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agricultura de
baixa emissão de carbono
Brasília - DF
© 2014 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
4ª edição. 2014
Tiragem: 3000 exemplares
Equipe técnica: Caio Márcio Vasconcellos Cordeiro de Almeida, Fernando Antônio Teixeira
Mendes, Manfred Willy Müller e Paulo Gil Gonçalves de Matos
Catalogação na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI
ISBN xxx-xx-xxxx-xxx-x
AGRIS F01
CDU 633.74
SUMÁRIO
06. ANEXOS.......................................................................................63
4
01.
OBJETIVOS DA IMPLANTAÇÃO
DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS
(SAF) COM CACAUEIROS
5
ao cultivo.
6
tação têm evidenciado vários benefícios de natureza ecológica para os
SAF contemplando o cacaueiro, destacando-se: I) possui os atributos de
sustentabilidade da floresta heterogênea no que se refere à proteção
dos solos tropicais contra os agentes de degradação; II) poder tampão
do sombreamento na proteção do cacaual frente a condições ecológicas
adversas; III) estabelecimento de mecanismos interativos como a fixação
simbiótica de nitrogênio por algumas leguminosas associadas ao cultivo;
IV) controle natural de plantas invasoras; V) aproveitamento racional dos
fatores espaço e luz; VI) reciclagem de nutrientes (Müller e Gama- Ro-
drigues, 2007) e VII) compartilhamento residual de fertilizantes exógenos
(Alvim, 1977; Alvim, 1989).
7
8
02.
BOTÂNICA E CARACTERÍSTICAS
DA PLANTA
9
sobre o crescimento e a produtividade do cultivo depende, em grande
parte, da constituição genética que determina as características fisiológicas
e morfológicas da planta.
Para algumas escolas de pesquisa, as necessidades ecológi-
cas para os cultivos são mais bem estudadas nos centros de origem das es-
pécies. Para outras, é mais útil estudar o crescimento das plantas em áreas
onde foram introduzidas, especialmente quando se desenvolvem melhor
do que no centro de origem. Neste sentido, dentre os fatores climáticos,
a temperatura é fator crítico para o crescimento do cacaueiro. O regime
pluviométrico, apesar de sua importância, pode ser suplementado com
irrigação. A radiação solar e a umidade relativa do ar também interferem
nos mecanismos fisiológicos da planta, contudo, não impõem limitações
ecológicas ao seu cultivo, devido à possibilidade do controle destes fatores
através de manejo do sombreamento (Müller e Valle, 2007).
Características da Planta
10
O cacaueiro é uma planta que, em sistema de cultivo, pode
atingir 3 a 5m de altura e 4 a 6m de diâmetro da copa, quando provenien-
te de semente. Em conseqüência dos fatores ambientais que influenciam
no crescimento estas dimensões podem ser ultrapassadas.
O sistema radicular consta de uma raiz pivotante que tem
o seu comprimento e forma variando de acordo com a estrutura, textura e
consistência do solo. Em solos profundos com boa aeração constatou- se
um crescimento da raiz pivotante de até 2m. As raízes secundárias estão
localizadas em maior número na parte superior da pivotante e afastam-se
desta de 5 a 6 metros. Estas raízes são responsáveis pela nutrição da planta
e geralmente encontram-se de 70 a 90% nos primeiros 30cm do solo.
11
minóides, cinco estames e um pistilo cujo ovário possui cinco lojas.
12
epidérmico exterior pode estar pigmentado, o mesocarpo, que é delgado
e duro, mais ou menos lignificado, e o endocarpo, que é carnoso, mais ou
menos espesso. O fruto está sustentado por pedúnculo lenhoso, prove-
niente do engrossamento do pedicelo da flor. Normalmente, os frutos
quando jovens apresentam coloração verde, e amarela quando maduros.
Outros são de cor roxa (vermelho-vinho) na fase de desenvolvimento e
alaranjado no período de maturação.
13
Na Região Amazônica, em condições naturais na flores-
ta, existem áreas, principalmente as de várzea, cujo os proprietários
já estão na 3ª geração de familiares que manejam a mesma lavoura
cacaueira (Silva Neto, et al., 2001).
14
03.
A CACAUICULTURA BRASILEIRA
15
sementes do grupo Amelonado– Forastero de um colonizador francês, Luiz
Frederico Warneau, do Pará, e introduziu o cultivo na Bahia. O primeiro
plantio nesse Estado foi feito na fazenda Cubículo, às margens do rio Par-
do, no atual Município de Canavieiras. Em 1752 foram feitos plantios no
Município de Ilhéus.
