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06/09/2018 Limpeza e Sanitização na Indústria de Alimentos – Quiminac Indústria e Comércio Ltda.

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Limpeza e Sanitização na Indústria de


Alimentos

INTRODUÇÃO
A limpeza e a sanitização na indústria alimentícia são de fundamental importância no
controle sanitário dos alimentos e visa, sobretudo, a segurança e a qualidade dos
mesmos, a m de evitar perdas econômicas (devido à deterioração e contaminação dos
produtos por microorganismos, especialmente pelos de ação patogênica) e problemas
relacionados à saúde pública.
Ao longo do trabalho, analisaremos como a higiene industrial auxilia na obtenção de um
produto com uma vida de prateleira mais longa, atendendo às exigências dos padrões
microbiológicos; quais são as fontes de contaminação dos alimentos; quais as medidas
sanitárias adotadas pelas empresas no que se refere às instalações físicas e
equipamentos, no emprego de pessoal em condições higiênicas satisfatórias, e no
processo de higienização dos alimentos; e por m, sobre a importância quando se
observam os aspectos econômicos e comerciais, pois a produção de alimentos
seguindo normas adequadas de controle de qualidade viabiliza os custos de produção e
satisfaz aos anseios dos consumidores.
 

Após a leitura deste, oferecemos outro artigo que poderá ser de seu interesse:
Limpeza de industrias alimentícias, frigorí cos e laticínios com e ciência e
economia.

FUNDAMENTOS DE HIGIENE
Para que os programas de higiene, limpeza e sanitização tenham fortes impactos nas
fábricas de processamento de alimentos é necessária que se estude a sua viabilidade,
desde a escolha do local da indústria, do projeto de sua construção e instalação, seus
equipamentos, a seleção de seus empregados, etc., ou seja, observar todos os

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momentos da realização dos processos.


(EVANGELISTA, 2003).
Higiene na construção e instalação da fábrica
Escolha do local
O local de construção do prédio deve ser livre de fontes de contaminação que possam
vir a oferecer risco às condições gerais de higiene e sanidade da empresa e com isso, do
próprio produto industrializado.
(SBCTA, 2000a).
Planta e construção do prédio
As plantas, os edifícios e instalações devem ter construção sólida e sanitariamente
adequada; todos os materiais usados na construção e na manutenção não devem
transmitir nenhuma substância indesejável ao alimento e os edifícios e instalações
devem impedir a entrada e o alojamento de insetos, roedores e ou pragas e também a
entrada de contaminantes do meio, tais como: fumaça, pó, vapor, e outros. Os edifícios
e instalações devem ser projetados de maneira que seu uxo de operações possa ser
realizado nas condições higiênicas, desde a chegada da matéria-prima, durante o
processo de produção, até a obtenção do produto nal.
(BRASIL, 1997).
A contaminação cruzada deve ser evitada através de instalações e uxo de operações
adequadas. As áreas de recepção e lavagem de matérias-primas “in natura” (animais ou
vegetais) devem ser isoladas. Os sanitários e vestiários não devem ter comunicação
direta com as áreas do processamento. As portas externas dos mesmos devem ter
sistema de fechamento automático.
(SBCTA, 2000b).
Pisos
Duas características importantes devem presidir a feitura dos pisos: a primeira no que
diz respeito ao material empregado que deve ser de ótima qualidade e a segunda, ao
declive necessário do piso em direção ao ralo, para que a água de lavagem se escoe
com facilidade (EVANGELISTA, 2003).
Os pisos devem ser de material resistente ao trânsito, impermeáveis, laváveis, e
antiderrapantes; não possuir frestas e serem fáceis de limpar ou desinfetar. Os líquidos
devem escorrer até os ralos (que devem ser do tipo sifão ou similar), impedindo a
formação de poças (BRASIL, 1997).
Antes do início da jornada de trabalho, é indispensável que o piso esteja
convenientemente limpo, nas seções de recepção, bene ciamento e industrialização,
devendo esta limpeza manter-se da melhor maneira possível no decorrer dos trabalhos,
sendo necessário para isso a lavagem com água abundante, sob pressão, mantendo-se,
entretanto, todo cuidado para evitarem-se respingos sobre os produtos
(BRASIL. “HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS”. Disponível em: 
www.laticinio.net, acessado no dia:19/05/2009.
 

