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PRIVACIDADE E RISCO: A UTILIZAÇÃO DA INTERNET POR ADOLESCENTES NA

CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB

Nájila Medeiros Bezerra1


Ludmila Albuquerque Douettes Araújo2
Alexandre Barbosa de Lucena Leal3

RESUMO

O final do século XX foi marcado pela Terceira Revolução Científica Tecnológica, caracterizando o
início do século XXI pelo uso intenso da tecnologia da informação em todas as esferas da
sociedade. Assim, neste contexto de “explosão da internet” muitos aderiram a esta nova forma de
entretenimento, de ludicidade e de “convívio social”, sobretudo crianças e adolescentes. Entretanto,
essa utilização por vezes ocorre de forma desordenada, ou seja, dados pessoais, imagens e
informações confidenciais são expostas sem o devido cuidado, submetendo todos aqueles que
fazem o uso das redes sociais aos possíveis riscos advindos ou a prejuízos de ordem social e
patrimonial. Com a finalidade de estudar os riscos existentes no uso da tecnologia, mais
especificamente da internet, este projeto teve como objetivo central analisá-los com foco voltado
para suas consequências no cotidiano de adolescentes do ensino médio e do ensino fundamental na
cidade de Campina Grande/PB, em virtude de como estes utilizam a internet. O modelo de pesquisa
adotado abarcou dois métodos de investigação, com abordagem quantitativa/qualitativa. O estudo
utilizou os procedimentos técnicos de coleta de dados de uma pesquisa de campo, ou seja, aplicando
um questionário com perguntas fechadas e abertas. A pesquisa contribuiu em diversos aspectos
relativos à segurança do uso da internet, especialmente no que se refere aos dados pessoais destes
adolescentes, dando destaque à privacidade na rede de computadores. Com os seus resultados,
vislumbrou-se que, diante de todas as facilidades existentes no acesso a web, os jovens
campinenses, ainda que orientados por seus pais e por sua escola, não se preocupam com as
informações que publicam na internet, tampouco tem a dimensão das implicações que estas
exposições poderão causar. Assim, o grande dilema está em acompanhar a evolução das novas
tecnologias, de modo que se torna evidente e necessário o desenvolvimento de mecanismos de
controle não apenas repressivo, mas, sobretudo, preventivo no caso de ocorrer futuras condutas
lesivas aos direitos da personalidade dos adolescentes.

Palavras-chave: Direito à Privacidade. Utilização da Internet. Riscos aos Adolescentes. Pesquisa.


Campina Grande/PB.

1
Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA. E-mail:
najilabezerra@hotmail.com.
2
Doutora em Direito Civil, com menção de doutorado europeu pela Universidade de Granada. E-mail:
douettes@hotmail.com.
3
Mestrando em Direito Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
falecom@alexandreleal.com.
PRIVACY AND RISK: USING THE INTERNET FOR ADOLESCENTS IN THE CITY OF
CAMPINA GRANDE/PB

ABSTRACT
The end of the 20th century was marked by the Third Technological Scientific Revolution, and
featured in the early days of 21st century the intensive use of information technology in society as a
whole. Thus, in this context of the "internet explosion" many have joined this as a new type of
entertainment, playfulness and yet as a "digital social life", especially children and adolescents.
However, such use often occurs in a disorderly manner, where personal data, images and
confidential information are exposed without any care, subjecting those who make use of social
networks to potential risks or damage in their social order and balance. In order to research the risks
of the use of this technology, specifically the internet, this project was mainly aimed to analyze
them, maintaining focus in its consequences, the daily lives of adolescents in high school, and
elementary school, in the city of Campina Grande / PB, due to how they use the internet. The
research model adopted encompassed two methods of researches with quantitative and qualitative
approach. The research used the technical procedures for data collection of field research, applying
a questionnaire with closed and open questions, and contributed in various aspects concerning to the
safety use of the internet, especially with regard to the personal data of this adolescents,
highlighting privacy on the computer network. With the results, we saw that before all the existing
facilities of access to the web, these young citizens, although guided by their parents and their
school, do not care about the information they publish on the Internet, nor has the size of the
implications that these exposures may cause. So the big dilemma is to monitor the evolution of new
technologies, when it becomes evident, and necessary, to develop control mechanisms not only
repressive, but mainly preventive in the context of future harmful behaviors that can damage the
Personality Rights of these adolescents.

