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Universidade Cândido Mendes - UCAM

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Ewerton Sant’Anna Carvalho

QUATRO TEMPOS FUNDAMENTAIS À ENGENHARIA


DE PRODUÇÃO

Rio de Janeiro 2019


Ewerton Sant’Anna Carvalho – ewertonsca@gamil.com

Acadêmico do Programa de Pós-graduação lato sensu “Engenharia


de Produção” da Universidade Candido Mendes - UCAM.

RESUMO

Atualmente a concorrência nos diversos setores de mercado exige que grandes


empresas, assim como pequenos empreendedores, tenham como importante
relevância para manter a fidelidade de seus consumidores e também para
alcançar outros mercados, uma eficiente rede de distribuição de seus produtos.
Neste contexto, a gestão da logística de fazer chegar aos centros de
distribuição ou, diretamente aos seus consumidores seus produtos é um
diferencial para destacá-lo no mercado. O objetivo deste presente trabalho foi
realizado na área de logística para auxiliar a micro empresa Comidinhas da
Dani, empresa de confecção e distribuição de refeições prontas, na melhor
forma de distribuir seus produtos diretamente aos seus consumidores,
comparando com o que é praticado atualmente buscando através da aplicação
de ferramentas de gestão estratégica equalizar produção com distribuição. Este
estudo foi realizado no intuito de auxiliar a melhorar a distribuição dos produtos
da empresa.

Sabe-se que neste ramo de mercado de comidas prontas o ambiente é, a cada


dia, mais acirrado e competitivo, com a constante entrada neste mercado de
mais empreendedores. A logística de distribuição exerce um papel fundamental
neste mercado, quando percebida pela empresa, entregando os pedidos no
tempo certo aos clientes, garantindo qualidade e vantagem competitiva em
relação aos concorrentes. Neste contexto a gestão logística tem um importante
papel para o controle dos custos, evitando desperdício de tempo e combustível,
trazendo vantagem competitiva e agregando valor ao produto.
PALAVRAS CHAVE:

Engenharia de Produção; Logística de distribuição; e mais alguma coisa

ABSTRACT

The knowledge of the various "times" in the production engineering is of


paramount importance for the success of the activities of the companies, when
well-managed quantifies and qualifies its production. The various timing times of
a production line, the times at which a product should be withdrawn from the
market, the time an investment should yield return are some of the times
measured to be considered in the industry. Also be aware of the timing, the time
to make an investment, perceive a niche market yet little explored, the need for
an additional facility in the product to better retain its market.

Through the exploratory bibliographical research of a qualitative nature, the


objective of this work is to present four fundamental times in the production
engineering, which are:

 Study of times and methods


 Payback
 Product Life Cycle
 Scheduled obsolescence

KEYWORDS:

Production engineering; Study of Times and Methods; Payback; Product Life


Cycle; Scheduled obsolescence.
1 INTRODUÇÃO

Trabalhar o tempo, mas qual tempo a ser trabalhado? O tempo de Chronos ou


o tempo de Kairós? Na mitologia grega, o tempo era designado por Chronos e
Kairós. Chronos é referido ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser
medido pelo relógio, pelo calendário, pela rotina. Kairós refere-se a um
momento indeterminado no tempo, um momento certo, o tempo oportuno.

Perceber de maneira conjunta utilizando as definições de Chronos e Kairós é


fundamental para unir o tempo certo com o tempo oportuno.

Muito se fala da importância da administração do tempo no mundo dos


negócios. O sucesso de uma empresa está diretamente relacionado ao saber
administrar o tempo, sob diversos aspectos: tempo de planejamento, tempo de
produção, tempo de retorno, tempo cronológico. São de vital importância
também o tempo certo de decidir um empreendimento, o tempo oportuno para
tomada de decisão sobre aumentar a produção ou diversificá-la, até mesmo o
tempo de finalizar uma etapa, um processo ou um projeto. Para o aumento da
confiabilidade de uma empresa é necessário trabalhar o tempo medido,
cronometrado, assim como na definição de Chronos, visualizando
oportunidades e sucesso utilizando enfim a definição de Kairós.
II – Quatro tempos fundamentais à Engenharia de
Produção

2.1 – Estudo de Tempos e Métodos

O estudo de Tempos e Medidas dos processos produtivos tem relevante


importância para o planejamento das estruturas das empresas. Melhorar o
método de algumas atividades e reduzir o tempo ocioso na produção, aumenta
a produtividade e proporciona competitividade da empresa no mercado.

