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O momento certo de CORTAR

Fundamentos da Edição
erik
MARREIRO
UM POUCO SOBRE
ERIK MARREIRO

A os 16 anos, comecei ajudando meu pai


nas edições de sua produtora. Como
sempre gostei muito de filme e música,
aquela profissão parecia que tinha sido criada
pra mim. Desde então, nunca mais parei!
Produzi comerciais pra tv, documentários,
clips musicais, vinhetas em computação
gráfica, filmes institucionais e casamentos.
Cresci dentro de uma produtora e hoje tenho
muito orgulho de viver fazendo o que sempre
me identifiquei.

De dentro da ilha de edição, sai pra realizar


um sonho: ser referência no meu segmento
e poder compartilhar conhecimento e
experiências com outros profissionais da área.
Isso me levou a vários lugares do país e até
fora dele ministrando palestras e workshops.

Espero que esse pequeno guia seja o


primeiro passo de muitos que daremos
juntos na busca incessante de sempre fazer o
melhor.

Erik Marreiro

eBook desenvolvido por


M Soluções Criativas
Está proibido cópia e reprodução desse material sem
a autorização de seus criadores

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Curso Erik Marreiro 3
sobre

WALTER MURCH
W
alter Murch Scott Ainda trabalhou em grandes
(nascido em 12 sucessos cinematográficos,
de julho de 1943), como O poderoso chefão
filho do pintor Walter Murch (partes II e III); A insustentável
Tandy (1907-1967), é editor leveza do ser; Ghost: do
de cinema e designer de som outro lado da vida; American
conhecido mundialmente. grafitti; O talentoso Ripley
e Cold Mountain. Recebeu
Foi formado pela Escola importantes prêmios das
de Cinema da University academias norte-americanas
of Southern California, é e britânicas: Apocalipse now

MURCH
editor de imagem e de som, (Oscar de melhor som); O
diretor e roteirista de cinema. paciente inglês (Oscars de
Parceiro constante de melhor edição e melhor som);
grandes nomes da indústria A conversação (Bafta de
do cinema, como George melhor som); além de diversas
Lucas e Francis Ford Coppola. outras indicações.

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OSCARS

filme Venceu o Oscar de melhor

PERFEITO
montagem por The English Patient
e Cloud montain e também
recebeu o Oscar de melhor
PARA MIM O FILME PERFEITO mixagem de som pelos filmes
É AQUELE QUE SE DESENROLA Apocalypse Now e The English
Patient.
COMO QUE POR TRÁS DOS SEUS Também foi indicado ao Oscar nas
OLHOS, COMO SE O SEUS OLHOS O categorias de melhor mixagem
PROJETASSEM E VOCÊ ESTIVESSE de som em A Conversação e
de melhor montagem em: O
VENDO O QUE QUER VER. FILME É
poderoso chefão, Apocalypse
COMO PENSAMENTO. DE TODAS Now, Júlia e Ghost: do Outro Lado
AS ARTES, É A MAIS PRÓXIMA DO da Vida.
PROCESSO DE PENSAR.

OLHE PARA AQUELA LÂMPADA ALI.


AGORA OLHE PARA MIM. OLHE DE
NOVO PARA A LÂMPADA. AGORA PARA
MIM DE NOVO. VIU O QUE FEZ? VOCÊ
PISCOU. ISSO SÃO CORTES. DEPOIS
DE VER UMA PRIMEIRA VEZ, VOCÊ
SABE QUE NÃO PRECISA FAZER UM
MOVIMENTO CONTÍNUO ENTRE MIM E
A LÂMPADA PORQUE JÁ SABE O QUE
TEM NO MEIO. A SUA MENTE CORTA
A CENA. PRIMEIRO VOCÊ OLHA A
LÂMPADA. CORTA. DEPOIS OLHA PARA
MIM.

