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em
OFTALMOSCÓPIA
Jamerson Dias
Técnico Óptico com
Especialização em Refração e Lentes de Contato
Bacharelando em Optometria
Apresentação
Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia nos achados
oftalmoscópicos de seus pacientes. além dos achados, que são de grande interesse ao
profissional da saúde ocular, vemos aqui quais mudanças no fundo de olho são parte de
uma doença sistêmica, mais não entramos tão profundamente pois o detalhamento mais
específicos não seria suportado em um formato de material como este, os textos são
pequenos e mostramos apenas pontos específicos e necessário para o entendimento.
Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do fundo de olho com a
oftalmoscopia, relatando achados mais comuns.
Que sirva de ponto de partida para estudos e conhecimentos.
2. Densidade do pigmento:
a: epitélio pigmentar retiniano
b: melanócitos da Coroide (componente marrom)
FUNDO CLARO
FUNDO VERMELHO FUNDO TIGRÓIDE
(ALBINÓTICO)
Escassa ou
Epitélio pigmentar Pigmentação densa e Pequena
nenhuma
retiniano uniforme pigmentação
pigmentação
Escassa ou
Melanócitos Pigmentação nenhuma
Obscurecida
Coridianos marcada pigmentação
Visível rede
vermelha, Visível como uma
Vasos anastomoses e rede vermelha no
Obscurecida
coroidianos espaços fundo amarelo-
intervasculares são esbranquecido
preto-acinzentados
FUNDO DE OLHO NORMAL COM VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Alterações Escleróticas
0: FO normal (reflexo da luz é fino e central).
I: reflexo mais grosso e menos brilhante, podendo haver mínima compressão AV.
II: estágio I mais proeminente.
III: fios de cobre com mais compressão AV.
IV: fios de prata + cruzamentos AV graves.
Alterações Hipertensivas
0: diagnóstico de HAS, mas FO normal.
I: estreitamento arteriolar difuso.
II: estreitamento arteriolar mais acentuado com áreas de constrição focal.
III: estágio II mais severo, com hemorragias retinianas.
IV: estágio III, associado a edema retiniano, exsudatos duros e edema de papila
I: vasoconstrição;
II: exsudatos duros e edema;
III: exsudatos algodonosos e hemorragias;
IV: edema de papila.
Alguns Achados associados a hipertensão arterial sistêmica (HAS),
Exsudatos duros
Hemorragia em
chama de vela Alterações agudas: edema de papila
importante e grande quantidade de
exsudatos duros e moles e hemorragias de
retina.
O diabetes é uma doença muito prevalente, sendo a primeira causa de cegueira evitável
em indivíduos de 20 a 74 anos de idade. Esta doença traz uma série de complicações
oculares, como catarata, distúrbios refracionais, distúrbios neuro-oftalmológicos e
retinopatias.
A retinopatia diabética, principal complicação, é desenvolvida por 60% dos pacientes
após 15 a 20 anos de doença. O exame de fundo de olho deve ser feito prontamente em
todo paciente diagnosticado com DM tipo 2 e após 5 anos de diagnóstico no paciente
com DM tipo 1.
A lesão da retina é consequente à combinação da oclusão e do extravasamento
microvascular, sendo estas alterações visualizadas na fundoscopia; no entanto, às
vezes é necessário avaliar o fundo de olho contrastado com fluoresceína para detectar
lesões discretas e auxiliar no tratamento.
A retinopatia diabética(RD) divide-se basicamente em dois grandes tipos: RD
não-proliferativa e RD proliferativa, pela presença ou não de neovasos.
Esses, por sua vez, subdividem-se de acordo com a gravidade do quadro. É
também enquadrado na classificação da RD o edema de mácula, podendo ser
clinicamente significante ou não.
RD não ploriferativa:
Estão presentes nesse tipo de RD os microaneurismas, as hemorragias puntiformes,
as anormalidades microvasculares intrarretinianas (IRMA) e/ou veias em rosário. De
acordo com o aparecimento desses achados ao exame de fundo de olho, a RD não-
proliferativa pode ser dividida em leve, moderada, grave ou muito grave
RD ploriferativa:
É o estágio mais avançado da doença, podendo apresentar neovasos no disco
óptico e na retina, hemorragia vítrea e pré-retiniana e descolamento tracional da
retina. Pode-se subdividir em RDP precoce, de alto risco ou avançada, dependendo
da severidade das alterações supracitadas.