No século passado, Frederick W. Taylor e o casal Frank e Lílian Gilbreth foram


os precursores da mensuração dos tempos gastos na execução de tarefas
industriais, utilizando técnicas estatísticas e feitas de forma científica. Ainda
hoje estas técnicas são largamente utilizadas para estabelecimento de padrões
de produção e para os custos industriais.

Conforme Barnes (1977), o estudo de tempos e métodos objetiva desenvolver


e padronizar a operação a ser analisada e o método utilizado, determinando o
tempo gasto na execução da tarefa, por profissional habilitado e devidamente
treinado, trabalhando num ritmo normal. A análise desse estudo visa orientar
as condições para melhor realizar a tarefa, o treinamento para o trabalho e o
posicionamento do operador em relação a máquinas e equipamentos assim
como identificar problemas e buscar melhorias para os mesmos.

Para medição e estudo de tempos, avaliar desempenho e estabelecer tempos


padrões de referência para realização de uma tarefa, é utilizado o método da
cronometragem.

O estudo de tempos não só tem o objetivo de avaliar e estabelecer a melhor


forma de trabalho, mas principalmente fornecer dados importantes para:

• Estabelecer padrões de produção;

• Fornecer dados para determinação de custos padrões;


• Fornecer dados dos custos de fabricação;

• Fornecer dados para estimativa do custo do produto;

• Medir o rendimento da mão de obra;

• Determinar contratação de mão de obra;

• Fornecer dados para balanceamento de linhas de produção;

• Comparação de métodos e avaliar o desempenho da produção em


relação ao padrão existente;

• Planejamento da capacidade de produção e roteiro de fabricação.

Equipamentos para o Estudo de Tempos

• Cronômetro de hora centesimal: a cronometragem da execução de


determinada tarefa pode ser feita com um cronômetro comum, sexagesimal,
mas com o inconveniente de apresentar a necessidade de um passo a mais, a
transformação do tempo medido para o sistema centesimal, para utilização nos
cálculos. O cronômetro mais utilizado é o que conta a hora de forma
centesimal, que facilita a tomada de tempos, uma volta do ponteiro maior
corresponde a 1/100 de hora ou 36 segundos.

• Filmadora: equipamento auxiliar para mensuração dos tempos necessários


para execução das tarefas, que apresenta a vantagem de registrar fielmente
todos os movimentos executados pelo operador, auxiliando o analista a
confirmar se o método de trabalho previamente estabelecido está sendo
executado pelo operador.

• Folha de observações: documento utilizado para registro de todas as


informações e tempos coletados relativos à operação cronometrada. É comum
o desenvolvimento pela empresa de folhas de observação específica conforme
seus objetivos.
• Prancheta para observações: para o apoio da folha de observações e do
cronômetro.

Determinação do Tempo Padrão de uma Operação

Os tempos padrões de produção a serem determinados devem ser arquivados,


compondo assim um banco de dados para, em uma referência futura, avaliar,
por exemplo, o desempenho de determinada célula de produção.

Divisão da Operação em Elementos

A operação total que se deseja mensurar deve ser dividida em partes ou


elementos, e da soma dos tempos dos elementos obtêm-se uma medida total
precisa. Deve-se tomar o cuidado de não dividir exageradamente a operação,
em muitos elementos, ou em demasiadamente poucos. O tempo de cada
elemento deve ser registrado separadamente na folha de observações.

Determinação do Número de Ciclos a serem Cronometrados

Para determinar o tempo padrão de uma operação é intuitivo que apenas uma
tomada de tempo não é suficiente. Várias tomadas de tempo devem ser feitas
para obtenção de uma média aritmética destes tempos, mas quantas? A forma
mais correta para se determinar o número de ciclos a serem cronometrados é
dada pela expressão:

Onde: n = número de ciclos a serem cronometrados

z = coeficiente de distribuição normal para uma probabilidade


determinada

R = amplitude da amostra

Er = erro relativo da medida


d2 = coeficiente em função do número de cronometragens realizadas
preliminarmente

= média dos valores das observações

A média ( ) e a amplitude (R) devem ser extraídas de cinco a dez ciclos de


uma cronometragem prévia da operação. Os valores da probabilidade e do erro
relativo devem também ser fixados conforme desejados. Costumam-se utilizar
probabilidades de confiança entre 90% e 95%, e erro relativo variando entre
5% e 10%.