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Paredes
As paredes devem ser revestidas de materiais impermeáveis e laváveis, e de cores
claras. Devem ser lisas e sem frestas e fáceis de limpar e desinfetar, até uma altura
adequada para todas as operações. Os ângulos entre as paredes e o piso e entre as
paredes e o teto devem ser abaulados herméticos para facilitar a limpeza. Paredes e
tetos devem ser construídos e acabados de modo a impedir acúmulo de poeira,
minimizar a condensação e desenvolvimento de mofo e permitir fácil higienização, assim
como as janelas e outras aberturas devem ser construídas de maneira a se evitar o
acúmulo de sujeira, e, as que se comunicam com o exterior, devem ser providas de
proteção anti-pragas. As proteções devem ser de fácil limpeza e boa conservação. As
portas devem ser de material não absorvente e de fácil limpeza. (BRASIL, 1997).
Ventilação
A ventilação su ciente dos ambientes con nados é extremamente necessária por
impedir fenômenos de condensação e por di cultar o desenvolvimento microrgânico
nas paredes e no teto e até mesmo a contaminação do produto que está sendo
elaborado. Nos recintos destinados ao armazenamento de alimentos (matérias-primas
ou produtos já elaborados) que facilmente impregnam e absorvem odores do ambiente
(geralmente produtos gordurosos), devem ser dotados de sistema de ventilação e
umidade controladas.
(Evangelhista, 2003).
O ar insu ado ou comprimido para as áreas de processamento deve ser seco, ltrado e
limpo. A direção do uxo de ar nunca deve ser de uma área contaminada para uma área
limpa.
(SBCTA, 2000a)
 
Iluminação
Para que haja iluminação correta, deve haver quantidade hábil de luz e inexistência de
re exos prejudiciais, pois um recinto com boa iluminação não só assegura uma ótima
visibilidade e segurança do operador, como põe em maior evidência os focos de
sujidades do alimento que surgem, principalmente durante a fabricação de alguns
alimentos freqüentemente expostos às fontes de contaminação e que são identi cados
pela inspeção (Evangelista, 2003).
Desenho, distribuição e instalação dos equipamentos
Todos os equipamentos e utensílios devem ser desenhados e construídos de modo a
assegurar a higiene e permitir uma fácil e completa limpeza e desinfecção e, quando
possível, devem ser instalados de modo a permitir um acesso fácil e uma limpeza
adequada, apresentando para tal superfícies lisas e isentas de rugosidades, frestas e
outras imperfeições que possam comprometer a higiene dos alimentos ou sejam fontes
de contaminação. Deve evitar-se o uso de madeira e de outros materiais que não
possam ser limpos e desinfetados adequadamente, a menos que se tenha a certeza de

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que seu uso não será uma fonte de contaminação.


(BRASIL, 1997)
 
Segundo Evangelista (2003), algumas das principais características que devem ser
observadas nos desenhos dos equipamentos visando uma e ciente prática de limpeza e
sanitização nas indústrias de alimentos são:
a)     Rápida desmontagem e limpeza;
b)     Superfície lisa e contínua;
c)      Abolição dos cantos vivos e “pontos mortos;
d)     Exclusão de dobras, soldaduras, chanfraduras e costuras com rebarbas ou
ranhuras, em contato com o produto;
e)     Fácil limpeza das superfícies em contato com os alimentos;
f)        Impossibilitar a contaminação do produto por metais;
g)     Distância adequada entre os equipamentos e o piso, para facilitar a limpeza de
ambos;
h)      Registro de saída, preferencialmente cônico, bem perto do corpo do equipamento;
i)        Abolição de buchas vedantes;
j)        Ausência de roscas na parte interna da tubulação;
k)      Facilidade de inspeção visual quanto aos seus aspectos higiênicos;
l)        Entre vários outros pontos.
Qualidade do material da superfície de contato com alimentos
Todo o equipamento e utensílio utilizado nos locais de manipulação de alimentos que
possam entrar em contato com o alimento devem ser confeccionados de material que
não transmitam substâncias tóxicas, odores e sabores que sejam não absorventes e
resistentes à corrosão e capaz de resistir a repetidas operações de limpeza e
desinfecção.
(BRASIL, 1997)
Os materiais mais utilizados nas indústrias são: aço inoxidável, metal brando, cobre,
bronze, alumínio, latão, titânio, concreto, ligas de cobre e bronze, de cobre e níquel,
vidro, borracha, madeira, tecido de algodão e lona (Evangelista, 2003).
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HIGIENIZAÇÃO
As operações de limpeza e sanitização na indústria alimentícia contribuem de forma
importante no controle higiênico – sanitário dos alimentos e assim na qualidade do
produto nal.
A limpeza tem por objetivo primordial a remoção de resíduos orgânicos e minerais
aderidos às superfícies, constituídos principalmente por proteínas, gorduras,
carboidratos e minerais e pode ser de nida como o processo de remoção das
contaminações visíveis da superfície, podendo ocorrer também uma diminuição
substancial da carga microbiana contaminante. A remoção dos resíduos tem como
objetivo principal “livrar” as superfícies de substâncias que possam servir para xação,

