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Sistema de administração Baseada na instituição, Baseada no ambiente,


isolada do ambiente. relacionada à comunidade.
Estruturada rigidamente. Flexível.
Centrada no professor. Centrada no aluno.
Utilização intensiva de Economia de recursos.
recursos.
Controle Externo Autogoverno
Hierárquico Democrático

Por sua vez, a “instrução se refere à formação intelectual, formação e desenvolvimento


das capacidades cognoscitivas mediante o domínio de conhecimentos sistematizados”.
xxiv
Nesse sentido, instrução é, essencialmente, a transmissão de conhecimentos e
habilidades. A instrução não é um fim em si mesmo, mas apenas um dos meios de se
realizar a educação, como explica José Carlos Libâneo:

Há uma relação de subordinação da instrução à educação, uma vez que o processo e o


resultado da instrução são orientados para o desenvolvimento das qualidades específicas
da personalidade. Portanto, a instrução, mediante o ensino, tem resultados formativos
quanto converge para o objetivo educativo, isto é, quando os conhecimentos, capacidades
e habilidades propiciados pelo ensino se tornar princípios reguladores da ação humana,
em convicções e atitudes reais frente à realidade. xxv

O ensino “corresponde a ações, meios e condições para a realização da instrução; contém,


pois, a instrução. (...) o ensino é o principal meio e fator da educação – ainda que não o
único – e, por isso, destaca-se como campo principal da instrução e educação”.xxvi O
ensino pressupõe necessariamente uma intenção (objetivo a ser alcançado por aquele que
se submete ao ensino) e em caráter triádico, pois se refere a quem ensina, à quem se ensina
e ao que é ensinado. Nesse sentido, o ensino é muitas vezes visto como mero sinônimo
de educação, mas trata-se, na verdade, de apenas uma das formas de realização do
processo educacional. Nada impede, por exemplo, que a educação ocorra sem um
educador (aquele que ensina): essa é a situação do autodidatismo, no qual a aprendizagem
ocorre sem o ensino.xxvii

A aprendizagem consiste na “aquisição de uma técnica qualquer, simbólica, emotiva ou


de comportamento: isto é, uma mudança nas respostas de um organismo ao ambiente, que
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melhore tais respostas em vista da conservação e do desenvolvimento do próprio


organismo”xxviii. A aprendizagem tem três dimensões:

a) humana: relacionamento interpessoal (professores, alunos, direção, funcionários);


b) político-social: época histórica, políticas governamentais, etc.;
c) técnica: definição de objetivos, seleção de conteúdos, técnicas e recursos de
ensino.

Cultura, em sentido antropológico, engloba tudo aquilo que o ser humano produz para
garantir sua sobrevivência e desenvolvimento. Abrange desde atividades essencialmente
materiais, como a agricultura,xxix até obras de caráter mais intelectual, como a literatura e
as artes. A Constituição Federal adotou esse conceito ao definir patrimônio cultural
brasileiro como “os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou
em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos formadores da sociedade brasileira” (art. 216, caput). A transmissão da cultura se
faz por meio da educação, formal, não formal e mesmo informal.

Escolarização (ou educação escolar), por sua vez, refere-se a todos os processos de
caráter educacional controlados por uma instituição específica, a escola. Em termos
jurídicos, escolarização é sinônimo de submissão a padrões homogêneos definidos
nacionalmente; no caso do Brasil, esses padrões constam da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional – também conhecida
como LDB), que delimita expressamente seu âmbito de aplicação: “Esta Lei disciplina a
educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em
instituições próprias” (art. 1º, § 1º).xxx A escolarização não é apenas a educação
institucionalizada (isto é, conduzida por estruturas burocráticas altamente reguladas, as
escolas), mas também uma ideologia xxxi, um mito xxxii, uma religião xxxiii e um processo
educacional xxxiv.

