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Unidrummond

CURSO DE DIREITO

A POLÊMICA ACERCA DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO.

SÃO PAULO

2018
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ANDERSON PEREIRA DA SILVA RA 182000175.

GUILHERME RIBEIRO DIAS RA 182000144.

GUSTAVO RIBEIRO RA 182000921.

ISABELLE VITAL MÁXIMO RA 182000853.

MARIA CAMILA ALVES BRAZ RA. 182000928

STÊNIO GABRIEL GONÇALVES VIANA RA 182000750.

A POLÊMICA ACERCA DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO.

Trabalho realizado por exigência


das disciplinas – Linguagem e
Direito, Ciências Política e Teoria
Geral do Estado, Teoria da
Constituição, Filosofia Geral e
Jurídica. Sob Orientação dos
Professores: Ana Maria Malaco
Pereira, Elda Alencar de Souza,
Ellessandra dos Santos Marques
Válio, Guilherme Gomes de
Andrade. Com objetivo de
analisar juridicamente a polêmica
acerca da legalização do aborto.

SÃO PAULO

2018
3

RESUMO

A legalização da interrupção da gestação de um feto, o aborto no Brasil, é um tema


muito polêmico na sociedade brasileira, tendo em vista um conjunto de normas que
proíbe quem pratica o aborto no Brasil. A interrupção da gestação, somente é
permitido em três casos: Quando há risco a vida da mulher, em casos de estupro e
em casos de fetos anencéfalo. Outrossim, é a ética e moral de indivíduos que lutam
e almeja pela legalização do aborto no país. A questão da cultura do país com o
aborto também é uma pauta, há teorias científicas explicando quando é considerado
feto e a religião católica com teorias, que afirma que o aborto está ferindo a vida de
cunho religioso. De maneira, com o fim da ditadura, o fim do Al-5(Ato institucional
Número Cinco) em 1978, e a campanha “Diretas já” a democracia volta a ser
restabelecida no Brasil, e com isso, a busca por liberdade e direitos das mulheres
brasileiras, torna se mais visível. Com o movimento feminista, várias mulheres vêm
lutando por direitos iguais, com isso na revolução de 1932, as brasileiras
conseguiram um marco histórico, que é o voto feminino. Em 2006, as brasileiras
conquistaram uma importante conquista contra a violência doméstica e violência
contra a mulher no Brasil, com a nova Lei Maria da Penha. A soberania do Estado, é
de fundamental importância, para tratar o assunto da legalização do aborto no país,
de modo que a punição do aborto e prevista em território nacional. Com a falta de
uma decisão política do Estado, várias Brasileiras procuram clínicas clandestinas
arriscando a vida, ou procuram o aborto em países que a interrupção da gestação é
considerado legal. Conforme a Constituição Federal, a legalização do aborto está
ferindo a vida, pois a vida é um bem de todos.
Quando se fala em aborto temos que falar no direito de escolha da mulher, em
evolução constante desde 1946 que foi a constituição que trouxe os direitos sociais
amplamente discutidos, vedação de diferença salarial por sexo. Mas, somente em
1988 que foram oficialmente regularizados esses direitos que conhecemos hoje. O
que ocorre hoje com a criminalização do aborto e que sem o apoio do Sistema Único
de Saúde (SUS) faz com que as mesmas busquem as clínicas Clandestinas que por
muitas vezes os abortos são feito por pessoa que não tem o mínimo conhecimento e
acabam morrendo, as que saiam com vida ainda correm os riscos de alguma
contaminação pós aborto, com isso sem o apoio do governo as mulheres vão
continuar morrendo por ter seu direito de escolha vetado pelo governo.
Objetivo deste trabalho é chamar atenção da sociedade, em relação a vários
problemas, que surgem cada vez mais relacionados com a polêmica da legalização
do aborto no Brasil, buscando interpretar e discutir decisões políticas e sociais, bem
e como sobretudo, despertar atitudes concretas e mais consciente em relação ao
tema.

Palavras chaves: aborto, vida, brasileiras e Constituição.


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Sumário
INTRODUÇÃO 5

A FILOSOFIA E A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO 6

Ética e moral e a legalização do aborto 10

O aborto no Brasil 11

Cultura 11

CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO E A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO 13

Movimento feminista no brasil 14

Mulheres consideradas como símbolos na luta da revolução de 1932: 14

Interferência de religiões com o aborto e a contradição á ideologias do movimento


feminismo: 15

Lei maria da penha: 15

Soberania do estado brasileiro: 16

A soberania do estado brasileiro, comparada a soberania de outros países relacionada


à legalização do aborto: 16

Polêmica da descriminalização do aborto e o estado laico: 17

Naturalismo e contratualismo do estado relacionado ao aborto: 17

Poder político do estado: aborto 18

Impacto do aborto na natalidade e mortalidade no estado 18

A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO CONFORME A CONSTITUIÇÃO 19

Situações em que o aborto não é considerado crime contra a vida humana 20

O aborto no estrangeiro 20

Países que tem o aborto legalizado 21

Conceitos 21

Teoria monista 22

LINGUAGEM A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO 24

CONCLUSÃO 28

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30
5

INTRODUÇÃO

A POLÊMICA ACERCA DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO


O presente trabalho foi elaborado com a perspectiva de desvendar as
polêmicas acerca da legalização do aborto, assim como analisar em um ponto de
vista jurídico, sua possível aplicação e as leis que podem impedir o projeto de lei, da
legalização ao aborto entrar em vigor.

Existem várias controvérsias em relação à legalização do aborto, alguns


estudiosos, indicam que a legalização fere o princípio a vida, portanto o aborto é um
crime, enquanto outros se opõem aos pensamentos conservadores, ser referindo ao
aborto como decisão exclusiva da mulher.

São diversas linguagens sociais em que contemplam a análise sobre a


legalização do aborto. O assunto se integra a diversas disciplinas, como Linguagem
e Direito, Ciências Política e Teoria Geral do Estado, Teoria da Constituição,
Filosofia Geral e Jurídica e envolve toda a sociedade em uma ampla discussão.

