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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo abordar alguns aspectos a respeito dos territórios de
desenvolvimento “Planície Litorânea” e “Carnaubais” localizados no estado do Piauí, como por
exemplo seu histórico de criação, aspectos físicos e demográficos, unidades de conservação ambiental
e fatores relacionados a atividades econômicas, comércio e serviços. A metodologia utilizada foi
pesquisa bibliográfica, feita através da consulta em diversos órgãos: CODEVASF, PLANAP, IBGE,
MAPA, MCT, MI, MMA, PNUD, entre outros, cujo sites estão contido na referência. Com os sites
que foram utilizados como fonte de pesquisa pôde-se acumular uma imensa quantidade de
informações que estão sintetizadas a seguir.
DESENVOLVIMENTO
ESTADO DO PIAUÍ
O estado do Piauí está localizado na Região Nordeste do Brasil e possui uma extensão
territorial de 251.576,644 km², divididos em 224 municípios. É o terceiro maior estado do Nordeste
com sua área correspondendo a 2,9% do território brasileiro. De acordo com o censo populacional de
2010, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Piauí possui 3.118.360
habitantes, uma densidade demográfica de aproximadamente 12,4 hab/km² e um crescimento
demográfico de 0,9% ao ano.
Seu relevo é caracterizado por terrenos baixos e arenosos no litoral, planaltos na maior parte
e depressão a sudeste. A cobertura vegetal é composta por mangue no litoral, mata de cocais a oeste
e caatinga na maior parte. O clima é tropical e semiárido no interior, em virtude dessa problemática,
o estado enfrenta longos períodos de seca. Os principais rios são: Canindé, Gurgueia, Longa,
Parnaíba, Piauí, Poti.
A economia do Piauí é pautada na agropecuária extensiva; produção de produtos agrícolas,
como cana de açúcar, mandioca, feijão, arroz, algodão, milho e soja; produção da castanha de caju;
extrativismo vegetal (carnaúba, o babaçu, o buriti e o coco), além do turismo, que é um fator de
grande importância, da riqueza ambiental e da exuberante paisagem, composta por sítios
arqueológicos, como por exemplo os parques nacionais da Serra da Capivara e das Sete Cidades.
Apesar das riquezas, o Piauí apresenta muitos problemas graves, como por exemplo: o
segundo mais alto índice de analfabetismo do país; aproximadamente 30% das residências não
possuem água encanada, 50% não dispõem de rede de esgoto e 40% não contam com coleta de lixo;
o índice de mortalidade infantil é de 26,2 para cada mil nascidos vivos.
Em síntese a caracterização do território se dá da seguinte forma:
A) POSIÇÃO GEOGRÁFICA, PONTOS EXTREMOS E COORDENADAS
Posição Pontos Extremos Coordenadas
Geográfica Latitude - Longitude

Norte Ponta Setentrional da Ilha -02°44'02" -41°48'49"


Grande de Santa Isabel
Sul Divisor de águas dos rios Paraim -10°55'42" -44°55'51"
e Preto – PI/BA
Leste Divisor de águas dos cursos -06°48'10" -40°22'13"
Riachão e riacho Conceição – PI/CE
Oeste Curva do rio Parnaíba, entre os -08°55'35" -45°59'38"
afluentes da margem esquerda, rio da
Pedra Furada e Medonho
Fontes: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil – 2006 Fundação CEPRO, Anuário Estatístico do Piauí – 2001
B) POSIÇÃO GEOGRÁFICA, LIMITES E EXTENSÃO DA LINHA DIVISÓRIA
Posição Geográfica Limites Extensão da Linha
Divisória
(km) - (%)
Norte Oceano Atlântico 66 - 2,07
Sul Estado da Bahia 780 - 24,53
Estado do Tocantins 22 - 0,69
Leste Estado do Ceará 580 - 18,24
Estado de Pernambuco 240 - 7,55
Oeste Estado do Maranhão 1.492 - 46,92
Total 3.180 -100,00
Fontes: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil – 2001 Fundação CEPRO, Anuário Estatístico do Piauí – 2004

Macrorregião Território de Aglomerados de Municípios


Desenvolvimento
Litoral 1 – Planície AG 1
Litorânea Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Luís Correia, Parnaíba
AG 2
Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Caraúbas do
Piauí, Caxingó, Cocal, Cocal do Alves, Murici dos Portelas
Meio-Norte 3 – Carnaubais AG 5
Boa Hora, Boqueirão do Piauí, Cabeceiras do Piauí,
Campo Maior, Capitão de Campos, Cocal de Telha, Jatobá do
Piauí, Nossa Senhora de Nazaré, Sigefredo Pacheco
AG 6
Assunção do Piauí, Buriti dos Montes, Castelo do Piauí,
Juazeiro do Piauí, Novo Santo Antônio, São João da Serra, São
Miguel do Tapuio
Fonte: Piauí, Governo do Estado Lei Complementar Nº 87, de 22 de agosto de 2007
MAPA DOS TERRITÓRIOS
TERRITÓRIO DE DESENVOLVIMENTO “PLANÍCIE LITORÂNEA”
Histórico da criação do território de desenvolvimento “Planície Litorânea”
Uma das mais dificultosas e trabalhosas navegações de todo o mar Oceano é a que se faz do
Maranhão ao Ceará, pela costa, não só pelos muitos e cegos baixios, mas muito mais pela
impertinência dos ventos e a perpétua correnteza das águas... Carta do padre Antônio Vieira, in
Thèberge, 2001, p. 58. O Baixo Parnaíba desempenhou importante papel no processo de ocupação
nordestino tanto pelas condições favoráveis à navegação quanto pela posição estratégica do Porto das
Barcas, no município de Parnaíba, com exportações para a Bahia, o Pará e o Rio de Janeiro. Se a
cidade de Oeiras centralizava as articulações leste–oeste que ligavam o Piauí ao interior nordestino,
mantendo sua posição hegemônica no período de expansão da pecuária bovina e no comércio da carne
seca a ela associada, a Vila de Parnaíba consolidava, também, seu crescimento a partir dessa
atividade, com o papel de produtor de charque e entreposto de exportação.
Em meados do século XVIII até as três primeiras décadas do século seguinte, Parnaíba
conheceu um período de enorme expansão, revelada não só pelo adensamento da ocupação da área
do Delta, mas, também, pela capacidade de gerar e movimentar grandes fortunas, resultando na
criação da Alfândega em 1817. Após 1852, foram introduzidas e intensificadas novas formas de uso
dos recursos naturais, como babaçu e carnaúba, passando a constituir-se, a partir do início do século
XX, na principal atividade econômica do Vale do Parnaíba e da área próxima à sua foz.
Ao contrário do ciclo anterior, a expansão de Parnaíba e de seu entorno teve de conviver, no
novo ciclo, com o processo de afirmação da capital, Teresina, como centro urbano e de influência
econômica sobre o norte do Piauí e as áreas contíguas no Maranhão. Parnaíba continuou a ocupar a
posição de destaque relacionada à função portuária como ponto de concentração e escoamento da
produção do interior e de regiões próximas, como Cocal, Piracuruca e Piripiri. A partir da implantação
da malha ferroviária e, principalmente, da expansão dos eixos rodoviários, a cidade ficou esvaziada
da sua função original, passando, junto com sua área de influência a integrar, indiretamente, um eixo
transversal de importância secundária na economia nordestina.
Caracterização do território
O Território da Planície Litorânea é composto por dois Aglomerados: AG 1, com oito
municípios, e AG 2, com sete municípios distribuídos nos Estados do Ceará, do Maranhão e do Piauí,
conforme mostra o Quadro 3. Treze dos quinze municípios do Território têm sua maior população na
zona rural, que, juntamente com a urbana, compõe um total de 369.227 habitantes. Somente Parnaíba
e Ilha Grande têm maior população urbana configurando forte conurbação entre os dois municípios.2
Ressalte-se que o município de Parnaíba possui a maior densidade demográfica, com 305,7 hab./km²;
o município de Granja – criado em 1776 – tem a maior área territorial e uma densidade demográfica
de 17,9 hab./km²; Bom Princípio do Piauí tem a mais baixa densidade demográfica do Território: 5,3
hab./km².
ASPECTOS FÍSICOS E DEMOGRÁFICOS
Área, população e densidade demográfica por município e por Aglomerado componente
do Território
Características socioeconômicas
Algumas atividades em expansão no Território têm grande potencial econômico, contrastando
com a inexistência de saneamento ambiental para provimento de condições de salubridade do meio
físico à saúde e ao bem-estar da população, tais como: abastecimento e qualidade de água para
consumo humano, esgotamento sanitário, drenagem urbana, coleta e disposição final dos resíduos
sólidos, educação sanitária ambiental, melhoria sanitária domiciliar, controle de vetores e
reservatórios de doenças transmissíveis, uso e ocupação dos solos e eficiência na gestão dos serviços
de educação e saúde, como mostra o Quadro abaixo:
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, AÇUDES E BARRAGENS
A população convive em um ambiente cujas características estão sintetizadas no Quadro a
seguir.
ECONOMIA: ATIVIDADES ECONÔMICAS, COMÉRCIO E SERVIÇOS
Tendo uma visão de futuro, foi realizado fases de sensibilização e mobilização do Estado e a
realização de um processo de imersão – conhecimento da realidade – utilizando o sistema Itog, que
permite a análise das dimensões ambiental, sociocultural e econômica a partir do estudo das variáveis
investimento, tecnologia, organização e gestão, com enfoque nas potencialidades e nas limitações do
Território. Assim, foi construído o diagnóstico participativo do Território, que, acrescido de dados
secundários, foi validado pelos atores sociais presentes nas Oficinas dos Aglomerados e reflete a
análise dos representantes dos municípios do Território sobre a realidade local.
SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO FEITO COM BASE NO SISTEMA ITOG
DIMENSÃO AMBIENTAL – RECURSOS NATURAIS
DIMENSÃO SOCIOCULTURAL
Saúde, educação e cultura
DIMENSÃO ECONÔMICA
Agricultura
Pecuária
Crédito, instituições financeiras, comércio e serviços
Características ambientais e UCs propostas para o Território
“Formado pela tensão ecológica entre as formações de caatinga a leste, cerrados a sul-oeste
e sistemas marinhos a norte, o Território apresenta situação ímpar no litoral brasileiro. Essa
configuração complexa de ecossistemas imprime à área uma importância global para sua
conservação.
A alta biodiversidade, a raridade, os endemismos e a existência de ameaças relacionadas à
perda de habitats para conversão de áreas para a agropecuária e a aquicultura, além do avanço
da fragmentação e da extração desordenada de recursos naturais, justificam ações enérgicas
de planejamento, ordena - mento e controle territorial para que este patrimônio não seja
perdido.
Além do sistema deltaico, são encontrados outros quatro estuários, que somados às várzeas
e aos sistemas lagunares, correspondem a aproximadamente 12% da área de estudo,
conferindo-lhe uma importância única do ponto de vista de produtividade e riqueza biológica.
Esses sistemas alagáveis (estuarinos e de água doce) constituem os sistemas ecológicos mais
produtivos do planeta, e, nesta região, estão concentrados em um espaço relativamente
reduzido”
(ZEE Baixo Rio Parnaíba, MMA, 2002).
As APAs do delta do Parnaíba, da serra da Ibiapaba e da RESEX estão localizadas no mapa.
O ZEE Baixo Rio Parnaíba propõe a criação das seguintes Unidades de Conservação:
• APA das nascentes dos rios da Fome, Barro Duro, Capim, Magu e São Bernardo, envolvendo
os municípios de Paulino Neves, Tutóia, Santana do Maranhão, Santa Quitéria do Maranhão e
Barreirinhas, no Maranhão;
• EE na área da RESEX e da APA do delta do Parnaíba em Araioses, no Maranhão;
• Parque Serra de Santa Rita, em Luís Correia-PI; Granja-CE e Parque Bom Princípio do Piauí-
PI;
• APA Lagoa do Bacuri, em Magalhães de Almeida, São Bernardo, Santa Quitéria do MA, no
Maranhão, e Joaquim Pires, Murici dos Portelas, Joca Marques e Luzilândia, no Piauí;
• APA de Parnaíba e Luís Correia-PI, ampliação.