Keywords: Right to privacy. The internet use. Risks to adolescents. Research. Campina Grande/PB.

INTRODUÇÃO

O final do século XX foi marcado pela Terceira Revolução Científica Tecnológica,


caracterizando o início do século XXI pelo uso intenso da tecnologia da informação em todas as
esferas da sociedade. Neste contexto, a origem de uma rede mundial de computadores em escala
global tem modificado drasticamente os meios convencionais de comunicação e de transmissão de
informações.
São indiscutíveis as possibilidades e vantagens que o uso da internet oferece em todos os
âmbitos da vida social, econômica e cultural. Contudo, não se devem ignorar os perigos e riscos que
poderão ser causados para uma camada da população, especialmente aqueles grupos influenciáveis
e vulneráveis como as crianças e os adolescentes.
Assim, neste contexto de “explosão da internet” muitos aderiram a esta nova forma de
entretenimento, de ludicidade e de “convívio social”, sobretudo crianças e adolescentes. Entretanto,
essa utilização por vezes ocorre de forma desordenada, ou seja, dados pessoais, imagens e
informações confidenciais são expostas sem o devido cuidado, submetendo todos aqueles que
fazem o uso das redes sociais aos possíveis riscos advindos ou a prejuízos de ordem social e
patrimonial.
Nesta vereda, com a finalidade de estudar os riscos existentes no uso da tecnologia, mais
especificamente da internet, este projeto teve como objetivo central analisá-los com foco voltado
para suas consequências no cotidiano de adolescentes do ensino médio e do ensino fundamental na
cidade de Campina Grande/PB, em virtude de como estes utilizam a internet.
Observando os objetivos específicos da presente pesquisa, foi feito um levantamento do
perfil socioeconômico dos alunos do ensino médio das escolas públicas e privadas de Campina
Grande/PB que acessam a internet. Também se verificou o conhecimento destes alunos frente à
utilização dos dados fornecidos na rede mundial.
Os possíveis riscos relativos à privacidade (dados pessoais, fotografias e outros) das crianças
e dos adolescentes também foram objeto de verificação, a partir da qual se identificou os riscos
existentes no uso da internet por alunos do Ensino Médio de Campina Grande/PB. Dessa forma,
evidencia-se a relevância e atualidade da temática deste projeto, uma vez que é uma análise
inovadora e relacionada ao uso da internet por crianças e adolescentes na cidade de Campina
Grande/PB.
Destarte, a pesquisa se mostrou importante em meio social, uma vez que, com base nos seus
resultados, poder-se-á implementar ações acadêmicas extensionistas no sentido de colaborar com a
inclusão digital da população referida, auxiliando-a com informações essenciais para melhorar o seu
uso da internet e proteger a sua privacidade. Portanto, através da investigação que fundamenta este
relatório, se buscou constituir efeitos concretos na realidade social dos indivíduos que foram objeto
do estudo, para que haja uma influência positiva e direta nas relações jurídico-sociais que envolvam
adolescentes e o meio digital.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Considerando que a virtualização das informações rompem, diariamente, as barreiras


espaço-temporais que antes restringiam o acesso e o uso de informações a uma determinada classe
de indivíduos, principalmente através da inserção destes nas denominadas “redes sociais”, refletem
a divulgação massiva e descuidada de dados, tanto os mais comuns e notórios, como aquelas
informações que expõem a intimidade de uma pessoa, torna público qualquer compartilhamento
efetivado, sendo passíveis de registro e posterior utilização.
Desse modo, no âmbito jurídico, é necessário que sejam desenvolvidos mecanismos de
controle não apenas repressivo, mas, sobretudo, preventivo das condutas lesivas aos direitos da
personalidade e desenvolvidas no meio virtual, principalmente no que diz respeito aos jovens
devido a sua condição de vulnerabilidade. É o que leciona a doutrina:
No campo do direito, em especial no Brasil, a sua existência propõe vários desafios, entre os
quais o mais evidente é a necessidade de se constituírem mecanismos reguladores para o
controle das atividades desenvolvidas nesse meio, que impõe, pelas suas características,
mudança de um paradigma repressivo para um paradigma preventivo em nossa
legislação. (CORRÊA, 2008) (grifos acrescidos)

Essas condutas devem ser regidas pelo direito porque têm a capacidade de gerar não
somente graves problemas para aquelas pessoas a que esta pesquisa se refere, mas, igualmente,
conduzem o Estado à tarefa de repensar a tutela de proteção de dados pessoais no meio virtual.
Assim como estabelece a Escola Nacional de Defesa do Consumidor (2010), não somente se deve
garantir uma liberdade negativa à pessoa, no sentido de não expor seus dados, como também
garantir uma liberdade efetiva de escolher o destino e o uso de suas próprias informações pessoais.
Dentro dessa perspectiva, a tutela social e jurídica pode ser diferenciada em razão da
hipossuficiência de um grupo dentro de uma faixa de idade considerado vulnerável do ponto de
vista jurídico e social, como é o caso de crianças e adolescentes que carecem de cuidados especiais
(ROSATO, LÈPORE, SANCHES, 2012, p. 57). Nesses casos, incluem-se os adolescentes, que
segundo o artigo 1° do Estatuto da Criança e Adolescente, são os que estiverem compreendidos na
faixa etária entre 12 e 18 anos.
Com efeito, a percepção dos perigos pelo mau uso da internet por parte desses jovens pode
ser reduzida. Indagou-se, portanto, quais os possíveis riscos para a privacidade dos adolescentes
com o uso da internet. Não se pode negar que os novos perigos surgem, especialmente para os
Direitos Fundamentais, bem como, especificamente, os direitos da personalidade, com o acesso às
novas tecnologias. Nesse sentido, a doutrina defende que:
Mesmo diante da grande relevância do direito à informação (...), é visível que, nos tempos
modernos, em razão do desenvolvimento de novas tecnologias nos meios de comunicação, as
situações de conflito com outros direitos de personalidade, como a honra, a privacidade,
a intimidade, o nome e a imagem, têm aumentado assustadoramente. (PALHARES,
2008, p. 49) (grifos nossos)
Ademais, quando se trata de crianças e adolescentes, a preocupação deve ser especial, pois
estas estão em fase de desenvolvimento psicológico e o convívio com os meios sociais influenciam
substancialmente na formação da sua personalidade.
Nesse sentido, o estudo dos direitos da personalidade requer a compreensão do ser humano
em duas dimensões: a privada, representada por todos os caracteres físicos e psíquicos de cada
pessoa tais como a honra, a intimidade, a vida privada, a consciência e a opinião; e a pública,
representada pela interação dos indivíduos no grupo social. Essas dimensões não são estanques e
não podem ser consideradas isoladamente, pois todo e qualquer indivíduo as apresentam de maneira
simultânea, uma dependendo da outra, uma interferindo na outra. Essa interdependência revela-se,
por exemplo, no fato de que a formação da personalidade de cada indivíduo é condicionada pelas
informações que ele troca com o meio social. (PALHARES, 2008, p. 42-43) (grifos acrescidos).
Nesse contexto, a facilidade do acesso à informação e da interação com diferentes grupos
sociais que a internet proporciona aos adolescentes, enseja uma maior influência do meio público na
formação da personalidade destes. É em razão dessa esfera pública que se torna primordial e
urgente a tutela jurídica dos direitos da personalidade dos jovens na utilização da Grande Rede.
Portanto, a presente pesquisa mostra-se proeminente na medida em que possibilita que a
problemática apontada neste estudo seja solucionada de forma concreta e eficaz. Defende-se o
posicionamento de que a rede não pode ser controlada pela tentativa de proibição de acesso à
informação, mas pela maior socialização dos usuários nas formas adequadas e seguras de sua
utilização.

2.1. APOIO BIBLIOGRÁFICO

Inicialmente, é importante salientar que há uma grande pesquisa sobre este assunto no
período de abril a junho de 2012, feita pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e
Comunicação, juntamente com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR e pode ser
encontrada no site <http://cetic.br/usuarios/kidsonline/2012/criancas.htm>. Esta pesquisa teve como
objetivo levantar informações sobre o uso da internet feito por crianças e adolescentes e o hábito
cotidiano de uso nas redes sociais; as habilidades para o uso seguro e o fornecimento de
informações pessoais para outras pessoas.
Através do link <http://cetic.br/usuarios/kidsonline/2012/apresentacao-tic-kids-2012.pdf> é
possível analisar os resultados obtidos por meio das pesquisas. Este trabalho tem como desfecho a
publicação do livro, disponível virtualmente, “TIC Kids Online Brasil 2012 – Pesquisa sobre o uso
da internet por crianças e adolescentes no Brasil”, composto por diversos artigos com diversos
colaboradores, com o intuito de alertar a sociedade sobre os riscos que podem vir a ser causados
com a falta de segurança do uso da internet por crianças.