Contudo, cabe aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, junto à


vontade da população, analisar as necessidades da sociedade, assim como estudar
o contexto em que o país vive e decidir a maneira mais adequada para a questão,
pensando em desenvolver a vontade das mulheres, que necessita de leis
especificas que abranjam suas necessidades e vontades, ate mesmo pelo seu
contexto social, onde a mulher tem jornada dupla de trabalho e na maioria dos casos
recebe valores salariais inferiores dos homens que exercem a mesma função.
6

A Filosofia e a legalização do aborto

A legalização do aborto é um dos assuntos mais polêmicos e discutidos nos


meios acadêmicos, são vários os argumentos positivos a legalização e contra o
interrompimento precoce da gravidez. Alguns estudiosos dizem que a legalização
fere o princípio fundamental, a vida, portando, o aborto é um atentado contra a vida,
enquanto outros indicam que cabe a mulher decidir sobre o seu corpo, podendo
optar pelo aborto e ser assegurada pelo Poder Público. Com isso são diversas as
opiniões e projetos de lei que contemplam o assunto.

No Brasil o aborto é considerado um crime disposto no Código Penal em


vigor, do Artigo 124 ao Artigo 126 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de
1940, prevê penas as gestantes que praticarem o aborto e também aos participantes
no processo de aborto.
1
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem


lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.

Aborto provocado por terceiro

Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:


Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante:


Pena - reclusão, de um a quatro anos.

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante


não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

Também é considerado crime aborto feito fora do território nacional.

Entretanto, no Artigo. 128 do Código Penal existe uma escusa da lei, que
permite o aborto em três casos específicos: Quando existe risco de morte para a
mulher, causada pela gravidez, em casos de estupro e se o feto for diagnosticado

1
Código Penal – Disponível: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-
2848-7-dezembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso dia 15/11/2018 as 14:00 horas
7

anencefálico, Nesses casos o aborto é feito gratuitamente pelo Sistema Único de


Saúde.
2
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:

Aborto necessário

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de


consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante
legal.

No livro Código Penal comentado de Guaracy Moreira Filho, dispõe sobre o


aborto seguro para gestantes de fetos anencéfalo ou anencefálico, segundo o Autor,
o processo para o aborto de fetos anencéfalo ou anencefálico é de difícil aceitação
no tribunais, e só admitido perante provas legais medicas.
3
Aborto eugenésico – No tocante do aborto eugenesico (feto
anencéfalo ou anencefálico) nossos tribunais não admitem com
frequência, entretanto muitas vezes, que não é possível ampliar o rol
autorizativo do aborto constante do art. 128 do CP (...).
No STF, porém, concedeu-se uma liminar para garantir o
reconhecimento do direito constitucional da gestante submeter-se á
operação terapêutica de parto de fetos anencefálicos, a partir de
laudos médicos atestados de deformidade, anomalia que atingiu o
feto (ADPF n 54, 2004).

Com isso, aborto é um dos pontos mais difíceis da moral. Ele envolve
aspectos religiosos, legais, médicos, socioculturais e políticos. Contudo existe uma
ampla discussão médica e moral, onde se discute em qual momento o embrião ou
feto passa a ter vida e direitos.

De acordo com os princípios fundamentais que estão dispostos na lei maior a


Constituição Federal de 1988, o direito a vida é inviolável, sendo garantido a todos
os brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

No de Art. 5° da Constituição Federal do Brasil, dispõe:

2
Código Penal – Disponível: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-
2848-7-dezembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso dia 15/11/2018 as 15 horas
3
Código Penal comentado de Guaracy Moreira Filho – Pag. 217, 2º Edição / Editora Rideel –
2012.
8

4
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.

Com isso a supremacia do poder da Constituição Federal do Brasil garante o


direito à vida a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no País. Isso faz que
vários estudiosos entendam o aborto como um crime a vida e a moral.

No ano de 2007 foi criado o Projeto de lei PL N.º 478-A, DE 2007 (Dos Srs.
Deputados Federais, Luiz Bassuma e Miguel Martini) que dispõe sobre o Estatuto do
Nascituro, onde visa garantir a proteção total ao nascituro, o projeto propõe
garantias de vida ao embrião, eles defendem tornar o aborto um crime hediondo,
sendo proibido em todos os casos, assim como proibir estudos cientifico com células
embrionárias.

De acordo com o projeto de lei, o nascituro tem garantia a vida, e mesmo em


casos de abuso sexual e a gestora deveria criar a criança, caso a vítima não tenha
condições financeiras para arcar com os gastos da gravidez e criança, e o abusador
não fosse encontrado para fins de pensão alimentícia, o Estado ficaria encarregado
de suprir os gastos da criança, ate ela ser adotada, contudo ressalva o direito de
encaminhar a criança para adoção após nascimento.
5
Art. 13. O nascituro concebido em decorrência de estupro terá
assegurado os seguintes direitos:
I – direito à assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico
da mãe;
II – direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe assim o deseje.
§ 1º Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, será
este responsável por pensão alimentícia nos termos da lei.
§ 2º Na hipótese de a mãe vítima de estupro não dispor de meios
econômicos suficientes para cuidar da vida, da saúde do
desenvolvimento e da educação da criança, o Estado arcará com os

4
Constituição Federal do Brasil de 1988. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em 30/09/2018
às 14 horas.
5
Projeto de Lei N.º 478-A, DE 2007 (Dos Srs. Deputados Federais Luiz Bassuma e Miguel
Martini)Acesso em 15/09/2018 às 15 horas. Disponível em
https://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=0A971495BA9C95B318
A3D105E104EA1C.proposicoesWebExterno1?codteor=1683858&filename=Parecer-CMULHER-04-
09-2018.
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custos respectivos até que venha a ser identificado e


responsabilizado por pensão o genitor ou venha a ser adotada a
criança, se assim for da vontade da mãe.
No ano de 2015 o Deputado Federal Jean Wyllys, criou o projeto de lei que
contrapõe a ideia, de criminalização do aborto, o projeto clama pelo direito da mulher
decidir, sobre a realização do aborto de forma segura, onde o Estado tem o dever de
garantir os cuidados necessários para a realização.