Fragilidades dos sistemas ambientais


As ações antrópicas no Território são materializadas no uso e na ocupação do solo urbano e
rural, pelo destino das águas residuais e dos resíduos só - lidos, pela pesca predatória e pela
sobrepesca, pelo desmatamento e por obras diversas. Essas situações ocorrem no Território. Com
base no diagnóstico da situação atual da área de estudo, foram propostas 16 unidades de intervenção
e gestão, divididas em três tipos de área: frágeis, medianamente frágeis e medianamente estáveis.
Extrativismo, produção artesanal e agroindústria
Turismo

Turismo – informações complementares


O turismo é uma atividade humana complexa que determina o consumo de uma ampla
variedade de bens e serviços, entre eles transporte, hospedagem, alimentação e entretenimento. É uma
indústria refinada que tem evoluído para prestar serviços aos consumidores antes, durante e após as
suas viagens fora do lugar de sua residência habitual. Por meio desta indústria, as consequências
econômicas do turismo transcendem as nações, as regiões, as cidades, os povos, as comunidades e os
indivíduos.
Considerando que o maior potencial turístico da Planície Litorânea é seu ecossistema, é
fundamental ter presente que a fragilidade desses ecossistemas, apontada no Zoneamento Ecológico-
Econômico do Baixo Rio Parnaíba, define o ecoturismo como o segmento da atividade turística capaz
de utilizar, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural do Território.
Diante dessa realidade, vale salientar as seguintes observações:
• O ZEE teve a preocupação de identificar as atividades de acordo com os tipos de área:
frágeis, medianamente frágeis e medianamente estáveis (Box 4) que permite somente atividades de
turismo de baixo impacto, como passeios turísticos, lazer, contemplação, incluindo os campos
rochosos, turismo rural, pesca esportiva, cultural (manifestações) e científico (arqueologia).
• Aliados ao aproveitamento desse potencial, devem ser constantes os cuidados com a
avaliação da capacidade de carga do ecossistema para fins de implantação de projeto ecoturístico,
com projetos arquitetônicos e de infraestrutura harmônicos com os ambientes naturais.
O estudo da Planície mostra que o turismo tem a capacidade de criar sinergias com quase a
totalidade das áreas de produção presentes no Território. A organização e a promoção de vínculos
com a economia local, envolvendo pequenos produtores e empreendedores, possibilita compartilhar
amplamente os benefícios da atividade turística. No Território da Planície Litorânea, o artesanato
(cestaria, cerâmica, rendas e bordados), exemplo deste vínculo, dá identidade à economia,
privilegiando os pequenos negócios com atributos típicos e específicos de sistemas produtivos
tradicionais. O artesanato configura-se como um forte atrativo no Território Litorâneo e com
oportunidades para micro e pequenas empresas, que são, genuinamente, detentoras de autenticidade
e estão imersas em um riquíssimo e diversificado patrimônio cultural.
Outras atividades poderão compor essa identidade: pesca, captura do caranguejo, cajucultura,
ovinocaprinocultura e produção artesanal de doces, farinhas e outros produtos com características
regionais portadores de certificação de origem e indicação geográfica, valorizando os produtos locais,
artesanais e biológicos, em oposição à produção industrial, distante e impessoal.
Na opção pela atividade turística com essas características, estabelecer-se-ia o diferencial
competitivo da atividade no Nordeste. Os estados do Nordeste preparam-se, ao longo dos anos, para
fazer da atividade turística o promotor do desenvolvimento, onde a geração de emprego e a
distribuição de renda são problemas crônicos. Entretanto, o trade turístico trabalha com o objetivo de
atrair grandes investimentos nacionais e internacionais sem ter como condicionante básico o
diferencial oferecido pelas características ambientais.
Dessa forma, buscaram com o PRODETUR/NE prover de infraestrutura básica e serviços
públicos as áreas de expansão turística e onde a capacidade do estado não acompanhou a demanda
por tais serviços; os investimentos beneficiarão principalmente a população de baixa renda das áreas
selecionadas. Com a melhoria das condições das áreas turísticas, busca-se também atrair atividades
turísticas privadas adicionais e de melhor padrão, gerando assim oportunidades de emprego e
aumento dos níveis de renda e das receitas públicas. É importante observar que no PRODETUR/NE
os Estados do Ceará, do Maranhão e do Piauí focam a consolidação do produto turístico em pólos
descontínuos, dificultando a otimização dos investimentos em infraestrutura e a construção de um
produto único para o Território.
No Maranhão, é objeto de financiamento do PRODETUR o Polo São Luís e Alcântara; para
o Ceará, o Polo Costa do Sol, próximo à capital; e no Piauí, o Polo Costa do Delta. O Território da
Planície Litorânea apresenta algumas variáveis preocupantes e, certamente o mercado turístico
responde a essa realidade: 97,5% dos recursos financeiros dos municípios são oriundos do FPM e do
FUNDEF; a população apresenta uma média de apenas 1,83 anos de estudo; saneamento básico,
rodovias, telefonia móvel, energia elétrica, ordenamento da ocupação urbana e preservação ambiental
dos municípios da Costa do Delta, sobretudo a orla de Luís Correia, são problemas que demandam
soluções imediatas.
Objetivando complementar o investimento realizado na primeira fase, no PRODETUR II para
o Piauí está definida a proposta de investimentos, cuja situação atual é mostrada no Quadro 6. Os
investimentos previstos totalizam US$ 21 milhões, sendo 60% com recursos do financiamento do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 40% contrapartida brasileira por intermédio do
Ministério do Turismo (MTUR). Ressalve-se que ao se conveniar com o estado o MTUR trabalha
com uma contrapartida estadual de 10%. Para a execução do PRODETUR, estão articulados a
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMAR), a Secretaria de Infra-Estrutura
(SEINFRA) e parcerias com o IBAMA e a CODEVASF.
Bovinocultura de leite
O leite é considerado um alimento quase completo para a espécie humana por sua riqueza em
nutrientes, sendo amplamente comercializado e consumido pela população, especialmente por
crianças e idosos. A produção de leite é uma atividade econômica que cumpre uma importante função
social, sendo exercida principalmente por pequenos produtores na região do Baixo Parnaíba. No
Território da Planície Litorânea está a maior bacia leiteira do Vale do Parnaíba. Em 2004, esta
produziu 11,2 t de leite. Em Parnaíba, há duas indústrias de laticínios, a Cooperativa Delta e o
Laticínio Longá.
O rebanho é formado por 90% de gado girolanda (gir+holandês), tendo animais de alto padrão
genético, com produção de até 35 kg/dia em duas ordenhas. A Cooperativa e o Laticínio Longá
possuem, juntos, 429 fornecedores efetivos. Os principais municípios produtores, em ordem
decrescente, são: Parnaíba, São José do Divino, Caraúbas do Piauí, Luís Correia, Araioses Buriti dos
Lopes, Piracuruca, Bom Princípio do Piauí e Murici dos Portelas. Apenas dois desses municípios não
pertencem ao Território: Piracuruca e São José do Divino. As indústrias colocam no mercado leite
tipo C, bebidas lácteas, iogurte, manteiga, queijo frescal, requeijão, queijo de coalho e doce de leite.
Os produtores contam com o apoio técnico da Cooperativa e da EMBRAPA Meio-Norte, que
possui tecnologia disponível para a alta produção em regime de pastagem cultivada na região.
Organizados em um Fórum que envolve todas as instituições que participam do arranjo produtivo do
leite, a atividade mostra tendência de crescimento no Território e de inclusão de um maior número de
pequenos produtores.
O artesanato no caminho da sustentabilidade
“As políticas estabelecidas para o segmento artesanal brasileiro pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão voltadas para a organização e o fortalecimento
dos núcleos de produção (associações e cooperativas de artesãos), bem como para a promoção e o
incentivo à comercialização de produtos artesanais, em consonância com as diretrizes definidas para
o segmento das micro e pequenas empresas:
• geração de emprego, ocupação e renda;
• estímulo à exportação;
• desenvolvimento e aproveitamento das vocações locais;
• fortalecimento dos arranjos produtivos locais/regionais;
• integração regional e internacional” (PAB – MDICE).
A implementação dessas políticas definidas para o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)
envolve parcerias entre os órgãos do governo federal, dos estados, dos municípios e de entidades
privadas. Os estados que compõem o Território trabalham essa atividade com programas de
artesanato estaduais, representações do PAB, instituições do Sistema S, universidades e CEFET, com
ações que vão da capacitação ao incentivo a incubadoras de artesanato. A produção artesanal do
Território absorve uma rica diversidade de recursos naturais e possibilita a criação de utilitários,
produção artística, lúdica e doceira que agrega valores culturais tradicionais repassados oralmente e
por aprendizado direto.
Os artesãos, organizados ou não, e seus parceiros institucionais estão prontos para a
articulação e a implantação de um Centro Tecnológico (MCT – Secretaria da Ciência e Tecnologia
para a Inclusão Social). Este Centro seria referência no Nordeste para a qualificação e o aprendizado,
bem como um espaço para o resgate da memória e a preservação da cultura tradicional.
Simultaneamente, a constituição do arranjo produtivo local do artesanato no Território possibilitaria
consolidar o produto artesanal no mercado – do local para o global –, criando, assim, uma nova
realidade econômico-social.
Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR)
(proposta de investimentos prioritários)
Urbanização de áreas turísticas