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abrigo e desenvolvimento de microrganismos e que podem interferir no desempenho


dos equipamentos.
A sanitização objetiva eliminar microrganismos patogênicos e reduzir o número de
sapró tas ou alteradores a níveis considerados seguros.
A limpeza e a sanitização estão baseadas numa seqüência de quatro operações:
pré-lavagem
limpeza com detergentes
nova lavagem
sanitização
A limpeza e a sanitização devem ser consideradas como operações complementares, ou
seja, somente com uma limpeza adequada das superfícies é possível obter-se uma
sanitização e ciente e econômica.
2.1 Operações de limpeza e sanitização
Quando se fala em limpeza e sanitização, alude-se, primeiramente à água, pois esta
representa o principal agente ou veículo responsável pelas atividades de higienização.
Limpar signi ca, principalmente, lavar, remover toda e qualquer sujidade que possa
estar presente nos recintos da indústria e da produção animal. Tratando-se de limpeza
de instalações, equipamentos e utensílios devemos considerar todos os elementos
atuantes na limpeza: a água, detergentes, sanitizantes, agentes mecânicos, qualidade
dos resíduos depositados (natureza das sujidades), características do material das
superfícies, as técnicas para limpeza e sanitização que serão utilizadas, entre outros
fatores.
Agora, para se atingir o equilíbrio dos diversos elementos citados acima e o sucesso nas
operações de higienização, existem quatro preceitos básicos que devem ser seguidos e
monitorados periodicamente nos procedimentos de higiene: o tempo de exposição, a
temperatura, a ação mecânica e a ação e nível de concentração dos agentes químicos.
(SBCTA, 2000a).
1.Tempo de exposição: no processo de limpeza e sanitização, representa o grau de
exposição da superfície a produtos químicos (detergentes e sanitizantes). O tempo de
exposição das superfícies aos agentes sanitizantes deve ser respeitado de acordo com
indicação dos fabricantes dos produtos.
2.Temperatura: tem como principal objetivo favorecer a remoção das sujidades para
obtenção de uma e ciente higienização, porém, a temperatura deve ser adequada
quanto à natureza da superfície em que vai ser aplicada e também as características do
produto químico, se aplicados concomitantemente. Para uma maior ênfase quanto à
importância da temperatura na higienização, podem-se citar dois exemplos clássicos e
práticos: “pedra do leite” (sais de cálcio e magnésio), com a aplicação de temperaturas
acima de 70°C, a tendência é que ocorra formação de incrustações; e os resíduos de
sangue em frigorí cos, na presença de água, à temperatura abaixo de 15°C, que têm
sua remoção di cultada.
Implicações da temperatura sobre os principais componentes das sujidades.

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Componentes Alterações pelo aquecimento

Carboidratos – Caramelização;
– Maiores di culdades na remoção;

Lipídios – Polimerização;
– Maiores di culdades na remoção

Proteínas – Desnaturação;
– Maiores di culdades na remoção;

Sais minerais Geralmente sem interações com outros constituintes; mais


monovalentes difícil a limpeza;

Sais minerais Geralmente sem interações com outros constituintes; mais


polivalentes difícil a limpeza;

Fonte: SBCTA, 2000a.