O Projeto de Lei 882/2015, de autoria do deputado Jean Wyllys, propõe, que


caso a gestante deseje a interromper a gravidez, ela poderá ser realizada nas doze
primeiras semanas, tanto pelo SUS quanto pela rede privada. O projeto dispõe de 22
artigos que estabelecem normas e esclarecimentos sobre a legalização do aborto de
fato e gera novas responsabilidades ao Estado, empregado a ele a responsabilidade
de zelar pela vida da Mulher que decide fazer o aborto, entanto de forma segura.

No art.1 do projeto de Lei 882/2015 dispõe da regulamentação do aborto e


estabelece obrigações ao Poder Público perante a saúde sexual, o bem-estar físico,
psicológico e social das mulheres que pretendem abortar ou já abortou.
6
Art. 1º - Constitui objeto da presente Lei garantir os direitos
fundamentais no âmbito da saúde sexual e dos direitos reprodutivos,
regular as condições da interrupção voluntária da gravidez e
estabelecer as correspondentes obrigações dos poderes públicos. §
1º - Compreende-se como saúde sexual: o estado de bem estar
físico, psicológico e social relacionado com a sexualidade, que requer
um ambiente livre de discriminação, de coerção e de violência. § 2º -
Compreende-se como saúde reprodutiva: o estado de bem estar
físico, psicológico e social nos aspectos relativos a capacidade
reprodutiva da pessoa, que implica na garantia de uma vida sexual
segura, a liberdade de ter filhos e de decidir quando e como tê-los.

Segundo o Deputado, o aborto não deve ser tratado como um crime, pois a
mulher deve ter o direito de decidir sobre o seu corpo, e que com a legalização
poderia ser evitado, à morte de milhares de mulheres, que recorrem ao aborto
clandestino.
7A interrupção voluntária da gravidez não deve ser tratada como um

instrumento de controle de natalidade, mas um direito da mulher a


decidir sobre seu corpo. E sua legalização deve ser encarada como

6
Projeto de Lei 882/2015
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1050889
7
Deputado Federal Jean Wyllys entrevista a revista vilamulher Uol.
https://vilamulher.uol.com.br/familia/gravidez/legalizacao-do-aborto-deputado-apresenta-projeto-de-
lei-m0315-700639.html.Acesso: 08/09/2018 ás 14:10 horas.
10

uma decisão política de acabar com a morte de milhares de mulheres


pobres que recorrem a cada ano ao aborto clandestino pela omissão
do Estado.

O Projeto de Lei 882/2015 é um projeto muito discutido e tem muita atenção,


sobretudo das ciências da vida (biologia, medicina, genética etc.),Assim como
organizações religiosas, estudiosos da filosofia, grupos e marchas contra o aborto.

ÉTICA E MORAL E A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

A legalização do aborto é um tema que divide opiniões pela sua importância e


delicadeza, e com isso ao pensar-se na legalização do aborto, um dos primeiros
questionamentos é: E a ética? E a Moral?

Há quem fale do direito moral da vida do feto.

Outros propõem que a mulher tem o direito moral de tomar suas próprias decisões,
assim, ela possui autonomia para decidir prosseguir ou não com a gravidez.

Mas afinal o que é ética e o que é moral? Conforme o dicionário:

Ética

1.
Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam,
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência
das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.
2.

POR EXTENSÃO
Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo,
de um grupo social ou de uma sociedade.

Moral
1. Substantivo feminino
Disposição de espírito para agir com maior ou menor vigor diante de
circunstâncias difíceis.
2.
Substantivo masculino
Conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente
como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens.
11

Sendo assim, pode-se concluir que a ética e a moral, depende dos valores, crenças,
e vários outros fatores de cada pessoa, e com isso é difícil definir se realmente a
legalização do aborto é ética e moral, já que, depende do ponto de vista.

O ABORTO NO BRASIL
No inicio de 2012 o aborto foi legalizado no Brasil, em três casos: Quando há risco a
vida da mulher, em casos de estupro e em casos de fetos anencefálico. Ainda que
um avanço para quem é a favor da legalização, a população favorável não se
contentou, e continuou a protestar para que fosse legalizado e discriminado em
todos os casos.

Em 3 de agosto de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF), começou uma nova


discussão para que o aborto até o terceiro mês de gestação deixe de ser
considerado crime. Essa assembleia foi convocada pela ministra Rosa Weber.

O fato da Argentina, um país vizinho, ter legalizado o aborto ate a 14° semana de
gestação, também influenciou para que o Brasil debatesse o tema, este ano.

Nenhuma decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal ainda, pois o assunto
não passou pelo crivo do plenário.

CULTURA
A questão do aborto atualmente, ainda é um tema polêmico que divide a população.
Considerando, que ate pouco tempo o Brasil era um país católico, a comunidade em
geral ainda é bastante influenciada por este acontecimento, segundo dados do
IBGE, indicam que 86,8% dos Brasileiros são cristãos. Sendo assim, depara-se com
uma sociedade um tanto quanto inflexível quando se trata deste assunto.

No entanto, ainda que a minoria existem pessoas que apoiam a legalização e


descriminalização do aborto. O principal impasse entre estes dois lados, de a favor e
contra, inicia-se no seguinte questionamento:

Em que momento, começa a vida do feto?

Na visão da Igreja Católica, começa a partir da fecundação.


12

Na visão científica, existem várias teorias, algumas delas são:

● Visão embrionária: a partir da 3° semana de gravidez o feto passa a ter vida.


● Visão neurológica: defendem que começa quando o feto apresenta
atividades cerebrais.
● Visão ecológica: dizem que o que define o início da vida é a capacidade de
sobreviver fora do útero. Esta última teoria, foi o critério adotado pelos
Estados Unidos. Entretanto, essas são só algumas das teorias existentes, e
com isso o campo de debate é vasto.

Contudo no Brasil, o Código Civil em seu artigo 2° diz que a personalidade


civil da pessoa começa a partir do nascimento com vida, porém põe a salvo
os direitos do nascituro.
Entre os doutrinadores do direito, existem duas teorias muito fortes:
● Concepcionista: o feto adquire vida a partir da concepção
● Natalista: O feto possui vida após o funcionamento do cardiorrespiratório, já
que é a partir desse momento que ele adquire a personalidade civil.