Edema Macular Clinicamente Significativo (EMCS)
*Alguns estudos revelam que muitos diabéticos são avaliados e tratados de forma
errônea e apenas 50% dos pacientes são encaminhados para realização de exame
oftalmológico em tempo adequado. Dessa forma, perde-se o melhor momento para
iniciar o tratamento dos pacientes, que precede a baixa de visão ou outros sintomas
visuais. Como a diminuição da visão é frequentemente um sintoma tardio da RD,
muitos pacientes permanecem sem diagnóstico, mesmo quando a doença já está
causando lesões retinianas graves e irreversíveis.
Alguns Achados associados ao Diabetes mellitus (DM),
2. Oclusões Venosas:
Classificação:
o glaucoma pode ser :
•Congênito (de desenvolvimento)
•Congênito (adquirido)
•GPAA glaucoma primário de ângulo aberto
•GPAF glaucoma primário de ângulo fechado
•GSAA glaucoma secundário de ângulo aberto
•GSAF glaucoma secundário de ângulo fechado
•Obs.: no glaucoma primário a elevação da PIO(pressão intra ocular)não
esta associada a nenhum outro distúrbio ocular, enquanto no glaucoma
secundário, existe um fator causal identificável ocular ou extra ocular que
altera o fluxo de drenagem do humor aquoso, que por sua vez provoca
elevação da PIO.
Glaucoma de Ângulo Aberto: Em geral, o glaucoma primário de ângulo
aberto não apresenta sintomas. O paciente não sente dor e perde
lentamente a visão, percebendo a perda quando o nervo óptico já está
bastante lesado. Devido à ausência de sintomas, a melhor forma de
diagnóstico desse tipo de glaucoma é o exame ocular periódico
Glaucoma de Ângulo Fechado: ocorre quando o sistema de drenagem é bloqueado,
geralmente, pela íris (a parte colorida do olho) e o líquido não consegue penetrar na
rede trabecular para ser drenado. O paciente apresenta dores de forte intensidade na
cabeça e no olho, que chegam até a provocar vômitos e redução da visão. A pressão
intraocular torna-se muito elevada e pode lesar o nervo óptico de forma rápida e
agressiva. Este é o quadro de uma crise de glaucoma agudo, uma emergência
oftalmológica que, se não tratada rapidamente, leva à perda visual irreversível, parcial
ou mesmo total, em questão de horas.
Exemplos de FO Glaucoma por escavação do Nervo Óptico(NO)
Obs.. Em muitos casos, não é possível decidir com certeza se um determinado disco óptico
é glaucomatoso.
Os achados clínicos e os resultados da investigação devem ser considerados juntos para
orientar o tratamento.
Lesões glaucomatosas resultam em sinais característico que envolvem:
A: Isquêmico focal são caracterizados por notching polar superior e/ou inferior que
podem esta associados a defeitos localizados de campo visual com ameaça inicial à
fixação.
C: Esclerótico senil caracteriza por escavações rasas em forma de disco voador e por
uma leve inclinação da RNR, atrofia peripapilar variável e perda de campo visual
periférico.
A: Isquêmico focal
B: míope
C: Esclerótico senil
D: concentricamente
crescente
Alguns Sinais não específicos de lesões Glaucomatosas
A: Desnudamento
inferior dos vasos
sanguíneos
circunlineares
B: Baionetamento inferior
C: Colaterais
D: perda da rima
neurorretiana nasal
F: Pontos lamelares
F: Hemorragia de disco
Alguns Achados associadas a Glaucoma
Glaucoma lesão
Glaucoma moderada escavação
Glaucoma congênito
escavação moderada
Glaucoma lesão
Glaucoma lesão leve grave escavação
Glaucoma atrofia óptica
escavação mínima grave
1: Glaucoma congênito
3 5
2: Bulftalmo
3: Estrias de Haab
4: Bulftalmo grave e
afundamento da esclera
5: Cicatriz e Glaucoma congênito
vascularização da córnea
FUNDO DE OLHO E NERVO OPTICO ( ATROFIAS ).
Atrofia óptica primaria ( AOP ): ocorre sem edema prévio da cabeça do nervo
óptico. Pode ser causada por lesões
Que afetam a via óptica, da região retrolaminar do nervo óptico ao corpo geniculado
lateral.
Sinais:
I: Disco óptico branco e plano, com margens bem definidas.
II: redução no numero dos pequenos vasos sanguíneos na superfície do disco
( sinal de Kestenbaun ).
III: palidez temporal pode indicar atrofia das fibras do feixe papilomacular, que entra
na cabeça do nervo óptico no lado temporal.
Atrofia óptica secundaria ( AOS ) : é precedida por edema da cabeça do nervo óptico
de longa duração.
Sinais:
I: variam de acordo com causas.
II: marcas d’água circundantes
III: disco óptico cor branca ou acinzentada, discretamente elevado, com margens
pouco delineadas por causa da gliose.