3.Ação mecânica: consiste na retirada das sujidades em contato com as superfícies por
ações físicas juntamente com a ação química dos produtos.
Exemplos: água pressurizada por equipamento tipo lava jato, esfregação com o auxílio
de esponjas e escovas de cerdas, etc. A ação mecânica remove as sujidades mais
grosseiras permitindo uma melhor limpeza na pré-lavagem e uma maior atividade dos
detergentes.
4.Ação química e nível de concentração: é realizada pelos detergentes e sanitizantes.
Sua ação e concentração vão depender basicamente das características das sujidades e
das superfícies a serem aplicados.
2.2 Etapas das operações de limpeza e sanitização
As operações de limpeza estão relacionadas às seguintes etapas: remoção dos resíduos,
primeira lavagem (pré-lavagem), limpeza com detergentes e enxágüe. As etapas
relacionadas às operações de sanitização consistem: aplicação de sanitizante e lavagem
nal.
De acordo com SBCTA (2000a),pode-se fazer a descrição das etapas relacionadas às
operações de limpeza e sanitização da seguinte forma:
Etapa 1. Remoção dos resíduos.
Consiste na retirada de resíduos sólidos, líquidos e gasosos em contato com os
equipamentos, utensílios, instalações, por processos manuais ou automáticos.
Etapa 2. Pré-lavagem.
A etapa de pré-lavagem tem por objetivo dissolver a maioria dos resíduos das
superfícies através da aplicação de jatos de água fria, jatos de água quente e jatos de
vapor de água. A etapa de pré-lavagem é de grande valor, por reduzir a população
microrgânica, através de sua ação diluente de grande parte dos resíduos existentes. A
temperatura da água vai depender da natureza da sujidade a ser removida.

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É uma operação de grande importância no sentido de reduzir a quantidade de resíduos


aderentes aos equipamentos e, quando efetuada de forma adequada, chega a remover
até 90% do material solúvel presente. Essa operação é comumente conduzida com o
emprego de água ligeiramente aquecida (38° a 46°C) já que a água excessivamente
quente é prejudicial, uma vez que pode causar a coagulação (desnaturação) de
proteínas, resultando assim numa aderência maior e, consequentemente, di cultando a
operação d elimpeza. Já a lavagem com água fria pode resultar na solidi cação de
gorduras nas superfícies, prejudicando a e ciência da limpeza.
A importância da água no processo de pré-lavagem
Á água é o solvente usado na lavagem dos equipamentos de alimentos e, por isso, deve
ser quimicamente pura.
O fornecimento da água de boa qualidade é essencial ao funcionamento da indústria de
alimentos, sendo usada não só na operação de limpeza e sanitização, mas também no
processamento, transferência de calor, produção de vapor, etc.
Dependendo da sua utilização, a água deve ter certas características como potabilidade
(própria para o consumo humano), dureza, teor de metais tóxicos, contagem
microbiológica dentro de certos padrões, ausência de odor e sabor indesejáveis, etc. em
função da fonte fornecedora (água de subsolo, rios, lagos, reservatórios, água já tratada
do município, etc.) e do uso nal da água (limpeza, processamento, etc.) é recomendável
que a indústria de alimentos, sempre que possível, tenha o seu próprio tratamento de
água.
O tratamento de água envolve diferentes métodos baseados nos seguintes princípios:
– armazenamento em reservatórios por período longo;
– ltração lenta em areia;
– coagulação química e ltração rápida em areia;
– combinação da remoção de dureza e ferro da água seguida de coagulação química e
ltração rápida;
– remoção da dureza;
– remoção de manganês e ferro;
– desinfecção;
Na água de limpeza, a sua dureza é muito importante, podendo ser uma dureza
temporária ou permanente. A dureza temporária, devido à presença de carbonatos e
bicarbonatos de cálcio e de magnésio, é eliminada pelo aquecimento (ebulição),
transformando em carbonatos insolúveis que precipitam e são removidos. Já a dureza
permanente é devida à presença de cloretos, sulfatos e nitratos de cálcio e de
magnésio, que necessitam de outros tratamentos para serem eliminados.
A dureza total é a soma das durezas temporária e permanente, sendo calculada pela
determinação quantitativa de Ca++ e Mg++ e comumente expressa em ppm de CaCO3.
Classi cação quanto à dureza da água

Tipo de água Dureza (em ppm)