O código civil brasileiro adota a teoria natalista.

Com isso existem pensamentos contrários e favoráveis a legalização, que


devem visar de antemão a proteção da vida da mulher e garantir a vontade da
população.

Cabe a filosofia do direito, estudar o comportamento e pensamento humano e


decifrar questões que sociedade pleiteiam e debate. A filosofia tem a competência
para lidar com os questionamentos da sociedade e assim encaminhar uma solução
para os conflitos de interesses, onde contemplem a vontade da mulher, uma vez que
tem suas vontades reprimidas e necessita de leis especificas para sua proteção.

CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO E A LEGALIZAÇÃO DO


ABORTO
13

Desde o regime militar no Brasil nos anos 1964 a 1985 o cidadão brasileiro,
demanda pela redemocratização no Estado. Com o regime militar no governo, a
redemocratização teve um destaque em 1975 a 1985, por motivo do fim da Al-5 (Ato
institucional Número Cinco) em 1978, que foi um golpe do governo militar emitido
pelo presidente Artur da costa e silva, ferindo a constituição da nação, colocando
comando supremo da revolução ao presidente, uma liderança do regime militar; e
devido a Lei de Anistia que foi decretada em 1979 pelo presidente João batista
Figueiredo, saliente-se que essa nova lei é para reverter às punições aos cidadãos
brasileiros que foram considerados criminosos políticos pelo regime militar
restabelecimento dos direitos políticos.

Em 1979, o governo brasileiro modificou a legislação eleitoral e estabeleceu


a criação de partidos políticos, nesse período a inflação, a crise econômica e
recessão se agravam, dessa forma o regime militar enfraquece, e milhões de
brasileiros principiam a manifestações e uma campanha “Diretas já”, que foi uma
importante campanha para a redemocratização.

È de fundamental importância ressaltar, que com a redemocratização no


Brasil nos anos 80, teve um peso fundamental para torna a questão do aborto mais
visível na ciência política. Através do fortalecimento da sociedade civil, aumento da
mobilização, buscando os direitos da cidadania. A discussão sobre o aborto é feita a
partir de dois momentos histórico da política do Estado brasileiro, que são:

● Primeiro momento, entre 1964 a 1979 anos rigorosos do regime militar até o
começo da fase da abertura política. Nesse primeiro momento não houve
uma discussão democrática sobre o aborto. Por ser um governo militar,
autoritário.
● Segundo momento, entre 1979 a 1985, período que abertura política se
ampliou gradativamente, o fim do governo militar e um começo da transição
democrática.

Outrossim, nesse período ocorreu movimento civil, mais conhecido como: “Diretas
já”, o povo brasileiro, fez manifestações reivindicando eleições diretas para poder
escolher um representante.

Entre 1979 a 1985, não houve medida específica na esfera executiva, diretamente
relacionada ao aborto, percebe se a ausência de informações sobre a legalização
14

do aborto no Brasil, na formulação do Programa de Assistência Integral à Saúde da


Mulher (PAISM). Em outras circunstâncias, políticos priorizaram mais sobre o
controle de natalidade, havia um interesse maior, pela parte dos políticos dá
prioridade a natalidade.

MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL


A origem do feminismo começou com a revolução francesa e Americana, a partir
desse momento as mulheres vêm reivindicando pelo mundo, pelos direitos sociais e
políticos.

Com o fim da ditadura, as brasileiras amplificou a luta pela igualdade e


direitos das mulheres brasileiras. A partir da revolução de 1932, as feministas
conquistou um marco histórico na constituição de 1934, com a política brasileira de
Getúlio varga, que foi o direito ao voto feminino.

MULHERES CONSIDERADAS COMO SÍMBOLOS NA LUTA DA REVOLUÇÃO DE 1932:


● Maria soldado, negra e filha de escravos, conhecida como Maria
José bezerra, ela era cozinheira de uma família importante em
São Paulo, até que veio a Revolução Constitucionalista contra o
governo Getúlio Vargas no ano de 1932, largou a cozinha,
vestiu uniforme de constitucionalista e se misturou com os
homens e ninguém percebeu que era uma mulher e foi lutar pelo
seu país. Ela demonstrou sua força e coragem na Guerra de
trincheiras. Maria Soldado passou-se por homem e lutou
bravamente defendendo o seu país, a mesma foi descoberta
somente quando foi combater na linha de frente e ser ferida.

● Carlota Pereira de Queiroz, veio de uma família abastada de


fazendeiros e de políticos. Conhecida como mulher moderna, que
contrariou as limitações sociais da época e se formou na Faculdade de
medicina da Universidade de São Paulo. A mesma formando um grupo
de 700 mulheres junto com a cruz vermelha, dando assistência aos
feridos da revolução de 1932. Em 1934 Carlota, foi eleita a primeira
deputada Federal do Brasil.
15

Em 1983 ocorreu um encontro de cunho nacional, organizado no Rio de janeiro por


um conjunto de entidade e grupos feministas, sobre saúde, sexualidade,
contracepção e aborto, teve um marco no debate público, que agregou mais de 300
mulheres representando 57 grupos de quase todo o país. A legalização do aborto é
ainda um desafio conquistar pelas feministas. No mundo moderno, é notório a
permanência dessa luta das mulheres pela legalização do aborto. Porém, é
necessário uma modificação na legislação e na aplicação das políticas públicas para
que o aborto seja legalizado.

INTERFERÊNCIA DE RELIGIÕES COM O ABORTO E A CONTRADIÇÃO Á IDEOLOGIAS


DO MOVIMENTO FEMINISMO:
A questão do aborto, também é uma pauta da igreja católica, pelo fato da sua
religião não coincidir com a ideologia do aborto. Desde do século XIX a posição da
igreja católica referente ao aborto tem sido reativa, posicionando-se contrária às
iniciativas lideradas pelo movimento feminista e discordando que o aborto não deve
ser legalizado como um direito. Igualmente, são fundamentos contra a legalização
do aborto que é de direito a vida de cunho religioso.

