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Mestre em
Educação na Área de Concentração em Ensino
Superior e Gestão Universitária, Especialista em
Docência Superior e em Metodologia do Ensino
Superior. Professor de Lógica, Epistemologia,
Filosofia da Educação, Filosofia Jurídica e Ética nos
cursos de graduação e pós-graduação de várias
IES: Filosofia, Psicologia, Direito, Educação Física,
Secretariado, Serviço Social, História, Biologia,
Geografia, Pedagogia, Letras, Ciências Sociais e
Administração.
PROBLEMAS FUNDAMENTAIS:
da Possibilidade
da Origem
da Essência
da Forma
os critérios da Verdade
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
fundamentalmente metafísico ( N. Hartmann )
fundamentalmente crítico ( Kant )
culmina numa ontognoseologia ( M. Reale )
PROBLEMATIZAÇÕES BÁSICAS:
Onde reside o conhecimento? - Na íntima correlação entre sujeito e objeto.
Qual a função do sujeito? - Consiste em apreender o objeto.
Qual a função do objeto? - Em ser apreendido pelo sujeito.
Do ponto de vista do sujeito: - Na apreensão, o sujeito se projeta para o objeto,
penetrando na sua esfera.
Do ponto de vista do objeto: - Ao ser apreendido pelo sujeito, o objeto continua como
algo exterior ao sujeito.
Atenção:
As determinações do objeto não se modificam pelo fato de haver sido captado.
O objeto não é imanente ao sujeito.
No sujeito acrescenta-se algo que o modifica, a imagem do objeto.
A consciência do objeto consiste na determinação , através da imagem, no sujeito, das
propriedades primárias do objeto.
O índice de objetividade que permanece no objeto continua exterior ao sujeito.
O sujeito ao apreender o objeto não se comporta passivamente, sua atitude é ativa,
dinâmica.
Há uma participação criadora da consciência na construção da imagem.
A imagem sofre o fluxo da subjetividade.
I - A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO
RELATIVISMO E SUBJETIVISMO:
PRAGMATISMO :
Em sua obra “ Discurso Preliminar Sobre o Espírito Positivo”, Comte define os vários
sentidos do termo “positivo” :
Positivo designa aquilo que é real em oposição ao quimérico ( irreal, fantasioso ), este
novo espírito filosófico irá excluir de suas investigações os “mistérios impenetráveis”
(como a busca das causas primeiras e últimas), com as quais os homens se ocupavam
em sua “ infância histórica”.
1 - O estudo dos fatos humanos e sociais não pode fundamentar nenhum juízo de valor,
que implica a afirmação / imposição de um “julgamento moral”, ( do tipo bom ou mau ).
Acontece que a própria sociologia de Comte e Durkheim está repleta de juízos de valor.
(Devemos lembrar os ditos fenômenos “normais” e “patológicos”, o apelo comteano à
reforma da sociedade com vistas a manutenção da ordem e da harmonia social).
- A Filosofia da História : Pode ser considerada sinteticamente pela Lei dos Três
Estados. Se fundamenta numa concepção contínua e progressiva da história humana.
É bom ressaltarmos que, assim como no estado teológico, o estado metafísico, busca
soluções absolutas ou eternas para os problemas do homem. Mas, substitui a
imaginação pelo pensamento racional e argumentação lógica. Substitui a crença em
seres sobrenaturais por idéias abstratas (como força vital ).
Nessa fase o conhecimento deixa de buscar as causas dos fenômenos, origem e fim de
tudo que existe para investigar suas leis enquanto relações constantes entre fenômenos.
Os fenômenos deixam de ser reduzidos a um só princípios ( Deus ou natureza ). A
experiência irá mostrar uma limitada interconexão entre determinados fenômenos. O
conhecimento científico baseia-se na observação e na previsibilidade dos fenômenos. O
preconceito do “ver para prever” ( observação aliada a previsão) implica em um
desenvolvimento da técnica, correspondendo aos requisitos de planificação racional
exigidos pela era industrial.
V- Classificação das Ciências :
Comte admitia que a ciência jamais atingia a compreensão absoluta dos seus objetos de
estudos respectivos.
A sociologia engloba para Comte parte da psicologia e toda a economia política, a ética e
a Filosofia da História.
Para Comte a sociologia se apresenta como ” O fim essencial de toda filosofia positiva”,
já que a totalização do saber somente poderia ser alcançada através da sociologia, na
qual tudo culminaria com a formulação de um sistema verdadeiramente indivisível onde
toda decomposição é radicalmente artificial(...) tudo relacionando-se com a humanidade,
única concepção completamente universal.
