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LIBERALISMO

LIBERALISMO POLÍTICO, LIBERALISMO ECONÔMICO

Doutrina política e econômica que visa assegurar a liberdade dos indivíduos e limitar o poder
do Estado. As idéias liberais - formuladas na Europa entre os séculos XVII e XIX - desafiam
os Estados absolutistas e mercantilistas vigentes em favor da instituição de governos
constitucionais baseados no livre mercado. Sua difusão está ligada ao desenvolvimento do
capitalismo e à ascensão da classe burguesa.

Liberalismo político – As diretrizes do Estado liberal são expostas pelo inglês John Locke
(1632-1704) em Dois Tratados sobre o Governo (1690). Locke formula a teoria dos direitos
naturais, segundo a qual os indivíduos possuem, por natureza, direitos inalienáveis à vida, à
liberdade e à propriedade. E a sociedade civil - formada livremente pelos homens - existe para
preservar e consolidar esses direitos, agora sob o amparo da lei. Na França, o filósofo
Montesquieu (1689-1755) escreve Do Espírito das Leis(1751), em que defende a separação
dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), princípio incorporado às futuras constituições
liberais. A doutrina recebe, mais tarde, a contribuição de Stuart Mill (1806-1873).

O liberalismo influencia movimentos importantes da Idade Moderna. A Revolução Gloriosa


inglesa de 1689 assinala o triunfo completo do Parlamento sobre o poder do rei. Nos EUA, os
preceitos liberais são fixados na Declaração de Independência de 1776. E, na França, tornam-
se hegemônicos após a Revolução Francesa.

Liberalismo econômico – Seus teóricos condenam as políticas mercantilistas, apoiadas na


intervenção estatal. Acreditam que a dinâmica de produção, distribuição e consumo de bens é
regida por leis naturais. Dessa forma, a função do Estado é garantir o funcionamento dessas
leis e a propriedade privada. O principal expoente é o escocês Adam Smith (1723-1790), autor
de Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações (1776). Nela, propõe
um modelo econômico baseado no jogo livre da oferta e da procura, o laissez-faire (deixai
fazer, em francês). Para o autor, a riqueza está no trabalho humano, que deve ser dirigido pela
livre iniciativa dos empreendedores. Sua teoria é enriquecida pelos trabalhos de Thomas
Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823).

As idéias liberais permanecem hegemônicas até o fim do século XIX. A partir de então se vão
atenuando e dando lugar a uma maior participação dos governos em setores como saúde e
educação, com o objetivo de superar as desigualdades sociais.
TEORIAS ECONÔMICAS

MERCANTILISMO, FISIOCRACIA, ECONOMIA CLÁSSICA, MARXISMO, ECONOMIA NEOCLÁSSICA,


ESCOLA KEINESIANA

A ciência econômica visa entender como as sociedades utilizam seus recursos materiais e
humanos para produzir e distribuir bens e serviços que atendam às necessidades dos
indivíduos. As principais teorias econômicas são mercantilismo, fisiocracia, economia
clássica, marxismo, economia neoclássica e escola keynesiana.

Mercantilismo – Conjunto de princípios que orienta os Estados europeus para a expansão


comercial ocorrida entre os séculos XV e XVII. Seus expoentes são os ingleses Thomas Mun
(1571-1641) e Josiah Child (1630-1699), os franceses Barthélemy de Laffemas (1545-1612),
Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) e Antoine de Montchrestien (1575-1621) e o italiano
Antonio Serra.

A riqueza de uma nação, segundo os mercantilistas, provém de suas reservas de metais


preciosos, em especial o ouro e a prata – moedas correntes na época. O Estado, portanto, deve
acumular reservas pela descoberta de novas jazidas de minério ou pela obtenção de superávit
comercial (exportando mais do que importando).

Fisiocracia – No século XVIII, o francês François Quesnay (1694-1774) funda a escola


fisiocrata, que contesta o pensamento mercantilista. Outro representante é o francês Anne
Robert Jacques Turgot (1727-1781), autor de Reflexões sobre a Formação e a Distribuição da
Riqueza (1766).