Os valores típicos dos coeficientes (z) e (d2) são apresentados nas tabelas
abaixo:

Fonte: Estudo de tempos, movimentos e métodos - Jurandir Peinado e Alexandre R. Graeml

Avaliação da Velocidade do Operador

É a comparação da velocidade (V), ou ritmo do operador em observação, com


a velocidade referência, esta determinada subjetivamente a partir da
observação de um operador treinado na qual foi atribuído um valor 100 (100%).

Velocidade acima do normal significa que o operador que está sendo avaliado
pode estar trabalhando em uma velocidade acima da velocidade normal, de
referência.
Velocidade abaixo do normal significa que o operador que está sendo avaliado
pode estar trabalhando em uma velocidade lenta, abaixo da velocidade de
referência.

Tolerância para Atendimento às Necessidades Pessoais

Para uma jornada de trabalho de oito horas diárias, considerando apenas uma
parada para o almoço, a depender do ambiente de trabalho e do tipo de
trabalho, geralmente um tempo entre 10 a 25 min, de 2% a 5% da jornada de
trabalho, é o tempo médio considerado para atendimento às necessidades
pessoais.

Tolerância para Alívio da Fadiga

A fadiga do trabalho não é proveniente somente da natureza do trabalho, mas


também das condições ambientais do local de trabalho. Diferentes fatores
como ruídos em excesso, temperatura ou iluminação inadequadas, desrespeito
à ergonomia dos postos de trabalho, geram fadiga. Na prática se tem
observado é a utilização de uma tolerância entre 15% e 20% do tempo para
trabalhos normais, em condições de ambientes normais.

As tolerâncias podem ser calculadas em função dos tempos de permissão que


a empresa está disposta a conceder. Neste caso calcula-se o fator de
tolerância conforme a expressão:

Onde: FT = fator de tolerância

p = tempo de intervalo dado dividido pelo tempo de trabalho

Determinação do Tempo Padrão

Uma vez obtido o tempo normal, que é o tempo médio de n cronometragens


válidas, ajustado a uma velocidade de operação normal, segundo a fórmula
TN = TC x V calcula-se o tempo padrão levando-se em consideração o fator de
tolerância , segundo a fórmula TP = TN x FT :
TN = TC x V

Onde: TN = tempo normal

TC = tempo cronometrado

V = velocidade do operador

Obtêm-se o tempo padrão:

TP = TN x FT

Onde: TP = tempo padrão

TN = tempo normal

FT = fator de tolerância

Exemplo:

Fonte: Estudo de tempos, movimentos e métodos - Jurandir Peinado e Alexandre R. Graeml

Uma empresa do ramo metalúrgico deseja determinar o tempo padrão


necessário, com 90% de confiabilidade e um erro relativo de 5%, para
fabricação de determinado componente que será usado na linha de montagem.
O analista de processo realizou uma cronometragem preliminar de nove
tomadas de tempo, obtendo os dados a seguir. Pergunta-se:

a. O número de amostragem é suficiente?


b. Qual o tempo cronometrado (TC) e o tempo normal (TN)?
c. Qual o tempo padrão (TP) se a fábrica definir um índice de tolerância de
15%?
d. Caso a empresa conceda 12 minutos para necessidades pessoais, 15
minutos para lanches e 20 minutos para alívio de fadiga em um dia de 8
horas de trabalho, qual será o novo tempo padrão?
Tempos Cronometrados (centésimo de hora)
Folha de Observação
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Cortar chapa 0,07 0,08 0,09 0,09 0,08 0,07 0,07 0,08 0,07
Dobrar chapa 0,07 0,06 0,07 0,06 0,05 0,07 0,06 0,06 0,06
Furar chapa 0,15 0,14 0,16 0,15 0,14 0,13 0,13 0,15 0,14
Remover rebarbas 0,05 0,05 0,04 0,05 0,04 0,04 0,04 0,05 0,05
Velocidade avaliada: 94%

a. Cálculo do número de cronometragens da operação cortar chapa

R = 0,09 – 0,07 = 0,02

Z = 1,65 (ver tabela 1)

d2 = 2,970 (ver tabela 2)

De forma análoga obtém-se:

Número de cronometragem da operação dobrar chapa, N=12,8

Número de cronometragem da operação de furara chapa, N=5,4

Número de cronometragem da operação de remover rebarbas, N=10,4

Logo, o número de observações cronometradas é suficiente

b. Neste caso o tempo cronometrado é a soma dos tempos médios


cronometrados individualmente por operação:

TC = 0,078 + 0,062 + 0,143 + 0,046 = 0,33 horas

c. O tempo padrão para uma tolerância de 15% será:

TN = TC . V portanto TN = 0,33 . 0,94 = 0,32 horas

TP = TN . FT portanto TP = 0,32 . 1,15 = 0,37 horas

d. Quando o fator de tolerância é dado pelo tempo permitido, deve-se


calcular o fator de tolerância em primeiro lugar:
TP = TN . FT portanto TP = 0,32 . 1,109 = 0,35 horas
2.2 - PAYBACK

No mundo dos investimentos existem diversos fatores a serem avaliados antes


de certas decisões serem tomadas. Somente a partir da análise dos resultados
de alguns indicadores de desempenho tais como: ticket médio, margem de
contribuição, lucratividade, payback e outros é que um investimento pode ser
considerado viável ou não.

Os resultados obtidos da análise dos indicadores adequados a cada situação


devem ser capazes de medir e gerenciar o atingimento das metas da
organização ou do departamento ou do investimento.

Um indicador é um valor quantitativo medido matematicamente que seja útil e


auxilie na tomada de decisões.

Nosso interesse é o indicador PAYBACK. Esse indicador consiste no cálculo


simples do tempo em que um investimento apresentará retorno, ou seja, o
tempo em que o investimento se pagará.

Qualquer tipo de investimento passa pelo período de despesas iniciais onde o


dinheiro somente sai do caixa, mas espera-se que chegue o momento em que
o capital investido seja recuperado através das receitas do negócio. Esse
tempo de recuperação do capital pode ser calculado e chamamos payback.

O payback está fortemente relacionado com o fluxo de caixa, pois é no fluxo de


caixa ou mesmo na sua projeção que o investidor pode resolver quando e
quanto capital aplicar de acordo com o interesse de determinado período. O
payback trata do tempo necessário para que o capital volte para os cofres da
empresa.

Por ser uma ferramenta fácil de aplicar e que tem o objetivo muito simples de
compreender o payback tem sido o método mais indicado para pequenas
empresas, projetos cujos investimentos não sejam tão elevados e startups.

As grandes empresas utilizam o método de obtenção do payback como uma


ferramenta inicial, de triagem na avaliação da viabilidade de alguns projetos
partindo a seguir para análises mais detalhadas como TVM- valor temporal do
dinheiro e TIR- taxa interna de retorno.

Apesar de ser obtido com a aplicação de uma formula muito direta, rápida e
simples, que será apresentado a seguir, o método de obtenção do payback
também apresenta desvantagens, pois trabalha com prazos curtos e não leva
em consideração a taxa de retorno do investimento e nem os movimentos
financeiros posteriores ao investimento do capital inicial e, portanto pode
mascarar um bom investimento em longo prazo.
Quando se leva em consideração o valor do dinheiro no decorrer do tempo e o
entradas após o investimento inicial utilizamos o chamado payback
descontado.

A seguir vamos apresentar o cálculo de payback simples e descontados de três


situações hipotéticas.

CÁLCULO DE PAYBACK SIMPLES

Uma pequena empresa deseja diminuir em 10% o custo de fabricação de um


determinado produto. Cada produto tem atualmente um custo de $500 e
durante um mês são produzidos 10 mil unidades. Para o projeto de redução de
custo será necessário um investimento de $800 mil. Deseja-se saber qual será
o payback desse projeto?

Temos os seguintes dados:

Custo unitário atual: $500

Custo unitário proposto: $450

Economia unitária: $50

Investimento no projeto: $800mil

Produção mensal: 10mil

Inicialmente calcula-se o número de produtos que precisam ser produzidos


para pagar todo o valor investido, portanto divide-se o valor do investimento
pelo valor da economia unitária:

Depois se calcula o tempo necessário para produzir a quantidade necessária


para pagar todo o investimento, portanto divide-se a quantidade necessária
pela capacidade de produção mensal:

PAYBACK= 1,6 mês


Conclui-se que em menos de dois meses o investimento terá sido
completamente pago.