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Água mole 0 a 60

Água moderadamente dura 60 a 120

Água dura 120 a 180

Água muito dura Mais que 180

A diminuição da dureza da água pode ser feita por tratamento térmico, soda, agentes
seqüestrantes e troca iônica (zeólitos e resinas trocadoras de íons).
Além da diminuição da dureza, outros tratamentos são recomendados para a água de
limpeza, dependendo de cada caso.
Para mostrar as diferentes possibilidades de tratamento de água, mencionaremos
algumas operações recomendadas na obtenção da água pura para ser usada na
formulação de alimentos: aeração, sanitização, tratamento com cal, coagulação (com
sulfato de alumínio), sedimentação e ltração por areia.
Etapa 3. Aplicação de detergentes
Essa etapa consiste na aplicação dos detergentes sobre as superfícies a serem limpas. É
uma operação simples de ser realizada, contudo bastante complexa quando se fala na
escolha do detergente a ser utilizado , pois estes devem obedecer às necessidades de
remoção dos resíduos. Essa etapa é realizada, na maioria das vezes, com o auxílio de
ações mecânicas, aumentando sua e ciência.
A palavra detergente signi ca literalmente algo que limpa.
A limpeza com detergente é, talvez, a operação mais importante, exigindo um
conhecimento aprimorado das características dos detergentes e das suas condições do
emprego. Um detergente ideal deve apresentar as seguintes características:
– solubilidade rápida e completa;
– não ser corrosivo;
– capacidade de remover a dureza da água;
– boa capacidade umectante e de penetração;
– ação emulsi cante;
– ação de dissolver resíduos sólidos;
– ação dispersante, des oculante ou de suspensão;
– ação germicida;
– ter fácil ajuste de pH, segundo o objetivo da operação;
– ação enxaguante;
– atóxico;
– econômico;
– estável durante o armazenamento.
A ação da solução de limpeza deve ser atingida por uma série de quatro etapas básicas:
1) a solução de detergente entra em contato íntimo com o resíduo a ser removido,
através de suas características umectantes e penetrantes;

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2) deslocamento de resíduos sólidos e líquidos da superfície por ação saponi cante em


gorduras, peptizante em proteínas e dissolvente em minerais;
3) dispersão dos resíduos no solvente por ação dispersante, des oculante ou
emulsi cante;
4) evitar a redeposição dos resíduos na superfície através das características de
lavagem.
É de todo interesse conhecermos a natureza do resíduo a ser removido para termos
uma limpeza adequada. De maneira geral, os agentes estranhos na superfície dos
equipamentos são carboidratos, lipídios, proteínas e minerais. A tabela 3 mostra
algumas características próprias desses agentes.
Características dos componentes residuais nos equipamentos

Componente Solubilidade Facilidade de remoção

Carboidratos Solúveis em água Fácil

Lipídeos Insolúveis na água Difícil


Solúveis em álcalis

Proteínas Insolúveis na água Muito difícil

Sais minerais monovalentes Solúveis na água Fácil ou difícil


Solúveis em ácidos

Sais minerais polivalentes Insolúveis na água Fácil ou difícil


Solúveis em ácido

Na formulação de um detergente procura-se atender, ao máximo, às características


apresentadas anteriormente. A tabela 4 mostra alguns tipo de detergentes com suas
funções principais.
Características dos principais componentes de limpeza

Tipo de Funções principais


detergente

Alcalinos Deslocamento de resíduos por emulsi cação, saponi cação e


(básicos) peptização.

Ácidos Controle de depósitos minerais; amolecimento de água.

Agentes Ação umectante e penetrante; ação dispersante; evita redeposição


tensoativos de resíduos.
(surfactantes)

Fosfatos Deslocamento de resíduos por emulsi cação e peptização;


complexos dispersão de resíduos; amolecimento de água; evita deposição de

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resíduos.

Agentes Amolecimento de água; controle de depósitos minerais; peptização;


quelantes evita redeposição.

