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INTRODUÇÃO A ENGENHARIA ELÉTRICA

USINA DE SOBRADINHO – CHESF – VISTA DA SALA DE CONTROLE


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HIDROELÉTRICA DE SOBRADINHO – CHESF – VISTA DO ROTOR DE UM DOS GERADORES

HIDROELÉTRICA DE SOBRADINHO – CHESF – VISTA DA TURBINA


PROGRAMA 2012.2

1. INTRODUÇÃO:
3

1.1 – Descobertas na eletricidade


1.2 – Desafios do avanço tecnológico
1.3 – Entidades de Classe SENGE, CREA/CONFEA – ART

2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS DAS GRANDEZAS ELÉTRICAS FUNDAMENTAIS

2.1 – Tensão, Corrente e Resistência Elétricas


2.2 – Potência e Energia
2.3 – Corrente Contínua (DC) e Corrente Alternada (AC)

3. SISTEMAS DE POTÊNCIA

3.1 – Geração, Transmissão e Distribuição da Energia Elétrica


3.2 – Noções de Máquinas Elétricas
3.3 – Medição da Energia Elétrica e Unidade Consumidora
3.4 – Fontes Alternativas de Energia Elétrica

4. AUTOMAÇÃO E SISTEMAS DE CONTROLE.

4.1 – Eletrônica Analógica x Eletrônica Digital


4.2 – Noções de Transdutores Eletro/Eletrônicos
4.3 – Noções de Interferência Eletromagnética
4.4 – Noções de Smart Grids

OBS:

Recentemente, diversas inovações tecnológicas modificaram a maneira dos


consumidores enxergar o mercado de energia elétrica. A implantação de redes
inteligentes, o crescimento do uso de veículos elétricos e a geração distribuída de
energia, por meio de fontes não convencionais, já é uma realidade no cenário
mundial e está começando com força no Brasil.

PARQUE
EÓLICO

Geração convencional e geração eólica em Sobradinho/BA


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Modelo da Geração Distribuida

GRANDE POTENCIAL DE EMPREGO PARA O ENGENHEIRO ELETRICISTA:

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou em 17/04/2012,


regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de
pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência e a
minigeração, de 100 KW a 1 MW. A norma cria o Sistema de Compensação de
Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade
consumidora e trocar energia com a distribuidora local.
A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia.
(hídrica,solar,biomassa,eólica)

Por esse sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo,
produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da
distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes.
Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações
estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o
controle sobre a sua fatura.

1. INTRODUÇÃO:
1.1 – Marcos históricos destacáveis:
AULA 1 DE ELETRICIDADE As Fontes da Corrente.wmv
* Grécia Antiga - Tales de Mileto descobre as propriedades de eletrização do
âmbar por atrito. (Eletricidade Estática). O ambar que é uma resina fóssil,
também tem o nome de electrum de onde derivou a palavra “eletricidade”.
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Objetos ornamentais feitos de âmbar.

* Na Ásia Menor descobre-se que um pedaço de rocha atrai pequenos


pedaços de ferro.

* Em 1600 o físico e medico inglês William Gilbert publica o livro De


Magnete, sobre os ímãs, os corpos magnéticos e o grande imã terrestre.
Em seu livro, ele também estudou eletricidade estática usando âmbar;
em grego, âmbar é chamado eléktron, então, Gilbert decidiu chamar isso
de eletricidade e pronto.

* Em 1660, Otto Von Guericke inventa a máquina eletrostática que era


capaz de gerar cargas elétricas por fricção.

* Em 1729, Stephen Gray fez a distinção entre materiais condutores e


não condutores.

* Em1730, Charles Francis Dufay descobriu que a eletricidade produzida


por fricção podia ser de duas classes – positiva ou negativa

* Em 1744 na Universidade de Leyden – Holanda foi inventado um dispositivo


chamado garrafa de Leyden.

* Benjamin Franklin – Estados Unidos – carregou uma garrafa de Leyden


utilizando pipas durante tempestades e constatou que os raios são uma forma
de eletricidade.
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Esta descoberta de Franklin possibilitou a invenção dos primeiros pára-raios.

* No século XVIII acreditava-se que a eletricidade era um fluido. Com base


nesta teoria, Franklin estabeleceu (1750) os termos “eletricidade positiva “ e
“eletricidade negativa” assim como as
propriedades de atração e repulsão entre corpos carregados.

* Em 1780 na Itália, Luigi Galvani, professor de Anatomia, descobre que as


pernas de um sapo morto, que estava sobre uma placa metálica, sofriam uma
contração quando tocadas com um bisturi. Galvani atribui este fenômeno à
descarga elétrica;

A PRIMEIRA PILHA
* Alessandro Volta – Itália – descobre que ocorre uma reação química quando
dois metais diferentes ficam em contato com uma solução acida. Devido a esta
reação surge uma corrente elétrica.

Pilha de Volta
* Em 1796 – Volta construiu a primeira pilha utilizando discos de cobre e zinco,
separados por um material que continha uma solução ácida.
AULA 2 DE ELETRICIDADE Entre o Mais e o Menos.wmv
ELETRO MAGNETISMO
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* Em 1820 na Dinamarca, Hans Christian Oersted descobre que uma corrente


elétrica, fluindo em um condutor, é capaz de movimentar a agulha de uma
bússola.
* Em 1831 na Inglaterra, Michael Faraday descobriu que se um condutor se
movimentasse dentro do campo magnético de um ímã, uma força eletromotriz
era induzida nos terminais do condutor.

Mickel Faraday
LEIS DE COULOMB
* Em 1800 na França, Charles Augustin Coulomb descobriu que a força entre
dois pólos carregados é inversamente proporcional ao quadrado da distância
entre eles e diretamente proporcional à suas magnitudes.

Charles Augustin Coulomb

SOLENOIDE
* Em 1820 na França, André Maria Ampère, demonstrou que condutores
percorridos por correntes elétricas desenvolvem forças de atração ou de
repulsão. Ele inventou o solenóide.

* Em 1827 Ampère elaborou a formulação matemática do eletromagnetismo ,


a conhecida “lei de Ampère”.
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André Maria Ampère

Campo magnético creado por un solenoide (magnetic field in a solenoid)_xvid.avi


LEI DE OHM

* Em 1827 na Alemanha, George Simon Ohm descobre a relação entre corrente,


tensão e resistência em um condutor elétrico, surgindo uma das mais utilizadas
expressões na eletricidade ,
“ Lei de Ohm.”

George Simon Ohm

TELEGRAFO – MAQUINAS ELETRICAS


* Em 1833 na Alemanha, Wilhelm Weber e Karl Gauss
desenvolveram um telégrafo eletromagnético que posteriormente foi
aperfeiçoado por Werner Von Siemens e Samuel Morse.

Karl Gauss Wilhelm Weber


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* Em 1833 na Inglaterra, Michael Faraday estabeleceu as leis da eletrólise, da


capacitância elétrica e inventou o motor elétrico, o dínamo e o transformador.

Motor de Faraday
TELEFONE – ILUMINAÇÃO

* Em 1830 nos Estados Unidos, Joseph Henry descobriu


a “indução eletromagnética” e a conversão do magnetismo em
eletricidade.

Joseph Henry

* Em 1875 nos Estados Unidos, Alexander Graham Bell


inventou o telefone.

Alexander Graham Bell

* Em 1880 nos Estados Unidos, Thomas Edson desenvolveu a lâmpada


elétrica incandescente.
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Thomas Edson

GERAÇÃO DE ENERGIA ELETRICA

* Em 1864 na Inglaterra, James Maxwell desenvolveu as


equações fundamentais do eletro magnetismo –
Leis de Maxwell.

James Maxwell

* Em 1882 Thomas Edison projetou e construiu as primeiras usinas


geradoras, uma em Londres e duas nos Estados Unidos. Ambas eram de
pequeno porte e forneciam eletricidade em corrente contínua (DC).

CORRENTE ALTERNADA

* Em 1886 nos Estados Unidos, George Westhinghouse


inaugurou o primeiro sistema de energia elétrica em AC, utilizando um
transformador eficiente desenvolvido por W. Stanley.
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George Westhinghouse

* Em 1887 já havia algumas usinas em AC que alimentavam cerca de


135.000 lâmpadas. A transmissão era feita em 1.000 volts.
Vídeo Relacionado: Maravilhas Modernas eletricidade parte 1.wmv
* Em 1890, Nikola Tesla criou o sistema de geração de energia elétrica
trifásico, que passou a ser utilizado de 1896 e até os dias atuais.