Sabe-se hoje que o cacau é originário do continente ame-
ricano, provavelmente das bacias dos rios Amazonas e Orenoco, de onde
se espalhou por toda região e onde ainda se encontram algumas espécies
em estado nativo.
16
a técnica eram pouco notados porque a tecnologia na região estava ainda
por ser introduzida.
Pará 2 7
Amazonas 0,16 2
Outros 3 0,25
TOTAL 231 416
Fonte: CEPLAC, 1977.
17
3.2 - A Cacauicultura no Brasil Hoje
A cacauicultura brasileira está distribuída nas regiões
Nordeste (Bahia), Sudeste (Espírito Santo), Centro-Oeste (Mato-Grosso)
e Norte (Pará, Rondônia e Amazonas), conforme ilustrado na Figura 1.
AMAZONAS
PARÁ
RONDÔNIA
LÉGENDE
BRASÍLIA
DIRET
SUEBA ESPÍRITO
SANTO
SUERO
SUEPA
GEREM
GERAM
GERES
Brasil 196.788 185.662 174.796 170.004 196.005 208.620 199.412 201.651 216.749 218.487 235.389 248.524 253.211
Rondônia 17.293 15.780 16.248 17.855 18.592 19.719 15.720 15.720 16.112 17.485 17.486 15.570 16.314
19
Amazonas 1.224 1.034 1.358 1.232 1.202 1.195 1.432 917 905 869 3.236 3.767 4.606
Pará 28.278 29.028 34.069 31.524 32.804 38.119 36.595 43.207 52.579 54.216 59.537 63.799 67.299
Bahia 137.568 126.812 110.205 110.654 136.155 137.459 135.925 133.943 139.331 137.929 148.254 156.289 159.432
E.Santo 11.305 11.722 11.722 8.477 6.944 11.782 9.470 7.467 7.474 7.580 6.101 8.101 4.879
M.Grosso 1.020 1.173 1.061 198 244 265 270 308 348 300 647 687 576
Local/Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Brasil 705.965 665.809 582.315 590.945 638.825 625.384 647.135 628.928 665.175 635.975 660.711 680.484 684.333
Rondônia 33.371 26.896 27.024 28.025 29.008 32.625 26.119 26.119 26.417 28.891 28.891 28.670 30.155
Amazonas 2.521 2.088 2.348 2.212 2.459 2.107 2.038 1.687 1.663 1.087 7.808 9.901 10.712
Pará 38.879 38.677 41.536 51.280 50.825 51.727 57.462 64.328 68.327 70.279 81.764 85.041 88.267
Bahia 606.835 574.586 487.791 487.542 535.072 517.583 539.946 515.172 547.244 513.935 519.990 533.315 532.074
E.Santo 21.356 20.531 20.531 21.286 20.702 20.723 20.795 20.816 20.831 20.793 21.023 22.035 22.086
M.Grosso 2.870 2.898 2.900 453 542 562 607 638 703 806 1.067 1.354 871
20
3.2.3 - Produtividade
Local/Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Brasil 279 279 300 288 307 334 308 321 326 343 356 365 370
Rondônia 518 587 601 637 641 604 602 602 610 605 605 550 541
Amazonas 486 495 578 557 489 567 703 544 544 799 414 380 430
Pará 727 751 820 615 645 737 637 672 770 771 728 750 762
Bahia 227 221 226 227 254 266 252 260 255 268 285 293 300
E.Santo 529 571 571 398 335 569 455 359 359 364 290 368 221
M.Grosso 355 405 366 437 450 472 445 483 495 372 606 507 661
21
22
04.
CULTIVO DO CACAUEIRO EM
SISTEMAS AGROFLORESTAIS
23
abandonadas em decorrência de agricultura nômade; III) necessidade
de produzir alimentos para a região e IV) aproveitamento de áreas
decorrentes de pastagens degradadas (Brienza Junior, 1982).
O cacaueiro é uma planta que tolera associação com ou-
tros vegetais, para dispor de sombreamento tanto na fase de estabeleci-
mento como na fase produtiva. Essa característica do cultivo tem permiti-
do o desenvolvimento de diversos sistemas mistos nos países produtores
de cacau, desde os relativamente primitivos e empíricos, utilizados por
pequenos produtores, até os mais modernos e tecnificados, nos quais as
espécies consortes são também integrantes econômicos (Alvim, 1989).
Nas Américas, o mais comum é uma mescla de árvores de sombra em sis-
temas multiestratos, bastante diversificados do ponto de vista biológico e
econômico, incluindo espécies madeireiras, frutíferas e outras.