Educador é simplesmente aquela pessoa responsável pela educação de outrem. Sua


relevantíssima função social consiste na transmissão seletiva da cultura às novas
gerações. Nesse sentido, o educador determina quais manifestações culturais são
relevantes o bastante para serem internalizadas pelos educandos. Não é exagero dizer que
o conjunto de possibilidades de vida imagináveis por determinada geração foi
determinado majoritariamente pelos educadores dessa geração.
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Professor ou docente é a pessoa responsável pela educação, ou mais, estritamente, pela


transmissão de conhecimentos a outras pessoas. A atividade do professor é o ensino, que
pode ser realizado tanto em caráter informal (na educação domiciliar, por exemplo, o
ensino é responsabilidade dos pais) quanto profissionalmente, dentro de um ambiente
escolar como integrante de uma profissão. Existem duas espécies fundamentais de
professores:

a) Os professores instrutores: são responsáveis apenas pela transmissão de


conhecimentos. Não têm o poder de determinar o que, porque e para que
transmitir, mas somente prestam um serviço tendo em vista os fins já
determinados por outrem. Geralmente, consideram-se instrutores ou facilitadores
aqueles que atuam na educação não formal (por exemplo, em cursos de línguas
estrangeiras, de artes marciais e de mecânica);

b) Os professores educadores: são simultaneamente educadores e instrutores, pois


são responsáveis tanto por transmitir conhecimentos e habilidades como também
por selecionar os bens culturais e as finalidades com que eles são transmitidos. O
professor educador transmite ao educando a cultura filtrada de acordo com sua
ideologia e visão de mundo. Essa função é exercida pelos pais e mais
controvertidamente pelos profissionais do sistema escolar.

O quadro a seguir sintetiza as categorias de professores:

Atividade formal Atividade informal


Instrutores Professores inseridos no Instrutores de cursos livres.
sistema escolar.
Educadores Professores e outros Pais e responsáveis por
profissionais do sistema crianças e adolescentes.
escolar.

Intelectual, em sentido lato, é todo aquele que, dotado de cultura consideravelmente maior
que a média da população, reflete sobre as realidades sociais e propõe soluções para os
problemas dessa sociedade. A classe dos intelectuais é tradicionalmente denominada de
intelligentsia. Na conhecida classificação das espécies de poder realizada por Max
Weber, o poder intelectual (ao lado do militar e do político) tem destacada importância,
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uma vez que determina a ação alheia sem a necessidade da utilização da força física ou
de meios financeiros.

Extremamente influente no Brasil é a distinção realizada por Antônio Gramsci entre


intelectuais tradicionais e intelectuais orgânicos:

Daqui a designação de intelectuais “orgânicos” distintos dos intelectuais tradicionais.


Estes, para Gramsci, eram basicamente os Eram os intelectuais estagnados no mundo
agrário do Sul da Itália. Eram o “clero”, “os funcionários”, “a casa militar”, “os
acadêmicos” voltados a manter os camponeses atrelados a um status quo que não fazia
mais sentido. (...)

(...)

“Orgânicos”, ao contrário, são os intelectuais que fazem parte de um organismo vivo e


em expansão. Por isso, estão ao mesmo tempo conectados ao mundo do trabalho, às
organizações políticas e culturais mais avançadas que o seu grupo social desenvolve para
dirigir a sociedade. Ao fazer parte ativa dessa trama, os intelectuais “orgânicos” se
interligam a um projeto global de sociedade e a um tipo de Estado capaz de operar a
“conformação das massas no nível de produção” material e cultural exigido pela classe
no poder. Então, são orgânicos os intelectuais que, além de especialistas na sua profissão,
que os vincula profundamente ao modo de produção do seu tempo, elaboram uma
concepção ético-política que os habilita a exercer funções culturais, educativas e
organizativas para assegurar a hegemonia social e o domínio estatal da classe que
representam.xxxv

De acordo com essa classificação, os professores, responsáveis pela educação, seriam


necessariamente intelectuais tradicionais ou orgânicos. Na doutrina pedagógica brasileira,
há praticamente um consenso no sentido de que os professores não apenas são
intelectuais, mas principalmente têm o dever moral de serem intelectuais orgânicos, ou
xxxvi
em outros termos, intelectuais transformadores. Maria Lúcia de Arruda Aranha,
autora do mais influente manual de filosofia da educação no Brasil, afirma essa
vinculação entre professor e intelectual orgânico de forma assaz contundente:

Ser um educador intelectual transformador é compreender que as escolas não são espaços
neutros de mera instrução, mas carregados de pressupostos que representam as relações
de poder vigentes e convicções pessoais nem sempre explicitadas. Imaginar que a escola
seja um local apolítico, em que são transmitidos conhecimentos objetivos e apartados do

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