Os fisiocratas defendem as sociedades agrícolas porque, para eles, a terra é a única fonte de
riqueza de uma nação. A indústria e o comércio são necessários, porém produtivos por se
limitar a transformar uma coisa em outra ou a transferir de lugar mercadorias preexistentes. O
estudo Quadro Econômico (1756), de Quesnay, é a primeira análise do equilíbrio global da
economia. Nele, o autor demonstra como a renda gerada na agricultura é redistribuída na
comunidade. Ao contrário dos mercantilistas, os fisiocratas rejeitam a interferência do
governo nas atividades que seguem leis naturais da economia – oferta e procura. A expressão
laissez-faire, laissez-passer (deixar fazer, deixar passar), que se converte na máxima do
liberalismo, nasce com os fisiocratas.

Economia clássica – A ciência econômica é consolidada com a escola clássica. O marco


fundamental é a obra Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações
(1776), do escocês Adam Smith (1723-1790). Após a morte de Smith, três nomes aperfeiçoam
e ampliam suas idéias: o francês Jean-Baptiste Say (1767-1832) e os ingleses Thomas
Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823).

O pensamento clássico se desenvolve na segunda metade do século XVIII e no século XIX.


Desse modo centra suas reflexões nas transformações do processo produtivo, trazidas pela
Revolução Industrial. Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro que determina a
prosperidade de uma nação, mas sim o trabalho humano. Em conseqüência, qualquer
mudança que aprimore as forças produtivas enriquece uma nação. A principal delas – além da
mecanização – é a divisão social do trabalho, amplamente estudada por ele. A escola também
aborda as causas das crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a
acumulação de capital.

Os clássicos defendem o liberalismo e elaboram o conceito de racionalidade econômica, no


qual o indivíduo deve satisfazer suas necessidades sem se preocupar com o bem-estar
coletivo. Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo o bem
público porque qualquer intervenção nessas leis naturais do comportamento humano
bloquearia o desenvolvimento das forças produtivas. Usando a metáfora econômica de Smith,
os homens, conduzidos por uma "mão invisível", acabam promovendo um fim que não era
intencional.

Marxismo – Seu principal expoente é o alemão Karl Heinrich Marx (1818-1883), cujas idéias
– expostas em Contribuição à Crítica da Economia Política (1857) e em O Capital (1867-
1869) – exercem influência em várias áreas das ciências humanas. Também é determinante a
colaboração de Friedrich Engels (1820-1895). Com o tempo, o marxismo recebe importantes
contribuições, como a de Lênin, que, além de líder e teórico da Revolução Russa, escreve O
Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo (1916).

A teoria econômica marxista procura explicar como o modo de produção capitalista propicia a
acumulação contínua de capital. A resposta está na confecção das mercadorias. Elas resultam
da combinação de meios de produção (ferramentas, máquinas e matéria-prima) e do trabalho
humano. No marxismo, a quantidade de trabalho socialmente necessária para produzir uma
mercadoria é o que determina seu valor. A ampliação do capital ocorre porque o trabalho
produz valores superiores ao dos salários (força de trabalho). A esse diferencial Marx dá o
nome de "mais-valia", conceito fundamental de sua teoria por ser considerado a fonte dos
lucros e da acumulação capitalista.

Economia neoclássica – A escola surge no fim do século XIX com o austríaco Carl Menger
(1840-1921), o inglês William Stanley Jevons (1835-1882) e o francês Léon Walras (1834-
1910). Posteriormente se destacam o inglês Alfred Marshall (1842-1924), o austríaco Knut
Wicksell (1851-1926), o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923) e o norte-americano Irving
Fisher (1867-1947).

Os neoclássicos negam a teoria clássica do valor-trabalho. Amparados pelas idéias do filósofo


inglês Jeremy Bentham (1748-1832), criador do utilitarismo, eles afirmam que o valor de um
produto é uma grandeza subjetiva: relaciona-se com a utilidade que ele tem para cada um.
Essa utilidade, por sua vez, depende da quantidade do bem de que o indivíduo dispõe. Nos
desertos, por exemplo, a água é um produto valioso, ao passo que em regiões chuvosas o
valor cai consideravelmente. Dessa maneira, o preço das mercadorias e dos serviços passa a
ser definido pelo equilíbrio entre a oferta e a procura. Essa lei do mercado, para os
neoclássicos, conduz à estabilidade econômica.