Obras de infraestrutura
Tendências das atividades produtivas
O diagnóstico da dimensão econômica permitiu identificar a situação das atividades
produtivas no Território. A Figura 1 possibilita verificar que a agricultura familiar está estagnada,
mas é uma atividade potencial, considerando-se que é responsável pela produção de bens de consumo
básico, tais como feijão e mandioca. A estagnação é mantida pelo contraponto entre as políticas de
crédito, que por não serem vinculadas a estratégias de produção mantêm o agricultor familiar à
margem do processo produtivo, ao mesmo tempo em que inexiste análise de resultados de
investimento e poupança para o agricultor familiar.
A leitura do diagnóstico permite, também, aferir que os programas de incentivo à agricultura
familiar têm instrumentos para desenvolver habilidades de gestão capazes de conduzir o agricultor
familiar a investimentos que gerem poupança. O arroz de sequeiro vem sendo substituído pelo arroz
irrigado, principalmente no Aglomerado 2, e o cultivo da mandioca apresenta-se como importante
alternativa para agregar valor à produção, com diversificação do produto (farinhas, raspa, pré-cozido
e alimentação animal). A pesca artesanal demanda organização e manejo para apresentar-se como
expressiva atividade econômica. Está presente no Território com importante papel na geração de
emprego e renda.
As informações mapeadas possibilitaram indicar a tendência das atividades produtivas do
Território, caracterizando-o como produtor de matéria-prima, criando, assim, um ambiente potencial
para o surgimento de atividades.
LORENS, Francisco Albuquerque. Desenvolvimento econômico local: caminhos e desafios para a construção
de uma nova agenda política – BNDES, 2001. Original: Desarrollo econômico local en Europa y América Latina.
transformação que também demandam melhoria da infraestrutura básica existente.
A visualização dessa tendência está na Figura 2 a seguir.
Essas tendências caracterizam o Território e são as linhas mestras de um processo de
desenvolvimento econômico e de mudanças estruturais que conduzirão a uma melhoria de vida da
população, impulsionando o desenvolvimento endógeno. Não há dúvida de que é necessário melhorar
os níveis de eficiência produtiva e racionalidade do conjunto de atividades econômicas, setores e
empresas, a fim de ajustar a estrutura produtiva às novas exigências da atual revolução tecnológica e
organizacional. Mas isso requer uma estratégia de desenvolvimento que seja capaz de dinamizar e
utilizar produtivamente a potencialidade dos recursos naturais, humanos, tecnológicos, ambientais e
territoriais existentes.
Áreas de relevante interesse coletivo apresentadas por dimensão
Nas oficinas realizadas nos Aglomerados 1 e 2, os atores sociais, de acordo com as
potencialidades e as limitações das dimensões econômica (produtiva e infraestrutura), ambiental e
sociocultural, que compõem o diagnóstico, identificaram áreas de relevante interesse coletivo,
conforme mostram as Figuras 3 e 4. As ações, por Aglomerado, formaram um agregado de interesses,
e se implementadas de forma integrada e complementar, conduzirão ao desenvolvimento sustentável
tratado, ao longo do trabalho, como [...] o processo de mudança social e elevação da qualidade das
oportunidades da sociedade, compatibilizando, no tempo e no espaço, o crescimento e a eficiência
econômicos, a conservação ambiental, a qualidade de vida e a equidade social, partindo de um claro
compromisso com o futuro e da solidariedade entre gerações6 (Buarque, 1994).
Pesca artesanal – sustentabilidade possível
“O desenvolvimento da pesca artesanal está fundamentado na sustentabilidade econômica e
social dessa atividade, bem como na sustentabilidade biológica dos estoques pesqueiros.
Nesse sentido, o fomento dessa atividade requer o ordenamento das principais pescarias
brasileiras, dentre elas aquelas consideradas em regime de sobreexplotação, tais como a pesca
da sardinha no Sudeste/Sul, da lagosta e do pargo no litoral norte/nordeste, e da piramutaba
na foz do Amazonas, dentre outras”
(SEAP/PR).
Visando, portanto, ao ordenamento dessas pescarias, o MMA e o IBAMA tomaram iniciativas
que envolveram a definição de períodos de defeso (sardinha e piramutaba), controle e monitoramento
de frota (lagosta, pargo e piramutaba) e tipos de petrechos permitidos (lagosta e pargo). A pesca
artesanal, marítima e fluvial, na Planície Litorânea da Bacia do Parnaíba desempenha importante
função social – 10 mil pescadores e familiares dependem dessa atividade. Para satisfazer à demanda,
a própria demanda explicita que, de alguma maneira, exista uma ordenação da pesca de forma
ecologicamente correta e socialmente justa, com melhoria da qualidade de vida dos pescadores e de
suas famílias.
A existência de Unidades de Conservação – APAs e RESEX – possibilita que sejam
elaborados mapas sobre a própria pesca e os processos ecológicos pertinentes a ela. Assim, é possível
recuperar, mesmo de forma intuitiva, e conservar algumas das múltiplas dimensões dos complexos
ecossistemas com que interage a pesca. Para que a atividade possa sair de simples “pescadora” para
o beneficiamento de produtos com selo ecológico e conquista de nichos especiais de mercado, será
necessária uma ampla ação envolvendo investimentos na recuperação e na modernização da frota, na
segurança, na alfabetização dos pescadores e na participação cidadã para a constituição de uma nova
institucionalidade que possibilite a concertação das ações e a constituição de parcerias. A pesca
artesanal e de pequena escala tem a função primordial de contribuir para a segurança alimentar e o
cumprimento dos objetivos do milênio.
Ao analisar a composição das áreas de relevante interesse coletivo, é possível identificar um
agregado de interesses cujo encadeamento forma uma escala que conduz ao desenvolvimento
sustentável, como é possível ver na Figura 5. Logo a seguir estão sintetizadas as preocupações e as
ideias apresentadas. Durante as oficinas de trabalho, os atores sociais entenderam que num processo
de desenvolvimento a preocupação primeira é com a educação formal, e propuseram uma quebra de
paradigmas sugerindo um planejamento e uma gestão participativa voltados para a contextualização
do ensino com os sistemas organizacionais do Território.
A segunda está voltada para a expansão qualificada da saúde preventiva, para a modernização
de equipamentos e para a gestão dos hospitais estaduais. O saneamento básico é a terceira
preocupação, o que envolve os serviços de abastecimento de água com qualidade para o consumo
humano, o esgotamento sanitário e a coleta e destino final dos resíduos sólidos (domiciliar e
hospitalar). A quarta é com a qualidade do fornecimento de energia elétrica e com a abrangência da
rede. A quinta preocupação é com as rodovias de acesso que também está direcionada para a
infraestrutura, tudo em constante convergência e interdependência.

Projetos para o território


As ações propostas na dimensão sociocultural são objeto de políticas públicas consolidadas
em programas federais. A implementação dessas políticas públicas ocorre com a descentralização dos
recursos financeiros e de gestão para estados e municípios. Fortalecendo a implementação dessas
políticas, a participação social tem sua representatividade nos conselhos, que, além do papel de
fiscalizadores, são também importantes como incentivo à participação democrática da população na
formulação e na implementação dessas políticas.
Para a execução dos projetos propostos para o meio ambiente e a infraestrutura – considerados
condicionantes para a implantação dos projetos prioritários – durante as oficinas os municípios, os
estados e o governo federal construíram vínculos de compromisso para a execução de um projeto
coletivo de desenvolvimento. As instituições participantes do processo de construção são parceiras
comprometidas e multiplicadoras da articulação e da concertação das políticas públicas para a
otimização e o adensamento dos recursos, num esforço conjunto para a implementação das ações e
dos projetos de desenvolvimento para o Território.
Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos
As palestras proferidas por técnicos, pesquisadores e especialistas atenderam à demanda
expressa nos temas constantes da Figura 6, com destaque para os pontos considerados informações
orientadoras para a definição das propostas de projetos.

Processo de priorização das propostas de projetos


Após o nivelamento técnico, as propostas de projetos foram trabalhadas tendo como
referência uma visão de futuro desejada para um período de vinte anos. Essas propostas podem ser
concretizadas em ações de curto, médio e longo prazos. Para a identificação dos três projetos
prioritários para o Território, utilizou-se como instrumento a matriz multicritérios. Os critérios
definidos como referências foram:
• abrangência territorial;
• capacidade de geração e distribuição de renda;
• capacidade de agregar novas iniciativas e parcerias;
• impacto sobre o ambiente natural. Para a obtenção do resultado do cruzamento de projeto e
critérios, trabalhou-se com os seguintes pesos e conceitos: 5 – forte; 4 – meio forte; 3 – médio; 2 –
fraco; 1 – muito fraco. Para o critério impacto sobre o ambiente natural, a leitura desses pesos foi
invertida, ou seja: 5 – muito fraco; 4 – fraco; 3 – médio; 2 – meio forte; 1 – forte. Os projetos de
agricultura familiar, agricultura irrigada, apicultura, bovinocultura do leite, pesca artesanal e
ovinocaprinocultura compuseram a matriz multicritério.
O resultado está na Figura 7.

Propostas de projetos de desenvolvimento para o Território


O diagnóstico mostrou que o Território carece de infraestrutura básica para desenvolver
plenamente suas potencialidades e, assim, oferecer aos seus habitantes qualidade de vida e novas
oportunidades de geração de riquezas. A proposta é direcionada à ampliação e à qualificação dos
investimentos públicos em infraestrutura, que, além de serem condicionantes para o desenvolvimento
sustentável, viabilizam novos arranjos produtivos, integram regiões produtoras a mercados
consumidores, aceleram o avanço tecnológico, aumentam a competitividade e propiciam acesso à
informação e ao conhecimento.
O ordenamento territorial permite potencializar os aproveitamentos naturais para o
desenvolvimento e, dessa forma, assegurar a proteção das áreas mais frágeis e suscetíveis à
degradação ambiental, bem como a defesa dos ecossistemas naturais. A necessidade de um tratamento
diferenciado na implementação de ações visando ao desenvolvimento em ecos Regiões compostas de
ecossistemas frágeis como a Planície Litorânea precisam contar com cuidados redobrados no que
tange às ações que visam promover o desenvolvimento.
Tanto as iniciativas visando à produção como as de instalação de infraestrutura devem estar
sintonizadas com os ditames do desenvolvimento sustentável. Considerando a limitação imposta, é
indispensável que as ações de meio ambiente e instalação de infraestrutura sejam priorizadas por
conta do caráter de pré-requisito que lhes é atribuído. sistemas frágeis como o da Planície Litorânea
e à qualificação e à implantação de infraestruturas como estradas e saneamento básico recebeu
tratamento de componentes que perpassam todas as ações, sejam sociais ou produtivas, e propostas
de acordo com a prioridade das atividades e do impacto no Território e na construção do
desenvolvimento sustentável.
Condicionantes para a implantação dos projetos prioritários

Regiões compostas de ecossistemas frágeis como a Planície Litorânea precisam contar com
cuidados redobrados no que tange às ações que visam promover o desenvolvimento. Tanto as
iniciativas visando à produção como as de instalação de infraestrutura devem estar sintonizadas com
os ditames do desenvolvimento sustentável. Considerando a limitação imposta, é indispensável que
as ações de meio ambiente e instalação de infraestrutura sejam priorizadas por conta do caráter de
pré-requisito que lhes é atribuído.
Propostas de projetos prioritários para geração de renda e inclusão social A agricultura
familiar – mandiocultura e arroz irrigado – e a ovinocaprinocultura são, para o Território, as
atividades produtivas prioritárias.

