatos DO valor em quesliio.
pre

Ao reves for.un apreselltados. diversos ~aques eDtre jaueiro a riUUyO da conta


do irmao de AIRTON, de nomeJair, que tota!izariam, segundo AlRTON, o
Im

valofapreendido em sua casa. .

Ademais, sobre Il inseJţil:o da Baruense no esquema criminoso,


podem ser ci1adas ainda as declaraţ5es, no IPL, a fls. 113, do lobista, o
., denunciadoNILTON MONTEIRO, in verbis: "QUE DlMAS contou que no
iin
cksempenho de seu cargo em FURNAS era obrigado a administrar recurso,s.a
;i serem dişponibilizados a politicos para financiar campanhas; QUE eş8es
~
I reeursos eram controlados em wn funda formada com va/oreş abtidos jU/!/o
j â.r diversas empresas que mantinham contrato,s com FURNAS. QUE qs'- i
;j
. il
empresas que possuiam contratos com FURNAS tinham que contribuir l Pfi)
,~
.,
.",
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL .•. '": :
Procumdcrta da Republica no Eslado do Rlo de Janelro .

ţ/mfiLmio. caso contrario niio conseguirium realizar nenhum contrata I1Q


empresa estatal; gUE D/MAS TOLEDO afirmau com todas as ie{ros que se
os empre.sarios l'Ijio apresentassem recw-so.r niio haverio nenhum (sic) chance
de obter contra/os em FURNAS; QUE os contratos de FURNAS eram sempre
,dispuiados e vencidos pe1as mesmas empresar, gue rWassavam parte dos
luqos ohddos para o fundo llIii1unistrado por DImS TOLEPo,' QUE
.. ,... ··i!etztrlf'tis(ţifWftJ1rtsflr''Illl1rppssukuHpriviU(ios..em
:EURNAS.· 1J1MAS
TOLEDO dtou a BARUENSE. da .gua/ inclusive confeşsou CJue (Jossuia

4
participaclio de 20% de seu luerO Ifgultlpj (. ..) gUB DIMAS tambem dizja

4
que eslava construindo UT/f /aticfnio em'SOCAINA DE MlNASIMG e estava

:13 42
reformando algumas caSas em RESENDE. no estatlo do RID DE JANEIRO,;

• QUE dessa forma dizia que precisava de manler a entrada dos rocuysos para

:34 Inq
fazer frente aos seus prvjetos; QUE D/MAS tamhem comentou com o
DEPOENTE que aiJtia am esquema para destinar recuysos ac Partido dos

12 -47
Trabalhadorese para deputados; ".
7 . •.

palnfluhtcia tip Denundadp JJim.oJ na peiiniclio dos Empresaş


01 .90

.. COlltratadas
5/2 735

Por sua vez, verificada tambem a influencia e penetra~iio do


6-

denunciado DIMAS, Da contr~iio de emptesas por FURNAS, em virlude da


contra1ayăo de empresas de parentes.
3/0 0.
: 1 r: 11

A CaD, apresenta no relat6rio 2,.incluso DO apenso xm, voI.


OI, o resultado dos exames realizados sobre "os pagamentos efetuados por
FURNAS, no periodo"de 2000 a 2005, a empresas cujos s6cios apresentavam
Em po


grau de parentesco direto com o Diretor de 1'Ianejamento, Engenbaria e
Constru~o, Dimas Fabiano Toledo e do Diretof de Operayăo do SÎstelua e
sso

Comercializayăo de Energia, Celso Fen-eira..


pre

Em sintese, 05 6rgijos" de fiscalizayăo verificaram


favorecimento a filhos dos. citados ex-JJlfetores de FURNAS, na contratal(ao
direta e por enquadramento indevido em inexigibiJidade de lieitayiio, de
Im

prestadores de servi~os de comunic~o, mediante pagamento do montanle de


R$ 973.696,72, no perfodo de 2000 a 2005, a1em de diversas oUUas
trregulliIidades . devidamente especificadunO citado relat6rio, valendo
destacar inclusive Iiquidaylio daş despesas, por inexist&1cia de dOCUlIlCnlay[o
comprobatbria da efetiva prestaţăo dos serviyos.

As empresas contratadas săo: CANAL ENERGIA INTERNET

TOl(r
LTDA (cujos s6cios eram Rodrigo Figlleiredo Fen-eira e Ricardo FigueiTed~
Ferreira, filhosdo Diretor CelsoFeireira, afem de Gabriel Martins
\
.
~.'
. .
. '" . •
MIN'S~RIO PUBLICO FEDeRAL' .....,. :
Proeursdoria da Republica no Eslado do Rio de Janeiro

filho do Diretor Dimas Fabiano To/edo); ZONA INTERNET BUSINESS &


GRAPHIC DESIGN SIC LTDA (que tinha coma s6cio Ricardo Figueiredo
Ferreira, filha do Diretor Ceiso Ferreira)j DURER I DESIGN
.PROGRAMA9~O VISUAL E 'PUBLlCIDADE (que tinha como suda
Riclltdo Figueiredo Ferreira, fi/bo do Diretor Celso Figueiredo)j e CTEE -
CENTRO DE TREINAMENTO E ESTUDO EM ENERGIA (que tinha coma
I . ·":s6ciDs.Jiodl:i§o..J!isuej~.do...Eettci.ra., ..IU,pardq.F,igueir.e<lo .F.err~ira. iilhos do
Diretor Celso Ferreira, alem de Fabiana Toledo Senmirini, fl.Iha ilo Dlretor
I

4
Dimas Fabiano To1OOo).

4
:13 42
~
A falta de envolvimento concreta dos filhos ~e DlMAS corn as
empresas contrat8ntes com FURNAS, em que possuem participayao societăria

:34 Inq
juntameute corn outros filhos tambem de Diretor de FURNAS, refarya os
indiciativos de que essas empresas eram direcionadas para obteDyllo de
i vantagens de FURNAS, onde,.em raz30 do denunciado DIMAS, posstÎiăm
boa penetrayăo.
12 -47 .. .
7
01 .90

Gabriel Martins Toledo, filho do deuunciado DJNAS, em suas


declara~s de fis. 527/528, destaca que as irregularidades apontadas pela
5/2 735

CGU ocorreram em data anterior ao seu ingresso na CANAL ENERGIA, que


6-

. foi em dezembro de 2004, qtlando tinha 20 anos e era eStudallte. Por sua vez,
deixou claro que Dunca trabalhou na citada empresa ou possuiu qua1quer
3/0 0.

envolvimeDto corn ela, bem como que o valor da integralizayao das suas cotas
: 1 r: 11

Da emptesa veio de seu pai.

Fabiallli Toledo Sermarini, em suas declaras:oes de fls. 530/532,


Em po

disse que văo fazia parte da administras;ăo da empresa CTEE, mas que essa

• empresa representa uma opylio de vida para o caso da declaranle deixar de


sso

trabalbar em FURNAS, como contratada da BARUENSE. Negou que CTEE


. ·tenha prestado servio;:os para FURNAS, afltlDando que os valores recebidos de
Curnas foram pagamentos de inscriyao. de funciona.rios de' FURNAS em
pre

eventas da citada empresa.


Im

Do CenOrm Verificado pe", rcu e pela CGU l1Il.! cOIltrataciie.s de Fllflla§.


FaciJilador da' Consecuc4o do E5guema CrjminosQ

o
relaterio do TCU inserido no apenso XI tambem indica
gmves falbas,' nos controles reIatiyos ă esco/ha do con1ratanle e nQ
fiscalizay~o dos contratas, que possibilitam direcionamento do contrato em'
favor de determinadas empresas esuperfaturamento, nas arEias de propaganda
e publiddade, bens e .servi~ de informatica e de mllor7ra, tratando
especificameDte dos contratos da Baruense a partir de fls, 8. I
. . . /~
. ' . . :~
. ';o"."

"
.... ..
~

MINISTERIO PiJauco FEOllRAL "


Proeursdoria da Republica no'Estad9 do Rlo de Janalro

No mesmo sentido, a CGU ao fazer a aţlâIise dos


procedimentos de controle interna praticados nas Superinteddencias e
Departamentos de FURNAS, efetuada durante auditoria realizada no periodo
de 06/0212006 e 3011012006, A CGU, por meio do relat6rio 17, inserido no
Bpenso xm, voI. 03, afirma que constatau a vulnerabilidade de FURNAS
" " "guanto,.â,.aql'\qU~io.d~~u~.CQO.twles,.in~s./l.~ştrativoş! ,y.e~i~calldo-se
" a exposiyăo a ris cos, como: prejuizos financeiros e materiais Da aqUisis:âo de

4
baos e serviyos; sujeifAo ă aplicayăo daspena1idades previstas na legîslByăo;

4
inadequayao dos resultados fisicos e financeiros; ocotrencia de erros,

:13 42
desperdlcios, abusos, prâticas anti-ecoDomicas e fiaudes; efetivayâo de

• projetos anti-econOmicos e inadequados as necessidades da empresa;

:34 Inq
ocorrencia de irregularidades nas diversas fases de contratayiio e execus:âo de
obras e năo implementas:iio das recomendayăes dos auditores intemos, dent!'c

12 -47
outros,' . :
7
Especificamente na Area de atllayâo do denunciado DIMAS,
01 .90

Diretor de Planejamento de Engenharia e Construyăo de FURNAS, sau


apontadas diversas ftagilidades, pela CGU, no citado relatario 17, valendo
5/2 735

destacar a precariedade do mecanismo de contrale de custos ?e obras e


6-

servi~s de engenharia, jă que nao bă comparayao dos custos das obras e


servis:os de engenharia corn, aquele constantes do SINAPI, : confonne
3/0 0.

exigencia da Lei de Diretrizes Oryamentarias, impedindo o controle sobre as


: 1 r: 11

tran5ayoes e a aderencia as Leis 10,707/03, 10934/04 e 11.178/05,

Enf!.l1l, 'os aspectos verificados pela CGU e pelo rcu


Em po


permitem yjSUaJiUlI o ambierrte prQpIcio a soIicitacoes e recebimcntos de
vantsgens indevidas das ern,presas gue queriam contratar corn F1JRNAS •
sso

vantagens essas custeadas por contratos superfaturados e sem fiscaliUlcâo


adeguada, bem coma a capacidade do denUliCiado DIMAS de obier vantagens
dessas empresas para :fi!zer fienre ao~ 'seus compromissos' politicos. em
pre

contrapartida ă SUB manutenciio no 'CargO e obtencăo de parte dessas


vantagens em seu pr6orio beneficio,
Im

Dos Contratos De Furnas com alPElI,llm{l(lria e Toshiba


.. .'

Das Constatafăes da CGU

, Corn efeito, os fatos, concretos apurados 110 inquerilo


relacionados aos contratos da TOSHIBA DO BRASIL' S,A, CNPj n°
, 61.407.052/0001-71, corn sede na Estrada dos Alvarengas, n° 5500, lla Ci~
de Silo Bernardo do Campo, SP, ' e da JP ENGENHARIA LIDA. CNPt~ I
..,.
'." .:" .

MINISTERIOPUSlICO FEDERAL •'


Procuradorla da Republleo no Estado do Rio de Janal"'!

44.480.697/0001-10, corn sede na RUB Verbo Divino, 1061, CEP 04710-002,


Santo Amara, Sao Paulo, corn 'FURNAS, como inseridos no esquema
criminoso com~dado por DIMAS, encaixam~se perfeitamente InD cenărio
apresentado pelo Teu e pela CGU: IncJusive os fatos apurados pela CGU cm
relayiio aos citados contratos refletem a intensa discussăo para a fixas;ao da
vimtagem indevida que deveria ser paga ao denunciado DIMAS para que
. eS$eS I;O!ltl'l!tOB JqB,'l.e.m '''concretjZ!!Ăo~...Fomp'.).:~v:ellldo pela documentas;ăo _
apreendida e peJas declarayoes colhidas no inquth1to. '" . -" " .' - . .

44
,
..i
Trata-se do contrato de parceria CT 13.770 - VTE, para

:13 42
:i implanta~o de cielo combinado na Usina 'Termeletrica Slio GOllS:810,
ceJebrado em 06/Q3/2001, corn a TOSHIBA DO BRASIL SIA, pelo valoT de

:34 Inq
US$ 270.000:000,00, com prlizo para obra de 23 meses, e do contralo de
parceris CT 13.955 - UfE,' para impJanta~ de ciclo combinado ns Usma

12 -47
1 TenneJetrica de Campos, celebrado em, 13/1112001, corn a JP ENGENfIÂ1UA
-,~ LIDA;,pelo valoi: de US$ 167.760.000,00, com prazo para obra de 18 meses.
~
7
./
01 .90

.,.., Foram constatadas, pela CGU, , conforme relat6rio .07, do '


'i'l apenso xm, val. 02, irregularidades pratic8das pelos gestores de FURNAS,
aCarretando potenciais prejuiws ă eţnpresa, referentes as decisoes de abdicar
5/2 735

.j
6-

J
do direito da cobrans:a de multas contratuais ă TOSffiBA DO BRASIL, 110
j valOT de R$ 8.000.000,00; e il 'JP ENGENHARlA, 110 valor de R$
3/0 0.

J 5.000.000,00, em razao das suas inadimplencias. Dentrc esses gestores, a


: 1 r: 11

'i CGU aponta como um dos responsaveis o denunciado DlMAS.


1
,JP- O reJatOrio da CGU exp5e vărios erros sobre a dispensa de
Em po

iJ

•j
lieitayăo no caso dos dois eontr8t0s. Sustenta que a lei de lieitavoes deveria
" ser aplicada, pois os contratos de parceria, em ultima: anălise, caracterizam-se
sso

.por serem contrata;;Oes de omas de engenharia, que tem pecuJiaridade a fOTma


,e as .. condiyâes de pagamento, lal corop o pagamento de FURNAS as
pre

Contratadas ou Parceiras do equivalentll ao valor da energia disponibiJizada

1 pelas usinas durante detenninado perlodo de tempo ap6s a cOllclusilo das


obras. .
Im

1 , .Destacou a CGU que nem as contratadas tem tradiyao coma


concession8rlas ou produtoras de energia el6trica 'e nem essas atividades saa
J objeto dos, contratos. A JP e a TOSHIBA silo empresl!ll de engenharia elou
fabricantes de equipamentos, e nâo empresas produtoras de energia eletrica, e
1 foram contratadas para a execuyao e~gime "Turn-Key" da amplias:ao' el
J implantayâo do cielo termico das usin .
, ,
Iâ~ .~'"
r-J
.'
\..

,~
••

;! ••• .oii'

~., MINISTERto PUBLICO FEDERAL ',~


." Procuradorleda Republica no Estado do Rlo de Jenelro

i'i
;J
;1 Nesse pasao, a CGU consignou que a nao realiza.c;âo de I
licitayao, limitando a competiyao e a isonomia entre os potendais
9 interesSados, em delrimento dos interesses da Uniao, causou pr~juJzo a ela,
configurado posteriormente pela inadimplencia de ambas as contraladas e D
inexecuyăo de seus respectivos contratos.
I
~
. .
'i
~l .. .... Nao obstante,.a .cau so ..mantev.e .seu .entendimento .degue .8
î
. di~e.Dsa' de ii~itl9iOf~ii'rre&U1âX,'n:6caso do'oontrat() corn i TOSBIBA: hso .
porque, apas a assinatura do contrato da TOSHIBA e antes da assinatura do

4
~

4
j contrato corn a JP, adveio legislayao que aUtorizou FURNAS a contratar por
'j

:13 42
.1 dispensa de licitayao para os empreendimentos reJativos as UTEs .
i

:34 Inq
, A CGU explicitiJu o seguinte sobre a niio afetayao de sua
, decisao pela citada Jegislayao, ero relas;ao ao confrato da TOSHIBA: E7Il
JI verdade, tomando-se a automayOo como sendo, por definiţiio prel'ia, j'i-ca

.,.,
1
.1
12 -47
impossfvel que as citadas Resollifiio e Medida Provis6ria .ten ham
"autorlzado" FURNAS a contratar por fJispenSa de Lici/ayiio. Primeiro,
7
J porque· o contralo foi assinado antes do surgimento dos referidos mecani.smos
01 .90


normaflvos. Segundo, porque a suposta.· autorizayăo năo aparece
express"amenJe corn intuito sona/aria, em relayfio ao fato especifico ja
5/2 735

!
6-

.,,j conswnado de contratar sem licitafăo, em nenhzrza das dtadas normas.

~I
3/0 0.

A CGU tambc!m năo considerau a alega~o de FUHNAS, ilO


sentido de que o contrato 13770 corn a TOSHIBA tenha sido efetivado cm
: 1 r: 11

.,
.1
26/09/2001, acrescentando o seguirite; "Apesar da insistencia, examina/ula-
,1• se o docrIlIIento contratual pode-se cons/atar que o mesmo foi, nu realidade,
j
Em po

assinado pelos Senhores Luiz Carlos San/os e lJimas Fabiano Toledo.


J

•I
respectivamente Diretor-Presidente e Diretor dţ Fwnas, e pelos Senhores
Takashi Wada e Tochia Nonaka, diretor Presidente e Gerente Financeira da
sso

.Toshiba, respecttvamente, .no dia 06/0J/200J. Nota-se, apas essa.r


assinaJuras, a aposiyâo de nova data, m.Q/l/lscrita - 26/09/2001 - corn nova
pre

assinatura, desta vez do Senhar MOria Mdrcio Rogar, entfio Assesso,- de


Acompanhamento de Projetos e Concorrencia, subordinado ao Diretor de
I
Im

FURNAS que havia assinado originalmente o Contrato. Elita nava


assinatUra nCio tem vaZidade maior do que a de Un! "ciente" con/erido pela
1 Assisterite supra menctonado.

I A lentidii.o de .FORNAS frente a inadimplencia da TOSI-UBA,


bem como a sua condescendencia na nâo aplicayao da mu1ta contratual ilO·
ValOT de oito milhoes, confonne proposta de isenyăo apresentada ao Conselho
de Administraya;o pelo denunciado DlMAS TOLEDe, tambc!rn [oram tratadas
I pela CGU, inclusive porque configuram atitudes năo condizentes co

l
!
.~.

, ..~. :": : \';·'c::'~L.


MINISTERIO PUBUCO fEDERAL
Proeuradotia d. Repub~ca no ESiado do Rto da Janeiro

motivaţâo da dispensa de Iicitar;;ăo, ou seja, a urgencia do empreendimento


(veja fis. 17 do citado reJat6rio 07).

• Somente em 26/03/2002,' doze meses ap6s a assinalura,


FURNAS advertiu a TOSHIBA sobre a possibilidade de rescisiio do conlralo
por inadimplemento e aplica~ de multa

P~r '~~~;;;j~~;ti~~ ~~~tadBs pela TOSHiBA.' para

4
a rescisAo e o nao pagamento de multa, nllo poderinm eximi-Ja da mulla,

4
como bem explanado pela CGU. '

:13 42
Niio obstante" foram a~jtas, por FURNAS, apesar de tcr

:34 Inq
intimado a TOSHrBA inicialinente para pagamento da multa. '
" '

12 -47
Estranhos comportamenios, referentes a esse cOI1l,ralo; sac
ainda pontuados no relatorio da CGU, cojno a nao apresentayâo pe1;l
TOSHIBA de garantia contratual e o niio atenrumento, poc parte da dires;âo de
7
01 .90

FURNAS, de,apresentas;ăo do original do centrato CT 13770, s6 aprcsentado


1
em copia năo autenrlcada (veja fis. 18 do citado relat6rio 7).
5/2 735

"
, ,
6-

Atente-se ainda que a TOSHIBA se refere ă realizaliio de


reuniăo no escrit6rio de FURNAS, em 31110/2001. em que manifestau scu
3/0 0.

interesse de ceder seus direitos e obriga~es decorrentes do contrato n° 13770,


: 1 r: 11

o que teria sido recebido de forma favonivel por FURNAS. Afirma a


TOSHIBA que desde a citada reuniiio vinha se empellhando ern aprcseniar
~mpresa hâbil em assumir o contrata em refer~ncia, o que ja havia si do
Em po

manifestado fonnalmente pela TOSHIBA diversas vezes. '


sso

De fato, os elementos apurados durante o inquerito policial


.demonstram que tratativas estavam sendo realizadas para a transferencin do
contiato para a JP ENGENHARIA e' que tanto essa empresa coma a
pre

TOSHIBA realizaram contratos corn 'o lDeslDO padrll.o corn as emprcsas do


lobista JOSE PEDRO e de WALTER ANNICCHINO e SERGIO JOSE
Im

ANN1CCJDNO. Essas negocia~es envolveraro inclusive a transfercl1cia UO


func':ionario da TOSHIBA, o denunciado DIEICKSON, quando demilido da
TOSHIBA. em agosto de 2001, para 'uma das empresas do denullciaull JOSE
PEDRO, a BCE? onde DIEICKSON ficou alt meados de 2002.

Em relas:iio â rescisao do centrata da CTE de Campos, em' toce


do inadimplemento da JP ENGENHARIA, verificou-se a mesma inercia de
FURNAS e omissâo das âtitudes que deverinm ser tomadas em face da
empresa IP. Entendeu Il CGU que FURNAS niio foi diligente na rescisilo
"
. . ' '. . . . ~
...-y.
.'
-' -
-s /;. . :
,.~ !~ ..

MfNISTERIO PUBUCO F.ErJERAl •.


Procuradorla da Republica no estado do RID de Janairo

que abdicou indevidamente de providencias para recebimento da multa em


face da JP. Enfun, năo acatou as justificati vas apresentadas por FURNAS e
ratificou seu entendimento acerca da oinis5ăo· dos gestores \:le FURNAS,
dentre eles, DIMAS, causarida prejulzo li empresa e li UnUio no valo)" de
cinco milh5es, em vaJores de 30/11/2002 .

.. ... - ·cS.omente.".enL.l,4/1,J.[,?Q03" . ou.. :!,eja, apos dois .3110S do


inadimplemen!o do contrato 13955 efetUado corn JP, quiu:iâo· li: obtii Jâ deverig

44
estar tenninada, FURNAS llotificou. a empresa para o pagamento da multa de
einca milh6es, apesar da· comunica~ da rescisao do cantrata fcita em

:13 42
13.05.2003 .


:34 Inq
Apas a TeeuS9. da JP em receber a notifica~ăo para pagalllento
da multa, FURNAS nio promo:veu mais quslquer tentativa de receber a multa

12 -47
junto a JP. Assim, FURNAS acionou o seguro para. pagamento da. milita em
28/1112003 e ~uîzou ayâo em ·fucetâo somente da seguradora, em
20/1 012005.
7
01 .90

Dos CoJtlrafos de Assessorill Ticnica Ejetuados por TOSHlBA e JP



5/2 735

ENGENHARIA com as eJnpresa BCE, ECB, COMPOBRAS e INTERTEL


6-

e/1J".deco"eftcia dos contratos flrmadus com FURNAS para (1 ImplolllUf;ăo


de.Cielo
. Combinatio /Ia Usina TermeJtlrica de Siiv GOftfolo e Campos
.
3/0 0.
: 1 r: 11

Contratos juntados aOB alltoa, entre as cOlll.ratadas de


FtmNAS, JP e TOSHIBA, corn as empresas BCE CORPORATION, CNPJ /l'
00.021.564/0001-00, Corn sede na Rua da ConsoJayăo, 368 - 10 and31~ Silo
Em po


Paula, SP, ECB - EMPRESA DE CONSULTORIA BRASILEIRA L1DA.,
CNPJ n' 03.094.339/0001-92, cam sede informada no contrato na.Rua SanIa
sso

Cruz, 235 - Săa Roque, SP e COMPOBR.J\S, CNPJ n· 61.351.276/0001-09,


corn sede informada DO contrato llţl Rua Sama Cruz, 235, Saa Roquc, SP, dos
denunciados JOSE PEDRO e PEI?RO TERRA (veja dacumentos de fis.
pre

1031104 e 133/135 do apenso V e ·de fis. 90 a 100), e lNTERTEL


COMERCIO E CONSTRUl;:Ao LIDA., CNPJ n° 03.914.553/0001-48, COIU
Im

sede na rua Ve:rgueiro, 2949, 13" andat, Saa paulo, SP, que tem como urn dos
seus gerentes e adminislrador WALTER ANNICCH1NO (cluusula 7" do
centrata - fls_ 121 ·40 apenso V) e procurador (fls. 130 do apenso V) SERG10
JOSE ANNICCHINO, alere de nota fiscaJ da COMPOBRAS, quando
confrontados corn· a cronologia dos Mos retirada dos trabalhos da CGU,
perm,item a perfeita visu~ăo do esquema crimînoso engendradd cm
FURNAS para conll'atayăo corn a empresa, pelo denunciado DlMAS COtll a
colaborayăo dos· denunciados JOSE PEDRO TERRA, PEDRO PEREIHA__ _
TERRA, WALTER ANNICCHmO e SERGIO JOSE ANNICHINO, !lJer~e
.
. .
. . -
.i
.- ..
. ., r,,··
MINIS1ERlO PUBLiCa fEOERAl .' .'
Proeumdorla da Repul>Iiea no Eslado do Rlo de JaneÎro

DIEICKSON, ADEMIR CARN.EvALLJ e REINALD CONRAD.

96pias dos contratos - que se enconlram a fis. ~36/242 do


apenso V, entre a BCE a TOSHIBA, a fls .. 375/379 do Apenso V, eulre a
BCEIINTERTELITOSHIBA e a fls. 3021309 do apenso V, entre a INTERTEL
e a JP '- foram apreend.idas, em -razăo de Il1lindado de busca e apreellsdo
..Clefel:'nl.iqado.por :esse...ruizo~.na;,CmpEe$aXf..CQNSJJlŢQRES ASSOCIADOS,
do denunciado JOSE PEDRO TERRA. Importante escJarecer que esses'

4
contratos mo tiveram as autenticidades contestadas pelos envolviilos, muito

4
pelo contrario, um dos seus: signatJirios, o. denunciado DIEICKSON

:13 42

BARBOSA que assinou os tres, ora pela TOSHIBA, ora coma testemunha,
reconbeceu suas assinaturas, em declarayoes DO inquerito policial a fis. 236,

:34 Inq
241 e 107. .

C6pia d~ COlllratos. q\1.e se eoconlram a fis. 38/61, efehiados


12 -47
entre a' JPIlN1ERTEL, JP/COMPOBAAS e JPIECB, foi apresentada pelo
denuneiado NILTON"MONTElRO, qulUldo das suas declarayoes na Policia
7
01 .90

Federal, em 29/0812005, bem CO/IIO a nota ftscal da COMPOBRĂS, datada de


0211212002, de prestayao de serviyos de consu1toria il empresa lP
5/2 735

ENGENHAR.IA. no valor de R$900.000,OO, e a procurayăo de 04/0212004


6-

(fis. 36) passada pela presidente da JP, o denuneiado REINALDO CONRAD,


para NILTON MONTEIRO e outras pessoas defenderem os interesses da 11'
3/0 0.

em restabelecer as condiyOes cootratuais dos contratos 13955 e 13956, que


: 1 r: 11

estâo a fis. 1949 em diante do apenso xx, vol vn.

O denunciado REINALDO CONRAD, administrador da JP,


Em po


reconheceu tais documentos como autl!nticos, inclusive sua assinatura, por
ocasiăo de suas declaray5es Da Pol!cia Federal, a fis. 227. Outros signatarios,
sso

quando instados a esclarecer sobre tais documentos, tam bem mo deixaram de


reconhecer a autenticidade desses documl9itos e suas assinaturBS .
.
pre

Assim, antecederam ami contratos efetuados corn FURNAS Il"


13770, corn a TOSHlBA (06/0312001), en° 13955, corn a JP ENGENHAJUA
Im

(13/1112001), contratos efetuados, em 20/1212000, entre a TOSffiBA c a


empresa BCE, do denunciado JOSE TERRA, e, em 18/07/01, entre a J1'
ENGENHARIA e a mTERTEL, dos denunciados WALTBR ANNICCHINO
e SERGlO ANNICCHINO e a JP ENGEHNARIA e ECB - EMPRDSA DE
CONSULTORIA BRASILEIRA LIDA., em 18/07/01.

Todos os contratos săo de intermediayăo e assessoria tecnica


(TOSHIBA e BCE) e de presta~o de serviyos e assessoria lecl1ic~
(INTERlEL e ECB/JP, ENGENHARIA). Alem disso, tais eontratos tJlh )
. ' .(~./
I
j
'.1,,,,,', :

MINISTERIO PVBlIca FEDERAL


ProcUllldaria da Republica no Estado do Rio de Janeiro

j
coma pressuposto mencionado 'el'D seu bojo, O contralo efetllado entre j
FURNAS e a TOSHIBA para a ''lmplan~îio de Ciclo Combinado ~a Usina
Termeletrica de Slio Gons;aJo" e o contrato efetuado entre FURNAS e a IP j
.ENGEN,HARlA para "ImplaIitas;!Io de Cielo Combinado na Usina
Termeletrica de Campos", sem fazer referencia ao numero dos citados j
contratos· corn FURNA::; que nâo tinham ainda sido !lS8inados.
. ...
' ~.","-.'''''.''.",~,,,,.~ '.".,'
j
o contrato entre a TOSHIBA e a empresa aCE t "de'

4 4
2011212000, no vaJor de R$11.130.000,OO e IlSSina pela TOSHlBA, o j

:13 42
. denunciado DIECKSON BARBOSA, e pela BCE, IOSE PEDRO TERRA
(veja fis; 236/232 do Apenso V). j

:34 7 Inq
Iă o contrato erttre a JP e a 1NTERTEL e de 18/07/2001, 110
valor de R$14.2S0.000,OO, pela JP assina, seu gestor, O denUDciado
j
REINALDO CONRAD, pela INTERTEL,' o denunciado SERGI0
7-4
ANNICCHINO, seu procurador (veja a procuras;âo de fis. 130/131 do apenso
j
V) e aibda como uma das tcstemunhas DIECKsON BARBOSA (veja ils.
01 .90

j
12
3021309 do Apenso Y.) .'
5/2 735

Por sua ~ez, o contrato entre a JP e a BCB e tambem de j


6-

i 8/07/2001, e sua redaS;ăo rigorosamente igual.ao do contrato entre a JP e tI


j
3/0 0.

INTERTEL, com exceyăo do valor que e de R$20.757.500,00. Pela lP assinn,


: 1 r: 11

o denilnciado REINALDO CONRAD, pela ECB, o denunciado JOSE


PEDRO TERRA, e ainda como uma das testemunbas DIECKSON j
BARBOSA (veja fis. 54/61 dos autos principais);
j
Em po

Entretanto, ap6s a celebras;âo do contrate de parccria CT


13.770 - UTE, enu:e FURNAS e a TOSHlBA, para implanta<;âo de ciclo j
sso

combinado na Usina Terme16trica de Săo Gonialo, ceJebrado em 06/03/2001,


.a TOSHI1M, efetuou, em 21103/2001, niais um contrato de presta<;îio de j
pre

serviyos e de assessoria toonica, financeira''e comercial, relativei a tITE de Său


Gons:alo,. com a BCE eINTERTEL, no valer total de R$2S.560.000,00 (fls. j
Im

3751379 do apenso V), nas mesmas bases do contrato efetuado, em


2011212000, corn. a aCE. Pela TOSHIBA assma DIElCKSON e pela BCE j
JOsIi PEDRO TERRA. Pela INTERTEL năo ba !lS8inatura
Da mesma. forma, ap6s a ceJebra~o do contrato de pSl'ceria
j
CT 13,955 - UTB, entre FURNAS e a IP ENGENH.ARIA, para implant~<;â.o j
de cielo combinado na Usina Termeletrica de Campos, celebrado em
13/1112001, a 1P ENGENHARlA LIDA, efetuou, em 23/09/2002, sem que
tivesse ainda iniciado' a execUI,ăo do contrata, mais dois contratos de
j
prestas;âo de servis;os e de assessoria tecnica, fmanceira e comercial, relati~
j
. .~<)<
j
.. "---'--.,
._---~ ~ .

j
j
J
•. ~.1-. <

MINISTER/Q PUBLICa FEDERAL


':-./19 : &-6Z
Proc<Jrsdoria da R"pllblica rTO Eslado do RÎo de Janalro

UTE de Campos, mas fazenoo referencia ao contrato 13.956, de 12 de


dezembro de200!, com a INTERTEL, no valortotal de R$2J.80p.OOO,OO (fls.
46 a 53), ea ţ:;OMPOBRAS, nO'valo! total de R$7.266.600,OO' (fIs. 38/45),
nas mesmas bases dos contratos efetuadds, em 18/07/2001, com a IN1ERTEL
e com a ECB. Pela JP ENGENHARIA, asSinOll seu administ1'lldor, o
denunciado REINALDO CONRAD, pela INTERTEL, seu procurador
'SEROlO ~GCflINo.;,e \crimn.,q,m.a . ;Qş:;"t~.şţ,e:m.q$as, ~() c(mtrato. .de ils..
38/45, ADEMIR CARNEVALLI, tambem da 1P. Pela COMPOBRÂS assiuou

4
JOSE PEDRO TERRA. .'

4
:13 42
. Sobre os pagamentos efetuados em razâo dos cilados conlratos,
foi arreeadada (fls. 31) a nota fiscaJ 027 da COMPOBMS. de 2/12/2002,

:34 Inq
informando o pagamento de R$ 900.000,00 efetuado pela JP ENGENHAlUA,
relativo a serviyos de consu1toria, sem. que a JP tivesse iniciado a

12 -47
Implanta~o de Cicla Combinado. pa Usina Tenneletrica de C!llIÎpos e
FVRNAS tivesse adotado qualquer providencia, apesar de passado mais de
7
um ano da assmatura do contrato, para que a JP implementasse o contrato.
01 .90

Informa~oes sobre GOI1l0 3C darla o pagamento desses contratos


5/2 735

de assessoria t6cnica săo extraldas de docwnentos apreend.idos oa emprcsa elo


6-

.denunciado JOSE PEDRO que integram o apenso Y. Essas' infomla~oes


agregam muito significado a cronologia dos acentecimentos ponluados pela
3/0 0.

