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EMPRESAS INDUSTRIAIS E
REGIMES DE FABRICO
PRODUÇÃO CONJUNTA
3/27/2019 1
UMB, Faculdade de Gestao e Contabilidade, Curso de Contabilidade – 2019. 4º ano. Por: Juvêncio Chigona
A Produção Conjunta
• Em determinadas indústrias obtém-se conjuntamente com o produto
principal da empresa e secundários, estes produtos são obtidos
obrigatoriamente, sem depender da vontade dos gestores.
• A produção é conjunta quando, ao se proceder à transformação de uma ou
de diversas matérias-primas se obtêm, simultaneamente, diversos
produtos.
• Embora a produção conjunta e a disjunta sejam regimes de produção
múltipla, são dois conceitos distintos, a primeira, a obtenção de um
produto implica necessariamente a obtenção de outro, e na disjunta
produz-se um produto sem ter de fabricar um outro.
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Exemplos:
1. Da moenda de trigo obtêm-se a farinha, a sêmea, a farinha
forrageira e outros produtos.
2. Produção do azeite e bagaço a partir da moagem da azeitona.
3. Produção do leite, manteiga, requeijão e soro a partir do leite.
4. No abate de gado obtêm-se diversos produtos conjuntos: carne,
osso, sangue, etc.
5. Na refinação do petróleo temos como produtos conjuntos a
gasolina, o gasóleo, fuel-óleo e outros derivados da refinação.
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Designação dos Produtos Conjuntos: Co-Produtos,
Produtos Principais, Subprodutos e Resíduos
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Custos Conjuntos & Custos Específicos
• Custos Conjuntos
São custos incorridos antes do ponto de separação; São custos dum processo
produtivo que resultam simultânea e inevitavelmente dois ou mais produtos
que, até certo momento da produção, não se podem identificar como coisas
distintas.
• custos específicos
São custos incorridos após o ponto de separação, em que os produtos
sofrerem transformações adicionais, cujos custos se identificam
perfeitamente com esses produtos.
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Processo de produção conjunta: Exemplo
Dpto D Px
Pz
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Métodos Tradicionais de Afectação de Custos Conjuntos.
1. Das quantidades produzidas:
• Os custos conjuntos são repartidos proporcionalmente às quantidades obtidas pela
produção de cada produto, ou através de uma média ponderada com pesos distintos
para cada produto.
2. Do valor de venda relativo da produção:
• Os custos conjuntos são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao respectivo
valor de venda da produção efectuada.
3. Do valor de venda da produção reportado ao ponto de separação dos produtos:
• Os custos conjuntos são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao valor de
venda no ponto de separação de cada um deles, isto é, ao valor de venda da
produção deduzido dos custos específicos de cada produto.
• Os custos específicos podem não ser apenas custos de produção, mas também, da
administração, da distribuição ou de financiamento.
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Métodos tradicionais de afetação de custos
conjuntos
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Critérios de Valorimetria para a Valorização
dos Subprodutos e Resíduos
• Subprodutos:
Os custos conjuntos são atribuídos aos subprodutos é igual ao seu valor de venda. É
conhecido pelo critério do lucro nulo, dado que, imputando-lhe um custo igual ao seu valor
de venda no ponto de separação, o resultado apresentado pela contabilidade será nulo. Os
restantes custos conjuntos seguirão o processo do critério escolhido para a repartição.
• Resíduos.
Se tiverem um valor de mercado, e é conhecido, deverá adoptar-se o critério do lucro nulo.
Quando não se conhece o valor de venda ou quando estes não têm qualquer valor, não lhes é
imputado qualquer custo - custo nulo. Se por acaso forem vendidos, consideraremos o seu
proveito como sendo do produto, ou dos produtos que o ocasionaram. Noutros casos, além de
não terem valor, poderá acontecer que a remoção dos resíduos ocasione encargos que devem
ser considerados custos do produto ou produtos que os ocasionam.
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Resolução
P1=400unid; PV1=300Mt
Depto A (Custo Conjto=75000Mt)
P2=600unid; PV1=50Mt
Produtos Unidades Peso relativo % Custo Imputação do custo Custo unitário
produzidas conjunto conjunto
1 400 400:1000=40% 75000*0.4=30000 30000/400=75MT
75000
2 600 600:1000=60% 75000*0.6=45000 45000/600=75MT
Total UMB, Faculdade1000
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100% 75000 3/27/2019 13
Como vedes, o método determina para cada produto o mesmo custo unitário, independentemente do preço de venda de cada produto.
Demonstração do Resultado.
Produto 1 Produto 2 Total
VENDAS Pv1*Qv=300*200= 60 000 Pv1*Qv=480*50=24 000 84 000
CIPV C.u.*QP= (15 000) C.u.*QP=(36 000) (51 000)
MARGEM BRUTA 45 000 (12 000) 33 000
Este método gera resultados não ajustados à realidade. Não tem em consideração o valor de
mercado dos produtos. Não é pois aconselhável quando os preços de venda dos produtos
diferem bastante.
Como se pode constatar, este método pode imputar custos conjuntos superiores ao valor
realizável líquido.
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2) Método do "valor de vendas potencial"
• Este método distribui o custo conjunto pelos produtos proporcionalmente aos
valores de venda potenciais.
Unidades Preço de Valor de vendas Valor relativo Custo Imputação do Custo
Produtos
produzidas venda potencial das vendas % conjunto CC unitário
Qp*Pv1 = *300 75000*0.8=
1 400 300 80% 150
120 000 60 000
75000
75000*0.2=
2 600 50 Qp*Pv1= 30 000 20% 25
15 000
Total 1000 150 000 100%
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3) Método do "valor de vendas potencial"
reportado ao ponto de separação
Retomando os dados do exemplo 1, suponha-se agora que o produto 1 (semi-
produto, neste exemplo) sofre um processo de acabamento no departamento B,
transformando-se no produto acabado 3. Os custos de transformação no
departamento B ascenderam a 34 000Mt. Foram produzidas no período 400
unidades do produto 3, cujo preço de venda no mercado é de 340 Mt.
Foram vendidas 280 unidades do produto 3. Por sua vez, o produto 2 (semi-
produto, neste exemplo) segue, após o ponto de separação para o departamento
C, no qual é transformado no produto acabado 4. Foram produzidas 600 unidades
do produto 4. O custo do departamento C é de 20 000 Mt. O preço de venda do
produto 4 é de 90 Mt. Venderam-se no período 240 unidades do produto 4.
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SP1 Depto B P3
Depto A
SP2 Depto C P4
3 (SP1) 136 000 34 000 102 000 75% 56250 90250 225,625
75000
4(SP2) 54 000 20 000 34 000 25% 18750 38750 64,583
Total 190 000 136 000 100% 75000