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Simples Pura
Liodoro Pereira de Castro
Graduado em Ciências Contábeis. Pós-graduação em Contabilidade Avançada e em Gerên-
cia Financeira; Pós-graduação em Auditoria e Controladoria; Mestrado em Ciências Contá-
beis e Atuariais - PUC-SP; Professor de Contabilidade Comercial e Tributária; Palestrante nos
Cursos de atualização profissional ligados à área tributária, para a IOB e outras entidades e em
congressos. Coordenador do curso de Pós-graduação Contabilidade Tributária, Universidade
São Judas Tadeu. Fundador da empresa CONTRIB, presta serviços de Assessoria e Consultoria
Tributária, Fiscal, Contábil, Cursos e Treinamento de Profissionais ligados às áreas de tributos,
fisco-contábil, para diversas empresas nacionais e multinacionais.
Sociedade
Simples Pura
1ª edição
2016
Presidente: Jorge Santos Carneiro
Diretor executivo: Elton José Donato
Gerente de Marketing Direto e Livraria: João Gustavo M. Mancuso
Editora: Viviane Caravieri Sant’Ana
Analistas de Produto: Deisi Martins e Valéria Bertuci Saletti
Editoração Eletrônica: Linotec
Capa: Bruno Ortega
Revisão: Linotec
Rua Antonio Nagib Ibrahim, 350 - Água Branca - CEP 05036-060 - São Paulo - SP
Fone: (11) 2188-7900
Bibliografia
ISBN 978-85-379-2621-5
16-00347 CDD-34:338.93(81)
Prefácio.................................................................................................. 5
Capítulo 1
1.1. Introdução.................................................................................. 21
1.2. Objetivo...................................................................................... 22
1.3. Hipóteses.................................................................................... 23
1.4. Estrutura.................................................................................... 23
Capítulo 2
2.1. Sociedades comerciais................................................................ 25
2.1.1. Empresário.................................................................. 26
2.1.2. Da capacidade.............................................................. 27
2.1.3. Da incapacidade.......................................................... 28
2.1.4. Da sociedade................................................................ 29
2.1.5. Sociedade não personificada/sociedade em comum.... 30
2.2. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli)....... 31
2.3. Sociedade em Conta de Participação (SCP)............................... 32
2.3.1. Prejuízos fiscais........................................................... 33
2.4. Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada................ 33
2.4.1. Origem histórica.......................................................... 33
2.4.2. Das quotas................................................................... 35
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2.4.3. Da administração......................................................... 36
2.4.4. Do conselho fiscal....................................................... 37
2.4.5. Das deliberações dos sócios......................................... 39
2.4.6. Do aumento e da redução do capital........................... 42
2.4.7. Da resolução da sociedade em relação a sócios mino-
ritários......................................................................... 43
2.4.8. Da dissolução.............................................................. 43
2.5. Sociedades Anônimas (S.A.)....................................................... 43
2.6. Sociedade em Comandita Simples.............................................. 45
2.7. Sociedade em Nome Coletivo.................................................... 46
2.8. Sociedade de Capital e Indústria................................................ 48
2.8.1. Surgimento e fim......................................................... 48
2.9. Sociedade Simples...................................................................... 51
2.9.1. Sociedade Simples a partir de 11 de janeiro de 2003.. 51
2.9.2. Contrato social............................................................ 55
2.9.3. Dos direitos e obrigações dos sócios........................... 56
2.9.4. Da administração......................................................... 57
2.9.4.1. Das relações com terceiros.......................... 60
2.9.5. Da resolução da sociedade em relação a um sócio...... 61
2.9.6. Da dissolução.............................................................. 62
2.9.7. Da prestação de serviço............................................... 63
2.9.8. Do registro................................................................... 65
2.9.9. Publicação................................................................... 66
2.9.10. Do nome empresarial..................................................... 67
2.9.11. Do contabilista e outros auxiliares................................ 68
2.9.12. Da escrituração.............................................................. 69
2.10. Fundamento para a constituição de uma Sociedade Simples
Pura............................................................................................ 73
2.10.1. Contrato social da Sociedade Simples Pura................. 74
2.10.2. Responsabilidade do sócio capitalista......................... 75
Sociedade Simples Pura 9.
