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Docente da Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, campus de
Bauru (Unesp). Seus trabalhos mais importantes são: Linguagem publicitária: análise e produção (2003),
A representação social da mulher na publicidade: os jovens ditam as tendências (2018). E-
mail:lucilene.gonzales@unesp.br
Introdução
A cibercultura, convergência cultural e midiática instauraram um fenômeno
comunicacional jamais experimentado pela humanidade: uma interação entre pessoas
através da internet e suas redes sociais, incluindo nesse contexto as marcas e seus
públicos.
Reconfiguraram-se a percepção e os hábitos da sociedade no que se refere à forma
de consumir e produzir conteúdo: uma infinidade de informação está ao dispor do público
que expressa suas opiniões na rede mundial de comunicação, colabora com outros
usuários, co-produz mensagens, dialoga com as marcas.
Essa revolução digital contemporânea inaugurou novos paradigmas nas práticas da
comunicação e consumo que vêm se moldando por um relacionamento entre marcas e
públicos nas diversas mídias e plataformas, inclusive na comunicação publicitária
impressa, nosso objeto de estudo: 138 publicidades do período de 2014 a 2016 das revistas
Veja, Caras, Ana Maria, Todateen, Suprinteressante e Playboy, publicações dirigidas a
públicos de distintos gêneros, idade e classe social.
Estamos verificando se paradigmas consolidados em comunicação sustentam-se
total ou parcialmente ou se há o surgimento de novas lógicas na situação de comunicação
publicitária, nas funções dessa forma de mensagem, na formatação linguística e imagética
dos seus títulos, textos, slogans, imagem, marca, na sua significação cultural e ideológica.
Nosso objetivo é construir uma teoria da comunicação publicitária impressa, apontando
transformações na composição verbal e visual da publicidade de revistas.
Trata-se de um trabalho de revisão e atualização de conceitos estudados sobre a
linguagem publicitária em Gonzales (2003), com fundamentação no processo de
produção publicitária (Vestergaard & Schroder, 2008) e no contexto da cibercultura
(Lemos, 2010) e cultura de convergência (Jenkins, 2009) e suas estratégias de marketing
digital e publicidade on-line (Torres, 2009).
Veja 6 109 26
Caras 6 264 42
Ana Maria 1 30 23
Todateen 1 15 14
Superinteressante 6 51 18
Playboy 3 40 15
Referências
COUTINHO, R. C. O argumento ético-social na propaganda: uma marca da
contemporaneidade. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.
GONZALES, L. Linguagem publicitária: análise e produção. São Paulo: Arte &
Ciência, 2003.
JENKINS, H. Cultura da Convergência. Trad. Susana Alexandrina. 2 ed. São Paulo:
Aleph, 2009.
LEMOS, A. Cibercultura: tecnologia e vida na cultura contemporânea. Porto Alegre:
Sulina, 2008.
LISBOA, E. M. O relacionamento como fator de sucesso para o branding.Trabalho
de conclusão de curso. UFMA. 2004.
TORRES, C. A bíblia do marketing digital: tudo o que você queria saber sobre
marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec,
2009.
VESTERGAARD, T. e SCHRODER, K. A linguagem da propaganda. Saõ Paulo:
Martins Fontes, 2008.