Nicola Tesla e sua Bobina de Tesla


http://www.youtube.com/watch?v=FY-AS13fl30

VÁLVULA ELETRÔNICA:
O efeito Edson ou efeito Richardson ou ainda efeito termoiônico, consiste na
emissão de eletrons, por parte de cátodos incandescentes e metais ou
semicondutores submetidos a elevadas temperaturas. Foi descoberto em 1901
pelo inventor norte-americano Thomas Alva Edison (1847-1931) e explicado
teoricamente pelo físico inglês Owen Williams Richardson (1879-1959).

Válvula Diodo
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TRANSISTOR

O Prêmio Nobel de 1956 foi conferido à equipe cuja pesquisa


levou à invenção do transistor em 1947. Nesta foto tirada nos
laboratórios da Bell Telephone, encontram-se da esquerda para
a direita, os premiados John Bardeen, William Shocklei e Walter
Brittain.
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CIRCUITO INTEGRADO

O circuito integrado pode ser considerado como sendo inventado


por Jack Kilby de Texas Instruments e Robert Noyce, da Fairchild
Semiconductor, trabalhando independentemente um do outro. Kilby
registrou suas idéias iniciais sobre o circuito integrado em julho de 1958
e demonstrou com sucesso o primeiro circuito integrado em 12 de
setembro de 1958.

Circuito Integrado

MICROPROCESSADOR

É um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de


decisão de um computador. Todos os computadores e equipamentos
eletrônicos baseiam-se nele para executar suas funções. Podemos dizer
que o processador é o cérebro do computador por realizar todas estas
funções, é tornar o computador inteligente.

Microprocessador

1.2 – Desafios do avanço tecnológico


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FUTURO

Nanotecnologia

A nanotecnologia está sendo utilizada para criar novos materiais,


produtos e processos por meio da manipulação de átomos e moléculas.
O mercado total de produtos que incorporam nanotecnologias (incluindo
semicondutores e eletrônicos) atingiu U$ 135 bilhões em 2007, devendo
alcançar US$ 693 bilhões até o final de 2012 e cerca de US$ 2,95
trilhões em 2015.

Atualmente a eletrônica está entrando na era da nanotecnologia.

Nos nanocomponentes, a alteração de seu estado em função da


passagem de corrente deve ser controlada, pois existe uma sensibilidade
maior às variações de temperatura e, principalmente, às variações
dimensionais. Estas causam alterações nas medidas físicas do
componente de tal forma que podem vir a danificá-lo. Por isso a
nanotecnologia é tão sensível sob o ponto de vista de estabilidade de
temperatura e pressão.

1.3 – Entidades de Classe SENGE, CREA/CONFEA – ART

1.3.1 – SENGE - Sindicato dos Engenheiros

Os Sindicato de Engenheiros nos estados da federação são entidades


autônomas, desvinculadas dos Estados, sem fins lucrativos,
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constituídos para fins de coordenação, defesa e representação dos


engenheiros e engenheiras.

Missão:
Acolher, articular e expressar o conjunto de reivindicações e
aspirações profissionais, visando melhoria das condições de vida
e trabalho de seus representados, a consolidação dos sindicatos
como instituições sociais e políticas livres e autônomas, e o
fortalecimento da participação democrática das classes
trabalhadoras e suas relações com outras classes e setores da
sociedade brasileira e com o Estado.
AÇÕES QUE DESENVOLVE:

• Defende os direitos e interesses individuais ou coletivos da


categoria, inclusive como substituto processual em questões
judiciais e administrativas.

• Celebra acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho,


suscita dissídio coletivo de trabalho e protestos judiciais.

• Representa a categoria em congressos, conferências e


encontros de qualquer natureza, e perante autoridades
administrativas e judiciais.

• Promove e estimula a organização dos engenheiros nos locais


de trabalho e regiões.

• Desenvolve atividades na consecução de soluções para os


problemas de interesse dos profissionais representados,
inseridos no contexto do interesse geral da sociedade.
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• Promove ampla e ativa solidariedade com as demais categorias


de trabalhadores.

• Luta pela defesa das liberdades individuais e coletivas, pelo


respeito à justiça social e aos direitos fundamentais do homem;
ORGANIZAÇÃO
Os órgãos que compõem a direção e administração dos Senges
são:

Assembléia Geral, Conselho Diretor, as diretorias Executiva,


Departamentais e Regionais e os delegados ou representantes
sindicais por empresa, além do Conselho Fiscal. As diretorias e o
Conselho Fiscal são eleitos pelos sócios do sindicato a cada três
anos.

1.3.2 CREA´s

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

São entidades pertencentes à esfera estadual e constituem a


manifestação regional do CONFEA, sendo responsáveis pela fiscalização
do exercício da profissões da área tecnológica, a saber: engenharias em
geral, arquitetura, agronomia, GEOLOGIA, GEOGRAFIA,
METEOROLOGIA, cursos superiores TECNÓLOGOS e cursos técnicos
relacionados as áreas regulamentadas.

O Crea verifica, orienta e fiscaliza o exercício profissional, com a missão


de defender a sociedade da prática ilegal das atividades abrangidas
pelo Sistema Confea/Crea, visando a ser reconhecido pelos
profissionais do Sistema e pela sociedade como instituição de
excelência por sua atuação ágil, íntegra e eficiência, através de um
excelente atendimento aos profissionais e a sociedade, participação e
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comprometimento com os resultados organizacionais e de capacitação


técnica.
PROFISSIONAIS DO SISTEMA CONFEA/CREA
ENGENHEIROS
ARQUITETOS
ENGENHEIROS AGRÔNOMOS
GEÓGRAFOS
GEÓLOGOS
METEOROLOGISTAS
TECNÓLOGOS
TÉCNICOS INDUSTRIAIS E
TÉCNICOS AGRÍCOLAS
1.3.3 – CONFEA:

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

É um conselho de fiscalização profissional, não sendo entidade de


classe, na forma de autarquia pública, responsável pela regulamentação
e julgamento final no Brasil das atividades profissionais relacionadas às
classes que abrange: Engenharia, Agronomia, bachareis
em Geografia, Geologia e Meteorologia, possuindo mais de trezentos
títulos profissionais, nos níveis Técnico e Superior (Tecnólogo,
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Licenciado e Bacharel)[1], além de anotar também títulos de pós-


graduação.
Foi instituído em 1933 por decreto do presidente Getúlio Vargas e
coordena os CREAs: Conselhos regionais.
No dia 31 de dezembro de 2010, o então presidente Lula, sancionou a lei
n° 12.378/2010, criando o Conselho de Arquitetura e Urbanismo - o CAU
- separando a profissão de arquiteto deste conselho.

Referências:

Lei Federal nº 5.194 / 24 de dezembro de 1966

LEI Nº 6.496 - DE 7 DE DEZ 1977

Institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de


serviços de Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação,
pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia -
CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras
providências.
19

2. GRANDEZAS ELÉTRICAS FUNDAMENTAIS:

2.1 – Tensão e Corrente Elétricas:

2.1 - TENSÃO ELÉTRICA:

Denomina-se TENSÃO ELÉTRICA uma diferença de pressão


(DDP Diferença de Potencial) de origem elétrica existente entre
dois pontos do espaço ou entre dois corpos carregados.

+++

Va
++
Vb

Vab = Va - Vb

Esta diferença de potencial Vab é a tensão elétrica entre os dois corpos.

Unidade: A TENSÃO elétrica é medida em VOLT.

É uma energia potencial por unidade de carga


Joule/Coulomb = Volt
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ANALOGIA:

Para melhor entendermos a TENSÃO elétrica podemos compará-


la à diferença de pressão existente entre duas caixas d’água:

Vab = Va – Vb
Medido em metros [m]

Va

Vb

Slides Tensão Elétrica.

AULA 1 DE ELETRICIDADE As Fontes da Corrente.wmv e Os Curiosos da Corrente Elétrica

2.2 – CORRENTE ELÉTRICA:

No caso das caixas d’água mostrada anteriormente, se ligarmos


por um cano uma caixa a outra, a água fluirá da caixa de maior
potencial para a de menor, estabelecendo uma “corrente” de
água também chamada VAZÃO medida em litros por segundo.