CGU em rela~o ao contrata n 13955 da JP corn FURNAS -


D
: 1 r: 11

A fIs. 310 do apenso V, sobre o centrate de 18/07/2001: entre a


INfERTEL e a JP, ein correspondencia do presidente da JP, o denunciado
Em po

e:
j
\;
RElliALDO CONRAD, il 1NTERTEL, em 18/10/2001, consta o seguillte:
jazemos referencia a Clausula Decima Terceira dos Prefos - e sub item J3.],
sso

13.2•. 13.3, para declarar que, efetuaremo3 o pagamento alusivo a esto


·Clciusula de Uma sa vez em moeda corr,mle 7/lIcional. no equivalente aos
US$6.'000.000,00 (seir milhOes de do?ate.r americanos), o qlie ocorrrm1}O
pre

(dias) apos a liberap'io da primeira parcela do jinanCÎamento (parciaf ou


totaO para execufăo do empreendimen!o ou na alternativa de niio ser
Im

utilizado .fozanciamento. quando da iiberOfiio da primeira parcela dos


recursos do contatante.

A fls. 3 J l do Apenso V, hă uma cOpia, referente ao conlrato


enlrc a JP e INTERTEL, ao que tudo indica encaminhada, em 18/03/2003, por
fax, para o !elefone 325[j034, cujo conteudo abaixo destacado aponla p~ra a
existencia de pagamento .
. ' .
. .
,

.• •
.......
~,!*' .

MINISTERIO PUBUCO FEDERAL . . .


ProCllradoria da RepUblica no Eslado do Rlo de Janeiro

"A nossa empresa celebrau corn Furnas


Centrais EJetricas. SIA OS contratas de
parceria, camercializayâo e constifuiyăa de
garantia, sab () n" 13956, em 12 de dezembro
de 2001. Nesla data a Intertel fina/aou a
cumprimento de tolias as SutUl abriga.;oes
'-.'- -~'~'" .,... _- ...... "....,-... -, ... _•....... __ ..... ___ ., . . _)ţll!'fm1..t'!t.(.'f~.. _.f:l;mtrato supra mencionada,
estiindo .iodos Os trdbalho'snabeis,-" aceitas .e

4
entregues.

4
:13 42
Desla forma, conforme o conb'ata, estamas

• autorizando 'a intertel a emitir as foturas e

:34 Inq
dilplicatas, nas valore~ e datar a seguir:

a) o vaiar de RJ 2.000.000,00 corn vencimenta

12 -47 em 16 de dezembro de 2002.


7
b) o va/or'de R$ 4.600.000,00 cam vencimento
01 .90

em 01 defevereiro de 2003.
5/2 735
6-

c) o va/O, de R$ 4.600.000,00 com vencimento


em 01 de mar.;o de 2003.
3/0 0.
: 1 r: 11

d) o va/or de RS 4.600.000,00 cam vencimento


em 01 de abril de 2003.
Em po

• e) o va/or de R$ 5.800.000.00 com vencimento


em 01 de maia de 2003. ..
sso

Consoante•. o' que consta na Clilusula Decima


pre

Terceira elo con/rata citodo, os valores. adma


. indicadas estăo referidos a taxa de câmbio do
Im

dollar norte americana de R$3.63IUS$, e


devem ser reqjustados, para mais au para
menOJ, em funr;aa da WJl'I'afiiO dessa taxa de
câmbio, e estaa 81!jeitos ac canvenciono.do na
paragrafa 2" da C/ăusula 13.

Declaramos ainda qUe os docUmentos emitidos


seraa por nas
aceitos e ~ ser
descanlados a criterio da Inlert~!f"
r

I
1 /t ...
i
I
I -.:0):;
MINfSTERIO PUBlICO FEDERAL
I J>rocuradoria da RepOblica no Eslado do Rlo de Janeiro

!
I
I
I Sem mais para o momenlo, con.rideramoJ os
I trabq!hru contratados encerrados,

1 Da verdatfeiTa Raz{jq tWs Contratos de Prestaţ{io de Assessoria Tectlicn

" " .. 'Nâo';dbstante.os...elevados.-'Valores.,dos,.wntratos ·de assessorÎa


1 recnica acima mencionados, na prătica, năo se logrou sequer ~viden~i~ de '

4
I que as empresas contratadis para a presta~o qesses serviyos de fato exÎstiam

4
1 ou que possuiam atuayiio s6lida no mercado condizente corn os objetivos do

:13 42
i


contrato de grande complexidade. Ao reves, verificou-se que essas empresas
I eram usadas ao alvedrio do denunciado JOSE PEDRO TERRA para

:34 Inq
J farmalizar pagatDentos que mida tioham que ver com os objetos contratados.
1
,

12 -47
1 Pesquisas levadas a efeito pela Pollcia Federal sobre' essas
empresas (ils. 73/82) junto as suas supostas s6des e junto ao COAF (ils.
7
1 90/91) lograramreunir înfarm~ qullcolocam em cheque aexistencia real
!,
01 .90

dessas empresas, bem coma do objeto contratado.


5/2 735

A Policia Federal (fls; 77) sobre o endere~o em que a ECB


6-

deveria funcionar, qual seja, Rua Washington Canipos do Amaral, ne 180,


colijunto 23 - Saa RoquelSP, ap6s altera9ÎiO social em que houve mudanyu de
3/0 0.

sedeem 23/04/2002, fis. 44/45 do apenso V, informau que se trala de um


: 1 r: 11

predio de apartamentos residencial. Conforme zeJador do ediflcio, SI', Roquc,


o apartamento 23 estâ, nomomenlo, desocupado e em fase de pin tura, n/io
sabendo da existencia' de quaJquerempresa na locaJidade. O Porleiro
Em po

comentou tambtm que a maioria dos apartamentos do predio sâo alugados por
pessoas ligadas â empresa ENGEMIX. '
sso

Em rela9iio â empresa INTERTEL, a Policia Federal (ils. 78)


pre

constatau que'oo seu endereyo na Rua Yergueiro, n" 2994, 13' andar, conjunto
134/5, Vila Mariana - Sia Paulo/SP, a exis1incia apenas do Departamento
Juridico, confonne infonnayoes de funcianărio da portaria do predio
Im

VERGUEIRO WORK CENTIlR, que nao" soube informaT om que local


funcionava a parte administrativa da empresa

A falta de' evidencias deque a COMPOBRAS tenha


funcionado no endereyo indicado de sua sede, qual, seja, Av. Nicolau Ferrei1'3
de Souza, ne, 913, Vila Ara9ariguama - Sao Paulo/SP, tambem se extra{ do
relat6rio da Policia Federal, a fis. 76, onde se confirma a cx;stencia do
endercyo, mas se esclarece que se trata de uma porta de acesso ăat::­
superior de llID predio que naci dispoe de placa determinante de qU~ ,

-- ...., - - . ------_.....-------_._-_._.- ...


.
!.'
."
. .
~
',~ ".::
r.;INISTERIO PUBLICO FEDERAL
Piocuradorla da Republica no Eslado do Rlo de Janairo

comercio. Ademais, vizinhos informaram que nâo tinham conhecimell10 de


tai empresa na cidade, que, segundo a PoHcia Federal, e bastallte.,peguena e
todos se conheceJ11.

A ils. 90, consta informaS:3o do COAF de que a empresa BCE


BRAZ.Jţ.IAN COMERCIO EXTERIOR LIDA. (CNPJ 52.638.681/0001-J J),
, ",figada ".a'J.OSR .P.SDRO",..:r;E..RRA,.-.fu~,- ,Qbjeto ,de ',comul1icayao de
movimenlll9ăes atiplcas, por movimentar recw-sos incompativeis cOlIi· a

4
capacidade econOmica fjn~cejra da empresa no montante de R$41,5 milhoos

4
(debito) e R$ 42,5 milMes (creditos), no periodo de dezembro1200J a

:13 42
maryo/2002,junto ao Banco Industrial e Comercio SIA, agencia n° 0007- Boa

• VistalSP, Essa empresa, segundo declarayaes do denunciado JOSE PEDRO

:34 Inq
TERRA (fis. 344), Caz parte de um grupo de empresas integrado pela llidli
CORPORATION,usarlci nos contratos de aSsessoria tecnica, aJem de outras

12 -47
empresas, tais como, BCB CORRETORA DE SEGUROS, BCE TURlS'MO,
BCE EXPRESS TRANSPORTE DE CARGAS e EMERALD TURISMO
7
eram todas de seu pai JOSE PEDRO 'TERRA, senrlo que ap6s a venda da
01 .90

BCE BRAZILIAN COMERCIO EXTERIOR LIDA todas, encerraram


ativldade no ano de 2000, porque era a BCE BRAZILIAN que encabe~va os
5/2 735

neg6cios desenvolvidos por·seu pai. 'As, informayăes apresentadas sobre a


6-

venda da BCE indicam uma a1te~ao social de fachada, tanto e gue PEDRO
,PEREIRA 'IERR.A admitiu que seu pai teve que arcar corn, as dfvidas
3/0 0.

contraidas pela BCE, mesrno ap6s sua venda, uma vez que os adqilirentes !Jao
: 1 r: 11

arcaram COol as dividas assumidas quando da transferencia.

A movimentayao financeira (Apenso VI, volwne IV) das


Em po


empresas wadas para a iulizayâo dos contratos, abaixo reproduzida,
fornecida pela R.eceita Federal, ap6s o devido afastamento do sigilo. fiacal e
sso

bancârio (veja apenso XVTI1), refofya a ex:pressiva movimentas:ăo financeira


da empresa ECB BRAZILIAN, tai coma ,destacado pela COM, bem COlnO
pre

demonstra a fraca movimentll9âo das dy,lIf8.is empresBS do deriunciado JOSE


PEDROTERRA, usadas para efetivayRo dos contratos de assessoria tccnica,
sobretudo quando comparados coOl os exorbitantes valores infonnados 1I0S
Im

contratos, ,ratificando o uso de fachada dessas empresas. Ah~m disso


demonstra a espantosa movimentayăo financeira da INTErfL' sobretudo
quando cotejada com a infomias:ao da Pollcla. Federal adma
-. . . .
.- 'It'"

MIN/STERIO PUBlICO FEDERAL


Procuradoria da Repul>lies "" Est.do do Rlo oe Janeiro
j

. _ h_ __ j
EM1'RESA
I ANO VALon
BCE BRAZILIAN 2000 R$ 93.5/ \.429,65
COMERCIO EXTERIOR j
LTDA
BCE BRAZILIAN 2001 Roi 25.029.101,69
COM!3RClO EXTERlOR j
'.
"
, " ," .UIlA: ;:' .., .... • l"" " ,'., .... -.~. ~-'.

BCE BRAZILJAN 2002 R$ 73.839.264,93

4
COMERelO EXTERJOR j

4
LrDA

:13 42
i


:ţ aCE BRAZILlAN 2003 R$ 3.892,45
COMERClO EXT.ERJOR j

:34 7 Inq
LIDA
'/

)
; BCE BRAZlLIAN
COMERCIO EXTERIOR
2004
baseCPMF ..
Nâo consta infol11layiio na
j
LIDA 7-4
BCE BRAZlLIAN 200j R$ 1,75
j
01 .90

COMERClO EXTERIOR
12
'LTDA
I
5/2 735

l
._- -----VALOn.
6-

i EMPRESA
- .. ... j
I ANO
3/0 0.

1 COMPOBRAS SIA 2002 R$ 53.921,60


.! j
: 1 r: 11

j COMPOBRAS SIA 2003 R$ 512.970,92


.~
COMPOBRAS SIA R$ 394.663.57

..
2004
1 COMPOBRAS SIA ,,
R$ 135.364,53
j
Em po

.1 2005
---'
sso

._- . ,- _------ ..... _--


J EMPRESA ANO
...
. VALOR j
t -
pre

~
ECB EMPRESADE 20112 R$ 13.604,89
,CONSULTOR1A
'i BRASILElRA LIDA j
Im

i
'1
J ECB EMPRESADE 2003 R$ 209.533,84
j , CONSULTORlA
BRASILEIRA LTDA j
f ECB EMPRESADE
CONSULTOR1A
2004 . R$ 97.592,93

Ij BRASILElRA LTDA
EeB EMPRESA DE 2005 R$2G.145,83
j
CONSULTORlA
J
i BRASILEIRA LTDA 1---- j
~ -v
j
"
l j

j
j
.- '.
".

';'. :": :
MINISrERIO PUBUCO FEDERAL
P,;,curadolia da Republica no Eslado do Rlo de Janeiro

EMPaESA
.. ~~

ANO
.... .. ,-_.
.
VALon
-_..
lNTERTEL COMERCIO E 2000 . R$ 62.226.365,57
CONSTRUt;:ÂO LTDA
.. JNTER1:'BL:CQMRRcro.E
.' ..... : •.•. -'zO.U1·..,,,·- .,,_ ...•.. ,.. ~..
.'
,81.~lJ.268,55
. . ~

CONSTRUr;ĂO LIDA

4
JNTER,TEL COMEROO E 2002 R$ 63.531.46J,83

4
CONSTRU(:ÂO LIDA

:13 42
lNTERTEL COMERCIO E iZOO3 R$ 20.03G.924,89

• CONSTRUC;:ĂO LIDA

:34 Inq
lNTERTEL COMEReIO E 2004 R$ 4.088.672,94
CONSTRUc;:Ao LTDA

12 -47
lNTERTEL COMERCIO E 2005 R$ 3.245.752,88
CONSTRU(:ÂO LIDA
7
j
01 .90

. A falta de estrutura flsica, relativa ă empresa ECB, INTERTEL


e COMPOBRA.s e a movimenta~ finaoceÎra atipica da principal empre.~a do
5/2 735

denunciado JOSE. PEDRO TERRA, a BCE BRAZILIAN, bem coma a


6-

movimentllylio iinanceiradas demais empresas INTERTEUCOMPOBAASI


BCE permitem compreender a enorme imprecisao e gelleralidade quc esses
3/0 0.

contrato saa tratadeB peles envelvidos, malgrado seus elevados valores,


: 1 r: 11

denotando o desiderato de dissimular a origem dos pagamentos recebidos.

De conseguinte, pelo menos parte dos valores gue transitam


Em po


nas CQnfas da 1NTER'ffiL, BCE' BRAZILIAN, BCE CORPORATION,
COMPOBR.A.S e ECB slio provenientes de crimes contra a administrayăo
sso

pu.blica e tem por finalidade dissimular a origem ea movÎffientayao crimÎllosa


'desses vatoi-es_ .
pre

Con;oborando essa. condusâo vârios contratos de assessoria


Im

lecnica realizados pelas citadas empresa, em especia1 a ECB, aIcm dos ja


tratados nessa denuncia, tiun.bem em funyâo do contrato corn FURNAS pOU-U: a
construyaa da (JŢE de Campos e Său Gon~o. Nesse sentido os contratos
relativos a. VTE CAMPOS de fis. 350/357 dti apenso V, de 18/07/2001, da.
ECB, representada pelo denunciado 10SE PEDROTERRA corn a ELETRlC
ENGENHARIA LIDA., representada por ADEMIR CARNEVALLI e com.a
participa9âo de ,DICEICKSON BARBOSA' Come testemunha; e de fIs.
358/365 do apenso V. tambem de ]8/07/2001, da EeB, representada pela
denunciado 10813 PEDRO TERRA com a CALAZANS & PAGNOZZl, com
a participayao dos denunciados PEDRO !EIXEIRA TERRA e DIECKS? )
" . ,. • I

-_/

.. _-_.-----. . _.. _ .. "'- "_ .. .._- - -_.. -


~ -'-'-'''-'-~
,
....
d t-~ ~';j

MINISTERIO PUBUI;;O FEDERAL


.......'" ..
" <;:'-t&"
Pl'tlCIIrBdoria da Republica no ESlBdo do Rio de Janeiro

BARBOSA, coma testemunhas. o contrato.relativo a utE SĂO GONC;ALO,


de 1210212002, de fIs. 3191325 da COMPOBRA.S, represf;Jltada pelo
denunciado JOŞE PEDRO TERRA corn Il COMPANHIA ENERGETICA
PAULISTA SIA, corn a participayâo de DICEICKSON BARBOSA coma
testeinimha .

.:!:Ia,Yăr.igs. .conftatQS·.ainda~efetlolaţlQş ,en($e,.a.:Ţ.Q&WBA


.e ·a '
BCE, no apenso V (fls. 2901301), de agos1o a dezembro qe 2000, 'cuj~ ·serviro

4
a ser prestatio pela BCE a TOSHrBA Il se empenhar para que esta ganhe

4
JicitayQes em FURNAS, in vl!1'bi.r:

:13 42
:34 7 Inq
o presente contralo consisle na prestatrtio pela
7-4 BCE ti TBB dos servi~s indicados a seguir;
para iuo enviando toda a sua habilidade e"
conhecimento, a fim de que a TBB venha a
01 .90

ganhar a licitaftio e possa fechar o contrato


12
cam FURNA8.
5/2 735
6-

. a) Prestar a TBB· radar as informar;fies.


orientar;o.o e auxilio que for preci.so e que a
3/0 0.

TBB venha a necessitar, ou que a BCE (lellar


: 1 r: 11

indi.spensavel, para que a TEB possa


aperfeir;oar e' ade.quar .' sua proposta ao
interesse de FURNAS durante a/ase de Qnali.re
Em po

e.avaliafăo, .
sso

b) Dar conselhos ou boa orienrar;ao ti rolJ


sobre' coma ,inelhar atende.r aos requi:;Îtas de
pre

FURNAS ,,dkrante a etapa de negacia900 do


contrato;
Im

b) (şie) Preştar outras informa~{jes, conselllo$,


arientfiio (sic) e auxflio ci TEB, que possa
preci11ar ati· a . asa/natura do confra(o,
. [amecimento e recebimento de todas parcelas
de pagamentos . ..

A generalidade e total falta de precisâo desses contratos de


asses30ria tecnica contrasta corn o teor dos documentos sobre a cOI1~truyâo da
UTE d~ CAMPOS, apreendidos na residencia do denunciado REINAt~

i1
. \:_.-'
.
I
.
• :t

.
.. .
,
"

MINISTER/O PUBlICO FEDERAL


"rocuradoria da Republica
··.·fI··
", ~ .
no Estado do Rlo de Janeiro

CONRAD, por forya de mandado de ousca e apreeosăo desse lulzo (vqja (]


apenso 1). Os documentos apreeodidos relativos ao projeto silo de outras
empresas . e sio bem especfiicos. Alias, entre· a farta ddcumeota~ăo
apreendida (vefa o volume IV elil diante do apenso XX) sobre o citado projeto
nac foi encontrada quaJquer mforma9lio que se possa depreender a
C{)laborayăo das empresa dos denunciados JOSE;'PEDRO TERRA, PEDRO
i . TERRA; .sER.G.lG..ANhUCCBINOc~_W4ţXE.R~CCJ::WIIO na.elaborayâo
~~- . .. . . . . .
I

4 4

I

:13 42
I

_. i Dos lJedartlfOes dos EII.volvidos nos ContraltJs de Assessorio Ticnica

:34 Inq
, O denunciado JOSE PEDRO TERRA, em suas declarayiles de
I fis. 68171 e 3981404, acentuando a mconsistencia dos contrates de assessoria
I
12 -47
i
tecniea, apresentando-se coma proprietMio e procurador das emjJiesas
,
COMPOBRAs, BeB, que eBCEao contrario, disse que a COMPOBRAS e a
ECB .assinaram contratos corn a JP ENGENHARIA e a TOSHIBA DO
7
01 .90

BRASIL, com o objelo de fazer a parte comercial para viabilizar a realizayao


dos projetos de construs;ao das 1l.'Iinas termeJetricas de CAMPOS!IU e SÂO
5/2 735

i GONCALOIRJ, respectivamente.
6-

I
I Năa obstante, afirmau que COMPOBAAS nunca prest.ou
3/0 0.

. nenhum tipo de servi~, servindo corno uma holding corn objeto social
: 1 r: 11

"aberto" para possibilitar futuras prestay6es de serviyo. Sobre a ECa disse


que el uma empresa que tem C{)mo objetivo prestar servis;os na area de
I p,rojetos ecollomicos financeiros para a isenyâo de impostos na importas;ăo de
Em po

măqumas e equipamentoS. A respeito da BCE - BRASILIAN COMERCIO

.1 EXTERIOR, disse que ja foi seU propriellirio,. mas que se retirou .eru 2000,
sso

I cedendo sua participas;ao para duas pessoas que se apresentaram coma


. advogados de Vitbria/ES, mas que ele apha que nao săa. Afirma que nlio

I firmou cantrate em nome da BCE BMSILIAN, em razâo .dessa emprcsa


pre

possuir centenas de a~es trabalhistas. .


Im

Para explicar a razăo de efetuar dois contratos wslinlos cem a


I JP ENGENHARlA corn mesmo objeto, disse que se deveu a sua inlenylio de

I:I especiaiizar a COMPOBRĂS na Obtenfăo de.recursos financeiros e elltregar a


parte :comercial e tecnica a ECB, que, por sua vez subcontratou a cmprcsa do
denunciado DIEICKSON BARBOSA de nome D&B para a realizaylio de
projeto~ t6cnicos para constru~o da UTE CAMPOS. ..

I O contrata efetuado entre. a EeB e a D&B DO BRASIL


LIDA., CNPl it° 01.919.69110001-94, corn sede na RuaAntonio lulio sanr~;- /
!
!
!
. . . . \ '~)'
~
~
~ ."
. ...
'1 ••
" '~. "1::
j MINISTERIO pUBLIca FEOERAL
Procuradtlrla da Republica no Eslado do Rio de Janeiro

i
I
J
554, sala 141, Săo Paulo - SP, se encontra a fls. 3121317 do apenso V e
J estabelece um valOT de R$1.165.000,OO o equivalente a US$500.0?O,OO.
î
1
j Âpesar de susfent3r que a JP ENGENHAR1A p08sui know how
1 na .constru~o de iermoeletrica, JOSE PEDRO TERRA reafirmou que a
1
'1
"0 • _.
realizayăQ dos contnitos corn a JP ENGENHARlA e a TOSHlBA tinha por
j QQjeti:VCJ.1I Jiscalizayăo.,dl4abm .",,1).,!ţcQn:\PI!llhI,\ro.enţQ t~cqţco.,para ,8 compra
dos materiais, . .. .
j

4
.i

4
A em1ssăo da nola fiscal por serviyos de consultoria prestados

:13 42
Î
a JP ENGENHARIA foi explicado pela denunciado JOSE PEDRO TERRA,

~ para fazer frente aos gastos ja realizados pela COMPOBRÂS e ECB, uma vez

:34 Inq
que se encontrava eOl' situa~o financeira dificil. Assim, Alvaro Ragani,
i
l responsâvel pelo projeto na 1P BNGENHARIA, concordou COl pagar o,valur
j

12 -47
; de oitocentos mi1 reais'e solicitau a em,issăo da nota fiscal que, no en{anta,
,
, e
nuoea foi paga, por isso esse credito foi: habilitado na fal.encia da JP
ENGENHARIA. .,
7
01 .90
1
;
Sobre os semyos que prestou a TOSHIBA disse que negociou
5/2 735

os termos do contrato entre FURNAS e TOS.FllBA para a construfao da VTE


6-

Săo Gons:alo COOl os advogados de ambas aS partes. Pela seu exito comercial
por vender o projeto, os advogados da TOSHIBA DO BRASIL encnminharam
3/0 0.

um contrato a BCE COOl todas as cJăusulas e honorărios de 3% do ValOT


: 1 r: 11

, auferido pela TOSHIBA durante O contrato firmado entre a TOSI-IIBA e


FURNAS. fuse valor era o mesmo pago 1IO departamento comercial da
TOSffiBA em qua1quer venda efetuada pela f&brica, mas coma sa rece beria
Em po

quando comeyasse a ser fomecida'a energia ea obra 000 se concretizou nada


recebeu.
sso

As declaras:i5es dodenunciado PEDRO PEREIRA TERRA


(fis .. 343/349), sobre o papel das emwe~ COMPOBMS e ECB, de sua
pre

responsabilidadee de seu pai JOSE PEDRO TERRA, em reJayăo aos


contratos da JP ENGENHARlA e TOSIDBA, 5110 muito esclarecedoras, nu
Im

sentidâ de que atu aram coma lobistas e da total falta de tradiyăo das citadas
empresas para Iltuayiio nos negocios corn a JP ENGENHARIA e TOSHIDA,
refo~atldo a finaJidade de dlssimular a Origem dos pagamentoB viabili~dos
por tiris contratos.
,
.
A respeito da COMPOBRAS, esclareceu que a empres8 ale
. ..

meados de 2000 atuava apenas na administrllf&o de imaveis, mas quc COOl a


venda da empresa BCE pelo seu pai lOSE PEDRO TERRA, ocorrida no ano
de 2000,.e eOl vista do desejo deIe de atuar no ramo de consultoria )
.)/
'-
,/
..

A
'.~ . !/I'

MINISrERIO PUBLICO FEOSRAL'


. Procuradoria da Republica no Estado do Rlo de Janeiro

empresas, foi feiIC um acorda entre o seu pai e sua tia-avo Maria BarleUa da
Si/va Bluno, soda da COMPOBRÂS, DO sentido de que a COMl'OBMS
seria usada para esse prop6sito, sendo nomeado seu Vice-presiderhe , mas que
era seu pai .que' estava Il. frente do' negocio de consuftoria (veja procurac;:âo de
ils. 133/135 do apenso V.

.. : ... -... .Â.~,ţ~=.~!l.._q1;\~J'J;P~Q..,.rE1WI]V\. .T.ERRA, ellas declarl\yoes


citadas Da Policia Federal, disse gue trabalhou como auXiliar' administrativo

4
na empresa BCE de seu pai 1Os1'3 PEDRO Th'RRA, que atuavB no rama de

4
agenciamento de cargas na âreas de transporte maritimo, aereo e telTestre. Ele

:13 42
.) tambem ostenta a qualidade de soei.o, junfBlIiente com sua tia ava Maria


;'·1 Barletta da Silva Bruno, da empresa BeB EMPRESA DE CONSULTOmA

:34 Inq
'i
BRASIL, coJifarme alteraţăo contratual de fis. 103/J 04 do apensoV. .
'.'
,:,~

.., No quese refere ao contra~ firmado entre as empresas ;Sef e


12 -47
.;
.'
TOSIDBA, disse. que em virtude' da BCE BRAZILIAN COMERCIO'
j EXTERIOR prestar servifO$ aTOSHIBA por um hom periodo. e acrescido ao
7
fato de· que. representantes da TOSHIBA tinham conhecimento de que os
01 .90

....
0•

proprietiuios da' BCE possuiam relafoes estreit(is corn o diretor de FUMA.'>:


DlMAS FABIANO TOLEDO. foi so/icitado por DIECKSON BARSOSA ao pai
5/2 735
6-

do DECLARANTE. lOSE PEDRO TERRA, que intercede.sse em Javor da


TOSHI13A junto a FURNAS, a fim de que aquela multinacional pudesse .
3/0 0.

participar de concorrencias.
: 1 r: 11

Nesse passo; o denunciado que admitiu ter participado de


reuni5es ocorridas eOl 'FVRNAS, inclusive corn o diretar DIMAS FABIANO
Em po

TOLEDO, em decorrencia do CODtata feito por DIEICK.SON, quando foi


deixado em poder de DIMAS o contfato jâ assin!ldo pelos represen1,antcs da
sso

TOSHIBA, para que fosse concretizada sua celebra~o por FURNAS, defini u
que a frnalidade do contrato celebrado entre a TOSIDBA e a BCE era a
intermediayăo do neg6~io comercial fir.t!1aclo enţrea TOSHIBA e FURNAS,
pre

no qual coube a JOSE PEDRO TERRA' exercer a atividade de apresen!a~ao


(lobista) da TOSIDBA e, posteriormente, tentat conseguir financiamento
Im

junto as instituic;:oes bancârias eOl favor da TOSIDBA para a efetivayao da


UTE Sao GonryalolRJ, o que foi negado por seu pai JOSE PEDRO TERRA,
nas declaray(5es de fis. 399. Acrescentou 'ainda que acreditava que houve
outras reunioes entre JOSE PEDRO TERRA e DIMAS TOLEDO, alem das
duas <las quais participou, MO sabendo o assunto~tratado.

PEDRO PEREIRA TERRA explicou ainda que, quando da


rescisăo ;do contrato da TOSHIBA COIl;1 FURNAS, DIEICKSON prucurou
. JOSE PEDRO TERRA, a fim de viabilizar o mesmo projeto com UtJlIi'
k
A
.. ~ fir
, "
MINISTERIO pUBLIca FEDEiRAL .


Procuradorla da Republica no Estado do Rlo de Janeiro

empresas, foi feito um acordo entre Oseu pai e sua tia-ava Maria Barlella da
Silva Brono, socia da COMPOBAAS, no sentido de que a cO,MPOBRAs
seria usada Pa!'!! esse pfop6sito, sendo nomeado seu Vice-Presidente , mas que
era seu pai que estava li frente do· negocio de cOllSultoria (veja procurayao de
fis. 133/135 do apenso V.

. . .. ····-'·'·~te-se:<que',PBDRGl··-FB&EiIRA·.:r.ERRA, .,nasdecJarar,:5es
citadas na Policia Federal, disse que trabalhou como auxiliar administrativo

44
., na empresa BeE de seu pai JOSE PEDRO TE}ffiA, que Iltuava no mmo de
.,i agenciamento .de cargas Da areas de transporte marltimo, aereo e terreslre. Ele

:13 42
i tamoom ostenta a qualidade de sodo, juntamente corn sua tia avo Maria
1
Barletta da Silva Bruno, da ernpresa ECB EMPRESA DE CONSULTORlA

:34 7 Inq
BRASIL, conforme a1terarriio ctintratuaJ de fis. 1~3/l 04 do apenso V.
,
No que se refere ao contrato fu:tn8do entre as empresas·BCE e
7-4
~
1,, TOSmBA, disse que em virtude da BCE BRAZILIAN COMERClO
·EXTERIOR prestar serviljos aTOSHIBA por um bom periodo, e acrescido 00
01 .90

fato de: que representantes da TOSHIBA tinham conhecimento de que as


12
proprietarios da BCE possuiam relaljoesestreitru corn o diretor de FURNAS,
,,
5/2 735

DIMAS FABIANO TOLEDO, foi so{icitado por DIECKSON BARBOSA ao pai


6-

I
i do DECLAJUNTE, JOSi PEDRO TERRA, que iJltercedesse em fovor da
I,
TOSHlBA junto a FURNAS, a fim de que aquela multinacional pudesse
,I
3/0 0.

participar de concorrencias.
!
: 1 r: 11

,
j

Nesse passo, o denunciado que admitiu ter participado de


,I reuni6es ocorridas emFURNAS, inclusive corn o diretor DIMAS FABLANO
Em po

TOLEDO. em deconincia do contato feitD por DIEICKSON. quando foi


deixado em poder de DIMAS o contrato jâ asSÎllado pelos rcprescntaiItes ela
sso

TOSHIBA, para que fosse concretizada sua celebrayăo por FURNAS, dcfinlu
que a finalidade do centrato celebrado eljltre il TOSHIBA e a BCE em a
pre

Întermediâyao do negOcia comercial firma60 en1re a ŢOSHIBA e FURNAS,


no qual coube a IOSE PED~O TERRA1exercer a atividade de ·apresent3s:ăo
(Io~ista) da TOSHIBA e, posteriormente, tentar conseguir financiamento
Im

jlUlto as instituis:Oes bancâriaS em favor da TOSHlBA para a efetivayao da


UTE Săo Gon9a1olRJ, O que foi negado por seu pai JOSE PEDRO TERRA,
nas declara~es de fis. 399. Acreseentou ainda que acreditava que houvc
outras reunioes entre JOSE PEDRO TERRA e DIMAS TOLEDO, aJem das
duas das quais participou, năo sabendo o asslJ.l1to tratado.
. .
PEDRO PERElRA TERRA explicou ainda quc, quando da
rescisao do contrato da TOSHIBA corn FURNAS, DIEICKSON procurou
IOSE PEDRO TERRA, a· fim de viabilizar o mesmo projeto com ur;.
,
'1,
:f •~.,'
î
f .'