Escola keynesiana – Conjunto de teorias que derivam das idéias do inglês John Maynard
Keynes (1883-1946). A obra Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936)
revoluciona o pensamento econômico da época, então dominado pelos neoclássicos. A enorme
repercussão do seu trabalho também se deve ao momento histórico de seu lançamento: a
grande depressão econômica dos anos 30.

Keynes contesta as hipóteses neoclássicas de que as forças do mercado conduzem ao


equilíbrio econômico. Mostra que é possível, em uma economia de mercado, a permanência
de longas crises, marcadas pela recessão e pelo desemprego. Segundo o autor, elas ocorrem
quando o investimento na economia é relativamente reduzido, não sendo suficiente para
garantir o pleno emprego da força de trabalho existente. Para superá-las, recomenda o
aumento do gasto público, com o objetivo de suprir a deficiência de demanda do setor
privado. As obras estatais, por exemplo, criam novos postos de trabalho, diminuindo o
desemprego.
SOCIALISMO

SOCIALISMO UTÓPICO, SOCIALISMO CIENTÍFICO, SOCIALISMO NO PODER

Corrente de pensamento que se desenvolve a partir do século XIX em oposição ao liberalismo


e ao capitalismo. Propõe uma organização social na qual são abolidas a propriedade privada
dos meios de produção e a sociedade de classes. Há diferentes formas de socialismo. Algumas
doutrinas pregam o controle rigoroso e autoritário do Estado na economia e na sociedade,
enquanto outras permitem maior descentralização.

Socialismo utópico – O pensamento socialista é primeiramente formulado por Saint-Simon


(1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-
1858), que instituem o chamado socialismo utópico. A denominação vem do fato de seus
teóricos exporem os princípios de uma sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la.
Defendem a socialização dos meios de produção, a supressão da herança, a proteção do
indivíduo, a abolição da moeda, a produção sem fins lucrativos e o ensino para todos.

Socialismo científico – Karl Marx e Friedrich Engels criam a teoria do socialismo científico.
É chamado assim por não se apresentar mais como um ideal, mas como uma necessidade
histórica que deriva da crise do capitalismo. Está fundamentado numa análise científica da
sociedade capitalista, baseada na concepção materialista da história (o modo de produção
determina as relações sociais). Essas idéias estão presentes nas obras Contribuição à Crítica
da Economia Política (1859) e O Capital (1867), entre outras. Marx e Engels criticam os
partidários do socialismo utópico e defendem a organização da classe trabalhadora como
força revolucionária. Em 1848, Marx e Engels lançam O Manifesto do Partido Comunista,
que analisa a história como o resultado da luta entre as classes sociais. No capitalismo a
oposição se dá entre burgueses – proprietários dos meios de produção – e proletários, que
vendem sua força de trabalho. O Manifesto afirma que a classe operária é internacional e
instiga o proletariado de todo o mundo a se unir para tomar o poder. Traduzido para várias
línguas, tem forte influência nos movimentos operários e revolucionários.

Socialismo no poder – Em 1864 é realizada a Primeira Internacional dos Trabalhadores,


associação de trabalhadores socialistas. Eles começam a lutar pelo poder por meio de partidos
socialistas e sindicatos operários. Sete anos depois, a Comuna de Paris estabelece uma
ditadura proletária na França, mas a experiência dura somente dois meses. Em 1917, a
Revolução Russa inicia o processo de construção do socialismo em larga escala. O regime, no
entanto, assume caráter centralizador e totalitário, que se espalha por diversos países. Com o
fim da URSS, em 1991, o sistema extingue-se nas ex-repúblicas soviéticas e nos países do
Leste Europeu. Atualmente, os governos comunistas do Vietnã, de Cuba e da China adotam
alguns princípios capitalistas de economia de mercado.
CAPITALISMO

SÉCULO XX

Sistema econômico e social que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de
produção, pelo trabalho livre assalariado e pela acumulação de capital. Consiste também na
racionalização dos meios de produção e na exploração de oportunidades de mercado para
obter lucro.