Essas atividades mobilizam diversos atores, como centros de pesquisa, universidades,


instituições governamentais e empresas que tenham como meta mudanças nos paradigmas
tecnológicos do setor.
Em meio à diversidade de produção e de problemas estruturais (educação, energia, terra,
tecnologia, crédito, mercado), a pergunta que cada pai de família se coloca é como ganhar dinheiro
com seu negócio. A resposta para o agricultor familiar ainda é ambígua. Precisa, de um lado, continuar
com a diversificação (para diluir custos e aproveitar as oportunidades da oferta ambiental e a
disponibilidade de mão-de-obra); e de outro, especializar-se em um ou mais produtos de mercado, no
qual possa agregar valor econômico e auferir mais lucro por unidade produzida.
José Renato Figueira Cabral é pesquisador da Embrapa. E-mail: renato.cabral@embrapa.br.
São projetos de forte impacto econômico e social e também competentes para criar um
ambiente capaz de responder aos desafios da inclusão social e do desenvolvimento sustentável. As
atividades demandam organização, capacitação tecnológica e gestão para que possa ocorrer o
adensamento das atividades em um arranjo produtivo, objetivando favorecer o aumento do índice de
investimentos em infraestrutura básica pelo governo, bem como o aumento da densidade inovadora.
Essas atividades geram outras oportunidades estruturais, que, sendo “oportunidades associadas”, por
sua vez, criam oportunidades de negócios e de investimento de empresas de transformação de
matéria-prima no Território.
Aquicultura
A produção global da aquicultura tem apresentado elevados níveis de crescimento nas últimas
duas décadas. No Brasil, essa expansão está expressa no aumento do consumo per capita de pescados,
de 6,0 para 8,0 kg/ano. A potencialidade do Brasil para o desenvolvimento da atividade vem sendo
demonstrada pelo crescimento contínuo a partir do final da década de 1990. Essa produção concentra-
se principalmente na piscicultura continental e na carcinicultura marinha, representando 63,55% e
36,32%, respectivamente.
Entre os pescados mais cultivados predominam as tilápias, as carpas e o camarão branco do
Pacífico, espécies exóticas introduzidas, cujo desempenho zootécnico comprovado dá suporte à
produção até que o Brasil possua pacotes tecnológicos para as espécies nativas com grande potencial
de cultivo, combinando conhecimentos científicos e tradicionais. Os sistemas de produção de peixes
em tanques-rede nos reservatórios do Baixo São Francisco, onde as espécies mais cultivadas são a
tilápia-do-nilo e a tilápia-vermelha, e o potencial natural do litoral do Piauí conduziram a Companhia
de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) a conceber ações para
o fortalecimento do Polo de Aquicultura na região norte do estado.
Um conjunto de obras dará apoio ao desenvolvimento da atividade, cujo objetivo é a geração
de emprego e renda a partir do fortalecimento do arranjo produtivo local. Para isso, alguns pontos são
considerados fundamentais, tais como:
• realização de parcerias;
• definição, em conjunto com o setor produtivo e com órgãos ambientais e de pesquisa, dos
instrumentos de gestão ambiental e de códigos de conduta para as atividades aquícolas;
• desenvolvimento de pesquisa participativa na área econômica e socioambiental, tendo o
agronegócio e os ecossistemas aquáticos integrados às microbacias hidrográficas como unidade de
gestão ambiental;
• pesquisa de mercado abrangente, direcionada para o atendimento das demandas do
consumidor, considerando o escoamento da produção em escala e a possibilidade de abertura de
novos canais de comercialização;
• aumento do consumo de peixe pela população local, incluindo-o na merenda escolar.
Outras propostas de projetos
Faz-se necessário um rápido comentário sobre a importância dos projetos que obtiveram menor peso
na matriz de multicritérios, uma vez que para o Território as propostas de projetos que obtiveram menores
pontuações são também prioritárias e, consequentemente, de importância econômico-social significativa. A
pesca artesanal apresenta a possibilidade de recuperação de parte da capacidade produtiva com medidas de
controle de esforço de pesca, permitindo que os estoques comprometidos voltem a produzir a partir da
identificação de novas espécies de valor econômico.
Para isso, demandam medidas de gestão e conservação, principalmente tomando as áreas de proteção
ambiental – RESEX e APA – como potencial gerador de tecnologias sustentáveis e a organização dos
pescadores com fortalecimento dos princípios éticos, solidários e inclusivos. A importância e o caráter de
urgência de decisões para essa atividade indicaram a necessidade da apresentação da proposição de um projeto
com custos definidos.
A bovinocultura do leite é uma atividade característica da agricultura familiar e com
possibilidade de atração de pequenos produtores, representando, no Território, o crescimento da
agroindústria.

O Estado do Piauí está, hoje, entre os maiores produtores de mel no Brasil. No Território da
Planície Litorânea, é importante a realização de pesquisas para identificar o potencial da florada
melífera a fim de que os apicultores possam avaliar a viabilidade econômica dessa atividade.