LEI MARIA DA PENHA:


Em 07 de agosto de 2006, as brasileiras conquistaram um grande marco na luta
contra a violência doméstica e a violência contra a mulher, que foi a Lei Maria da
Penha. A lei ganhou esse nome, por causa da luta da farmacêutica Maria da Penha
para ver seu agressor condenado.

SOBERANIA DO ESTADO BRASILEIRO:


A soberania é o poder político e decisão dentro do território nacional. Além
disso, a soberania tem como dois elementos materiais, que é o povo e o território.
16

De acordo com o art.1, § Constituição Federal de 1988, todo poder é emana do


povo, que exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Por essa razão
a legalização do aborto é legalizado somente em casos de estupro, em caso de risco
de vida para a mulher causado pela gravidez ou quando o feto for anencefálico. Um
processo democrático, onde o povo brasileiro que decidem por meio de eleições,
seus representantes políticos para assumir demandas do povo.

Porém, a falta de uma decisão política do Estado, traz como consequências várias
mortes de mulheres que procura outros métodos e clínicas clandestinas para fazer o
aborto.

A SOBERANIA DO ESTADO BRASILEIRO, COMPARADA A SOBERANIA DE OUTROS


PAÍSES RELACIONADA À LEGALIZAÇÃO DO ABORTO:
Devido ser crime, a pratica o aborto ilegalmente no Brasil é notório, várias Brasileiras
procuram clínicas clandestinas que é um risco a própria vida ou procuram países da
América latina onde a prática do aborto é legal. Países como: Uruguai, Guiana
francesa, Cuba, Porto Rico, EUA (Estados Unidos Da América), Canadá, países da
Europa, Itália, Holanda, Bielorrússia, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Kosovo e
Romênia o aborto não é considerado crime. No Paraguai, segundo dados do
Ministério da Saúde e Bem Estar Social do Paraguai (MSPBS), afirma que 27
mulheres morrem ao tentar o aborto clandestino em 2005, com a legalização o
Ministério da saúde do país afirma que nenhuma mulher faleceu até em 2012 pelo
procedimento de abortar, isso mostra a eficácia da soberania do Paraguai. No
Paraguai, a legalização no país até o ano 2012, favoreceu as mulheres que tentam
realizar o aborto, mostrando uma eficácia no procedimento. Na Argentina, a
polêmica da legalização do aborto está gerando um impacto aos católicos pedirem
desligamento oficial da igreja na Argentina, pois a legalização do aborto para os
católicos argentinos irá ferir o Direito de cunho religioso.

POLÊMICA DA DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO E O ESTADO LAICO:


A descriminalização do aborto é um tema muito polêmico no Brasil, pois além de ser
um país com maioria da população religiosa, também tem argumentos contra a
legalização do aborto no Art. 5º, Caput assegura a todos os cidadãos brasileiros ou
17

estrangeiros residentes no Brasil o direito à vida. Também, tem o argumento direito


a vida de cunho religioso. A questão do Estado laico é outro aspecto fundamental,
para a descriminalização do aborto, pelo fato de que o Estado brasileiro é um estado
teísta, pois permite uma liberdade religiosa e religiões diferentes no Brasil. o Estado
laico não recebe nenhuma influência de religiões e também não impõe nenhuma aos
seus cidadãos. Por essa razão quando o Estado toma suas decisões ele é neutro no
campo religioso.

NATURALISMO E CONTRATUALISMO DO ESTADO RELACIONADO AO ABORTO:


O naturalismo e o contratualismo veem de dois grandes filósofos, que é o Aristóteles
defendendo sua tese sobre o Naturalismo e o Thomas Hobbes defendendo a sua
teoria do contratualismo.

● Naturalismo: Aristóteles, como principal filósofo, sobre a teoria do


naturalismo, afirmando que: “o ser humano é naturalmente social”, em razão
disso, o filósofo acreditava que é da natureza humana viver juntos em uma
sociedade. Outrossim, o ser humano para é como um animal racional.
Baseando no pensamento de Aristóteles a justiça, a política e a filosofia são
coletivas. Devido a esse pensamento, podemos ressaltar que a legalização
do aborto tem que ser de forma democrática, coletiva e racional.

● Contratualismo: Thomas Hobbes, como principal filósofo, afirmava que: “o


homem é lobo do homem”, contradizendo a teoria do Naturalismo, afirmando
que o homem sempre tem um interesse ao agrupar na sociedade, para que o
Estado proteja seus bens e sua própria vida. Com base nessa teoria,
relacionando com o aborto, o ser humano tem um interesse ao querer abortar.
Com base na Organização Mundial da Saúde do Brasil, a cada dois dias, uma
mulher morre no país, vítima de aborto clandestino. Baseando nesse aspecto
e no pensamento de Hobbes, o interesse individual, tem como consequência
a morte de brasileiras.

PODER POLÍTICO DO ESTADO: ABORTO


O poder político do Estado brasileiro é a posse dos meios de exercer força, seu meio
será a força, legitimidade e legalidade. Max weber, afirmava que o Estado
monopoliza o uso da força, somente ele usa armas ou quem ele autoriza. O poder
político é a vontade da sociedade e ele é superior aos poderes econômicos e
18

ideológicos. Caso uma mulher faça o aborto ilegalmente, ela está cometendo um
crime, com isso o Estado vai usar sua força para punir atos inconstitucionais.

IMPACTO DO ABORTO NA NATALIDADE E MORTALIDADE NO ESTADO


De acordo com a Secretaria de Política para mulheres (SPM), o aborto clandestino
no Brasil é a quinta causa da morte materna no país, um problema de saúde que
vêm gradativamente agravando na natalidade e mortalidade do Brasil. A falta de
uma decisão jurídica e política no Estado brasileiro, traz como consequências
mortes de mulheres que buscam clínicas clandestinas ou outros métodos inseguros
para abortar. Ferindo a dignidade do ser humano previsto no artigo 1º, inciso III da
Constituição Federal de 1988, o aborto ilegal é um dos obstáculos que o Brasil tem
na saúde pública. A saúde é um direito fundamental do cidadão brasileiro, porém,
não é essa a realidade da saúde pública do Brasil. Por fim, o STF (Superior Tribunal
Federal) vem pautando a legalização do aborto no Brasil, porém, nenhuma decisão
foi tomada pela bancada do STF.