Da mesma forma, se ligarmos um fio condutor do corpo A para


o corpo B, uma “vazão” de cargas elétrica se estabelecerá entre
os dois corpos, formando uma CORRENTE ELÉTRICA. O fluxo de
água é medido em litros/segundo e a corrente elétrica é medida
em Coulomb/segundo, que foi chamada de AMPÈRE.
A CORRENTE elétrica é medida em AMPÈRES [A].
...............................................................................................
21

Resumindo: TENSÃO elétrica é a diferença de pressão e


CORRENTE é o fluxo ou circulação de cargas elétricas. Assim,
não pode haver corrente sem tensão.

..............................................................................................
Slides corrente elétrica

2.3 – RESISTÊNCIA ELÉTRICA:


No caso das duas caixas d’água ligadas uma a outra por um cano, a
vazão será tanto maior quanto maior for a área da seção reta do cano e
menor seu comprimento pois, a “resistência” a passagem da água será
menor. Também, quanto maior for a diferença de nível maior será a
vazão. Por analogia, A CORRENTE ELÉTRICA que passará pelo fio, será
tanto maior quanto menor for a RESISTÊNCIA elétrica do fio (mais
grosso e de menor comprimento) e também quanto maior for a
TENSÃO elétrica aplicada.

Daí podemos dizer:

TENSÃO
CORRENTE=
CORRENTE é proporcional a TENSÃO e inversamente
RESISTÊNCIA proporcional a
RESISTÊNCIA.
V V
V =R × I I = R=
R I

FAMOSA LEI DE OHM


A UNIDADE DE RESISTEÊ NCIA EÉ O OHM [Ω]
22

Video: Eletricidade 3

Slides: Resistência e Lei de Ohm

Exercícios:
1) Um chuveiro funciona com 220V de tensão. Se medirmos uma
corrente de 20 A qual é o valor da resistência desse chuveiro?
R = 11 OHMS = 11 Ω
2) Um ferro de passar funciona com 220V de tensão. Mediu-se a corrente
do mesmo em funcionamento obtendo-se 5 Amperes. Qual a resistência
desse aparelho?
R = 44 OHMS = 44 Ω
MULTISIM  SIMULAR ESSES DOIS EXERCÍCIOS

2.4 – MEDIÇÃO DE TENSÃO, CORRENTE e RESISTÊNCIA.

Os instrumentos para medir essas grandezas elétricas são


chamados:
TENSÃO  Voltímetro

Analógicos digitais
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CORRENTE  Amperímetro

Analógicos Digitais

RESISTÊNCIA  Ohmímetro

MULTÍMETROS ou MULTITESTES:
São equipamentos que reúnem, num só corpo, as funções de
Amperímetro, Voltímetro e Ohmímetro.
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Analógicos Digitais

OBS: Unidades derivadas:


TENSÃO: microvolt (µV), milivolt (mV), Volt, Quilovolt (kV),
Megavolt (MV)........
CORRENTE: microampère (µA), miliampère (mA), Ampère,
Kiloampère (kA), Megampère (MA)
RESISTÊNCIA: micro-ohm (µ Ω), miliohm (m Ω), Ohm, kilohm (k
Ω), Megohm (M Ω)
2.5 – CÓDIGO DE CORES PARA RESISTORES:
Construção do Resistor:

Modelos comerciais:
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PRETO MARROM VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL VIOLETA CINZA BRANCO

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

A PRIMEIRA FAIXA em um resistor é interpretada como o PRIMEIRO DÍGITO do valor ôhmico


da resistência do resistor. Para o resistor mostrado acima, a primeira faixa é amarela, assim o
primeiro dígito é 4:
A SEGUNDA FAIXA dá o SEGUNDO DÍGITO. Essa é uma faixa violeta, então o segundo dígito é
7. A TERCEIRA FAIXA é chamada de MULTIPLICADOR e não é interpretada do mesmo modo.
O número associado à cor do multiplicador nos informa quantos "zeros" devem ser colocados
após os dígitos que já temos. Aqui, uma faixa vermelha nos diz que devemos acrescentar 2
zeros. O valor ôhmico desse resistor é então 4 7 00 ohms, quer dizer,
4.700 ou 4,7 k .

EXERCÍCIOS:

Determine a Resistência e a Tolerância dos resistores abaixo:


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SUPERCONDUTIVIDADE
Alguns materiais, quando submetidos a baixas temperaturas
apresentam o fenômeno da supercondutividade, ou seja, sua
resistência elétrica cai a zero em temperaturas próximas do zero
absoluto.
Video: Supercondutividade e Arquivos

CAPÍTULO 3
POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA

3.1 - POTÊNCIA ELÉTRICA:


Até agora aprendemos que TENSÃO ou voltagem é a “pressão”
elétrica e que CORRENTE ou amperagem é a vazão de cargas
elétricas. Ora, como no caso das caixas d’água, se temos
pressão e vazão temos uma “capacidade” de realizar algum
TRABALHO. Assim, se temos Tensão elétrica e Corrente
elétrica, temos também a capacidade de realizar algum trabalho,
ou seja, capacidade de transformar energia elétrica em outras
formas de energia.
27

I=0,45A

220V

No caso acima temos: Tensão = 220V = 220 joules/coulomb

Corrente = 0,45 A = 0,45 coulomb/segundo

Se multiplicarmos Tensão x Corrente obteremos 220V x 0,45 A =

É chamado de

 POTÊNCIA

UNIDADE DE POTÊNCIA Watt [W]


POTÊNCIA  É a CAPACIDADE de produzir TRABALHO, ou de
transformar energia elétrica em outra forma de energia.

Assim, uma lâmpada de 100W é capaz de transformar 100joules de


energia por segundo em luz e calor.

POTÊNCIA = TENSÃO x CORRENTE ou simbolicamente P=VxI

3.2 - ENERGIA ELÉTRICA:


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Se POTÊNCIA é a capacidade de transformar energia por unidade de


tempo, a ENERGIA transformada será a POTÊNCIA multiplicada pelo
TEMPO.

ENERGIA = POTÊNCIA x TEMPO ou simbolicamente

E=Pxt
Se a potência é variável no tempo, matemáticamente podemos também
escrever:

ENERGIA = ∫ P(t )dt

Ou ainda
ENERGIA = ∫ v(t ).i(t )dt
Se V e I são constantes
ENERGIA=V × I ×t

Assim, se nossa lâmpada de 100W ficar ligada 10h por noite ela
transformará:
E = 100W x 10 horas = 100joules/s x (10 x 60 x 60) s = 3,6×106
joules que não é uma unidade prática.
3.3 UNIDADES PRÁTICAS:
Como a unidade [joule] é muito pequena, na prática (dia a dia) as
unidades utilizadas são:
POTÊNCIA: Watt [W], KiloWatt [Kw], MegaWatt [Mw], GigaWatt [GW],
miliWatt [mW], HP e CV
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1CV = 735W e 1 HP = 746W


TEMPO: HORAS (h)
ENERGIA: Watt.Hora (Wh), KiloWatt.hora (Kwh), MegaWatt.hora (Mwh),
GigaWatt.hora (Gwh)
3.4 – MEDIDORES DE POTÊNCIA E ENERGIA:

POTÊNCIA  Wattímetro

ENERGIA (kwh)  KiloWatt hora metro.


