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Os afetos na filosofia e arte contemporânea

Lucas Dilacerda - Grupo de Estudos em Spinoza


A virada afetiva na filosofia
contemporânea
“[...] uma ‘virada afetiva’ nas humanidades e nas ciências sociais.
Assim como as outras ‘viradas’ ocorridas em campos acadêmicos
diversos nas últimas décadas – a virada linguística, a virada cultural, e
assim por diante –, a virada afetiva consolida e estende alguns dos
caminhos mais promissores da pesquisa na atualidade.
Especificamente, os dois principais precursores da virada afetiva nos
trabalhos acadêmicos nos Estados Unidos são o enfoque no corpo,
mais extensivamente desenvolvido pela teoria feminista; e a
exploração das emoções, predominantemente conduzida pela teoria
queer. Assim como as demais, a virada afetiva, enquanto estende
linhas de pesquisas já consolidadas, também abre possibilidades de
estudos inusitadas, lançando luzes imprevistas sobre trabalhos
anteriores indicando novas perspectivas de abordagens políticas”
(HARDT, MICHAEL. Para que servem os afetos?, p. ix).
A virada afetiva na filosofia
contemporânea
“Além de obviamente chamar a atenção para o
corpo e para as emoções, o enfoque nos afetos
introduz um deslocamento importante. O desafio
da visada afetiva reside primariamente na síntese
corpo/mente que essa perspectiva requer, ao
envolver tanto a razão quanto as paixões. [...]eles
iluminam tanto o nosso poder de afetar o mundo a
nossa volta, quanto o de sermos afetados por ele”
(HARDT, MICHAEL. Para que servem os afetos?, p.
ix-x).
A virada afetiva na filosofia
contemporânea
“Baruch Spinoza, o filósofo que mais avançou no
estudo da teoria dos afetos – e que é, direta ou
indiretamente, fonte da maioria dos trabalhos
contemporâneos nesse campo” (HARDT,
MICHAEL. Para que servem os afetos?, p. x).
A governamentalidade
“O poder não pode em hipótese alguma ser
considerado nem um princípio em si nem um valor
explicativo que funcione logo de saída. O próprio
termo "poder" não faz mais que designar um
[campo*] de relações que tem de ser analisado por
inteiro, e o que propus chamar de
governamentalidade, isto é, a maneira como se
conduz a conduta dos homens, não é mais que uma
proposta de grade de análise para essas relações de
poder” (FOUCAULT, MICHEL. Nascimento da
biopolítica, p. 257-258).
A arte de governar
“’Arte de governar’ - vocês lembram em que sentido restritivo
eu a entendi, pois eu havia utilizado a própria palavra
‘governar’, deixando de lado todas as mil maneiras,
modalidades e possibilidades que existem de guiar os
homens, de dirigir sua conduta, de forçar suas ações e
reações, etc. Eu havia deixado de lado, portanto, tudo o que
normalmente se entende, tudo o que foi entendido por muito
tempo como o governo dos filhos, o governo das famílias, o
governo de uma casa, o governo das almas, o governo das
comunidades' etc. Só havia considerado, e este ano também
só considerarei, o governo dos homens na medida em que, e
somente na medida em que, ele se apresenta como exercício
da soberania politica” (FOUCAULT, MICHEL. Nascimento da
biopolítica, p. 3).
Da soberania ao biopoder
• Fazer morrer e deixar viver
• Fazer viver e deixar morrer
Biopoder: disciplina
Biopoder: biopolítica
Necropolítica
“[...] as formas contemporâneas que subjugam a vida ao poder da
morte (necropolítica) reconfiguram profundamente as relações entre
resistência, sacrifício e terror. Demonstrei que a noção de biopoder é
insuficiente para explicar as formas contemporâneas de subjugação da
vida ao poder da morte. Além disso, propus a noção de necropolítica e
necropoder para explicar as várias maneiras pelas quais, em nosso
mundo contemporâneo, armas de fogo são implantadas no interesse
da destruição máxima de pessoas e da criação de ‘mundos de morte’,
formas novas e únicas da existência social, nas quais vastas populações
são submetidas a condições de vida que lhes conferem o status de
‘mortos-vivos’. O ensaio também esboçou algumas das topografias
reprimidas de crueldade (fazenda e colônia, em particular) e sugeriu
que, sob o necropoder, as fronteiras entre resistência e suicídio,
sacrifício e redenção, martírio e liberdade desaparecem” (MBEMBE,
Achiele. Necropolítica, p. 71).