Algumas experiências mostram que a agricultura familiar necessita de novo enfoque para que
o agricultor possa, como profissional, gerar riqueza com negócios produtivos. Para criar
competitividade no agregado de produção, há que reconsiderar os conceitos, as formas, os métodos e
os meios operativos com os quais se trata a atividade do agricultor: o produtor tem que entrar nas
estruturas de geração e retenção de riqueza para vencer as estruturas de pobreza. A estrutura de
pobreza se caracteriza pela incapacidade crônica de expandir o potencial produtivo e a criatividade
do grupo familiar agrícola para atividades complementares dentro ou fora da propriedade. A
agregação de valor se faz simultaneamente na força de trabalho e no produto agrícola (Eugênio
Giovenardi em Os pobres do campo).
TERRITÓRIO DE DESENVOLVIMENTO “CARNAUBAIS”
Histórico da criação do território de desenvolvimento “Carnaubais”
O Território dos Carnaubais é formado por 26 municípios distribuídos em três Aglomerados,
sendo dois no Estado do Piauí e um no Ceará. Foi palco de acontecimentos históricos bastante
interessantes quando um dos seus principais municípios – Campo Maior – que à época era uma vila,
sediou importante batalha de adesão do Piauí à independência do Brasil – a Batalha do Jenipapo, por
ter acontecido às margens do rio de mesmo nome. Este acontecimento é considerado uma memorável
investida contra o julgo português, principalmente em oposição às tropas militares que defendiam a
manutenção da Coroa Portuguesa.
De acordo com a citação de monsenhor Chaves:
“Não há na história da Independência do Brasil uma página mais épica, mais
emocionante do que as que escreveram, com sangue e bravura, aqueles
homens, no dia 13 de março de 1823, às margens do rio Jenipapo”.
O processo de conformação do Território reflete a forma de criação dos municípios que
compõem os Aglomerados. O AG 29, no Ceará, tem sua origem vinculada às propriedades rurais
denominadas de sítios e fazendas, em sua maioria doadas, ocupadas por agricultores e pecuaristas.
Destacam-se aí municípios como Tamboril, Nova Russas e Quiterianópolis, que têm suas
origens datadas dos séculos XIII e XIX. Os municípios dos AGs 5 e 6, no Piauí, remontam suas
origens aos séculos XIII e XVII, a partir de Castelo do Piauí e Campo Maior, este último oriundo de
fazendas de gado, elevando-se à categoria de vila em 1761, com o nome de Campo Maior graças aos
extensos campos de carnaubais, sendo elevado à categoria de cidade somente em 1836. Deste
Aglomerado, seis foram desmembrados a partir de Campo Maior. Os outros dez são oriundos de
Barras, São Miguel do Tapuio, Castelo do Piauí, Alto Longá e Piracuruca.
Quanto aos aspectos econômicos, o Território desenvolve atividades de grande relevância para
a economia regional e para o Estado do Piauí, principalmente exploração da carnaúba, pecuária (com
bovinocultura de corte, produção de carne-de-sol e criatório de caprino e ovino), exploração de pedra
ornamental, de calcário e produção de castanha de caju. A relação entre as populações piauiense e
cearense que ocupam este Território se dá a partir do início do século XX, quando o atual município
São Miguel do Tapuio foi elevado à categoria de distrito para desenvolver atividades comerciais, em
sua maioria realizadas pelos cearenses. Assim, teve início o intercâmbio comercial entre os
Aglomerados.
Fonte: Almanaque Vale do Paraíba 2004-2005, CODEVASF
Características Histórico-Culturais
O Território dos Carnaubais tem sua história marcada por importantes acontecimentos de luta
e resistência como a Batalha do Jenipapo (13 de março de 1823), que recebeu esse nome por ter
acontecido às margens do rio de mesmo nome. Este acontecimento de luta pela independência do
Brasil da dominação portuguesa marca a adesão do Piauí a essa causa.
Quanto à origem e processo de formação do Território, os municípios dos aglomerados 5 e
6,remontam suas origens aos séculos XIII e XVII, a partir de Castelo do Piauí e Campo Maior, este
último oriundo de fazendas de gado, elevando-se à categoria de vila em 1761, com o nome de Campo
Maior graças aos extensos campos de carnaubais, sendo elevado à categoria de cidade somente em
1836.
Dos municípios que compõem esse território, conforme o mapa acima, seis foram
desmembrados a partir de Campo Maior. Os outros dez são oriundos de Barras, São Miguel do
Tapuio, Castelo do Piauí, Alto Longá e Piracuruca. Quanto aos aspectos econômicos, o Território
desenvolve atividades de grande relevância para a economia regional e para o Estado do Piauí,
principalmente exploração da carnaúba, pecuária (com bovinocultura de corte, produção de carne-de-
sol e criatório de caprino e ovino), exploração de pedra ornamental, de calcário e produção de
castanha de caju.
Fonte: adaptado de Almanaque Vale do Paraíba 2004-2005, CODEVASF /PLANAP – Plano de
desenvolvimento da Bacia do Parnaíba – 2006.
CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO DOS CARANAUBAIS
Características Gerais
O Território dos Carnaubais foi oficializado enquanto território de desenvolvimento do Piauí
em 18 de setembro de 2003, através de resolução do CEDERPA – Conselho Estadual de
Desenvolvimento Rural e Política Agrícola. Inicialmente composto pelos municípios de Alto Longa,
Assunção do Piauí, Boa Hora, Boqueirão do Piauí, Buriti dos Montes, Cabeceiras do Piauí, Campo
Maior, Capitão de Campos, Castelo do Piauí, Cocal da Telha, Coivaras, Jatobá do Piauí, Juazeiro do
Piauí, Nossa Senhora de Nazaré, Novo Santo Antônio, São João da Serra, São Miguel do Tapuio e
Sigefredo Pacheco, esse território, durante o processo de diagnostico participativo redefiniu sua
composição retirando Alto Longa e Coivaras, uma vez que os dois municípios se identificam com o
Território Entre Rios, assim em sua nova composição o território conta com 16 municípios.
O território ocupa uma área de 32.899,91 km2, correspondendo a 9,87% da Bacia do Parnaíba.
A população total do Território é de aproximadamente 426.752 hab. Os Aglomerados 5 e 6 detêm
uma população de 159.587 hab. O AG 29 (CEARÁ) concentra 267.165 hab, cerca de 60% maior que
os Aglomerados do Piauí. Dos 26 municípios, 19 têm sua maior população na zona rural, com o total
de 151.479 hab., representando 36,63% da população total do Território. Campo Maior, Ipueiras e
Crateús destacam-se em relação à população total urbana. O município de Poranga tem a maior
densidade demográfica do Território, com 47,40 hab./km², e São Miguel do Tapuio, com 3,60
hab./km², ocupando uma área de 5.220,51 km²
No Território dos Carnaubais, foram definidos, pelos atores sociais, como prioritários projetos
produtivos de ovinocaprinocultura, cajucultura, apicultura, bem como projetos de suporte no âmbito
da infraestrutura e do meio ambiente, os quais são considerados preponderantes para a geração de
renda e a inclusão social da população do Território.
Segundo um Estudo Propositivo realizado na área, a agricultura familiar, caracterizada pelas
lavouras temporárias constitui-se na principal atividade econômica da população do território de
Carnaubais. As culturas de arroz, feijão, milho e mandioca são predominantes, caracterizando uma
dinâmica de subsistência, sendo que parte da produção da agricultura é anualmente perdida com o
fenômeno da seca verde (veranicos extensos após o plantio das lavouras), configurando-se um quadro
de dificuldade para economia familiar. O Território apresenta significativa produção de feijão que é
comercializada para o Ceará, com beneficiamento insuficiente para agregar valor comercial ao
produto.
As frutas das regiões secas do Nordeste, nativas, pela capacidade de armazenarem de água
nas raízes tuberosas, produzem frutos saborosos e nutritivos, considerados como ricas fontes de
vitaminas, e que estão integradas aos hábitos alimentares das pessoas e dos animais que povoam essa
região. São na verdade, árvores com múltiplas e importantes utilidades. A maior importância dessas
frutas está atualmente no aspecto do aproveitamento econômico em termos de industrialização pelas
comunidades rurais. No território dos Carnaubais, a atividade da cajucultura é responsável por
significativa parte da renda dos agricultores na época da safra.
A produção de “cajuína”, bebida não alcoólica, tipicamente piauiense, agregado à produção
de doce, licor e geleia, contam com produção crescente. A coleta dessa fruta (na safra) é responsável
pela absorção de mão-de-obra e geração de renda das famílias de agricultores familiares no território,
sendo a castanha o produto de maior valor comercial. A criação de gado, tradicional atividade da
região, vem sendo substituída pela criação de pequenos animais em sua maioria caprinos e ovinos.
Embora apresente importância social e econômica no Piauí, no território de Carnaubais a
ovinocaprinocultura convive ainda com baixa taxa de desfrute do rebanho, consequência do baixo
uso de tecnologia e insuficiente assistência técnica.
A aplicação de manejo alimentar, sanitário e reprodutivo adequados e aliados à implantação
de infraestrutura básica de produção concorrerá, de forma efetiva, para transformar o atual sistema
de agricultura familiar de subsistência em uma atividade familiar economicamente rentável e
ambientalmente sustentável, desde que parta de uma melhor compreensão sobre as experiências
empíricas das famílias que praticam essa atividade, obtendo melhores resultados práticos. A renda
familiar ainda é complementada pelo extrativismo vegetal, notadamente a carnaúba (cera e pó), assim
como madeira para geração de energia (lenha e carvão).
A caatinga típica da região, apresenta inúmeras espécies de capins e outras madeiras utilizadas
para a confecção de artesanato. O extrativismo vegetal e mineral no Território tem potencial para
agregar valor aos produtos artesanais produzidos pelas comunidades rurais, podendo ocupar valor de
destaque no complemento da renda familiar. Os municípios de Castelo do Piauí, Assunção do Piauí,
Buriti dos Montes e São Miguel do Tapuio apresentam um potencial para a atividade do turismo rural,
turismo de aventura, ecoturismo e o turismo arqueológico, sendo, desta forma um segmento da
economia importante para as atividades não agrícolas, no contexto do desenvolvimento rural
sustentável. Hoje, o turismo religioso é praticado, principalmente nos festejos religiosos, com
destaque para as romarias à Pedra de Castelo onde o misticismo, a religiosidade e a fé no poder
milagroso das almas atraem inúmeros turistas.

Criação dos municípios no Território de Desenvolvimento dos Carnaubais

O Território – as dimensões intangíveis do desenvolvimento


[...] Os territórios são campos geográficos construídos socialmente, marcados por traços
culturais e quase sempre articulados política e institucionalmente. A vida cultural das
comunidades humanas, rurais ou urbanas, tem existência territorializada. O Território
incorpora a totalidade do processo de modificação do mundo cultural, revelando identidades
específicas que proporcionam o princípio da integração social. De alguma maneira os
Territórios configuram o ser coletivo, o caráter das comunidades e desenham tipos
diferenciados de sociabilidade. A singularidade de cada Território demanda estratégias e
políticas endógenas que expressem sua identidade”.
Carlos Jara, EXPO DLIS, Brasília, 2002.
ASPECTOS FÍSICOS E DEMOGRÁFICOS
Área e população por municípios federadas do território
Municípios Área % População %
km² hab.
Aglomerado 5 5.788,29 17,59 93.870 21,99
Boa Hora 335,74 1,0 5.170 1,2
Boqueirão do Piauí 281,19 0,9 5.567 1,3
Cabeceiras do Piauí 609 1,9 8.498 2,0
Campo Maior 1.699,38 5,2 43.126 10,1
Capitão de Campos 538,68 1,6 10.036 2,4
Cocal de Telha 322,1 1,0 4.248 1,0
Jatobá do Piauí 663,79 2,0 4.314 1,0
Nossa Senhora de Nazaré 359,34 1,1 3.865 0,9
Singefredo Pacheco 982,07 3,0 9.046 2,1
Aglomerado 6 13.945,12 42,4 65.717 15.39
Assunção do Piauí 1.690,71 5,1 6.933 1,6
Buriti dos Montes 2.652,10 8,1 7.284 1,7
Castelo do Piauí 2.063,96 6,3 18.339 4,3
Juazeiro do Piauí 827,19 2,5 4.523 1,1
Novo Santo Antônio 528,4 1,6 3.155 0,7
São Joao da Serra 962,25 2,3 6.675 1,6
São Miguel do Tapuio 5.220,51 15,9 18.808 4,4
A população residente no território totaliza 132.370 habitantes, o que equivale a 4,6% da
população total do Estado do Piauí. Os municípios de maior população residente são Campo Maior
(43.126) e São Miguel do Tapuio (18.808) e os de menor população residente são Novo Santo Antônio
(3.155) e Nossa Senhora de Nazaré (3.865). O território é constituído de pequenos municípios com
densidade demográfica média de 8%.
Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) dos municípios do território,
nenhum apresenta índices acima de 0,700. Os municípios que apresentam os piores índices são Novo
Santo Antônio e Cabeceiras do Piauí com 0,509 e 0,525 respectivamente. Já os municípios de Campo
Maior e Capitão de Campos apresentam os melhores índices do território com 0,676 e 0,608
respectivamente. Analisando os dados isoladamente, o indicador de Renda é o que mais contribui
para o baixo IDH-M pois, dos 16 municípios que compõem o território, 14 não atingem índice
superior a 0,500 para este componente. Já com relação ao componente da educação observa-se que
dois municípios atingem índices acima de 0,700 são eles Campo Maior com 0,750 e Nossa Senhora
de Nazaré com 0,708.
O quadro de pobreza deste território é grave, considerando que 65,6% do total de domicílios
do território vivem em condições de pobreza. Este dado fica ainda mais relevante quando
desagregado. Uma fração representativa do total de municípios que compõem este território vive em
situação de pobreza. Dos 16 municípios 12 apresentam índices acima de 60% de domicílios vivendo
em situação de pobreza. Em relação à renda per capita, ou seja, a renda total do município dividida
pelo número de habitantes de cada município, os municípios de Campo Maior (118,89 R$/mês) e
Assunção do Piauí (74,22 R$/mês) estão entre os que apresentam melhores indicadores.
Os municípios que apresentam os menores resultados sobre a renda per capita são Novo Santo
Antônio (42,75 R$/mês) e Cabeceiras do Piauí (48,03 R$/mês). Por fim, numa comparação com dados
estaduais sobre índices econômicos, o território representa 3,6% da renda total das pessoas (ainda
considerando Alto Longa e Coivaras) e 72,6% em relação à renda per capita mensal, chegando a
0,07% do que se apresenta em todo o estado de Piauí. Em relação ao Valor Anual Bruto da Produção
Agropecuária, o território representa 5,8% do Estado do Piauí.
Em se tratando dos principais indicadores de educação deste território, embora os dados
sistematizados datem de 1996, entre os municípios com maiores porcentagens de pessoas, com mais
de 15 anos analfabetas estão Assunção do Piauí e Boa Hora. Os que apresentaram menores
porcentagens, foram os municípios de Campo Maior e Nossa Senhora Nazaré. Sobre os responsáveis
por domicílios, com menos de 4 anos com frequências escolares, o município com menor índice, ou
seja, em melhor condição, é Campo Maior com 57,5% ; por outro lado, os municípios de Assunção
do Piauí, Boa Hora, Boqueirão do Piauí, Buriti dos Montes, Juazeiro do Piauí, Novo Santo Antônio,
São João da Serra, São Miguel do Tapuio e Sigefredo Pacheco, apresentam os piores índices , todos
acima de 80%. Já a porcentagem de crianças de 7 a 14 anos com matrículas nas escolas, todos os
municípios apresentam índices acima de 70%, segundo dados de 1996. Hoje essa estatística se
aproxima de 100%.
Do ponto de vista econômico, no Território dos Carnaubais são desenvolvidas atividades
produtivas relevantes que dinamizam a economia territorial. Há atividades históricas, como a extração
da carnaúba e a pecuária de corte. Outras estão em processo de expansão com tendência à
consolidação, como a extração de minerais e a apicultura. Essas atividades se desenvolvem no
Território apesar das limitações físicas e humanas, no âmbito da infra-estrutura, da assistência técnica
e da prestação de serviços. Em relação à infra-estrutura física, tanto as estradas quanto a energia
elétrica a de água são oferecidos em condições precárias, sendo insuficientes para atender à demanda
básica do Território, principalmente na área rural. Os serviços de qualidade, como saneamento
ambiental para provimento de condições de salubridade do meio físico e saúde da população, segundo
depoimentos dos atores sociais, não são tratados pelos gestores como política de desenvolvimento.
No que diz respeito à oferta de serviços no setor educacional, os atores sociais da educação e
os pais, apontam que a precariedade física de algumas escolas, com salas multisseriadas, a baixa
qualidade do ensino, a dificuldade de acesso ao material didático e a inadequação do calendário
escolar, principalmente na zona rural, contribuem para a permanência dos elevados índices de
analfabetismo, repetência, distorção idade–série e evasão escolar. Na saúde, os fatores mais
agravantes, segundo os gestores de saúde e os usuários, são a rotatividade de recursos humanos e a
precariedade dos equipamentos hospitalares, levando a população a buscar atendimento médico de
média complexidade fora do Território.

Características Político-institucionais.
No que se refere à institucionalização dos poderes da sociedade civil e do estado, há uma
diversidade de organizações municipais, estaduais e federais e outras institucionalidades de atuação
para além dos municípios, ou seja, com atuação regional e/ou territorial. No campo da sociedade civil,
o Território está constituído de 16 sindicatos de trabalhadores rurais, associações de pequenos
produtores rurais, associações de assentamentos de reforma agrária; existem nos municípios os
conselhos de educação, assistência social, saúde, FUMAC, merenda escolar; e ONG de maior
relevância são CEPAC e CARITAS.
Há a presença das igrejas católicas, evangélicas e manifestações religiosas de umbanda e
espiritismo, todas com organizações atuantes. O Território apresenta ainda organizações de mulheres
e juventude e movimentos de defesa do meio ambiente. Há organizações dos empreendedores urbanos
através das associações comerciais e presença de cooperativas.
No campo governamental, o Território está constituído por 16 Prefeituras Municipais, 16
Câmara de Vereadores e representações diversas de órgãos estaduais (Educação, Saúde, Fazenda,
DETRAN, Polícia Militar, UESPI, PCPR, COMDEPI, SEEAB, EMATER, INTERPI, dentre outros)
e federais (INSS, Receita Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, IBAMA, UFPI, CONAB,
SUDENE, DNOCS, INCRA, EMBRAPA, MDA/SDT, Exército, Polícia Rodoviária, dentre outros).
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, AÇUDES E BARRAGENS
O Território dos Carnaubais ocupa uma área de 17.698,14 Km², equivalente a 7,03% da área
territorial do Estado. A maior área territorial está nos municípios de São Miguel do tapuio (5.222,05
Km) e Buriti dos Montes (2.652,1 Km²) e a menor nos municípios de Boqueirão do Piauí (281,2 Km²)
e Cocal de Telha (322,1 Km²)
Os quadros a seguir apresentam um resumo das principais características fisiográficas e
ambientais do território:
O Território dos Carnaubais está localizado em duas regiões fitoecológicas de caatinga e de
tensão ecológica. Sua vegetação é uma mistura de cerrado e caatinga (vegetação de parque). Nesse
ambiente estão inseridos os geossistemas Cuesta da Serra Grande, depressão de Crateús e baixada de
Campo Maior. A vegetação de Cuesta de Serra Grande e de depressão de Crateús oferece pouca
proteção aos solos e é semiárida, portanto, sujeitando-as a uma situação de instabilidade. No que se
refere à área de tensão ecológica onde se localiza a baixada de Campo Maior, ocorre vegetação de
parque com mistura de cerrado e caatinga. O cerrado ocupa as áreas elevadas, e a caatinga, as áreas
mais baixas, que periodicamente são alagadas, caracterizando-se num ambiente de transição,
apresentando instabilidade entre inundações e secas.
Meio ambiente dos Carnaubais numa perspectiva de sustentabilidade
O Território dos Carnaubais apresenta uma riqueza natural diversa, própria de um meio
ambiente que detém biomas de caatinga e cerrado. A caatinga representa o ecossistema genuinamente
brasileiro. No entanto é pouco protegida, com raras Unidades de Conservação e de Proteção. Apesar
da escassa atenção que se dá a esse bioma, no Território dos Carnaubais foram criadas duas Reservas
Particulares de Patrimônio Nacional, de interesse público e em caráter de perpetuidade, ambas
reconhecidas pelo IBAMA. A RPPN Serra das Almas, que está localizada no município de Crateús-
CE, e a RPPN Marvão, situada no município de Castelo do Piauí, na Fazenda Boqueirão, apresentam
potencial para o ecoturismo, com diversos atrativos para os visitantes. No Território encontram-se
outros atrativos naturais, como o cânion do rio Poti, localizado principalmente no município de Buriti
dos Montes. Possui diferentes formações rochosas, como o cânion Verde, onde se situam as serras
que abrigam o Grande Cânion e o Canalão, por onde corre o rio Poti entre paredões de até 40 m de
altura. Em toda a extensão dos paredões encontram-se inscrições rupestres, bem como a cachoeira do
Lembrada e suas corredeiras. Também aparecem como atrativos neste Território as formações
rochosas com torres e arcos, com interior dividido em amplos salões, semelhante a um castelo. Do
ponto de vista arqueológico, os sítios apresentam vestígios de figuras rupestres que representam
lagartos e desenhos geométricos. Diante das riquezas naturais presentes nos Carnaubais, faz-se
necessário implementar medidas de conservação desses recursos ofertados pela natureza, como
manejo das áreas de reservas e construção de um plano de reconhecimento e preservação dos sítios
arqueológicos com vistas ao uso sustentável do meio ambiente do Território.
Fonte: Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias Agropecuárias para o Brasil (PRODETAB);
Associação Caatinga; IBAMA e PIEMTUR
ECONOMIA: ATIVIDADES ECONÔMICAS, COMÉRCIO E SERVIÇOS
Visão de futuro
Os espaços de inserção cultural são potencializados para crianças, adolescentes, jovens,
adultos e terceira idade com práticas voltadas para a arte, esporte e lazer. Hoje dispomos de creche
para atender as crianças em todos os municípios de forma satisfatória. No aspecto econômico
dispomos de uma excelente malha viária para o escoamento da produção e transporte de qualidade de
baixo custo o que garante acesso a toda a população. A eletrificação está completa, na zona urbana e
principalmente na zona rural, já conseguimos usufruir da energia.
A uma considerável diversificação de tecnologia voltada para a pesquisa e produção com uma
política voltada para o setor primário. Com relação à dimensão ambiental, dispomos de uma
preservação de todas as nascentes dos rios e recuperação dos solos com monitoramento permanente,
existe cuidado com a preservação da fauna e da flora, com a criação de diversos parques ecológicos.
Atualmente, as escolares possuem disciplinas específicas e obrigatórias sobre a convivência
sustentável com o meio ambiente. Dispomos de uma política agrária permanente aonde o trabalhador
e trabalhadora rural tem acesso à terra com assistência técnica eficiente.
As instituições governamentais, e não governamentais interagem de forma consensuada
cumprindo com seu papel, cada uma dentro de sua especificidade, mas favorecendo o
desenvolvimento de todos, com expansão permanente das políticas sociais que vem a satisfazer a
população “.
SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO FEITO COM BASE NO SISTEMA ITOG
DIMENSÃO AMBIENTAL – RECURSOS NATURAIS

DIMENSÃO SOCIOCULTURAL POTENCIALIDADES SAÚDE


POTENCIALIDADES EDUCAÇÃO E CULTURA
Museu Zé Didor: um espaço de resgate de histórias sociocultural e ambiental do Brasil
Encontra-se localizado no Território dos Carnaubais, mais especificamente em Campo Maior, um
museu que conta histórias do Território, do Nordeste, do Brasil e até de outros países. O museu Zé
Didor foi idealizado e concretizado pelo piauiense José Cardoso da Silva Neto, conhecido por Zé
Didor, que emprestou seu apelido ao museu. No começo eram só doações de pessoas que
frequentavam o bar desse piauiense que aos poucos foi se transformando num misto de bar e museu.
A primeira doação foi feita por um médico frequentador do bar, que doou um sino para chamar o
dono. A partir daí as doações não pararam, cada objeto traz uma história contada pelo doador. Em
1994, Zé Didor transformou o botequim num museu, mas manteve a venda da cerveja para os amigos.
São muitas histórias peculiares relaciona - das aos objetos, que vão desde um tronco petrificado de
milhões de anos até o primeiro computador de Campo Maior.
Atualmente, o museu dispõe de mais de 50 mil itens catalogados em cartório, todos doados, e
é considerado um dos maiores museus privados do Brasil. O museu foi reconhecido como instituição
de utilidade pública em nível municipal, estadual e federal, e em 1984 foi criada a Fundação Cardoso
Neto para geri-lo juridicamente, mudando-se para as instalações da estação da Rede Ferroviária
Federal de Campo Maior (REFFESA). Somente em 2002 o referido espaço foi doado à fundação com
o apoio do Ministério da Cultura. O museu recebe visitas de vários grupos de outras regiões do Brasil,
bem como de outros países, a exemplo de pesquisadores suíços e alemães, que vieram ver de perto o
acervo e, em particular, uma moeda – libra esterlina – datada de 1777, considerada única. O museu
Zé Didor recebe contribuições financeiras e técnicas de várias universidades federal e estadual e de
um jornal do Sul do país.
Fonte: Museu Zé Didor - 2005 Jornal O Estado de S. Paulo – 1999

DIMENSÃO ECONÔMICA
Carne-de-sol – principal produto da pecuária do Território dos Carnaubais
A pecuária de corte é, para o Brasil, uma atividade de grande importância econômica e deverá
se fortalecer nessa posição nos próximos anos, consolidando-se tanto como produtora de alimento
nobre para o mercado interno quanto na captação de divisas. Dentre as formas de consumo da carne
bovina, a carne-de-sol é o produto mais tradicional e mais consumido nas regiões Norte e Nordeste,
sendo considerado um alimento com alto teor calórico, proteico e de grande aceitação pela maioria
dos consumidores em virtude de suas características sensoriais peculiares.
“A carne-de-sol surgiu como uma alternativa para a preservação do excedente de
produção de carne bovina, ante as dificuldades encontradas para sua conservação por
refrigeração. A utilização dessa técnica acabou popularizando a carne-de-sol, surgindo,
assim, várias denominações: carne-seca, carne-de-jabá, carne-de-sertão, carne-de-viagem,
carne-de-paçoca”
(Nó - brega, Schineider; 1983).

“As mantas já salgadas são colocadas em varais de madeira, e o tempo de secagem


é o mais variado possível: uns realizam esta etapa por duas ou quatro horas, outros deixam
as mantas por até cinco horas em varais de secagem.” Mesmo com a comercialização
difundida em todo o Território, ainda existem limitações à sua produção e comercialização:
o abate dos bovinos é realizado nas propriedades sem cuidados sanitários e, normalmente,
exposta em vias públicas. “Para garantir qualidade à carne-de-sol, diminuindo riscos para o
consumi - dor, são necessárias medidas orientadas na adoção de modernas técnicas de abate,
procedimentos de higiene sanitária, melhoria da tecnologia de fabricação e a presença atuante
de médico veterinário especialista em produtos de origem animal”
(Paulo Roberto de Azevedo e Marcus Vinícius Tavares Morais. A tecnologia da
produção de carne-de-sol e suas implicações nos aspectos higiênico-sanitários).
Dimensão Político-Institucional.
POTENCIALIDADES:
• Atuação de ONG com educação para a fiscalização, presença de sindicatos e pólo sindical,
ampliação da gestão social através do colegiado territorial, maior aproximação entre lideranças do
poder público e da sociedade civil.
ESTRANGULAMENTOS:
• Decisões tomadas sem a participação popular; Gestão político-partidária; Impunidade da má
gestão pública; Políticas inadequadas às necessidades da população; A gestão e a prestação das contas
públicas não são transparentes; Oferta reduzida dos Programas Federais: atendimento de um público
parcial; Má aplicação dos recursos públicos; temor dos conselheiros em contrariar os interesses do
gestor público; Pouco compromisso dos representantes dos conselhos; Desvio dos objetivos definidos
para os programas federais (PETI, PSF, Bolsa Renda/Escola etc.); Pouco interesse dos conselheiros;
Não há prática da gestão participativa; Pouca atuação política dos sindicatos de trabalhadores rurais
(STR) na defesa dos direitos dos seus associados; As organizações sociais não são reconhecidas pelo
poder público; Os STR não estão conscientizados sobre as políticas sociais disponibilizadas para a
população rural.
Extrativismo
Eixos econômicos estratégicos
• Desenvolvimento da Ovinocaprinocultura
A ovinocaprinocultura no Estado, para a grande maioria dos criadores caracteriza-se como
atividade de subsistência, apresentando uma cadeia produtiva desorganizada. Atualmente, o desafio
é a transformação da ovinocaprinocultura em atividade geradora de renda capaz de inserir os
produtores no mercado, e para tanto é necessário definir um produto que possa contribuir para este
processo de transformação. A carne produzida por esses animais apresenta elevada qualidade e
aceitação tanto nos mercados locais, regionais, nacionais e internacionais, portanto pode ser
caracterizado como um produto que pode determinar esta mudança.
No processo de produção onde as fases de cria e terminação são realizadas dentro do sistema
de produção integrado e sustentável desencadeará um processo de produção de carne de caprinos e
ovinos que deverá provocar mudanças na ovinocaprinocultura no Território, onde os produtores
deverão melhorar os manejos, sanitário, reprodutivo e alimentar de modo à obtenção de animais, no
ponto de abate, com idade média de 9 meses e peso médio de 15 Kg por carcaça.
Estimulados pela possibilidade de ter um local para recebimento programado dos animais
produzidos em sistema integrado onde, os produtores estarão assistidos e capacitados neste modelo
sustentável apresentaremos um Plano de Desenvolvimento da Ovinocaprinocultura de forma
integrada objetivando o incremento da produção de carne e peles com agregação de valor a este
produto da agricultura familiar.
Análise baseada na definição participativa dos eixos econômicos estratégicos e construção
teórica da consultora Adriana Melo, hoje integrante do Núcleo Técnico.
• Desenvolvimento da Cajucultura
O Nordeste brasileiro possui a maior área cultivada com caju do Brasil, sendo o Piauí um dos
maiores produtores dessa fruta, ocupando o segundo lugar no “ranking” nacional. Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, mais de 10% dos estabelecimentos rurais
piauienses cultivam o caju e mais de 90% são de agricultores familiares. Isso mostra a importância
socioeconômica dessa atividade para o Território e para o Estado pela oportunidade de ocupação da
mão-de-obra com obtenção de renda num período que coincide com a entressafra das culturas anuais
de sequeiro.
O desenvolvimento sustentável da cajucultura passa necessariamente por mudanças
tecnológicas no sistema de produção que sejam capazes de proporcionarem ganhos de produtividade
e de qualidade do produto – castanha e pedúnculo. A castanha do caju é comercializada tanto em “in
natura” como beneficiada, e o aproveitamento do pedúnculo do caju no processamento industrial
ainda é uma atividade pouca desenvolvida no Território, sendo utilizada em pequena escala na
fabricação artesanal da cajuína e de doces diversos.
Dessa forma, apresentamos um Plano que tem como estratégia desencadear um novo processo
de aproveitamento do caju na transformação em cajuína e doces junto aos agricultores familiares e
agregação de valor com o beneficiamento da castanha.
• Incremento à exploração racional da carnaúba.
O Território é uma região multiopcional, sua economia não se restringe à agricultura e
pecuária e seus derivados. No setor extrativista ganha peso a extração de cera de carnaúba. A
carnaubeira, também conhecida como a árvore da vida, tem como característica sua
multifuncionalidade, fornecendo madeira para construção civil e marcenaria, suas folhas são
utilizadas na confecção de chapéu, capachos, vassouras, espanadores, esteiras, cestos (artesanato),
mas seu principal produto é a cera, que depois de sofrer processo industrial é usada para fabricação
de velas, ceras polidoras, vernizes, papel-carbono, isolante e impermeabilizantes.
• Incremento da cultura de feijão
Neste Território a população rural vive basicamente da agricultura, a partir de lavouras de
sequeiro (milho, feijão) e pequenas criações de caprinos e ovinos. Parte da produção da agricultura é
anualmente perdida com a seca, configurando-se um quadro de baixa produtividade e diminuição da
renda familiar. O Território dos Carnaubais é caracterizado pela produção de grãos, especialmente o
feijão, tendo colhido uma área expressiva desta cultura.
No Território, o município de São Miguel do Tapuio é o responsável por grande parte da
produção. O assentamento Saco do Juazeiro, um dos grandes produtores de feijão, tem hoje toda sua
produção escoada para o estado do Ceará. No entanto, a produção deste assentamento e dos demais
municípios que fazem parte do Território é comercializada sem o beneficiamento (classificação e
empacotamento - necessário para se agregar valor comercial ao produto) e preços irrisórios, o que
tem deixado os agricultores familiares com uma renda bastante baixa. Os agricultores familiares
aproveitam os grãos apenas para o consumo direto. Entretanto, há uma perda muito grande da
produção ainda no campo, devido principalmente à falta de beneficiamento e armazenamento da
produção.
O potencial existente é pouco aproveitado, haja vista, que simples tecnologias não chegam
aos agricultores. Considerando este contexto, a implantação de um plano de incremento da cultura
feijão, constitui-se como um mecanismo que possibilitará dos agricultores familiares beneficiados
com o projeto, terem acesso à tecnologia que permitirá agregar valor à produção familiar, levando-os
a superarem alguns entraves enfrentados no processo de comercialização da produção, garantir a
segurança alimentar e melhorarem a renda familiar, quando da comercialização da produção
beneficiada e a um preço justo.
• Desenvolvimento da Apicultura
A importância da Apicultura no Piauí é destaque nacional em função do seu grande potencial,
revelado por uma alta produção, que o elenca entre os maiores produtores do país. Estamos, é certo,
ainda no início de um processo de melhor estruturação da atividade, buscando imprimir um caráter
empresarial, aos pequenos, associados ou não, visando a transformação geral do setor. As grandes
áreas de mata nativa ainda inexplorada dão sustentação à apicultura em pequena escala, devido a alta
produtividade reconhecida na região. A introdução desta atividade vai retirar o grande percentual de
exploradores predatórios inserindo-os competitivamente no mercado.
• Apoio ao desenvolvimento de atividades não agrícolas
Os municípios pertencentes ao Território dos Carnaubais, principalmente, Castelo do Piauí,
Juazeiro do Piauí, São Miguel do Tapúio, Assunção do Piauí e Buriti dos Montes possuem diversos
atrativos com potencial para o desenvolvimento do turismo, seja ele religioso, científico e
arqueológico, rural, de aventura ou ecológico. Formações rochosas de beleza singular, lagoas, rios,
cachoeiras e sítios de inscrições rupestres fazem parte destes atrativos, que no momento são destinos
de poucos visitantes, na grande maioria, de origem do próprio Estado.
O principal atrativos turísticos deste Território é: a Pedra de Castelo, que recebe na maioria
das vezes pessoas simples da região. São agricultores que se dirigem a este monumento da natureza
para fazerem peregrinações, romarias, vigílias, novenas e pagamento de promessas.
Encontram-se diversos outros atrativos arqueológicos, naturais e geológicos, inclusive, a
Cachoeira das Arraias de grande beleza; ainda no Município de Castelo do Piauí existem diversos
atrativos arqueológicos, como os complexos dos Picos, na comunidade homônimos, com cerca de 20
famílias, com diversos sítios de inscrições rupestres, como o letreiro do Ninho do Urubu, a Pedra da
Gameleira, a Pedra Furada dos Picos, a Pedra do Dinheiro e a Pedra das Letras dos Índios e também
por onde o Rio Poty forma estreitas gargantas em forma de Canyon, e, ainda, as comunidades
quilombolas com suas culturas e tradições, sociedade excluída das ações governamentais à margem
das políticas sociais.
Estes atrativos reúnem condições concretas para contribuírem com o desenvolvimento
econômico e social da população deste Território, porém atualmente, a visitação aos seus atrativos se
dá de maneira irregular e inexpressiva, por se encontrarem, na sua maioria, em áreas distantes dos
grandes Centros Urbanos, de difícil acesso e desprovidos de infraestrutura básica e turística, bem
como de equipamentos e serviços de apoio, não promovendo, ainda, resultados palpáveis para seus
habitantes.
Essas dificuldades, conferiram a um grande número dos atrativos evidenciados, um estado
muito bom de conservação e os tornaram mais propícios ao desenvolvimento do turismo sustentável
e de inclusão que acrescidos com os atrativos artesanais e a carência e simplicidade deste povo podem
promover inclusão e desenvolvimento. Para tanto, estes atrativos somente poderão ser divulgados e
promovidos para a visitação turística, no momento em que estiverem oportunamente preparados e
protegidos e os agentes locais adequadamente capacitados.
Produção artesanal, agroindústria e indústria

Pesca artesanal e piscicultura


Turismo, comércio e serviços

Instituições financeiras e crédito


Acesso à terra
Infraestrutura e saneamento
Resumo das atividades produtivas mapeadas por Aglomerado e por Território
Com as atividades produtivas mapeadas pelos atores sociais, identificou-se com maior
clareza as fases em que se encontra cada atividade nos Aglomerados. Assim, de forma desagregada,
visualizam-se os Aglomerados com características de produtores de matéria-prima, bem como com
ambiente potencial para a implantação de atividades produtivas de transformação.