3. METODOLOGIA

3.1. TIPO DE PESQUISA

Com base em seus objetivos, pode-se caracterizar o estudo como exploratório e descritivo.
De um lado, buscou-se conhecer os principais riscos existentes para os jovens adolescentes em
decorrência da forma como estes usam a internet, ao mesmo tempo em que foi caracterizado o perfil
sócio-demográfico daqueles alunos com a finalidade de levantar determinadas variáveis; foram
descritas as características inerentes ao grupo quanto ao uso da internet.
O modelo de pesquisa adotado abarcou dois métodos de investigação, com abordagem
quantitativa/qualitativa. O estudo utilizou os procedimentos técnicos de coleta de dados de uma
pesquisa de campo, ou seja, aplicando um questionário com perguntas fechadas e abertas.

3.2. LOCAL DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada em quatro escolas de referência de nível médio, da cidade de


Campina Grande, sendo duas públicas e duas privadas, durante o período de fevereiro a abril de
2014.
As escolas particulares que participaram do projeto foram o Colégio Motiva e o Colégio
Autêntico. De igual modo, as instituições públicas que também fizeram parte do projeto foram a
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Argemiro de Figueiredo e o Colégio Estadual Dr.
Elpídio de Almeida (Estadual da Prata).

3.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA


O universo correspondente aos jovens adolescentes que cursaram o ensino médio da cidade
de Campina Grande em 2013 foi de aproximadamente 15.583 estudantes, segundo dados do
Ministério da Educação (BRASIL, 2013).
Neste sentido, elaborou-se uma amostra do tipo estratificada. A mesma é indicada para se
trabalhar com extratos homogêneos, a exemplo de idade, conforme cálculo elaborado abaixo com
base em H. Arkin and R. Cotton table for statisticions, em torno de 390 habitantes. Desse modo, a
amostra total foi de 390 estudantes, sendo 277 alunos da escola pública e 113 da escola privada,
com o nível de significância 96,5% e com erro máximo de 5% para mais ou para menos.

3.4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Foram INCLUÍDOS na pesquisa:


a) adolescentes estudantes do ensino fundamental e ensino médio da rede pública e privada da
cidade de Campina Grande-PB
b) Estudantes do ensino médio com idade entre 14 e 18 anos de idade;
c) Aqueles estudantes menores de idade, cujos pais consentirem os filhos ser entrevistados,
mediante a assinatura do Termo de Assentimento;
d) Aqueles estudantes que aceitarem participar voluntariamente da pesquisa.

Foram EXCLUÍDOS do estudo:


Aqueles estudantes jovens adolescentes que não se enquadraram nos critérios estabelecidos
acima.

3.5. PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados através de um questionário (Apêndice A), contendo perguntas


fechadas e abertas direcionadas às crianças do ensino fundamental e aos adolescentes jovens
estudantes do ensino médio.
A abordagem aos participantes foi efetuada em três etapas:
Primeira etapa: contato prévio com os diretores das escolas, apresentando: o projeto de
pesquisa, explicitando suas finalidades, solicitação de termo de autorização institucional e definição
de uma agenda de visitas para coleta de dados. Na oportunidade, foram disponibilizadas cópias do
projeto na Instituição para maiores esclarecimentos.
Segunda etapa: após o consentimento para a realização do estudo, e mediante sua
aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa do CESED, deu-se início às visitas nas salas de aulas
selecionadas para apresentação do projeto. Na oportunidade, o projeto foi introduzido de forma
breve e em seguida, foram entregues cópias do resumo da pesquisa aos estudantes que tiveram
interesse em participar, juntamente com duas cópias do TCLE e o instrumento de coleta de dados
em um envelope. Os pesquisadores explicaram todos os procedimentos para os participantes,
agendando uma data para entrega dos referidos documentos, inclusive do questionário.