Na Europa, essas características aparecem desde a Baixa Idade Média, do século XI ao século
XV, com a transferência do centro da vida econômica, social e política dos feudos para as
cidades. Nas regiões mais desenvolvidas, como Itália e Flandres, já havia bancos, letras de
câmbio, intensa atividade de comércio e divisão de trabalho – cada trabalhador executava
apenas uma parte da produção. Na Idade Moderna, do século XV ao século XVIII, os reis
absolutistas expandem o comércio por meio do mercantilismo. O Estado controla a economia
e busca colônias para incentivar o enriquecimento das metrópoles. Esse enriquecimento
favorece a burguesia, que passa a contestar o poder dos reis, resultando na crise do sistema
absolutista.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um


processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital.
Na Europa Ocidental, a burguesia industrial assume o controle econômico e político. As
sociedades passam a rejeitar os tradicionais privilégios da aristocracia – baseados na distinção
pelo nascimento –, e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas, a
fisiocracia, o marxismo e o liberalismo, que defende a não interferência do Estado na
economia.

A livre concorrência entre as empresas é uma das principais características do início do


capitalismo. A busca de ampliação de mercados, com a expansão dos negócios por todas as
regiões do planeta, leva a um enorme desenvolvimento das forças produtivas. A partir do final
do século XIX, ganham importância os monopólios e cartéis – associações de grandes
empresas que dividem o mercado entre si, eliminando concorrentes menores.

Século XX – Após a crise econômica de 1929, o Estado passa a interferir nas atividades
econômicas em muitos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Franklin
Roosevelt implementa, em 1933, o New Deal (Novo Acordo), um programa econômico e
social que introduz, entre outros benefícios, o subsídio ao desemprego e projetos de obras
públicas. Roosevelt é fortemente influenciado pelas idéias do economista britânico John
Maynard Keynes (1883-1946), que defende uma política antidesemprego patrocinada pelo
governo. Seguindo o modelo norte-americano e as idéias keynesianas, países como Inglaterra,
França e Alemanha criam o estado do bem-estar social (welfare state), um sistema que garante
aos cidadãos saúde, educação e aposentadoria. A partir da década de 60, o neoliberalismo
preconiza a atuação mínima do Estado no campo social (previdência, saúde e educação) e a
não interferência nos processos econômicos. Nos anos 80 e 90, muitos países neoliberais
põem fim ao sistema estatal dos meios de produção e abrem caminho à privatização, à
formação dos blocos econômicos e à globalização da economia.
MERCANTILISMO

Política econômica desenvolvida pelos Estados europeus entre os séculos XVI e XVIII,
baseada no absolutismo estatal e na empresa privada. Corresponde à transição do feudalismo
para o capitalismo, portanto à era de acumulação do capital. Caracteriza-se pela interferência
do governo na economia, na acumulação de metais preciosos, na balança comercial favorável
(exportação maior que importação) e na exploração colonial.

O fortalecimento do poder real depende de sua capacidade de acumular riquezas e de proteger


a nação da concorrência militar e econômica de outros países. Com a formação das
monarquias nacionais surge o desejo das nações de se tornar potências, apoiadas pela
burguesia. Nessa época, a riqueza é determinada pela quantidade de metais preciosos (ouro e
prata) que se possui. Os países que não têm acesso direto às minas procuram aumentar seu
comércio. Para isso iniciam a expansão marítima e comercial, conquistando e explorando
novos territórios. Para controlar a riqueza e a economia, os Estados utilizam-se de barreiras
alfandegárias, tarifas de comércio, incentivo às empresas privadas, controle da produção
interna e promoção das atividades comerciais. A criação de companhias de comércio para a
exploração colonial também é um elemento da política mercantilista. São empresas privadas
nas quais se associam governo e empresas comerciais para ampliar e defender, inclusive
militarmente, os negócios nos territórios então descobertos. Um exemplo é a Companhia
Holandesa das Índias Ocidentais, cujo objetivo era garantir para a Holanda (Países Baixos) o
mercado fornecedor de açúcar.