Capítulo 3
3.1. Lucro Real.................................................................................. 89
3.1.1. Lucro Real (trimestral e anual)................................... 91
3.1.1.1. Data de apuração (trimestral e anual)........ 91
3.1.2. Pessoas jurídicas obrigadas ao Lucro Real.................. 92
3.1.3. Considera-se receita.................................................... 93
3.1.4. Apuração do Imposto de Renda = Lucro Real (tri-
mestral e anual)........................................................... 94
3.1.5. Determinação da base de cálculo estimada (anual).... 95
3.1.5.1. Percentuais a serem aplicados sobre a re-
ceita bruta mensal...................................... 95
3.1.5.2. Base de cálculo do imposto por meio de
percentual favorecido................................. 97
3.1.5.3. Definição de receita bruta........................... 97
3.1.5.4. Acréscimos à base de cálculo...................... 99
3.1.5.5. Valores não integrantes da base de cálculo. 100
3.1.6. Determinação do Imposto de Renda devido............... 101
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Capítulo 4
4.1. Encargos sociais......................................................................... 257
4.1.1. Encargos básicos sobre a folha de pagamento............. 258
4.2. Folha de pagamento administrativa............................ 258
4.2.1. Folha de pagamento administrativa mais encargos..... 259
4.3. Folha de pagamento da produção.............................................. 260
4.3.1. Folha de pagamento da produção = valor líquido....... 261
4.3.2. Folha de pagamento de produção mais encargos........ 261
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Capítulo 5
5.1. Planejamento tributário............................................................. 271
5.1.1. Demonstração das receitas e despesas......................... 272
5.1.2. Análise entre a sociedade limitada e Simples Pura tri-
butadas pelo Lucro Real.............................................. 274
5.1.2.1. Lacs - Apuração da Contribuição Social
pelo Lucro Real........................................... 276
5.1.2.2. E-Lalur - Apuração do Imposto de Renda.. 277
5.2. Demonstração dos resultados dos exercícios............................. 280
5.2.1. Limitada tributada pelo Lucro Real x Simples Pura
pelo Lucro Presumido................................................. 280
5.2.2. Cálculo da Contribuição Social pelo Lucro
Presumido................................................................... 282
5.2.3. Cálculo do Imposto de Renda pelo Lucro Presumido. 282
Sociedade Simples Pura 19.
Capítulo 6
6.1. Contratos e anexos..................................................................... 307
6.1.1. Tabela progressiva da contribuição previdenciária...... 307
6.1.2. Tabela Progressiva do Imposto de Renda.................... 308
6.1.3. Contrato social = Empresa modelo............................. 309
6.1.4. Regimento interno da sociedade................................. 314
6.1.5. Regulamento social da sociedade..................................... 327
6.1.6. Ata de reunião da sociedade............................................. 329
6.1.7. Ata de reunião da empresa = exclusão de sócios.............. 330
Bibliografia.............................................................................. 333
cAPÍTuLo 1
1.1. INTRODUÇÃO
As empresas, de um modo geral, enfrentam grandes dificulda-
des para se manterem em operacionalização. Isso ocorre em todos
os setores e portes imagináveis, quer operem no comércio, indústria,
serviços, transporte, importação, exportação, etc.
O empresário da atualidade vive numa verdadeira guerra para
conquistar clientes. Investe em tecnologia, maquinários, treinamen-
to de funcionários, qualidade e novos produtos. Sempre buscando
novas alternativas, pois, quando se fala em consumidor, sabemos de
suas exigências e das leis que os protegem.
Há concorrência de mercado: inclusive na entrada de produ-
tos importados em nosso país, com preço e qualidade diversificados,
além dos produtos comercializados de forma irregular, ou seja, sem
nenhuma tributação. Como se não bastasse, as empresas enfrentam
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outros problemas, tais como: os altos custos dos encargos sociais, tra-
balhistas e fiscais. Os trabalhadores não se sentem motivados o que
afeta seu desempenho e contribui para os baixos salários.