MINISTERIO PUBUCO FEDERAL '


,~
, t;'

,
,

! Procursdoria da Republica no Eslado do Rlo de Jenairo

empresa jă escolhida por ele, de nome JP ENGENHARlA, , epoca Cl11 quc


I DIEICKSON,jâ havia sido despedido da TOSijIBA. Justificou afllecessidade
J do contrato da,JP ENGENHARlA corn a COMPOBRAS, no falo desta estar
amparada DO know how de DIEICKSON BARBOSA.
J
:1 o .demmciado REINALOO CONRAD, na qualîdade de s6do

Ij majoritârie,"gerenteil'adminilltrador<da.,JP.,~GEhlAlUA,(:veja,contrato . social
de fls, 105/111 do apenso V), quando instado a esclarecer acerea dos contratos

4
mencionados efetuadoB entre a JP ENGENHARIA e El BCB, INTERTEL e

4
, COMPOBRAS, foi de uma imprecisao .Impar, in verbis: "(. .. ).primeiramellte

:13 42
MO se lembra dos conteUdas' de tais coritratos e em segundo Juga,. a maior
I parte', dos servifos prestados pela JP ENGENHARIA eram terceirizados;

:34 Inq
~,• QUE li provtivel que lais con'tratas representassem os bens e servilfos que
eveniualmente serimn prestados a JP ENGENHARlA; QUE nao conhece

12 -47
1 JOAO PEDRO TERRA; QUE nao tinha conhecimento gue JOSE PE'DRO
i
1 TERRA era o representante das empresas COMPOBRAS, Eeo e INTERTEL;
7

J QUE perguntado acerca das razoes lJl.le Jevaram a JP ENGENHARIA a
01 .90

i recorrer a empresas prestadores ~e eansultoria tecnica exatamen/e na ar-ea


j de especialidade em que era detentora de grande know-how como relatau o
5/2 735

deelarante, respondeu que apo.r o Govemo COLLOR passou a tereei/'izar a


6-

! maior parte de sua., atividade, inclusive a parte tecniea; QUE nao tinha
i eonhecimento que ar empresas ECB, lNTERTEL e COMPOBRAS sequer
3/0 0.

existiatn Îzsicamente; ,QUE n(io tinha nenhuma .recomenda{:iio' acerca de taL~


: 1 r: 11

1 empresas, senda que as niesma:s Ioram apresentadas ao declarallte por


I
I
'membros'da grupa de trabalho da JP ENGENHARlA para este projeto {._.}
quem trouxe e.rsas tres empresas ao conhecimento do declarante foi a "grupo
Em po

Î de trabalho", năo recordando-se rixatamente quemfoi; 'QUE ~ste grupa de

~,
trahalho era camposto por ADEMIR CARNEVALE, CARLOS LUESKA e
sso

autros sendo que quem coordenava o projeto era ADEMlR CARNEVALE,., "
(f1s:227/228) ,, ., l' ,
,
pre

1j A respeito da nota fiscal bO 027, emitida pela COMPOBRAS, a


Im

titulo de sefvii(Os de consultoria, em tese, prestados, o denunciuclo


J REINALDO CONRAD respondeu a fis, 228 que nao sabia se os serviyos de
lÎ consuJtoria ali mencionado foram efetivamente presta dos, nac se recordando
da JP ter pago o citado valor a empresa',COMPOBRAs, Disse que teve
cOnhecimento, pelos seUB advogados da falencia da JP, que a nota fiscal em
1
,; questiio foi apresentada ilO Juizo para fins de habilitar!!o, o que nao,~o
, em vi~ude da nâo comprovayăo efetiva dos servi90s em tese prestad&,
j
i

1
,1
·i
I J
.
:.
..
~

. ',' .Nt>
A MIJ\IISTE~IO P(/BUCO FEDERAL


Procor8<loria de Republica no Estado do Rlo de Jenairo

o denunciado ADEMIR CARNEVALLI, O coordenador do


projeto sobre a construfăo da VTE de, CAMPOS, I?o âm~jto da J1'
ENGENHARIA sobre 05 f310s e especialmente sobre JOSE PEDRO TERRA
disse o'seguinte: "QUE em meaiJos de 2002 o senhar REINALDO CONRAD
recebeu uma proposta de JOsE PEDRO TERRA, provavelmente um lobista,
"'--",'" ..... ,
para que assumisse um contrato existente entre a' TOSHIBA DO BRASIL e
, J<VRNAS:OENr!1RAJ&,':ELEiGRJGAS&J>4·par.a:imP!antafâo,do,.ciclo<oar.tJbinado
na Usina TennoeIetrica de,Campos/RJ; QUE CONRAD aceitou o contralo e

4
convidou o declarante para, juntamente corn CARLOS LUESKA,

4
:13 42
coordenarem recnicamente o prajeto''',

• Registre-se aindaque ADEMIR CARNEVALLI, asSÎlI0U corn o

:34 Inq
testemunha il contrato de fIs. 38/45 entre a 1P ENGENHAR1A e a
INTERTEL. De sorte que a sua falta de precisăo sobre o papel de JOSE

12 -47
PED,RO TERRA no contrate da ,constrllyâ:o da UTE de Campos' nâo e
condizente corn sua posiyăo de coordenador do: projeto, tampouco com
7
participante da confecyăo do contrato. Situa~ao que converge para a falsidade
01 .90

ideologica do contrato e da sua util~fio corn meio de legitimar as propinas a


serem pagas, ou seja, coma um meio de Javagem de dinheiro.
5/2 735
6-

Ja o denunciado DIEICK$ON,' ă epoca dos falos


Superintendente Tecoico Comercial, a quem cabia a operacîouaJizayăo
3/0 0.

inerente s.os contratos tecnicos e comercias da empresa TOSHlBA, em suas


: 1 r: 11

declaray6es de fis. 235/242 e 4051407, afirmou que O denunciado lOSE


PEDRO 'IERRA iria desempenhar o papel de reptesentante comercial da
empresa TOSHlBA pera.nte FURNAS. 'Ao respOnder o que levou o presidente
Em po


da TOSHlBA ă epoca, TAKASHI WADA,a trarisferir para a BCE os assunlos
merentes Il diretoria comercial da TOSHIBA; gerida por ele, atribuiu o
sso

cootrate efetuado entre a BCE e a TOSHIBA, a uma decisao estaparurdia do


,TAKASHI WADA. Năo soube informjU' se houve a1gum pagatnento it
pre

empresa BCE por conta do conlJ-ato. ,,'


,
Im

DJEICKSON ne~a que tenha sido ele o respol1savel pela


introdu~o do denunciado JOSE PEDRO TERRA na TOSlllBA do BHASlL
(fis. 236 e 240), apesar dos demais executivos da TOSlllBA ouvidos (ils.
208, 369 e 371) o apontarem com'o responsavel pela s.proxims.yâo do
denunciado JOSE PEDRO TERRA com a TOSHIBA, inclusive pela captac;ao
do novo contrate corn' FURNAS. O proprio denunciado JOSE PEDRO
TERRA afuma que levou os projetos de construyăo das UTEs a DIEICKSON
BARBOSA que, Vja vez, o encaminhou ac presidente da TOSHlBA,
TAKASHI WADA~

I
I
l :' .
1· -:" ".
I MINISTERIO PUBUCO FEDERAL
. . • • .',t'

Procuradoria da Republica no Eslado do Rio de Janelro

I
1
E fato tambem que DIE1CKSON BARBOSA ap6s ser
despedido da TOSillBA foi trabaIhar para o denunciado IQSE PEDRO
TERRA, na BCE CORPORATION (veja declarayoes de fis. 4ob/40 1 e 24 J).
Segundo ainoa odenunciado JOSB PEDRO TERRA, foi tambcm ()
1 denunciado DlECKSON BARSOSA o respopsavel pela aprescnla~ao de
ADEMJR CARNEVALLI GUIMARÂEs, engenheiro eletrico e diretor da Jl'
1~
! _'o .•. .,. -·r,,·, '"·""'=.!EN~'1Ibellhllfl1'Ja(!l.~d(!l.diret0l'.&iJaanoeiI:o.,A,l",ru;o. >Ragaim (fIs. 401)-
1 Assim, c.i projeto da UTE CAMPOS foi apresentado por DIEICKSON e por

4
!
ele, JOSE PEDRO TERRA, a ALVARO e ADEMlR, que Eoram incumbidos

4
j peloPresidente da JP para tocar o projeto da UTE DE CAMPO. JOSE

:13 42
I PEDRO TERRA ainda disse que ADEMIR CARNEVALLI ilie contou que era


l
muito amigo de DIMAS, com quem tinha feito facuJdade de engenharia

:34 Inq
.1 A movimentayao. profissional de DIEICKSON entre a
i

12 -47
TOSIDBA, quaodo demitido·e descartada pela TOSlllBA a contrat,acăo eOIll
J FURNAS, com· a sua conseguente contratayac e descarte pela JjJ
ENGENHARIA, em fun~ da contrata9.ao e rescÎsao da empresa por
7
01 .90

FURNAS, para a construyăo da UTE de CA.MPOS, evideneja a relevância de


DIEICKSON para a consecut;ăo desses contratos, revelando o peso das
5/2 735

re[ayoes pessorus para a concretizas:ăo desses neg6cios.


6-

Alias, nao so a movimentas:âo profissionaJ envolvendo


3/0 0.

DIEICKSON, bem como' a procura pela TOSHIBA de uma cmpresa pam


: 1 r: 11

substitui-la demonstra relayoes comerciais pautadas em ligayoes pessoais, em


detrimerrto da publicidade, e nao em criterios objetivos de capacidade e de
eficiencia, Unicos que deveriam nortear a contratayâo por parte de FURNAS.
Em po

E' justamente nesse ambiente que privilegia relayoes 'pessoais


sso

que p:ospera o crime. de corrupyăo.


. ,
pre

Atente-se ainda que DIj31CKSON a'parece novamente como


um elemento central, quando ° denuociado JOSE PEDRO TERRA tenta
explicaT a razao de eslar na posse do cootrato efetuado enUe fi JP
Im

ENGENHARIA e a INTERTEL, nas mesmas bases do contrato fcÎlu ent.rc a


JP e a COMPOBRAS e EGB, apesar de riegaT qualquer relayao COIU a
lNTERTEL, que chegou a formalizar eop.trato corn FURNAS junto COIn a
BeE., conforme fis. 375/j79.do apenso V

, Em suas declarayoes de fis. 70, IOSE PEDRO TERRA afi~l~a


que foi Dffild<.sON que obteve o contrato' da INTERTEL na empresa JP
ENGENHARIA e o entregou ao declaraote em razao do seu interes se ,~
acompanhar o pagamento da JP ENGEHARlA li empresa INTERTEL, It~ /' .
. ' '.' . x3
.
" ..'

': .JII~:
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Eslado do Rlo de Janeiro

vez que deveria receber an~da INTERTEL. Confirmou o denunciado JOSE


PEDRO TERRA que chegou a se encontrar corn O denunciado
" \
VALTER
ANNICCHINQ em Fumas, quando eJe se apresentou coma representante da
INTEI\TEL. Alias, a secretaria "de DIMAS, Ione Perdiga.o Coma, cm truus
decJara~fies de ils: 66/67, confirma reuniao ft\alizada entre o oenulIcÎado

_ . _ . . . . . . . . . _. -" I
" VALTER ANNlCCHINO e o denunciado DIMAS.
• • • • - .... _.~ • ....
_.... -" •.: . ·::·,.····.!.',:·;.'..':',:.l:~-=.,!"-i--;..~~~t"-'....~.W'b~:-;~~e11'.'Iy."'}-":l-·*I~~i.;-·., ..:. < ", -'" .~" •••• _: ••: ,: "

Outro funcionârio da TOSHlBA, MarceJo de Lemos

4
Chernicharo, Superintendente industrial li epoca dos fatos tambem nao

4
conseguiu contribuir para esclarecer a motiv~iio dos cont1'atos entre a BCE e

:13 42
FURNAS. Disse năo lembrar do objeto especifico desse contrato e gue em

• sua opiniăo pessoal, como executivo, os vaJores cobrados pela BCE estavam

:34 7 Inq
acima do valor de merca~o. Falou tambem sobre o distrato da TOSHLBA
corn FURNAS para a construvao da UTE de Săo GOll~alo e a solu y50 de
achar alguem para cedeT o contrato a fim de que a TOSHIBA saisse Sem'61l1lS
7-4
desse distrato, {) que acabou por acontecer quando foi informado gue a JP
ENGENHARIA tinba interesse. MencioAou reunioes realizadas emFURNAS
01 .90

para essa fina1idade com DIMAS e a procura. pela TOSHIBA dos possiveis
12
interessados em assumir o contrato de parcerÎa com FURNAS.
5/2 735
6-

Jose Antomo Csapo Talavera, il epoca dos falos


Superintendente Administrativo da TOSHIBA, em decJarayOes na PoHcla
3/0 0.

"Federal (fis. 2051210) sobre o contrato e o' distrato da TOSHIDA corn


: 1 r: 11

FURNAS, para construyâ.o da UTE de Sao Gonyalo, declarou o seguilllc:


Q.!lE. salva engano no ano de 2000, DIECKSON BARBOSA apresentou 1Im
tal de Dr. TERRA para a TaSH/BA do Brasi/; QJlli este cidadăo dizia ser
Em po


deJentor de contratos envo/vendo a construr;ăo de cinco ou seis p/amas de
usinas termeletricas para FURNAS; Q1lE. o Dr: TERRA tinha interes.se em
sso

"vender taiJ contratos para a TOSHIBA DO BRASIL "; Qr!J1 TERRA se


"apresentava como lobista e dizia que 0,1'\" conJralos oferecidos no.o seriam
pre

precedidos de licitar;ao, por estarem "Tfglobado:s na" rubrica denominada


l "reserva tecnica"; QJlE. essas w;inas' estavam inseJwas no programa do
I Governo Federal para evitar o chamatlo apagăo; Q!JJl. quem tratava cam o
Im

D~ TERRA era, principalmente, o Sr. DIECKSON BARlJOSA; QJl.lI todos os

I Q3suntos tratados por membros da diretoria da TOSH/BA etam levados


semana/mente aci conhecimento do presidente da empresa, que de inlcio era o
/ Sr. TAKASI WADA; Q1lJi" numa de$s~ reuniOeJ ouviu D/ECKSON
1
I
ţ3ARBOSA explQ.fUlr a respeito dos contralos daJ usina.r, dizendo que" q.
1
I
va/ores 'que seriam pagos por FURNAS la teriam embutidos percentuai.s
deJtiriados ao pagamento de propinaJ para a dire/aria da estata! e algulIs
i paUticos; QJ!E. DIECKSON BARlJOSA explicou que tais recursos seriam
, I, repassados para a estata[ e para os politicos atraves de falsos contratos e

iI
,} ." . <..;.)_:.,·... I~
f . -,~ ,,'It: ; .zt.......... ...
MINJSTERIO PUBLICa FEDERAL
Procuradoria da Republica no'Eslado do Rl,o de Janelro
I
,,!
i
I
coniul/oriD. que deveriam ser assinados corn Dr. TERRA; QJlll niio tem
condifoe.r de enumerar quais contratos Ioram assinados com o pr. TERRA;
I
I Q1lIi jicou sabendo disso porque o Dr. TERRA passou a ligar para a
,I TOSHlBA cobrdndo o pagamento de um contra/o de Jupoata "il1termediD.r;;iio
de ventÎas "; QUE tem conhecimento de que o Dr. 'TERRA esado da empre,~a
I
j
i
BCE; QJJl!. apas diversas tratativa,s en/re a TOSHIBA e o Dr. TERRA, a
ma.tr,izj.l1fl9.n~r;z~,;9.'4Qr~gU.P.J'M!i'f:fg.g$,'/!''2:.rI:! R~r~ .a.•c,ons,t:.!5!:.o da
l UTEs em' virtude do alta valor das propinas que estavam embUtiaas' no prer;;o

4
1 acerlado cam FURNAS; Qllll. era de pleno conhecimen/o tanto dos dire/ores

4
I
I da TOSHlBA do Bra,sil quanto dos dire/ores da matriz japonesa a cobranr;;o

:13 42
1 de propi!las ".

-
:34 Inq
, As declaray&es do executivo da TOSffiBA Talavera siio as que
I
j
melhores explicam a cronologia dos 'fatos narrados pela CGU no que
concerne aos contralos de parceria para, a conStruyao das UTEs de Camp03 e
12 -47
i
i Sao Gons:alo. Somente as tratativas' que es,tavam sendo realizadas pe/os
,I deuunciados, para pagamento de propina:e lavagem de dinheiro, mediante os
7
i contralos de assessoria tecnica, justific am a ineicia de FURNAS diante do uliu '
01 .90

I cumprimento dos contra!os por parte da TOSffiBA e da lP ENGEN1-IARlA,


mclusive na cobranya da multa por inadimplemento, apesar da dispen.~a de
5/2 735

i
6-

I licitayâo ser fundamentada na urgencla das obras.


I
3/0 0.

A demora de FURNAS, mais exatamente do denunciado


: 1 r: 11

DlMAS, coma seu Direlor de Planejamento de Engenharia e CollstnJ yao, em


tomar moa iuitude esti em conformidade com as discussoes sobre o ValOT da
vantagem indevida que deveria ser paga em de.correncia da contratas;ao das
para
Em po

empresas JP ENGENHARlA e TOSHIBA a construyao das UTEs

• Campos e Sao Gon~alo, O reflexo disso săo os diversos contratos de


sso

assessoria t6cnica assinados pela TOSffiBA, DO caso assinados pelo seu


Diretor, o denunciado DIEICKSON BARJ,10SA, e pela JP ENGENHARlA,
assinados pelo seu Presidente, o dyntinc'iado REINALDO CONRAD,
pre

inclusive corn a atuayâo' como testemUnha de DIDCKSON BARBOSA e


ADEMlR CARNEVALLI, com as empresas de IOSE PEDRO TERRA,
Im

PEDRO PERElRA TERRA, WALTER ANNICCHINO 'e SERGIO


ANNICcmNO, antes, de 'serem contratadas por FURNAs e contratos
similares posteriores a contratagllo por FURNAS: .

Contr,atos esses, dada a inconsisteocia do objeto e do hislorico


das emp~esas que iriam prestar assessoria tecniea de inexistencia fisica, falta
de experiencia no rama efalencia, s6 podem ter a finalidade explicitada pelo
denunciado NILTON MONTEIRO. cuja posse desses contratos e do 00
fiscal da COMPOBRAS, alem da' procurayao passada pela:' JP
. 0
* ,. .f"·
MINISTERIO POBlICO FEDERAL !
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Jane~o

ENGENHARIA, em 04/0212004, quando O contrato ja estava rcsciudido e 110


dia em que a' falencÎa da JP foi decretada, corrobora sua colaborayâo nas
tratativas para o restabelecime!)to do contrato da JP ENGENHAIUA corn
FURNAS pa(ll a cooslrul'ao da UTE CAMPOS, que passa.va por mais uma
oegociayăo das vantagens indevidas cobradas por DIMA.s a TI'
ENGENHARlA.
--""'","",'r.,' ,,1 .... ,~.- ,,"--',,' "";:":·';"'''',..:5,a~~~ddiJici·:NIiTON:·ANT6Nio MONTEikb::em suas
, declarayOes de ils. 31/35, informou que atuou. no ano de 2004, coma

4
j procurador da empresa JP ENGENHARlA LTDA., junto a FURNAS

4
i

:13 42
CENTRAIS ELETRlCAS SIA, com a fina1idade de restabelecer o conlrato
CT 13.955 - UTE canipos; efetuado entre FVRNAS, e JP ENGENHAlUA.


I
cujo objeto ea execuyao dos serviyos relativos ao projelo de implantayăo de

:34 7 Inq
- . cicJo combinado na usiua Termoeletrica de Campos. -Durante as negocioyocs
verificou-se que o caso era de responsabilidade de DIMAS FABIANO
TOLEDO. unica que poderia resolver os probJemas relacionados com o
7-4
referido contrato. Qwmdo, segundo 'declarayoes de NILTON AN1DNlO
MONTEIRO, ele, finalmente, conseguiu estabelecer cootata corn DIMAS
01 .90

sobre o contralo da tITE - CAMPOS; ficou licertado, conforme deClarayocs


12
de fIs, 33/34 'do 'IPL2, que. para o seu restabelecimento, era Ilecessaria D
5/2 735

efetivayăo do pagamento de R$ 614.000,00, que fultavam para completar a


6-

j
j "propina" combinada de, R$ 1.500.000,00 para a efetivayăo do cilado
i, contrata, bem como a efetivayao dos cootratos de prestayiio de serviyos e de
3/0 0.

,assessoria tecoica, financeira e comercial efetuados eotre a JP


: 1 r: 11

i ENGENHARlA e as empresas COMPOBRAs SIA, INTERTEL COMtRClO


I
l
E CONSIRU<;OES LIDA: e ECB - EMPRESA DE CONSULTORrA
BRA5ILEIRA LIDA ..
Em po


j
l

, "QUE DIMAS oujeIiVQ~nt. 'disse tpUl MO adialll(Wa "tentar outros caminhos ", po/s quelll
sso

-ciecidla era ele; QUE disse tambim que FUllNAS ua,d/rigida porpessoQll vinculadas a po/{ticos
1 o que """'ma ap&s mudanr;as de govemo j121711111lecilJ coma dire/ar; QUE DJMAS c!Jcgou a dizer

,j
que "mandava" maU que JOd l'EDRO, "'tăo pi-esid.nte de FURNAS. que era fimcioJlorio de
pre

cmreiTa, ••ndo seu primein> e Uniro emprego; QUE DlMAS abriu um envelope conlondo copia de
l lreS C:onlra/QS • W>tD nota 1"I<:al da COMPOBRAş. que nesle alo ofrn-ece para jtmlada; QUr::
Im

1,) lamurim- dMS' que a JP ENGENHARIA. eslava "tpreimada" om FURNA.S pois nfio honrava se'"
compromissas • que a ENGEJlIX paderla aluar "este projeto casa a JP ENGENffARIA n,70
pagewe os s.ueenlos e glla/Qne mii reais IRI 614.000.00) que jalJavam para completar "Uln
milhllo e qUlnhento.r mii reais (1IJ 'UOO.ODO,OO) a/llerlonnellk acordadoJ CORI esla ompresaj QUE
1 DlMAS tambim ofereceu para a JP ENGENHARlA. a "/raI13",t.săo" da energia do !JfE CAMPOS
medianle o pagamento d. lI11tt1 proplna demail decinco ...illrO•• de reau (R$ 5.000,000.00).
justiftcando me valor pe/o fato de jâ estar atucmdo corn a t!1npreSa !SOLUX. 'que pwsulo IIIU/IO
J
i dinhein>; :QUE DlMAS ainda se moslrou /urloso com O desco"to do Imposto sobre ••",190S
j incidente Q nolO fiscal que embasau o pagamento de parte de sua praplna; (.. .) QUE no fim do
enconu'O ficou acutado que a JP d,,'Vla clIJ1lprlr os contratos elflregue. 00 dec/arante 110 in/eia
1
,,..
j
i
do encantro. corn uma em~sa desconhecida chamada COMPOBRAS, ame~parau.wr
totalJ1U!llte o proj.ta casa a JP Engenhoria nilo pagass. os va/alU ali expr.... l,
1
~ ,_ - - "0 ___ • ____ • '., ••••••• __ .'. _ _ _
I .'
MINISrERIO PUBLICO fEtlERAl
'.'" 1<'1,:

I
Pructlmdoria·<Ja Republica no Estado do Rlo d. Janeiro

Na oportunidade das declarayoes na PoHela Federal, NILTON


I ANT0N10 MONTEIRO entregou os referidos contratos (fls. 38/45, 46/53 e
54/61), por meio do qual se efetivaria a lavagem da propina, bem coma umil

I )
1
nota fiscal da' CO.!Y.IPOBRAs SIA (fIs. 37), 00 ValOT de R$ 900.000,00,
relativa a prestas:ăo de serviyo da COMPOBRAS para a JP ENGENHARlA
LIDA., emitida em 01 de dezembro de 1002, por melo da qual se efetivou Il
·j~x~~mdg,.P..!8~H,t?}J.~.p!rt~.~Jl!.opina. de R$ ..1_:.~O?OOO,OO esta~elecida.
. para a efetIvayao do contrato da T.JTE~ -c'AN.ti'OS'entre li JP'ENGENHARlA.e

44
,i FURNAS (fu. 37).
j

:13 42
I

, I procurayăo
REINALDO CONRAD confirma incJusive que passou a
de fis. 36 dos autos, outorgando coma seus procuradores o

:34 Inq
denunciado NILTON MON1EIRO, PLiNlO SALES SANTOS e SERGIO
CURY para defender os interesses da JP para restabelecer as condi<yoes

12 -47
contratuais dos con!ratos nOs 13955 e 13956; podendo repactuar prâios e
condi'YOes, desde que aprovados prevliunente pela outorgante. Niio obstante,
disse niio conhecer sequer NILTON MONTEIRO e que o contato que teve foi
7
,; corn PLÎNIO, nome indicado em uma reuniăo coma de uma pesSOZl qUI:
01 .90

!
,
poderia ajudar corn o contrata de FURNAS.
5/2 735

I
6-

I : na
O motivo de DIMAS constar procura<yiio, segundo um dos
i outorgados, PLiNJ:O SALES SANTOS (ils. 3771380). foi em !azao de
3/0 0.

j N1LTON ter se apresentado corn bom contatos politicos, inclusive capazes de


: 1 r: 11

estabelecer UlD canal de comunicayâo COID FURNAS. O DutrO oUloIgado,


Sergio Cury, seria pessoa das relay6es de NILTON, que, quando prestou
decIarayoes na Polida Federal a fis. 3821385. apesar de afirmar couhccer
Em po

NlLTON disse desconhecer !al procurayăo e sua condiyâo nela estampada de


outorgado.·
sso

) De fato, tento a secrelllria 4e DJMAS (Ione - fls, 66), como o


j
propria DIMAS (fis. 166/167) relatatp ientativas de NILTON para marcar
pre

1.j uma reuniao ern FURNAS para tratar do assunto, o que acabou acontecendo,
tmdo sido uma reuniăo agendada corn a 3rea juridica, onde NlLTON e oulras
Im

I pessoas foram recebidas por Luiz Femando Cauta, mas sem sucesso. Pontuc-
se que a marca9ăo da l'euniăo jă epor·si s6 fato muito an6malo, uma vez que
segundo as pr6prias palavras de DIMAS, na oportunidade em que NILTON
J MONTEIRO prOC1.irou FU1?,NAS para "retomaY" o contrato, o mesmo iti
1 estava rescindido, sem qualquer possibilidade de ·ser revalidado, pois a .ljJ
1! estava[alida, FURNAS tinha energia de sobra, o modela de setor elet"'c(rdo
·1
pals. tinhaVudado niio pennitindo tai madalidade de parceira, entre oufros
mottvos. .. .

I
. .
. .
" .
.
~.
';- ;,~;"
MINISTERIO PUBLIC O FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janelro

A respeito da citada reuniiio, O denuneiado N1LTON


MONTEIRO entregou ainda uma fita intitulada "dia/ogo em FURNAS
, juridico/CoUto ", euja capa eontem o eserito "FtfRNJlS Luiz Ferrlando Couta
- Pllnio SaZes - Ni/ton - Di: NeLsol1 Guimarăe.r", conforme auto de
apresen~ e apreensăo de, fis. 508 A degravapo do conteudo da fitn
encontra-se a fis. 664/683. Ha eonversas sobre o restabelecitnento du

.--~. . -. ~~~~k~t'~r~'~~cFcJ~i(fil~JM-~~~:;~ti;ă~d~;x1fr~-~;;"' -, '

4
caso e ,da documentayâo.

4
:13 42
Destaque-se ainda que entre o material apreendido (apenso XX
- voI 1), em 14/1 012005, por fOIFl de mandado de busca e apreensao Da


:34 Inq
Fazenda de DIMAS, expedido por esse Juizo (veja apenso 1), eneontra-se um
hist6rieo dos fatos manuscritos acerca da UTE DE CAMPOS, em que ha
relata de diversos contatos deN1LTON MONTEIRO para tratar do contrato
12 -47
de FURNAS (fls_ 09 do referi do apenso) e itifonna~â.o de que a procura~âo da
JP para NILTON MONTErRO nunca fui: oficializada perante FURNAS (fis.
7
07 do referido apenso)
01 .90

Essas tentativas de reuniiio e repactuar contrata, quando a


5/2 735
6-

empresa JP ENGENHARIA estava entrandoem fall!ncia e o contralo jâ


rescindido, aliadas as informayoes que circundam a procurayăo, ou sej a, de '
3/0 0.

outorgantes e outozgados que, niio se conhecem, silo indicativas de tentativas


: 1 r: 11

de solu~o do problema por meio de intluencia politica.

Aliâs, vârios outrOs documeotos arrecadados, fanto oa casa de


Em po

REINALD CONRAD, cuja anâ\ise se eocontra a fis. 311/314, como na


empresa TF CONSVLTOR.ES ASSOClADOS, do denunciado IOSE PEDRO
sso

TERRA, (Apenso V) dâo conta de relayOes nilo formais estabeleciuas cum


FURNAS_ .
pre

Os documentos apreendidos na TF CONSULTORES sobre o


contrato da TOSillBA com FURNAS sao de Tercio para o denunciado lOSE
Im

PEDRO TERRA e sao datados de 20111/2000, portanto precedem o contralo


, formal de FURNAS corn a TOSHIBA que ede 06/03/2001.

Esses documenlos possuem referencias como "lnforma90es


colhidas durante reuniăo ci (no8sos amigo8 d F.) p/ elaborarmos o e1iCOpO da
proposta jirumceira do referido projeto (fis. 1S do apenso V). E Illais:
Observayoe.r re.forenJe li proposta jinanceira da TOSHIBÂ: /-e.rposla do
nosso amigo "gorda" (fis. 17 do apenso V). JOSE PEDRO lliRRA
perguntado sobre quem eram os amigos de Fiunas, respondeu que el' ni'

I
,
, .,
. ..,..-
M/N/STERIO "OBLICO FEiOERAL ." .'
}'fOC\lradofia da Republica no Estado do Rlo da Janeiro

DIMAS, ANTONIO OLIVEIRA e PAuLO MARelO. Explicou que "gordo"


era como chamavam DIMAS quando ele n50 estava presente, O documento
em que consta essas referencias se encontra il fls, 13 a 20 do~ apenso V {
intitulado como escopo pl formil.tayao da parceria eons6rcio pl tcnnoeJ6trj(;8
de Săo Gonyalo entre TOSHIBA TURN KEY e FURNAS .
.
.,
.~.

l' . .....:.. "--<~"""".;:11""~Il:t.,~.R.g.$.,Q..~..,.,.!~~f.~"2~.j~c~;ll~oS apreen~dos em. .


i sua casa lillorrnou o. segUlnte: '\:!'UL apresentuuo ao '",ec/al'ante documento

44
apreendido nas autos onde consta anotafâo manuscrila registrada como
i
senda bilhele 30197, onde se le.: "de hoje em diante o dono dos clieJlies

..
'J.

:13 42
SIEMENS e FURNAS passa a ser o SI: ADEMIR ", esclarece que confirma
j
que redigiu este bilhete em 1997,' QUE d(!.$de 1994, aproximadamente.

:34 Inq
ADEMIR CARNEVALE trabeilhou para o declarante e apesw' de COl1star
.1 FURNAS coma clienteja em 1997. ifetivamente a JP mmcaprestou nenhurn
. servifo para a refenaa estatal; 'QUE apresentado bilhete manu$crito
.,,
12 -47
J
apreendido nos autos contendo inscnfOes a respeito de inforrnaryoes reiotivas
00 Porto de SantoslSP e do Rio de laneirolRJ, fazendo ainda, riferencias ao
7
ex..Gheje da Casa Civil lOSE DIRCEU e e;x.Ministro ANDERSON ADA uro,
01 .90

respondeu que reconhece como tendo partido de seu punho os lan9arnentos


; ali apastos, mas nâo se recarda da que se trata; QUE apresentado 00
5/2 735

j
6-

1 declararite original de carta encaininhada ao declarante por ADEMlR em


~l 07.11.2002, soJicitando orientayăo o rellpeito de gestoes politicos que
3/0 0.