A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO CONFORME A CONSTITUIÇÃO

A vida é o bem mais relevante do ser humano, pois sem ela não é possível o
exercício dos demais direitos. Biologicamente, a vida se inicia da fecundação e, com
a vida surge à possibilidade de exercício do direito primário, o próprio direito à vida.
19

O Supremo Tribunal Federal abrindo exceções e enaltecendo o direito à liberdade


da mulher acerca do direito de dispor do próprio corpo. A Constituição Brasileira de
1988 prevê no “caput” do seu artigo 5º o direito à vida a todos os brasileiros e
estrangeiros residentes no Brasil. A carta magna consagra a inviolabilidade do
direito à vida e, onde todo aquele que reside no país, tem o direito resguardado
quando já considerado um ser com vida.

“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (BRASIL,
1988).”

Não existiu em nosso país nenhuma legislação repressiva a tal conduta até 1830,
quando o Código Criminal do Império do Brasil passou a defini-lo como crime.
Existia apenas uma represália de cunho moral e social a respeito, não obstante a
prática ter sido tão difundida a ponto de tornar o Brasil detentor da marca de país
que mais pratica abortos na América Latina.

Posteriormente veio o Código Penal de 1940, o qual adotou no que diz respeito à
questão do aborto, todo o ordenamento jurídico anterior, realizando poucas
modificações. Só não foi praticamente igual ao código anterior porque trouxe a
excludente de ilicitude nos casos de aborto em gravidez resultante de estupro e da
que imprima à gestante grave risco de vida, únicas hipóteses em que pode ocorrer
aborto legal.

SITUAÇÕES EM QUE O ABORTO NÃO É CONSIDERADO CRIME CONTRA A VIDA


HUMANA
O aborto no Brasil somente não é qualificado como crime em três situações:

● Quando a gravidez representa risco de vida para a gestante.

● Quando a gravidez é o resultado de um estupro.


20

● Quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro. Esse último item
foi julgado pelo STF em 2012 e declarado como parto antecipado com fins
terapêuticos.

As gestantes que se enquadrarem em uma dessas três situações têm respaldo do


governo para obter gratuitamente o aborto legal através do SUS (Sistema Único de
Saúde).

O ABORTO NO ESTRANGEIRO
Em 2007, os cidadãos portugueses foram às urnas para responder à pergunta:

“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se


realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de
saúde legalmente autorizado?”

Até então, Portugal só permitia o aborto em três condições: má formação do feto,


estupro e risco de morte para a mãe. Em um referendo anterior, realizado em 1998,
o “não” havia ganhado (com 50.9% dos votos).

Em 2007, o resultado foi diferente. A maioria (59%) votou a favor. A vontade popular
foi levada à assembleia da República, o Parlamento do país, que aprovou, em abril
daquele ano, a despenalização do aborto. A partir de então, Portugal liberou o
aborto a pedido da mulher até as 10 semanas de gestação. O procedimento pode
ser feito na rede pública.

NÚMERO DE ABORTOS É difícil precisar, mas estima-se que, na década de 1970,


o número de abortos em Portugal ultrapassava 100 mil. Destes, 2% resultavam em
morte (o aborto era a terceira causa de morte das mulheres). Naquela época, todos
os abortos eram ilegais - por isso, o número é apenas uma estimativa. Dados mais
recentes, de 2008, mostram que o país registrou 18.014 abortos. O número cresceu
ligeiramente nos primeiros anos da legalização, mas desde 2013 está em queda.
21

PAÍSES QUE TEM O ABORTO LEGALIZADO


Albânia, Áustria, Bulgária, Dinamarca, Eslováquia, Estônia, Grécia, Islândia, Letônia,
Lituânia, Luxemburgo, Macedônia, Moldávia, Montenegro, Noruega, República
Tcheca, Rússia, Suíça e Ucrânia
Em todos estes países o aborto é legalizado até a 12ª semana de gravidez, e em
todos os países o prazo pode ser estendido caso a mãe corra o risco de morrer ou
de malformação fetal.

O aborto não é considerado crime na América do norte nos países:


Canadá e EUA
O Canadá é um dos países que mais dão liberdade para as mulheres fazerem um
aborto: não a restrição de semanas de gestação e o procedimento são realizados no
sistema público de saúde.

Já os EUA têm o aborto legalizado, mas cada estado pode decidir seus parâmetros
de restrições em termos de semanas de gestação.

Human Rights Watch, uma das maiores instituições de defesa de direitos humanos
do mundo ressalta que a maioria dos países desenvolvidos, como Estados Unidos,
Canadá e membros da União Europeia, têm legislações que permitem a interrupção
da gravidez.

CONCEITOS
● Aborto – (ação violenta mais morte de feto).
● Interrupção da gravidez uma ação violenta que resulta na morte do feto.
● Inicio da vida- há muitos debates sobre isso.
Só haverá pena após a implantação do óvulo já fecundado no útero, após 14 dias
quando já começa a formação do feto.

Após este processo até o parto: toda a intervenção é considerada aborto.

● Pós-parto – é considerado infanticídio ou homicídio.


Para ser considerado aborto, é preciso que a morte aconteça dento do útero da
mãe.

● Nexo casual – uma agressão e que a criança acaba morrendo em


decorrência de um porto prematuro.
Essa terceira pessoa vai responder pelo:
22

ART125. CP- provocar aborto, sem o consentimento da gestante: pena- reclusão, de


três a dez anos.

TEORIA MONISTA
Teoria monista, os coautores que participam do infanticídio eles respondem
igualmente, pois matar uma criança, quando a mãe está grávida é crime.

Todos aqueles que colaboram para um crime incidem nas penas que nele são
estabelecidas.

As circunstancias de caráter pessoal não se comunicam, salvo se forem elementares


do crime.

Crime de aborto é uma exceção a essa teoria: por que a lei prevê dois tipos de
pessoas, mas há punições diversas para cada uma delas.

Código penal

ART124. CP-O aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento feito por
terceiros, detenção de 1 a 3 anos.

ART 125. CP- provocar o aborto sem o consentimento feito por terceiros igual à
detenção de 3 a 10 anos.

Se caso o médico aceitar fazer o procedimento do aborto, também respondera pelo


crime previsto no código penal.

ART126. CP- provocar o aborto com o consentimento da gestante reclusão de 1 a 4


anos.

Haverá um aumento de 1/3 dos artigos 125 e 126, se a gestante sofre lesão corporal
grave, e se haver morte da gestante a pena vai 1/2 (duplicar)

Para as mulheres grávidas o código penal, em seu artigo 128, prevê duas hipóteses
em que o aborto não é punível, desde que praticado por médico:

-sé não há outro jeito de salvar a vida da gestante;

-se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido com consentimento da


gestante, ou , quando incapaz, de seu representante legal.
23

LINGUAGEM A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO


A legislação é o conjunto de leis e normas que regulam a vida em sociedade,
onde, o Estado utiliza da supremacia do poder, para manter a ordem e estabelecer
normas de convivência, deveres e garantias para a sociedade. Assim, a lei necessita
estar em constante mudança.

Com a modernidade, surgem novas necessidades e novos anseios, da


população. Portanto, é de suma importância estudar as relações sociais e assim
poder avaliar os efeitos que a norma traz para sociedade, sendo que a norma deve
ser elaborada em prol do bem estar social e da paz comum.
24

São várias as leituras das linguagens sociais, com isso surgem controvérsias,
opiniões diferentes, que traduzem a diversidade de ideias, da população.

Alguns assuntos polêmicos, como a legalização do aborto, causam efeito na


comunicação da sociedade, onde gera discordância e a separação de grupos, os
tornando contrários. Isso ocorre, tanto no meio acadêmico, como em rodas de
conversas, descontraídas.

As polêmicas ocorrem, pois interferem nos conceitos, que estão estabelecidos


pela maioria da população, que por ser conservadora não admite mudanças rápidas,
dificultando e trazendo demora a algumas questões pleiteadas.

Em relação à Legalização do aborto, nas comunicações sociais, são várias as


linguagens sociais, pois o assunto atinge princípios Constitucionais e até mesmo
culturais. Isso faz com que surja muita divergência e profundas análises sobre a
necessidade de sua legalização.

Para abordar o assunto da legalização do aborto é imprescritível falar sobre


os métodos contraceptivos. Podemos contar com uma ampla diversidade de meios
preventivos a gravidez, como preservativo feminino e masculino, diafragma,
espermicida, dispositivo intrauterino, pílulas contraceptivas, contraceptivo hormonal
injetável, anel vaginal, Adesivos cutâneos entre outros.

O fato de existir diversos métodos de prevenção, à gravidez gera grande


polêmica acerca do aborto, com a ideia, que a mulher não precisa abortar, uma vez
que a gravidez poderia ter sido prevenida.

Contudo nem sempre esses métodos preventivos estão disponíveis,


principalmente nas populações mais carentes, e existe uma grande divergência em
torno do funcionamento dos remédios hormonais que em alguns casos não cumpre
sua função preventiva e ainda podem gerar vários danos a saúde da mulher, como o
câncer.

De acordo com a legislação Brasileira o aborto é um crime contra a vida, e


está disposto no Artigo 124 do Código Penal (Decreto Lei nº 2.848 de 07 de
Dezembro de 1940):
25

8
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem


lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.

Com isso a lei prevê pena de detenção, para a mulher que provocar o aborto
ou se outra pessoa o provocar, mesmo com seu consentimento, tornando a vida um
bem inviolável.

Em nossa Constituição Federal de 1988, no Art. 5°, dispõe que a vida é um


bem protegido pelo Estado.
9
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. (...)

Surge o pensamento arcaico e religioso, onde o aborto seria um atentado


conta a vida, esse pensamento é de grande repercussão no meio cientifico e
medico. Com isso nasce o questionamento, de qual momento o embrião passa a ter
vida e direitos.

De acordo com Leonardo Araujo Porto de Mendonça, e a Teoria da


Concepcionista “salienta que o início da vida se baseia no fato da vida humana ter
sua origem na fecundação do óvulo pelo espermatozoide, momento este
denominado pelas ciências humanas como concepção”.10(Leonardo Araujo Porto de
Mendonça – Revista JusBrasil). Esse pensamento traz a ideia que a vida é inviolável
e que o aborto mesmo nos primeiros dias de gestação é um atentado contra a vida.

Assim pensadores religiosos e conservadores da norma rígida, utilizam


também da Teoria Concepcionista para defender a ideia de vida inviolável, garantida
pela constituição federal.

8
Código Penal: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-
dezembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe.html acesso em 15/09/2018 ás 15:35 horas.
9
Constituição Federal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Acesso em 19/09/2018 às 18 horas.
10
Revista JusBrasil: Leonardo Araujo Porto de Mendonça -
https://leonardoapmendonca.jusbrasil.com.br/artigos/325703422/dos-direitos-do-nascituro-e-do-
embriao-no-direito-brasileiro. Acesso em 16/11/2018 as 19:26.
26

Porem a lei é bem especifica em relação à laicidade do Estado e com isso


esclarece que a Religião não pode interferir na lei, contudo não deve opinar de
forma significativa na legalização do aborto.

No entanto, alguns grupos religiosos se contrapõe a ideia da igreja, de


interferir nas decisões do Estado. O Grupo de Católicas pelo Direito de Decidir
dispõe em seu trabalho a ideia de laicidade do Estado.
11
“As religiões são profundamente importantes na história, cultura e
imaginário social, portanto influenciam nosso cotidiano,
comportamento e decisões. Consideramos que as religiões devem
ajudar as pessoas a terem uma vida digna e saudável, e não dificultar
sua autonomia e liberdade, especialmente em relação à sexualidade
e reprodução. Por isso, lutamos pela laicidade do Estado que deve
ser livre da interferência religiosa na criação e condução das políticas
públicas.”