30

ELETROMECÂNICOS ELETRÔNICO/DIGITAL

Exercícios:
1) Calcule o consumo mensal de uma lâmpada de 100W ligada
12h por dia.
2) Qual é o consumo mensal de 01 computador ligado 24 h por
dia. (Potência 100W)
3) Considere um chuveiro de 4.400W ligado em 220V.
31

a) Calcule a corrente elétrica que circula por esse chuveiro e pela


instalação.
b) Calcule a resistência elétrica desse chuveiro
c) Calcule o consumo mensal de energia em KWh para uma
família de 4 pessoas tomando banho 15min/dia cada pessoa.
d) Calcule o custo mensal desse chuveiro considerando uma
tarifa residencial de R$0,50/kwh.
4) Calcule o consumo e o custo mensal de 01 aparelho de ar
condicionado de 10.000BTU ligado 10h por dia. (considerar
10.000BTU = 1,5kW)
4) Uma padaria possui um forno de 50kW de potência
alimentado em 220V.
a) Calcule a corrente que alimenta esse forno.
b) Calcule a resistência do forno
c) Calcule o consumo mensal funcionando 3h por dia
d) Calcule o custo considerando uma tarifa comercial de
R$0,50/kwh
5) O sistema de bombeamento de um condomínio possui os
seguintes motores: (Considere 1CV = 0,735kW)
1 motor de 3CV horário: 06:00 às 18:00h
2 motores 5CV horário: 18:00 às 06:00h
Calcule:
a) A corrente nominal de cada motor ligado em 220V
b) A corrente nominal de cada motor ligado em 380v
32

a) O consumo em kWh mensal desse bombeamento


b) O custo da energia considerando uma tarifa Rural de
R$0,50/kwh
6) O circuito elétrico de um automóvel possui as seguintes
cargas:
02 faróis 75w
02 lanternas trazeiras de 20w
01 CD Player 50w
Considerando-se esse carro ligado à noite, determine:
a) A resistência de cada Lâmpada
b) A resistência equivalente do CD player
c) A Corrente total consumida por esse veículo
d) Quanto tempo duraria a bateria de 40Ah para alimentar essa
carga sem o apoio do gerador?

SIMULADOR DE CONSUMO
As concessionárias disponibilizam na Internet
simuladores de consumo, conforme tela abaixo, tirada
do Site da CELPE (www.celpe.com.br)
33

CAPÍTULO 4
CORRENTE CONTÍNUA x CORRENTE ALTERNADA
4.1 - INTRODUÇÃO:
34

Quando um aparelho é ligado a uma pilha ou bateria a corrente


elétrica se mantém sempre em um mesmo sentido. Por este
motivo dizemos que pilhas e baterias geram corrente contínua
(abreviamos por CC ou DC em inglês). Já na tomada da nossa
residência, a corrente é alternada. Isso significa que ora a
corrente tem um sentido ora tem outro. A força que impulsiona
os elétrons inverte constantemente de sentido.
VIDEOS RELACIONADOS: OS CURIOSOS DA CORRENTE ELÉTRICA e
Eletricidade 2 e 4

4.2 – CORRENTE CONTÍNUA:


Corrente contínua (CC ou, em inglês, DC) é o fluxo constante
e ordenado de elétrons sempre em um mesmo sentido. Esse
tipo de corrente é gerado por baterias de automóveis ou de
motos (6, 12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente 9V),
pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células solares e fontes de
alimentação de várias tecnologias, que retificam a corrente
alternada para produzir corrente contínua. Normalmente é
utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e
24V) e os circuitos digitais de equipamento de informática
(computadores, modems, hubs, etc.).

OBS: Todo aparelho que utiliza Corrente Contínua (CC) terá geralmente
marcado nos terminais os sinais (+) para o pólo positivo e (-) para o pólo
negativo ou ainda, o pólo positivo virá marcado com a cor VERMELHA e
o pólo negativo com a cor PRETA.
35

TESTADOR DE BATERIAS.
Veja o terminal preto para o
negativo e o vermelho para o
positivo

GRÁFICO DA CORRENTE CONTÍNUA x TEMPO

A corrente contínua constante é a que encontramos nas pilhas e baterias.


Quando dizemos constante é porque (teoricamente) a tensão da bateria
se mantém num mesmo valor (p.ex. 12 Volts) ao longo do tempo para
qualquer carga (teoricamente).
Na prática, a tensão vai decrescendo com o tempo em função da
descarga da bateria.

4.3 – CORRENTE ALTERNADA:


36

A Corrente Alternada, ou CA (em inglês AC - Alternating


Current) é, como o próprio nome diz, uma corrente elétrica cuja
intensidade e direção variam ciclicamente (se alternam), ao
contrário da corrente contínua cuja direção permanece
constante e que possui pólos positivo e negativo definidos. A
forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal,
por ser a forma de transmissão de energia mais eficiente.
Entretanto, em certas aplicações, diferentes formas de ondas
são utilizadas tais como triangular, onda quadrada e dente de
serra.

* Mostrar no Multisim a DC e CA

OBS:
1) Uma forma de analogia que pode ajudar a entender a Corrente
Alternada Senoidal é o pêndulo, cujo movimento harmônico lembra a
forma de onda da CA senoidal.
37

2) De agora em diante, quando falarmos em Corrente Alternada,


estaremos nos referindo a corrente alternada senoidal.
VIDEOS RELACIONADOS: ELETRICIDADE 2 e 4

4.3.1 – GERAÇÃO DA CORRENTE ALTERNADA SENOIDAL:

Um gerador de corrente alternada simples é constituído de um imã fixo e


de uma espira colocada no meio do imã como mostra a figura acima. A
alimentação da lâmpada é realizada através das escovas que estão em
contato com os anéis que, por sua vez, estão ligados na extremidade da
espira. Ao girar a espira, há variação de fluxo magnético induzindo uma
FEM que produzirá uma corrente, que vai passar através das escovas e
alimentar o circuito e assim, acender a lâmpada. Esta corrente é
alternada e neste caso o gerador é denominado gerador de corrente
alternada ou alternador. Este é o princípio básico dos geradores das
grandes hidroelétricas.
Videos relacionados: gerador

4.3.2 – CONVENÇÕES UTILIZADAS:


38

No caso da Corrente Contínua (CC) temos os pólos POSITIVO e


NEGATIVO. No caso da Corrente Alternada (CA) não temos essa
característica pois, a polaridade muda constantemente com o tempo.

Assim, no caso da figura acima, o condutor ou pólo “vivo” é chamado na


prática de FASE e o condutor “morto” de NEUTRO.
1 condutor “vivo”  Monofásico
2 condutores “vivos”  Bifásico
3 condutores “vivos”  Trifásico
6 condutores “vivos”  Hexafásico

4.3.3 – HISTÓRIA DA CORRENTE ALTERNADA:

A corrente alternada surgiu quando Nikola Tesla foi contratado por J.


Westinghouse para construir uma linha de transmissão entre Niágara e
Búfalo, em NY. Thomas Edson fez o possível para desacreditar Tesla, mas
o sistema polifásico de Tesla foi adotado. A Corrente Alternada é a forma
mais eficaz de se transmitir uma corrente elétrica por longas distâncias.
Nela os elétrons invertem o seu sentido várias vezes por segundo.
39

A Corrente Alternada foi adotada para transmissão de energia elétrica a


longas distâncias devido à facilidade relativa que ela apresenta para ter o
valor de sua tensão alterada por intermédio de transformadores. No
entanto, as primeiras experiências e transmissões foram feitas com
Corrente contínua (CC ou, em inglês, DC).

VIDEO RELACIONADO: MARAVILHAS MODERNAS NICOLA TESLA

4.3.4 – FORMA MATEMÁTICA DA CORRENTE ALTERNADA SENOIDAL:

Toda Corrente Alternada (CA) pode ser escrita na forma:


V(t) = Vm . sen(w.t + Ø)
Onde:
Vm  Valor máximo ou de pico
w  Velocidade angular em rad/s W = 2.π.f
No caso da freqüência de 60Hz W = 377rad/s
t  Tempo [s]
Ø  Ângulo de fase [rad]
40

VISTA DE UMA CORRENTE ALTERNADA NO OSCILOSCÓPIO

OSCILOSCÓPIO:

Aparelho que apresenta em uma tela o oscilograma de uma onda qualquer.

4.4 – VALOR EFICAZ DE UMA CORRENTE OU TENSÃO ALTENADAS SENOIDAIS:

Por definição, o VALOR EFICAZ de uma corrente alternada é o valor de uma


corrente contínua, que em um mesmo resistor, transforma a mesma quantidade
de energia em calor em um mesmo intervalo de tempo. É também conhecido
como valor RMS do inglês Root Mean Square).

Em correntes alternadas senoidais o valor eficaz é o valor máximo divido por raiz
de 2.

Todas as referências que se faz na prática são feitas ao VALOR EFICAZ.

Exemplos:

A tensão alternada das tomadas pode ser escrita como:

V(t) = 220.senwt V  O valor 220V é o VALOR EFICAZ. A tensão máxima ou


também chamada de tensão de pico é calculada multiplicando-se o valor eficaz
por √ 2 .