Com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, o mercantilismo é substituído pelo


liberalismo econômico, que defende a não-interferência do Estado na economia.
COMUNISMO

COMUNISMO MARXISTA, GOVERNOS COMUNISTAS

Doutrina e sistema econômico e social baseados na propriedade coletiva dos meios de


produção. Tem como ideal a primazia do interesse comum da sociedade sobre o do indivíduo
isolado.

A noção de comunismo surge na Antiguidade com Platão. Em A República, defende a


propriedade comum dos bens para anular o conflito entre o interesse privado e o do Estado.
Mas é no pensamento cristão que aparecem os primeiros ideais comunistas para toda a
população. Esses ideais acompanham a civilização cristã na Idade Média e no Renascimento.
Nos séculos XVI e XVII despontam as grandes utopias sobre o comunismo. Na obra Utopia
(1515), do pensador e estadista inglês Thomas More, não há menção à propriedade comum;
no entanto, a estrutura social proposta é um comunismo embrionário.

Comunismo marxista – O Manifesto do Partido Comunista (1848), dos pensadores alemães


Karl Marx e Friedrich Engels (1820-1895), afirma que o comunismo seria a etapa final da
organização político-econômica humana. A sociedade viveria em um coletivismo, sem divisão
de classes nem a presença de um Estado coercitivo. Para chegar ao comunismo, os marxistas
prevêem um estágio intermediário de organização, o socialismo, que instaura uma ditadura do
proletariado para garantir a transição.

Governos comunistas – Em 1917, durante a Revolução Russa, os bolcheviques, liderados


por Lênin, introduzem a supressão da propriedade privada, a planificação econômica e a
nacionalização de bancos e fábricas. Com a morte de Lênin, assume o político Josef Stálin,
que extingue a oposição e fortalece o Estado, transformando-o em regime totalitário. Em
1921, a Mongólia transforma-se no segundo país comunista do mundo. Após a II Guerra
Mundial, os países do Leste Europeu tornam-se comunistas depois de ser liberados do
nazismo pelo Exército soviético. Em 1949, os comunistas liderados por Mao Tsé-tung tomam
o poder na China. O sistema espalha-se por vários países do Sudeste Asiático (Coréia do
Norte, em 1948; Vietnã do Norte, em 1954; Laos e Camboja, em 1975; e Vietnã do Sul, em
1976), da África (Congo, em 1970; Benin, em 1972; Guiné-Bissau, em 1974; Angola e
Moçambique, em 1975; e Etiópia, em 1976) e Cuba, em 1959.

Na década de 70, já há indícios da crise do sistema político soviético, impulsionada


principalmente pelo crescimento dos movimentos nacionalistas e pela dificuldade econômica.
Em 1985, o presidente soviético Mikhail Gorbatchov dá início a um programa de reforma
política, econômica e social (perestroika). A queda do Muro de Berlim marca o começo da
extinção do regime comunista no Leste Europeu e provoca um conflito generalizado nos
partidos comunistas, que, em sua maioria, abdicam de nome, programa e ideologia. Em 1991,
a URSS desintegra-se e as ex-repúblicas soviéticas formam a Comunidade dos Estados
Independentes (CEI). Sobrevivem, contudo, os governos comunistas da Coréia do Norte, do
Vietnã, de Cuba e da China. Com exceção do primeiro, que ainda é um regime bastante
fechado, os demais países já adotam algumas medidas econômicas de mercado aberto.
FEUDALISMO

SOCIEDADE, ECONOMIA, INFLUÊNCIA DA IGREJA

Sistema de organização econômica, política e social da Europa Ocidental durante a Idade


Média. Com as invasões bárbaras e a desagregação do Império Romano a partir do século V, a
Europa inicia profunda reestruturação, marcada por descentralização do poder, ruralização e
emprego de mão-de-obra servil. Com começo e fim graduais, o sistema feudal tem sua origem
mais bem situada na França setentrional dos séculos IX e X e seu desaparecimento no século
XVI.