Mapeamento das atividades produtivas nos Aglomerados dos Carnaubais

A figura a seguir mostra o mapeamento das atividades produtivas de forma agregada com uma
visualização mais aproximada do conjunto produtivo do Território a partir dos diferentes estágios.
Áreas de relevante interesse coletivo
Os atores sociais que participaram das Oficinas de Aglomerados, num processo de leitura e
análise crítica, com vistas à identificação das possibilidades de ações que apontem para mudanças da
realidade atual, mapearam algumas áreas de interesse coletivo embasadas nas potencialidades e nas
limitações das atividades relacionadas às dimensões sociocultural, ambiental e econômica, conforme
mostra a Figura 4.
Figuras 5. Composição das áreas de interesse coletivo do Aglomerado 6
No que se refere aos interesses coletivos identificados no Território, verifica-se a capacidade
de os atores sociais perceberem a interdependência das diferentes dimensões trabalhadas, assim como
a visão contextual e de complementaridade. Quando os atores sociais destacavam a importância das
atividades produtivas, não perdiam de vista que as ações no campo produtivo não avançam sem
investimentos nas dimensões sociocultural – nas áreas de educação e saúde – e ambiental. Do ponto
de vista da educação, os atores sociais centraram seus interesses na melhoria da qualidade do ensino
e na profissionalização de nível médio voltada para as vocações produtivas do Território. Em relação
à saúde, o interesse maior foi focalizado na qualidade dos serviços prestados à população. As
infraestruturas ligadas ao saneamento, ao fornecimento de energia e ao abastecimento de água foram
consideradas pré-requisitos para a qualidade de vida da população. Em relação às condições logísticas
de apoio às atividades produtivas, os interesses estão voltados para a qualidade da energia fornecida
e para a malha rodoviária de acesso e escoamento da produção. A conservação ambiental foi
considerada como pressuposto ao desenvolvimento sustentável, tendo interconexão com todas as
proposições de interesse coletivo. A leitura realizada pelos atores sobre as convergências e a
interdependência das ações nas diferentes dimensões evidencia a necessidade do fortalecimento e da
consolidação dos processos organizativos coletivos e de gestão compartilhada, com foco na
capacitação e na geração de competências no âmbito do Território.

Projetos para o território


Algumas das ações propostas pelos participantes dos eventos nos diversos níveis de atividades
desenvolvidas pelo PLANAP (imersão municipal, Oficinas de Aglomerados e Oficina de Território)
têm sua governabilidade nos municípios e no estado. São políticas de saúde, educação e assistência
social já consolidadas por programas federais e ações estaduais que compõem um escopo que, se bem
articulados, se tornam a mola propulsora para o desenvolvimento sustentável. Essas instâncias terão
de ser articuladas por um modelo de gestão de políticas públicas que permita a otimização e o
adensamento dos recursos públicos, num esforço de implementação das políticas de desenvolvimento
construídas pelos Territórios, comprometendo municípios e estados na execução de um projeto
coletivo. Assim, o PLANAP focaliza sua intenção numa proposta de desenvolvimento que contempla
demandas de infra-estrutura – hierarquizando-as de acordo com sua função e impacto para o
desenvolvimento do Território – projetos ambientais compreendidos como pré-requisitos para
qualquer política de desenvolvimento sustentável e três atividades produtivas capazes de desenvolver
o Território, ampliando assim os mecanismos de inclusão social, geração e distribuição de renda.
Processo de priorização das propostas de projetos
De um conjunto de mais de 14 propostas de projetos socioculturais, econômicos, ambientais
e da área de infraestrutura trabalhados nas Oficinas de Aglomerados, seis anteprojetos produtivos
foram escolhidos pelos participantes para aprofundamento e priorização na Oficina de Território. As
demais propostas são ações que têm governabilidade no âmbito dos municípios e dos estados. Na
Oficina de Território, após os ajustes realizados nos trabalhos de grupo, as seis propostas de projetos
produtivos foram submetidas à plenária para apreciação e escolha das três prioritárias, tendo por base
critérios e pesos apresentados na matriz de multicritérios.
Matriz de multicritérios com classificação dos projetos

Para a obtenção do resultado do cruzamento de projeto e critérios, trabalhou-se com os


seguintes pesos e conceitos: 5 – forte; 4 – meio forte; 3 – médio; 2 – fraco; 1 – muito fraco. Para o
critério impacto sobre o ambiente natural, a leitura desses pesos foi invertida, ou seja: 5 – muito fraco;
4 – fraco; 3 – médio; 2 – meio forte e 1 – forte. Como resultado da análise das propostas de projetos,
foram definidos como prioritários:
• 1o – Ovinocaprinocultura
• 2o – Apicultura
• 3o – Cajucultura
Os referidos projetos produtivos prioritários, bem como os demais que obtiveram da terceira
à sexta classificação, incluindo os de infraestrutura e meio ambiente que não foram submetidos ao
processo de votação por serem entendidos como imprescindíveis em qualquer processo de
desenvolvimento sustentável, serão apresentados a seguir, em grupos, conforme sua classificação em
plenária.
Projetos prioritários para geração de renda e inclusão social
Este grupo é composto pelos três projetos produtivos priorizados na Oficina de Território,
considerados de impacto econômico e social e adequados para gerar as condições estruturais para
responder aos desafios da inclusão social e da geração de renda, com melhoria da qualidade de vida.
Cada um dos projetos possui objetivo geral, suas principais atividades, metas, resultados esperados e
custos estimados. Os projetos ora apresentados fazem parte de uma estratégia de desenvolvimento da
bacia que contempla diversos programas, os quais estão considerados no Documento Global do
PLANAP. Salienta-se que os custos dos projetos produtivos são referentes aos quatro primeiros anos
de implantação.
Ovinocaprinocultura
Cajucultura

Apicultura
Condicionantes para implementação dos projetos prioritários
Para viabilizar os três projetos prioritários apresentados, foram adotadas como pressupostos
ações de investimentos na área da infraestrutura e na dimensão ambiental. Tanto as propostas de
projetos de infraestrutura quanto as de meio ambiente foram trabalhadas pelos atores sociais
vislumbrando a temporalidade das ações, estabelecendo prioridades de curto, médio e longo prazos,
tendo como indicativo a implantação dos projetos priorizados. Assim, este conjunto de projetos
apresenta objetivo principal, atividades, metas e resultados esperados.
Infraestrutura
Meio Ambiente

Outros projetos do Território


Este último grupo de projetos é formado pelas atividades que já estão sendo desenvolvidas
nos Aglomerados ou cujas condições para seu desenvolvimento já existem. No entanto, no processo
de priorização realizado pelos atores sociais, com base na matriz de multicritérios, não conseguiram
ser classificados nos três primeiros lugares. Mas graças à sua relevância socioeconômica para o
Território, são inseridos no PLANAP como atividades potenciais. Assim, as propostas de projetos
apresentam-se com seus objetivos, principais atividades, metas e resultados esperados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Anexos
Referências:
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HISTÓRIA DO PIAUÍ. Disponível em: http://www.brasilturbo.com.br/piaui/historia.htm
Arquivado em: História do Brasil, Piauí
https://www.infoescola.com/historia/historia-do-piaui/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/piaui.htm
http://geografiasuperior.blogspot.com/2016/11/localizacao-e-extensao-do-piaui.html
CARNAUBAIS
http://sit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_territorio028.pdf
https://www.codevasf.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/biblioteca-geraldo-
rocha/publicacoes/arquivos/livro_03.pdf

PRINCIPAIS DADOS
http://www.cepro.pi.gov.br/download/201104/CEPRO06_aff9b5f5a6.pdf

TUDO SOBRE O PIAUI


http://www.cepro.pi.gov.br/download/201608/CEPRO02_9b568b361f.pdf
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MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento http://www.mapa.gov.br
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MI – Ministério da Integração Nacional http://www.integração.gov.br
MMA – Ministério do Meio Ambiente http://www.mma.gov.br
OEA – Organização dos Estados Americanos http://www.oea.org
PAB – Programa do Artesanato Brasileiro http://www.pab.desenvolvimento.gov.br
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento http://www.pnud.org.br
SEAP/PR – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República
http://www.presidencia.gov.br/seap
Sites de interesse
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http://www.codevasf.gov.br
DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte http://www.dnit.gov.br
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária http://www.embrapa.gov.br
Governo do Estado do Maranhão http://www.ma.gov.br Governo do Estado do Piauí
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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br
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 PIAUÍ. PRODETUR/NE II. Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
 do Pólo Costa do Delta – PDITS. RUSCHMANN Consulting. Teresina, 2004.
 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Relatório de avaliação de programa – PRODETUR
Nordeste. Brasília, 2004.
 Sites de interesse
 CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
 http://www.codevasf.gov.br Delta do Parnaíba http://www.deltadoparnaiba.com.br
 DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte http://www.dnit.gov.br
 EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária http://www.embrapa.gov.br
 FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação
 http://www.fao.org Governo do Estado do Ceará http://www.ceara.gov.br
 Governo do Estado do Maranhão http://www.ma.gov.br
 Governo do Estado do Piauí http://www.pi.gov.br
 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br
 MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento http://www.mapa.gov.br
 MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia http://www.mct.org.br
 MI – Ministério da Integração Nacional http://www.integração.gov.br
 MMA – Ministério do Meio Ambiente http://www.mma.gov.br
 OEA – Organização dos Estados Americanos http://www.oas.org
 PAB – Programa do Artesanato Brasileiro http://www.pab.desenvolvimento.gov.br
 Parnaíba http://www.parnaíba.com.br
 PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento http://www.pnud.org.br
 SEAP/PR – Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República
 http://www.presidencia.gov.br/seap

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