Assim, o valor máximo da tensão nas tomadas das residências será:


V max =220 × √ 2=311 V
41

4.5 – SISTEMAS TRIFÁSICOS:


Toda geração de energia de grande porte é feita por gerador trifásico,
que nada mais é que três geradores monofásicos colocados em um
mesmo invólucro mas defasados de 120° e interconectados entre si.

ESQUEMA DO GERADOR TRIFÁSICO


250
200
150
100
50
Va
0 Vb
Vc
-50
1

19

37
46

64

91
10

28

55

73
82

0
9
8
7
6
5
4
10
10
11

14
12
13

15

-100
-150
-200
-250

4.5.1 – TENSÃO DE LINHA E TENSÃO DE FASE:


A ssim, a tensão em cada fase será escrita:
Van(t) = 220sen(377t) volts
Vbn(t) = 220sen(377t + 120°) volts
Vcn(t) = 220sen(377t + 240°) volts
42

Van−Vab−Vbn=0

Vab=Van−Vbn

Van=220 sen 377 t

Vbn=220 sen (377 t+ 120° )

Vab=220 sen 377 t−220 sen ( 377 t +120 ° )

Vab=220 sen 377 t−220 [ sen 377 t . cos 120 ° + sen 120° . cos 377 t ]

mas sen 120 °= √ 3 /2 e cos 120° =−1 /2

substituindo

Vab=220 [sen 377 t + ( 12 ) sen 377 t +( √23 ) . cos 377 t ]


3 sen 377 t+ √ 3 cos 377 t

[
Vab=220 sen 377 t
3 √3
2 ()
+ cos 377 t =
2
220 ]
2
¿
]
Dividindo e multiplicando-se tudo por √ 12=2 √ 3 obteremos:

Vab= [
220 3
2 2 √3
sen 377 t+ √ cos 377 t × 2 √ 3=
3
2 √3 ]
220
2
.2 √ 3[ √ sen 377 t + cos 377 t ]
2
3 1
2

Vab=220. √ 3 . sen ( 377 t+30 ° ) Volts


43

Resumindo: a amplitude da tensão de fase para fase que é chamada de tensão de linha, é
igual a tensão de fase para o neutro multiplicada por √ 3 .

CAPÍTULO 5 – CONDUTORES E ISOLANTES


5.1 CONDUTORES:

Chama-se Material Condutor todo material que permite a ocorrência de um


fluxo de elétrons através do mesmo.

Os materiais que apresentam essa característica são principalmente os metais:


Exemplo: Cobre, Alumínio, Prata, Ouro
5.2 NÚVENS DE ELÉTRONS

Todos os METAIS apresentam uma estrutura cristalina regular, com o núcleo


formando essa estrutura cristalina por forças de coesão interatômicas.

Os elétrons da última camada ou da camada mais externa, devido a características


próprias do material, podem movimentar-se livremente por entre a estrutura
cristalina e assim são chamados ELÉTRONS LIVRES. Esses Elétrons livres
formam uma “nuvem” de cargas negativas também chamada de “Gás de Elétrons”.

-- ---- ----- --- -- -- --- - ----- ---- --------------------------- - - - - - -----


-- ---- ----- --- -- -- ---
+ +
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - --

+ + +

+ +

O movimento desses elétrons livres é aleatório ou randômico e assim,


o valor médio da corrente elétrica resultante desse movimento é zero.

Se aplicarmos um Campo Elétrico em um material condutor, os elétrons livres


vão movimentar-se e conseqüentemente surgirá uma corrente elétrica.
44

5.3 TIPOS DE MATERIAIS CONDUTORES:

Em todos os materiais condutores, a sua capacidade de condução de


elétrons (corrente elétrica), capacidade essa também chamada
CONDUTIVIDADE do material, é afetada por diferentes causas, tais
como a temperatura, desuniformidade da estrutura cristalina, e
impurezas existentes ou adicionadas ao mesmo.
CONDUTORES SÓLIDOS:

Cobre, alumínio, ferro, ligas metálicas

CONDUTORES LÍQUIDOS

Mercúrio, Soluções ácidas, básicas ou alcalinas

CONDUTORES GASOSOS

Gases ionizados, Plasmas

OBS:

A eletrotécnica e a eletrônica utilizam esses materiais condutores para


transportarem as correntes elétricas e, com elas, desenvolverem ações de
comando, força, monitoração e controle.

Os principais materiais condutores utilizados na Eletrotécnica destacam-se o


Cobre, o Alumínio, o Ferro, a Prata, o Níquel, o Zinco e o Ouro e as ligas
construídas com esses materiais.

Mineração Caraíba onde é extraído cobre


45

5.4 – FUSÍVEIS: (que se funde ou derrete)

É um dispositivo elétrico utilizado na proteção de circuitos ou equipamentos contra


as sobrecargas e correntes de curto circuito.

Chama-se corrente de curto circuito a elevada e danosa corrente que é gerada por
um defeito em alguma parte da instalação ou equipamento.

Os fusíveis são os componentes elétricos de proteção de uso mais extenso dentro


da eletricidade.

São construídos geralmente de ligas de chumbo e estanho que se destinam, pela


fusão, a interromper (desligar) automaticamente a corrente dos circuitos e
equipamentos elétricos e eletrônicos.

Os fusíveis são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra danos


causados por sobrecargas de corrente, que podem provocar incêndios e até
explosões. Os fusíveis são aplicados geralmente nos circuitos domésticos,
comerciais e na indústria leve.

Princípio de funcionamento:

O funcionamento do fusível baseia-se no princípio segundo o qual uma


corrente que passa por um condutor gera calor proporcional ao quadrado
dessa corrente. Quando a corrente atinge a intensidade máxima
46

tolerável, o calor gerado não se dissipa com rapidez suficiente,


derretendo o componente interrompendo o circuito.

FUSÍVEIS PARA ALTA TENSÃO:

A chave fusível é utilizada em redes de distribuição de


energia e instalações de unidades consumidoras para
proteção de transformadores, banco de capacitores,
cabines primárias e ramais, própria para uso ao tempo é
provida de gancho para utilizar ferramenta de abertura em carga. O porta-
fusível possui fibra interna e fibra de vidro externo para interromper correntes
de curto-circuito de alta intensidade.

ELOS FUSÍVEIS

5.5 – FIOS E CABOS

Fio  É um condutor sólido, maciço, provido ou não de isolação, usado


diretamente como condutor de energia elétrica.

Cabo  É um conjunto de fios reunidos para formar um condutor de energia


elétrica.
47

CABO COAXIAL

Este tipo possui um fio rígido interno com uma cobertura de plástico e
uma malha metálica que funciona como blindagem contra interferências.
Por cima de tudo há uma capa isolante. Este tipo de fio é usado para
conduzir sinais de altas frequências como os de antena de TV, TV a
cabo, etc. Abaixo vemos um tipo de cabo coaxial:

CABOS DE POTÊNCIA
São cabos utilizados no transporte de grandes correntes tanto em AT (Alta
Tensão) como em BT (Baixa Tensão).

Cabos BT
Antichama 750V

 Fio e Cabo Antichama 750V


Cabo Antichama Flexivel 750V

 Condutor de cobre:

 Isolação PVC

Aplicações: Instalações industriais, comerciais e residenciais.


48

CABOS DE POTÊNCIA AT (Alta Tensão)

OBSERVAÇÃO:
Por razões termoelétricas e eletroquímicas um fio de cobre não deve ser
ligado diretamente a um fio de alumínio.

5.7 – ISOLANTES:
Chama-se isolante elétrico todo material com alta resistividade no qual
o fluxo de cargas elétricas, resultante de uma diferença de potencial
aplicada, é desprezível.
Exemplos: Cerâmicas, vidro, plástico, borrachas, óleos orgânicos, etc.
5.8 – DIELÉTRICO REAL:
Dicionário Aurélio:S. m.
Substância ou objeto isolador da eletricidade.
São materiais que possuem elevada resistividade, ou seja, a
quantidade de elétrons livres é muito pequena, não permitindo um bom
caminho para o deslocamento das cargas elétricas.

Nesses materiais os elétrons da última camada estão fortemente


presos ao núcleo central.
49

Estrutura do material dielétrico sem


+ aplicação de um campo Elétrico externo.
Os “dipolos” não estão orientados e sua
+ + distribuição é aleatória.