O valor do payback pode ser obtido observando fluxo de caixa do investimento


ou mesmo uma projeção do mesmo. Seguem exemplos de payback simples e
descontado:

CÁLCULO DE PAYBACK OBSERVANDO FLUXO DE CAIXA

PAYBACK SIMPLES

DATA SAÍDA ENTRADA SALDO


1/2018 - 50.000 0 - 50.000
2/2018 - 75.000 0 - 125.000
3/2018 - 32.000 25.000 - 132.000
4/2018 - 10.000 60.000 - 82.000
5/2018 0 70.000 - 12.000
6/2018 0 30.000 +18.000
7/2018 0 25.000 +43.000

O cálculo do saldo é obtido com a soma da coluna saída com a coluna


entrada. Como a primeira data que ocorreu lucro foi em 6/2018 então o
payback foi de 5 meses.

PAYBACK DESCONTADO

DATA FLUXO DE CAIXA MESES FLUXO DE CAIXA


ATUALIZADO
SAÍDA ENTRADA N SAÍDA ENTRADA SALDO
01/2010 - 40.000,00 0 0 - 40.000,00 -40.000,00
05/2010 - 43.000,00 0 4 - 38.437,47 -78.437,28
08/2010 - 30.000,00 0 7 - 24.652,93 -103.090,21
10/2010 0 70.000,00 9 54.386,04 -48.704,17
12/2010 0 50.000,00 11 36.728,35 -11.975,82
1/2011 2.000,00 12 1.428,50 -10.547,31
05/2011 4.500,00 16 2.873,08 -7.624,23
06/2011 17.800,00 17 11.050,39 +3.426,16
08/2011 40.000,00 19 23.477,92 26.904,08
O saldo é obtido somando-se respectivamente os valores da coluna saída com
a coluna entrada do fluxo de caixa atualizado.

Chama-se de valores atualizados as saídas e entradas uma vez levado em


conta uma taxa de juros de 40% a.a.

Inicialmente transforma-se a taxa de 40% a.a em 2,844% a.m utilizando a


seguinte formula:

Portanto

Atualiza-se cada valor do fluxo de caixa utilizando a fórmula

Onde PV é o valor na data zero a ser observada cada transação

FV é o valor nominal da transação

i é a taxa no período

n é o número de meses de diferença entre a data da transação e a data


zero que estamos observando cada parcela.

A saída de $43.000,00 no mês 05/2010, isto é, passados 4 meses do


investimento inicial (data zero), corresponderá a :

A saída de $30.000,00 no mês 08/2010, isto é, passados 7 meses ,


corresponderá a:

E assim sucessivamente cada valor do fluxo de caixa deverá ser atualizado


levando-se em conta o tempo em que a transação aconteceu.
Observando a tabela de fluxo de caixa, depois de atualizar os valores, detecta-
se que o payback ocorreu em 06/2011 depois de se passarem 17 meses.

Payback=16,69 meses

CÁLCULO DO PAYBACK COM PROJEÇÃO DE RETORNO

Para um investimento de $10.000,00 onde é esperado um retorno de $2.500,00


por ano é possível calcular o payback simples e o payback descontado levando
em conta uma taxa de desconto de 10% a.a.

SIMPLES

Payback = 4 anos
DESCONTADO

DATA SAÍDA ENTRADA COM SALDO


DESCONTO
ANO 0 - 10.000,00 0 -10.000,00 -10.000,00
ANO 1 0 2.500,00 2.272,73 -7.727,27
ANO 2 0 2.500,00 2.066,12 -5.661,15
ANO 3 0 2.500,00 1,878,29 -3.782,86
ANO 4 0 2.500,00 1.707,54 -2.075,32
ANO 5 0 2.500,00 1.552,31 -523,01
ANO 6 0 2.500,00 1.411,18 +888,17
ANO 7 0 2.500,00
ANO 8
ANO 9

São necessários que os valores sejam todos observados na mesma data para
considerar-se assim a taxa de desconto.

A fórmula

deverá ser utilizada para cada entrada

ANO 1 2.272,73

ANO 2 2.066,12

ANO 3 1,878,29

ANO 4 1.707,54

ANO 5 1.552,31

ANO 6 1.411,18

Completando a tabela do fluxo de caixa o payback é percebido depois de 5


anos e antes do final do ano 6.