.,I
deverjam ser efettvadas junto ao. politicos ,lOSE DIRCEU, LUIS
GUSlllKEN, ANTONI0 PALOCCI e AioiSiO MERCADANTE, respondeu
: 1 r: 11

i
? que nâo se recorda do referido documenta e nega, por completo, que tenha
:! efetuado qualquer gestao politica para· que jludesse obter comrato para
~
Em po

construi,. a UTE CAMPOSlJU; QUE alem disso. tal carta li posterior a


el assinatura da contrmo, acreditando o declarante que a mesrna foi redigido
por ADEMIR CARNEVALEem raziio de preocuparyăo do mesnio corn o
sso

,~ atrasa da empreendimenta; QUE tai carta MO transmite qualquel' tipo de


"lobby" prejudicial ao interesse prfblico, mas pela conthlrio procura
4
pre

; .
j salientar os beneficios do modelo", '

I
Im

Alias, scriam os supostos contatos pollticos de N1J_TON


MONTEIRO queterlarn justificado o cantado de DIMAS corn Nl.L:fON, 110
epis6dio que fieou conhecido como a "lista de furnas", o que reforya a
natureza da interven~o pretenclida pela denunciado RE1NALDO CONRAD,
,1, presidente da lP ENGENHARIA, quando passou procura~ăo para NlLTON,
i
.,,
1
bem como a natureza dos comatos de NlLTON comr;AS, na pessoa de
DIMAS, ouseja, anegocias:ăo das vantagens indevid s. . .
,1
\

.J

• . _ . __ •••••• __ ·~_·········· . . . ·4_ • • #_ ••••• N • __ • _ ..... _
... •J>"

MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


P/Ocuradoria da RepubliCa no Estado do Rlo de Janalro

A preocupapo de DIMAS ,<m perder o cargo em FlJRNAS


pode ser veriticada na documenta~ăo apreendida na sua Fazenda por forea Jo
mandado de busca e apreensăo ci tado adma, qtie 3e cncontra a il\;, 11 e 12 do
apenso XX, Volume 1, Sâo cOITcspondenciaS para o entao M.inislro Jose
Dirceu de Oliveira e Silva de MarceJlo Siqueira e para o eoma Presidcntc da
RepUblica lmicio Lula da Silva, por parte do deputado cstadua! Vicentinho
......
-:p.~a.:P~.~~l!Q!,!-~~~12~~i<:l1g~~~~~1 :~'t!>~t"~>ltr.~ .~ • ' l' _ .~ ... _',' ,_.' •

4
Conforme ,declaras:5esde NlLTON MONTEIRO â Palicia

4
, Federal de ils, 112/115, para pressionar as instâncias polfticas nao destituirem

:13 42
DIMAS do cargo, foi elaborado por DIMAS urn documento intÎlulailo

• '1 "RELA~ĂO DE RECURS OS LEVANTADOS E DISPONIBILIZADOS

:34 Inq
PORIN~DIO DE FURNAS - CENTRAIS BLETIuCAB SA ENTllli
{
COLABORADORES. FORNECEDORES, PRESTADORES DE SERVl<;:OS,
1 CONSlRUTORAS,BANCOS, FUNDOS DE PENSÂO,CORRETORÂS DE
12 -47
VALORES, SEGURADORAS. COM SBUS REPASSES DIRECIONADOS
AOS COORDBNADORES B RESPONSAVEIS FINANCEIROS PELAS
7
i
•, CAMPANHAS DOS CANDITADOS A PRBSIDENClA DA REPUBLICA,
01 .90

'1 . GOVERNADORES DE ESTADO, AO SENADO FEDERAL, DEPUTADOS


,FEDERAIS E ESTADUAlS", que acabou fic811da canhecida como '1-,ista de
5/2 735
6-

Fumas~. '
3/0 0.

NILTON ANTONIO MONTEffiO disse que rccebeu a lista de


: 1 r: 11

peSBOas beneficiadas pela ayaa do ex-Diretor de FURNAS, DIMAS


TOLEDO, no primeiro semestre de 2005, antes da explosao de denuncias
envolvendo a Diretoria de FURNAS, por p!!rte do entio Deputado Federal
Em po

ROBERTO 1EFFBRSON. Segundo DIMAS ilie contou a referida lista se


tratava de recursos para campaoha eleitoral de 2002 e que, no desempcllho ele
sso

seu cargo, era obrigado a administrar recucsos a screm disponibliizaelos a


, polfticos para financiar campanhas, Esteş' recursos eram controlados cm um
fumlo formado corn valores obtidqs 'Junto as dÎversas' emprcsas que
pre

mantinham contratos corn FURNAS. .As empresas que posaulam contra!os


com 'FURNAS tinham que contribuir para esse Fundo, casa contraria Hâo
Im

conseguiriam realizat neohum contrato na eropresa estatal, tendo DIMAS


afirmado "cam rodos .os letras que se os empresarios năo apresentasse
, recursos nlio haveria nenhu", (sic) chanee de obter contratos em FURNAS;
QUE as contratos de FURNAS eram sempl'e disputados e veneidos pelas
mesmas empresas, que repassavam,parte dos lucros obtidos para o fwuio
administrado por DlMAS TOLEDO; QUE,DJMAS tam bem comentou com o
DEPo'ENTE que existia um esquemr!! destinar /'ecursos ao Partido dos
Trabalhadores e para deputados; ". '
'. , ' , -'
...:....
li1· ..,'. .
~ _ .•. ,'h': .
MINISTERIO PUBUCO FEDERAL .
Procuredona ela Republica no Eslado do Rio de Janelro

Inicialmente, NILTON ANTONIO MONTEIRO apresentou


uma cOpia da "lista de Fumas" autenticada, em que tinha recoJlhecimcnlo de
firma (ils. 138/147), em 1° de fevereiro de 2006, confolJne auto de
apresentas;iio 'e apreensao de fls. 137: Ouvidos os respo!1saveis pelo
reconhecimento de fIrma (Flâvio da Silva - ils. 177/179) e autenticas:ao do
documento original (Hamilton Lima Ban-os - fis. 153/154 e Fabio Guimariies
.. ~-'~"""'''' """,·--.aeHe~....1~61~S;~.Jnt~..gu.l;A)Vl,tt?~Jl!llţi.~~0~,~91·~CQrp .~bs~rv.ânciD
das' regras merentes, de sorte que se o reCoDheCllDento de firma"e a
autenticas:iio do documento foram realizadas e porgue năo se identificou

4
I

4
gualguer fraude em relayâo li assinatura e o documento original autenticado.

:13 42
Realizada perida na copia da "Lista de: Fumas", em 10 de

:34 7 Inq
mars;o de, 2006 (fu. 66' a 109 do· apenso 1),. o laude de eXal1/C
doclirnentosc6pico (mecanogrwco e grafotecnico n° 456106 - INC), conferiu
veracidade aos atas relat.\vos â autenticayao do documento e da
7-4 firma
de
DIMAS FABlANO TOLEDO inseii'da no documento intitulado "Lista ,de
Fumas", pmticados pelo escrevente :PRbio 'Guimariies Helio e Chefe de
Cart6rio Flavio da Silva; indiciou que foram eonstatadas. diverslls
01 .90
12
converg~ncias entre a assinatura aposta sobre o nome DIMAS FABIANO
.' TOLEDO, na păgina da "Lista de Fumas", .entretanto como se tratava de wn
5/2 735
6-

Janyamento que foi inicialmente escaneado e depois impresso nao se poderia


descartar de forma categ6rica a hipatesc de uma faJsificas:ao feita por
3/0 0.

decalque ou outro processo; verificadas tambem convergenCIOlS


: 1 r: 11

morfogeneticas entre. as rubricas questionadas e aquelas apresen'adas como


padrâo, indicaiIdo que eJas podem ter se originado do mesmo punllO .
.Contudo, dada a smplicidade da representayao grafica e dos poucus
Em po

elemimtos de analise por elas oferecidos, tai afirmayao năo pode ser

• categorica. No que tange a copia da "Lista de Fumas", O laudo informou que


sso

o minucioso exame do documento revelou que ele apresenta divers as


incoerehcias, embora insuficientes para; uma conc1usâo categorica sobre a
exi.stencia de alterar;oeJ, implantes o,u 'montagens. Ao final o laudo ainda
pre

fri501l que "diante de rudo que foi exposto, niio s6 na resposta a este quesilo.
mas' lambem durante rodo o relata dos.. exame.r, .romente uma min.ucio.5a
Im

andliJe do. documenta que originou a pl'@ente copia pel'mitira uma


cot:cluslio categorica e inquestiondvel quanto a inexi.st€ncia de alieraţoes.
transplantes ou montageÎ1s nas impressas dasfolhas inquiridas. ..

No dia 5 de maia de 2006, NILTON ANTONIO MONTEIRO


apresep.tou o original do documento den6nlinado "Lista de Fwnas" (115.
389/393), conforme auto de apresentas:ao e apreen5iio de ils. 387/388.
Realizada pericia no citado documento (fIs. 441/466 do IPL), os perilo)l/
apresentaram O laudo n" 109712006-INCj no dia 7 de junho de 2006, ilO qllnl
. . .\g/
. v,
~ '.
. .
~
1 .,

f MINISTERIO PUBLlCO.FEDERAL
',!,,"
..
Procumdorla da Republica no Estado do Rio de Jenai,a

afinnaram que "OS exame•. ,realizados MO evidenciaram siNai! OI)


caracteristicas tk montagem ou alteraqâo no documento examinaM. A iim
I
disso, a grande quantidade de pequenas partleu/as de loner imp"essas em
(odas as folhas do documento indicam que elas loram po~'sjveimellle
J
j produzidas em um mesmo equipamento ". No que tange ă assinaturl! de
,j DIMAS FABIANO TOLEDO e suas rubrlcas na "Lista de Fumas" os perilus
I .,..._;'.'._'~- ~!f!ro~~~$!J:~~~t2asţ~;~~o;;~e;f~~~& ~~1:usa.?::;;~:~

4
moifol6gicos. quanto em .uas caracterlsticas grc(ocimitieas, que permitem

4
cone/uir gue a assinqlura questidnada foi produzida pelo fornecedor dos

:13 42
lan9anlen10S graficos padroes, identificado como DIMAS FADIANO
TOLEDO. Tambem foram constatadas algumas cOl1vergel1cias

:34 7 Inq
moifogt!f,leticas entre as rtibricas guestionadas e aque/as apreselltadas como
padroes, indicando que elas podem ter se originado do me8mo pUI/ha.
Contuda, dada a -simp/icidade da ropre.sentaqâo grafica e dos 1J(Jllcos·
7-4
elementos de analise por elas oferecidos. nâo se. pode afirmar isso com
certeza. Salientando-se, ainda, qfle Ulii laru;amento grlfico tlio simples
oferece maior facilidade de falsificar;ăo e seria temeral'io concluir de forma
01 .90
12
categorica nesse caso. " .
5/2 735
6-

Pontue-se ainda· que foi iniciada interceptayli<) telefonica, eDili


a devida autorizayao judicial (cautelar 2006.51.01.503479-3 - apenso );,;{lI).
3/0 0.

das linhas teleÎOnicas usadas por NILTON MONTEIRO. antes de ele entrcgar
: 1 r: 11

o original da "lista de Fumas". corn li fwalidade ·de auxiliar as invesligayoes


referente· a auLenticidade da referida lista. Durante a inlerceplayăo nada foi
caplado que indicasse a falsidade da lista, ao reves em suas COllversas
Em po

teleronicas, Îllclusive com sua esposa sustenta que a lisla ci auten lica.
Verificado tambem que eJe pretendia obter vantagens para a entrega da lisla, o
que estli coerente com sua posir,:âo de lobista oportunis1a col1slata(fa ao longo
sso

i ·do inquento.
,, .'
pre

I
./. Al6n da autenticidade formal do documento intitulado "Lista
,
. t de Fumas" verificada pelo Laudo n° 1097/2006-lNC, ou seja, que o citado
Im

! documento foi de fato elaborado por DJMAS FABIANO TOLEDO, fui


confumada uma das infonnayoes nele inserida. O ex deputado Robcrlo.
Jefferson, em suas declarByOes a fls. 128, cQnfirmou o reccbimento de setcnla
e cinco mil reais, para sua campanha eleitoraJ oriundos de DIMAS FABIANO
TOLEDO, ta! como consta na "Lista de Filmas" a fis. 390. Esclareceu ainda
que DIMAS FABIANO TOLEDO efetuou a entrega de tai nbll11e!jrio ao
,depdente em seu escrit6rio no centro da cidade do Rio de Janeiy6. , /
. .~

• . • ,,"W"",".:". :.-.':'.~_:~':. -::H ... __ •...:",'" ... _._ ...... __ ..•..


i'1j ..
1 .•..
.,. .:~' .

!
I
!
MINISTERJO pUBLIca FEDERAL
Procuradoria da Republica IlO Eslado do Rio de Janairo

!
i RefoTyatJdo a exisrencia de conupyâo e desvio de recursos no
âmbito de PURNAS, foram colhidas as decJara~oes de IOSE ANTON10

I
CSAPO TALAVERA (ils. 205/210), ocupante do cargo de SupetiolendenLe
Administrativo da TOSHIBA SIA, ate dezembro de 2004. O citado executivo
descreveu que constatou a existencia da pnitica de "Caixa 2" no âmbito da
TOSillBA, eUl janeiro de 2001, mediante a utilizayao de notas "frias",
I
I
. r~.tJ!!-~~!?!~!,,~~,~,~n~,~~~i~~~:i~~t~.!o;..~?~e~~,s ~e fachadas corn
a fma11dade ae eS'quentilr recUrsos oaoaeC1arallos"ao !fisoo pela"1'OSUIBA
J
SIA. Sabia que LEONIDIO SOARES, , tambem executivo da TOSI-IlllA
!!

4
relaciooava·se corn DIMAS FABIANO TOLEDO, em razăo de informayoes

4
:13 42
privilegiadas e dados que somenle aJguem muito proximo ao entăo Diretor de


i
i Engenharia de FURNAS poderia ter obtido.

:34 Inq
I, Por sua vez, lOSE ANTONIO CSAPO TALAVERA ainda da
j conta de infoIIDayoes oblidas corn o denunciado DIECKSON BARBC5A,
I
i 12 -47
que, embora negadas por esse, estăo em' inteira conforrnidade com os' dcmais
fatos apurados ao longo da investig~o 'e corn o interes se 'do citado
7
denUnciado DIEICKSON em MO confessar a sua participayâo cm cril11cs,
01 .90

quais sejam: "QUE eTIl raziio de ocupar o cargo de Superintendente


Administrativo, foi o depoente o responsavel pela cOTllunicafăo da demi$sâo
5/2 735
6-

de DIECKSON; QUE acompanhou 'pe.rsoalmente DIECKSON esvaziar sua


sala, oportunidmie em que este mencionou a existencia de um grupo
3/0 0.

composto de grandes empre.!Gs que dominam as licitaţOe.r e oftrecimento de


bem e 'servir;os para o Setor Eldlrico BrasileirtJ; (. ..) QUE nurna de.rsar
: 1 r: 11

reunioes. ouvîuDIECKSON BARBOSA explaJwia respeito dos contralos dos


usi/lar, dizendo que os valore.r que scriam pagos por FURNAS ja celiam
embutidos pen;entuais destinados ao pagamento de propiilas pata a direl()/'io
Em po

• da estatal e alguns politicos; QUE DIECKSON BARBOSA explicou que lais


recursos seriam repasSados para a e.rtalal e para as politicos atraVl!s de
sso

falsos contralos de consultoria que deveriarp ser C1$sinados com Dr. TERRA ",
pre

Assim, nao obstantc o f060 da investigas:âo que fundamenta a


presente denuncia niio tenha sido identificar a veracidade decada inform3yiio
Im

inclusa no docUmenta intitulado lista de Furnas, are porque a maior parte das
pessoas nela referidas tem foro priviJegiado, Jogrou comprovar 3
autenticidade formal da lista' e corn ÎSso evidenciar um movimento de
chantagem, corn participayao de DIMAS TOLEDO e NILTON MONTEIRO,
daudo visibilidade a um esqueina que a investiga~o, aliceryaOO nos trabll.lhos
da CGU. TCU, na documentas:ao. apreenwda e nas declara/(oes dos
envolvid6s, logrou identificar evidencias pontuais dos crimes de corrupyâo e
lavagem de dinheiro, como nos contratas para a construyao 005 UTE 9
CAMPOS e, SÂO GONC;:ALO, cujo quadro reunido de indil({os,
, I

V
-',. -"g6t-
,", ,1e • .::

" • 'A'~
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Procurackria da Republica no Eslado do Rlo de Janelro

.'
......
complementado pelas declara~es de IOSE ANTONIO CSAPO TALAVERA
e do proprio NILTON MONTEIRO, .năo· deixa duvida de que os COIJtralu~
citados de presta~âo de asses50i'ia tecnica' constiiuem a evidencia material uas
tratativas das partes envolvidas acerca daS vantagens indevidas e a fonna de
dissimular a origem criminosa dessas vantagens, bem como da existencia cm
FURNAS de um ambiente. propicio, em razâo da falta. de COlllrOJe e
~."'''''''.''''.; ······:·~~·:~Mr~~$b~ro::J~1~~~~f1Jo7iMiJî~te~~qJifi~~~~tifu~~#~~u;

4
as vantagens indevidas.

4
:13 42
CQNCLUSĂO


:34 Inq
.Dessa forma, os denunciados estăo incursos nas SaIlyOes penais
da seguinte forma:
,
12 -47
.}
:;
.'
~~ 1- DIMAS FABIANO TO.LEDO (1) pela entrega a ROBERTO
7
j JEFFERSON, no ano de 20oi, em especie, de R$ 75.000,00, com a finalidade
01 .90

j de ocultar a utilizayăo de valores provenientes de crime contra a


:~., administrayâo publica, conforme conduta narrada acima na introd~ao enos
5/2 735
6-

demais ropicos, esta mcarso nas perias do artigo 1", V, § 10, Il, da Lei 9613/98;
(2) pela solicitayOes e· aceitayOes de promessas, acontecidas no pcdodo de
3/0 0.

2011212000 (data do primeiro contrato de asses,soria tecnica) ate o ano de


: 1 r: 11

2004 '(epoca das tratativas corn NILTON sobre o contrato da JP), de receber
vantagens indevidas' dos valores expressos nos contratos de assessoria tecnica
adma mencionados, para si e para outros, em razăo de sua funs:â.o Da diretoria
Em po

'de empresa de sociedade de economia mista (Fumas), executando por isso


. atos infringindo dever funcionaJ (contratos .das UTES de Campos e Sao
Gonyalo realizados sem Iicitli~ăo e em prejuizo a FURNAS) e deixando de
sso

.. executar atos (cobran~a das multas por madimplemento dos contralos pela
TOSHIBA e JP), conforme conduta nahad8. ac.itna na inttoduyao enos
pre

demalS t6picos, estă mearso, em contiriuidade delitiva (alt. 71 do CP), nas


penas 'do artigo 317, §1°, c/e o artigo 327, §2°, todos do CPj (3) pela OcultBS:ao
Im

de recebimento de R$ 886.500,00, em dezembro de 2002, estampados ua nota


fiseal de fis. 37, em razăo do plano engendrado por ele e executado (;olU u
colaborayăo de OUtros denunciados, de dissimulayao do pagamento uas
vantagens indevidas prometidas a ele, por meio de contratos de assessorÎa
tecruca ideol,ogicameilte faJsos, confonne conduta narrada acima ua
introduyâo e n o s n t6picos, estâ incurso nas penas do artigo 1°, V, § 1°,
n, da Lei 9613/9t1 .
I, ! ,
.. .'
• ... :;'
MINISTERIO PUBLICO FEDERAl
Procuradorla da Republica no Eslado do RID de Janeiro

2- ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO }i'HANClSCO


pelo recebimento de DIMAS, no ano de 2002, em especie, de R$ 75.000,O(),
com a finaJidade de ocultar a utiliZl!făo de valores provenierttes de crime
contra a administra~ publica, conforme conduta narrada acima n8
introduyao enos demais t6picos, esta incurso nas penas do artigo 1°, V, § I0,
li, da Lei 9613/98;
_,-.. ,,,,,o=,.,~ • .,._.,.,..~. , .4 ""''3~'î'O''N''AN1''UMO ~1'E:rRO':pc11isuapartiCipa<;ăo Ila!; ,
tratativas de estabelecimento da vantagem indevida prometida a DIMAS, a

4
partir' de fevereiro de 2004 (data da procura~iio de fis. 36), para

4
:13 42
restabelecimento do contrato de FURNAS corn a JP ENGENHARIA,
conforme conduta narrada acima na introducao enos demais t6picos, estH


:34 7 Inq
incurso nas penas do artigo 333, parcigrafo unico do CP;

4- JOSE PEDRO TERRA (1) pela sua participa~ilo: nas


tratativas de estabele,cimento da vantagem indevida prometida a DlMAS,
7-4
diretor de FURNAS, iniciada no ano :de 2000 ate pelo menos 2310912002
(perfodo da efetwl\:ao dos contratos de assessoria tecllica) para a efclivn~iio
01 .90

dos contratos de FURNAS com a TOSHIBA (13770) e a JP ENGENHAlUA


12
(13955), com a infringencia do dever funcional por parte de DIMAS e
5/2 735

omÎSS3.0 de cobran~a da multa devida, conforme conduta uarrada adma lla


6-

introduyao enos demais tbpicos, esta incurso, em continuidade delitiva (art.


3/0 0.

71 do CP), nas penas do artigo 333, paragrafo (mico do CP; (2) pela.
colaborayâo no plano de dissimula~ do pagamento das vantagens indevidas
: 1 r: 11

prometidas a. DIMAS, por meio de contratos de assessoria tecnica.


ideologicamente falsos, a ser prestada pelas empresas BCE CORPORATION,
COMPOBRAS e ECB vincuJadas, a ele, para a entrega, de forma oculta, a
Em po


DIMAS de R$ 886.S00,00, em dezembro de 1001, descritos nola fiscaJ de ils.
37, t;9nforme ,conduta narrada acima na. introdu~âo enos demais topicos, est.a
sso

,incurso nas, penas do artigo 10 , V, §,lo, II, da Lei 9613/98; (3) pela
dissimulaţâo da origem e movimenta{:ăO de valores provenientes de crilnes
pre

contra a administrayao yliblica ao recebe-los e movimenta-los nas contas das


empresas COMPOBRAS, EBC e aCE BRAZILIAN, adminlstradas por ele,
Im

esta incurso nas penas do artigo 10 , V, e §ZO, 1 da Lei 9613198.

5- PEDRO PEREIRA TERRA (1) pela sua participa~ăo nas


tratativas de eslabeJecimento da vantagem indevida prometida a DIMAS,
diretor de FURNAS, iniCiilda no ano de 2000 ate pelo menos 23/0912002
(perfodo da efetuayao dos contratos de as~easoria tecnica) para a efetiva~no
dos coritratos de FURNAS corn a TOSHIB(I. (13770) e a JP ENGENHARlA
(13955), corn a infringencia do dever funcional por parte de DlMA~
omissâo de cobranya ,da multa devida, conform~ conduta natl'ada aCilU( I~
1.
.'
."
• ,"'.!.t~ :
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Procu'Bdoria da RepUblica no Estado do RID de Janeiro
..

inttodu~ăo enos demais t6picos, eslli incurso,' em conLinuidade deHliv3 (rut.


71 do :CP), nas penas do artigo 333, paragrafe u.nico do CP; (2) pela
colaborBflio no plano de dissimula~o do pagamento das vantagerts indevidas
prometidas a, DIMAS, por ineio de contiatos de assessoria tecl1ica
ideoJogicamente falsos, a ser prestada pelas empresas BCE CORPORATlON,
Co.MPOBRAs e ECB vinculadas a ele e seu pai o denunciado JOSE J>EDRO
~...,..,.,=..,.,~"~~~~.W~"pA.I!."\i&~~J.~~~1fl.~,,~.pflvk\tde 11:$ ,886.5~~,90'. em
ae
dezembro de 2002, estampados na mita ÎJSCâ[ ·ffs. '37, confonne' conilula .
narrada,acima na introdu\,ao e DOS demais tbpicos, eslli incul'so nas penas do

44
artigo 1°; V, §1°, il, da Lei 9613/98; (3) pela dissimulayâo da origem e

:13 42
movimentayao de vaJores provenientes· de crimes contra a administra~o
pUblica' an recebe-Ios e movimenta.-los nas· contas' das empresas


:34 Inq
COMPOBlV}.S, EBC e BCE BRAZIUAN, administradas por ele em
conjunto corn seu pai o denunciado JOSE PEDRO TERRA, eSla lncurso nas
penasdo artigo jO, V, e §2°, 1 da Lei 9613/98: •:

12 -47
6- WALTER A.NNICC1IINO, (1) pela sua particlpayiio nas
7
tratativas de estabelecimcnto da vantagem indevida prometida a DIMAS,
01 .90

diretor de FURNAS, inlciada DO ano de·2001 ate pelo menos 23/09/2002


(periodo da efetuayiio dos contratos de aSsessoria tecmca de participayăo da
5/2 735

empresa 'lNTERTEL gerida por ele) para a efetiva~o dos conlralos de


6-

FURNAS corn a TOSHIBA (13770) ea JP ENGENHARIA (13955), corn a


3/0 0.

infringencia do dever funciona1 por parte de DIMAS e omissâo de cobranpl .


da multa devida, conforme conduta na.rrada acima na introduyâo enos demais
: 1 r: 11

topi cos, esti incurso, em continuidade d.elitiva (ar!. 71 do CP), nas penas do
artigo 333, paragrafo Unico do CP; (2) pela dissimulas;ao da ori gem e
movimentayiio. de valores provenienteş de crimes contra a adminisU1!yao
Em po


publica' ao recebe-los e movimentll-los nas conlas da empresa INTERTEL,
administrada por ele, estB mcurso nas penas do artigo 1", V. e §2°, 1 da Lei
sso

.9613198.
,•
pre

. 7- SERGIO JOSE ANNlCCHINO (1) pela sua participa~âo


'.
nas tratativas de estabeleclmento da vantagem indevida prometida a DIMAS,
Im

diretor de FURNAS, iniciada no ano .de 2001' ate pelo mcnos 23/09/2002
(periodo da efetuayâo dos contratos de assessoria tt~cmca de participayăo da
empresa lNTERTEL representada por ele) para a efetivayâo dos contratos de
FURNAS corn a TOSHlBA. (13710) e a JP ENGENHARIA (13955), corn a
infringencia do dever funciona1 por parte de DIMAS e omisslio de cobran y8
da multa devida, conforme conduta narrada acima ni introdu9ăo enos demais
t6picos, esti incw:so nas penas do artigo 333, paragrafo Unice do CP; (2) pela
colaboras;ao na dissimulaljlâo da origem e movimentas;âo de val~~'r
provenientes de crimes contra a adminlstra9ăo publica, na confecyâo iS/
. ,

... - ._--. __ .... _.- ... _.__ ._ .. - - " .•.- - ... . -_.- _........ - ... ~_ .. --- "'--"-"~'--'"
1/ "
'/' .... .
1 '
'1':!';' ;
.') C.I_
j
I M'N'STER'O PUBUCO FEDERAL ,
PrOC\Jradaria da RepObllca nD EstadD da RiD da Janalro

, contratos que possibilitavam O ingress~ e a movunentayÎÎo desses tCCurS05


nas contas da empresa INTERTEL, esta incurso nas pe11as do arti,go jO, V, e
,, §2°, 1 da Lei 9613/98. \'

I
i
I
8- DIEICKSON BA.R130SA (1) pela sua participayâo nas
tratativaS de estabelecimento da vantagem indevida prometida a DIMAS,
'.cfueţ<1r.,de"FT.l&N~~,~i<!"dş,.~9",~Q.,,~~&)1.Q,Q.}.M.~l?"~!().,%ep':~s_ ?~,{09/2qO?
(periodo da efetuayăo dos contratos de assessoria tecnica), ora eOhlO' dire(of"

4
1 da TOSHIDA, ora trabalhando para ECB CORPORATION, para a cfetiv8 yllo

4
I dos contraros de FURNAS corn a TOSHIBA (13770) e a lP ENGENHARlA

:13 42
I (13955), corn a infringencia do dever fWlcional por parte de DJMAS e

• I omissao de cobranya 'da multa devida, conforme conduta narrada acim8 na

:34 7 Inq
jntrodu~o e 'nas dernais t6picos, esti incurso, em continuidade delitiva (art.
I 71 do CP), nas penas do artigo 333, paragrafo unica do CPj (2) pela
!,
I colaboras;ao no plana de dissimulayâo do pagamento das vantagens inde'vidas
I 7-4
prometidas a DIMAS, por meio 'de contratos de a.~sessoria lecnica
ideologicalllente frusos, a ser prestada pe1as empresas BCE CORPORA110N,
i
01 .90

COMPOBMs e ECB, para a entrega.; de forma oculta, a DIMAS de R'I>


I
12
886.500,00, em dezemhro de 2002, estampados na nota fiscal de fis. 37,
I
5/2 735

conforine conduta narrada acitna na introdu~o enos demais t6picus, esfit


6-

I incurso nas penas do artigo 1°, V, §1°, II, da Lei 9613/98j (3) pela colaboro~iio '
i
na dissimuJayâO da origem e movimentayăo de valores provenientes cle crillJes
3/0 0.

contra a administr~o publica, na confec~il.o dos contratos que possibilitavaJll


: 1 r: 11

o ingresso e a movitnentayB.o desses recursos nas contas das empresas BCE


CORPORATION, COMPOBRĂS, BCB e INTERTEL, esta incurso nas penas
dp artigo 1°, V, e §2°, 1 da Lei 9613/98. '
Em po

• 9- REINALDO CONRAD (1), pela sua determinas;ao, Ila


sso

qualidade de Presidentc da 1P ENGENHAlUA, de que ADEMIR


:CARNEVALLI participasse, IUl qualidade de COOrde1lador do projcto do JP
ENGENHARlA, nas tratativas de esţabeJecimento da vantagem indevida
pre

prometida a DIMAS, diretor de FURNAS, iniciada no ano de 2001 ate p~lo


menos 23/09/2002 (periodo da tifetuas;âo doscontratos de assessoria lccnica)
Im

para a detivayao do contrato n° 13955 de FURNAS a lP ENGENHARlA, c

I posteriormente em razao da outorga, em 0212004, de procurayăo para


NILTON atunr nas tratati vas do valO! Il ser prometido de vantagem indevida
I para DIMAS, para o restabelecimento do contrato, corn a Jnfting!!ncia do
dever funcional por parte de DIMAS e omissâo de cobranr;:a da multa deviUII,

I conforme conduta narrada acima na introduyao enos demais t6picos, esl:l


incurso, em continuidade delitiva (art. 71 do' CP) nas penas do artigo 33J,
panigrafo unico do CP; (2) pela colaborayiio no plana de dissimuJayao dy_
pagalllento das vantagens indevidas prom~tidas a DIMAS, por meioCe,
I
I '
II
-----~. "'-"-- -.._-- .-. ' ... - '--- - .-.. -.-~ .._--_.
I I .. ~ .'
"".~
"..
.. .,IT· . '1;"~C:'
, "
MINISTER/O PU8UCO FEDERAL
Procuradori3 da Republica no Estado do Rlo de Janeiro
90L j

j
contratos de ilSsessoria tecnica ideologicamente falsos, a ser p.restada pelas
'empresasBcE CORPORATION, COMPOBRĂS e ECB vincu!adas a ele,
para a entrega, de forma oculta, a DIMAS de R$ 886.500,00, em dezembro de j
2002, estampados na nota fiscal de fis. 37, conforme conduta narrada adma
na introduy!o enos demais t6picos, estâ mcurso nas penas do artigo 1a, V, '
' __ -""__ ' , §1°, II, da Lei 9613/98; , j
"d'. --"" '. '. ·"'·':'·;i6~;:J;~"CARNEVĂÎ:J'.r"ffiJiMXîfAtS'{i} 'peJasua':' ,
j

4
particip~iio, na qualidade de coord61laddr do grupo do projeto da JP

4
ENGENHARIA, nas tratatil'RS de estabelecimento da vantagem indevida

:13 42
prometida a DIMAS,drretor de FURNAS, iniciada no ano de 2001 ate pelo
j
• menos 23/09/2002 (perlodo da efetua<;âo doscontratos de, assessoria tecnica)

:34 Inq
para a efetivayao do contrato' n° 13955 de FURNAS a JP ENGENHAlUA,
corn a infringeucia do dever fundonal por parte de DIMAS e omissiio de

12 -47
cobranya da multa devida, conforme cpnduta narrada acima na introdtiylio c
nas demais t6picos, 'estA incurso nas penas do' artigo 333, parSgraIotUuco do
CP; (2) pela coJabora~ no plana :ele .dissim~ăo do pagameuto uas
7
01 .90

vantagens indevidas pl'onietidas· a DIMAS, por meio de contratos de


assessoria t6cnica ideoJogicamente falsos, a ser prestada pelas empresas BCE
,CORPORATJON, COMPOBRĂS e EeB vincu1adas a ele, para a entrega, de
5/2 735
6-

forma oculta, a DIMAS de R$ 886.500,00, em dezembro de 2002, esUlmpaclo~


na nota fiscal de fis, 37, conforme conduta narrada acima na inll'oduyâo e /lOS
3/0 0.

demaistOpicos, estăincW"so naspenas do wtigo 1°, V, §lo, II, da Lei 9613/1)8;


: 1 r: 11

.
. .'
11· - AIRTON ANTONIO DARE pela ocu1tayâo, 1lI.C o dia
. 3/08f2008, da localizâ~ăo de RSl.027.850,OO e ,US$jS6.0S0,OO, em especic,
Em po


na sua casa, 'provenientes de crime eontra a administrayâo publica, esta
incurso nas penas do artigo 1", V, da Lei 9613/98, conforme coucluUl narmda
sso

adma na introduyiio e llOS demais t6pieas;

Assim, requer o Minis*r~. Publica :Fedetal que, Rutuada c j


pre

recebida a presente, sejam os denunci1idos citados para responder il acusayiio.


nos moJdes do artigo 396 do Cpp, e seguillies, que sc eSPr:;j' a se julgadu I
Im

procedenle, corn asconsequentes condenayocs dos denW1ciado ': I


. , :' . ' .

