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Prefácio
A volta da narrativa
Interlocutor principal: Lawrence Stone;
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“(...) esse recipiente amorfo para tudo, desde mudanças no físico humano até o símbolo e o ritual, e
sobretudo para as vidas de todas as pessoas, de mendigos a imperadores.” (202)
➔ O que Stone chama de pontilhismo é uma tentativa de solucionar problemas
técnicos de apresentação;
➔ Esses experimentos são necessários para a parte da história que não pode ser
submetida à “análise”. (203)
❖ “O problema de encaixar as diversas manifestações do pensamento e
da ação humanos em um período específico não é novo nem
desconhecido” (203);
❖ Quanto mais ampla a classe de atividades humanas aceitas como
interesse legítimo do historiador, quanto mais claramente entendida
a necessidade de estabelecer conexões sistemáticas entre elas, maior
a dificuldade de alcançar uma síntese; (203)
• Duas outras razões mais substantivas para uma mudança;
➔ 1º Sucesso dos “novos historiadores” nas décadas do pós-guerra;
❖ Alcançado por uma deliberada simplificação metodológica, a
concentração na base socioeconômica e os determinantes da história,
à custa da história narrativa tradicional;
❖ Embora houvesse reducionistas econômicos extremados, esse
extremismo não era universalmente difundido: os Annales e os
marxistas continuavam interessados nos eventos ou na cultura e não
consideravam que a estrutura sempre submetia a superestrutura;
❖ A nova história dos homes e das mentalidades podem ser vistas mais
como um complemento que uma substituta às análises estruturais e
socioeconômicas;
❖ Uma vez que os historiadores se voltem para tais itens sem suas
agendas (o homem, a cultura, a mentalidade), podem preferir abordar
sua “explicação coerente da mudança no passado” começando do
específico e partindo para o geral, para a estrutura;
❖ Isso não significa uma escolha entre explicações mono ou
multicausais;
❖ Situações específicas podem servir como pontos de partida
convenientes para uma explicação mais geral;
❖ A “situação” é um meio para se cegar a um fim mais geral de
explicação coerente da história;
• Não há nada de novo em escolher observar o mundo por meio de um microscópio
em vez de um telescópio, só temos que aceitar que estamos observando um mesmo
cosmo;
➔ A escolha entre micro ou macrocosmo é uma questão de selecionar a técnica
apropriada;
➔ É significativo que hoje os historiadores escolham mais o microscópio, mas
isso não significa que eles rejeitam o telescópio;
• Grande parte daquilo que Stone investiga como continuação de
empreendimentos históricos passados podem ser explicadas por outros meios
que não como provas de falência desses empreendimentos. (205)
➔ É evidente que alguns historiadores se deslocaram das “circunstâncias” para
os “homens”, mas não é necessário analisar as modas atuais na historia
inteiramente como rejeição do passado, pois analisa-las dessa forma não é
suficiente;
• A análise de Stone não é satisfatória;
➔ Se o argumento estiver equivocado, também deve ser inadequado um
diagnóstico das “mudanças no discurso histórico” realizado em termos desse
argumento.