24
Nessa ótica, sugere-se que o cacaueiro integrante dos
SAF seja considerado um componente socioeconômico e ecológico
apropriado para reduzir a pressão antrópica sobre a cobertura vegetal
original da Amazônia Legal, possibilitando a incorporação ao processo
produtivo de parte dos milhares de hectares transformados em ‘capoei-
ras’ pelo mau uso da terra.
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MODELO 1: CONSORCIAÇÃO DE CACAUEIROS
E ESSÊNCIAS FLORESTAIS
Os cacaueiros jovens são associados provisoriamente com
uma espécie fornecedora de sombreamento e alimento, geralmente a
bananeira, enquanto cresce uma mescla de espécies do sombreamento de-
finitivo de importância regional, constituída prioritariamente de: bandarra
(Schizolobium amazonicum), mogno (Swietenia macrophylla), cedro-rosa
(Cedrela odorata), ipê-roxo (Tabebuia avellanidae), garrote (Bagassa guianen-
sis), corindiba (Trema micrantha), castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa),
freijó-louro (Cordia odorata), andiroba (Carapa guianensis), jatobá (Hyme-
naea courbaril), cumaru-ferro (Dipterix alata), dentre outras. Recomenda-se
o plantio de bananeiras das variedades: Prata, Roxa, Terra, Caipira, FHIA-01,
FHIA-18 e FHIA-21, por serem mais resistentes às pragas e doenças. Nas re-
giões com dificuldades para aquisição de mudas de bananeiras recomenda-
-se como sombreamento provisório a utilização de mandioca, macaxeira,
feijão-guandu ou mamona, no espaçamento de 1,0 x 1,0 m, ou de 1,5 x 1,5
m, devidamente manejado para evitar o excesso de sombra (Matos, 2001).
26
cacaueiros. As espécies lenhosas são estabelecidas em diferentes espaça-
mentos, predominando 15,0 x 15,0 m; 18,0 x 18,0 m; 21,0 x 21,0 m e
24,0 x 24,0 m, com uma planta no cruzamento das diagonais, entre qua-
tro cacaueiros. Apresenta densidade populacional de 1.111 cacaueiros/ha
e de 44 plantas de sombreadoras/ha, quando adotado o espaçamento de
15,0 x 15,0 m. (Figura 2)
MODELO 1
+ 3,0 m + + + + + + + + + + + + + + +
3,0 m
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
15,0 m
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
15,0 m
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
27
Figura 2. Croqui e planta baixa do Sistema Agroflorestal cacau (+) e essências Florestais ( )
MODELO 2: CONSORCIAÇÃO DE CACAUEIROS
E PUPUNHEIRAS EM RENQUES
Constitue-se em zonas de plantios de dez fileiras de ca-
caueiros, no espaçamento de 3,0 x 2,5 m, alternadas com três fileiras de
pupunheiras, no espaçamento de 2,0 x 1,5 m, no sentido leste-oeste. Entre
as espécies consortes mantém-se a distância de 3,0 m. As fileiras triplas de
pupunheiras se distanciarão uma da outra em 33,0 m. O adensamento das
pupunheiras tem por objetivo principal a exploração de palmito, recomen-
dando-se a utilização de variedades sem espinho para facilitar o manejo
cultural. Adicionalmente, esse adensamento fornece também proteção
aos cacaueiros contra ventos. O sombreamento provisório dos cacaueiros
jovens é fornecido pelas bananeiras plantadas na mesma distância e nas
mesmas fileiras dos cacaueiros.
28
MODELO 2
2,5 m
+ + + + + + + + + +
7,5 m 18,0 m
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
15,0 m
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + +
Figura 3. Croqui e planta baixa do consórcio cacau e pupunha em renques – cacau (+), pupunha ( ) essências florestais ( )
29
MODELO 3: CONSORCIAÇÃO DE CACAUEIROS
E CAFEEIROS EM RENQUES
Constitui-se de zonas de plantios, de cacaueiros inter-
caladas com zona de cafeeiros. As zonas de plantios dos cacaueiros e
cafeeiros são estabelecidas dez fileiras/bloco, no espaçamento de 3,0 x
2,0 m, no sentido leste-oeste. Entre tais zonas de plantio é estabelecida
uma fileira simples da espécie arbórea Tectona grandis (teca), como
componente fornecedor de sombra lateral, no espaçamento de 2,5 m
entre plantas e 3,0 m entre faixas de consortes. As fileiras simples de teca
se distanciarão uma da outra em 33,0 m (Figura 4).
30
MODELO 3
2,0 m
2,0 m
2,0 m
2,5 m
2,5 m
. .
2,5 m
. . . . . . . .
5,0 m
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .
7,5 m 18,0 m
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
. .
15,0 m
+ + + + + + + + + + . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
+ + + + + + + + + + . . . . . . . . . .
.
Figura 4 - Croqui e planta baixa do consórcio de cacau e café em renques: cacau (+), café ( ), teca ( ) e essências florestais ( )
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MODELO 4: CONSORCIAÇÃO DE CACAUEIROS
E TECA EM RENQUES
Constituem-se em zonas de plantios de dez fileiras de ca-
caueiros, no espaçamento de 3,0 x 3,0 m, alternadas com três fileiras de
teca, no espaçamento de 3,0 x 3,0 m, no sentido leste-oeste. Entre as
espécies consortes mantém-se a distância de 3,0 m. As fileiras triplas de
teca se distanciarão uma da outra em 33,0 m. O sombreamento provisório
dos cacaueiros jovens é fornecido pelas bananeiras plantadas na mesma
distância e entre quatro cacaueiros.
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MODELO 4
3,0 m 3,0 m
3,0 m
3,0 m
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
7,5 m 18,0 m
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
15,0 m
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + +
Figura 5. Croqui e planta baixa do consórcio cacau e teca em renques: cacau (+); teca ( ); essências florestais ( ).
33
4.3 - Recomendações Técnicas
34
degradadas em SAF com cacaueiros. Em geral, os solos de tais áreas se
encontram em diferentes níveis de compactação, havendo necessidade do
uso de tratores ou de animais adestrados para arar e gradear a terra. Em
seguida, será preciso um controle mais sistemático de ervas daninhas, es-
pecialmente daquelas geradas a partir do banco de sementes de gramíne-
as, tendo-se, provavelmente, que fazer uso de herbicidas. Nessas circuns-
tâncias, a não adoção das recomendações aqui apresentadas poderá levar
o empreendimento a poucas chances de sucesso.
35
A altura do viveiro deve permitir que um homem de esta-
tura média caminhe normalmente e, para tanto, recomenda-se utilizar es-
teios de 2,5 m, os quais devem ser dispostos de 3,0 em 3,0 m. Para cober-
tura do viveiro utilizar palhas de palmeiras estendidas sobre fios de arame,
de modo a permitir 50% de entrada de luz. Utilizar também palhas nas
laterais do viveiro para proteger as mudas da ação de ventos e de animais.
Sua construção deve ocorrer imediatamente após o preparo do terreno.
4.3.4 - Plantio
36
Além do sombreamento provisório já formado, outro fator
importante é realizar o plantio das mudas de cacau, com idade de dois a
seis meses, em pleno período chuvoso, de modo que haja tempo suficien-
te para adaptação às novas condições ambientais, diferentes daquelas do
viveiro. Em casos excepcionais, as mudas podem ainda ser transplantadas
com antecedência de dois meses do período seco, nesse caso, preferindo-
-se mudas de quatro a seis meses. As mudas que morrerem ou apresen-
tarem problemas de desenvolvimento deverão ser substituídas ainda no
mesmo ano.
37
ras, pois seu sistema radicular é bastante superficial e pode ser facilmente
lesado por essa prática, portanto, recomenda-se apenas roçagens peri-
ódicas ou aplicação de herbicidas para eliminação das plantas daninhas
mais agressivas. No cultivo do cacaueiro, esse controle é indispensável na
fase juvenil, principalmente se o sombreamento provisório estiver defi-
ciente, e deverá persistir até que a plantação de cacau atinja a condição
de “bate-folha”. Nas demais espécies consortes normalmente são neces-
sárias de três a quatro roçagens por ano.
Coroamento
Desbrota
Consiste na eliminação periódica das brotações ortotró-
picas, ou seja, os “ramos chupões”, que surgem no tronco das plantas
jovens. O principal objetivo da desbrota é manter a planta em boas condi-
ções vegetativas, pela retirada dos brotos indesejáveis, assim como, o de
dar à mesma, a forma desejada.
Poda
38
Nos plantios consorciados a poda constitui-se em prática in-
dispensável, pois permite boa formação das plantas, evitando a concorrên-
cia entre as mesmas. Em cacaueiros jovens a poda de formação deve ser
evitada devido aos seus efeitos danosos à planta e conseqüente aumento
de lançamentos de brotos e chupões. O controle da altura da planta desde
a sua formação contribuirá futuramente para redução dos custos de con-
trole cultural da vassoura-de-bruxa.
Cobertura morta
Calagem e adubação
39
ideal aqueles que apresentam de média a alta fertilidade natural, com pH na
faixa de 6,0 – 6,5, onde ocorre disponibilidade máxima de muitos nutrientes.
Nas áreas cujos solos apresentam boa fertilidade natural os sistemas podem
ser implantados sem a aplicação de fertilizantes, sendo indispensável, entre-
tanto, o preparo de uma boa cova, conforme descrito anteriormente.
De maneira geral, as adubações constituem-se na aplica-
ção de quantidades e formulações adequadas de fertilizantes. Por isso,
recomenda-se que o produtor efetue previamente a coleta de amostras do
solo para análise desse material e de acordo com o resultado e orientação
técnica, efetuar a calagem e a adubação, que se constituem num dos fa-
tores importantes para o desenvolvimento e produção de culturas perenes.
Combate às pragas
40
necrosadas, dando origem à queima. Se o ataque for intenso,
ocorre a queda parcial ou total das folhas, caracterizando o
“emponteiramento”. Nos frutos, causa a “ferrugem” dificul-
tando o reconhecimento do seu estado de maturação. Têm
preferência por cacauais com excesso de sol.
Monalônio (Monalonium annulipes) – conhecido vulgar-
mente como “chupança”, sugam a seiva dos ramos novos,
frutos, pecíolo e folhas. Nos locais das picadas há o apa-
recimento de necrose. Se o ataque for intenso, há queda
das folhas, contribuindo para o complexo conhecido como
“queima” ou “morte descendente”. Nos frutos, há forma-
ção de pústulas (bexigas). Têm sido observado com frequên-
cia em cacauais a pleno sol.
41
ataque. Posteriormente, as larvas abrem orifícios de saída,
para empuparem no solo. Como controle recomenda-se
reunir os frutos atacados imediatamente após a colheita,
para evitar que as larvas penetrem no solo. Após a quebra
dos frutos, aplicar nos casqueiros o inseticida Thiodan 35 na
proporção de 300 ml do produto para 100 litros de água.
Não se recomenda pulverizar a lavoura.
Controle às enfermidades
42
(Almeida, 2001).
43
superfície da casca, podendo as sementes ser parcialmente ou totalmente
aproveitadas. No tronco surgem manchas escurecidas de forma arredon-
dada na superfície da casca, sintomas do cancro. Em viveiro, ocorre queima
das folhas e em seguida tombamento e morte das plântulas.
O controle cultural da podridão parda consiste na remo-
ção dos frutos infectados e da amontoa dos mesmos. Deve ocorrer
no período de maior frutificação do cacaueiro e também em agosto/
setembro por ocasião do controle cultural da vassoura-de-bruxa. Em
caso de excesso de umidade e de sombreamento, fazer drenagem
e raleamento das árvores de sombra. Na Amazônia, o controle químico
da vassoura-de-bruxa servirá também para controlar a podridão parda.
Colheita
Deve-se planejar colher frutos exclusivamente maduros,
pois somente estes possuem açúcares em quantidade adequada para uma
boa fermentação das sementes.
44
Quebra
Após a colheita os frutos são reunidos em montes para se
proceder a quebra, a qual poderá ser realizada até cinco dias depois. Na
quebra recomenda-se utilizar um pedaço de facão chamado de cutelo, que
não deve ser amolado para não danificar as sementes, que são desprendi-
das da placenta e depositadas em caixas de madeira ou baldes de plástico.
Fermentação
É a fase mais importante do beneficiamento das sementes
pois é responsável pelo início da formação dos precursores do sabor e
aroma de chocolate. As sementes que não fermentam adequadamente
fi cam com os cotilédones compactos, de cor violácea, gerando o defeito
“amêndoas ardósias”, que apresentam sabor amargo, adstringente e ele-
vada acidez. A fermentação é processada em caixas de madeira denomina-
das cochos, que poderão ter as seguintes especificações:
Cochos Cacauais superiores a 10ha Cacauais com até 10ha
Largura (m) 1,20 0,60
45
Comprimento (m)* Variável Variável
* De acordo com o volume de produção
Secagem
46
Tem por finalidade eliminar o excesso de umidade da amên-
doa. Após a fermentação, a amêndoa contém mais de 50% de umidade,
teor que deve ser reduzido para menos de 8% para um armazenamento
seguro do produto.
Na Amazônia, o mais comum é processar a secagem por
meio natural utilizando-se barcaças, lonas impermeabilizadas, lonas plásticas
ou mesmo o terreirão para secagem de café. A massa de cacau fermentada
é espalhada no lastro e revolvida com o auxílio de um rodo de madeira, com
o intuito de expor as amêndoas à radiação solar, nas mais diversas posições.
