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Problemas e distúrbios da aprendizagem
Problemas e distúrbios da aprendizagem
Autoria: Eveline Tolonetto Barbosa Pott
Como citar este documento: TONELOTTO BARBOSA POTT, Eveline. Problemas e distúrbios da aprendi-
zagem. Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olha-
06
res e traçando horizontes
Assista a suas aulas 23
Unidade 2: Distúrbios da aprendizagem: características e problemas 31
Assista a suas aulas 48
Unidade 3: O TDAH e suas possibilidades de intervenção 55
Assista a suas aulas 71
Unidade 4: A dislexia e suas possibilidades de intervenção 79
Assista a suas aulas 94
2/192
2/201
O Tradutor Interprete de Libras: Formação e Prática
Autoria: Sandra Cristina Malzinoti Vedoato
Como citar este documento: VEDOATO, Sandra. C. M. O tradutor interprete de Libras: formação e práti-
ca. Valinhos: 2017.
Sumário
Unidade 5: A discalculia e suas possibilidades de intervenção 101
Assista a suas aulas 119
Unidade 6: A disortografia e suas possibilidades de intervenção 126
Assista a suas aulas 141
Unidade 7: A psicomotricidade e suas possibilidades de intervenção 148
Assista a suas aulas 163
Unidade 8: Aprendizagem e a neurociência 170
Assista a suas aulas 184
3
3/192
Apresentação da Disciplina
5/192
Unidade 1
Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e tra-
çando horizontes
Objetivos
6/192
Introdução 1. O contexto da educação esco-
lar no Brasil
Neste texto, temos como principal objetivo
trazer informações importantes para você, Avaliações internacionais e nacionais apon-
profissional que trabalha ou trabalhará com tam para problemas de aprendizagem em
os chamados problemas da aprendizagem, nossos alunos. O Programme for Interna-
educação inclusiva e educação especial. tional Student Assessment (Pisa) – Pro-
Assim como o processo de inclusão esco- grama Internacional de Avaliação de Estu-
lar, os chamados problemas e distúrbios da dantes –, por exemplo, é uma avaliação que
aprendizagem vêm se tornando cada vez ocorre a cada três anos e que tem como ob-
mais comuns, o que tem aumentado a ne- jetivo avaliar os sistemas educacionais no
cessidade de profissionais qualificados para mundo, envolvendo alunos de 15 anos de
atuarem nestas áreas. Antes mesmo de fa- idade. No Pisa, realizado em 2015, foram
lar sobre esses temas, é importante discutir avaliados 70 países, e o Brasil ocupou umas
e conhecer o cenário da educação escolar das últimas colocações, ficando em 68° lu-
no Brasil, a fim de compreender as influên- gar (PISA, 2015).
cias que estão na base desse tipo de queixa
e demanda profissional.
7/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
iniciais do ensino fundamental, caindo para
Link 3,06 nos anos finais e para 2,25 no ensino
médio. Nota-se que quanto maior o tempo
Sobre esta avaliação e o desempenho do Brasil, do aluno na escola, menor é o seu desem-
você poderá acessar o relatório no link, disponí- penho escolar. Para os estudiosos e pro-
vel em: <http://download.inep.gov.br/aco- fissionais que conhecem os bastidores da
es_internacionais/pisa/resultados/2015/ educação, sobretudo do contexto público,
pisa2015_completo_final_baixa.pdf>. Aces- estes resultados não são surpreendentes,
so em: 2 abr. 2017. entretanto, isto não diminui a preocupação
quanto ao desempenho escolar desses es-
No âmbito nacional, podemos citar o Índi- tudantes (IDESP, 2015).
ce de Desenvolvimento da Educação Bási-
ca (Ideb) que foi desenvolvido para avaliar
a qualidade do aprendizado dos alunos no Link
Brasil, além de estabelecer metas de desem- Caso você queira encontrar o Ideb das escolas de
penho escolar para melhoria do ensino. Em seu estado ou cidade, basta consultar o link, dis-
2015, os resultados do estado de São Pau- ponível em: <http://ideb.inep.gov.br/>. Acesso
lo apontaram a nota de 5,25 para os anos em: 2 abr. 2017.
8/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
Compreender estes resultados leva a refletir dos profissionais quanto ao processo de en-
sobre suas causas: será que este desempe- sino-aprendizagem, a precarização da for-
nho é parte de uma dificuldade individual mação dos profissonais da educação, entre
que remete exclusivamente à incapacida- outros fatores.
de do aluno de se apropriar dos conteúdos Assim, em meio a essa realidade na educa-
escolares? Ou é uma dificuldade em relação ção, não é novidade a existência de tantos
aos processos de ensino-aprendizagem e problemas e distúrbios da aprendizagem.
como estes vêm ocorrendo nas escolas? Podemos pensá-los apenas como a ponta
Autores como Libâneo (2012) e Saviani de um iceberg, ou seja, é o aparente, sen-
(2013) apontam que o baixo desempenho do que há muitos fatores históricos e sociais
escolar desses alunos é fruto de um contex- que contribuem para sua manifestação e
to social e politico que cada vez mais vem que não são vistos e considerados.
sendo fonte da precarização da educação Se a educação escolar pública vem nos pre-
escolar pública em nosso pais. Estes auto- ocupando com o baixo desempenho dos
res citam vários fatores que influenciam tal alunos, no âmbito privado a lógica é total-
cenário, como: o baixo investimento finan- mente oposta em vista da exigência para
ceiro na educação, a falta de sentido dos um melhor desempenho escolar dos alunos.
alunos pelo conhecimento, a desmotivação É crescente a pressão das escolas para au-
9/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
mentar o número de aprovações nos vesti- co esta questão, você já assistiu a um filme
bulares, com a promessa de que estes alu- chamado “Contador de Histórias”? Caso
nos serão bem-sucedidos e terão melhores não tenha assistido, deixo como indicação.
condições de viver em nossa sociedade. Via Trata-se de uma história verídica que narra
de regra, quando não conseguem acompa- a vida de um menino chamado Roberto, en-
nhar o “ritmo” da escola, muitas vezes são tregue pela mãe à Fundação Estadual para
encaminhados a profissionais especializa- o Bem-estar do Menor – FEBEM – aos seis
dos com a queixa de dificuldade de apren- anos de idade, e lá, em um determinado
dizagem (LIBÂNEO, 2012). momento, passa por avaliações psicológi-
Sendo assim, tanto no âmbito público quan- cas, recebendo diagnóstico de dislalia, dis-
to no privado, não podemos negar o papel lexia, discalculia, sendo visto como um caso
do contexto social na produção dos proble- irrecuperável aos olhos da instituição. En-
mas e distúrbios da aprendizagem e estas tretanto, Roberto encontra uma pedagoga
questões precisam ser levadas em conside- que oferece todo o suporte que ele precisa-
ração na compreensão deste tipo de queixa va e que acreditava em sua capacidade de
escolar, a fim de não minimizar os fatores superação daquela condição que vivia. Ro-
que influenciam em seu diagnóstico. berto foi adotado por esta professora e hoje
é pedagogo e considerado um dos maiores
Para aprofundar e problematizar um pou-
10/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
contadores e escritores de histórias infantis Este tipo de diagnósticos não mudou em
do mundo. nada a vida de Roberto, tampouco sua posi-
ção em relação ao seu desempenho escolar.
Para saber mais Neste sentido, muito sábio foi Roberto em
não deixar que os diagnósticos determinas-
O filme narra a história verífica de Roberto Carlos sem quem ele era. Entretanto, será que esta
Ramoso, mais conhecido em sua cidade (Belo Ho- mesma posição aplica-se a todos os casos?
rizonte) por Roberto Carlos Contador de Histórias.
O foco da avaliação psicológica de Roberto
concentrou-se tanto no diagnóstico, em lhe
A sigla FEBEM era a abreviação da Fundação Esta- rotular, que se quer houve espaço para ana-
dual para o Bem-estar do Menor, que atualmente lisar suas potencialidades e interesses. Tal-
alterou-se para Fundação Centro de Atendimento vez se tivessem focado na grande habilida-
Socioeducativo ao Adolescente – Fundação Casa. de de Roberto em contar histórias e guiado
seu processo de aprendizagem por esta via,
A partir desta história questiono você: em sua vida teria sido mais fácil no que se refe-
que os diagnósticos mudaram a vida de Ro- re aos processos de aprendizagem. Portan-
berto? Eles trouxeram algo de bom para sua to, tão mais importante do que compreen-
formação e dificuldade de aprendizagem? der os problemas e dificuldades do sujeito é
11/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
compreender suas potencialidades, afim de zagem apresenta uma visão individualizan-
tentar conduzir seu processo de aprendiza- te dos problemas e distúrbios da aprendiza-
gem por essas vias. Abordaremos sobre este gem, atribuindo a causa a algo associado ao
tema ao longo deste curso. aluno, à escola ou à família. Pesquisas mais
Assim, ao discutir sobre a questão da apren- atuais apontam para a necessidade de su-
dizagem e seus problemas, é importante, perar estas concepções individualizantes
primeiramente, compreender a história do da dificuldade de aprendizagem, colocando
sujeito e o contexto no qual este está inse- como necessário a existência de uma ava-
rido, acessando sua lógica de pensamento e liação mais contextualizada, que leve em
buscando caminhos diferentes para condu- consideração todo o processo histórico de
zir seu processo de aprendizagem. Entretan- escolarização do aluno, bem como as esfe-
to, ainda nos deparamos com concepções ras que participam de seu envolvimento es-
que visam buscar as causas para a dificul- colar.
dade da aprendizagem no indivíduo (SCOZ, O fato de destacar a necessidade de uma
1994). Artigos de revisão da literatura (AN- análise contextualizada sobre os fatores
GELUCCI et al, 2004; LEONARDO; LEAL; que ocasionam a dificuldade de aprendiza-
ROSSATO, 2015) apontam que a maioria gem não exclui de modo algum a existência
dos estudos sobre dificuldades da aprendi- de casos em que por conta de alguma de-
12/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
ficiência, transtorno global do desenvolvi- muitas vezes a inclusão é associada a algum
mento ou outros fatores não relacionados tipo de deficiência física ou cognitiva.
a alguma deficiência, o aluno necessite de Começo a reflexão deste tema com algumas
algum atendimento individualizado, a fim perguntas para você refletir: os alunos des-
de favorecer seu processo de aprendiza- critos no início deste texto, que apresentam
gem. Para estes casos, ele deve ser benefi- um baixo desempenho escolar, segundo as
ciado com a modalidade da educação inclu- avaliações sobre a escola pública, não esta-
siva tão discutida nos dias atuais e que será riam excluídos em relação a seus direitos em
aprofundada a seguir. acessar uma educação de qualidade? E os
alunos com superdotações? Jovens e adul-
2. Inclusão escolar e educação tos que não conseguiram concluir a educa-
especial: caminhos para uma ção escolar no tempo correto, também não
educação para todos precisam de um atendimento educacional
especializado? Claro que sim! Não restam
É de extrema importância ampliar o olhar em dúvidas de que todos esses alunos preci-
relação à inclusão escolar e à dificuldade de sam ser incluídos no contexto da educação
aprendizagem. É preciso compreender estas escolar. Portanto, os desafios da educação
questões para além da deficiência, visto que inclusiva são mais amplos e complexos, en-
13/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
volvendo não só o aluno com alguma defi- colas quanto em centros especializados.
ciência, mas todos aqueles que possuem al- Em 2008, a Convenção sobre os Direitos
guma necessidade educacional especial. das Pessoas com Deficiência incorporou à
Apesar desta ampla visão sobre a inclusão legislação brasileira os postulados da con-
escolar, via de regra, em estudos e no co- venção da Organização das Nações Unidas
tidiano escolar a inclusão geralmente está – ONU – sobre os direitos das pessoas com
associada à pessoa que apresenta alguma deficiência, assegurando sua acessibilida-
deficiência, seja ela fisica e/ou cognitiva, por de em toda esfera social. No que se refere
meio da oferta de uma educação especial. à educação, o referido documento, em seu
Este processo de escolarização das pessoas artigo 24, assegura à pessoa com deficiên-
com necessidades educacionais especiais cia o seu direito à educação, postulando seu
é uma modalidade da educação conhecida direito de frequentar o ensino regular gra-
como educação especial. tuito, destacando claramente o dever do
A educação especial é compreendida como estado em assegurar este direito por meio
um foco da educação escolar que trabalha da organização física do espaço escolar e da
com crianças, jovens e adultos que não se contratação de profissionais qualificados
beneficiam com o sistema convencional de para facilitar este processo (BRASIL, 2012).
ensino. Ela pode ser exercida tanto em es- Entretanto, os profissionais que trabalham
14/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
com educação inclusiva, sobretudo no con- de que insiste em se camuflar em meio a
texto público, sabem que estes direitos nem alguns discursos. Para exemplificar, ao tra-
sempre são ofertados pelo estado e as di- balhar com educação inclusiva, é frequente
ficuldades encontradas neste processo são o seguinte questionamento: “meu filho que
inúmeras (BARBOSA; SOUZA, 2010). não possui nenhuma deficiência não será
prejudicado com a inclusão, pois os conteú-
dos serão ofertados de modo mais lento?”.
Link É importante refletir sobre esta questão,
Convido você a se aprofundar no tema da in- porque você certamente lidará com ela em
clusão escolar, basta consultar o artigo a se- algum momento.
guir, disponível em: <http://pepsic.bvsalud. Costumamos dizer que os alunos da educa-
org/scielo.php?script=sci_arttext&pi- ção regular são os que mais se beneficiam
d=S1516-36872014000300013>. Acesso em: com o processo de inclusão, isto porque na
13 abr. 2017. prática com educação especial vivencia-
mos momentos em que a interação entre
Apesar da expansão do processo de inclu- os alunos com necessidades especiais e os
são escolar, ainda é frequente deparar-se demais alunos favorece o aprendizado de
com a barreira do preconceito da socieda- muitas formas. Por exemplo, ao conviver
15/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
com alunos com necessidades especiais, os
demais aprendem a lidar com a diversidade Para saber mais
e isto é um valor importante que precisa ser
Conceitos científicos são aqueles aprendidos
trabalhado na escola, uma vez que é a base
principalmente na escola; que exigem certa abs-
para a formação de uma sociedade justa e
tração do pensamento e a mediação de uma ou-
humanizada. Pais e familiares que apoiam a
tra pessoa para serem aprendidos. Exemplos de
educação inclusiva no ensino regular estão
conceitos científicos: seres vivos, reino animal,
proporcionando aos seus filhos a possibili-
sistema digestivo etc.
dade de aprenderem a respeitar as pessoas
e conviverem com a diversidade. Portanto, a Quanto ao conteúdo oferecido, habitual-
aprendizagem no contexto escolar vai mui- mente é apenas adaptado para que o alu-
to além da apreensão de conceitos cientí- no com necessidade educacional especial
ficos. consiga aprender. Para isto, o professor na
maioria das vezes conta com a ajuda de pro-
fissionais para o auxiliarem neste processo.
16/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
de modo diferente, a partir de suas necessi-
Para saber mais dades, para que todos consigam acessar os
mesmos horizontes e possibilidades de de-
estes profissionais que auxiliam no processo de in-
senvolvimento (SAMPAIO; FREITAS, 2011).
clusão podem ser contratados pela escola, como
professores de educação especial ou auxiliares de
inclusão; ou no caso de algumas escolas privadas,
estas indicam aos pais a contratação de um me-
diador que pode ser professor ou psicólogo.
18/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
?
Questão
para
reflexão
19/192
Considerações Finais
20/192
Referências
PISA. Programme for International Student Assessment. Organization for economic co-ope-
ration and development, 2015. Disponível em: <http://www.oecd.org/pisa/>. Acesso em: 2 abr.
2017.
SAMPAIO, S.; FREITAS, I. B. (Orgs.). Transtornos e dificuldades de aprendizagem: entendendo
melhor os alunos com necessidades educativas especiais. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.
SAVIANI, Dermeval. Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem his-
tórica e situação atual. Educ. Soc., Campinas, v. 34, n. 124, p. 743-760, set. 2013.
SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. Pe-
trópolis, RJ: Vozes, 1994.
22/192 Unidade 1 • Problema da aprendizagem, educação inclusiva e educação especial: ampliando olhares e traçando horizontes
Assista a suas aulas
23/192
Questão 1
1. No diagnóstico dos problemas e distúrbios da aprendizagem, é importan-
te o profissional avaliar:
a) O contexto social, político, familiar e o próprio desenvolvimento do aluno.
b) Somente o desenvolvimento individual.
c) Os contextos familiar e individual.
d) O contexto político.
e) O desenvolvimento afetivo.
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Questão 2
2. No texto, faz-se uma crítica quanto aos procedimentos de avaliação dos
problemas e distúrbios da aprendizagem que folocalizam somente o âm-
bito:
a) Político.
b) Afetivo.
c) Indivídual.
d) Social.
e) Familiar.
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Questão 3
3. A educação inclusiva deve beneficiar o aluno:
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Questão 4
4. A educação especial pode ser oferecida:
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Questão 5
5. O que significa o conceito de equidade?
a) Trabalhar com todas as pessoas com deficiências de modo diferente, colocando limitações
para sua inserção no contexto social.
b) b) Direitos perante a lei.
c) Aprofeitar as oportunidades.
d) Tratar as pessoas de modo diferente a partir de suas necessidades, a fim de que todos aces-
sem as mesmas condições de aprendizado e desenvolvimento.
e) Tratar todas as pessoas deficientes de modo igual.
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Gabarito
1. Resposta: A. 3. Resposta: A.
29/192
Gabarito
5. Resposta: D.
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Unidade 2
Distúrbios da aprendizagem: características e problemas
Objetivos
• Apontar as diversas áreas do conhecimento que buscam respostas para os distúrbios da
aprendizagem.
• Definir o conceito de aprendizagem, assim como seus distúrbios.
• Favorecer a reflexão sobre os processos de patologização da aprendizagem e da vida.
• Refletir sobre a concepção médica dos distúrbios da aprendizagem.
• Destacar a necessidade da compreensão contextualizada e avaliação cuidadosa dos dis-
túrbios da aprendizagem.
31/192
Introdução
Neste texto, temos como objetivo caracte- conduzir tal queixa. Portanto, para caracte-
rizar os chamados distúrbios da aprendiza- rizar a dificuldade de aprendizagem, muitos
gem, bem como problematizar sua abran- são os caminhos possíveis. E neste desafio,
gência e variações quanto à sua definição. buscamos caracterizar as dificuldades e dis-
Ao abordar este assunto, o seguinte para- túrbios da aprendizagem começando pelo
doxo emerge: se por um lado os diagnósti- conceito de aprendizagem, conforme você
cos de distúrbios da aprendizagem crescem verá a seguir.
cada vez mais, por outro, também aumen-
tam suas definições e conceituações, apre- 1. O que é aprendizagem? Bus-
sentando concepções distintas e contradi- cando caminhos para compre-
tórias entre si, o que dificulta um consenso ender os distúrbios da aprendi-
quanto à sua definição. zagem
Na história das dificuldades de aprendiza-
gem são muitos os campos de interesse que Inspirado nas ideias de Vygotsky (1991,
buscam explicar tal fenômeno envolvendo, 2001), compreende-se o conceito de apren-
por exemplo, professores, psicólogos, médi- dizagem como a capacidade humana de
cos, nutricionistas e neurocientistas, o que apreender a realidade material e simbóli-
resulta nas mais diversas teorias e modos de ca, em um processo contínuo que ocorre ao
Psicoestimulantes: são drogas que ativam o sistema nervoso central, aumentando a atividade moto-
ra e cognitiva, além de acentuar o estado de vigília, alerta e atenção do usuário.
45/192
Considerações Finais
• Nem toda dificuldade de aprendizagem deve ser vista como um problema, uma vez que sua
presença é importante e normal ao desenvolvimento humano.
• O aprendizado ocorre nas interações sociais, portanto, na queixa de dificuldade de aprendiza-
gem também é necessário considerar o contexto social no qual os processos de ensino-apren-
dizagem são realizados.
• A dificuldade de aprendizagem pode ser um distúrbio quando é generalizada, envolvendo to-
dos os âmbitos sociais do sujeito, como família, escola, relacionamento com amigos e tarefas
do dia a dia.
• Na maioria das vezes a dificuldade de aprendizagem generalizada está associada a um quadro
de deficiência cognitiva, transtorno global do desenvolvimento ou outro tipo de doença que
afeta o funcionamento cognitivo.
