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DEFESA
1. Por Estado de Sítio entende-se a situação de comoção interna ou externa sofrida pelo Estado, que enseja a
suspensão temporária de garantias individuais, a fim de preservar a ordem constituída, que se encontra
perturbada por motivo de comoção grave de repercussão nacional ou por situação de beligerância com Estado
estrangeiro. Referida situação acarreta a suspensão temporária e localizada das garantias individuais. Assinale
a alternativa INCORRETA que não representa uma medida a ser tomada no curso do Estado de Sítio:
a) Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de
informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei.
b) Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns.
c) Suspensão da liberdade de reunião; intervenção nas empresas de serviços privados; requisição de bens.
d) Obrigação de permanência em localidade determinada.
3. Considerando eventuais contextos de crise institucional, assinale a opção correta acerca dos instrumentos
disponibilizados pela CF para enfrentar possíveis ameaças à ordem constitucional e ao Estado democrático de
direito.
a) Constatada a ocorrência de comoção grave de repercussão nacional, o presidente da República pode,
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa.
b) Em caso de provimento de representação do procurador-geral da República pelo STF para assegurar a
observância dos princípios constitucionais de intervenção, não há impedimento para que a CF seja
normalmente emendada, tendo em vista que a intervenção federal, nessa hipótese, limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado.
c) A intervenção em município localizado em estado-membro ocorrerá, em cada caso, conforme as hipóteses
estabelecidas livremente na respectiva Constituição estadual, que definirá, entre outras coisas, os seus
próprios princípios constitucionais de intervenção.
d) A ação de grupos armados, inclusive militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático de
direito constitui crime inafiançável e imprescritível.
e) Em caso de grave comprometimento da ordem pública, a União poderá intervir em estado da Federação,
devendo o decreto de intervenção especificar eventuais restrições ao direito de reunião, ainda que exercida no
seio de associações.
6. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento em comoção grave de repercussão nacional,
poderá ser tomada a medida de:
a) ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos
b) difusão de pronunciamentos de parlamentares
c) detenção em edifícios não destinados a acusados ou condenados por crimes comuns
d) incomunicabilidade do preso.
a) O presidente agiu de forma indevida, pois a decretação do estado de defesa é indicada apenas para os
casos de grave e iminente instabilidade institucional que ameace a ordem pública.
b) A decretação do estado de defesa não pode ocorrer sem a devida aprovação do Conselho da República e
do Conselho de Defesa Nacional.
c) O decreto do presidente da República não se sujeitará a controle jurisdicional, tendo em vista a sua
previsão excepcional pela Constituição Federal.
d) O estado de defesa visa reprimir ameaças à ordem pública em locais certos e determinados e seu prazo de
duração jamais poderá ultrapassar 30 dias.
e) O estado de defesa é medida mais branda que o estado de sítio e, como consequência, não está sujeito à
autorização prévia do Congresso Nacional.
11. Com relação à possibilidade da declaração pela União Federal de estado de calamidade pública no
Sistema Único de Saúde, através de Decreto Presidencial, com a consequente requisição de bens municipais,
sem a decretação do Estado de Defesa ou de Sítio, é correto afirmar que é
a) inadmissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a
decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.
b) admissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a
decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.
c) inadmissível a requisição de bens municipais pela União como narrado uma vez que, apesar de se ter por
meta a proteção da saúde da população, não houve o requerimento pelo Estado da Federação em questão, fato
este que tornaria desnecessária a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.
d) inadmissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem
que haja requerimento expresso do Poder Legislativo Distrital onde se localiza o Município em questão.
e) admissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, desde
que aprovada moção pela Câmara dos Vereadores do Município, e esta seja referendada por 3/5 dos membros
do Congresso Nacional.
12. De acordo com o texto constitucional, assinale a alternativa correta quanto a estado de defesa e estado de
sítio:
I. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a
ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza.
II. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação,
relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
III. Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente da
Câmara dos Deputados, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir
dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
a) Somente as proposições I e II estão corretas.
b) Somente as proposições I e II estão incorretas.
c) Todas as proposições estão corretas.
d) Somente a proposição I está correta.
e) Todas as proposições estão incorretas.
13. Em 7 de novembro de 2007, o Presidente da Geórgia decretou estado de exceção restrito à Capital do país,
Tbilisi, em virtude de manifestações e protestos capitaneados por oposicionistas ao governo que resultaram
em violentos confrontos ao longo de uma semana com a polícia local. Durante o período de vigência do
estado de exceção, ficaram proibidos manifestações e motins, assim como incitações à tomada violenta do
poder por parte dos meios de comunicação. O estado de exceção foi ratificado pelo Parlamento da Geórgia no
prazo de 48 horas estabelecido pela Constituição daquele Estado e em quorum superior ao necessário para
tanto, correspondente ao voto de 118 dos 225 Deputados do legislativo georgiano. O Parlamento determinou,
ainda, que o estado excepcional ficaria em vigor até o dia 22 de novembro seguinte. Caso não fosse ratificado
pelo Parlamento, o estado de exceção decretado pelo Presidente teria imediatamente cessados os seus efeitos.
Considerando os aspectos de decretação e vigência do estado de exceção na Geórgia acima apontados, é
correto afirmar que esses se assemelham às previsões, na Constituição brasileira vigente, relativas
a) ao estado de defesa, quanto à hipótese de decretação pelo Chefe de Estado, à necessidade de ratificação
pelo Poder Legislativo e à possibilidade de restrição à liberdade de reunião.
b) ao estado de sítio, no que se refere à necessidade de ratificação da decretação pelo Poder Legislativo, bem
como ao prazo e ao quorum para tanto exigidos.
c) ao estado de defesa, quanto ao tempo de duração, à abrangência territorial limitada e à possibilidade de
restrição da liberdade de imprensa, televisão e radiodifusão.
d) ao estado de sítio, no que concerne à hipótese de decretação pelo Chefe de Estado, à abrangência territorial
limitada e à cessação imediata dos efeitos, na hipótese de o Legislativo não ratificar sua decretação pelo
Chefe de Estado.
e) tanto ao estado de defesa como ao estado de sítio, quanto à cessação imediata de seus efeitos, na hipótese
de rejeição, pelo Poder Legislativo, da decretação efetuada pelo Chefe de Estado.
14. Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção correta.
a) O estado de defesa, que visa restabelecer a ordem na hipótese de comoção grave de repercussão nacional, é
instituído por meio de decreto do presidente da República e deve ser submetido ao Congresso Nacional.
b) Somente na hipótese de decretação do estado de sítio, os Conselhos da República e de Defesa Nacional
devem ser ouvidos previamente pelo presidente da República, embora essa manifestação não seja vinculativa.
c) Conforme a doutrina majoritária, o Poder Judiciário pode reprimir abusos e ilegalidades cometidos nos
estados de defesa e de sítio, mas não pode perquirir acerca da existência ou não da conveniência e
oportunidade política para a sua decretação.
d) Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Polícia Federal compete, com
exclusividade, apurar as infrações penais cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme.