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Cientistas brasileiros estudam se humanos podem regenerar


membros como em salamandras
Evanildo da Silveira
De São Paulo para a BBC News Brasil

Há 4 horas

CAMILA GUIMARÃES

Uma pesquisa liderada por cientistas brasileiros poderá fazer com que os seres
humanos, assim como as salamandras, tenham a capacidade de regenerar membros
perdidos e até a medula espinhal danificada. Não é para já, mas o caminho está aberto.
Eles estudaram o programa genético que dá a esses anfíbios e a algumas espécies de
peixe essa incrível característica, que faz renascer pernas e nadadeiras, quando
amputadas, e descobriram um grupo de genes que dá início a esse processo.

O trabalho foi coordenado pelo biólogo Igor Schneider e seu grupo de pesquisa do
Laboratório de Evolução e Desenvolvimento (LED), da Universidade Federal do Pará (UFPA),
e contou ainda com a participação de cientistas do Instituto Tecnológico Vale, do Museu
Paraense Emilio Goeldi (MPEG), do Museu de História Natural de Berlin, da Alemanha, da
James Madison University da Michigan State University, ambas dos Estados Unidos.

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"Começamos o estudo em 2015, quando iniciamos o sequenciamento dos genes que
salamandras e peixes ativam durante a regeneração, e concluímos este ano", conta o
pesquisador brasileiro.

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Igor diz que seu grupo na UFPA tem como eixo central de pesquisa entender a origem dos
vertebrados terrestres, também conhecidos como tetrápodes (animais com quatro patas ou
membros), que compreendem os anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Particularmente, ele
estuda quais as características que esses organismos herdaram de seus ancestrais peixes.
Sabia-se que entre os integrantes desse grupo de seres, apenas anfíbios, como as
salamandras, são capazes de regenerar suas patas.

Sua mulher e colega de profissão, Patrícia Schneider, que também participou da pesquisa,
lembra que a origem evolutiva da regeneração de membros em salamandras permaneceu
por muito tempo um mistério. "O que se perguntava era se elas teriam adquirido esta
capacidade recentemente ou, em vez disso, a herdado dos seus ancestrais, os primeiros
tetrápodes", explica.

O objetivo do grupo, portanto, era desvendar este mistério. E conseguiu. "Mostramos que a
origem da regeneração de membros pode ser mais antiga ainda, tendo surgido no ancestral
de todos, os peixes, antes da origem dos tetrápodes", diz Patrícia. Para chegar a essa
conclusão, primeiro os pesquisadores buscaram identificar quais grupos desses animais que
vivem hoje possuem capacidade de recriar nadadeiras peitorais, que são equivalentes aos
braços ou patas dianteiras de tetrápodes.

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Para isso, realizaram amputações de nadadeiras em sete espécies de peixe que ocupam
posições chave na árvore evolutiva de animais vertebrados: peixe-espátula (Polyodon
spathula), gar-pintado ou boca-de-jacaré, (Lepisosteus oculatus), gourami-azul (Trichogaster
trichopterus), acará-do-congo (Amatitlania nigrofasciata), oscar (Astronotus ocellatus), peixe-
dourado (Carassius auratus) e bichir-de-senegal (Polypterus senegalus).

Isso gerou uma segunda descoberta. "Verificamos que a regeneração de nadadeiras é


comum e amplamente difundida entre esses animais", conta Igor. "Antes do nosso trabalho
se pensava que os peixes só eram capazes de recriar uma das duas partes das nadadeiras,
os raios. Demonstramos que eles podem reconstruir também a segunda, o endoesqueleto,
que fica mais próximo corpo e é semelhante ao de nossos braços e pernas. Ou seja,
provamos que eles recriam a nadadeira inteira."

Em seguida, por meio do sequenciamento dos genes ativos (transcriptoma) de uma das
espécies, a africana Polypterus senegalus, popularmente conhecida também como bichir-de-
cuvier e bichir-cinza e muito usada em pesquisas no mundo todo, mostramos que o

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programa genético utilizado por salamandras para regenerar suas patas é muito semelhante
àquele que peixes usam para fazer o mesmo com suas nadadeiras."

O trabalho dos pesquisadores revelou ainda que salamandras e o peixe Polypterus ativam a
expressão de aproximadamente 200 genes em comum para iniciar a regeneração. Vários
deles estão relacionados com resposta a inflamações e a estresse. "Vimos também que
esses genes não são usados durante a formação dos membros no desenvolvimento
embrionário, ou seja, são utilizados apenas durante a recriação deles em animais já
nascidos", conta Igor.

De acordo com ele, o estudo abre caminho para a identificação de um programa genético
evolutivamente conservado, responsável pela regeneração de membros e nadadeiras em
tetrápodes. "Pretendemos no futuro descobrir qual a bateria de genes fundamental para
iniciar a recriação dessas estruturas e assim possivelmente induzi-la em mamíferos que,
como sabemos, não possuem esta incrível capacidade", diz o pesquisador.

Em outras palavras, se o estopim para a regeneração for de fato genético, provavelmente os


genes que desencadeiam esse processo são ativados em peixes e salamandras toda vez
que ocorre uma lesão ou perda das nadadeiras e membros, respectivamente. "Se
conseguirmos identificar aqueles que agem no início da cascata de ações, poderemos testar
se a ativação deles é suficiente para induzir a regeneração em outras espécies, como
camundongos, por exemplo", diz Igor.

O grupo também tem interesse em identificar a base genética responsável pela recriação de
cauda em salamandras e de nadadeira caudal em peixes pulmonados. "Ao fazer ressurgir
essas estruturas, esses animais reconstroem diversos tecidos, incluindo a medula espinhal",
explica o cientista. "Como sabemos, seres humanos não possuem capacidade de realizar
reparo nela, o que pode causar paralisia ou a morte. É possível que estudos em salamandras
e peixes também nos ajudem a descobrir os genes responsáveis pela regeneração da
medula espinhal."

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