Apesar de constituir um sistema fechado, que chega ao fim com a revisão de quase todos os
seus valores pelo Renascimento, o feudalismo é um dos alicerces do Estado ocidental
moderno. Os grandes conselhos de reis e de seus feudatários são os ancestrais diretos dos
modernos parlamentos.

Sociedade – A estrutura social é estabelecida com base nas relações de dependência pessoal,
ou vassalagem, que abrangem desde o rei até o camponês livre. Há uma relação direta entre
autoridade e posse da terra. O vassalo, ou subordinado, oferece ao senhor, ou suserano,
fidelidade e trabalho em troca de proteção e de um lugar no sistema de produção. Os
camponeses, que trabalham nas terras dos senhores feudais, são os responsáveis por toda a
atividade produtiva do feudo. Além de produzir para seu sustento, devem obrigações a seu
senhor, como a corvéia, que consiste no trabalho gratuito e obrigatório durante três dias da
semana. Devem também impostos, que são pagos em produtos ou dinheiro. Os senhores
feudais formam a nobreza rural e têm poder para fazer os servos e os camponeses livres
cumprirem as normas vigentes. Vivem em castelos fortificados, a melhor representação de seu
poder civil e militar. Os cavaleiros armados garantem o domínio do senhorio sobre a terra.

Economia – O feudo constitui a unidade territorial da economia feudal. Caracteriza-se pela


auto-suficiência econômica e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios
monetários. A produção é predominantemente agropastoril, voltada para a subsistência, e as
trocas são feitas com produtos, não com dinheiro. As cidades deixam de ser centros
econômicos, os ofícios e o artesanato passam a se realizar nos próprios castelos.

Influência da Igreja – A Igreja Católica integra-se ao sistema feudal por meio dos mosteiros,
que reproduzem a estrutura dos feudos. Transforma-se também em grande proprietária feudal,
detém poder político e econômico e exerce forte controle sobre a produção científica e
cultural da época.
NEOLIBERALISMO

A expressão é usada para designar as políticas econômicas com ênfase no livre mercado que
vêm sendo adotadas pela maioria dos países. Atualmente, uma das principais expressões do
neoliberalismo são as medidas estabelecidas no chamado Consenso de Washington, encontro
realizado no início dos anos 90. Elas enfatizam a abertura da economia por meio da
liberalização financeira e comercial e da eliminação de barreiras aos investimentos
estrangeiros diretos; a estabilização econômica obtida pela disciplina fiscal, pela reforma
tributária, pela estabilidade da taxa de câmbio e pelo redirecionamento dos gastos do Estado,
dando prioridade à saúde, à educação e à infra-estrutura; e a diminuição da participação do
Estado na economia para permitir maior autonomia ao setor privado, ocorrida por meio dos
programas de privatização e da desregulamentação, por exemplo, do preço de alguns produtos
antes controlados pelo Estado. No neoliberalismo, o papel do Estado restringe-se a disciplinar
o mercado com o objetivo de combater os excessos da livre concorrência e, dessa forma,
garantir sua sobrevivência.

Na Europa, o país que mais avança em política neoliberal é o Reino Unido, particularmente
no período do governo de Margareth Thatcher. Outras nações, como França, Alemanha e
Suécia, adotam algumas dessas políticas, ao mesmo tempo que mantêm forte participação
estatal, proteção ao comércio, regulamentações e políticas de bem-estar social. Os Estados
Unidos seguem a receita neoliberal, embora permaneçam protecionistas em alguns setores e
com enorme déficit público, principalmente durante o governo de Ronald Reagan. O Brasil
persegue a maioria desses objetivos, mas não atingiu o equilíbrio fiscal nem a reforma
tributária. O país também impõe restrições ao comércio, e a participação estatal na economia
ainda é forte.

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