-'._.'--_.'--'--' ., ".,----, ".. j


j
I .• "
j ~.
..- :
,l~:
"
i MINISTERIO PUBLICa FEDERAL
Procuradoria da Republica 00 Estado do' Rio de Janeiro

Săo arroladas come testemun!tas as seguintes pessoas: JOSE


ANTONJO CSAPO TALAVERA, corn qualificalţ1i.o e declaralţoes a ils.
" ' • f
205/210 e o Deputado Estadual ANT0N10 JULIO cltado DO documenlo
deoeniinade "lista de Fumas"' a fis. 391 e mencionado !las reportagclIs
j omallsticas anexas.

.. . .. ,-" "~;. :.~ .~~ ...... ~ .... "'._M.nx-.~~,.~,JU...2.H~~.~~JrP"'.·~ş. . 9.·~ )~~~iE,~~~~.~; ~~l?... : .

Al:.f}~

4 4
:13 42
procuradora da Republicp


:34 Inq
12 -47 .,
7
01 .90
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po

••
sso
pre
Im

.._~_._---
., .-._ ..... ..---_....•..
-.~
I. I! .. .,'. ,
MINISTERIO PUBLICO FEDeRAL
. '; .:"': ;
,
procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro

Ref ao IPLno 183512005 (autos n° 2005.51.01.517099-4)

Exmo. Juiz,
,, ,"- .- .... ' ....... ' ..

4
1- DenUncia' em separado, bem como as corr~spon~cias

4
1 abaixo listadas enviadas para os autos enquanto pennaneceram no'MPF,:?

:13 42
. +-
1
oFiero N.O
~,
173lfDEoriSP

:34 Inq
GABINE1EIDICCP/SIPI/2011;

i
12 -47
'OFiCIO N.o. ,7263i20il SRlDPFIRJ' : -
I NUCARTIDELEFIN, que ,encaminha.' o
. :: ..
oFicIa N." 0048/2011 ~
I
7
DFINIDCOR/DPF;
01 .90

i
1
f - OFiCIO N.O 0013.000598-6/2011, que encaminha o OFicIO
i,
5/2 735

N.o 2135112010 - IPL 183512005-1- NUCARTISRlDPFIRJ -DELEFAZ;


6-

I
,
I - OFicIO N.o 0013.001704-212011, que encaminha o OFICIO
3/0 0.

N. o I 730IDEOEsp - GABINETElDICCP/SIPJ/20 11;

II
: 1 r: 11

, "

AIgumas correspondencias solicitam ou c6pia de documentos


dos autos ou acesso aos autos.
Em po

1.
ei No que se refere ao requerimento formulado pela Deputado
sso

Estadual Rogerio Correia, por meio do fax encaminhado anexo, enlende esse

I
membro que o acesso aos autos que se enc6ntram tramitando em segredo de
justiya năo porle ser ilimilado, mas o M;pF' nâo se opae ao encaminhamenlo
pre

de c6pi!l da denlincia apresentada e decisâo desse Juizo sobre a dell1JllCin.


Isso porque em se trataado de, peya tecnica na qual sa() relatados apenas os
Im

fatos necessanos â impuiayBo, entende o MPF que descabe sigilo ein reJas;ao
â cita4a p e y a . · .

No que se refere aa perudo do Delegado Geral da Polfcia Civil


do . Estado de Minas' Gerais de cOpia dos relat6rios circUllstanciados ~a
medida ~utelar de interceptayăo teleronica que formou o apenso XXll, o
. MPF nâo se apDe que sejam fomecidas c6pias do docurnentos citados como
prova emprestada, dada que 'o principal alvo da intel'ceptayao telefOllt2i'
NILTON MONTEIRO'e il1vestigado no inquerito policial - que se pretci (le
". ~
'." .!~: :
n,lINISTERIO PUBLICO fllDERAL
Procuradorla da Republica no Estado do Rio de Janeiro

juntar a prova empreslada - por fatos que teriam pertinencia com o asslIlllo
tratado na CÎlada caute/ar de intercepta9ăo telefOnica, jă que a suposta v/lima
referida no inquerito da Policia Civil e Dimas ~Toledo . ,l

2- O MPF deixou de oferecer denullcia em face ele alguJls


investigados em 'razăo da verificayâo da pn,:scrj~ao, por lerem mais de 70
_"~""""', ".., ,',' .. , .,anos"ogl./ered4Z II metl!de os 'urazos prescricionais ~o ,ar:tigo I O~, do C:r.,. a, .
, ., ' , . " "•. """'t'i:â?J'O 'âîtJgo'lrs'ao'dP~'ro'ci~oF([~s' ăe\iun'm:doSA1varo"'Rig~îiii~'eJ1F"lJ6 ' ,
J,

4
039.281.608-34, ,nascido em 07/0411927 (um dos responsăveis pelo gmpo de

4
!, trabalho da JP ENGENHARIA), deITakashi Wada, nascido em 0210111934,

:13 42
Presidente da Toshiba ă epoc'a dos futos. O MPF 50 ofereceu denUncia em


face daqueles que havia evidencial;' materiais de participas;lio 1105 fmos e·

:34 7 Inq
fortes evidencias de atuas:ao dolosa, razao pela qua] a den6ncia MU inc/ uit!
alguns investigados cujas diJigencias: efetuadas nlio produziram esse qum]ro
ptotiat6rio, ate porquc uao foram alvos mais detidos de investiga.yăo c 'varias
I 7-4
diligencias que envolviam sigilo' fiscal, bancano e telefOnÎco foram
,
<
,'
indeferidas prctiudicando bastante a 'mvestigaţao (veja os apensos XIV e
,
)

XVI). ' Năo obstante; o MPF protesta pOr'eventual aditamento da, denuncia
01 .90

1,
12
caso haja elementos colhidos durante a instru.~ao para tanto.
5/2 735
6-

, 2- linportante ponti.uu- ainda que 56 foram objeto da denullcia


os talos relacionados il cO!TUpS;ăo passiva e ativa, cuja investiga~o situou
3/0 0.

pontuahncnte dentro do esquerna tratado Da jntrodu~ăo da dentmCÎa. TambC11l


: 1 r: 11

1 inclllu a denuncia o crime de Javagem de capitais dccorrentc ucsses casos


I
pontuais' e bem coma decorrentes do robusto quadro indiciario de divcrsos
crimes contra a administras:ii.o publica 'que estavam reJacionudos li
Em po

f movimentas:iio de recursos pelas empresas prestadoras de assessoria tecruca,


tendo ern vista o tear do §1° do artigo 2 daLei 9613/98.
-1,
sso

, Assim, vărios crimes anteCedentes


I
vislumbrados a pariir uus
I trabalhos da CGU e TCU mo foram qbjeto da presente denuntia, ate porque
pre

i geraram investigayăo autOnoma, a partir do encaminhamento pelo TCU do


f processo Te 012.64 312005-4 (referido no Apenso XI) que formou as pery8S <le
I
Im

informal'ăo n 1.30.011.000903/2009-13, autuadas na Justi<;a sob o n"


D

I 2009.51018Q4129-3.
j
3~Falta,
salvQ engano, decidir sobre a restituiyăo de ruldias de
J , arrnaienarnento computacional jă submetidas ă perI~ia,onforme solicitayiio
inserido no apenso XV, sobre a qual o MPF ja se m . e ou a 'l1s. 28, o OPP
1 a fls. 42/43 e os advogados do requerente a fis. 56/57 .
j
I
!
,!
.....;,...
, "
MINISTERIO PUBLIce FEDERAL
, Procuredorle de RepUblica .00 Eslado do Rlo de Janelro

4- o MFF, com fulcro na Lei Complementar n° 105/2001,


artigo 1', §4°, e arogo, 198, §lo, 1 do C6digo Tributărio NacionaJ, e Cl11 razăo
das' imputayoes dos crimes de conupyao e lavagem de ativos, requer ti
afastamento do' sigilo fiscal e baricario de todos os denunciados e empresas
relacionadas na dellUncia, ao finallistados, no periodo de 2000 a 2005, para
que seja elabomdo laudo pelos peritos que respondam os quesÎlos abaixo,
,-'-, "'''''7''~'''''''''-'' ,'--'- . .,.com .abertura,d~razo'Eara.s defesa anresentar selis auesitos.
. . ':. .... ',--,' ~~~ 'T":~-'-":-~:' . -~'. .' .-~~<'r:r'.~~ofr:::\'~~~·r"';;--'''''''~~~.''l'''''rI;',1_:\.,--'''''';- .•.1"""''"i;;l'r.:T''-~ _',o, - ....... _0, ..

4
i) 1) Especificar, por ano, o valor da movimentayao financcira,

4
,~ rendimentos declarados e evolu9ăo patrimonial de cada conlribuinte e a

:13 42
,1
,':i
compatibilidade desse parâmetros.
"
el
:34 Inq
, ' 2) Consolidar as entradas e saidas das contas dos contribuiilles
.)
; por ranking de depositante e beneficiărios, especificando os ingresso5 CllJ

12 -47
especie e os saques em e5pecie na boca do' caiXa, por qualquer fOIU1a (jue
seja, sempre infoIUlando as datas. " ," '
7
01 .90

3) Especificar os eventuais relacionamentos sejam buncarios,


sejam fiscais (fonte pagadora, benefici.:irios de pagamentos, empnlstimos)
5/2 735

entre os contribuintes, bem coma os relacionamentos comuns fiscais e


6-

fmanceiro~ entre os contribuintes, sempre especificando as datils;


,
3/0 0.

4)'Relacionar os pagamentos que fogem an objetivo social dos


: 1 r: 11

contribuintes pessoas juridicas; ,

5) Relacionar os emprestimos efetuados e concedidos pelos


Em po

contribuintes;
sso

6) ReIacionar pagamentos recebidos de FURNAS e cventuais


'saques expressivos posteriores; .
pre

7) InfoIUlar se identificQu alguma conta coma apenas de


passagem de valores, em razăo da velocidade de entrada e saida dos recursos
Im

e falta'de vinculayiio ou disparidade corn li objetivo social;

JI 8) Demais informayoes utei~:

i Para tanto, requer o MPF o afastamento do sigila banwio


,;j
:! seja efetivado pelo model o AsspA, disponivel il Polida Federal que devei-ă
fazer o cadastramento junto ao ASSPA e informat a esaa Vara o numero do
casa para a expedi~o do oficia ao BACEN. Assim terao ,os peritos(~
1" controle sobre a documenta~o necessanli ă confccyao do laudo pericia~t)
,i

J
J.
----_.,---
, ~ ,:1,'

M1N1STER10 PUBLICO FEDERAL


P,oeurooOJla da ~epOblica no Es\ado do Rio de Janairo

,
A me1odologisoperaciooal para amilise dos dados bancârios
"

encontra-se devidamente descrita no Memorando de Instru~âo - MI 001 -


ASSPNPGR,' disponlveI no endeie~ eletrâl1ico
https://asşpaweb.pgr.mpt:gov.br,

,.' ',.":~ ~" "R~~~eF-ithiii q'Je'~ejii1il"en'CâiififfhadbS'ăbiî'1ierftbS"(i!J' amlXO'"S •"


oode foi apreendida documentayăo, por forya de mandado de busca e

4 4
apreensao, enos quais coostaJn, infonnayoes fiscaÎs dos contribuintes que

:13 42
padem contribuir na confecyăo ,do lauda pericial.., '

:34 Inq
Requer tambem o MPF seja expedido oficio para a Recciia
',)
Federal encaminhar c6pia, em meio magnetico, 'das dccJara~oes de

12 -47
rendimentos de todos os contribuintes relativas aos anos de 2000 a "2005,
exercicios 2001 a 2006, 'a inovime.ntas;ăo financeira, bem como' eventuais
a).5es fiscais realizadas em face dos citados contribuintes.
7
01 .90

1- DIMAS FABIANO TOLEDO, CPP '100.434.467-87, (documenta<;:ao


5/2 735

apreend.ida 00 apenso XX); ,


6-
3/0 0.

2- ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO, CPF


.- :
280907647-20;
: 1 r: 11

3- NILTON ANTONI0 MONTEIRO, CPF 600.590.527-91;


Em po

4- JOSE PEDROTERRA, CPF n' 322.875,3J8/87 (documenta\'Uo


apreendida DO apenso XX);
sso

5- PEDROPERElRA TERRA CPF 290,006.328-03;


pre

6· WALTER ANNICCH1NO, CPF n° 595.031.658-49;


Im

7· S]j;RGIO JOSEANNlCCBINO, CPF n° 002.190.138-45;

8- DIEICKSON BARBOSA, CPF n" 229.956.686-49;

9- REINALDO CONRAD, CPF n°, 036.055.748-15 (documcotUy30


apreendida no apeoso XX);

. 10- ADEMIR CARNEVALlJ GUIMARĂES. CPF n' 157.091.678-00(2


':-''''.: re- :i\. (.; j
M'N'STER'O PUBLICO FEDERAL .
Procuradoria da Repub'i"" no Eslado do Rio de Janeiro
"7- e-1( j

Il - AffiTON ANTONIO DARE. CPF n0437.444.358-49, (jf! tem nos auLos


.as declara!;Cles de renrumentos reJativas aos anos de 2000 a 2004 - apenso
j
X~;.. I
12- BARUENSE TECNOLOGIA E SERVIC;OS LTDA., CNPJ n" j
45.022.415/0001-02 (ia tem nos autos as declarayoes de rendimeutos rcJalivas
, ..... ;-,., .... , ' ... , .... a03 anos de 2000 a 2004 - apenso XVll-docwnentayăo no apenso XXI);
"'1 .~ ~'-' .~'.:I -',,: : :: ~':':;"';::':':''':'r ~ ....' " ,,- .., _~ ,', ",.
j
H' __

. 13 - TO'SHtBA'j)b'BAASIL'S~~""'CNPf1i"'5'r:zI!07;(T52101'J(9'1"'7'1';"'"~.~_.'~" ,.', , "

4
14- JPENGENHARIALTDA. CNPJno44.480.697/0001-10,

4
:13 42
I
15- BCE CORPORATION, CNPJ u' 00.021 ,564/0001-00; j
•.! 16- ECB-EMPRESADE CONSULTORlABRASll.ElRA LTDA., CNPJ

:34 Inq
o· 03.094.339/0001-92; (informayoes sobre movimentayâo fmanceÎra no
.apenso VI); j
12 -47
i 17- COMPOBRAs, CNPJ n° 61.351.276/0001-09 (infonnayoes 'sobre
movimentayăo
;}
, financeira DO apenso VI);
j
7
18 • INTERTEL COMERCIO E" tONSTRUC;ĂO LTDA., CNPJ n"
)
01 .90

f
03.914.553/0001-48 (informsyoes sobre movimentaylio fmanceira 00 apenso
,, VI);
j
5/2 735
6-

!
i 19 - BCE BRAZlLIAN COMERCIO EXTERIOR LTDA., CNPJ
1 52.938.681/0001-11 (informay<ies ~obre movimentas:âo financeira no npenso
3/0 0.

VI). j
,I
: 1 r: 11

i Rio de Janeiro, 25 de jaoeiro de 2012.


j
Em po

I
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sso

i r r:l1\'.\2 . j
VMvw'A'M~~6~~lltA
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P ucuradora da Republica
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JUDIcIĂRIO SEC;:ĂO \~~:


~J
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J
PODER JUDIC1ARIA DO ESTADO DO RIO DE JANElRO "".......
O1.l3 -:- 2.' Vam Federal eriltUnal· Rio d. Jan"iro
-_._------------_.._-----_. '-...
__ _-- .. ...........-

~
~L
CONCLUSĂO
Ncsla data, fa!yo uteJ; auto. conclusos
ii" ao MM. luiz Federal Subs!iwto Dr.
~ . ROBERTOPANTES SCHUMANDE
.j
PAULA.
;j .Rio.deJnne ,9 e fevereiro de 2012 .
....... ~ )'01",. ,,~-. ,=':" ;=..:"7:..~::+--...._:<;Ip.~.:r'...r___ ....... ,~~._~ V·~ ."7•• ; ... ~ .. ,_.' '.::': ,
.1 ••••• •• : l' :\:

4
LUISCA

4
j
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:13 42
.,
f.,
:1 Rer. Prot. 2005.51.01.517099-4
eJ

:34 Inq
IP'l,. 1835/2005 - DELEPAZID"".v.uPFfIU .

·i,
12 -47
,
'. o Ministerio PGblico Federal ofereceu den6ncia em face DIMAS ~.
~; FABIANO TOLEDO, ROBERTO JEF.FERSON MONTE!RO FRANClSCO, NfLTON
ANT(>NIOMONTElRO, lOSE PEDRO TI3li.RA, PEDRO PEREIRA TERRA.
7
WALTER ANNlCCHlNO, sERGTO lOSE ANNfCCHINO, DIEICKSON BARBOSA,
01 .90

REINALDO CONRAD,. ADEMIR CARNEVALLI GUlMARÂES e AfRTON


ANTONIO DARE. imput.ando fatos crimino"os diferentes a cada um qlle configuram,
j
5/2 735

em tese, a pnltica de delitos de corrupo;âo stiva, eorru~1id passivs, bem comolavagem


6-

• de dinheiro decorren!e desses dois crirnes pratieadm; contra a Adminis~o Publica. As


divetsas condntas imPl!tadas U'aDSCOrrera.ID no peduda compreendido en!re os anos de

I
3/0 0.

2000 a 2008.
: 1 r: 11

Narra a exordial, om sfntese, s exist1!ncia de um esquelJla criminoso


de desvlo de dinb.iro no IImbito da empress FURNAS CENTRAIS ELErRtCAS SIA,

.1
operado'pclos denuncîados e atraves de empresas controladas por alguns deles, que Ieria
como P.rincipal artieulador o denunciado DIMAS, na qualldade de Direlo, de
Em po

Planejamenro de Engenharia e Constru,1io da estatal PURNAS. O desiderato des sa


empreitada seria o arrecadamento de dinheiro atraves de supcrfaturamento de obras e
sso

s&viS:Os prestados por empresas que coUtralarBm corn FURNAS, valores estes que se
}
destinariam ac finandamento de carnpanhas politica.; e ao eDriquccimento de agclltc.~
i publicas, politicos, empreslirios e lobistas. '.
pre

1 Decida.
Im

I
A instaura.30 do lPL pcl. Corregedoria-Geral da Polfeia Federal se
deu a partir de irregularidl!rles Dotieiadas Ila ma~ria do Jomal FolJla de Săo l'aulo -
edi9110 de 301051200.5, fis. '03/04 :" qaando o entAo Deputado Federal e denunciado
ROBERTO JEFFBRSON decJinou a exlst1!ncls de um' esquema ele desvio de rccut'Sos
j da Sociedade de Economia Mista Federal FURNAS. .

l- lmportsnte .ponwar que, ness. ceJiărio, ganhou deslaquc na


imprensa nacional o maleri'" conJiecido como "lis'" de Furnas", divuigada pela
I
I AsSInaclo eloftonlcam."le. c.~ItJ .. ~ digital "erten.. nto 8 ROBERrO OANTEŞ SCHUMAN oe PAULA.
OccumenlD No: 11522441-3-0.J-6..257476 - conouft. ~ sulsnUddada do dDCU"",nto do 911e wwwl!~.go•.br/<IocIIetni."
Il

I ',' . .,.. ,.".--- -:---..
,-:""Ct"- '·t/)e-'"
f~i9j.j "';'\/
i .d;..-:-~~)
;:''o

, \(/' <)

denunciado NaTON ANTONIO MONTEIRO, lobista que inicial,n.n", teria alu.d~, ~~~.~/

I
nas tralativas cOnl!aiuais, no ano de 2004, enlre a lP ~NGBNHARlA e I-1JRNAS, e no ~
ano de '2005, para a perman!ncia de D.lMAS no cargo de direlor de FUR NAS
CENTRAIS ELETruCAS SIA. Para este Gllimo desidcrato".usou n "Lista de I'urnns",
que, de acordo com o laudo de 'fis. 4421466, foi confeeciooada pelo denunei ada DJMAS

I FABIANO TOLEDO, contendo nomos -de politicos que ,.riam benefiei"dos pnr' as
eiei>6es de 2002 ""m os desvios de recurso. da estatal, '
I
I
" '

De inicio, em qa. pesero os fatos graves imputados na exordial, ~


. '- .... ,.. ," . "
I mister, 'em ,anălise, perf\m,<;t6Iia,c ~em ,ademrar ao m~rilo, enfrentar a questlio da
! , "eoinjii:teiiciii ila'liiStiţa'flc'llerill1iăripromsăi'je'Julgâr6"felfO~'cc,">""" ." ,'" , ,". ,.'
!

4
I
I A competeneia criminal da Justi.,a Federal vem cxprcssQ nu inc. N

4
I do ari. 109 da COllsrituiyăo da Rep~!>lica, que estaUd:

:13 42
!!
An. 109. Ao jufles federals compeee proces.ror ejulgar:
e,i

:34 Inq
I IV - os crimos polleicOoI e as lnfrafo<s pelUJÎs praficadas elli
detrJmenlo de iJens, .e,..ifos ou i!lleresse dtl Uniiia ou de ,fuas

12 -47
entidode. autrirquica.r' ou empresas plihlicos, eulu(das <u
cOlllravenfoes e ressa/vatUi li compe/€ncia da JJLSriţ:a MiUtar e da
Justifa Elet!oral;
7
01 .90

, Ou!(ossim, catle s,lienlar que FJJRNAS CENTRAIS ELETRICAŞ


SIA ostenta a nattJre1.ll juridica de 50ciedade de economia miS18 federal, conforme
5/2 735

D/Il!'8do pelo parquer federal na inicial. Sua aulocizal'fio para funcionamento OCOrteU
6-

atraves 00 Decreto Federal n.. 41.066, de 28 de fevereiro."de 1957, /astreado, ]lor sua
vez, no Decreto-Lei n.' 938, de 8 de dezem!>ro de 1938, que disp5e acerca da sujei.ijo ~
3/0 0.

autorizayl!o governamental para o funoionamento de,sociedades consIilllfdas para fin.


de minerayăo ou de aproveitameoto indusltial dos dguas e da energia hidnlulica. Assim
: 1 r: 11

dispiie O an. 1,· do retromencionado decreto·lei:

Ari. 1.' Dependem da autoriza.ao do Governa, para qUL possam


Junciono,; as sociedatle. tJue tiverem por obje/o o aproveitameluo
Em po


industrial das millDS ou ja<.idas minerais, das aguas e da energia
hidrduliC4
sso

Paragrofo w,/co. A.r ,odedades, il que ..IC ar/iJJo se reJere, bem


coma quaisquer ou/ras, de naturc/Il induslrial ou comerdat que,
pre

em ratao dus seus oIJjdlivos•. ,dipendam de prhia tJJ1toriZlJp10 para


fimc.iollN OU exeretr SlJllS 'atividadu, MO poderăo, ,ah pella de
1/JJ.liâade, entrar em funfiio, nem pra/ic"r validc.menre alo algwn.
Im

seniio depou de arquivadol no Reg/slro do Comire/o, alem de uma


c6pia autentica ilo tftulo de allroriZQ~o, UJ es'atll'os ou con/rara
,ocia~ a lisla nominal/va dos sul1scruore.s, corn indica,ao da
naclonaJldade t' do nllmel'O • I14tu~ZQ dos a,~,s de cada UITI, e,
, quando for devido, o cenijtcluJc do depd$/IO da dt~ima parte do
capilaL e de far.er no "D/dric Oficial" da UnJlio enOS joma;s do
municfpio de sIlO se<U a rupeel/va pul1licaf80.

AssInSOOelel1Dnleamonle. CertIf"",.,o dlgllal perl.neenl•• ROBERTO OAN'TES SCHIIMAN DE PA/JtA,


Do<:umomo No: 11522441,J-O-3-&-257475 • 00fl5Ulta Il Butanllcldade do ~ooumenlo Btrav&> do sile www,Jr~,gov,lirldo<.'S

_ ...... •• " ••••••• , - _ _ • _ _ ._ • • _. _ _ _ _ ...... "0


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J Nesse diapasiio. FURNAS CENTRAlS ElirrR1CAS SIA cxerc~=",- -'J
~ atividade essencialmente economiCJl e de prestal'nD de. servil'" publica. Acerca do ~
..o'~: conceilO 'desse lipo de entid.de assim prelecion" O adnlioisirativis\3 lase dos S unlo•
Carvalho Filho: . , .
,
'.;

,f'.
, ,"AI sociedadeJ rk etanomlo misIa, pela propria nume.
deltWll$lranl a sua /IIlrureza, Saa sacied,ades por afii•.!, adequatfm
:!
:1 para alividades empre5ariais. seodo as' afoes di.,rrlbu(rJas enrro o
Govenw e panicularos. corn a v/s(vel objeliva de refolţar a
~ .,.-, . , . _., emp,[ţel)dinţ~lI/o a que se prop6em. SeMo pc,rsoas lambim
-,' . ,;1iFivâăii.r~"!câl1iJIiiertPSi"'-:;na·1fţ·ViJlllr..t:~âfl»fflicb""· ",'conr<rmaior :..... -.
'i'. versalibilidade, a exemplo da que ocorre cam as empreso,r

4
I
pahlicas",/

4
:13 42
"Sociedarks de economia miSUl săo pessoas Juddicas d. dirello


privadiJ, ullegraJlI.. do Admini.rlra.Oo JndirelO do Estodo, crjodru

:34 Inq
par autorizafOo legal. rob a [onoa de soci,dades an(JnÎmas, c/{jo
i contro/e aeiondrio pertenro DO Pode, PUblica, le/Mo por objetlvo,
; coma regra. a taploraţ{io de arividades gerais de cardler

12 -47
wmomico e, em alilumas oeasi6e5, . a prestafOo de serv/fos
pUblicas,
Ci/em-se, coma exemples mpi. canhecidos de sociedadcs de
7
ecofIQmia misIa lamMm no plJno federal. o Banca do Brasil SA.:
01 .90

. o Banca da Amatonia SA: a PEJROBRAS - Pelref/eo 8rasileiro


SA, e outras tan/as vinculadas a adminislrOfiies esladuais e
mllJllcipais",z .
5/2 735
6-

"As empresas pdbli1:as e as sociedades de eGonontia misIa tim


personalidade jur(dica de direito privatio, o que, lIesse aspecto, as
3/0 0.

1017lJ1 diferenres rJas aularquÎlLS, qualificarias como pessoas


: 1 r: 11

ju,(dicas de db'eilO pUblico",] ,

I A fonna utilizada pel. Uniilo para mtervir no domlnio economic,,-


sociedade de economia mista - afasla 8 compet~nci. d. Justi~ Com.m Federal para
Em po

I solucionar os eventuais criroes praticados em dctrimcnto do seu pll1rimlJoio ou do~


serviyos por ela pJ'EStados. ou os delilOS I'ratic.dos 81f8Ves de sua eslrUlUra soeielAria, A
-1
sso

equip~!B~lio dos empregados publice. federais a funcionario. publica. para efeitos


i pcnais (act 327. § 1.', do CP) nao ~ circunstância opta, por 51 SQ. pala atroir •
I campetenei. d. Justiţa Federal, qU& vem expres.. n8,Constit.iţiio.
pre

i Ademais, " simples controle cxercido .obre , entidudc pela UnUia


f tambCm n§o atJ:ai, por si s6. a compel!ncia federal.
Im

I Sobre o Ierna, a jurisprudenci. do Bgregio TRF da 2' Regiiio;

1 I CaTl'DJho Filho, lase dD~ So.nlOS. Manual ck Direito Admillisuatlvo. Ed. Lumen Juris •• 71J,. edi~o.

II
2008. p, 464. .
~ Ibidem, p. ~64. .
, Ibidem, p. 46$,

1
j Aosinado elelronicBmenla. Certlflca.le dlgIt,1 p,rt."""nle a ROBERTO OANTES 6CHUMAN SE PAUlA.
Oocumsnto No: I 1522441-3-0-3-6-25747b - consulta" oulenUcidade do doeumtJnlo .!rave. de 'He www.llr).QtrJ.hrluoo6
j
. I
• /..--~ ......
tW L-
~ ,"_,... pEr ....
/.r..;'\V ~J,.. •
,~'?~~
'j:\..-
~ ~--.)
CRIMINAL -HABEAS CORPUS· CRIME PRAT/CADO NA~~ ,(.
DEPENDlNClA DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MJSTA . ,~.
CONCESSIONMlA DE SERVlţO PUBLICa - COMPErlNClA 1
• A prdtiea de infrrzfa. penal nas depende"cia,r de Saciedade de
EcoMmia Mis,la, cancessiondriD de se",ifo pdbllco federal nilo
• indUl a compete.eia·da Justi,o Federal; 1/ . ardem pardaimellie
concedida pa ro anular tados os atos decisdrias praferidos 1I0S
aUios da Aflio Penal n' 2005.51.01.490159 e determinar o ""vio
dos me.mos para a Justi," EstaduaL
. . (TRF 2. 2.' TEsp, RC 200502010070466, Rei. DF Messod Azulay
"1
"
·"!'.""""1"''''''.;',,,..~'J.:'':'' ... ''''4'~'='''nmT.'=.'''''''''''''''''''''''''n""_=",-..",,,
•• , • - ••• --o ,--- M_'
·JVr!JQ,-v.n!Jr&'77"J7J~t7V;J.~.
':.IL/ - c".~.. .•. ' ...... ,. -
~t~_~~.;, __ ';"~_"'''-:_~; "~:.' -"
;i

4
~'!
jl' PENAl:, E PROCESSUAL PENAL - CRIME PRATJCADO

4
·.1
;1 CONTRA A PEfROBRAS - N!JLIDAlJE DA SENTENr;A -

:13 42
,~ COMPErtNCIA DA JUSIlţA ESTADUAL - 1 - Incampetencia
1
'1
do. Justi,o Federal para pracessar e juJgar a afăa penal, par se
tratar de crime proticado contra sociedo.de de economia mista, "0

:34 Inq
• :1''.! casa, Q PErROBRA,S. Il - Niio ioddencia do art. 109, IX. da
Constltuiflio FederaL /II - Decl{II;. de competeneia para a JustifQ
,
EstoduaJ, anulan4o·se a senten." reco/Tida.

12 -47 (TRF 2, 1: .Tup, ACR.20000201062/63/, Rei. DF Canei/'o


Alvim, DJU 201U912002, p. 2?9l
7
01 .90

.PROCESSUAL PENAL - SOCIEDAI>E DE ECONOMIA MIS1'A -


COMPETlNCIA - JUST!(:/! COMUM - SUMULA 5561STF. - t
DA COMPETtNClA DAJUS11~A COMUM ESTADUAL O
5/2 735

PROCESSO ii JULGAMENTO DOS CR!MES PRATICADOS


6-

CONTRA SOC/EDADE DE ECONOMIA·MISIA. - APLlCAr;:ÂO


DA SUMUVr N•. 556/STF. - RECURSO A QUE SE NEGA
3/0 0.

PROVIMENTO, EM DECISĂ O UNANIME.


(TRF 2, 3.' r. RCCR 8902027325, Rei DF CelJo Pas.ros, j.
: 1 r: 11

15/0211993)

Năa ~ autro o enlrJldimenlO do Colendo STJ, solidificado au'QvCs


Em po

do' veroele n.' 42 de sua sWnul. de jurisprudencio: "Campete ă JustifQ Comurn


EstmiJlal proceosar e julgar as cau.sas c(veÎJ el" que i parte sociedade de economia
e
mÎJta os crime. pra/icados em seu detrimenro".. . ..
sso

Por ilustrativo&, transcrevo os; seguimcs prcx:cdcnlcs. la/Obtm


daquela Cone:
pre

,.