Essa massa deve ter espessura de no máximo 5 cm para melhor revolvimen-
to, que nos primeiros dias deve ser de 30 em 30 minutos. Durante à noite
dos primeiros dias deve-se juntar as amêndoas em montículos para reduzir a
superfície de exposição, evitando-se a proliferação de mofo branco externo.
Dependendo das condições climáticas a secagem se completará ao final de
seis a dez dias.
47
tratar de amêndoas ricas em gordura, evitar o armazenamento com pro-
dutos que exalem fortes odores tais como inseticidas, fungicidas, tintas,
pimenta-do-reino, dentre outros.
4.4 - Produtividade Estimada das Espécies
Consortes
Produtividade é um dos atributos importantes que ca-
racterizam quase todos os SAF (Krishnamurthy e Ávila, 1999). No contex-
to deste trabalho consideraram-se apenas os rendimentos proporcionados
pelo cacaueiro e pelas espécies consortes: pupunheira e cafeeiro, descon-
siderando aqueles dos cultivos de ciclo curto implantados nas entrelinhas e
das espécies de sombra provisória (bananeira, mandioca).
48
versos agrossistemas. Portanto, ele representa segurança para o produtor
rural no momento de planejar rendimentos e/ou amortização de dívidas
nos casos de financiamento bancário. Algumas informações foram adap-
tadas em razão do material genético e da densidade de plantas utilizados.
Tabela 6 Níveis de produtividade estimados para as espécies
consortes em diferentes sistemas agroflorestais.
49
Na consorciação de cacaueiros e teca em renques prevê-se
realizar dois desbastes nas fileiras de teca objetivando propiciar maior
espaço e melhores condições de crescimento às plantas remanescen-
tes: aos sete e aos catorze anos. No primeiro desbaste, quando já terá
ocorrido mortalidade de 5% do estande original por diversos fatores, ou
seja, perdas de 13 plantas, serão eliminadas 20% das remanescentes, isto
é, 49 indivíduos, os quais deverão apresentar aproveitamento de 4,9 m3
de madeira em tora/ha, para uso em cercas e geração de energia. No se-
gundo desbaste, serão eliminadas 20% das plantas remanescentes, ou
seja, 39 indivíduos, os quais deverão apresentar rendimento de 25,4 m3
de madeira/ha para uso mais rentável em peças em geral. Após os des-
bastes citados, o espaçamento que permanecerá entre as plantas de teca
é impreciso em razão da escolha dos componentes a serem eliminados,
considerando conformação de fuste e de copa, diâmetro e altura. Assim,
estima-se a permanência de 155 plantas de teca no corte final, aos vinte
anos, as quais deverão apresentar rendimento de 248,0 m3 de madeira/
ha, para uso mais nobre na fabricação de móveis, portas, indústria naval, e
outros. Em síntese, tal sistema de produção propiciará rendimento médio
acumulado de 278,3 m3 de madeira de teca em tora/ha.
4. 5 - Considerações Financeiras
51
forma sistemática, apresentam boas condições fitossanitárias, dispen-
sando, portanto, a aplicação de fungicidas.
52
receita mensal para o produtor rural de R$ 2.438,74 ou cerca de 3,37 salários
mínimos, valor este (R$ 724,00) atualmente vigente no Brasil.
53
a rentabilidade dos SAF propostos poderá ser maximizada se o produtor
rural estiver melhor organizado e auferindo melhores preços pela madeira
comercializada, preços esses atualmente bastante aviltados, por se consi-
derar que o corte da madeira será feito pela madeireira interessada.
Finalmente, há necessidade de submeter os SAF em foco à
análise econômica mais detalhada, incluindo informações desde o preparo
de área até a exploração de madeira das espécies sombreadoras. Em ane-
xo, croquis, plantas baixas e índices técnicos para implantação e manuten-
ção de 1,0 hectare dos SAF propostos.
54
Cacaueiros x Mescla 204,0 153,002 31.212,00
Tecas Teca 1.240,0 350,003
434.000,00
1
Mescla de espécies de importância regional (angelim-pedra, bandarra, cambará, cumaru, cupiúba, garapa, ipê-
roxo, jataí, oiticica, pau d’alho, tauari, dentre outras);
2
Estimativa de preço médio pago ao produtor rural, na propriedade, independentemente da espécie.
3
Estimativa de preço médio pago ao produtor rural, na propriedade, considerando valores praticados em Ji-Paraná,
Rondônia e Alta Floresta, Mato Grosso.
CALENDÁRIO AGRÍCOLA PARA O CULTIVO DO CACAUEIRO NA
AMAZÔNIA
55
õ Poda fitossanitária (remoção de ‘‘vassouras’’) § Durante o período seco (normalmente em agosto e setembro)
56
Quadro 1 Dados climáticos dos principais municípios produtores de
cacau na Amazônia Brasileira. Valores médios da precipi-
tação pluvial (PP), retenção hídrica R.H. 125mm, deficiên-
cia (DEF) e excedentes (exced) hídricos no solo (mm).
JUN 22 24 0 97 0 0 167 93 22 56
JUL 8 48 0 64 4 0 123 75 6 24
AGO 29 58 0 49 25 0 78 58 14 54
SET 104 8 0 60 34 0 98 41 121 98
OUT 152 0 0 85 26 0 135 85 237 148
57
58
05.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
59
ALMEIDA, C. M. V. C. de; MENDES, F. A. T.; MÜLLER, M. W.; MATOS, P. G.
G. de. 2011. Implantação do cacaueiro em sistemas agroflorestais.
Brasília, CEPLAC. 63p.: il.
ALVIM, P. de T. 1977. Cacao. In______and Kozlowski, T.T., eds. Ecophysio-
logy of cacao crops. New York, Academic Press. pp. 279-313.
MENDES, A.C. de B. 2001. Manejo das pragas. In: Silva Neto, P.J. da et al.
Sistema de produção de cacau para a Amazônia brasileira. Belém,
CEPLAC. pp.48-63.
60
zación para Estudio Tropicales. 622p.
SILVA NETO, P.J. da; MATOS, P.G.G. de; MARTINS, A.C. de S. e SILVA, A. de
P. 2001. Sistema de produção de cacau para a Amazônia brasileira.
Belém, CEPLAC. 125p.
SCERNE, R.M.C.; SANTOS, M.M. dos; NETO, F.A. . 1996. Aspectos agro-
climáticos da região de Ouro Preto D’Oeste(RO). Belém: CEPLAC/
SUPOR/SEPES. Boletim Técnico, nº13, 32p.
SANTOS, M.M. dos; DIAS, A.C.; SCERNE, R.M.C.. 1988. Estudo das possi-
bilidades de ampliação do pólo cacaueiro do norte do Mato Grosso.
61
Belém: CEPLAC/SUPOR, 16p.
63
ANEXO 1 (Modelo 1, pág. 26 e 27)
Coeficientes técnicos para implantação e manutenção (até o sexto ano) de 1,0 hectare
de sistema agroflorestal cacaueiros e essências florestais: cacaueiros (3,0 x 3,0 m – 1.111 plantas) e
essências florestais (15,0 x 15,0 m – 44 plantas)
MÃO-DE-OBRA
Especificação para cacaueiros e
TOTAL
Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI
essências florestais
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Limpeza e preparo da área 15 d/h 15
Roçagem 20¹ d/h 24² d/h 24² d/h 21³ d/h 21³ d/h 104 d/h 120
Replantio 1,5 d/h 1,5
Controle de pragas 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 12
Desbrota dos cacaueiros 3 d/h 3 d/h 3 d/h 3 d/h 3 d/h 15
Manejo do sombreamento
14 d/h 14 d/h 4 d/h 32
provisório
Inseticida 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 Ll 6L
Calcário 1,5 t 1,5 t
Adubo químico (N-P-K) 116 kg 250 kg 300 kg 300 kg 300 kg 300 kg 1566 kg
Espalhante adesivo 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 6L
MÃO-DE-OBRA
Especificação para cacaueiros e
Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
essências florestais
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Limpeza e preparo da área 15 d/h 15
Calagem de toda a área 1,5 d/h 1,5
Roçagem 20¹ d/h 24² d/h 24² d/h 21³ d/h 21³ d/h 10 4 d/h 120
Replantio 1,5 d/h 1,5
Controle de pragas 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 12
Desbrota dos cacaueiros 3 d/h 3 d/h 3 d/h 3 d/h 3 d/h 15
Manejo do sombreamento provisório 14 d/h 14 d/h 4 d/h 32
Mudas de bananeira(sombra
1,2 mil 1,2 mil
provisória)
Inseticida 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 6L
Calcário 1,5 t 1,5 t
Adubo químico (N-P-K) 120 kg 260 kg 310 kg 310 kg 310 kg 310 kg 1620 kg
Espalhante adesivo 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 6L
Facão 2 und 2 und 2 und 6 und
Podão 2 und 2 und 2 und 2 und 8 und
1- Valor básico(vb) - Refere-se aos valores básicos (R$) prevalecentes em cada região para análises de amostras de solo e transporte de insumos agrícolas
ANEXO 2B (Modelo 2, pág. 28 e 29)
Coeficientes técnicos para implantação e manutenção (até o sexto ano) de 1,0 hectare
de sistema agroflorestal cacaueiros, pupunheiras e essências florestais: cacaueiros (3,0 x 2,5 m – 1.081
plantas), pupunheiras (2,0 x 1,5 m – 540 plantas) e essências florestais (12,0 x 10,0 m – 36 plantas)
MÃO-DE-OBRA
Especificação para pupunheiras Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
Quant. Unid. Quant Unid. Quant Unid. Quant. Unid. Quant Unid. Quant. Unid.