3.6. PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES

Após a coleta de dados, estes foram contabilizados e sistematizados em planilhas do SPSS


(Statistical Package for Social Sciences). Este, por sua vez, trata-se de um software estatístico para
análise de dados que utiliza tanto as técnicas estatísticas básicas quanto as avançadas. No caso
particular em estudo, foram trabalhadas variáveis quantitativas e qualitativas. As variáveis
quantitativas foram analisadas por meio das estatísticas descritivas (ex.: média, desvio padrão) e a
representação por meio de gráficos (ex.: histograma). Quanto às variáveis qualitativas, foram
analisados através de tabelas de frequências ou gráficos (a exemplo dos de barras).
Outro método de análise aplicado é o de conteúdo. Conforme Hair (2005), buscou-se
analisar a frequência com que as palavras ocorreram, identificando o conteúdo característico.

3.7. PROCEDIMENTOS ÉTICOS

A presente pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética do Centro de Ensino
Superior e Desenvolvimento (CESED), uma vez que o estudo envolveu diretamente seres humanos,
conforme estabelece as diretrizes da Resolução n°. 466, de 12 de dezembro de 2012.

4. ANÁLISES

4.1 ESCOLAS PARTICULARES


Diante de um campo amostral de 113 indivíduos, nas escolas privadas podemos observar a
predominância de indivíduos do gênero feminino (56% da amostra), com 16 anos de idade (47% da
amostra), cursando o 2º ano do ensino médio (72% da amostra). Esses dados nos fornecem uma
visão geral do perfil do campo amostral a ser pesquisado.
Com relação à frequência, os alunos que acessam a rede mundial de computadores, todos os
dias, é 73,45% da amostra. Ainda, quando inquiridos acerca do tempo de permanência na conexão,
a maioria respondeu passar mais de 6 horas por dia usando do serviço online. Ademais, há aqueles
que no mínimo a utilizam por uma hora.
Ante esses dados, fica evidente que 25% do tempo em um dia é ocupado ao uso da internet.
Nesse sentido, se verificarmos a soma de alunos que responderam “cerca de 5 horas de acesso” com
os anteriores, totalizará 50% da amostra utilizando a internet pelo menos 5 horas por dia.
Predominantemente, a residência e a escola têm sido os locais de escolha dos alunos para
acessar a internet, haja vista ser no conforto do lar, ou nas atividades de pesquisa acadêmica, um
local mais apropriado, seja para o lazer seja para os estudos. Entretanto, devido à qualidade da
amostra (estudantes entre 14 e 17 anos), seria pouco provável que algum deles respondesse que
acessavam a internet do trabalho, como se verifica no gráfico.
Nesse sentido, ficou evidente que as escolas oferecem formas de acesso à web, seja pela
oferta de redes abertas “Wi-Fi” ou por meio de pontos de acesso em laboratórios de informática.
Logo, podemos inferir que a grande maioria possui acesso em sua própria residência, pois menos de
5% da amostra informou acessar por outros lugares.
Quando indagados sobre os meios utilizados para o acesso, o celular, isoladamente, foi o
mais citado (26,55%). Ainda, quando conjugados com outros meios como computador totaliza
21,24%, ou com notebook (23,89%), ou ambos (9,73%). Logo, o celular está presente em 91,15%
das respostas conforme verificamos no gráfico.
Ante a possibilidade de fornecer dados que possam implicar em perigo, como o CPF, RG e
endereço; podemos observar que os estudantes das escolas privadas mostram receio em fornecê-los
haja vista que, quando esses itens aparecem nas alternativas, observa-se um receio ao assinalá-los.
Desta forma, os alunos que forneceram ao menos um desses itens somaram apenas 18,58% da
amostra.
Por outro lado, tornou-se preocupante o resultado de estudantes que fornecem o seu número
de telefone, pois esse item foi citado por 48,67% dos pesquisados, mostrando que quase metade dos
adolescentes não considera perigoso o fornecimento do seu contato telefônico. Mas, o que reforça
ainda mais o perigo, seria o fato de fornecer o telefone em conjunto com outros dados como nome,
idade e sexo, haja vista que um possível trote para o seu telefone, posteriormente se atendido por
outra pessoa da família, poderá acarretar em fornecimento de outros dados, formando-se a trama
necessária para desencadear um possível sequestro, ou extorsão.
Munidos com os dados como nome, idade e sexo, o adolescente fica absolutamente
vulnerável para que terceiros possam obter seus dados e utilizá-los contra o adolescente, É neste
ponto que verificamos o perigo, pois o telefone é citado em conjunto com pelo menos o nome do
aluno (0,88%), e em conjunto com nome, idade e sexo em 21,23% dos pesquisados. Assim,
observamos que 93% da amostra informou que os dados fornecidos online são verdadeiros.
Demonstrando-se a ingenuidade dos alunos e a despreocupação com o destino desses dados, pois
72% informaram não procurar saber o que acontece com os dados fornecidos. Ademais, 54%
acreditam que os seus dados são protegidos.
Com relação à frequência, os alunos que acessam a rede mundial de computadores todos os
dias é 73,45% da amostra. Ainda, quando inquiridos acerca do tempo de permanência na conexão, a
maioria respondeu passar mais de 6 horas por dia usando do serviço online. Ademais, há aqueles
que no mínimo a utilizam por uma hora. Ante desses dados, fica evidente que 25% do tempo em um
dia é ocupado ao uso da internet, e, verificando-se a soma de alunos que responderam “cerca de 5
horas de acesso” com os anteriores, totalizará 50% da amostra.
Ato contínuo, 62% dos entrevistados informaram que confiam na privacidade e segurança
dos sites onde inserem seus dados. Todavia, 84 % acreditam não existir privacidade na internet,
inclusive, 61% não confia no que visualiza na internet, porém, 57% não acreditam na possibilidade
de seus dados serem vendidos.
Apesar do perigo existente na utilização da internet 73% da amostra já recebeu orientação de
como utilizá-la. Quando indagados sobre de quem recebeu orientação, os pais, isoladamente, foram
os mais citados (63% da amostra). Ainda, quando conjugado com a escola totalizam (18% da
amostra).
Com a propagação de redes sociais e alto nível de pessoas utilizando verificou-se que as
redes sociais mais utilizadas são instagram e facebook (34% da amostra). Além disso, as
informações prestadas nessas redes sociais são, em sua maioria, privadas (44% da amostra) e
parcialmente privadas (48%).