Neoliberalismo
“estudo da racionalização da prática
governamental no exercício da soberania
política” (FOUCAULT, MICHEL. Nascimento da
biopolítica, p. 4).
Neoliberalismo: a nova razão mundial
Devir-negro do mundo
“Pela primeira vez na história humana, o substantivo
negro deixa de remeter unicamente à condição atribuída
aos povos de origem africana durante a época do
primeiro capitalismo (predações de toda a espécie,
destituição de qualquer possibilidade de
autodeterminação e, acima de tudo, das duas matrizes do
possível, que são o futuro e o tempo). A essa nova
condição fungível e solúvel, à sua institucionalização
enquanto padrão de vida e à sua generalização pelo
mundo inteiro, chamamos o devir-negro do mundo”
(MBEMBE, Achiele. Crítica da razão negra, p. 19-20).
Neuroeconomia
“[...] é um indivíduo aprisionado no seu desejo. A sua
felicidade depende quase inteiramente da capacidade de
reconstruir publicamente a sua vida íntima e de oferecê-
la num mercado como produto de troca. Sujeito
neuroeconômico absorvido pela dupla inquietação
exclusiva da sua animalidade (a reprodução biológica da
sua vida) e da sua coisificação (usufruir dos bens desse
mundo) este homem-coisa, homem-máquina, homem-
código e homem-fluxo, procura antes de mais nada
regular a sua conduta em função de normas de mercado,
sem hesitar em se autoinstrumentalizar e
instrumentalizar outros para optimizar a sua quotaparte
de felicidade” (Mbembe).
Psicopolítica
“O corpo como força produtiva já não é tão
central como na sociedade disciplinar
biopolítica. Para aumentar a produtividade, não
se superam resistências corporais, mas
optimizam-se processos psíquicos e mentais”
(HAN, Byung-Chul. Psicopolítica).
Farmacopornografia
"Estamos frente a um novo tipo de capitalismo saliente, psicotrópico e
punk. Essas recentes transformações apontam para a articulação de
um conjunto de novos dispositivos de controle microprostético da
subjetividade com novas plataformas técnicas biomoléculas e
midiáticas. A nova "economia mundial" não funciona sem a
implantação simultânea e interconectada de centenas de toneladas de
esteroides sintéticos, sem a disseminação global de imagens
pornográficas, sem a elaboração de novas variedades psicotrópicas
sintéticas legais e ilegais (Lexomil, Special K , Viagra, Velocidade,
Cristal, Prozac, Ecstasy, Popper, Heroína, Omeoprazole, etc.). [...] Estes
são apenas alguns dos índices da aparição de um regime pós-
industrial, global e midiático que chamarei a partir de agora, tomando
como referência os processos governo [governamentalidade]
biomolécular (farmaco-) e semiótico-técnico (-porno) da subjetividade
sexual, ‘farmacopornográfico’ (PRECIADO, Paul. Testo junkie: sexo,
drogas e biopolítica na era farmacopornográfica).
Afetopolítica:
governamentalidade dos afetos
Afeto - mente/corpo
Afetos biopolíticos e necropolíticos
• Medo
• Insegurança
• Ansiedade
• Cansaço
• Apatia
• Esquecimento
• Saudosismo
• Etc.
Afetos biopotentes
• Coragem
• Alegria
• Amizade
• Deboche
• Solidão
• Silêncio
• Arte
• Não
Medo e o securitizado
“O regime de segurança e o estado generalizado
de exeção construíram a fígura oprimida pelo
medo e sequiosa de proteção: o securitizado”
(NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Declaração:
isto não é um manifesto, p. 21).