O payback considerado não deve ser nem 5 (pois ainda não se pagou o
investimento) nem 6 (pois o investimento já foi pago com sobra) .Mas então
qual é o tempo de retorno descontado (payback descontado)?
Será então 5 anos um fração do ano 6.

Para encontrar o payback descontado basta utilizar a seguinte equação:

Neste caso temos:

Payback= 5,371 anos

O payback do projeto será de 5 anos e 5 meses

Ele é maior que o payback simples.

Observando os cálculos matemáticos pode-se afirmar que sempre o payback


descontado será maior que o payback simples para taxas de desconto acima
de zero.
2.3 – Ciclo de Vida do Produto

Uma empresa ao lançar um produto sabe que este produto irá permanecer no
mercado apenas por um determinado tempo. Este produto antes de ser
conhecido a aceito pelo mercado consumidor, ao ser lançado apresentará
baixo volume de vendas, situação esta que será gradualmente revertida,
aumentando sua participação no mercado até alcançar certa estabilidade, após
este momento sua venda tenderá diminuir até não se sustentar mais e, ou ser
modificado ou retirado do mercado. Esta trajetória do produto no mercado
recebe a definição de Ciclo de Vida do Produto.

Nenhum produto ou serviço é para sempre ou não duram para sempre do jeito
que foram criados, uma vez que as empresas estão constantemente
acompanhando a reação do mercado aos seus produtos e, com adaptações ou
modificações, atendendo a este mercado. O objetivo do estudo do Ciclo de
Vida do Produto é estimar o período ou fase em que se encontra um produto
para executar ajustes mais adequados a cada situação, planejar as ações mais
adequadas de divulgação para cada uma das fases de forma a potencializar os
resultados.

No modelo clássico são considerado quatro as fases, ou ciclo na vida de um


produto, conforme mostrado na figura abaixo.

(htth_ps://afrontablog.com/2014/07/15/o-ciclo-de-vida-do-produto/ciclo-de-vida-2/#main)
Introdução: Esta é a inicial e difícil fase da vida do produto, é a fase do seu
lançamento. Devido ao baixo volume de unidades produzidas, esta fase é
caracterizada pelo alto custo de produção e consequente elevado preço
unitário. Devido ao desconhecimento do produto no mercado um baixo volume
de vendas é observado nessa fase. Esse baixo volume de vendas associado
ao alto custo de produção implica na difícil obtenção de lucros, podendo até
mesmo ocorrer a ausência dele. É também alto o custo de introdução no
mercado, especialmente com propaganda e distribuição. Muitos produtos não
passam dessa fase.

Crescimento: Nesta fase ocorre o aumento gradual das vendas, o produto


começa a firmar-se no mercado, sendo possível agora diminuir os custos de
produção, com encomendas mais volumosas a seus fornecedores e alteração
de seus processos produtivos, procurando obter um maior volume de produção
através da automatização, padronização de partes ou componentes, linhas
seriadas, etc. Investimentos em publicidade tendem a diminuir um pouco visto
que o produto já tem aceitação do mercado e não é mais um ilustre
desconhecido.

Maturidade ou Amadurecimento: Fase onde as vendas atingem seu ápice e


se estabilizam. Geralmente a produção já atingiu alto grau de padronização, os
custos por cliente são baixos e os lucros elevados. É nesta fase que a disputa
por uma fatia do mercado é acirrada, com muitos concorrentes buscando seu
espaço e a atenção do consumidor. Altos são os investimentos em marketing
para defender a participação do produto no mercado, e uma das estratégias
utilizadas é a de diferenciação do seu produto ante a concorrência, como por
exemplo, o lançamento de novas versões. Apostar em projetos de redução de
custos de produção para fazer margem a promoções também é estratégia
usada nesta fase.