Dielétrico submetido a um
+ +
CAMPO ELÉTRICO: os
+ +
“dipolos” se alinham. Aparece
+ +
então duas corrente: A
+ +
It
+ + corrente de condução (fuga)
devido a existência de alguns
+ +
elétrons livres e a corrente
+ de deslocamento devido a
orientação dos dipolos no
sentido do Campo Elétrico
aplicado.
I t = Ic + I d

It  Corrente total

Ic  Corrente de condução (fuga)

Id  Corrente de deslocamento

5.9 - RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO:

É a resistência elétrica oferecida a passagem da corrente, sendo da ordem de


megohms (106 ohms).

R = V/I  Mesmo para tensões aplicadas elevadas a corrente é muito


pequena.
50

5.10 - RIGIDEZ DIELÉTRICA:

É o valor máximo do campo elétrico ou tensão aplicada que um determinado


material pode suportar sem afetar a sua estrutura.

Quando esse valor é ultrapassado aparece uma forte corrente de condução e o


material não se comporta mais como isolante:

Resumindo: “Fura o isolamento”

Tabela: valores de εr e Rigidez dielétrica para alguns materiais.

εr εr
Material kV / mm Material kV / mm

Água 78 - Polietileno 2,3 50

Âmbar 2,7 90 Poliestireno 2,6 25

Ar (seco) 1,00054 3 Porcelana 6,5 4

Baquelita 4,8 12 Quartzo 3,8 8

Celulose 3,7 - Teflon 2,1 60

Dióxido de titânio 100 6 Vácuo 1 

Mica 5,4 160 Vidro comum 7,75 -

Neoprene 6,9 12 Vidro pirex 4,5 13

Papel 3,5 14

CAPÍTULO 6 - TRANSFORMADORES

6.1 – INTRODUÇÃO:

Conforme enfatizado por Nikola Tesla, a grande vantagem da


utilização da Corrente Alternada (AC) senoidal é a facilidade
com que ela pode ter seu potencial ou “voltagem” aumentada
ou reduzida, ou seja, pode ser transformada de acordo com a
necessidade a um custo relativamente baixo.

O equipamento largamente difundido na Transmissão,


distribuição e utilização da energia é o TRANSFORMADOR.
51

Equipamento versátil e de custo relativamente baixo encontra


grande gama de aplicação tanto na Eletrotécnica quanto na
Eletrônica.

Para se transportar grandes quantidades de energia, faz-se necessário


elevar as tensões utilizadas para poder baixar as correntes mas, não
podemos utilizar nos equipamentos AltasTensões devido ao perigo que
as mesmas representam.

Por isso são utilizados os TRANSFORMADORES que têm essa grande


propriedade.

6.2 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO:

O funcionamento do transformador é simples e explicado através da Lei


de Faraday da Indução Eletromagnética, que nos diz que quando um
circuito é atravessado por uma corrente variável é produzido um campo
magnético variável e, quando um circuito é atravessado por um campo
magnético variável é gerada uma Força Eletromotriz Induzina nesse
circuito.
52

O transformador básico é constituído de dois circuitos independentes,


geralmente dois enrolamentos com espiras de fio enrolado, sendo o
primeiro circuito chamado de primário e o outro de secundário.

Primário: Onde entra a energia

Secundário: Onde sai a energia

O circuito primário é atravessado por uma corrente alternada IP (Primária). Dessa


forma, é gerado um campo magnético senoidal.

A corrente senoidal que circula no Primário


I P criará um fluxo magnético φ

V P =N 1 .
Com são N 1 espiras no primário, dt e como são N2 espiras no

V s =N 2 .
secundário dt Assim, dividindo-se ambas as expressões obteremos:

V P V 1 N1
= =
V S V 2 N2

Como a energia é a mesma nos dois lados P1 = P2 teremos:

N1
V 1 .I 1 =V 2 .I 2 ⇒ Mas V1 = V2 x N2
53

N1 I1 N2
Assim, V2 x N 2 . I1 = V .I ou I 2 = N 1
2 2

RELAÇÃO FUNDAMENTAL DOS TRANSFORMADORES:

V1 N1 I1 N2
V2 = N2 I2 = N 1

Exemplo:

Um transformador possui 2000 espiras no primário e 110 espiras no secundário. Ele


é alimentado com uma tensão de 220V no lado primário. Se ele alimentar uma
lâmpada de 100W ligada no secundário, Calcular:

a) A tensão no secundário

b) A Corrente no secundário

c) A corrente no Primário

Solução: Relação de transformação: 2000 ¿ 110 = 18,18

a) Tensão no secundário V2 = 220 ¿ 18,18 = 12,1V


b) Corrente no secundário I 2 = 100W ¿ 12,1V = 8,26 A
c) Corrente no primário I 1 = 8,26 ¿ 18,18 = 0,454 A

V1
T1
220 V X1
60 Hz 12 V
0Deg
NLT_PQ_4_10
2000:110

OBS: O transformador que deve ser especificado neste caso é:

220V para 12V  500mA

OBS: Na prática, os transformadores não tem os enrolamentos colocados dos dois


lados do núcleo mas sim são enrolados um em cima do outro para ter um maior
aproveitamento do fluxo magnético e assim reduzir a dispersão desse fluxo.
54

NÚCLEO ENVOLVIDO NÚCLEO ENVOLVENTE

6.3 – O TRANSFORMADOR REAL COM CARGA:

Até aqui consideramos que os fios dos enrolamentos tanto do


lado primário quanto do lado secundário não apresentavam
resistência e que o transformador era “ideal”, ou seja, toda
energia que chega no lado primário é transferida para o lado
secundário.

Na prática isso não é bem assim pois, os fios dos enrolamentos


dos transformadores possuem resistências que provocam
perdas por efeito Joule. O núcleo de ferro também esquenta
pelo aparecimento de correntes parasitas, também chamadas
de correntes de Foucalt.

Além do mais, nem todo fluxo magnético produzido fica concentrado


dentro do núcleo mas, algum fica circulando apenas no seu próprio
enrolamento.

Para considerarmos essas perdas, representamos o transformador real


levando-se em consideração as mesmas da seguinte forma:
55

Circuito Equivalente:

I1
I2
V1
R1 L1 T1 L2 R2
120 V 1.1mH 1.1mH
1.0 1.0

Z=A+jB
60 Hz V1 V2
0Deg Z2
NLT_PQ_4_10

ONDE:
R1 = Resistência do Enrolamento Primário
R2 = Resistência do Enrolamento Secundário
L1 = Auto Indutância do Enrolamento Primário
L2 = Auto Indutância do Enrolamento Secuncário

6.4 – AUTOTRANSFORMADORES:

Enquanto que os transformadores normais possuem no mínimo 2 enrolamentos, o


auto transformador utiliza apenas um enrolamento.

Um exemplo de
autotransformador são os
transformadores utilizados
para converter 220v para
110v

6.5 – REGULADORES DE TENSÃO COM AUTOTRANSFORMADORES:

Se o autotransformador tem uma determinada TENSÃO por espira enrolada no


núcleo, se aumentarmos ou diminuirmos o nº de espiras, podemos variar a tensão
de saída do mesmo:
56

Tensão variável

REGULADOR DE TENSÃO PARA ALTA TENSÃO

6.6 – TRANSFORMADORES PARA MEDIÇÃO E PROTEÇÃO:

Nos sistemas elétricos, temos tensões e correntes elevadas que não podem ser
ligadas a voltímetros, amperímetros e medidores de energia. Para isso são
utilizados os transformadores para instrumentos de medida.

Tem construção especial que lhes garanta uma relação de transformação com
bastante precisão, para não interferir nas medições, tanto de tensão ou corrente
mas principalmente na medição de potência e energia.

6.6.1 – TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (TP):

Tem o mesmo princípio de funcionamento do transformador com dois enrolamentos


normal, somente com a diferença que sua relação de transformação tem alta
exatidão.
57

RTP  Relações: 13.800V/115V = 120 34.500V/115V=300 69.000V/115V=600

6.6.2 – TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC):

Da mesma forma que os TP’s os Transformadores de Corrente (TC) transformam


as altas correntes existentes nos sistemas elétricos para correntes passíveis de
serem medidas nos equipamentos:

RTC  Relações: 10 A /5 A=2 20 A /5 A=4 40 A /5 A=8 100 A /5 A 1000 A /5 A=200

Exemplo: Em uma unidade industrial a medição da energia é feita com TP de


13.800/115V e com TC de 50/5 A. No período de 1 mês o medidor registrou:

Leitura anterior: 5694kw

Leitura atual: 5755kw

Qual foi o consumo real dessa indústria?