CONFLlTO NEGATIVa DE COMPE'l'tNCIA. DIREno


Im

PROCESSUAL PENAL CRIME DE DESODEDJENCIA DE


DECJSĂO PROFERlDA POR JUlzo ESTADUAL. AUTOR/A
IMFUTADA..A FUNCIONĂRIOS DE SOCJEDADE DE
ECONOMIA MISTA. AUStNC/A DE LESAO A BEM, SERV/~O
OU INTERESSE DA UNIĂO, COMPETtNC/,A DA JUSIlr;:A
COMUM ESTADUAL 1. o simplu fato de 8erem o. acusados
funciondrios de sociedade de economia mista nilo atrai a
competfncia para a Justi.a Federal, jd que o cdme imputado niJo

Asslnado e1etronieamBlll .. C./1IfJcOţAo dlgl\lll psrtenconte • ROBEIlTO DANTES SCHUMAN DE PAULA


Documente No: 11522441-3-0·3-<1-257475 - consulta. aul,ntlcidodc do documento • _ _ do 6;\lI www.lr~.gov.brtd ......
.• . !h":
4~~0,';...
~•
"",. .", '{",
.., ,'';''" , ;fiI
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I .. d
prop,,'OU. '
elnm~nlO a ben.J, servlfos
. ou mtertl,JSC$
. tuJ
~U'- ~""
nI~O e J~ /
........ ,.l./
suas en1uuuJes; notadamett1e porqUl! se trata de cnme dt -.......::::.:: ...../
desobediencia de decisiii> prqferida por !uizo EstaduaJ.· 2. COI!flilo
.1 coi.necido para declarar competenle o JulZD de Direito do
Segundo. Juiuuf,o Espedal Criminal de Rio BrallcolAC, ,,,,,ciiado.·
J (STJ, 3.' Se~ăo, CC·2oo600353999, Rei." Min. Maria Thmzo de
Assir Moura, DJ 26/03/2007, p. 199)'

II ., .. '.
. '. ...... .
CONFUTO NEGATiVa DE COMPETlNClA. FURTO DE
..... "...... __..--.NJ.JMElIĂRIOS PERTIi:NCENTES AO BANCO DO IJRASIL.
~·----:Si:x;lIiJjÂVt"Vi'·'tC6NtJMJ1i' "MlSîT."'f!ERlJETE'":>/'2 ""!jYl'~' "':'
ScJMULA DESTA CaRTE. "Compete Il Justi~a GOITJJlm Estadua!

44
;
processar e jidgM aS causas clyeis em.que t parte sociedade de
1 economia mÎstD e QS crimes· prnJîcados e:m .seu detrimen'o."

:13 42
Cor!flilo conhecic/Q par. declarar d compel€ncia do J.I1.o da 3'
,.l Vara Criminal da COmtlfCO de 8elo HorÎ;,ome, su..citado.

:34 Inq
! (SIJ, 3." SefâD, ce 200201713138, ReL' Min. Maria There1.lJ de
i Assir Moura, DJ 26103/200.1, p, 194)

:I
I
12 -47
De resta, colt'ligne-se que o crime ile favagem de capi tais noa slrai,
por si s6, a competeneia federal. In casu, aleslado que os crimes antecedentes de.
colTUPfio ativa e colTUPflia pa.;siva inserem-s~ JIlI 6rbita de compe!encia da ]usti",a
7
Estaduaf, competente lambem e esta para o julgamenlo do crime de ()Culln~ao de
01 .90

eapitais. EMa • interpreta<;:âo literal, II contraria sensu, do dispos!o no art. 2.', inciso 111,
da Lei n." 9.61311998:
5/2 735
6-

"Art. 2" O pTixesso • Julgamettto do. crimes previstos nesta Lei:


3/0 0.

[...J
: 1 r: 11

m-SM d.D compeltncia da JUJliţo Federal:


o) quando praJieado. colllro o slsf811U1 finance;ro e II orde,,"
Em po

econfJmico-jinanceira,' ou em delrin"mlo de ben., sfI"i.ol OII


ÎIIleresses da Ullilio, ou de S"as. entidad_s autllrquicas ou
sso

empresas pdblÎCJJs;

b) quando OCI;m. anteceljenteJor de competeneia da Justira


pre

Federal. ; '

...
[ )"
Im

Nesse sentido, coJaciona 8 cscorre.ita lir;do e~tralda do julgameuto


do RHC 11918/SP, prolatada pela C. 5.' TurtlllJ do STJ cm 13/0812002, triedianlll B
,transcri~lio de c,certo da vatado Eminente Relator:

"Cabe a ressalva de qu.e a competlncia l definitia diant. do casa


concrelo e em !UW;ăo do crime antecodenu. Se o crime amerior <l

Asoinado ele_..enl•. c..rtln~ dlgllBl perteo",n!. a ROBERTO DAN1'ES SCHUMAN DE PAULA. .


Documentn No: 11522441-3-D-S-6-257475· consulta Il aulentl_1lo d~o om. ... do .H. www.)f~.gov.brf"",,"

----" ........ _- ....... ---.... _--.-.-. -'-


.•.

,. ~f;1A)
.0 ;
lavagem jar d. COn1pel~ncÎlJ da Jos/iţa F,de rol, cabera a e,\la \......
cr , ;;
julgamenlo do processo re1a.cionado ao crime (Jces.tdria. ~~:."'/
Tambem 1 cOIifimloda a ccnnpe/lttcia da JUJliţa Federal se O
crime de [avag'/I! jar praticada contra· o sis/enw fllla~ceiro c a
,i ardem ecan6micojinOlLCeira, ou em derrimelllo de ben!, servifos
ou interesse.' da Unitia, ou de SIlaJ entidildeJ autdrquicos ou
empresas publieas.
"'tia
se pode ""gar, portamo, compet~cia ao )u(zo Estodual, se os
crimes anrecedentes il lavagcm saa a ele dirtcionodos.
. Sendo O$sim, compot. d Just/fa Estaduol o processo e julgomcnt()
~~ _ _ ':'l,u. """"<-"''"'~~:tr-'tGffFotFe~iftiJ'lfI1gi/iiol.''/Jâ.ifi!111f1lţn(f.in·lkttr,''rtlf~l'td:i';iiu4'iiloY... '" ... _~ .. : ..... i .,. C
ar/undo'!, em tese, de crimes falimentares, estelioMtos e falsidade,

4
,,. se ine;r.;stente, em prillc(piO, Îinputllflio de dclilo anleecdertic 4ero

4
, d Justifa Federal".

:13 42
Coma se ve. restau demonstrado. de forma cab'dl. que a "ruTado
; esquema de desvio de recUrsos praticado DO âmbito da esl.tal FURNAS .fasta 8

:34 Inq
·1
compct!Dcia desta Jusli~ Federal, cm razilo dos· crimes. oiio se enquadrarem em
1 nenhuma das bip6reses do arl 109 da Constitui9âo da Republica Federativ. do Brasil de
1988. . .

J 12 -47
Assim, corn fulera 00 an. 1000, N, da Col18titui~ăo d. Rcpublica.
DECLARO a INCOMPE~ClA da JUSTI9A FEDERAL pam processar c julg.r o
7
01 .90

presente feilO, razllo pela qual declino da compe!llncia em favor da Justi,a Estadual d.
Comarca da Capital do Batado do Rio de Janeiro.
5/2 735

])!.se vlsta ao MPF: .


6-

Ap6s, de-se baixa da distribui~iio nos autos do presente IPL e em


3/0 0.

eventuais processos dependentes a ele apensadas que se encootrem ativos no sislelu, de


andamcnto processual. Tude fcito. encaminhero-sc Os autos ~ Justi~a Esladual.
: 1 r: 11

Rio de J aneiro, 5 de mar,o de 2012.


Em po

ROBERTO DANTES SCHUMAN DE PAlILA


Juiz Federal Substltuto no exerddo da lltularidade
sso

TERMO

Nesta data, recebi os· _utos da Exmo. Sr.


pre

Juiz Federal Substitute Dr. ROBERTO


. DANTES SCHUMAN DEPAULA.
Im

De q ne para constar l.vro o preseute


. termo .
. Rio deJane.iro, sA I ~ 120} ~
pI Diretor de seC::
....
~'-~""

......'Ido elelrcnlcsmonte. C8~o dlgHaI pert.noe,t. e RoaERTO DANTES SCHUMAN DE PAULA.


Documenta Ne! 11522441-3-0.306-257475. censulta IJ aulenllcldade do documenlo Bir"" do slle wwwjl~.gO\l.brJdOC!l

f
0'0._ •••• •• .... '
Poder Judiciario
JUSTI<;A FEDERAL
Se~iioJudiciaria do Parana
13" Vara Federal de Curitiba

Av. Anit. Garibaldi, 888. 2' andar - 8airro: Ahu - CE?: 80540-180 - Fone: (41 )3210-1681 - wwwjfjJrjus.br-
Email: prctbI3dir@jfprjus.br

REPRESENTA<;:ĂO CRIMINAL N" S004814-4S.201S.4.04.7000/PR

REPTE.: MlNlSTERIO PlJBLICO FEDERAL

REPDO.: A A?URAR

4 4
:13 42
DESPACHOIDECISAO

:34 7 Inq
• Em decisoes proferidas nas datas de 06/02/2014 (evento 3) e 21105/2015
(evento 16), o Juizo Titular deferiu o requerido pela MPF e autorizou o
7-4
compartilhamento das provas e elementos de informayoes colhidos nos processos, ayoes
penais, inqutiritos e procedimentos conexos, atinentes it Operayăo Lavajato para fins de
instruyăo
01 .90

dos procedimentos instaurados ou a serem instaurados perante,


12
respectivamente, o Egn:gio Supremo Tribunal Federal e o Egregio Superior Tribunal de
5/2 735

Justi<;:a para apurayăo de supostos crimes praticados por autoridades corn foro
6-

privilegiado.
3/0 0.

Requer agora o MPF que seja proferida nova decisăo esclarecendo que as
: 1 r: 11

autorizayoes concedidas abrangem todos os fatos e feitos, existentes ou futuros, conexos


a assim denominada Opera9ăo Lava Jato, a fim de se evitar questionamentos sobre a
extensăo temporal das autoriza<;:oes (evento 20).
Em po


Corn base nas razoes ja cumpridamente expostas, defiro o requerido,
sso

expressamente autorizando o compartilhamento das provas, elementos de informa9ăo e


do conteudo de todos os feitos, ja existentes e futuros, referentes it Opera9ăo Lava Jato,
pre

para o fim de instruir os proces sos e procedimentos ja instaurados ou a serem


instaurados perante o STJ e o STF.
Im

Conforme ja consignado, a presente decisăo fica sujeito a eventual crivo


critico do proprio Superior Tribunal de Justi<;:a e do Supremo Tribunal Federal.

Ciencia ao MPF.

Documento eletronico .ssinado por GABRIELA HARDT, Julza Federal Substituta. na forma do artigo 1", inciso
III, da Lei 11.419, dc 19 de dezembro de 2006 e Reso1ul'âo TRF 4" Rcgiăo n" 17. de 26 de marl'0 de 2010. A
conferencia da aufenticidade do documenta csta disponivel na enderec;:o elctronico http://www.tl.f4.jus.br
/trf4/proecssos/vcrifica.php, mediante o preenchimento do codigo verificador 700000761737v3 e do c6digo CRe
12c22bdc.
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JUSTI(:A FEDERAL
Se~ao Judiciaria do Parana
13" Vara Federal de Curitiba

Informac;âes adicionais da assinatura:


Signatario (a): GABRIELA HARDT
Datae Hora: 02/06/201517:18:32

4 4
5004814-45.2015.4.04.7000 700000761737 .V3 FRH© FRH

:13 42
:34 7 Inq
• 01 .90
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sso
pre
Im
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JUSTI<;A FEDERAL
Se~ăo Judiciaria do Paran a
13 a Vara Federal de Curitiba
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PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO DE DADOS EfOU TELEFONIC N°


5005032-73.2015.4.04. 7000fP R

REQUERENTE: MINISTERI0 PlIBLlCO FEDERAL

4 4
ACUSADO: ROBERTO GONCALVES

:13 42
ACUSADO: RENATO DE SOUZA DUQUE

:34 7 Inq
• ACUSADO: NESTOR CUNAT CERVERO

ACUSADO: JORGE LUIZ ZELADA

ACUSADO: PAULO ROBERTO COSTA


01 .90
12
7-4

DESPACHOIDECISAO
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11

Trata-se de representayăo policial pela quebra do sigilo de


comuIDcayoes eletr6nicas efetuadas no âmbito da Petr61eo Brasileiro SfA -
Petrobras por Paulo Roberto Costa, Renato de Souza Duque, Nestor Cunat
Em po

Cervero, Roberto Gonyalves, Jorge Luiz Zelada, Pedro Jose Barusco Filho,

• Venina Velosa da Fonseca, Francisco Pais, Luiz Alberto Gaspar


sso

Domingues, Glauco Colepicolo Legatti, Omar Ant6nio Kristocheck Filho,


Luiz Carlos Queiroz de Oliveira, Ricardo Luis Ferreira Pinto Tavova Maia,
pre

Carlos Frederico Trevia, Heyder de Moura Carvalho Filho, Jairo Luis


Bonet, Jansem Ferreira da Silva, Jose Eduardo Loureiro, Mario
Im

Zonenschein, Paulo Cezar Amaro Aquino, Jose Sergio Gabrielli de Azevedo


e Carlos Alberto Carletto.

Oportuno breve hist6rico.

Tramitam por este Juizo diversos inqueritos, ayoes penais e


processos incidentes relacionados it assim denominada Operayăo Lavajato.

Em uma primeira fase, foram propostas dez ayoes penais e


ainda ha investigayoes em andamento que podem resultar em outras. A dez
ja propostas tem os numeros 5025687-03.20l3.2014.404.700, 5047229-
Cf"I"CCC'" 1" ,..,f\111 .... nll '11\(\1\
05.2014.404.7000, 5025676-71.2014.404.7000 e 5025695-
77.2014.404.7000. Duas de las ja foram julgadas, outras aproximam-se da
fase de julgamento.

Na Operac;ao Lavajato, foram identificados quatro grupos


criminosos dedicados principalmente it pratica de lava gem de dinheiro e de
crimes financeiros no âmbito do mercado negro de câmbio. Os quatro
grupos seriam liderados pelos supostos doleiros Carlos Habib Chater,
Alberto Youssef, Nelma Mitsue Penasso Kodama e Raul Henrique Srour.

A investigaQao, corn ori gem nos inqueritos 2009.7000003250-


O e 2006.7000018662-8, tinha por objeto inicial supostas operac;oes de
lavagem de produto de crimes contra a Administrac;ao Publica e que teriam
se consumado corn a realizac;ao de investimentos industriais, corn recursos

4 4
criminosos, na cidade de LondrinalPR. Este crime de lavagem, consumado

:13 42
em LondrinalPR, se submete it competencia da 13" Vara Federal de
Curitiba, tendo dado origem it ac;ao penal 5047229-77.2014.404.7000 acima

• Youssef e subordinados.

:34 Inq
ja referida, na qual figuram coma acusados Carlos Habib Chater, Alberto

12 -47
No aprofundamento das investigaQoes sobre o grupa dirigido
7
por Alberto Youssef, foram colhidas provas, em cogniQăo sumaria, de que
01 .90

ele dirigia verdadeiro escrit6rio dedicado it lavagem de dinheiro e que a


operac;ao de lavagem acima referida, consumada em Londrina, inseria-se em
5/2 735

contexto mais amplo.


6-
3/0 0.

Alberto Youssef estaria envolvido na lava gem de recursos


: 1 r: 11

provenientes de obras da Petr61eo Brasileiro SIA - Petrobras e esses valores,


ap6s lavados, seriam utilizados para pagamento de vantagem indevida a
empregados da Petrobrăs do alta escalao, coma o ex-Diretor de
Em po

Abastecimento Paulo Roberto Costa .


sso

Na continuidade das investigac;oes, colhidas provas, em


cognic;ao sumaria, de que as maiores empreiteiras do Brasil estariam
pre

envolvidas no esquema criminoso.


Im

Segundo o MPF, a OAS, Odebrecht, UTC, Camargo Correa,


Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Junior, Promon, MPE, Skanska,
Queiroz Galvao, IESA, Engevix, SETAL, GDK e Galvao Engenharia teriam
formado um cartel, atraves do qual, por ajuste previo, teriam
sistematicamente frustrado as licitaQoes da Petr6leo Brasileiro SIA -
Petrobras para a contrataQao de grandes obras entre os anos de 2006 a 2014,
entre el as a RNEST, COMPERJ e REPAR.

As empreiteiras, reunidas em algo que denominavam de


"Clube", ajustavam previamente entre si qual delas iria sagrar-se vencedora
das licitac;oes da Petrobras, manipulando os preQos apresentados no certame,
corn o que tinham condiQoes de, sem concorrencia real, serem contratadas
lD~
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Se~ăo Judiciăriado Parana
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REPRESENTAC;ÂO CRIMINAL N' S004814-4S.201S.4.04.7000/PR

REPTE.: MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

REPDO.: A APURAR

4 4
DESPACHOIDECISĂo

:13 42
• :34 Inq
Pleiteia O MPF autorizao;:ao para compartilhamento de provas e
elementos de informao;:oes constantes nos processos da assim denominada
12 -47
Operao;:ao Lavajato corn os procedimentos a serem instaurados perante o
Egregio Supremo Tribunal Federal para apurao;:ao de condutas supostamente
7
praticadas por autoridade corn foro privilegiado.
01 .90

Decido.
5/2 735
6-

Tramitam por este Juizo diversos inqueritos, ao;:oes penais e


processos incidentes relacionados fi. assim denominada Operao;:ao Lavajato.
3/0 0.
: 1 r: 11

Inicialmente foram propostas dez ao;:oes penais e ainda ha


investigao;:oes em andamento que podem resultar em outras. A dez ja propostas
tem os numeros 5025687-03.2013.2014.404.700, 5047229-77 .20 14.404. 7000,
Em po

5026663-10.2014.404.7000, 5025699-17.2014.404.7000,
5049898-06.2014.404.7000, 5026212-82.2014.404.7000,


sso

5025692-25.2014.404.7000, 5026243-05.2014.404.7000,
5025676-71.2014.404.7000 e 5025695-77.2014.404.7000. Duas delas ja foram
pre

julgadas, outras aproximam-se da fase de julgamento.


Im

Mais recentemente, em urna segunda fase, foram propostas seis


ao;:oes penais contra, em sintese, dirigentes e empregados de grandes
empreiteiras nacionais por crimes de corrupo;:ao (do ex-Diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa) e de lavagem de dinheiro.

N o cursa das investigao;:oes, surgiram fortuitamente indicios do


envolvimento em crimes de autoridades corn foro privilegiado. Tais fatos nao
foram denunciados ou investigados perante este Juizo, sendo remetidos ao
Egregio Suprem o Tribunal Federal.

Mais recentemente, celebrado pel0 Ministerio Publico Federal,


em procedimento dirigido pela Exmo. Procurador Geral da Republico, acordo
LaVaSl:l\.l. ruram t:IIl JaIlt:IlU Ut: "U 1.) rt:mt:l1UUS a t:SLt: JU1:lU,
apos desmembramento processual determinado pelo Supremo Tribuntal
Federal, copia dos depoimentos dos colaboradores relativamente a fatos que
năo envolvem autoridades corn foro privilegiado.

Considerando que as provas de supostos crimes praticados por


autoridades corn foro privilegiado foram colhidas fortuitamente no âmbito da
Opera9ăo Lavajato ou, no caso das colabora90es, coma um desdobramento
natural, e evidente que as demais provas constantes nos inqueritos e a90es
penais, coma intercepta9ăo telefânica e telematica, documentos colhidos em
buscas, quebras de sigilo fiscal e bancario, podem se mostrar relevantes para
instruir os procedimentos a serem instaurados no Supremo Tribunal Federal em
rela9ăo a autoridades corn foro privilegiado.

Năoha, outrossim, qualquer princlplO da especialidade que

4
constitua obice para o compartilhamento de provas colhidas em um processo

4
:13 42
penal para a instru9ăo de outras investiga90es ou a90es penais, maxime, coma
no caso, do compartilhamento de provas colhidas por jurisdi9ăo inferior corn

:34 7 Inq

uma supenor.

Portanto, ante o exposto, defiro o requerido e autorizo o


compartilhamento das provas e elementos de informa90es colhidas nos
7-4
processos, a90es penais, inqueritos e procedimentos conexos, atinentes il
Operas:ăo Lavajato para fins de instru9ăo dos procedimentos instaurados ou a
01 .90
12
serem instaurados perante o Egregio Supremo Tribunal Federal para apuras:ăo
de supostos crimes praticados por autoridades corn foro privilegiado.
5/2 735
6-

Evidentemente, a presente decisăo fica sujeito a eventual crivo


3/0 0.

critico do proprio Supremo Tribunal Federal.


: 1 r: 11

Ciencia ao MPF local a quem encarrego da efetiva9ăo do


compartilhamento atraves da Procuradoria Geral da Republica. Caso se
Em po

pretenda o compartilhamento por outro meio ou se forem necessarias


providencias judiciais, o JuÎzo devera ser informado .
sso

Curitiba, 06 de fevereiro de 2014.


pre
Im

Documento eletronico assinado por SERGIO FERNANDO MORO, Juiz Federal, na fonna do artigo
1', inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Reso1u,âo TRF 4' Regiâo n' 17, de 26 de
mar~o de 2010. A conferencia da autenticidade do documento esta disponivel no enderelţo eletronico
http://www.trf4.jus.br/trf4/proccssos/verifica.php. mediante o preenchimento do c6digo verificador
700000332316v7 e do c6digo CRC blba646b.

Informatţoes adicionais da assinatura:


Signatârio (a): SERGIO FERNANDO MORO
DataeHora: 06102/201511:12:21


Im
pre
sso
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: 1 r: 11
3/0 0.
5/2 735
01 .90
7

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6-

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12 -47
:34 Inq
:13 42
44
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MINISTt:RIO POBLICO FEDERAL ~'(>'~:'.:(: \
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro lij 1ri2'&;"_ "
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EXMO(A). JUIZ(A) DA 5 8 VARA FEDERAL CRIMINAL DO RIO DE JANEIR \ ," \ .i Fis'

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IPL 001/2005-DELEFIN (2005.51.01.503145-3)

4 4
:13 42
o MINISTERIO PUBLICO FEDERAL, pelos agentes subscrltores,

• :34 Inq
forte em suas atrlbui,ees constituclonais (art, 129, 1, da CF/88) e legals (art. 60, V,
da lC 75/93, art. 100, § 10, do CP e art. 24 do CPP), e com base no Inquerito
Pollclal em eplgrafe, oferece DENUNCIA em face de:
12 -47
7
• CHRISTINE PUSCHMANN, brasllelra, nasclda em 26.08.1946,
01 .90

natural do Rlo de Janeiro, CI 0267060S-IFP, CPF 026.222.977-34,


filha de Erika Alma Puschmann e Robert Puschmann, resldente na
5/2 735

Av. Rul Barbosa, 460/1301, Flamengo, Rlo de Janeiro/RJ;


6-

• CHRISTINE MULLER, brasileira, nascida em 07.04.1953, natural


3/0 0.

do Rlo de Janelro, CI 029148834-3-IFP, CPF 363.503.117-87, filha


: 1 r: 11

de Isolda Lourdes Muller e Norbert Muller, residente na Av.


Oswaldo Cruz, 171/1002, Flamengo, Rio de Janeiro/Rl;
Em po

• ING RID MARIA MULLER LUSQUINOS, brasilelra, nascida em


30.06.1954, natural do Rlo de Janelro, CI 06426019-3-IFP, CPF


sso

026.222.977-34, filha de Isolda Lourdes Muller e Norbert Muller,


residente na Rua Edson, 1295/31, Campo Bele, Sao Paulo/SP;
pre

tendo em vista a pnitica de condutas delltuosas, conforme adlante


Im

dellneado (as referenclas a folhas remetem ti numera~o do Inquerlto POllclal em


epigrafe, salve quando censlgnado de forma diversa).

1 - DOS FATOS

A denunclada CHRISTINE PUSCHMANN, livre e conscientemente,


atuou como instltui,ao financeira, sem a devlda autorlza,ao, tende asslm operado,
MINIST!:RIO POBLICO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
pela menos, no periodo compreendido entre 2001 e 08.02.2007'. Alem disso, olndo Fis'
manteve depasltos no exterior, sem declara~ăo il reparti~o federal competente,
pela menos em rela~ăo aos anos-base de 2001 a 2006.

Ja
as denunciadas CHRISTINE MULLER e INGRID MARIA MULLER
LUSQUINOS, IIvre e consclentemente, mantiveram depasitos no exterior, sem

44
deciarac;ăo il reparth;:ao federal competente, pela menos em relac;50 DOS onos~ basc
de 2005 e 2006 (a primeira) e de 2006 (a segunda).

:13 42

Com efeito, os elementos colhldos durante a regular Investlga~ao

:34 Inq
dos fatos aqui versados 2, sobretudo a partir de medidas cautelares decretadas por
esse Juizo, consubstanciadas em monltoramento telefonlco e telematlco (Processo

12 -47
n° 200551015031751) e em busca e apreensao (Processo n° 200651015383143),
evidenciaram a pratica das condutas ilicitas imputadas as denuncladas.
7
01 .90

a) opera~ao de Instltul~ao flnancelra sem autorlza~aO


5/2 735
6-

A denunclada CHRISTINE PUSCHMANN, agindo em conjunto com


seu companheiro Norbert Muller (ji! falecldo - fI. 437), fez operar uma verdadeira
3/0 0.

Instltul~ao financelra Informal, mas suficlentemente estruturada, gerlndo recursos


de tercelros em larga escala. As atlvldades do casal eram desenvolvidas com a
: 1 r: 11

capta>ăo, Intermedla,ao e apllca<;llo de dlvlsas pertencentes a seus c/lentes,


pessoas flslcas majorltarlamente resldentes no Brasll, em especlal a partlr da
administra~o de contas mantldas no exterior, mais precisamente no LGT BANK,
Em po


10 material collgido nos autos aponta para O desenvolvlmento das atlvldades da Instltultao f1nancelra
sso

clandestina pela menos, de moda fartamente comprovado, desde 2001, corn efetlva partlClpac;ao de
CHRISTlNE PUSCHMANN, restando evtdenciado o seu funclonamento ao loogo dos anos segulntes, ate o
dia em Que reallzada a mecllda de busca e apreensao (08.02.2007), Quando locallzados elementos que
demonstram a operat;âo ativa dos neg6cios ăquela altura.
pre

2Quadra dellnear, em apertada slntese, face BaS questlonamentos ja deduzldos pela defesa, a legalldade
da persecuC§o penal desenvolvlda, rendo em vlsta: (I) Que a delac!o anOnima ~ admltlda coma apta a
deflagrar medidas de averlgua.;a:o, quando presentes dado5 5uficlentes (STF, RHC 86082, OJ 22.08.08;
Im

STF, INQ 1957, DJ 11.11.05j STJ, HC 93421, DJ 09.03.09), cnmndlmcnto obvlamentc aplldlvcl 3 crlmcs
do colarlnho brance; (Ii) que o InQuerito Pellelal n!'ia foi Instaurada In casu em decorrencla de deJa~o
anonima, mas do "resultada dos levantamentos resultantes N de tai notida (fJ. 02); (iii) que a delacao de
fi. 11 continha dados suflcfentes para a deflagracâo de medidas de averlguacao, as quals faram Feltas
com observâncla das devidas cautelas, conflrmando, por dlversos melos:, a verossimlJhanca da narratlva
(fis. 03/08 e 13/38); (Iv) que a Interceptac;:ao telefOnica e telemătica foi baseada, conforme descrito nas
fis. 02/03, 10/11 e 13/16 do Processo n° 200551015031751, nos Jevantamentos reallzados a partir da
dela~o anânlma, e nâo apenas nesta ultima; (v) que se encontravam preenchldos, na ocasiao, tOd05 os
requisitos fJxados na lei 9.296/96 para a adocao da medfda, sobretudo indlclos razoovels de partlcfpac;:llo
em illclto penal e Impresclndlbilidade do melo de prova, ă mrngua de outras dillgencfas id6neas a tanta,

'":b 1,
conslderando, denb"e outros aspectos, o carater dandestJno e complexo da ativldade investlgadai e (vI)
que e viilVel a reallzat;aa de busca e apreensăo ap6s levantamentos decorrentes de denuncla anOnima
(STJ HC 83830, DJ 09.03.09). dai resultando que tai fonte de prova era Independente da Interceptay§o
" """,.OO ~- .'"'~ ,- 00" ._"oo ..,~) - .. , - -
MINISTERIO POBLICO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
sediado em Llechtensteln, e no UBS BANK, sed Iad o na surc;a, em not6rlos paralsos Fis'
fiscals.

Com o maneJo de opera~i5es proprias de Instltul~i5es financelras,


tais como abertura, contrele e mOVlmenta~o de contas, transferencla de valores
entre contas, câmblo de moedas, informa~âo e apllca~ăo de Investimentos, entrega

4
de numenlrlo e sollclta~aO de servl~os bancarlos (cartlles de credlto, por exemplo),

4
CHRISTINE PUSCHMANN e Norbert Multer funcionaram como uma central bancarla

:13 42
paralela, atendendo seus cllentes por diversos mei os de comunica~âo (telefone,
mensagens eletrânicas e faxes) e tendo por base operacional os im6vels situa dos

• :34 Inq
na Rua Sete de 5etembro, 55/1101, e na Avenlda Rul Barbosa, 460/1301, ambos
neste Munidplo.

12 -47
Os elementos collgldos (planllhas, dialogos interceptados e demals
7
documentos apreendidos) revelam vlncula~o entre nomes de pessoas, numeros de
01 .90

contas, opera~i5es e contatos, identlficando, pois, com se9uran~a a carteira de


c/ientes do casal (vide fis. 416/419, 433 e 442/505; fis. 17 e 25 do Processo n°
5/2 735

200751018046543; fis. 25/38 do Processo n° 200751018046543; e Apenso XVIll).


6-

Embora o eSQuema tenha sldo arQultetado com O know how de


3/0 0.

Norbert Muller, sui~o e ex-funclonarlo do UBS BANK, tem-se Que a companhelra


: 1 r: 11

CHRISTINE PUSCHMANN passou II frente do mesmo nos ultlmos anos, em razao da


avan~ada idade e dos problemas de saude enfrentados por aquele (fi. 07). Grande
parte dos contatos com seus c/ientes e da execu~ăo dos atos correspondentes ao
Em po

funcionamento da institul~o flnanceira marginal, portanto, vinha sendo reallzada,


com autonomia e preponderância, por CHRISTINE PUSCHMANN .


sso

Prova Que exemplifica o funclonamento da institul~ao f1nancelra


consiste em faxes interceptados nos terminals telefon Icos do casa I (fis. 259/359 do
pre

Processo n° 200551015031751) - impressos transmitidos pela LGT BANK a Rlo


Muller, constltuidos de declara~i5es de ativos de Inumeras contas e informa~i5es
Im

sobre investlmentos e valores -, bem como os segulntes dlalogos telef8nlcos,


travados por CHRISTINE PUSCHMANN e Norbert Multer':

3As re:ferenc[es CI falhos remetem 1:10 Processo n° 200S~10150317S1. Os documentos (ClIrtes, ordens,
correspondl!ncI2ls) menclonados nos dlâlogos e mensagens eletrOnlcas perfazem o melc manejado por
Norbert Muller e CHRISTINE PUSCHMANN para transmltir ao LGT BANK e ao UBS BANK as
determlnac;6es de transfe~nclas de valores das contas por eles admlnlstradas (vide documentos
semelhantes nas fis. 61/64 do Apenso VII, 03/06 do Apenso VIII, 19/26 do Apenso XV). Em OUtro glro,
depreende~se des transcrlr,;;5cs quc o casal erD respons6vel pela movlmenta~o das contas de seus
cllentes, entregando numerarlo no Brasll com a correspondente transfer!ncla de valores das contas
mantldas no exterior (culda-se de contatos feltos corn pessoas Identlflcadas no material apreendldo). De
se ver, por fim, que o recurso a c6dlgos e conversas truncadas tam bem aponta para li c1andestlnldade
MINISTt:RIO POBLICO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
R- Cscuto. eh, eu precl56't1B ff)zer aquele plJgBmento d8qucle meu scguro. Fis l

c- Sim.
R- Eh, eu P05S0 Ihe mandar um fax corn o numero da conta e o va/or.
C- !'Ode, mas o senhor val ter que asslnar uma ardem para transferir.
R- TuOo bem, enrSo tenfJo que Ir ...
C- O senhor terla que passar aqul e.
e
R- Eu passo al ent§o. Qual a hora bOB, amanh~7
[Olologo entre CHRISTINE PUSCHMANN e Rul, dia 26.07.2006, n. 116]

4
co- Cordel/a,Chr/st/na! Voc~ tii boB?

4
C- Ah! Dona Cordella, ruda bem?

:13 42
CO- ruda em paz.
c- Hum.

:34 7 Inq

ca- Olha, eu tava precisando a semana que vem /r af.
c- T~ bom, e quanto que a senhora quer?
CO- Olta.
C- T~.
[Ololego
7-4
entre CHRISTINE PUSHMANN e Cordella, dia 31.08.2006, fl. 173]

R- TA. Dâ pra eu... eu la preclsar daquela mesma caisa de novo, aquela


01 .90

quantla.
12
C- Vlnte e clnco, ne?
R- E.
5/2 735

c- Ta, e v/nte e dnea, e rea/s, nao e Isso?