A sociologia se divide, para Comte, numa Estática Social e numa Dinâmica Social.
Estática ou Teoria da ordem natural da sociedade: Estuda as condições constantes das
sociedades, as relações de equilíbrio das diversas instituições.
Dinâmica ou teoria Geral dos Processos da humanidade: Investiga as leis do progressivo
desenvolvimento da humanidade. O processo fundamental deste ramo da Sociologia é o
progresso.
CONSEQÜÊNCIAS:
O surgimento do cientificismo: exaltação da ciência como forma mais adequada de
conhecer, criticar o conhecimento mítico, religioso ou metafísico, por não se fundarem na
experiência do fato positivo.
O reducionismo ( do cientificismo positivista ): reduziu o objeto próprio das ciências à
natureza observável, ao fato positivo. Reduz a Filosofia aos resultados das ciências.
Reduz as ciências humanas às ciências da natureza.
Criação de mitos : O mito da cientificidade; O mito do especialista; O mito da
tecnocracia; O mito do progresso.
II - A ORIGEM DO CONHECIMENTO:
Idéias Dialética
MUNDO INTELIGÍVEL (Noésis)
REALIDADE V E R D A D E I RA
Idade Moderna:
EMPIRISMO ( Experiência ):
Combateu com toda a decisão a “Teoria das “ idéias inatas “. Para ele, a alma é um “
papel em branco “( tábua rosa ) , que a experiência cobre pouco a pouco com os traços
de sua escrita.
LOCKE , admite uma experiência externa ( sensação ) e não descarta a experiência
interna ( reflexão ) .
Na Idade Média:
Fundador : IMMANUEL KANT - Toda a sua Filosofia está dominada pela intenção de
mediar entre o Racionalismo de Leibnitz e Wolff e o Empirismo de Locke e Hume.
Para Kant : A matéria ( sensações ) do conhecimento procede da experiência e a forma
procede do pensamento .
Santo Agostinho : A verdade já não está fundada num reino de realidades supra-
sensíveis, num mundo espiritual objetivo, mas num sujeito superior transcendente .
2 - Soluções Metafísicas:
b. O Idealismo:
b.1. Idealismo Metafísico : Chamamos idealismo metafísico à convicção de que a
realidade tem por fundamento forças espirituais, potências ideais .
1. A Dialética
1.1. Histórico do termo
1.2. Referências : Hegel e Feuerbach ( idealista e Materialista )
Características :
Características:
O século XX e a Fenomenologia :
Características marcantes :
I - Definição: É uma doutrina filosófica que tem como empenho pensar o indivíduo
concreto, a partir de sua existência cotidiana.
III - O método:
3.1 - Três fases fundamentais:
1) Adotou o método fenomenológico;
2) Inspirou-se nas preocupações de ordem marxista;
3) Nunca abandonar a incessante inquietação do indivíduo concreto.
IV - As teses fundamentais
- O existencialismo deve ser um humanismo;
- A consciência é o “núcleo instantâneo” de minha existência.
- A consciência só existe por aquilo do qual ela tem consciência.
- ”O ser e o nada”:
a) O ser é o objeto, é tudo aquilo do qual tenho consciência.
b) A consciência precisa do objeto, sem o objeto ela não vai além do próprio vazio.
c) O sujeito é o “nada”, é consciência.
d) A consciência é necessariamente consciência de alguma coisa = consciência
intencional ( Husserl ).
Para Sartre: O ser é chamado de “ em-si ” e a consciência é chamada de “ Para-si ”.
V - A Intersubjetividade.
- “Ligação fundamental” entre o eu e o tu.
- A relação intersubjetiva só se realiza necessariamente com o recurso da dicotomia
entre “sujeito - objeto”.
5.1 - Objeções: Não há relação “objeto -objeto”, o objeto é exterior a si próprio.
- Não se verifica nenhuma relação entre o “sujeito - sujeito”.
- Sendo assim, o confronto ( sujeito e objeto ) é necessário.
VI - A liberdade
6.1 - Fórmula máxima: “ A liberdade é absoluta ou não existe ”.
- Sartre recusa-se ao determinismo e também a qualquer condicionamento.
6.2 - O ateísmo de Sartre:
- Se Deus existe, tudo sabe, tudo prevê e determina. Então, a liberdade não é absoluta.
6.3 - Recusa-se ao determinismo materialista:
“ Se tudo se reduzisse à matéria, não haveria consciência e não haveria liberdade”.
PROBLEMA DA VERDADE
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