Declínio: Etapa final do ciclo da vida de um produto. Como nada dura para
sempre, pelo menos da forma como foi projetado ou concebido, em geral,
neste ciclo o produto passa a perder participação no mercado, a demanda
decresce assim como os lucros. O motivo pode ser porque o produto tornou-se
obsoleto e não atende mais as necessidades dos clientes, por avanços
tecnológicos ou pela mudança de gosto ou preferência do consumidor. Quando
o produto entra na fase de declínio, a empresa pode optar por reduzir sua
produção e distribuição ou mesmo retirá-lo do mercado.
2.4 – Obsolescência Programada

Como vimos no item 2.3 acima, todo produto lançado no mercado, após algum
tempo entra na fase do declínio e, normalmente, é retirado do mercado ou
substituído. Entretanto, se por estratégia da empresa, um produto for lançado
já com data marcada para ser retirado ou substituído, chamamos esta
estratégia de obsolescência programada.
A Obsolescência Programada é uma estratégia de mercado, onde as
empresas programam o tempo em que seus produtos vão estar no mercado.
Programando a vida útil de sistemas ou componentes para durarem menos do
que a tecnologia possibilita, estes serão substituídos por falha ou, com
lançamento de modelos novos, induziram clientes a fazerem trocas de seus
antigos equipamentos por supostos mais modernos, por se sentirem estar de
posse de tecnologia ultrapassada.
Esta estratégia é normalmente associada ao processo de globalização, mas
seu início pode ter origem na Grande Depressão de 1929, que, com a crise, o
mercado consumidor foi fortemente desacelerado aumentando os estoques das
empresas com muitos produtos industrializados e que, por não serem
comercializados diminuía o lucro das empresas, aumentando o desemprego,
reduzindo o consumo e aumentando a crise. Diante disso, verificou-se que
produtos com longa vida útil, produtos duráveis, não eram bons para os
negócios.
Até a década de 1920 os produtos eram desenhados para que durassem o
máximo possível, é comum escutarmos dos nossos avós que antigamente tudo
durava mais. E foi nesse período que a indústria viu a necessidade de
incentivar os consumidores a comprar cada vez mais, sendo necessário para
isso promover a “morte” dos produtos em um tempo programado por ela. O
primeiro caso da aplicação da “obsolescência programada” foi da indústria
de lâmpadas elétricas, quando fabricantes da Europa e dos EUA (cartel
Pheobus) decidiram controlar a produção e reduzir a vida útil das lâmpadas, de
2.500 horas de uso para apenas 1.000 horas, para que o consumidor tenha
que trocá-la com mais frequência.
Portanto, trata-se de uma estratégia de mercado voltada para desenvolvimento
de produtos com falhas planejadas, ou funcionalidades a menos para que, em
um curto espaço de tempo um novo modelo seja lançado e as
falhas/funcionalidades sejam “corrigidas” induzindo o consumidor a comprar o
mesmo equipamento várias vezes.
Além de planejar seus produtos para que apresentem defeitos antes da hora,
há outras estratégias que a indústria utiliza para manter o consumidor
comprando sempre os “novos” produtos. Podemos considerar três tipos de
obsolescência:

 Obsolescência Planejada ou de Qualidade: é quando a vida útil de um


produto foi planejada para terminar antes do tempo devido, isto é, quando a
indústria planeja produzir itens já estabelecendo o término da vida útil deles.
Dificultando, encarecendo ou mesmo impossibilitando consertos os
fabricantes obrigam consumidores a comprar, em um curto espaço de
tempo, novos produtos com a mesma finalidade.
Um exemplo desse tipo de obsolescência é o caso da primeira geração do
iPod, cuja bateria foi desenhada para ter uma vida curta, algo em torno de
alguns meses, com substituição dificultada e declarado pela Apple ao recebe
reclamações “vale mais a pena comprar um iPod novo”. Após grande
repercussão negativa do caso e ação na justiça, a Apple fez um acordo com
os consumidores elaborando um programa de substituição das baterias e
estendendo sua garantia.

 Obsolescência Perceptiva ou de Desejabilidade: “Nessa situação, um


produto que ainda está sólido, em termos de qualidade ou performance,
torna-se gasto em nossa mente porque um aprimoramento de estilo ou outra
modificação faz que fique menos desejável” (Packard, 1965, p.51).
Ação comum dos fabricantes é tornar o produto “velho”, ultrapassado,
remodelando sua aparência ou melhorando a seu desempenho a cada nova
atualização. Esta estratégia promove uma desvalorização prematura do
produto ou serviço, procurando atingir o emocional e o senso estético do
consumidor, de forma a implantar nele o desejo de sempre ter o que há de
mais moderno, técnica amplamente utilizada sempre com o objetivo da
aumentar as vendas.
A desvalorização psicológica dos produtos promove nos usuários uma
sensação de estar com um bem ultrapassado, desatualizado, tornando o
modelo recém lançado um objeto desejável, mesmo embora o que tem em
posse funcione perfeitamente bem, estando em perfeitas condições.
Pode ser citado como um exemplo desse tipo de obsolescência o
lançamento em curto espaço de tempo, de carros e celulares com versões
“atualizadas”, carros sofrem alterações estéticas ou alguma alteração
mecânica a cada lançamento anual de “nova geração” e celulares estão
constantemente tendo seu design atualizados ou algumas funções
melhoradas em termo de desempenho. Em palavras simples, o novo ficou
velho, em um ano ou menos.

