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TEXTO B ÍBLICO :
(Salmos 8:4-5) – “Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem,
para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o
coroaste”.
Ponto Saliente:
Privilegiado entre todos os seres criados, o mínimo que se espera do homem é que ele
glorifique ao seu criador que o privilegiou.
Conteúdo:
Um dos primeiros olhares que lancei para o cuidado de Deus conosco tinha relação com as
próprias experiências de vida que vivi. Nasci em uma família que tinha uma condição financeira
muito acima da média, porém se cumpriu em mim a frase: “Pai rico, filho nobre e neto pobre”.
Isto produz uma insegurança brutal no coração de quem um dia teve muito e repentinamente
se viu sem nada. É nestas horas que o cuidado provedor de Deus nos sustenta. Cada um à sua
maneira teve que recomeçar alguns com menor e outros com maior dificuldade, mas todos
venceram. Guardando as devidas diferenças, os discípulos também viveram momentos muito
instáveis. Afinal, eles tinham profissão, a vida estava toda organizada quando Jesus chegou
passando como um furacão, como toda aquela paixão arrebatadora que motivava no coração
dos seus seguidores que estavam “embasbacados” com tanta unção e poder. Eles tiveram que
obedecendo ao “vinde após mim” ter que deixar tudo para trás. E o sustento? E a manutenção
da família? Estas perguntas pairavam no coração dos discípulos gerando muita instabilidade e
insegurança. Certamente eles eram cobrados em seus lares por suas esposas acerca disto. Foi
para manifestar o cuidado divino, que atendendo esta necessidade de cura do coração dos
discípulos, ministrou: (Mateus 6:27-30) – “E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,
acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai
para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem
mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim
veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito
mais a vós, homens de pouca fé?” Ele provoca no final deste texto os discípulos, propondo que
desenvolvessem confiança nele: (Mateus 6:31-33) – “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que
comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os
gentios procuram). De certo, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
O homem é o melhor produto de um ato criativo de Deus (Gn 1.26). Havia um propósito na
criação, e perceba como Deus concedeu ao homem privilégios bastante especiais neste
processo: (Gênesis 1:28) – “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e
enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre
todo o animal que se move sobre a terra”. O homem recebe uma palavra profética de benção,
ele seria fecundo, haveria crescimento em todos os aspectos. Deus fala da sua perspectiva
quanto ao povoamento da terra, bem como concede ao homem primazia que os outros seres
criados não têm. É dele o gerenciamento e o governo sobre as demais formas de vida criadas.
Que privilégio! Somos os gerentes de toda obra criada.
Ao homem Deus deu memória, capacidade intelectiva, liberdade de pensar, formar conceito,
tomar decisões, acumular conhecimento: (Provérbios 3:13) – “Bem-aventurado o homem que
acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento”. Em uma linguagem metafórica, ele
afirma que deu ao homem vida longa, riquezas, honra, a capacidade de decidir seu destino.
Não bastasse isto, só ao homem ele deu garantia de vida deliciosa: (Provérbios 3:16-17) –
“Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra. Os seus caminhos
são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz”.
As escrituras nos informam quem somos, ela diz o que Deus diz que somos. Fomos criados a
imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Perceba o tamanho do privilégio. De forma
simples e objetiva queríamos definir isto da seguinte forma: Ele foi o pai do homem e o seu
criador, e na hora em que nos criava pôs em nós sementes da sua natureza e uma inclinação
de sentimentos parecida com as dele. Tudo isto com o pressuposto de sentirmos, pensarmos e
É interessante notar que escravo é uma das autodesignações preferidas dos apóstolos e outros
autores das Escrituras. Tiago invoca esse título para si no verso de abertura de sua epístola
(Tiago 1.1). O mesmo é verdade para Pedro (2 Pedro 1.1), Judas (Judas 1.1) e para o apóstolo
João (Apocalipse 1.1). Além disso, Paulo repete que ele é escravo de Cristo ao longo de suas
outras cartas: Romanos, 1 Coríntios, Gálatas, Efésios, Colossenses, 2 Timóteo e Tito. O termo é
usado pelo menos 40 vezes no Novo Testamento para se referir ao crente, e o equivalente
hebraico é usado mais de 250 vezes para se referir aos crentes do Antigo Testamento.
Podemos concluir com segurança que o Senhor quer que o Seu povo veja a si mesmo desta
forma.
2 – O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Devemos, por conseguinte,
agir como Deus age (Ef 5.1). Vejamos o que nos ensina Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está
nos céus” (Mt 5.16).
3 - Criado por Deus, destaca-se o homem como a coroa da criação (1 Co 11.7), pois tem, como
missão, governar tudo quanto o Senhor fizera (Gn 1.28). Mas, devido à sua queda deliberada
no Éden, transgredindo à vontade divina (1 Tm 2.14), a criação ficou submissa aos sentimentos
humanos produzidos na carne (Rm 8.20-22).
Conclusão
Perguntaram, certa vez, a um homem que vivia nas ruas: “Quem é você?” Ele respondeu
amargamente: “Há como eu gostaria de saber!” Numa noite cheia de estrelas, o autor do
Salmo 8 contemplava o céu infinito. De repente, ao ver toda aquela beleza natural, e perceber
que toda inspiração divina tinha como objetivo oferecer ao homem um ambiente lindo e
agradável de viver, ele levanta esta pergunta: “O que é o ser humano?” O seu sentimento, no
entanto, não era de amargura. Ele estava desenvolvendo um paralelo entre a grandeza de
Deus e a pequenez do homem. Era como se estivesse desejando dizer: “Nós não merecemos
tudo o que fez para nós, nem o seu cuidado e caprichoso carinho que nos dispensa
comprovado na beleza da sua criação”. O que somos nós diante da grandeza do universo?
Uma partícula de pó? Nada? Quase nada? O que tínhamos para oferecer a Deus para ele nos
presentear com tanta beleza?