Causas:
I: retinite pigmentosa
II: Vasculite antiga
III: Necrose retiniana
IV: Excessiva Foto coagulação retiniana
Alguns Achados associados a
Atrofia do Nervo Óptico
I: Catarata Subcapsular
Catarata Nuclear começa com o agravamento das alterações normais da idade que
envolve o núcleo do cristalino, associada normalmente a miopia pelo aumento do índice
de refração do núcleo do cristalino e também ao aumento das aberrações periféricas.
Maturidade da Catarata :
a) Catarata
Subcapsular
posterior
b) Catarata
subcapsular
posterior em
retroiluminação
c) Catarata
Nuclear
d) Catarata
nuclear em
retroiluminação
Alguns Achados associados a Catarata
a) Catarata Cortical
b) Catarata cortical em
retroiluminação
c) Catarata em Árvore
de Natal
d) Catarata em Árvore
de Natal em
retroiluminação
Catarata Madura
Catarata Hipermadura
FUNDO DE OLHO E ACHADOS EPECIFICOS
Em Toxoplasmose
Toxoplasmose Ocular
II: Retinite por Citomegalovírus(CMV): acomete cerca de 30% dos pacientes com AIDS.
A maioria das infecções ocorre quando a contagem de linfócitos T está muito baixa.
Pode ocasionar baixa de visão permanente.
III: Olho vermelho : pacientes com AIDS podem apresentar episódios de olho vermelho,
seja por infecções que se prolongam por um maior período ou devido à deficiência
lacrimal.
IV: Descolamento de Retina : pode resultar da infecção pelo citomegalovírus.
Sinais:
I: esxudatos algodonosos
II: hemorragias retinianas
III: alterações capilares
Obs. A lesão pode ser confundidas com a forma inicial de retinite por
citomegalovírus (CMV), mais geralmente as lesões são assintomáticas em
contraste com CMV desaparecendo depois de varias semanas de forma
espontânea.
Alguns Achados associados HIV (AIDS)
Trombose da
RETINOPATIA DM Diabetes
Veia Central da Glaucoma
HIPERTENSIVA Melito
Retina
Dor Ocular, perda
Cefaleia, Diminuição da de Visão
Diminuição
SINAIS desfocamento e acv, Baixa na Periférica,
Unilateral da acv
baixa na ACV Visão Vômitos e
Cefaleia
Achados objetivos no Fundo de Olho
Geralmente Geralmente
Localização Bilateral Unilateral
Bilateral unilateral
difuso, escavações
Cabeça do Normal na cor e
Pouco saliente Mal delimitada elevadas,
nervo óptico delimitação
baiometamentos
Bilateralmente:
Bilateralmente:
constrição de
constrição de Dilatação Constrição de
Artéria; Veias
Artéria; Veias fusiforme, Veias Artéria; Veias
dilatadas e
dilatadas e dilatadas com dilatadas e
Vasos tortuosas com
tortuosas com extensão tortuosas com
Retinianos cruzamentos de
cruzamentos de vasculares da cruzamentos de
GUNN, variação
GUNN, artérias em parede do vaso e GUNN, variação
do calibre, arcos
"fios de prata", neovasos do calibre
de cruzamento de
duplos contornos
Salus
Alterações
Alterações Achados
temporais: Alterações
bilaterais: unilaterais:
irregularmente temporais: perdas
hemorragias, hemorragias
distribuídos, de fibras nervosas,
Retina turvação maciças até à
pontos em chama pontos em chama
isquêmica, periferia, focos de
de vela, de vela e
peripapilar da degeneração, de
microneurismas e escavações
retina cor branca
esxudatos.
Alterações Funcionais
Diminui em Diminui em
ACV Diminuída Diminuída
alguns casos alguns casos
Com perca e
Geralmente Geralmente
Campo visual normal ameaça inicial à
normal normal
fixação
Geralmente Geralmente Geralmente
Mancha Cega normal
normal normal normal
Exame Geral
Frequente
Sistema alta taxa de Frequente
Hipertensão hipertensão ou
Vascular glicose, Diabetes hipertensão
esclerose arterial
As vezes
Diminuída, de
Função Renal Diminuída Diminuída normal
acordo com o
estagio da DM
Referencias:
Jack J. kanski
Brad Bowling
Oftalmologia Clinica uma abordagem Sistemática
5°, 6° e 7° edição
Arno Nover
Fundo de olho
5° edição
Myron Yanoff
Jay S Duker
Oftalmologia 3° edição
Theo Dorion
Manual de Exames do Fundo de Olho
Mark W. Leitman
Manual de Exames e Diagnóstico Ocular
7° edição
Sites
Achados
em
OFTALMOSCÓPIA
Exemplos dos achados mais comuns no exame do fundo de olho anormal.
Jamerson Dias