4.2 ESCOLAS PÚBLICAS


Diante de um campo amostral de 242 indivíduos, nas escolas públicas podemos observar que
a maioria dos indivíduos é do gênero feminino (61% da amostra), com 16 anos de idade (35% da
amostra), cursando o 1º ano do ensino médio (48% da amostra). Esses dados nos fornecem uma
visão geral do perfil do campo amostral a ser pesquisado. Figuras: 1, 2 e 3.
Com relação à frequência, a maioria dos alunos (88,61%) respondeu que acessam a rede
mundial de computadores todos os dias. Ainda, quando inquiridos acerca do tempo de permanência
na conexão, a maioria (39,66%) respondeu passar mais de 6 horas por dia usando do serviço online.
Ademais, há aqueles que no mínimo a utilizam por uma hora. Diante desses dados, fica evidente
que 25% do tempo em um dia é ocupado ao uso da internet. Assim, se verificarmos a soma de
alunos que responderam “cerca de 5 horas de acesso” com os anteriores, totalizará mais de 50% da
amostra utilizando a internet pelo menos 5 horas por dia.
Predominantemente, a casa é o local em que os alunos mais acessam a internet, seguido da
escola, haja vista ser no conforto do lar, ou nas atividades de pesquisa acadêmica, um local mais
apropriado, seja para o lazer seja para os estudos. Entretanto, devido à qualidade da amostra
(estudantes entre 14 e 17 anos), seria pouco provável que algum deles respondesse acessar do
trabalho, como se verifica no gráfico. Ademais ficou evidente que as escolas oferecem formas de
acesso a internet, seja pela oferta de redes abertas “Wi-Fi”, seja pela oferta de pontos de acesso em
laboratórios de informática. Logo podemos inferir que a grande maioria possui acesso em sua
própria residência, pois foram poucos que informaram acessar por outros lugares.
Quando indagados sobre os meios utilizados para o acesso, o celular e o computador,
conjuntamente, foram os mais citados (33,05%). Quando analisamos, percebemos que 15,28%
utiliza a internet por meio do celular, seguidos desses dados, estão aqueles que acessam a internet
por meio do computador ou conjugado com notebook e o celular (9,09%). Logo, o celular está
presente na maioria das respostas conforme verificamos no gráfico.
Diante da possibilidade de fornecer dados que possam implicar em perigo, como CPF, RG e
endereço; podemos observar que os estudantes das escolas públicas, apesar da maioria ter
respondido que não fornecem seus dados na internet (58%), um número considerável não possui
muito receio em fornecê-los, haja vista que, quando esses itens aparecem nas alternativas, observa-
se que um número considerável, 42% da amostra afirmaram que fornecem algum de seus dados na
internet.
O que é interessante de se observar é que apesar de um número considerável fornecer seus
dados na internet, verfica-se que a maioria (32,64%%) fornecem apenas dados como nome, idade e
sexo, o que não é considerado um perigo muito grande. Entretanto, 14,87% fornecem nome, idade,
sexo e telefone. O fornecimento do telefone, isoladamente, foi um dos itens menos citados, apenas
0,82%.
Não bastasse o perigo que ora se verifica, observamos que 93% da amostra informou que os
dados fornecidos online são verdadeiros. Demonstrando-se, assim, a ingenuidade dos alunos, e a
despreocupação com o destino desses dados, pois 56% informaram não procurar saber o que
acontece com os dados fornecidos. Ademais, 51% acredita que os seus dados são protegidos.
Todavia, 51,23% dos alunos entrevistados não acreditam na segurança e privacidade dos sites onde
insere seus dados.
Quando inquiridos acerca da veracidade dos dados pessoais fornecidos na internet, 93%
afirmaram prestar informações verdadeiras. Tal percentual demonstra claramente a falta de
conhecimento por parte dos alunos em relação aos riscos que se submetem ao inserir características
individualizadoras.
Não é vislumbrado pelos pesquisados a possibilidade dos seus dados serem utilizados para
fins escusos, criação de perfis falsos em redes sociais, simulação de sequestros, trotes, entre outros
riscos. Tal premissa pode ser ratificada ao perceber que 56% dos pesquisados não procuram saber o
que acontece com os dados fornecidos a rede, e 51% deles acreditam que as informações prestadas
são protegidas.
Em relação à confiabilidade, 50.40% não acreditam na segurança e privacidade dos sites
onde são inseridos os dados em analise nesta pesquisa. O percentual encontrado para esta resposta