Desse modo, os empresários buscam novas alternativas para
viabilizar os negócios econômicos, financeiros e incentivar os envol-
vidos a se dedicarem de forma mais proveitosa para seu sucesso.
1.2. OBJETIVO
Nossa pesquisa tem como objetivo avaliar as vantagens da ado-
ção da sociedade Simples Pura, como forma de melhor viabilizar o
empreendimento operacional, econômica e financeiramente e moti-
var os colaboradores que venham a integrá-los como sócios de servi-
ço em vários ramos de negócios, tais como: Escritórios de Contabi-
lidade, Advocacias, Academias de Ginásticas, Academias de Dança,
Salão de Cabeleireiros, Serviços de Mecânica, Serviços de Informáti-
ca, Escola de Língua Estrangeira e nacional, entre outras.
No desenvolvimento do tema, secundariamente serão abordados
os motivos que levavam esse tipo societário ao sucesso e procurará so-
lucionar os problemas relacionados com a quase inexistência de orien-
tações doutrinárias e jurisprudenciais em relação à sua implantação
e funcionamento. As vantagens desse tipo societário serão estudadas
considerando-as como uma maneira de integrar as partes envolvidas,
sócios de serviços e sócios de capital, de forma proveitosa para ambos.
A pesquisa objetivará verificar se o tipo societário em questão
possibilita:
a) aos sócios de capital: melhores resultados econômicos e fi-
nanceiros e maior envolvimento direto com as questões rela-
cionadas com a gestão eficiente e eficaz do empreendimento;
b) aos sócios de serviços: a participação financeira direta no re-
sultado possibilita integração e motivação na relação capital e
trabalho com maior comprometimento das partes envolvidas;
c) melhorias e menores custos operacionais: por controles
e informações mais adequadas pela adoção do regime de
Sociedade Simples Pura 23.
1.3. HIPÓTESES
Principal: a implantação do regime de Capital e Serviço, espe-
cialmente para as empresas de pequeno e médio portes, possibilita
harmonia e integração maior dos fatores capital e trabalho.
Secundárias: Sua implantação:
a) enseja incentivo da força de trabalho e seu maior envolvi-
mento no sucesso do empreendimento;
b) os sócios de capital passam a ter nova filosofia de trabalho,
voltando-se exclusivamente aos negócios e ao desenvolvi-
mento da sociedade;
c) se há compatibilidade entre esse tipo societário e as normas
trabalhistas e previdenciárias, bem como adequado planeja-
mento tributário.
1.4. ESTRUTURA
O trabalho compõe-se de seis capítulos e conclusão.
O primeiro capítulo dispõe sobre a introdução, objetivos e hi-
póteses.
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2.1.1. Empresário
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente ativi-
dade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens
ou de serviços, conforme dispõem os artigos 966 a 980 da Lei nº
10.406/2002,
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual,
de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão consti-
tuir elemento de empresa.
Quanto ao registro, é obrigatório a inscrição do empresário no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do
início de sua atividade.
A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que
contenha:
a) o seu nome, a nacionalidade, o domicílio, o estado civil e, se
casado, o regime de bens;
b) a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá
ser substituída pela assinatura autenticada com certificação
digital ou meio equivalente que comprove a sua autentici-
dade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1º do artigo 4º
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
c) o capital;
d) o objeto e a sede da empresa.
A inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro
Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem con-
tínuo para todos os empresários inscritos.
Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá
solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação
de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária,
observado, no que couber, o disposto nos artigos 1.113 a 1.115 deste
Código. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
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2.1.2. Da capacidade
Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
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2.1.3. Da incapacidade
O sócio incapaz não pode exercer a administração da socieda-
de; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
O capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído
pela Lei nº 12.399, de 2011)
O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absoluta-
mente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.
(Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por
disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomea-
rá, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
Do mesmo modo, será nomeado gerente em todos os casos em
que o juiz entender ser conveniente.
A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do
menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes
nomeados.
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2.1.4. Da sociedade
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente
se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, conforme
artigos 981 à 985 da Lei nº 10.406/2002.
A atividade pode se restringir à realização de um ou mais negócios
determinados.
Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a socieda-
de que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário
sujeito a registro (artigo 967); e, simples, as demais.
Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
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