Com isso, mesmo o pensamento da igreja, sendo, voltada a ideia de


preservar a vida do embrião, alguns idealistas religiosos contrapõe esse
pensamento.

De acordo com o pensamento de alguns críticos, a ideia de legalização do


aborto é uma questão de saúde publica e que deve ser assegurado pelo Estado,
onde a decisão do aborto deve partir da vontade da mulher.

Segundo, Deborah Ayres (Revista JusBrasil)12, a vontade da mulher deve ser


respeitada, uma vez que a gravidez gera maiores efeitos na vida mulher:

A criminalização é incompatível com os seguintes direitos


fundamentais: os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, que
não pode ser obrigada pelo Estado a manter uma gestação
indesejada; a autonomia da mulher, que deve conservar o direito de
fazer suas escolhas existenciais; a integridade física e psíquica da
gestante, que é quem sofre, no seu corpo e no seu psiquismo, os
efeitos da gravidez; e a igualdade da mulher, já que homens não
engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de
se RESPEITAR A VONTADE DA MULHER.

No ano de 2015, foi criado o Projeto de Lei que busca saciar os anseios das
mulheres e sociedade. O Projeto lei 882/2015, de autoria do deputado Jean Wyllys,
onde propõe o aborto legal a gestante que deseja e deve ser realizado nas doze
primeiras semanas, tanto pelo Sistema Único de Saúde, quanto pela rede privada.
11
Grupo de Católicas pelo Direito de Decidir: http://catolicas.org.br/institucional-2/nosso-
trabalho/. Acesso em 16/11/2018 as 18:17.
12
Revista JusBrasil:
https://ayresadvocacia.jusbrasil.com.br/artigos/648398759/descriminalizacao-do-aborto. Acesso em
17/11/2018 as 11.12 horas
27

13
Art. 1º - Constitui objeto da presente Lei garantir os direitos
fundamentais no âmbito da saúde sexual e dos direitos reprodutivos,
regular as condições da interrupção voluntária da gravidez e
estabelecer as correspondentes obrigações dos poderes públicos.

Diante do exposto, as linguagens sociais são diversas em relação a


legalização do aborto, entretanto, a legalização se torna uma garantia de vida para
as mulheres, que pretendem praticar ou praticam o aborto de forma clandestinas,
pois de acordo com relatos de historiadores o aborto esta inserido na sociedade
desde a antiguidade, onde as mulheres tomavam chás abortivos.

A criminalização do aborto está ligada ao fato da mulher, não ter autonomia


para se posicionar sobre suas vontades e necessidades, com isso se passa
despercebido pela sociedade sua dupla jornada de trabalho, recebendo valores
inferiores aos dos homens que exercem a mesma função.

Nos dias atuais a sociedade já possui a percepção, que a responsabilidade


diante a maternidade fica praticamente inteira sobre a mulher, que se torna
vulnerável a passar dificuldades financeiras, tendo como responsável seu sistema
reprodutivo, assim diante do anseio da mulher de conquistar seus direitos e poder
decidir sobre seu corpo, a legalização deve ser inserida pela voz das mulheres.

CONCLUSÃO
A descriminalização da interrupção da gravidez em até 12 semanas de gestação, o
aborto, está cada vez mais polêmico no país. No Brasil, o povo brasileiro vem
buscando pelos seus direitos desde 1965, ganhou uma força com o fim do regime
militar, o fim da Al-5(Ato institucional Número Cinco) e a campanha “Direta já”. Como

13
Projeto de lei:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1313158
Acesso em 19/09/2018 as 15:35 horas.
28

um importante movimento feminista, as brasileiras conquistaram uma importante


participação na sociedade com o direito ao voto feminino em 1934, a partir da
revolução de 1932. Mas, a interferência de religiões relacionando com a polêmica da
legalização do aborto é mais um obstáculo que as feminista tem, pois os católicos
afirma que com a legalização do aborto, está ferindo o Direito de cunho religioso.
De forma que as brasileiras em 2006 conquistaram uma importante lei, que é a Lei
Maria da Penha, essa Lei tem punição para agressores que agride mulheres. O
Estado Laico é outro aspecto do governo brasileiro, o Brasil é um Estado teísta, pois
não faz nenhuma interferência a decisões religiosas de nenhum indivíduo no país.
O naturalismo e o contratualismo evidente em cada brasileiro, pois sempre há um
agrupamento natural e um por interesse individual. O STF (Sistema Tribunal
Federal) vem discutindo sobre a descriminalização do aborto, é ainda uma pauta
para o STF, além disso, não foi tomada nenhuma decisão do STF sobre a
legalização do aborto. A interrupção da gravidez continua sendo crime no Brasil,
caso alguém cometa esse crime, tem uma punição com penas previstas de 1 a 3
anos de detenção para a gestante, e de 1 a 4 anos de reclusão para o médico ou
qualquer outra pessoa que realize em outra pessoa o procedimento de retirada do
feto.

Diante do exposto, as linguagens sociais são diversas em relação a


legalização do aborto, entretanto, a legalização se torna uma garantia de vida para
as mulheres, que pretendem praticar ou praticam o aborto de forma clandestinas,
pois de acordo com relatos de historiadores o aborto esta inserido na sociedade
desde a antiguidade, onde as mulheres tomavam chás abortivos.

A criminalização do aborto está ligada ao fato da mulher, não ter autonomia


para se posicionar sobre suas vontades e necessidades, com isso se passa
despercebido pela sociedade sua dupla jornada de trabalho, recebendo valores
inferiores aos dos homens que exercem a mesma função.

Nos dias atuais a sociedade já possui a percepção, que a responsabilidade


diante a maternidade fica praticamente inteira sobre a mulher, que se torna
vulnerável a passar dificuldades financeiras, tendo como responsável seu sistema
reprodutivo, assim diante do anseio da mulher de conquistar seus direitos e poder
decidir sobre seu corpo, a legalização deve ser inserida pela voz das mulheres.
29
30

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BIBLIOGRAFIA
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ap%C3%B3s-10-anos-de-aborto-legalizado-em-Portugal
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● Projeto de Lei 882/2015


http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1
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33

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