entra em conflito direto com a resposta obtida diante a inquirição anterior em relação à crença na
proteção de seus de suas informações, restando-se assim prejudicada a analise diante a contradição.
Posto que, não se podem ter dados protegidos em um local onde não se credita segurança e
privacidade do que lhes é informado.
Quando questionados sobre a possibilidade de seus dados pessoais serem vendidos a outros
sites, 60% responderam que não, demonstrando assim confiança em relação aos sites que visitam ou
que mantem conta. O resultado obtido neste questionamento também encontra divergência em
relação ao percentual indicativo de não confiabilidade de privacidade e segurança dos sites.
Ainda no mesmo sentido, diante a indagação sobre privacidade na internet, 80% acham que
esta não existe na rede. Ademais, 73% não confia no que é visualizado na internet. Pode-se intuir
então que, os internautas que participaram desta pesquisa são cientes da vulnerabilidade ao quais
seus dados e informações são submetidas, porém não encontram neste fato um empecilho para
continuidade da conduta informativa. Ademais, no tocante a educação para uma navegação segura,
72% declarou já ter recebido orientação de como utilizar a internet.
Em nossa pesquisa, vimos a necessidade de identificarmos quais as redes sociais que os
estudantes possuem e utilizam, dentre elas, é de fácil entendimento dizer que o Facebook foi a rede
social com mais usuários em tal análise. 58 (cinquenta e oito) estudantes informaram que apenas
possuem perfil na rede social criada por Mark Zuckerberg. Essa informação é de fácil compreensão,
como afirmado acima, visto que o Facebook se espalhou pelo mundo e hoje é uma das maiores do
mundo em quantidade de usuários com aproximadamente 1,44 bilhão de usuários no mundo todo.
Além disso, 45 (quarenta e cinco) dos alunos voluntários na pesquisa de campo informaram
possuir contas tanto no Facebook quanto no Instagram, rede social específica para a postagem de
fotos e vídeos de pequena duração. A rede social cresceu em grande escala nos últimos anos,
atingindo a marca de 300 (trezentos) milhões de usuários em abril de 2015.
Ademais, 24 (vinte e quatro) voluntários informaram que possuem perfil no Facebook,
Instagram e Twitter, essa última rede social, não tão popular no Brasil, porém com notória
quantidade de usuários no mundo, tem por finalidade a troca de informações com uma quantidade
limitada de caracteres, no caso 140 (cento e quarenta). 23 (vinte e três) informaram que possuem
contas apenas no Facebook e Twitter e apenas um dos pesquisados informou usar todas as redes
sociais disponibilizadas em nossa pesquisa.
Quando questionados sobre a segurança de seus perfis nas redes sociais, 41% deles
informaram que suas contas são privadas, tendo acesso as informações apenas aqueles que são
adicionados como contatos. 39% alegaram que suas contas são parcialmente privadas, podendo
qualquer usuário de internet ter acesso a informações superficiais sobre o utente, e 20% informou
que seus perfis em redes sociais são totalmente públicos.
Podemos perceber que, a maioria dos entrevistados possuem mais cautela para proteger-se
dos males que podem ocorrer na internet, deixando seus perfis privados ou parcialmente privados,
não disponibilizando o acesso a fotos ou informações sigilosas por pessoas desconhecidas, porém,
ainda podemos ver adolescentes um pouco menos cuidadosos com suas informações,
disponibilizando-as, sem medir o risco que correm.
Por conseguinte, 47% dos alunos entrevistados informaram que já se arrependeram de ter
postado algo nas redes sociais, enquanto 53% informou o contrário. Qualquer informação exposta
na rede mundial de computadores pode se transformar em uma informação viral em poucas horas,
sendo acessada e vista por diversas pessoas, perdendo, quem posta tal informação, o controle da
situação. A falta de informação sobre segurança na internet é uma grande causa do arrependimento
de alguns posts dos usuários, visto que muitos não entendem as consequências que suas
informações podem causar.
Quanto aos problemas relacionados a postagens de amigos em redes sociais, 68% informou
que nunca ocorreu nenhum tipo de impasse quanto a informações disponibilizadas por amigos,
porém, 32% alegaram ter tido problemas com tais atitudes.