Solução:

RTP = 120

RTC = 10

Multiplicador = 120x10 = 1200

Assim o consumo será (5755-5694) x 1200 = 73.200kwh


58

6.7 – TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS:


Os transformadores trifásicos nada mais são do que três transformadores
monofásicos enrolados em um mesmo núcleo:

EXERCÍCIOS:

1) Em um transformador 75kVA/13.8kv-380 V a plena carga,


calcule:

a) A relação de transformação

b) A corrente secundária

c) A corrente primária

2) Um transformador 100MVA/13.8kv-230kv a plena carga,


calcule:

a) A relação de transformação

b) A corrente secundária

c) A corrente primária
59

CAPÍTULO 7
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA

Visão noturna do planeta Terra que possibilita uma comparação entre o


nível de consumo de energia elétrica entre os países.
6.1 – DIAGRAMA BÁSICO:
60

6.2 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA:

Diagrama Trifilar:
Como os sistemas de Geração, Transmissão e Distribuição são
trifásicos podemos representá-los com os tres fios:
61

Diagrama Unifilar:

Como a representação trifilar fica muito complexa e os sistemas


são “quase” equilibrados, geralmente são representados por
diagramas unifilares (Apenas um fio)

DIAGRAMA UNIFILAR

6.3 – NÍVEIS DE TENSÃO:

GERAÇÃO: 13.8kV e 23kV

TRANSMISSÃO: 138kV, 230kV, 345kV, 500kV, 750kV

SUBTRANSMISSÃO: 138kV, 69kV

DISTRIBUIÇÃO: 13.8kV, 23kV, 34,5Kv


62

TENSÕES PADRONIZADAS E EXISTENTES NO BRASIL

6.4 – FLUXO DE POTÊNCIA:

O estudo do FLUXO DE POTÊNCIA, que é o caminho percorrido


pela energia, utiliza um modelo de rede elétrica chamado
modelo LINHA-BARRA, na qual as barras (ou barramentos) são
os NÓS da rede e as linhas e transformadores são os elos
(ramos) de ligação entre as barras. Esse nome BARRA deve-se
ao fato da sua impedância ser desprezível (“Barra de Cobre”)
em comparação com as impedâncias das linhas e dos
transformadores a elas interligados.

MODELO LINHA BARRA


63

6.5 - DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA

Abaixo mostramos um modelo completo de um Sistema de


Potência com a Geração, a Transmissão e a Distribuição da
energia:

SUBESTAÇÃO DE
DISTRIBUIÇÃO

Um exemplo de transmissão e distribuição na nossa região é a


S/E Juazeiro II da Chesf, que recebe de Sobradinho uma linha
de transmissão de 230kv que alimenta as S/E’s Coelba e Celpe
na tensão de 69KV, conforme esquema abaixo, onde as linhas
de 69kv são chamadas de linhas de subtransmissão:
64

6.6 – UNIDADE CONSUMIDORA:

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL


RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 414, DE 9 DE SETEMBRO DE 2010

Estabelece as Condições
Gerais de Fornecimento de Energia
Elétrica de forma atualizada e consolidada.

CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
LXXXV – unidade consumidora: conjunto composto por instalações,
ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios,
incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primária,
caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto
de entrega, com medição individualizada, correspondente a um único
consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em
propriedades contíguas;

CAPÍTULO II
DA UNIDADE CONSUMIDORA
Seção I
Da Titularidade
Art. 3o A cada consumidor corresponde uma ou mais unidades consumidoras, no
mesmo local ou em locais diversos.
Seção II
Da Classificação
Art. 4o A distribuidora deve classificar a unidade consumidora de acordo com a atividade
nela exercida e a finalidade da utilização da energia elétrica, ressalvadas as exceções
previstas nesta Resolução.

Art. 5o A aplicação das tarifas deve observar as classes e subclasses estabelecidas neste
artigo.

§ 1o A classe residencial caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora com fim


residencial, ressalvado os casos previstos no inciso III do §4o deste artigo, considerando-se as
seguintes subclasses:
I – residencial;
II – residencial baixa renda, conforme disposições legais e regulamentares
vigentes;
III – residencial baixa renda indígena;
IV – residencial baixa renda quilombola; e
65

V – residencial baixa renda benefício de prestação continuada da assistência social


– BPC.

§ 2o A classe industrial caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora em que seja


desenvolvida atividade industrial, conforme definido na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE,

§ 3o A classe comercial, serviços e outras atividades caracteriza-se pelo fornecimento à


unidade consumidora em que seja exercida atividade comercial ou de prestação de serviços,
à exceção dos serviços públicos ou de outra atividade não prevista nas demais classes,
devendo ser consideradas as seguintes subclasses:
I – comercial;
II – serviços de transporte, exceto tração elétrica;
III – serviços de comunicações e telecomunicações;
IV – associação e entidades filantrópicas;
V – templos religiosos;
VI – administração condominial: iluminação e instalações de uso comum de prédio
ou conjunto de edificações;
VII – iluminação em rodovias: solicitada por quem detenha concessão ou
autorização para administração em rodovias;
VIII – semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, solicitados por
quem detenha concessão ou autorização para controle de trânsito; e
IX – outros serviços e outras atividades.

§ 4o A classe rural caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora que


desenvolva atividade relativa à agropecuária, incluindo o beneficiamento ou a
conservação dos produtos agrícolas oriundos da mesma propriedade, sujeita à
comprovação perante a distribuidora, considerando-se as seguintes subclasses:
I – agropecuária rural: localizada na área rural, cujo consumidor
desenvolva atividade relativa à agropecuária, incluída a conservação dos
produtos agrícolas e o fornecimento para:
a) instalações elétricas de poços de captação de água, para atender
propriedade rural com objetivo agropecuário, desde que não haja comercialização
da água; e
b) serviço de bombeamento de água destinada à atividade de irrigação.
§ 5o A classe poder público, independente da atividade a ser desenvolvida,
caracteriza-se pelo fornecimento à unidade consumidora solicitado por pessoa
jurídica de direito público que assuma as responsabilidades inerentes à condição
de consumidor, incluindo a iluminação em rodovias e semáforos, radares e
câmeras de monitoramento de trânsito, exceto aqueles classificáveis como
serviço público de irrigação rural, escola agrotécnica, iluminação pública e
serviço público, considerando-se as seguintes subclasses:
66

I – poder público federal;


II – poder público estadual ou distrital; e
III – poder público municipal.
§ 6o A classe iluminação pública, de responsabilidade de pessoa jurídica
de direito público ou por esta delegada mediante concessão ou
autorização, caracteriza-se pelo fornecimento para iluminação de ruas,
praças, avenidas, túneis, passagens subterrâneas, jardins, vias, estradas,
passarelas, abrigos de usuários de transportes coletivos, logradouros de
uso comum e livre acesso, inclusive a iluminação de monumentos,
fachadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou
ambiental, localizadas em áreas públicas e definidas por meio de
legislação específica, exceto o fornecimento de energia elétrica que
tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade, ou
para realização de atividades que visem a interesses econômicos.

Unidade consumidora Grupo A


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CAPÍTULO 8
NOÇÕES DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

8.1 – INTRODUÇÃO:

As máquinas elétricas se dividem em:

Máquinas elétricas estáticas:


Transformadores Monofásicos e Trifásicos

Máquinas elétricas Rotativas:

Corrente Contínua (DC):

Motores de Corrente Contínua

OBS: Os motores de Corrente Contínua tem aplicações


especiais, onde se necessita de velocidades variáveis e grande
torque. São motores de preço elevado dada a sua construção.
Um exemplo disso são todos os motores “embarcados”, ou seja,
os motores dos veículos que funcionam com 12 ou 24V.
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Corrente Alternada (AC):

Geradores
Motores Síncronos
Motores Assincronos

Geradores de Corrente Alternada:


São também chamados de ALTERNADORES.

Alternadores Veiculares

Princípio de Funcionamento

Gerador ou Alternador Trifásico a Diesel


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Gerador de Usina Hidroelétrica

Motores Síncronos:
Todos os geradores de Corrente Alternada, se invertermos o
fluxo da energia, também transformam-se em motores de
Corrente Alternada que são chamados de Motores Síncronos.