• Independentemente do tipo de dificuldade de aprendizagem (específica ou generalizada), é
importante que o profissional englobe em seu processo de avaliação e intervenção todo o
contexto social do aluno.
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Referências
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Questão 1
1. Em relação à definição e caracterização dos problemas da aprendizagem
há um consenso?
a) Sim, existe apenas uma teoria científica para caracterizar os problemas da aprendizagem.
b) Sim, principalmente em relação ao encaminhamento psicopedagógico.
c) Não, sendo possível encontrar várias teorias distintas que explicam os problemas da apren-
dizagem.
d) Não, entretanto, tal cenário está mudando.
e) Sim, principalmente na educação.
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Questão 2
2. O que é aprendizagem?
a) É um processo orgânico.
b) É a capacidade humana de apreender a realidade material e simbólica.
c) É prestar atenção.
d) É a capacidade do aluno em permanecer em silêncio na sala de aula.
e) É tirar boas notas.
50/192
Questão 3
3. A dificuldade de aprendizagem torna-se um problema quando:
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Questão 4
4. Na avaliação da dificuldade de aprendizagem, é importante realizar:
52/192
Questão 5
5. Quais são os dois tipos de dificuldade de aprendizagem?
a) Geral e específica.
b) Familiar e escolar.
c) Afetiva e cognitiva.
d) Individual e social.
e) Ampla ou complexa.
53/192
Gabarito
1. Resposta: C. 4. Resposta: E.
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Unidade 3
O TDAH e suas possibilidades de intervenção
Objetivos
• Caracterizar o TDAH.
• Problematizar as causas e linhas de tratamento do TDAH.
• Destacar a importância da construção de outros modos de compreender o TDAH.
• Favorecer a reflexão sobre possibilidades de intervenção.
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Introdução
Alguns pesquisadores (MOYSÉS; COLLA- Cecília Azevedo Lima Collares é pedagoga e livre-
RES, 2013) tanto do campo da medicina -docente em Psicologia Educacional. É profes-
quanto da pedagogia têm questionado as
58/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
ou paciente. Portanto, destacamos a impor-
Para saber mais tância de uma compreensão para além da
sora aposentada pela faculdade de Educação da
lógica médica (que visa buscar o problema,
UNICAMP. Sua produção científica volta-se prin-
a doença e tratar com a utilização de medi-
cipalmente para temas como fracasso escolar e
camentos ou intervenções cirúrgicas), que
medicalização dos processos de ensino-aprendi-
incorpore uma compreensão educacional
zagem. Também é militante no movimento pela
do TDAH.
despatologização da vida. Tal forma de compreender o TDAH consiste
na construção de ideias que ofereçam sub-
sídios para a prática de educadores e de-
Para você, profissional que trabalha com os
mais profissionais no geral, preocupando-
processos de aprendizagem, seja profes-
-se muito mais com o “devir”, com as pos-
sor, gestor ou psicólogo, pouco sentido faz
sibilidades de desenvolvimento do sujeito.
apresentar o enfoque neurológico do TDAH,
Neste sentido, muito mais importante do
sendo necessário pensar e discorrer sobre
que questionar sobre as causas e consequ-
o que, no âmbito de sua prática profissio-
ências do déficit de atenção, é pensar em
nal, pode ser desenvolvido para melhorar
caminhos para seu desenvolvimento. Como
as condições de aprendizagem de seu aluno
a atenção se desenvolve? Quais são as vias
59/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
para sua potencialização? Portanto, nesta ção, assunto que abordaremos a seguir.
compreensão educacional o foco não é tan-
to o déficit de atenção, mas, sim, o desen- 2. O desenvolvimento da atenção
volvimento da atenção. e possibilidades de intervenção
Entretanto, adiantamos que abordar o TDAH
Segundo Vygotsky (1991b), a atenção é uma
por este viés não é o caminho mais fácil,
função psicológica que o sujeito possui ao
tampouco confortável, visto exigir empe-
nascer, são as condições biológicas neces-
nho do profissional com o aluno, bem como
sárias para seu desenvolvimento. Portanto,
o desenvolvimento de pensamentos criati-
a atenção só pode se desenvolver a partir
vos que possibilitem pensar em estratégias
de um arcabouço biológico que é próprio da
de ensino para encontrar a melhor forma de
espécie humana. Entretanto, a atenção no
favorecer o desenvolvimento da atenção.
início da vida é muito volátil, sendo que na
Também, não é o caminho mais rápido, vis-
criança quanto menor sua idade maior é a
to que as mudanças são lentas e demoram
dificuldade de permanecer atenta a algo.
para ocorrer, porém não há dúvidas de que
são as ações mais efetivas!
Para isto, é importante que você compreen-
da como ocorre o desenvolvimento da aten-
60/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
a uma determinada situação. Portanto, a
Link capacidade de significação e o desenvolvi-
Para que você possa aprofundar seus conheci-
mento da atenção estão interligados e são
mentos sobre função psicológica superior, você
interdependentes (VYGOTSKY, 1991b).
poderá acessar o artigo disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S0101-73302000000200002>.
Para saber mais
Acesso em: 26 abr. 2017. Para Vygotsky (1991a), é por meio da fala humana
(que envolve a fala oral, gestual e a escrita) que o
Com o processo de inserção na cultura, a homem se apropria da cultura, ao mesmo tempo
criança aprende a significar o mundo, ou que também a produz.
seja, cada vez mais consegue reconhecer
e nomear os objetos, processo este que se
dá em função do desenvolvimento da fala.
Na criança, quanto maior sua capacidade
de significar o mundo, maior será sua capa-
cidade de regular a atenção, ou seja, maior
será sua capacidade de manter-se atenta
61/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
velmente, sua atenção nesta palestra não
Para saber mais se sustentará nem por cinco minutos e ra-
A significação é o processo de atribuição de senti-
pidamente pensará em outros assuntos (na
dos e significados pelo sujeito a situações da vida
família, em seu emprego, em alguma tarefa
ou a algum conhecimento. Os sentidos são da or-
que ficou pendente, por exemplo).
dem do privado, cada sujeito atribui um sentido Portanto, toda vez que você estiver dian-
único ao que vivencia. Já o significado é da ordem te de alguma situação que não consegue
do público, refere-se à definição dicionarizada da atribuir nenhum sentido e significado, sua
palavra. Por exemplo: a palavra casa, todas as pes- atenção dificilmente será regulada. O in-
soas vão saber descrever o que é uma casa (isto é verso também ocorre, imagine esta mesma
o significado), entretanto cada pessoa atribuirá palestra só que agora há uma pessoa que
um sentido para esta palavra (afeto, medo etc.). faz a tradução (ou seja, agora você conse-
gue compreender o que está sendo dito),
Explicamos o que foi dito com um exemplo: entretanto, o conteúdo abordado não lhe
imagine que você está assistindo a uma pa- traz muitos conhecimentos novos, visto que
lestra sobre determinado assunto e desco- a maioria já são de seu domínio. Também,
nhece totalmente o idioma do palestrante nesta condição sua atenção não se manterá
e não há nenhum tipo de tradução. Prova- por muito tempo (BARBOSA, 2017). Então,
62/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
em quais situações a atenção permanece outra que é desconhecida (que não faz par-
ativa? te da experiência do sujeito). Esta relação
se apresenta como um conflito a ser vivido
Link e superado pelo sujeito, visto a necessidade
de transformar o desconhecido em conhe-
Sobre esta relação entre o desenvolvimento da
cido. E é a partir do surgimento deste con-
atenção e o processo de significação, você pode-
flito que a atenção permanece constante
rá aprofundar seus conhecimentos pela leitura
e se desenvolve cada vez mais (BARBOSA,
do seguinte artigo, disponível em: <http://revis-
2017). Você lembra que no começo deste
ta.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/
curso disse que no processo de aprendi-
view/2735>. Acesso em: 20 abr. 2017.
zagem muitas são as dificuldades vividas?
Pois é, no processo de aprendizagem o su-
A atenção é mantida por um período mais
jeito está em conflito o tempo todo.
longo quando há o equilibro entre os ele-
mentos que o aluno conhece e aqueles que Portanto, isto permite dizer que a aten-
desconhece. Em outras palavras, nas inte- ção ocorre a partir do vínculo que o sujei-
rações sociais em que a atenção está pre- to faz entre sua experiência (ou seja, aquilo
sente há sempre uma parte que é conhecida que conhece) e o desconhecido, ou seja, é
(que faz parte da experiência do sujeito), e a consideração do conhecido que garante
63/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
o desconhecido como possibilidade, como Tal concepção rompe com a ideia de que
“devir”. para produzir a atenção do aluno é neces-
sário ficar no mundo dele, incorporando a
Vamos explicar com um exemplo: imagine
necessidade de inserir elementos que o alu-
que você está na mesma palestra que des-
no desconhece e que se relacionam de cer-
crevemos anteriormente, em que há um bom
ta forma com sua experiência, promovendo
sistema de tradução e que agora mudou o
assim seu aprendizado.
assunto da palestra, sendo apresentado um
tema do seu interesse e que traz muitos ele- Diante desta exposição, o que você, como
mentos que até então eram desconhecidos profissional, pode fazer para promover o de-
por você. Agora, consegue compreender o senvolvimento da atenção de seu aluno/pa-
que está sendo dito, há elementos que es- ciente? A seguir trazemos algumas suges-
tão sendo aprendidos, e, por conseguinte, tões que consideramos muito importantes:
sua atenção permanecerá constante na pa- • Pensar em atividades que sejam do in-
lestra toda. Assim, é na síntese entre o que teresse do aluno/paciente.
faz parte de minha experiência (conhecido)
com aquilo que ainda não experienciei (des- • Propor atividades que exigem a regu-
conhecido) que a atenção é desenvolvida e lação da atenção de modo gradativo,
regulada. respeitando sempre o limite de cada
aluno.
64/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
• Estabelecer relações entre a vida do envolver outros que ajudem a potencializar
aluno/paciente e o conhecimento que o desenvolvimento da atenção no aluno/
será apresentado. paciente.
• Na escola, utilizar estratégias diferen- Em uma escola havia um grupo de alunos
ciadas de ensino. que apresentavam a queixa de desatenção.
• Ouvir a opinião do aluno/paciente so- A partir desta queixa foram realizados vários
bre o conteúdo. encontros de intervenção a fim de promover
atividades que favorecessem o desenvolvi-
• Sugerir ao aluno a apresentação de mento da atenção desses alunos. Para isto,
um seminário sobre determinado as- foram realizados encontros de contação e
sunto. produção de histórias, trabalhados contos
• Pedir que o aluno/paciente explique clássicos da literatura, sendo os preferidos
com suas palavras determinado as- pelos alunos os contos de Edgar Allan Poe
sunto. e Clarice Lispector. As atividades de conta-
Estes são apenas alguns encaminhamen- ção de histórias eram organizadas a fim de
tos a serem pensados nas situações em que despertar maior interesse nos alunos, orga-
há a necessidade de desenvolvimento da nizando a sala do seguinte modo: estendia-
atenção, mas que em sua prática poderão -se um pano no chão, sugerindo que os alu-
65/192 Unidade 3 • O TDAH e suas possibilidades de intervenção
nos sentassem em círculo, colocava-se uma
música de fundo e também apagavam-se
as luzes. O envolvimento dos alunos com
a intervenção surpreendeu toda a escola,
principalmente pela capacidade de conse-
guir prestar atenção em contos clássicos,
narrados em muitas páginas, com certa di-
ficuldade gramatical e densidade poética.
Este é apenas um exemplo de uma ativida-
de que se bem elaborada e planejada, com
a intencionalidade de promover o interesse
e a participação dos alunos, pode levar ao
sucesso da aprendizagem e ao desenvolvi-
mento da atenção.
Função psicológica: são todas aquelas funções que compõem e constituem o sistema psicológico,
como: atenção, fala, imaginação, pensamento, emoção, entre outras.
Cultura: refere-se a tudo aquilo que foi construído pelo homem, por exemplo: o conhecimento, as leis,
os valores, as instituições sociais.
68/192
Considerações Finais
69/192
Referências
ABDA. Associação Brasileira de Déficit de Atenção. Sobre o TDAH. Disponível em: <http://www.
tdah.org.br/>. Acesso em: 20 abr. 2017.
Aula 3 - Tema: O TDAH e suas Possibilidades De Aula 3 - Tema: O TDAH e suas Possibilidades De
Intervenção. Bloco I Intervenção. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
bdcdfa82f0805cc60af6626de99cb812>. d85ac637c83ad32c79ac6a25a4103f10>.
71/192
Questão 1
1. Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH é
resultado de uma alteração:
a) Ambiental.
b) Afetiva.
c) Neurobiológica.
d) Intelectual.
e) Social.
72/192
Questão 2
2. Quais são as principais características do TDAH?
73/192
Questão 3
3. Em relação ao diagnóstico do TDAH, ele é realizado nas seguintes condi-
ções:
a) Não há um exame específico, sendo que seu diagnóstico é realizado com base na exclusão
de outras causas.
b) A partir de um exame específico realizado por um médico.
c) A partir da aplicação de um teste psicológico.
d) Atualmente há vários exames neurológicos que favorecem o diagnóstico preciso do TDAH.
e) A partir de uma avaliação socioeconômica.
74/192
Questão 4
4. O desenvolvimento da atenção está relacionado:
a) Ao nível socioeconômico.
b) À vontade.
c) Ao estímulo sensorial.
d) Ao desenvolvimento afetivo.
e) À capacidade de significação.
75/192
Questão 5
5. Em relação ao TDAH, é mais importante:
76/192
Gabarito
1. Resposta: C.
A ABDA concebe os problemas envolvidos no TDAH como causa neurobiológica, a partir de algu-
mas evidências científicas que ainda não possuem um consenso na literatura científica.
2. Resposta: C.
Segundo a definição da ABDA (2017), as principais características do TDAH são desatenção, in-
quietude e impulsividade, principalmente no contexto escolar.
3. Resposta: A.
Ainda não há um consenso na literatura sobre a forma de realizar o diagnóstico do TDAH, sendo
que seu diagnóstico é considerado como hipótese a partir da exclusão de outras causas, como
ambiental, pedagógica etc.
4. Resposta: E.
A atenção é desenvolvida na relação com o processo de significação, ou seja, quanto mais o su-
jeito conhece o mundo, atribuindo sentidos e significados, maiores serão suas possibilidades de
regulação da atenção.
77/192
Gabarito
5. Resposta: B.
Vários estudos apontam que é necessário a superação de práticas que visam apenas diagnos-
ticar os problemas, colocando-se a necessidade de pensar em intervenções que promovam sua
superação, no caso do TDAH em práticas que promovam o desenvolvimento da atenção.
78/192
Unidade 4
A dislexia e suas possibilidades de intervenção
Objetivos
• Caracterizar a dislexia.
• Discorrer sobre as dificuldades e limitações em relação ao diagnóstico de dislexia.
• Favorecer uma reflexão sobre os processos de ensino da leitura e da escrita.
• Descrever como ocorre o processo de desenvolvimento da leitura e da escrita.
• Apontar estratégias de atuação profissional para trabalhar com problemas de leitura e es-
crita.
79/192
Introdução
Caso queira saber mais sobre a visão da Associa- • Dificuldade na leitura e escrita.
ção Brasileira de Dislexia (ABD) sobre o proble- • Problema no conhecimento de sons
ma da dislexia, você pode acessar o seguinte link, iguais no final e início das palavras.
disponível em: <http://www.dislexia.org.br/>.
• Desatenção e dispersão em ativida-
Acesso em: 1 maio 2017.
des de leitura e escrita.
Entretanto, para a realização do diagnósti- • Troca de algumas letras na escrita.
co de dislexia, é necessário que a criança já • Dificuldade em cópia de textos.
tenha sido alfabetizada, visto que os sinto-
• Dificuldade na coordenação motora.
mas característicos da dislexia são comuns
em pessoas que estão em processo de alfa- • Confusão para identificar direções
betização. como esquerda e direita.
Segundo a ABD, na idade escolar, quan- • Dificuldade em manusear dicionários,
do o diagnóstico da dislexia se torna mais mapas etc.
aceitável perante a literatura, comumente • Vocabulário pouco desenvolvido.
81/192 Unidade 4 • A dislexia e suas possibilidades de intervenção
A dislexia é um diagnóstico bastante co- aquelas pessoas que passaram pelo proces-
nhecido e utilizado para justificar os proble- so de escolarização, mas que possuem mui-
mas em relação ao desenvolvimento da lei- tas dificuldades em relação à leitura e, por
tura e da escrita. Entretanto, é importante conseguinte, na escrita (MARSIGLIA; SA-
considerar que nem todos os problemas em VIANI, 2017; SILVIA; TULESKI, 2014, SCOZ,
relação à leitura e à escrita remetem a um 1994). Assim, cabe o seguinte questiona-
quadro patológico, visto que muitas pes- mento: como pensar que aquelas pessoas
soas em processo de apropriação da leitu- que estão em processo de escolarização (ou
ra e escrita ou que foram mal alfabetizadas que já concluíram) não possuem o domínio
apresentam as mesmas características des- da leitura e da escrita por um problema in-
critas pela ABD. dividual?
Estudos e avaliações nacionais apontam
para um percentual significativo de pesso-
as com dificuldades em relação à leitura e
à escrita, em especial aqueles provenien-
tes de escolas públicas. Isto é tão verdade
que cada vez mais aumenta o número dos
chamados analfabetos funcionais, que são
Entretanto, considero também que há casos em que a dificuldade de leitura e escrita exige um
atendimento mais individualizado e o acompanhamento de outros profissionais, como fonoau-
diólogo, psicólogo ou psicopedagogo. Portanto, a atuação multiprofissional é necessária e im-
portante para superar este problema (ROTTA; OHWEILER; RIESGO, 2006).
91/192
Considerações Finais
92/192
Referências
Aula 4 - Tema: Dislexia: Problematização e In- Aula 4 - Tema: Dislexia: Problematização e Inter-
tervenção. Bloco I venção. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
29c2b148757be1766b9329248c0306bf>. 1d/7b7522a9bf99d97330ae401eaca6a70d>.
94/192
Questão 1
1. A dislexia é uma dificuldade relacionada:
a) Ao reconhecimento e à diferenciação de algumas letras.
b) A atividades envolvendo cálculos.
c) À capacidade de concentração.
d) À dificuldade em manter-se concentrado em determinada atividade.
e) Ao processo de aprendizagem.
95/192
Questão 2
2. Quais são os principais problemas em relação ao diagnóstico da disle-
xia?
a) Não há nenhum problema quanto ao seu diagnóstico.
b) Trata-se de um problema que afeta as pessoas em processo de alfabetização ou que foram
mal alfabetizadas.
c) Criança não consegue se concentrar nos testes.
d) É necessário um relatório da equipe escolar.
e) É necessário a aplicação de vários testes.
96/192
Questão 3
3. Em relação ao tratamento da dislexia, é possível afirmar que:
97/192
Questão 4
4. Nos processos de leitura e escrita, quais são as funções psicológicas
principais?
a) Consciência e memória.
b) Atenção e percepção.
c) Pensamento e fala.
d) Significado e atenção.
e) Pensamento e memória.
98/192
Questão 5
5. No processo de aprendizagem da leitura e da escrita, além da repetição
das palavras, é importante que o aluno:
a) Compreenda as palavras.
b) Grave as palavras.
c) Repita as palavras.
d) Copie as palavras.
e) Desenhe as palavras.
99/192
Gabarito
1. Resposta: A. pedagógica e quando necessário com o au-
xílio e outros profissionais.
A dislexia é um problema que afeta o reco-
nhecimento e a diferenciação de algumas 4. Resposta: C.
letras, dificultando o processo de leitura e
escrita. No processo de escrita e leitura as principais
funções são o pensamento e a fala.
2. Resposta: E.
5. Resposta: A.
Um dos problemas em relação ao diagnósti-
co da dislexia é que seus sintomas são tam- No processo de leitura e escrita, muito mais
bém presentes em pessoas em processo de importante do que a repetição das palavras,
alfabetização ou que foram mal alfabetiza- é que o aluno as compreendam, exigindo a
das. atuação do pensamento.
3. Resposta: E.
Objetivos
• Caracterizar a discalculia.
• Realizar uma compreensão crítica sobre as definições e intervenções nos casos de discal-
culia.
• Apontar alguns caminhos para a intervenção.
• Discutir a importância do conhecimento numérico no desenvolvimento do psiquismo.
101/192
Introdução
Link
Sobre a clarificação do CID-10, você poderá acessar o manual no link, disponível em: <http://www.da-
tasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm>. Acesso em: 11 maio 2017.
Link
Sobre a clarificação do DSM-5, você poderá acessar o manual no link, disponível em: <https://psicova-
lero.files.wordpress.com/2014/06/dsm-v-manual-diagnc3b3stico-y-estadc3adstico-de-los-
-trastornos-mentales.pdf>. Acesso em: 11 maio 2017
A partir destas definições, nota-se que a discalculia é concebida como uma doença que ocasiona
um déficit em relação à capacidade da pessoa em aprender conhecimentos associados a diver-
116/192
Considerações Finais
117/192
Referências
Aula 5 - Tema: A Discalculia e suas Possibilida- Aula 5 - Tema: A Discalculia e suas Possibilida-
des de Intervenção. Bloco I des de Intervenção. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
7555431c4491259d6dfbb7c974fd61bf>. e9dfbc62b2a51f90efafc3fa5a66d879>.
119/192
Questão 1
1. Segundo a definição do DSM-V (APA, 2014), a discalculia refere-se a um
problema:
a) No processamento de informações numéricas.
b) Na dificuldade de concentração.
c) No transtorno de personalidade.
d) No transtorno opositivo defensivo.
e) Na codificação de algumas palavras.
120/192
Questão 2
2. Para Vygotsky (2006), o desenvolvimento é:
121/192
Questão 3
3. No processo de aprendizagem, é necessário que o ensino adote como
ponto de partida:
a) O nível de desenvolvimento ideal do aluno.
b) O desenvolvimento social do aluno.
c) O desenvolvimento econômico do aluno.
d) O desenvolvimento afetivo do aluno.
e) O nível de desenvolvimento real do aluno.
122/192
Questão 4
4. O que significa zona de desenvolvimento proximal?
a) Condição neurofisiológica.
b) Desempenho escolar.
c) Processo de aprendizagem do aluno.
d) Condição social.
e) Desenvolvimento potencial.
123/192
Questão 5
5. A aprendizagem de habilidades envolvendo cálculo favorece principal-
mente:
a) O desenvolvimento do pensamento lógico.
b) As habilidades de leitura e escrita.
c) O desenvolvimento real do aluno.
d) O desenvolvimento afetivo.
e) O desenvolvimento da memória.
124/192
Gabarito
1. Resposta: A. 4. Resposta: C.
Segundo a definição do DSM-V (APA, 2014), Zona de desenvolvimento proximal refere-
a discalculia trata-se de um problema em -se ao processo de aprendizagem do aluno.
relação ao processamento de informações
numéricas. 5. Resposta: A.
3. Resposta: E.
No processo de aprendizagem, é muito im-
portante que o ponto de partida do professor
seja sempre o desenvolvimento real do alu-
no.
125/192
Unidade 6
A disortografia e suas possibilidades de intervenção
Objetivos
• Caracterizar a disortografia.
• Apresentar as principais causas da disortografia.
• Destacar a importância do contato com a leitura e a escrita para superar os problemas de
escrita.
• Apontar alguns caminhos para promover o desenvolvimento da escrita.
126/192
Introdução
Link
Atualmente há vários livros e contos clássicos em domínio público que podem ser acessados e uti-
lizados em suas intervenções, por exemplo, os textos de Machado de Assis. Disponível em: <http://
machado.mec.gov.br/>. Acesso em: 19 maio 2017.
Link
Convido você a aprofundar seu conhecimento em relação ao papel da leitura e da escrita na cons-
tituição do aluno, você pode consultar o artigo, disponível em: <https://www.researchgate.
net/profile/Vera_Souza3/publication/262556165_Once_upon_a_time_there_was_a_si-
xth_grade_class_Studying_teenagers’s_imagination_in_school_context/links/56eff-
1d708ae01ae3e70e7ad.pdf>. Acesso em: 18 maio 2017.
137/192
Considerações Finais
138/192
Referências
TULESKI, S. C.;et al.. Aquisição da linguagem escrita e intervenções pedagógicas: uma aborda-
gem histórico-cultural. Fractal: revista de psicologia, v. 24, n. 1, p. 27-44, 2012.
VYGOTSKY, L. S. Desarrollo de las funciones psíquica superiores en la edad de transición. In: Obras
escogidas IV - Psicologia Infantil. 2. ed. Madrid: Visor y A. Machado Livros, p. 117-203, 2006.
Aula 6 - Tema: A Disortografia e suas Possibili- Aula 6 - Tema: A Disortografia e suas Possibili-
dades de Intervenção. Bloco I dades de Intervenção. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/6b82aaab13d63b391eae41f12a652762>. 1d/118a2726431e4d70acce462ef267c4f6>.
141/192
Questão 1
1. A disortografia é um problema que afeta:
a) A escrita.
b) A leitura.
c) A escrita e a leitura.
d) O desenvolvimento motor.
e) As funções psicológicas.
142/192
Questão 2
2. Em relação ao desenvolvimento da escrita, quais seriam suas principais
funções?
a) O desenvolvimento psicológico e afetivo.
b) A Comunicação social e desenvolvimento interpessoal.
c) A comunicação social e o desenvolvimento das funções psicológicas.
d) O desenvolvimento socioafetivo e comunicação.
e) O desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
143/192
Questão 3
3. Em relação ao processo de apropriação da escrita, é possível afirmar
que seu início ocorre:
a) No processo escolar.
b) Aproximadamente com sete anos de idade.
c) Quando criança aprende as letras.
d) d) Começa bem antes da escrita alfabética.
e) e) Antes do desenvolvimento da fala oral.
144/192
Questão 4
4. Quais são os principais recursos de escrita da criança antes da escrita
alfabética:
a) Rabiscos e desenhos.
b) Palavras.
c) Gestos.
d) Fala.
e) Expressões corporais.
145/192
Questão 5
5. Para promover o desenvolvimento da escrita, é importante investir em
práticas que:
146/192
Gabarito
1. Resposta: A. 4. Resposta: A.
A disortografia é um problema que afeta Os principais recursos utilizados pela crian-
especificamente a escrita. ça antes da escrita alfabética são os rabis-
cos e o desenho.
2. Resposta: C.
5. Resposta: D.
A escrita tem como principal função favo-
recer a comunicação social e o desenvolvi- Para favorecer o desenvolvimento da escri-
mento das funções psicológicas superiores, ta, é importante o contato com as diversas
como o pensamento, a memória etc. formas de leitura e escrita.
3. Resposta: D.
No processo de desenvolvimento da escrita,
seu início é anterior ao aprendizado da es-
crita alfabética propriamente dito, uma vez
que a criança se utiliza de outros recursos
de comunicação escrita.
147/192
Unidade 7
A psicomotricidade e suas possibilidades de intervenção
Objetivos
148/192
Introdução
Link
Conheça mais a história de Stephen Hawking,
acessando sua biografia no link a seguir. Dispo-
nível em: <https://www.ebiografia.com/ste-
phen_hawking/>. Acesso em: 30 maio 2017.
160/192
Considerações Finais
• A psicomotricidade é uma forma de trabalho que favorece tanto os alunos com pro-
blemas ou distúrbios de aprendizagem quanto os sem nenhuma dificuldade em seu
processo de escolarização.
• Necessidade de considerar o aluno por inteiro, considerando sua dimensão cogniti-
va, afetiva e corporal no processo de aprendizagem.
• Necessidade de as escolas criarem mais oportunidades de expressão corporal.
• Importância de ressignificar o papel do corpo nos processos de aprendizagem.
• A psicomotricidade como forma de trabalho coletivo.
161/192
Referências
Aula 7 - Tema: A Psicomotricidade e suas Possi- Aula 7 - Tema: A Psicomotricidade e suas Possi-
bilidades de Intervenção. Bloco I bilidades de Intervenção. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
e13203139ef906627f48a117870c7d16>. cb1a8afa8fa95669f5e6a0d5b4cb0fb8>.
163/192
Questão 1
1.A psicomotricidade significa a ciência que estuda:
a) O organismo humano.
b) O psicológico.
c) O desenvolvimento neurológico.
d) As relações afetivas.
e) O corpo em movimento.
164/192
Questão 2
2. A psicomotricidade sustenta-se em três princípios básicos que consti-
tuem o sujeito:
a) Motor, intelecto e afeto.
b) Emoção, razão e paixão.
c) Cognição, aprendizagem e desenvolvimento.
d) Movimento, emoção e corpo.
e) Relações interpessoais, cognição e aprendizagem.
165/192
Questão 3
3. Para Wallon (MAHONEY e ALMEIDA, 2005), quais são os conjuntos fun-
cionais que integram a pessoa?
a) Intelecto, pensamento e afeto.
b) Afetivo, intelecto e paixão.
c) Motor, afetivo e cognição.
d) Motor e afetivo.
e) Intelecto e paixão
166/192
Questão 4
4. Qual é um dos principais desafios da psicomotricidade?
167/192
Questão 5
5. A psicomotricidade faz uma crítica quanto aos processos de aprendiza-
gem, com a justifica de que:
a) A escola focaliza somente o desenvolvimento cognitivo.
b) A escola não favorece a socialização.
c) A escola não favorece o aprendizado escolar.
d) A escola focaliza somente o afetivo.
e) A escola focaliza somente o aspecto neurológico.
168/192
Gabarito
1. Resposta: E. 4. Resposta: E.
2. Resposta: A. 5. Resposta: A.
3. Resposta: C.
169/192
Unidade 8
Aprendizagem e a neurociência
Objetivos
170/192
Introdução
Situação social de desenvolvimento foi um termo Em alguns momentos deste curso, você
descrito por Vygotsky (1997) ao relatar a ação de pôde observar que é necessário não mini-
criar situações no contexto com a intencionalida- mizar os problemas e distúrbios de aprendi-
de de promover o desenvolvimento humano. zagem a uma condição neurológica, indivi-
dualizando o problema no aluno. Na maio-
ria das vezes, os problemas e distúrbios de
Na maioria dos problemas e distúrbios de
aprendizagem são de ordem social, relacio-
aprendizagem que foram apresentados ao
nados ao modo como os processos de ensi-
longo deste curso, suas definições apoia-
no-aprendizagem acontecem no ambiente
vam-se na compreensão neurológica, as-
escolar. Este é um dos principais problemas
sociados a uma disfunção cerebral. Neste
na educação: transformam problemas que
sentido, a neurociência se destaca na ex-
são sociais, resultantes de toda uma com-
plicação sobre os problemas e distúrbios de
plexidade do modo como os processos de
aprendizagem (CAPOVILLA; VALLE, 2011;
ensino-aprendizagem acontecem no in-
ROTTA; OHSWEILER; RIESGO, 2006). Entre-
terior da escola, em problemas individuais
tanto, este cenário precisa ser repensado
(MOYSES; COLLARES, 2013). Tal fenômeno
177/192 Unidade 8 • Aprendizagem e a neurociência
não acontece somente com os alunos, mas vas, práticas e intervenções que favoreçam
também com professores. a potencialização da aprendizagem de cada
Nas formações de professores é possível pessoa, independentemente de sua condi-
ver o quanto a maioria está cansada de dis- ção física, social ou cognitiva.
cursos que colocam o problema de toda a
educação em seus ombros, justificando os
problemas escolares como sendo culpa da
incapacidade do professor. Refletir e ques-
tionar sobre os conhecimentos que visam
simplificar e individualizar os problemas de
aprendizagem é importante e faz-se neces-
sário.
Deste modo, encerro este curso com a re-
flexão de que os problemas e distúrbios de
aprendizagem são reais e existem, mas que
sua ação como profissional não deve res-
tringir-se apenas à busca pelo diagnóstico.
É necessário ir além, pensar em alternati-
178/192 Unidade 8 • Aprendizagem e a neurociência
Glossário
Sentimento de aversão: sentimento de antipatia, necessidade de afastamento em relação a
uma pessoa ou coisa.
Ressignificação: processo de atribuição de novos significados a algum determinado aconteci-
mento.
Cindir: dividir em duas partes ou mais.
180/192
Considerações Finais
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Referências
______. Obras escogidas: fundamentos da defectologia, tomo V, Madrid: Vysor Aprendizaje y Mi-
nisterio de cultura y ciencia, 1997.
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Questão 1
1. O trabalho com problemas e distúrbios de aprendizagem pode ser reali-
zado:
a) Individualmente ou em grupo.
b) Individualmente.
c) Em grupo.
d) Individualmente no contexto escolar.
e) Em escolas e centros especializados.
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Questão 2
2. No âmbito, afetivo quais são os impactos dos problemas e distúrbios da
aprendizagem?
a) Sentimento de potencialização.
b) Sentimento de satisfação.
c) Sentimento de fracasso frente ao processo de aprendizado.
d) Ressignificação do processo de aprendizagem.
e) Problemas associados ao aspecto motor.
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Questão 3
3. No âmbito cognitivo, quais são os impactos dos problemas e distúrbios
de aprendizagem?
a) Desmotivação.
b) Desinteresse e hiperatividade.
c) Falta de concentração.
d) Limitação do desenvolvimento neurológico
e) Limitação do desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
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Questão 4
4. Qual o papel da neurociência nos processos de aprendizagem?
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Questão 5
5. Qual é um dos principais problemas da neurociência?.
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Gabarito
1. Resposta: A.
Trabalho com problemas e distúrbios de aprendizagem pode ser realizado tanto individualmente
quanto em grupo.
2. Resposta: C.
Em relação aos problemas e distúrbios de aprendizagem, muitas vezes o sujeito vivencia o senti-
mento de fracasso frente a seu processo de escolarização.
3. Resposta: E.
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Gabarito
4. Resposta: D.
5. Resposta: A.
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