5. CONCLUSÃO

Os diversos segmentos da sociedade têm conduzido suas atividades no sentido de adaptar


aos novos processos eletrônicos, sendo estes considerados, nos dias atuais, praticamente
indispensáveis na vida da maioria dos cidadãos, pode-se dizer que tal fenômeno se configura como
a própria essência da sociedade atual.
Ao mesmo tempo em que a era digital torna-se uma realidade para os indivíduos,
intensifica-se a possibilidade do envio de textos, imagens e sons de forma rápida e em tempo real,
processo que tem a internet como marca registrada configurando-se como a última fronteira da
comunicação, uma cultura de massa que permite “igualar” distintas culturas.
Sendo assim, dois grandes tipos de riscos são considerados: os chamado globais e os
individuais. Os globais produzem efeitos na população e se limitam a um território concreto, são as
grandes catástrofes naturais (terremotos, tsunamis e outros) e as nucleares. Os riscos individuais,
por sua vez, são chamados riscos cotidianos pequenos e podem afetar grandes quantidades de
pessoas. No entanto, suas consequências são sofridas individualmente de forma que grande maioria
desses riscos estão relacionados ao caráter tecnológico.
Dessa forma, evidencia-se a relevância e atualidade da temática deste projeto, uma vez que é
uma análise inovadora e relacionada ao uso da internet por crianças e adolescentes exclusivamente
na cidade de Campina Grande/PB. Além disso, tomou-se como objetivo de estudo a realidade local.
Neste sentido, a pesquisa contribuiu em diversos aspectos relativos à segurança do uso da internet,
especialmente no que se refere aos dados pessoais destes adolescentes, dando destaque à
privacidade na rede de computadores.
Pelo exposto nos resultados da pesquisa, diante de todas as facilidades existentes no acesso a
web, vislumbra-se que os jovens campinenses, ainda que orientados por seus pais e por sua escola,
não se preocupam com as informações que publicam na internet, tampouco têm a dimensão das
implicações que estas exposições poderão causar. Assim, o grande dilema está em acompanhar a
evolução das novas tecnologias, de modo que torna-se evidente e necessário o desenvolvimento de
mecanismos de controle não apenas repressivo, mas, sobretudo, preventivo no caso de ocorrer
futuras condutas lesivas aos direitos da personalidades dos adolescentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Vol. 1. 10. ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2007.

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direito fundamental diante dos avanços da tecnologia da informação. Porto Alegre: Sergio Antonio
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