Cansaço
“A sociedade disciplinar de Foucault, feita de hospitais, asilos, presídios,
quartéis e fábricas, não é mais a sociedade de hoje. Em seu lugar, há muito
tempo, entrou uma outra sociedade, a saber, uma sociedade de academias de
fitness, prédios de escritórios, bancos, aeroportos, shopping centers e
laboratórios de genética. A sociedade do século XXI não é mais a sociedade
disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. Também seus habitantes
não se chamam mais “sujeitos da obediência”, mas sujeitos de desempenho e
produção. São empresários de si mesmos. Nesse sentido, aqueles muros das
instituições disciplinares, que delimitam os espaços entre o normal e o
anormal, se tornaram arcaicos. A analítica do poder de Foucault não pode
descrever as modificações psíquicas e topológicas que se realizaram com a
mudança da sociedade disciplinar para a sociedade do desempenho. Também
aquele conceito da “sociedade de controle” não dá mais conta de explicar
aquela mudança. Ele contém sempre ainda muita negatividade” (HAN, Byung-
Chul. Sociedade do cansaço, p. 23-4).
Doping: neuro-enhancement
“A sociedade do cansaço, enquanto uma
sociedade ativa, desdobra-se lentamente numa
sociedade do doping. Nesse meio tempo,
também a expressão negativa ‘doping cerebral’
é substituída por ‘neuro-enhancement’
(melhoramento cognitivo). O doping possibilita
de certo modo um desempenho sem
desempenho” (HAN, Byung-Chul. Sociedade do
cansaço, p. 69).
A conversa infinita - Alexandre Veras
Bolsa ócio já! - Solon Ribeiro
Bolsa ócio já! - Solon Ribeiro
Encontros - Cildo Meireles
Encontros - Cildo Meireles
Encontros - Cildo Meireles
Liberdade paradoxal
“O sujeito de desempenho está livre da instância externa de domínio que o
obriga a trabalhar ou que poderia explorá-lo. É senhor e soberano de si
mesmo. Assim, não está submisso a ninguém ou está submisso apenas a si
mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito de obediência. A queda da
instância dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com que
liberdade e coação coincidam. Assim, o sujeito de desempenho se entrega à
liberdade coercitiva ou à livre coerção de maximizar o desempenho. O
excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é
mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas
com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o
explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. Essa
autorreferencialidade gera uma liberdade paradoxal que, em virtude das
estruturas coercitivas que lhe são inerentes, se transforma em violência. Os
adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as
manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal” (HAN, Byung-Chul.
Sociedade do cansaço, p. 29-30).
Cuidado de si
x
Empresariamento de si

• Bartleby
• Potência do não
• Desistência
• Desinvetimento
• Solidão
• Silêncio
Brídiga Campbell
Brídiga Campbell
Brídiga Campbell
Brídiga Campbell
Velocidade e ansiedade
• Paul Virilio
Brídiga Campbell
Brídiga Campbell
Afetos biopotentes
• Biopoder – poder sobre a vida
• Tanatopoder – poder sobre a morte
• Necropoder – poder sobre a morte-vida
• Biopotência – potência de vida
• Niilismo – negação da vida
• Avesso do Niilismo – afirmação da vida
Ventura Profana e a profecia de vida
Armas e armaduras
• Proteção
• Cura
• Ataque
Carimbo-coragem - Lucas Dilacerda
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Castiel Vitorino Brasileiro
Lygia Clarck
Lygia Clarck
Hélio Oiticica
Lyz Parayzo
Lyz Parayzo
Lyz Parayzo
Lyz Parayzo
Jota Mombaça
Jota Mombaça
Jota Mombaça
Oficina de Imaginação Política
Oficina de Imaginação Política
Oficina de Imaginação Política
Convite à atenção
Políticas da recepção
Políticas da recepção
Partimos do pressuposto de que há um caráter político nas distintas
formas de recepção das obras de arte, das imagens e fenômenos
estéticos em geral, assim como retomamos pensadores que, em
chaves distintas, diagnosticam uma inflação e uma aceleração na
circulação de imagens no mundo contemporâneo. Tal inflação do
campo imagético seria responsável por violentar e/ou neutralizar
olhares e corpos, favorecendo uma sensibilidade e um imaginário
dóceis ao estágio atual do capitalismo, bem como sujeitos de sentidos
atrofiados e psiquismos regressivos. Assim sendo, a inflação e a
aceleração na circulação de imagens seria, paradoxalmente,
responsável por uma espécie de déficit estético e miséria simbólica de
consequências dramáticas na organização do tecido social e da
política. Este cenário seria o pano de fundo para as chamadas disputas
narrativas contemporâneas, influindo igualmente na relação com o
passado através de mecanismos de memória e esquecimento.

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