OBS:
1) Esse nome Motor SÍNCRONO é porque, quando ele trabalha
como motor, ele entra em “sincronismo” com a frequência do
sistema, ou seja, se a frequência é 60 Hz, ele terá uma rotação
múltipla de 60Hz, como por exemplo: 3600RPM, 1800RPM,
900RPM, 450RPM, etc.

2) São motores de preço elevado por necessitarem de fonte de


Corrente Contínua para funcionarem.
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Motor Síncrono – Vemos as tres fases e o campo.

Motores Assincronos:

Como o próprio nome indica, os motores assíncronos giram em


velocidades menores que múltiplos da frequência da rede. São
também chamados de motores de MOTOR DE INDUÇÃO ou
ainda Squirrel gage (gaiola de esquilo).

Sã robustos, de construção bem mais simples que os outros


tipos de motores e porisso são muito empregados na indústria,
comércio, bombeamento de água, etc.

Monofásico Trifásico
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Vista do motor de indução explodida

CAPÍTULO 9
ELETRÔNICA ANALÓGICA x DIGITAL

9.1 - INTRODUÇÃO
Quando se ouve o termo “digital”, pensa-se imediatamente em “relógio
digital” ou “calculadora digital”. Essa associação deve ser atribuída à
popularidade que estas máquinas adquiriram, devido à queda acentuada
em seus preços, tornando-as acessíveis à grande maioria das pessoas.
É importante lembrar que as calculadoras e computadores representam
apenas uma parcela do grande gama de aplicações dos circuitos digitais.
Estes circuitos podem ser encontrados em produtos eletrônicos, como
por exemplo, videogames, fornos de microondas, sistemas de controle
automotivos e equipamentos de testes, como medidores, geradores e
osciloscópios. As técnicas digitais vieram substituir alguns dos antigos
“circuitos analógicos” usados em produtos de consumo, como rádios,
TVs e equipamentos de áudio de alta fidelidade.
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COMPUTADOR ANALÓGICO
9.2 – REPRESENTAÇÃO NUMÉRICA
Lidamos constantemente com quantidades, que são medidas,
monitoradas, gravadas, manipuladas aritmeticamente e utilizadas na
maioria dos sistemas físicos. Basicamente, existem duas formas de
representação dos valores numéricos das quantidades: a analógica e
a digital.

9.2.1 Representação Analógica

Analogicamente, uma quantidade é representada por outra que é


proporcional à primeira. No velocímetro de um automóvel, por exemplo,a
deflexão do ponteiro é proporcional à velocidade do veículo. A posição
angular do ponteiro representa o valor da velocidade do veículo e
qualquer variação é imediatamente refletida por uma nova posição do
ponteiro.

Outro exemplo é o termômetro, em que a altura da coluna de mercúrio é


proporcional à temperatura do ambiente. Quando ocorrem mudanças na
temperatura, a altura da coluna de mercúrio também muda
proporcionalmente.
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OBS: Quantidades analógicas têm uma característica importante: elas


variam continuamente dentro de uma faixa de valores ( ∞ ). A velocidade
do automóvel pode assumir qualquer valor entre zero e, digamos, 100 km
por hora.

9.2.2 – REPRESENTAÇÃO DIGITAL:

Na representação digital, as quantidades são representadas por


símbolos chamados dígitos, e não por valores proporcionais. Um
exemplo é o relógio digital, que apresenta as horas, minutos e às vezes
os segundos, na forma de dígitos decimais. A velocidade de um veículo
varia continuamente, mas o velocímetro digital não mostra as variações
na velocidade de maneira contínua; pelo contrário, o valor é apresentado
em saltos de um em um quilômetro, por exemplo.

Em virtude da natureza discreta da representação digital, as leituras


neste sistema não apresentam problemas de interpretação,
diferentemente do sistema analógico, em que as leituras deixam margem
à interpretação do observador.

9.3 – SISTEMAS DIGITAIS E ANALÓGICOS:

Costuma-se dividir a Eletrônica em duas áreas: Eletrônica Analógica e


Eletrônica Digital. Uma maneira bem simples para se entender o conceito
das palavras Analógico e Digital, é a comparação de uma rampa com
uma escada. Ao se analisar a rampa, percebe-se que uma pessoa
poderá ocupar cada uma das infinitas posições existentes entre o início e
o fim. No caso da escada, a pessoa poderá estar em apenas um dos
degraus. Então é correto dizer que a rampa pode representar um sistema
analógico, enquanto que a escada pode representar um sistema digital.
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ANALÓGICO DIGITAL
Exemplos:
No voltímetro analógico o ponteiro pode ocupar infinitas posições entre o
maior e menor valor da escala, no voltímetro digital os valores mostrados
no display são discretos, isto é, existe um número finito de valores entre
o maior e o menor valor da escala.

VOLTÍMETRO ANALÓGICO VOLTÍMETRO DIGITAL

9.4 – VANTAGENS DAS TÉCNICAS DIGITAIS:

O grande crescimento da eletrônica está relacionado com o uso de


técnicas digitais para implementar funções que eram realizadas usando-
se os métodos analógicos. Os principais motivos da migração para a
tecnologia digital são:

 Os sistemas digitais são mais fáceis de serem projetados. Isso


porque os circuitos utilizados são circuitos de chaveamento, nos
quais não importam os valores exatos de tensão ou corrente,
mas apenas a faixa – Alta (High) ou Baixa (Low) – na qual eles
se encontram.
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 Fácil armazenamento de informação. Técnicas de


armazenamento digitais podem armazenar bilhões de bits em um
espaço físico relativamente pequeno. Já a capacidade de
armazenamento de um sistema analógico é extremamente
limitada.

 Maior precisão e exatidão. Nos sistemas analógicos, a precisão é


limitada porque os valores de tensão e corrente são diretamente
dependentes dos valores dos componentes do circuito, além de
serem muito afetados por ruídos.

 As operações podem ser programadas. É relativamente fácil e


conveniente desenvolver sistemas digitais cuja operação possa
ser controlada por um conjunto de instruções previamente
armazenadas, denominado programa. Os sistemas analógicos
também podem ser programados, mas a variedade e a
complexidade das operações envolvidas são bastante limitadas.

 Os circuitos digitais são menos afetados por ruídos.

 Os circuitos digitais são mais adequados à integração. É verdade


que o desenvolvimento da tecnologia de integração (CIs)
também beneficiou os circuitos analógicos, mas a sua relativa
complexidade e o uso de dispositivos que não podem ser
economicamente integrados (capacitores de grande
capacitância, resistores de precisão, indutores, transformadores)
não permitiram que os circuitos analógicos atingissem o mesmo
grau de integração dos circuitos digitais.

9.5 – LIMITAÇÕES DAS TÉCNICAS DIGITAIS:

Há apenas uma grande desvantagem ao se utilizar as técnicas digitais:


O mundo é quase totalmente analógico. Grandezas que comprovam isso
são a temperatura, o tempo, a pressão, a posição, a velocidade, o nível
de um líquido e a vazão.
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Para obter as vantagens das técnicas digitais quando se trabalha com


entradas e saídas analógicas, três passos devem ser seguidos:

- Converter as entradas analógicas do mundo real para o formato digital.

- Realizar o processamento da informação digital.

- Converter as saídas digitais de volta ao formato analógico.

CONVERSÃO ANALÓGICA DIGITAL

Na figura a a seguir é apresentado o diagrama de um sistema de controle


típico. Conforme o diagrama, a entrada analógica é medida e o valor
medido é em seguida convertido para digital. A informação digital é
processada e convertida de volta para o formato analógico. A saída
alimenta um controlador que comanda alguma ação.
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9.6 – SISTEMA DE NUMERAÇÃO:

Enquanto que nosso sistema é decimal porque temos 10 dedos nas


mãos, os sistemas digitais trabalham com um sistema binário.

Exemplo: Um viajante espacial terrestre chegou em um planeta


distante e, em lá chegando, encontrou uma caixa que tinha
escrito na tampa 35. Ele abriu a tampa e contou apenas 29
peças dentro da caixa. Pergunta-se: quantos dedos nas mãos
tem os moradores desse planeta?
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9.7 – PORTAS LÓGICAS:

São três portas lógicas básicas:

AND (e)
OR (ou)
NOT (não)

AND OR INVERTER

CIRCUITO DIGITAL SIMPLES

FAMILIA TTL 7400


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