6-

R- E.
C- T~, e o senhor Quer Que eu prov/denc/e7 Ai eu J~ /he entrego na quarta.
3/0 0.

R· Pode provldendar.
c- S6 que ar eu VQU Ihe entregar dlsaetamente.
: 1 r: 11

R- N80 tem problemlJ.


[OI~logo enlre CHRISTINE PUSHMANN e Rul, dia 16.10.2006, fl. 239]

ta
Em po

co- Escuta ChrlstJne, eu sef Que um pouQuinho em clma da hora, (... )


COmIJlfcat;IJo, eu estavB prer;fSBndo de um dJnhelro. serIa posslvel consegulr


pra amanhS?
sso

C- O/ha, agora, amanM e difTcll porque na 6 a fe/ra, em geral, a genre n30


trabalha.
...
[ ]
pre

C- Slm, mas Quanto7


e,
Ca-- Quatro, podla ser quatro, jA me resolvla multa.
C- Nâo, mas al se for pra fazer, faz /ogo o que precisa, ne.
Im

CO- Bom ...


c- POrque a gente val ter que vender tamMm a/guma ca/sa, n~7
Co-E.
e- E quatro m/J reals?
co- Hâo,
c- Nao, ta, tuda bem,lă entendl. fntBo, eu vou provldencJar agora ...
[Olâlogo entre CHRISTINE PU5HMANN e Cord~lIa, dia 19.10.2006, fl. 253]

da atlvidade desenvolvlda pela casal, sendo Que CHRISTINE PUSCHMANN revela prefer~ncla pele skype
ao In\les do telefone (sablda a maior posslbilldade de monltoramento deste) e chega 8 dlzer que s6 fala
por metMoras no messenger (fi. 408 do Processo n° 200551015031751).
.
~ ~,
• '--.::!:/

MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
G· e (.,,) uma IIberar;ao, uma IIberBţao nSo, uma cJlsponlbllJdade de a/guma Fis'
coisa, e Isso7
C- Certo, e isso mesmo.
G- E, pols ~, voc~ jA computou no Jlquldo?
C- Ah, 1550 jă tâ descontado aquele tiltlmo assunlc que o senhor fez. S. o
senhor o/har IA na penIJltlma pagIna, o senhor vai ver que 111 tem a safda aII.
G· Nao, pois e, de qualquer manelra eu tenho dlsponfvel de 535 mals

4
a/guma ca/sa.

4
(... J

:13 42
G· Nllo precJsa ... esse ano, se Deus qulser, eu nllo precisa naela.
C- Se precisa" o senhor ja sabe quals silo as SUBS dlsponlbllJdades.
[OI~IOQO enlre CHRISTINE PUSHMANN o Geova. dia 2S.10.2006, fi. 255J

:34 Inq
• M- O Chrlstlne, me dlz uma ca/sa: eu
c- Slm...

12 -47
VQU viaJar dIa 20•..

M- Mas, eu tava flllerenrJo (. .. ) B!; eontas, Pin dalxar ruda BQUI acertado, eu

c- Ta,
e
querta ( ... ) pegar um pouco mals pra deixar... poss(vel pegar mii d6lares?
pode. Agora, voc~ tem que vlr aqui pra assJnar, ne,
7
M- Quarta teira que vem, eu tt5 no Rlo.
01 .90

e- Ent/30 ta, ent60 eu providenc/o pra voc& pra 3 8 fa/ra, pra 48 te/ra, quando
voc~ chegar aqul, la re aqul.
M- TA, ti! bom.
5/2 735

c- Ne.
6-

M- Puc.lr: l1lt!: :::.r,:1 IIU WIFC.U m~mo.


C- Ah 12, voc~ quer? Ent30 eu ponho dJreto no banco, fala al.
3/0 0.

(Olaloga entre CHRISTJNE PUSHMANN e Maria, dia 11.01.2007, fl. 386J


: 1 r: 11

R- Escuta, e, .. , eu la prec/sarae uns quarenta pra amanns, poae ser?


C- Eu vou ter que ver se eu con51go pra amanh6.
R- T~.
Em po

c- ~ quarenta rea/s, ne?


R- e.


c- Ta, tudo bem, eu vejo e...
sso

(OI~lago ontre CHRISTINE PUSHMANN e Rul, dia 15.01.2007, fi. 392 do


Processa n° 200551015031751J
pre

H- Podla fazer o seguJnte: podla resetvar uns v/nte, em Real?


C- Ta bom.
H- AI eu acerto ar, porque eu acho que v preclsar de um pouco mals,
Im

C- Ah, entâo ta bom, Mas, em prlnclplo, o ontra-valor de v/nte?


H- E exatamente.
c- Ta bom, t~, pra 2 lJ fe/ra, entao.
[Dlalago en!re CHRISTINE PUSHMANN o H l. dia 17.01.2007. fI. 394J

M- E daI eu querta te perguntar do seguJn e: eu owl fa/ar que, '" n§o sef se
tem a posslbilldade de". eu tava ... eu la ~recisar de um din ... ta seu, de um
dlnhelrlnho e a Simone tambt§m um. Eu ttva pensando na pO!O.rtlh/JIdrJdP., P.I.I
ouvl dlzer que da pra fazer tlpo entre Pe5jOBS que trabalham asslm mals ou

~l
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Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
menos nesse ramo, fazer tipa ... pegar aqu; em POfta Alegre mesmo, sem Fis t
preclsar /r pro Rlo, ~ possivel, niJo7
c- Bom, eu tenho que ver se n0550 ccntata tem algum contata em Porto
Alegre.
...
[ ]
C- Ele s6 terls que dar o ende~o pra onde que ele quer que a gente mande
o IA de fora, entendeu? Ah, bom, mas de qua/quer maneira voc~s v30 ter

4
que asslnar uma correspond~nc/a, mas al eu POS5() mandar ela em branco,
em branco que eu d/go, sem destlnatario, voc~s asslnam e me devo/vem

4
:13 42
pela Seclex.
[Dlalogo entre CHRISTINE PUSHMANN e Marcelo, dia 17.01.2007, n. 396]
D- O Norbert, delxa eu te perguntar uma colslnha: (}Of que eu estou aqu;

:34 Inq
corn esse ultima extrato que vore mandou pra mim...

• N- Hum ...
D- Ent1io agora no m~s de jane/ro, eu ter/a ... eu poderla tlrar 3938 ...
N-Sim.

12 -47
0- Mas eu fiz economIa, eu n:1o estou precJsando agora pra laneJro nSo.
Voce vai viajer?
7
[Dlalogo entre Norbert Muller e Dada, dia 23.01.2007, n. 410]
01 .90

Nessa IInha, vale alnda colaclonar mensagens eletrllnlcas trocadas


5/2 735

por CHRISTINE PUSCHMANN:


6-

QuerfdDs Narbert e ChrlstJne,


3/0 0.

a dJnhelro do AJexander naD cnegou ne conta deie em Landres.


: 1 r: 11

Se~ que tem aJgum problema?


Um abra,o,
Marlon
Em po

OI Marlon,
n:1o, 56 que tudo leva seu tempo. Ve nas mandou a carta n8 4a.feira a


tarde, sa foi pDssivel envlar D fax na Sa.te/ra de manhlJ e hale ~ 2a.felra,
sso

entao ...... Deve estarehegandD.


AbraţOs
ChrlstJne
pre

[Mensagens entre CHRISTINE PUSCHMANN e Marlon Appel, dia 15.01.2007,


ns. 480/481J
Im

Prezado Mare/o,
Segue anexo o modela da carta. Por favar asslne no final e me mande por
Sedex para Rua 7 de Setembro 55, sala 1101, 200050-004 Rio de Jane/ro,
RJ (endere~o do escrJtorlo).
Os nossos teJefones aqulsDa: 21/22421245 ou 22.245943.
casa ve quelra pegar tuda no domlnga na final da tarde la em casa a
endere", eh: Av. Rul Barbosa ~O, apl. 1301, tel.21/2551.8066 ou
2551.6637.
Por favor me av/se casa ve venha em casa para poder levar as encomendas
na Sa.fe/ra para casa.
MINIST~RIO pQBLlCO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
Abra~ Fis l
Chrlstlne
[Mensagem entre CHRISTINE PUSCHMANN e Marelo Appel, dia 13.04.2004,
fi. 482]

De maior relevo, entrementes, se apresenta o material apreendldo


nos endere~os aclma apontados como a base operaclonal de Norbert Muller e

4
CHRISTINE PUSCHMANN" donde foi possivel Identificar mais de uma centena de

4
contas vlnculadas ao LGT BANK e UBS BANK que eram admlnlstradas pela casal,

:13 42
cuJos tltulares sao em sua malorla pessoas fislcas (em alguns casos por Intermedia
de off shares) resldentes na Brasll .

:34 7 Inq
• Nesses termos, saa partlcularmente lIustratlvas da Imputa~ao,
dentre os apreendidos, os documentos em branco pertlnentes a abertura de contas,
7-4
cadastro bancario e solicita~o de servl~os de cartao de credita, bem coma
publlca~oes e impressos contendo Informa~Oes sobre o LGT BANK (fis. 10/11 do
01 .90

Processo n° 200751018046543)'. Destacam-se alnda, no mesmo contexto, duas


12
planllhas cam nomes de pessoas fisicas e off shores assoclados a contas mantldas
no LGT BANK e UBS BANK, gerldas pela casal (115. 416/419 e 433), e du as agendas
5/2 735
6-

dos anos de 2003 e 2006, onde constam dlversas anota~oes relatlvas a opera~oes
de câmblo correspondentes a dlversos c/ientes, IIstados nas planllhas e referidos
3/0 0.

em dlalogos Interceptadas (fis. 17 e 25 do Processa n° 200751018046543), ah~m


de Inumeros extratos bancarlos pertlnentes as contas cltadas no material coligldo
: 1 r: 11

(fis. 25/38 do Processo n° 200751018046543 e Apenso XVIII).


Em po

Finalmente, cumpre remeter ao arqulvo encontrado em dlsquete


apreendldo por ocaslao da busca e apreensao (intltulado 44.doc e tratado no Laudo


n° 2054/2008-INC/DITEC/DPF, lauda de exame de dlspositlvo de armazenamento
sso

computaclonal), constltufdo de uma correspondencia dirlglda por Norbert Muller ao


LGT BANK, onde, fezendo referencîa a conversa anterior, sollcltlS, em prepara~o a
pre

uma visita que realizaria, o demonstrativa de ativos das contas que relaclona:
Im

Ueber Herr BOhler,

Wle besprochen bltte /ch Sle bls zu melnem Besuch um Vorbereltung der
Vermoegensauszuege fuer folgende Konten:

"Vide fis. 38/39 e 50/53 do Processo n° 200651015383143/ bem como a mlnuciosa descricao reallzada
pela autoridade pollclal nas fis. 442/505.
50S decumentos em branco guardam Identldade cam outros tam~ apreendldos Que foram usados
efetlvamente para aberturas de contas de clientes do casal, come Ruy Solber (conta aberta em 2004) e
Marlen Appel (conta aberta em 2005) (vide Apenso XVIII).
. ,"
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
Fis ~

4 4
:13 42
:34 7 Inq
• 7-4
Dessarte, tem-se que a Identlflca~o das contas e de seus tltulares
a partlr dos elementos carreados aos autos, todos harm8nlcos e complementares
01 .90

entre si, evidencla a dimensao do esquema iliclto posta em pratlca por Norbert
12
Muller e CHRISTINE PUSCHMANN, revelando a perenldade da sistematica, o longo
lapso temporal em que executada, a expressivldade dos valores envolvldos e a
5/2 735
6-

organiza,ao do casal no controle de todos os aspectos financelro-bancarlos relatlvos


a recursos dos c/ientes de sua money transm/ttfng bus/ness, mantldos no exterior
3/0 0.

(mas gerldos do Brasil e multas vezes aqul entregues aos tltulares), tudo reallzado
a margem da fiscaliza,ao das autorldades brasilelras, sempre com o culdado de se
: 1 r: 11

manter a clandestlnldade dos neg6clos.


Em po

b) manuten,io de dep6sltos no exterior nio declarados


sso

Guardando [ntima vincula,ao com a Instltul,ao financelra operada


lIegalmente por Norbert Muller e CHRISTINE PUSCHMANN, tem-se que esta ultima
manteve, ademals, vultosos dep6sltos no exterior, sem declara~o a
repartl,ao
pre

federal competente, pela menos em rela~o aos anos-base de 2001 a 2006.


Im

Com efelto, os extratos bancarlos apreendldos Identificam duas


contas tltularizadas por CHRISTINE PUSCHMANN no LGT BANK (conta n° 0027337,
Apenso VIII, e conta n° 0153954, Apenso XV), dlscrlmlnando os valores neras
depositados ao longo dos urtlmos anos. Asslm, tem-se que na conta n° 0027337 a
denunciada manteve os segulntes dep6sltos: USD 1.248.897,20 em 2003 (fi. 32 do
Apenso VIII); USD 1.363.166,15 em 2004 (fi. 24 do Apenso VIII); USD
1.367.568,73 em 2005 (fi. 20 do Apenso VIII); e USD 1.607.178,83 em 2006 (fi.
MINISTERIO POSLICO FEDERAL
Procuradoria da RepiJbllca no Estado do Rio de Janeiro
JFR
35 do Apenso VIII). la na conta n° 0153954 a denunclada manteve deposltados Fis!
USD 1.006.106,36 em 2001 (fi. 16 do Apenso XV).

Por esse ân9ulo, descobriu-se alnda que CHRISTINE MULLER, f1lha


de Norbert Multer e corn atuac§o nas neg6cios deste (vide fis. 384/391 e 422/432),
igualmente manteve vultosos dep6sltos no exterior, sem declarac§o II repartlc§o

4
federal competente, pelo menos em rela9!o aos anos-base de 2005 " 2006.

4
:13 42
Com efelto, os extratos bancarlos apreendldos Identificam duas

:34 Inq
contas tltularizadas por CHRISTlNE MULLER no UBS BANK (conta n° 0230500675,

• Apenso IV) e no LGT BANK (conta n° 0027891, Apenso XVI), dlscrlmlnando os


valores nelas exlstentes ao longo dos ultlmos anos. Asslm, tem-se que na conta n°

12 -47
0027891 a denunclada manteve depesllades CHF 955.087,67 em 2005 (fi. 10 de
Apenso XVI), enquanto que na conta n° 0230500675 a denunclada manteve
7
deposltados CHF 2.714.302,16 em 2006 (fi. 25 do Apenso IV).
01 .90

Descobriu-se, por fim, que INGRID MARIA MULLER LUSQUINOS,


5/2 735

filha de Norbert Multer, Igualmente manteve vultosos dep6sltes no exterior, sem


6-

declarac;6.o fi repartic;ao federal competente, pela men05 em rela<;So 60 ano-base de


2006. Cam efelto, os extratos bancarios apreendldos Identificam conta tltularlzada
3/0 0.

por INGRID MARIA MULLER LUSQUINOS no UBS BANK (conta n° 0230501776,


: 1 r: 11

Apense II), dlscrlmlnando os valores nela exlstentes em 2006, sendo certa, pols,
que a denunciada manteve deposltados CHF 2.094.444,55 em tai conta corrente no
ano de 2006 (fi. 06 do Apenso II).
Em po

De se notar que, embora tenham mantldo essas vultosas quantlas


sso

depositadas no exterior, CHRISTlNE PUSCHMANN, CHRISTlNE MULLER e INGRID


MARIA MULLER LUSQUINOS, braslteiras com domlcilio e resldencla no Brasll, nunca
as declararam It Recelta Federal, nem tampouco ao Banca Centrala.
pre
Im

Em sede pollelal, CHRISTINE PUSCHMANN permaneeeu sllente (fis.


155/157), enquanto CHRISTlNE MULLER (fis. 175/178) e INGRID MARIA MULLER
LUSQUINOS (fis. 167/169) negaram conheclmento das contas por elas titularizadas

6A manutencao de dlvlsas no estrangelro deve ser Infonnacla ~ Recefta Federal, na declaraCao anual de
Impaste de renda (art. 25 da Lei 9.250/95 e art. 804 do Decreta 3.000/99), e ao Banca Central, .trav~s
da declara<jao de capitals brasllelros no exterior (art. 10 do DL. 1.060/69 e alt. 10 da Circular Bacen

- .. . . . D ./
3.071/01). Em ambos os casas, a declarac;âa deve ser apresentada no ano segulnte ao da manuten~ao,
lIte o ultimo dia, respectlvamente, dos meses de ebnl e mlllo. As denuncledes, contudo, n80 declorerem
as quantlas Que mantlveram no exterior 80 longo dos anos dlscrlmlnados, coma obrlgadas legalmente, ă
Recelta Federal e ao Banca Central (Apenso XVII), sendo certo, pols, que o del1to previsto no art. 22 da
~ '''''"'~.'- _._~. .~'" ~ ~.'"~.
MINISTI::RIO PUBLICO FEDERAL
Procuradoria da Repllblica no Estado do Rio de Janeiro
JFR
no exterior, o que, por 6bvlo, neo se IIflgura mlnlmllmente plauslvel, notadamente Fis ~

dlante dos elementos presentes nos autos, bem asslm conslderando as vultosas
quantlas envolvldas e a necessldade de apresentac;âo de documentos pessoals e
suhscrh;ao de flchM p~ra ~bertura de conta~.

Quadra sallentar, por derradeiro, que a dimensao do esquema

4
crlmlnoso aqul versado perpassa, ao que tudo Indica, as condut.. s Irnputadas na

4
presente pe~a acusat6ria, fulcrada apenas nos fatos perfeltamente Identlflcados e

:13 42
devidamente comprovados, frente il Imposslbilldade de contlnuldade da persecuc;âo
penal direcionada il apura~ao de outros ilicltos financeiros (tais coma evasllo de

:34 Inq

divisas e manuten~ăo de dep6sitos dlversos no estrangeiro), pols inviavel o manejo
de cooperac;âo juridica internaclonal com Sul~a e Llechtenstein para a hlp6tese sub
examine.
12 -47
7
II - DO ENQUADRAMENTO LEGAL
01 .90
5/2 735

Asslm aglndo, CHRISTINE PUSCHMANN: (1) fez operar, sem a


6-

devida autorlza~ao, Instltul~ao financelra, pratlcando a conduta tipica descrlta no


art. 16 (c/c art. 10, paragrafo unlco, 11) da Lei 7.492/86; e (II) manteve no exterior
3/0 0.

dep6sltos nao declarados il repartl~ao federal competente, pratlcando a conduta


tipica descrlta no art. 22, paragrafe unlco, da lei 7.492/86; deve, portanto, ser
: 1 r: 11

sanClonada de acordo com as penas previstas em tais dlsposltlvoS legals, na forma


do art. 69 do CP.
Em po

Ja CHRISTINE MULLER e ING RID MARIA MULLER LUSQUINOS,


asslm agindo, mantlveram no exterior dep6sltos n!lo declarados il repartlc;âo federal
sso

competente, pratlcando a conduta tipica descrita no art. 22, paragrafo unlco, da Lei
7.492/85; devem, portanto, ser sanclonadas de acorda com as penas prevlstas em
pre

tai disposltivo legal.


Im

III - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, presentes elementos de autorla e materlalldade


das condutas delltuosas, e nao havendo que se falar, por ora, em causas extlntivas
de punibilidade ou excludentes de illcitude ou culpabiildade, o MINISTERIO
PUBUCO FEDERAL rcquer a instaura~ao de a~ao penal em face das denuncladas,
com o recebimento da presente denunei a e prosseguimento do trâmlte processual
..
/.

MINIST~RIO POBLICO FEDERAL


Procuradoria da Republica no Estado do Rlo de Janelro
JFR
legal, ate final decrete d~ procedencla d~ prt!lt!llSao punlllva eslalal, uesde que Fis!

canflrmada pela Instru~aa criminal.

Pugna a Parquet: (1) pela juntada das folhas de antecedentes e


certidoes criminais das denunciadas; (Ii) pela oitlva em JurzO, como testemunha, de
Marcla Adriana Ancelmo (fis. 442/505); (iIi) pela expedl~ao de oficlo ao Banco

4 4
Central, para que informe oficialmente se Norbert Muller e Chrlstine Puschmann

:13 42
possufam, nos anos de 2001 a 2007, autorlza~o para reallzar opera~6es relatlvas il
capta~ao, intermedla~ao ou apllca~o de recursos financelros de tercelros, ou seJa,

:34 7 Inq
para fazer operar uma Instltui~o financelra, nos termos da Lei 4.595/64; (Iv) pela

• tradu!;ăo dos documentos em Ifngua estrangelra, que acompanham a presente pe~


e se aflguram mals relevantes para o Julgamento da causa 7 ; e (v) pela clta~ao das
denunciadas, prossegulndo-se nos demalS atos processuals, com a produc;ao de
provas por todas as formas admltldas.
01 .90
12
7-4

"
Rlo de Janelro, 20 de abrll de 2009.
5/2 735
6-

E ..7 ...,.u ..-c:.. 'c,.,..-


3/0 0.

ablo Magrlnelll COI~bra Marcello paranho


: 1 r: 11

ROCURADOR DA REPUBLICA PROCURADOR


Em po


sso
pre
Im

7Ressalvada a passlbllidade das denunciadas Indlcarem outros documentas que, casa nlio traduzldas,
possam prejudlcar o exercldo de suas defesas, o Parquet Indica os seguJntes, preflgurados coma mals
impartantes para demonstracEio das condutas imputadas: fis. 422/432; fls. 02/17 do Apenso II; fis.
03/38 do Apenso IV; fis. 61/64 do Apenso VII; fis. 03/41 do Apenso VIII; fis. 02/26 do Apenso XV; fis.
07/12 e 16/18 do Apenso XVIi documentos dlscrlmlnados nos Itens 4, 7 e 8 de fis. 10/11 do Processo n°
200751018046543; e documento Intltulado 44.doc, presente na mrdla digital que acompanha a Lauda n°
2054/200B-INC/DITEC/DPF.
11

. , iZI",

MINIST~RIO POBLICO FEDERAL


Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro

EXMO{A), lUIZ{A) DA sa VARA FEDERAL CRIMINAL DO RIO DE lANEIRO

IPL 008/2007 - DELEFIN (2007.S1.01.809024-6)


COPIA

4 4
o presente Inquerito Policial foi instaurado para apurar a pratica do

:13 42
L
delito tipificado no art. 22, paragrafo unico, da Lei 7.492/86, por parte dos titulares

:34 Inq
de contas mantidas no exterior, as quais eram administradas pela casal Norbert

• Muller e Christine Puschmann, em razao do que desvendado no IPL n° 001/2005-


DELEFIN (2005.51.01.503145-3) (fI. 02).

2.
12 -47
Conforme delineado pela autoridade policial no relatario conclusivo
01 .90
7
de fis. 124/134, o objetivo fulcral deste apuratario era o de entabular os dados
pertinentes as contas de terceiros geridas por Norbert Muller e Christine Puschmann
5/2 735

e, assim, formar dossies com a identificac;ăo dos respectivos titulares, a fim de que
6-

pudesse ser deflagrada, em cada caso concreto, a respectiva persecuc;ăo penal.


3/0 0.
: 1 r: 11

3. Nesses temos, restaram formados inumeros dossies contendo os


elementos obtidos a partir das diligencias desenvolvidas na investigac;ăo citada (IPL
n° 001/2005-DELEFIN), sobretudo a partir de medidas cautelares decretadas por
Em po

esse Juizo, consubstanciadas em monitoramento telefonico e telematico (Processo


n° 200551015031751), em busca e apreensăo (Processo n° 200651015383143) e


sso

em afastamento de Sigilos (Processo n° 200751018073935) .


pre

4. Atingida, portanto, a finalidade que deu ensejo a instaurac;ao do


presente Inquerito Policial, cumpre adotar a providencia invocada pela autoridade
Im

policial no relatario conclusivo de fis. 124/134, mais precisamente no sentido de se


determinar o desmembramento deste apuratario, com vista a otimizar a eventual
investigac;ao de cada um dos multiplos fatos autonomos versados, de moda que os
dossies sejam agrupados por relac;ăo e remetidos as unidades policiais de domidlio
dos envolvidos, para analise espedfica das situac;oes concretas correspondentes.

5. Quadra sublinhar, nesse sentido, que a soluc;ao aqui postulada vem


sendo adotada em hipateses analogas ' , ate porque "o fato de uma investiga,ăo
desdobrar-se em varias a,oes penais ou outros inqueritos policiais năo significa, de
antemăo, a existencia de conexăo probataria, nem que todos os feitos devam ser

1Vide o quanto ocorrido corn a Operaţâo Farol da Colina, onde tai inclusive restou chancelado pela E. STJ
(ee 46960, DJ 05.02.2007; ee 74329, DJ 04.10.2007; ee 87775, DJ 01.02.2008).
.. 1221-

MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro

julgados conjuntamente" (TRF/4, CC 200604000344281, DJ 28.02.2007), sendo


certo que no caso em tela năo ha de se falar em eventual conexăo, a justificar a
competencia desse Juizo para o conhecimento de todos os feitos desmembrados.

6. Por esse ângulo, reclamam destaque dois aspectos: (i) as condutas


illcitas atribuidas a Norbert Muller Ua falecido) e Christine Puschmann, investigadas

4
perante esse Juizo (e que deram ensejo a a~ăo penal promovida pela Parquet), năo

4
:13 42
guardam vinculo objetivo com as eventuais infra~oes cometidas peles clientes do
casal, consubstanciadas na manuten~ao de depositos no exterior sem declara~ăo a

:34 7 Inq
autoridade competente'; e (ii) eventuais infrac;oes cometidas por citados clientes

• consumaram-se no local de sua residencia, ao deixar-se de declarar a autoridade


competente a manuten~ăo de depositos no exterior (art. 22, paragrafe unico, parte
final, da Lei 7.492/86).
01 .90
7-4
7. Dessarte, os dossies devem ser remetidos as unidades policiais de
12
domidlio dos envolvidos, a teor do art. 70 do CPP, ficando a autoridade policial
5/2 735

responsavel por analisar a situa~ao espedfica versada em cada um deles e deliberar


6-

ace rea da pertinencia da instaura~ăo de Inquerito Policial (sopesando a viabilidade


persecutoria), em todo caso com o pronunciamento final reservado ao Parquet.
3/0 0.
: 1 r: 11

8. A remessa postulada ha de observar a reuniăo abaixo delineada,


demandando a instru~ăo de cada um dos conjuntos com copia da denuncia relativa
Em po

ao IPL n° 001/2005-DELEFIN (2005.51.01.503145-3), da presente promo~ăo, da


decisăo desse Juizo que determinar o desmembramento e de certidăo na qual reste


sso

atestada a legalidade do material coligido - aqui sugerindo-se a seguinte reda~ăo:


"Certifico que os elementos constantes nos presentes dossies foram colhidos pelil
Polfcia Federal no curso dil regulilr investiga<;ao desenvolvida no IPL n° 001/2005-
pre

DELEFIN (Processo n° 2005.51.01.503145-3), decorrendo de medidas cautelares


decretildas pela Jufzo da 5 a Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro nos Processos
Im

n° 200551015031751 (monitoramento telefânico e telemiJtiCo), 200651015383143


(busca e apreensao) e 200751018073935 (afastamento de sigilos)". Ă evidencia,
eventuais questionamentos acerca da validade da prova poderăo ser solucionados
com o acesso, peles interessados, aos autos mencionados.

9. o quadro infra entabula o relacionamento entre os dossies, de

'- -=
moda a balizar o invocado agrupamento por relac;ao:
~~~SI~ T_~OHTA I~ _-''----''-T-rr-U-LA-R---,-_-_-_-==-ji,--DO-,_M-_'-C_I:-U-O'>j

2Embora Norbert Muller e Christine Puschmann administrassem 05 valores mantidos por citados clientes
no exterlor, tem-se que eventual conduta ilkita praticada por estes ultimos decorrerla da aus~ncia de
declarac;ao de tais valores a autoridade competente, sltuac;ao que n~o ostenta relac;âo corn o contexto
criminoso original. Assim, na esteira da jurisprud~ncia consolidada (STF, HC 81042, Ol 19.10.2001), nao
hâ de se falar em conexâo.

2
MINISTIt':RIO POBLICO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro
i"8Je-84---'--- 21689 -~------G-"'-VO-h-"-SedCFreltasAmar-,-n'-e- -- -- Jolnvllle I
---='-=- --t - - ..- _.- ----'--"---- - - ,
41 e 42 HOS8.738 Haml1ton Bonoza de Castra Nlter6f~
(-14-:-16. 17:~·, 19 e 20 ---··172619 Maravllha Founda-tio-n-,Man-'-'-'-IIng-,-M-,,,,,"-"-,-,-"-n-g-,5-'-"-'·'--'-'-""-9, Porto Aleqre I
Simone Carfeia Brazii e Newton Noquelra Fernandes Neta

1,2 e 3 25719 Andre Dantas Sflva e Lella Perelra do Amaral Rlo de Janej~

20104 Antonlo Augusto Mendes Torres Rlo de Janelro "


-- ~--- ---
25123 Serglo Roberto Apelian Bahruth Rlo de Janelro I
25122---I------~-'..
-"-ethe WllhermÎne EUsabeth S-'ec-k--· --- Rlo de Janelro
__ ._- -- --'------_ _-

4
. ..

87e66 20835 -Ed_~y~'~"~p_.~'~e'~"'___v~":.::"'~'"g~'''_'_ ___c----j--'R~IO de Janelro ~

4
65 e 86 - - - 147606--- --t- ----sta;;; Fou~datiOn (Alesandro Sacha Wasslllefl) Rlo de Janelro '

:13 42
! -- ---

78 e 79 __ ~6758_'___ - 1 - _ _ Arlehi Foundatlon (Manoel carpe~ Am~,_nm--,)_ . _ _ _-1-_R_"_'_e_'_'."._e_"-10


65 e 66 0230-701.827

+__ Mabur (Martin Theodar Relchlln)


---"-'---'-----
Rlo de Janelro

:34 Inq

43 e 44 ._ _ _'_0_'_0' _ _ =-arai"'_'_(_He~nr1Que da SII'Ia Saralva) ___ ._+_R_Io_'_,_'_,_ne~
r 45,46e47 25113 e 0206-N416.2121 arlos Eduardo CAmara Rebordlio Rlo de )an~

_4s_e 4_9___ -1-___


- _-__ -_-_-L--
-'-5~O'~9-. . __R_'_'h_,_e_'_L_",_,_,_.,_,_,_,_;'~,~",~e~'_',_, _ _ _ _ _ _ _ . _RIO de Jan~.j
12 -47 I
f---
24,25e26 20841 e 193.231 Marcos Hoette e Klsu Foundatlon . _ ~o de J~nelro

27,28,29 _ '-'-74-6 e 2-,-,-oi9-_~~_I_-~~_-_C_ust6dIO da Rocha Maia f_"_h,_e Beautiful Flowers Rlo de Jane_',,_
7
15,30,31 e 32 22924 e 25017 I Paulo Altlvo Arbo Prates e Circe Gomes Amado RIO de Janeiro
01 .90

33, 34, 35. 36, 37 e 38 -'-5-10-3, -'5-'-'-4 -e-'-'-S-5-5-t-j-A'-,-y'-e-Barcelos Mutzenbe;-Ier, Clâudla Carollne Zlchy Thyssen e Rlo de Janeiro

f-:-:--.-
, 50, 51, 52, 53, 54, 55,
Alejandro Augusto Zlchy
25109, 203994 e -182586 ~lIe~ Appel, "M-,n-O-"-A-~,,~,,~,~ca'---,~,~me:::':Ili~"-'=FO~"~"~'-,-"-,n-,-'-'-'e-"-v-,,,,-:-;"-,-,-- -R-iO d-e-'-,-n~ro
I
5/2 735

1 56,57,58e59 Appel Cheulche, Marelo Appel Cheuid'le, Marcus JunQuelra de


6-

Olivelra, Marlo Leopold Cheulehe Appet e Inez Margerlta Appel


L- -. -! -- -------1
60 e 61 25104 Mârdo Torres Rezende Rlo de Janelro
r·-- ._-- -- --- -_._+---~
I

I 63e64
62,_ 21830 Alfredo Guedes Martins Junior e Alfredo Guedes Marttns Rlo de JaneÎr~
3/0 0.

1- .. _. _ __ _
-- -- -- --Ţ--

~" 3ge~_0_ 25023 Ruy Collett 50lberg Rlo de Janelro


--~----~------1-----1
: 1 r: 11

21,22e23 25056 Carlos Rodriguez, Anuzla Castelo Branco Rodrlguez e Olenka Rio de janelro I
l-- Andrade Castelo Branco
I 67,68, 69, 70, 7"-;:;2, 25715:-;5i14:-2"5;01,
Alberto Daudt de OUvelra, fellpe Daudt de OJivelra, Leonardo - -~I~dej~
73,74,75,76 e 77 619732,182714,199247 I
Galtottl Olinto, Poiogi Foundatlon (Artur Bernardes Alves de Souza), I
~ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ~OY Foundatlon (Oscat S~ntan~de Freltlls e Castro), Tabary Anstalt
Em po

4,5 e6 25016 e 299281 Eugenlo Paeelll de Ollveira__


Pl_,es_dos Santos e Flater F oundation Rlo de Jane4
r--._-


536552'" (Apenso 1) Wanda da SlIva Catdas Morelra Rlo de Janefro I
1
sso

569441'" (Apenso IV) i Raul de Ollvelra Perelra RJo de Janelro


6~6556:- (A;~ III)-j- Noemy Wlttlne Schtoemann e Gerd Heinrlch Erwlm Schloem~ -'-'o-'-e j~-"-"-,,
750814'" (Apenso II) Maria Izabel da Silva Rodrigues Vivante Rl0 de Janelro
pre

~----------~-----
206361661* (Apenso V),_/--_ _ _~5m=e~tana Stlftung (Francl_S_"_X_,_v~'e~'~Es~,~e~,,~n~'~'~)_-,--_ _f--'R~,o_'~e~'~,~"~e_',~o1
99 200783'" (Apenso VI) Bogart and Taylor Foundatlon (Ines Maria Neves Farla) Rlo de Janelro
1--- - - - - - - - - - - -- - - ---
Im

7eS _ _ 22946 _ _ . _,_ _ _ _ _ _ _ _ sand~~dldeToled_'_ _ _ _ _ _ _ _ _Santos __

__91 __ _ ___156376 ___ L __Spirit of Ufe Foundatlon SAo L~ren~o_~

9 e 92 _ _5_384_9_6_ _ ----'--. _ _ _M_e_"_'IE_"_'_'_'''_hm_e_"_' (_"_'_'_A~ara_"_d_" _",_ta_') ___ -/_5='~''---''~"~'~'--li


10,11,12 e 13 25651,210659 e 204381 ! Mâno Manela, Salek Foundation e Blaudt Foundation Săo Paulo
'*'"Refe~nclas aos Apensos do Processo nE> 2007.51.01.607393-5, o-ndepostulado o desapensamento para lnstru~o dos dossles.
'" .. Hâ dols dossles corn a numerac;Ao 81.

10, Por fim, no que toca as demais contas de algum moda citadas nos
autos, tem-se que nao foram encontrados elementos suficientes que justificassem a
deflagrac;ao de investigac;ao autonoma, na esteira da especifica analise promovida
pela autoridade policial (fis, 132/134)3, ora adotada em seus termos,

3Va1e retificar a numerac;ao de algumas das contas esposadas na tabela ditada pela autoridade policial:
0188.052 por 0188.512; 0185.481 por 0185,814; 0180,229 por 0150.229; e 0025.051 por 0025,078,

3
..

MINISTERIO POBLICO FEDERAL


Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janeiro

11. EM FACE DO EXPOSTO, apes realizadas as providencias aqui


postuladas, e tendo em vista o encerramento da finalidade do presente Inquerito
Policial, nao remanescendo eventuais questoes a serem enfrentadas, o MINISTERIO
PUBLICO FEDERAL requer o arquivamento do apuraterio, ressalvada a hipetese do
art. 18 do CPP, eseu apensamento ao Processo n° 2005.51.01.503145-3.

4
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2009.

4
:13 42
ORIGINAL ASSINADO

:34 7 Inq
• Fabio Magrinelli Coimbra

PROCURADOR DA REPUBLICA
01 .90
12
Marcello Paranhos de Oliveira Miller

7-4PROCURADOR DA REPUBLICA
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po


sso
pre
Im

4
<.uJ
~ Q,:
:" :!! MlN1STERIO PUBLICO FEDERAL
Procuradoria ,d! Republic~ n~Esla_do do Rio de Jancir?
o
« <
EXCELENTÎSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(IZA)
FEDERAL DA 2~ VARA CRIMINAL DA SE~ĂO JUOlClARIA DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO

4 4
, .....
:c=. .

:13 42
tJl
1 •


:34 Inq
IPL n Q 0085/2009-11 - DELEFlN
w'
Processo n Q 2009.51,01.812685-7

12 -47
7
.r-
.•
01 .90

(.....l
c-,
5/2 735

. ro
6-

O MINISTERlO PlJBUCO FEDERAL, por mtemie'llio do


3/0 0.

Procurador da Repllblica que subscreve o presente, vem, pe:rante V. Exa.,


: 1 r: 11

requerer o ARQUlVAMENTO destes autos, pelas razoes a seguir expostas.


Em po

• O presente inquerito polidal foi instaurado corn o escopo de


sso

apuraT eventual pratica do delito previsto no art. 22, parâgrafo unico, Lei
pre

i.492/86; tendo coma suposta autora a Senhora lNEs MARIA NEVES PARIA.
Im

Em decorrenda dos elementos colhidos no curso da Opera~ăo

"NORBERT' (Processo n° 2005.51.01..503145-3)', vislumbrou-se que a


investigada, possivelmente, seria a responsavellegal da conta 200783, mantida

1 NeSlC ca.'>O. o apurat6rio tcve a finllltdade de: investigaT as conduUlS prnticndas pelo casal Norbert
Muller e Christine Puschmann os quais a1uavam como instituh;âo financeira nilo autOr.Î71lda.
1

administrando cont"s de "cliemes". mant/das no exterior.


•.
,
la - ,,':.\! .;.
'.

MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


Procur~doria da Republica no 5stado do Ri~ d~ ~~eir~ __ .

no LGT BANK, situado em Vaduz, Principado de Liechtenstein, de titularidade


da funda(ăo BOGART ANO TAYLOR FOUNDATION.

Em breve st.ntese, a investigada, em manifesta~âo por escrito il

4
Autoridade Policial, confirmou a constitui~ăo da referida funda<;ao, contudo

4
:13 42
nâo autorizou abertura de conta bancaria em seu nome .


:34 Inq
Ademais, confonne a acervo reunido nas autos (fI. 51 - Dutos
12 -47
principais), os valores mantidos nessa conta nao exigiam a prestac;iio de
7
dec1arar;ăo ao Banco Central. Primeiramente, a conta foi aberta corn um saldo
01 .90

inicial de USS 17.316,12 (dezessete miI, trezentos e dezess~js d61ares ameticanos


5/2 735
6-

e doze centavos de dolar americano), em 02/01/2002. Postetiormente, em


3/0 0.

04/04/2005, foi realiza do um depasita no valor de US$ 15.000,00 (quinze mii


: 1 r: 11

dolares americanos). Por fim, a conta foi encerrada em 23/04/2007, tendo corn
saldo final o valor de US$ 32.316,12 (trinta de dois mii, trezentos e dezesseis
Em po


d6lares americanos e doze centavos de dolar americanul .
sso

Desta forma nâo ha que se falar em incidencia do Brt. 22, p.


pre

unico da Lei 7492/86, !la modalidade manter "c1ep6sitos năo declaTado~ il


Im

reparti~ăo federal competente" ja gue o Banco Central" estabeleceu gue somente


os depositos no exterior superiores a US$ 100.000,00 (cem mi] d61ares
americanos) devem ser declara dos.

:: Circulares BACEN n" 3.22S'2004. 3.27R!201J5 e 3.313/2006

2
~.'
~
MINISTERIO PlJBLlCO FEDERAL
Procuradoria da Republica no Estado do Rio de Janciro

Por fim. restaram esgotadas todas as diligencias possiveis.


cumprindo esdarecer que, em razâo do Prindpado de Liechtenstein constituir-
se em "paraiso fiscal", inexoravel se faz o arquivamento deste inquerito. tendo
em vista a inviabilidade de colabora~o internacional corn o fim de dar

4
p.rosseguimento as iJlvestigac;6es .

4
:13 42

:34 Inq
15to posto. diante da inexisb~nda de fato tipico. pugna o
M1NISTERIO PlJBLlCO FEDERAL pelo arquivamento do presente apurat6rilJ.
12 -47
ressalvada a hip6tese do art. 18 do CPP.
7
01 .90

Rio de Janeiro, 23 de fevere.iro de 2010.


5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11

Rodrigo Ramos Poerson


Procurador da Republica
Em po
sso
pre
Im

3
2OI03Il!o16 Esquema am Furnas pagou propina a Aecio Neves. afirma Delcidio - Correio Braziliense - Politica e Brasil

Q. ~
(httpJjWIVW2.mrreio....eb.com.Dr/assinantecbl1alecom!.Co_ne>.ll.php?
servk:o-9)
(htto:lIVMIW.correiobraz il iense.com.brl)

Esquema em Furnas pagou propina a Aecio Neves, afirma Oelddio


De acorde corn o delator, o csquema era operado pela ex-dirctor Dimas Toledo: presidente nacional do PSDB diz Que todas as acusa<;6es sâo falsas

oostado em tSt03f20161 S 401 atUOl~ladocm 151031:2016 17:07


Ap,e",., ~ilOO lma,lo-I

Em dela.yăo premiada. O senador Delcîdio Amaral (PT-MS) afirmau que o senador Aecio Neves (PSDB-MG) recebia
vantagcJ1s ilicitas desviadas da diretoria de engcnharia de Fumas. De acorda corn o petista. o esquema Cret operado
pela ex-diretor Dimas Toledo. que teria "vfnculo muito forte" corn o tucaDO.

Dclcîdio afirma que os desvios eram repartidos eotre Alkio e o ex-deputado Jose Janene, do PP. O senador petisla

44
cita uma conversa que teve corn o Luiz Inâcio Lula da Silva, em 2005, no qual o entao presidente afinnou ter sido
procurado por Janene e por Atkio para que Dimas continuasse a frente da diretoria de engenharia de Fumas,

:13 42
Leia mais Dolicias em Politica (http://www.correiobraziliense.com.brJpolitica-brasil-economial)

:34 7 Inq
"gara o PT, que era contra, esta a favor. Pela jeito ele esta mubando muita!", teria dita o ex-presidente. Delcfdio
afirma que seria nccessârio muito dinheiro para manter tres grandes frentes de pagamentos a tres parridos
importantes (o PP, o PSDB e o PTl. 7-4
Aos investigadores. Delcfdio afirma nao conhecer como funcionava o esquema em Fumas, mas garante que a
01 .90

empresa foi usada sistematicamente "em vârios govemos~ para repassar valores aos partidos, da mesma maneira
12
como ocorreu corn a Petrobras, conforme revelou a Operac;.âo Lava Jato,
5/2 735

Dimas e apontada por Delcidio coma um "super diretar", corn grande capilaridade politica dentro de Furnas, e que
6-

os demais diretores eram "meros coadjuvantes" na empresa. De acorda corn o senador. Dimas ainda tem grande
3/0 0.

influencia politica. tenda conseguido elegcr deputado federal o filho Dimas Fabiano (PSDB-MG).
: 1 r: 11

O esquema em Furnas jă havia sida citado na delac;.âo premiada do doleiro AJberto Youssef. As infonnac;:oes do
delator sobre Aecia, no entanto, nau furam suficientes para que a Procuradoria-Gera! da Republica requisitasse
inquerito para investigar o rocano na Lava Jato.
Em po

Em resposta ă referencia de Aecia Neves na delac;ăo de Delcidio do Amara!. a assessoria do senador diz que todas as
sso

.cusal;oes saa falsas.

Lela a nota Da Integra:


pre

SiIo citar6es mentirosss que niIo se sustentam ns realidade e se re[ercm apenss a "ourir djzer" de tercciros.
Im

J - Delcidio do Amaral se refere a uma Fundsf80 que II miie do senador plalJejou cn'ar lJO exterior. Trata-se de assunto
requentado ja smpJamente divulgado nas redes petistas na intemet e, inclusive, ja investigado e arquivado pela }ustira e pela
Ministerio PUblico Federal ha l'Arios anos.

o .1ssunto em questiio foi devidamente analisado e arquivado, ha mais de dnco anos, em 2010, ap6s a lustipl Federal e o MPF
do RiD de lanefro constararem a inexistlmda de quaJquer irreguJaridade. Niio houve sequer abenura de arao penal.

Ano pass.1do, membros do PT reuniram material divuJgado ns internet e voltaram a apresentar a mesma falsa dem1ncia It
Procuradoria Cerai da Republica. Ap6s o fomecimento das in[ormap5es, o Bssunto fui novamente arquivado. Desta vez pela
PGR, mais uma vez constada a inexistenda de quaJquer irreguJaridade.

fin 2001, a mâe do senador Aedo Neves cogitou vender alguns im6veis e aplicar os recursos no exterior. No enranto, o projeto
foi suspenso em lunfăo da doenf8 do msrido dela ea tundafiio niio chcgou a .~er implemenrada de fato.

http://www.correiobraziliense.com.br/applnoticialpolitica/2016103J15/internasJXllbraeco.5222501esquema-em-furnas-pagou-propina-a-aecio-neves-afirma-delci...1/3
2010:l!2016 Esquema am Furnas pagou propina aAâcio Neves, afirma Delcidio - Correio Braziliense - polrtica e Brasil
rara o pro}ero, Cla DUSCOII a assessona ac um pronsSlOnaJ que naVl8 SIOn oumnre anos reprcsenranre onCUJl ae msnrUIfilo
financeira mtemsdOllal, lega/menle constitufda no BmsiJ. fir. Norbert MulJer. A epoca do coatata, năo cxistia quaJqucr razâo
para se duvidar da idoneidade profissional do representame.

Duraute os seis anos em quc o projeto Reau em sllspcnso (perfodo cntre Bssinatura dO$ primeims doel/mentos e o
cancelRtnento definitivD do projeto, cm 2007, em fun{:ăo do agravamento do cstado de saudc de seu man"do), 8 responsaveJ fez
dois p<1gamentos. em Inoecis nacionaJ, eno Btasil, aa sr. MuJlcr, referealas a despesas cobradas por ele. Esses vaJorcs
corresponderam .1 uma media .mual de cerca de 5 mii d6/ares.

Esse... valnres foram transferidos pelo represelllante para uma conta e corresponderam oi lotalidade dos depositos realizsdos
que Ioram inregraJmemc consumidos em pagamemos de raxas e honorărios. A coma nunea loi movimenrada.

A criafâo da fundafâo foi devidamente decJamda no Jmposro de Renda da tim/c1r.

2 - Sobre a mcnr;ao ao nome do senador AecÎo com reJaţâo a Fumas, De/cidia repete o quc vem senda amp/amemc
disseminado hA anos pelo PT que renta criar fulsas acusap5es envolvendo nomes da oposiţllo.

Ecun'oso observar a contradi{:âo na fala do delator ja que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Fumas e falsa, ele

4
aBrma que huuve recursos destinados a polfticos.

4
:13 42
3 - O de/stor reladana o nome do senador Aecio ao Banco Rural no contexto da CPMI dos Correios. O senador}amais tmrou
com o delator DcJefdio de nenhum assunro referenw aCPM/ dos Correios. 1iunbem jamais pediu a ningucm que o [lZesse.

:34 Inq
• vunea manteve qualquer re/afao com o Banca Rural, teve conta eorreme na institui~o ou solicitau emprestimos.

12 -47
Efăcii demonstrar que o PSDB nâo stuou na CPMI dos Correios corn o objetivo de pmteger ninguem. Pelo contrario, pode ser
compmvado o posicionamenro do PSDB ns CPM/ em favordo apmfundamento das investigsr;Oes de codas asdemincias feitas
durante os rraba/hos da Comisslio, induindo aque/as relacionadas a nomes de integranres do partida.
7
01 .90

Seguc anexa copia da nota divulgada A t§poca sobre o relat6rio final dos tmbalhos da CPM/ dos Correios, no qusl e sugerido o
indiciamento de integrantes do PSDB envo/vidos.
5/2 735
6-

Por fim. e a/nds sobre e.~.<;e assunto. ~ facil demonslmr que lJelcfdio do Amsml nilo e.~/A falsndo a verdade. Ele diz que foi ;)
Minas rratar cam o emâo govemador Alkio de assunro referente A CPMI, Emenrira. O reJat6n'o final da CPM} data de abrj} de
3/0 0.

2006 e.1 viagem de Delc/dio a M;nas ocorrcu do;s meses depois. no dia 7 de junho de 2006. O que demonsfra que ele nlfo
: 1 r: 11

poderia ler tmtado de as.'mnto da CPMI j.1 cncerrada, Na verdade, o encontro ocorrido foi a pedido deIe para mUar do apoio
partldario a seu nome nas eleipies estadu8Îs, em 2006, quando ele pretendia ser candidato no Maro Gmsso do Sul.

Tags: politica goverf1O delcldio akio oevcs psdb furnas


Em po


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Notici~~ + lid~s + comcnt~dn'..

16:02·20103f2016
Temendo nava Investida de Maro, AGU pcde ao STF limlnar para nomear Lula
(hnp:l/www.correiobraziliellse.com.hrlnpplnoliciafpolltica/2tJI6/03120/inlemns_polbraeco,5231331Iemendo-nova-inve:;tidn-de-moro-il!ttl-
pedt!-llo-slf-Iimirulr-paro-nomear-llI.shllnD

17:53 - 2010312016
Alor critica Lula e DUma durante pe~ e Chlco Bunrque desaulorl7.11. music:al
(hup://www.corrciobrazlHense.com.brlllpp/ nollclal diversao-c-arceI20 1"/03/20/ intemn_diversao_artc.5231321 alor -critiea-Iula-e-dilma-
durante-pew-e-cllico-buarque-de-s8Ulori7A1-mlls.shtmll

http://www.correiobraziliense.com.br/applnoticialpoliticat2016103J151internasJXlIbraeco,52225OJesquema-em-furnas-pagau-propina-a-aecio-neves-afirma-delci... 213
Esquema am Furnas pagou propina a Aâcio Neves, afirma Delcidio· Correio Braziliense - Politica e Brasil

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17/3 ·ManffcsU!'Ites .. oltllm aprotestar RO P<'ll~ciodo Planalto

18/3 • Mmlfestanles pr6-g0vm1O filzem mani~ e-m Brasltia


(httoJlwww.correiobr;lziiiense.com.br/;Jpp/g;Jlcrta<le·

fot0'5/?Olb!03J 18lintema..saieriafotos.S8B9/lB ·3-manlfesta'1tes·pro-

4
goverrIQ.fnrem·mllnifestacao-em-brllsili;l.shtml)

4
:13 42

:34 7 Inq
7-4
01 .90

(httpJ/wMoi.correÎobrazlliense.com.br/app/r,aleria-de-
12
fotosJ20 16/03/ 17/Întern~..s~leriMotos.5B88/17 -3·manifestantes-voltam-a-
prolestar-no-palac:io-do-planalto.shtml)
5/2 735
6-

Politica nas Redes


3/0 0.
: 1 r: 11
Em po


sso

10 mln\lloa o6 lenlede
pre

Matt'!ria pautada por Lula?


Im

hnps:/JI.co/LL26euLrKV
(hnps://l.co/LL26euLrKV)

B=:o:: NEIn

OC"l"l,Ighl 2001·2014 SIA COITe..,O.. ,II.,_. Tod,,, 111.... 110< ' ' ' ....-..do>.

http://www.correiobraziiiense.com.brfapplnoticialpoiitical2016/03I151internasJlQlbraaco.522250/esquema-em-furnas-pagou-propina-a-aecio-neves-afirma-delci... 313
/3/ "
PET. N° 6015 - Documentos para Ipstaura~lio de Inquerito - Aecio Neves

4 4
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:13 42
:34 7 Inq
7-4
01 .90
12

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" , "';i~·
" ~---; I g:.,
'. . .
Coordenadoria de Processamento Inicial
Segao de Recebimento e Distribuigâo de Originarios

Inq n° 4.244

4
CERTIOĂO

4
:13 42
:34 Inq

Certifico, para os devidos fins, que os documentos mencionados a fI. 27,
apresentados em envelope proprio com a etiqueta "PET n° 6015/DF -

12 -47
Documentos que instruem a instauragao de inquerito para AECIO NEVES",

• correspondem as fis. 30/131 dos autos, constando um envelope com midia


7
01 .90

a fI. 131. Certifico, ainda, que este feito foi recebido, autuado e distribuido
nas dependencias do gabinete do Ministro Relator.
5/2 735
6-

Brasilia, 2 de maia de 2016.


3/0 0.

~
: 1 r: 11

Lessana Dias do Carmo - Mat. t 974


Em po


sso


pre
Im
Termo de receblmento e autuaCăo

Estes autos foram recebidos e autuados nas datas e com as observa<;:ăes abaixo:
Inq n04244
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
ORIGEM. : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
NUMERO DO PROCESSO NA ORIGEM : 4244

4
AUTOR(AlS)(ES): MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

4
:13 42
PROC.(AlS)(ES): PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA
INVEST.(AlS): AECIO NEVES DA CUNHA

:34 Inq
QTD.FOLHAS: 132 QTD.vOLUME: 1 QTD.APENSOS: O

12 -47
ASSUNTO: DIREITO PENAL I Crimes Praticados por Funcionarios Pllblicos Contra a
Administra<;:ăo em Geral I Corrup<;:ăo passiva, DIREITO PENAL I Crimes Previstos na
7
01 .90

Legisla<;:ăo Extravagante I Crimes de "Lavagem" ou Oculta<;:ăo de Bens, Direitos ou


Valores
5/2 735
6-

DATA DE AUTUA~ĂO: 02/05/2016 - 17:28:37


3/0 0.

CertidAo de distribuiCăo
: 1 r: 11

Certifico, para os devidos fins, que estes autos foram distribufdos ao Senhor MIN. TEORI
Em po

ZAVASCKI, com a adoCăo dos seguintes parâmetros:


- Caracteristica da distribui<;:ăo:PREVEN~ĂO DO RELATORISUCESSOR
sso

• - Processo que Justifica a preven<;:ăo RelatorlSucessor: PETI~ĂO n° 6015


- Justificativa: RISTF, ar!. 69, caput


pre

DATA DE DISTRIBUI~ĂO: 02/05/2016 -18:04:00


Im

Brasflia, 02 de Maio de 2016.

Coordenadoria de Processamento Inieial


(documento eletrOnico)

TERMO oE CO~CLUSĂo
Fa~o estes a t
Excelentissimo U os Conc/usos ao(a)
ReaI t or, corn (a)
t/ I
Senhor(a) Ministro(a)
,
Brasflia ~-;;-=----- \oJurne(s).
, &;~-= de 2016.
lessana D1ă'~~1ft?c~~ _1974
STF/SPOC
':miOP!: i'&)S(f.~
rer.e~ os 2'J,~~ (.J l vols.:::::::...apensos
e_ r.r.aas por ~.a) rom o(a)
d, ~j- que segua
~ .9±Q,-,,~-
SCI'Il(!v,', ~IJ~;ă,io-MClh1cula

4 4
:13 42
:34 Inq
12 -47
7

01 .90
5/2 735
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3/0 0.
: 1 r: 11
Em po


sso


pre
Im
INQUERITO 4.244 DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI


AUTOR(A1s)(ES) : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
PROC.(A1S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA
INVEST.(A/s) :AEClO NEVES DA CUNHA

4
DECISĂo: 1. Trata-se de representa<;ăo criminal formulada pelo

4
:13 42
Procurador-Geral da Republica noticiando suposta pratica dos crimes de
corrup<;ăo passiva qualificada (art. 317, caput e § 1", ele art. 327, §§ 12 e 2",

:34 7 Inq
do C6digo Penal) e de lavagem de dinheiro (art. F, V, da Lei 9.613/1998)
por Aecio Neves da Cunha (fis. 24-25).

• O Procurador-Geral da Republica noticia que, em depoimento de


7-4
Alberto Youssef (Termo de Colabora<;:ăo 20), decorrente de acordo de
01 .90

colabora<;ăo premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal,


12
referido colaborador teria afirmado que "o PSDB, por intermedia do
5/2 735
6-

Senador AECIO NEVES, possuia influencia em uma Diretoria de FURNAS,


juntamente cam o PARTIDO PROGRESSISTA, e havia o pagamento de valores
3/0 0.

de empresas contratadas" (fi. 4). Ouvido novamente (Termo de Declara<;:ăo


: 1 r: 11

Complementar 21), Alberto Youssef teria declarado que "o PSDB, por meio
de AECIO NEVES, 'dividiria' uma Diretoria em FURNAS cam o PARTIDO
Em po

PROGRESSISTA, por meio de IOSE IANENE. Tambem afirmau que ouviu que
AECIO tambem teria recebido valores mensais, por meio de sua irmii, de uma das
sso

empresas contratadas por FURNAS, a BAURUENSE, no periodo entre 1994 e


200012001" (fi. 7). Todavia, "em 03.03.2015, os autos da Pet nil 5283IDF foram


pre

arquivados, ao fundamenta, em sintese, da inexistencia de elementos minimos


Im

aptos a corroborar pre/iminarmente as declara~{jes de ALBERTO YOUSSEF e,


de taI sorte, a ensejar a instaura~iio de investiga~iio em rela~iio a AECIO
NEVES" (fi. 11). Ocorre que, a partir da colabora<;:ăo premiada celebrada
por Delcidio do Amaral Gomez, mais precisamente do Termo de
Colabora<;:ăo 4, que trata dos mesmos fatos anteriormente arquivados,
surgiram novos elementos que indicam, corn maior robustez, suposta
pratica dos crimes anteriormente descritos contra o Senador Aecio Neves
da Cunha, os quais seriam justificadores do aprofundamento das
investiga<;:Oes. O Chefe do Ministerio Publico requer, para tanto: (a) o
desarquivamento da Pet 5283!DF e o seu apensamento a estes autos; (b) a

Documenta assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2f20D1 de 24108/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Publicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documenta pode ser acessado no endereyo elelr6nico hUp:/fwww.stf.jus.br/portalfautenlicacaofsobonumera 10939883.
INQ 4244 / OF

instaura<;âo de inquerito; (c) a juntada de documentos; e (d) a realiza<;âo


de diligencias especificas (fis. 26-29).

2. Nos autos da Pet 52831DF, instaurada a partir da homologa<;âo do


acord o de colabora<;âo premiada de Alberto Youssef (Pet 5.244), o
Procurador-Geral da Republica, antes de solicitar o arquivamento das

4
investiga<;6es il. considera<;âo de que nâo havia, naquele momento, coma

4
dar andamento a investiga<;âo formal em detrimento do parlamentar,

:13 42
acentuou que "os fatos referidos sâo totalmente dissociados da investigafâo

:34 Inq
central em voga, relacionada ii apura(âo dos fatos que ensejaram notadamente
desvios de recursos da Petrobras. A referencia que se fez ao Senador Aecio Neves

12 -47
diz com supostos fatos no âmbito da administra(âo de Furnas. Assim, do que se

• tem conhecimento, sân fatos completamente diversos e dissociados entre si". Ve-
7
se, pois, coma destacado na promo<;âo ministerial, que ja naquele
01 .90

processo evidenciou-se que os fatos narrados nâo possuiam - coma nâo


5/2 735

possuem - correla<;âo corn os supostos desvios de recursos em contratos


6-

da Petrobras.
3/0 0.
: 1 r: 11

3. Cumpre registrar que a fixa<;âo da competencia por conexâo esta


prevista no art. 76, 1 a III, do Cadigo de Processo Penal etern coma
finalidade principal racionalizar a apura<;âo dos fatos, evitar decis6es
Em po

contraditarias em situa<;6es correlatas, permitir a analise do processo corn


sso

maior amplitude e, principalmente, facilitar o exame e a colheita da


prova. Nesse sentido, o encontro de evidencias enquanto se persegue


pre

uma linha investigataria nâo implica, por si sa, nenhuma das


modalidades de conexâo previstas na lei processual. E dizer: "o simples
Im

encontro fortuito de prova de infra(âo que nâo possui rela(âo com o objeto da
investiga(âo em andamento nâo enseja o simultaneus processus" (RHC
120379, Relator (a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, OJe 26/8/2014).

4. Da analise dos autos, e possivel constatar que os fatos descritos


neste procedimento nâo tem rela<;âo de pertinencia imediata corn as
demais investiga<;6es sob minha relatoria, notadamente corn as

Documenta assinado digilalmente conforme MP n° 2.200-212001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrulura de Chaves Publicas Brasileira . ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereyo eletrOnico http://www.stf.jus.br/poltaUautenticacao/sobonumero 10939883.
INQ 4244/DF

relacionadas as fraudes no âmbito da Petrobras, o que evidencia, em


principio, a inexistencia de conexao necessaria, a significar que nao se
fazem presentes os requisitos para distribui~ao por preven~ao (RlSTF, art.
69).

5. Por essas razoes, submeto o casa a Presidencia desta Corte, para

4
analise de possîvel redistribui~ao do presente procedimento.

4
Intime-se.

:13 42
Brasîlia, 9 de maio de 2016.

:34 Inq
Ministro TEORI ZAVASCKI

12 -47 Relator

• Documenta assinado digitalmente


7
01 .90
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po
sso


pre
Im

Documenta assinado digitalmente conforme MP n° 2.200·212001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves PublÎcas Brasileira - ICP-Brasil. O
documenta pode ser acessado no endereţe eletrOnico http://www.stf.jus.br/portaJlautenticacao/sobo numera 10939883.
TERMO DEPONCLVSĂO
Fa90 este~utos Conclusos il Preside ?
Brasflia, /JL de rAl/lY?ll,8' nci
de 201b

4
DENIS MArAjr"s lRREIRA
M';;tJ~~rtf

4
:13 42
:34 Inq
• 12 -47
01 .90
GA
BINETE DA PRESID~NCIAJSTF
IC'l '_5::.I2o..1C-
Recebldo emJ:J.L.J
7
As..l::b.llmim,

~C:1ci5J-
5/2 735
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po

~.
sso


pre
Im

S T F 102.002
INQUERITO 4.244 DlSTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. TEORl ZA VASCKI


AUTOR(AlS)(ES) :MINISTERIO PLJBLlCO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-CEr,AL DA REPUBLICA
lNVEST.(A/S) :AEClO NEVES DA CUNHA

4
Trata-se de representa<;ăo criminal fOfmulada pela Procurador-Geral

4
:13 42
da Republica para apurar a suposta prâtica dos crimes de corrup<;ăo
passiva qualificada (art. 317, caput e § F, ele art. 327, §§ 10 e 2", do C6digo

:34 Inq
Penal) e de lava gem de dinheiro (art. 1", V, da Lei 9.613/1998) pelo
Senador AeCÎo Neves da Cunha (fis. 24-25) .

12 -47
• Distribufdo por preven<;ăo ao Ministro Teor.i Zavascki, Sua
7
01 .90

Excelencia encaminhoLl o feito il Presidencia corn proposta de


redistribui<;ăo, pois, "da anafise dos aut05, e possive/ constataI' que os fatos
5/2 735
6-

descritos neste procedimerrto 1lăo tern re/at;ao de pertinhlcia imediata com as


dcmais investigat;ăes" sob sua re1atoria, "notadaml'l1te cam liS relaciolllldas as
3/0 0.

fraudes na iîmbito da Petrobras, o qlte evidencia, cm principia, a inexistencia de


: 1 r: 11

conexaa necessaria, a sigmficar que nao se jazem presc1ltes os rcquisitos parii


distribuiqlio por prevent;ao (RISTF, art. 69)".
Em po

lsso posto, tendo em conta as infonna<;oes prestadas peJo Minish"o


sso

Teori Zavascki, determino a redistribui~ăo do feito de forma livre .


pre

Publique-se.
Im

Brasilia, 10 de maio de 2016.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI


Presidente

Documenta assinado dlgilalmente conforme MP n" 2.200-2/2001 de 24/0812001, que institui a Infraestrutura de Chaves P6blicas Brasileira -ICP-Brasil. O
documenta pode ser acessado no endereco eletr6nico htlp:lJ\vww.stf.jus.br/portallaulenticacaol sob o numera 1094241 Q.
Certidăo de redistribui~o

Certifico, para os devidos fins, que estes autos foram redistribuidos ao Senhor MIN.
GILMAR MENDES, com a ado~o dos seguintes parâmetros:
Inqn" 4244
AUTOR(AlS}(ES): MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

44
PROC.(AlS)(ES): PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA
INVEST.(AlS): AECIO NEVES DA CUNHA

:13 42
- Tipa: REDISTRIBUI<;ĂO

:34 Inq
DATA DE DISTRIBUI<;ĂO: 11/05/2016 - 11 :57:00

, RELATOR(A): MIN. GILMAR MENDES


12 -47
7
Brasilia, 11 de Maia de 2016.
01 .90

Coordenadoria de Processamento Inicial


5/2 735

(documenta eletrOnico)
6-
3/0 0.
: 1 r: 11
Em po
sso
pre

I
Im
5 T F 102.002
Im
pre
sso
Em po
elvidc.11
: 1 r: 11
3/0 0.
5/2 735
01 .90
s[a~iâdo-Matrlcula

6- 7
12 -47
:34 Inq
:13 42
4 4

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