TOTAL 14 3 6 9 13 13 58
INSUMOS/SERVIÇOS
Especificação para pupunheiras Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Mudas de pupunha 650 und 650 und
Cloreto de potássio 30 kg 30 kg 30 kg 30 kg 30 kg 30 kg 180 kg
MÃO-DE-OBRA
Especificação para
cacaueiros, tecas e Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
essências florestais
Quant. Unid. Quant Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Coveamento,adubação e plantio de
12 d/h 12
cacaueiros e tecas
Roçagem 20¹ d/h 21² d/h 21² d/h 18³ d/h 18³ d/h 154 d/h 113
Replantio 1,5 d/h 1,5
Inseticida 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 6L
MÃO-DE-OBRA
Especificação para cafeeiros Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
INSUMOS/SERVIÇOS
Especificação para cafeeiros Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Sacaria 10 und 15 und 20 und 20 und 65 und
Mudas de café 1,1 mil 1,1 mil
Adubo químico (N-P-K) 125 kg 125 kg 125 kg 125 kg 125 kg 625 kg
Inseticida 2 L 2 L 2 L 2 L 2 L 10 L
Fungicida 5 kg 5 kg 5 kg 5 kg 5 kg 25 kg
Cloreto de potássio 34 kg 34 kg
Superfosfato simples 104 kg 104 kg
Uréia 10 kg 10 kg
Herbicida 1 l 2 l 1 l 1 l 1 l 1 l 7L
ANEXO 4A (Modelo 4, pág. 32 e 32)
Coeficientes técnicos para implantação e manutenção (até o sexto ano) de 1,0 hec-
tare de sistema agroflorestal cacaueiros, tecas e essências florestais: cacaueiros (3,0 x 3,0 m – 854
plantas), tecas (3,0 x 3,0 m x 33 m – 256 plantas) e essências florestais (18,0 x 15,0 m – 34 plantas)
MÃO-DE-OBRA
Especificação para
cacaueiros e essências Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
florestais
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Limpeza e preparo da área 15 d/h 15
Calagem de toda a área 1,5 d/h 1,5
Roçagem 20¹ d/h 21² d/h 21² d/h 18³ d/h 18³ d/h 154 d/h 113
Replantio 1,5 d/h 1,5
Controle de pragas 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 2 d/h 12
Desbrota dos cacaueiros 3 d/h 3 d/h 3 d/h 3 d/h 2 d/h 14
Manejo do sombreamento provisório 14 d/h 14 d/h 4 d/h 32
Mudas de bananeira(sombra
1,2 mil 1,2 mil
provisória)
Inseticida 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 6L
Calcário 1,5 t 1,5 t
Adubo químico (N-P-K) 116 kg 250 kg 300 kg 300 kg 300 kg 300 kg 1566 kg
Espalhante adesivo 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 1 L 6L
Facão 2 und 2 und 2 und 6 und
Podão 2 und 2 und 2 und 2 und 8 und
1- Valor básico(vb) - Refere-se aos valores básicos (R$) prevalecentes em cada região para análises de amostras de solo e transporte de insumos agrícolas
ANEXO 4B (Modelo 4, pág. 32 e 33)
Coeficientes técnicos para implantação e manutenção (até o sexto ano) de 1,0 hectare
de sistema agroflorestal cacaueiros, tecas e essências florestais: cacaueiros (3,0 x 3,0 m – 854 plantas),
tecas (3,0 x 3,0 m x 33 m – 256 plantas) e essências florestais (18,0 x 15,0 m – 34 plantas)
MÃO-DE-OBRA
Especificação para tecas Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
INSUMOS/SERVIÇOS
Especificação para tecas Ano I Ano II Ano III Ano IV Ano V Ano VI TOTAL
Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid. Quant. Unid.
Mudas de teca 280 und 280 und
Inseticida 2 L 2 L 2 L 2 L 2 L 10 L
Adubo químico (N-P-K) 104 kg 104 kg
76 agricultura de
baixa emissão de carbono