The Christian Science Monitor,


11/08/1973. Louise Sweeney
entrevista à John Huston

Walter Murch recebendo o Oscar


REED SAXON

Curso Erik Marreiro 5


A REGRA DE SEIS
de Walter Murch
Nada mais elementar na vida de um editor que se deparar com o corte em
um filme, uma passagem de uma cena para outra. Isso é algo praticamente
inevitável.
Sendo o corte uma ferramenta básica de edição e uma das mais importantes,
por que não se empenhar para melhorar sempre?

O que
faz isso
funcionar?
Idealmente
o que seria
um corte
perfeito?
Walter Murch, além de ser um dos melhores editores do cinema, é um grande
pensador sobre a arte da edição. Ele sugere uma teoria sobre o momento
certo de cortar levando em conta seis prioridades.

o que é
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MANIPULADOR
“O
editor é
um manipulador”
manipulador”

EMOCIONAL
Se o plano carrega emoção ele deve ser mantido, o corte poderá acontecer se a intenção
for de aumentar ou diminuir a intensidade daquele momento. Os cortes deverão valorizar
o sentimento que a imagem está transmitindo e obviamente o que o espectador está
sentindo - esse ponto aqui é bem importante - o editor tem de se preocupar com sua
audiência e sempre se perguntar: quem eu vou emocionar?
Lembrem-se, o editor é um manipulador – podemos amenizar ou intensificar emoções
apenas com os cortes certos.

O ENREDO
As imagens devem ser cortadas para mostrar um avanço nas ações e no tempo, criando
dessa forma uma evolução na história. Na prática, se determinado plano encerrou uma
ação, possivelmente ele deve ser cortado para o próximo.

RITMO
As imagens devem ser cortadas numa sequência rítmica com o intuito de emocionar e
evoluir a história. Notemos aqui que o ritmo não tem a ver apenas com trilha sonora (basta
pensarmos que vários diálogos e momentos cruciais muitas vezes não têm música) e sim
com enredo. Dessa forma chegamos a um ponto crucial: se os cortes emocionam eles
estão evoluindo a história (enredo) e dando ritmo ao filme. Temos portanto uma reação em
cadeia. Emoção - Enredo - Ritmo.

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LINHA DO OLHAR
É simplesmente para onde a audiência está olhando. Uma ação ocorre em determinado
lugar da tela e o corte nos leva para mais perto ou longe dela mas sempre mantendo o
foco na ação. Levando isso em conta, o público fica orientado do que está acontecendo
na tela. A inversão desse conceito pode ser útil também para criar desorientação - basta
lembrar de algumas cenas de guerra ou luta em que os cortes são vários e rápidos e não
conseguimos nos situar na ação.

PLANO BIDIMENSIONAL
Diretamente ligado à regra dos 180º em que define esse ângulo limite onde a câmera deve
circular para não inverter o eixo bidimensional. Imagine duas pessoas conversando uma
de frente pra outra. O corte deve ser feito respeitando o posicionamento delas na tela e a
câmera não deve ultrapassar a linha imaginária de 180º entre elas. Havendo a extrapolação
desse limite ocorre a inversão de eixos causando a confusão da platéia.

ESPAÇO TRIDIMENSIONAL
Se refere a pessoas ou objetos se movendo num espaço tridimensional. Aqui deve-se ter
o cuidado (principalmente na captação) de sempre manter os movimentos nas mesmas
posições e direções. Imagine uma pessoa caminhando para o lado direito e após o corte
ela esteja indo para o lado esquerdo. O corte simplesmente não funciona e a ação fica
estranha.

O sugerido aqui é uma escala de prioridades e sempre a emoção vai ficar no topo em
relação às outras. Simplificando, um corte ideal deve levar em consideração todos esses
pontos acima esclarecidos, mas, no caso de se sacrificar algum desses, nunca sacrifique
a emoção. Ela é quem rege a orquestra e, no final, é o que o grande público leva pra casa.

Lembrando que tudo que falamos aqui são regras. Elas foram feitas para serem seguidas.
E também quebradas. :)

Bons estudos!

erik@cursoerikmarreiro.com

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Curso Erik Marreiro 9
erikmarreiro.com
contato@cursoerikmarreiro.com

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