 Obsolescência de Função ou Tecnológica: diferentemente das


estratégias apresentadas anteriormente, nessa situação, um produto
existente, mesmo funcionando bem e cumprindo sua função conforme
projetado, torna-se ultrapassado quando é lançado um novo modelo com
tecnologia mais avançada, atendendo com mais eficiência as necessidades
do consumidor, sendo este genuinamente aperfeiçoado em relação ao
modelo anterior.
A obsolescência tecnológica não se trata de algo ruim, e sim de algo
importante que aconteça. Está associada ao avanço tecnológico e à
percepção de progresso pela sociedade, promovendo seu desenvolvimento
e bem-estar.
Podemos perceber com mais clareza esse tipo de obsolescência se
analisarmos nosso passado recente, quando, por exemplo, do lançamento
dos telefones celulares que, em pouco menos de três décadas incorporou
diversas inovações se tornando não só um telefone mas um equipamento
indispensável para o dia a dia para a sociedade. Câmeras fotográficas se
tornaram digitais e diversos recursos foram acrescidos ampliando sua área
de atuação. Produtos de informática apresentam desenvolvimento acelerado
em suas funções e desempenho.
Através de fortes campanhas de marketing e estratégias publicitárias aplicadas
massivamente nos meios de comunicação ao longo do tempo, a sociedade
passou a desejar mais e mais novos produtos para substituir os já existentes,
tornando nossa sociedade em uma sociedade de consumo, caracterizada
pela avançada etapa de desenvolvimento industrial e pelo consumo massivo de
bens e serviços. Esse comportamento de consumo constante esta sendo
determinante para o esgotamento dos recursos naturais, para atender a etapa
de produção, e na grande produção de lixo, promovido pelo descarte dos
produtos, o que vem devastando e destruindo a natureza. Lidar com a
constante demanda por recursos naturais e com o lixo produzido é um grande
desafio para a sociedade atual.
III – Considerações Finais

Muitos tempos poderiam ser abordados na engenharia, não existe a ideia de


produtividade e confiabilidade sem os parâmetros de tempo na produção.

A ideia de que o tempo de um trabalho ou tarefa possa ser medido, avaliado e


corrigido foi apresentado no item de Tempos e Métodos onde o tempo foi
apresentado a partir de cálculos de expressões matemáticas.

Dessa forma também, utilizando cálculos matemáticos, foi abordado o tempo


de retorno de um investimento, chamado de Payback.

Todo o tempo de criação, produção e comercialização de um produto foi


abordado no item Ciclo de Vida de um Produto, que numa visão de
manutenção de mercado foi também explorado no item Obsolescência
Programada, que designa no projeto do produto seu tempo de vida.

Sempre levando em conta Chronos e Kairós a engenharia de produção não


pode ser desvinculada do estudo dos tempos.

IV – Bibliografia de Referência

KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0.


Elsevier Editora, 2012.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing – 10 ed. Prentice Hall, São Paulo,


2000.

MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da


Produção. 12 ed. Editora Saraiva: São Paulo, 2013.

ROSS, Stephen A.; WESTERFIEL Randolph W.; JORDAN, Bradford D.


Princípios de Administração Financeira. 2 ed. Editora Atlas: São Paulo,
2000.
GARCIA, Diego. O que é obsolescência programada? Revista Super
Interessante, 2018.

PADILHA, Valquíria; BONIFÁCIO Renata Cristina A. Obsolescência


planejada: armadilha silenciosa na sociedade de consumo. Le Monde
Diplomatique, Edição 74 setembro 2013.

CRUZ, Marcio. O Ciclo de Vida do Produto. Afrontablog, 2017.

PEINADO, Jurandir; GRAEML, Alexandre Reis. Administração da Produção


(Operações Industriais e de Serviços). UnicenP, Curitiba, 2007.

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