Principais tipos de detergentes


DETERGENTES ALCALINOS
Os detergentes alcalinos destacam-se por sua ação dissolvente sobre alimentos sólidos
(proteínas) e por mostrarem boa capacidade emulsionante. São os mais tradicionais e
os de maior utilização do mercado.
DETERGENTES ÁCIDOS
Os detergentes ácidos caracterizam-se por sua ação na remoção de sujidades alcalinas
presentes em superfícies. Devido a essa propriedade, os detergentes ácidos têm sido
bastante empregados, ultimamente, porém, em grau menor do que os alcalinos.
Quando associados a complexos solúveis iodados, os detergentes ácidos são
esterilizantes e podem ser empregados sem perigo.
A aplicação de detergentes ácidos tem sido solução para os problemas provocados pela
ação de detergentes alcalinos, nos latões de leite; nestes, o meio alcalino favorece a
multiplicação de bactérias dos gêneros alcaligenes e Pseudomonas. Assim, a presença
de detergente ácido demonstra sua e cácia no controle do número de
microorganismos, através da redução do odor inconveniente e da preponderância de
bactérias solidi cantes.
Os ácidos integrantes dos detergentes classi cam-se em dois grupos: inorgânicos e
orgânicos.
Detergentes ácidos inorgânicos
Os detergentes com ácidos inorgânicos (ácidos clorídrico, fosfórico e nítrico) já foram
empregados para a remoção de crostas endurecidas, nos equipamentos das indústrias
de alimentos (especialmente a de laticínios), e dos depósitos de fosfato de cálcio (pedras
de leite), produzidas nas superfícies quentes, em razão do processamento do leite.
O abandono e a redução do uso de detergentes ácidos inorgânicos devem-se à sua
propriedade corrosiva, capaz de afetar a segurança dos manipuladores e o material das
instalações da fábrica.
Dentre os vários tipos de ingredientes ácidos (inorgânicos) empregados na produção de
detergentes ácidos, podemos citar: o ácido acético, que, por ser bastante volátil, não
pode ser empregado em detergentes ácidos; o ácido cítrico, que, apesar da
inconveniência de preço, é de bom emprego nos produtos de limpeza, devido à sua
solubilidade em água (2 a 20°C;pH 2,20); o ácido clorídrico, que é empregado para
remover resíduos incrustados de equipamentos pesados, sem problemas sérios de
perda de ferro; o ácido fosfórico, que apresenta emprego desfavorável no que diz
respeito à camada de fosfato que produz sobre o ferro, que é apenas protetora e não
preventiva do processo corrosivo; entre outros.

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Detergentes ácidos orgânicos


Os compostos de limpeza com ácidos orgânicos substituem, geralmente, os detergentes
contendo ácidos inorgânicos, pois não apresentam a propriedade de corrosão.
Entre outras vantagens dos detergentes orgânicos, estão a de sua in uência em impedir
a formação de “pedras” do leite e a de contribuir para a conservação do equipamento.
DETERGENTES SURFACTANTES
Classi cados com surfactantes, estes detergentes são compostos de vários ativadores
de superfície, com a nalidade de estabelecer ao produto melhores qualidades
umectantes e de penetração.
Os agentes surfactantes, em razão de sua estabilidade na água dura e em soluções não
alcalinas, são melhores que os sabões. Tais propriedades provém de vários agentes
umectantes, dispersantes, emulsionantes e detergentes, que diminuem a tensão
super cial e interfacial. Essa diminuição da tensão superfacial e interfacial das suas
soluções em água permite mais fácil emulsão das gorduras.
CONCLUSÃO
Os procedimentos de higiene e sanitização visam prevenir e corrigir problemas que
possam levar à contaminação microbiológica, física ou química dos alimentos, com o
intuito de preservar a pureza, a palatabilidade, e portanto, a qualidade dos alimentos.
Objetiva-se, desse modo, a obtenção de um produto que, além das qualidades
nutricionais e sensoriais, tenha uma boa condição higiênico-sanitária, não vindo a
oferecer quaisquer riscos à saúde do consumidor.
 
BRASIL. Ministério da saúde. Aprova o Regulamento Técnico sobre “Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos”. Disponível em: <http://e-
legis.anvisa.gov.br/leisref/public/search.php>. Acessado no dia: 19/05/2009.
coloca o nome do site e depois da mesma forma. disonivel emwww.seilá.com.br>. Acessado no dia: 18/05/2009.
BRASIL. Ministério da saúde. Aprova o Regulamento Técnico sobre “Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas
de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos”. Disponível em: <http://e-
legis.anvisa.gov.br/leisref/public/search.php>.

 VALIDADE DE PRODUTOS SANEANTES DE LIMPEZA APÓS DILUIÇÃO EM ÁGUA.

A “Química Verde” 

3 Comments

Laura 2 meses ago

Olá, parabéns pelo artigo!


Tenho uma dúvida em relação a utilização dos detergentes, então em um laticínio
poderia utilizar para higienização manual dos equipamentos o detergente alcalino é
o detergente acido, mas como seria feita essa lavagem? Utiliza os dois detergentes
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