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DIREIT O

EMPRESARIAL – JOSÉ AYRES

AULA1

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A aula se inicia por m eio da apresentação do professor José Ayres, juiz de Direito

do Tribunal de Justiça da Bahia, turm a 2012. Atualm ente, encontra-se na com arca de

Gandu do interior da Bahia. A m atéria a ser disciplinada hoje é acerca do Direito

Em presário e do tem a Direito Societário.

2. DIREIT O SOCIETÁRIO
2.1 CONCEIT O E DISPOSIÇÕES GERAIS

CONCEIT O: Direito societário é o ram o do direito Em presarial que estuda o

exercício da atividade econôm ica organizada pela pessoa jurídica, denom inada

sociedade em presária.

Sociedade Em presária difere-se de em presário, pois o em presário pode ser

individual ou pode haver o em presário com o pessoa jurídica (sociedade em presária,

com posta por m ais de um a pessoa).

Nesse sentido Fabio Ulhoa C oelho conceitua sociedade em presária com o um a

pessoa jurídica de direito privado, não estatal, que explora um a atividade econôm ica

de form a em presarial, ou seja, utiliza-se de um a atividade econôm ica para produzir e

circular bens e serviços.

A sociedade em presária é com posta por sócios que podem ser do tipo s ó c io

e mpr e e nde do r e s ó c io inve s t ido r . O que diferencia um do outro é a fom a de

participação no dia-a-dia, na organização, no desenvolvim ento da sociedade

em presária. Dessa form a, observa-se:

• Só cio Investido r: So m ente a po rta o ca pita l e visa o lucro pela pa rticipa çã o na


so cieda de;
• Só cio Em preendedo r: Pa rticipa do dia -a -dia , busca o desenvo lvim ento e
a m plia çã o da so cieda de.

Tanto o sócio investidor quanto o em preendedor não são o m esm o que

sociedade em presária, - são coisas distintas - a sociedade possui um a personalidade

jurídica própria, e nesse caso decorre em três fatores:

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a ) T it u lar idade o br igac io n al: Po r exem plo , um a so cieda de em presá ria


co ntra ta co m um fo rnecedo r da m a téria prim a pa ra a sua fá brica ; quem rea lizo u o
co ntra to fo i a pró pria so cieda de em presá ria m esm o que um do s só cio s a tenha
representa do na tra nsa çã o , um a vez que a so cieda de po ssui titula rida de
o briga cio na l.
b) T it u lar idade pr o c e s s u al: Da m esm a fo rm a há a titula rida de pro cessua l,
seguindo o exem plo , se o fo rnecedo r nã o cum prir a sua pa rte e seja necessá rio
a juiza r um a a çã o , quem po stula no pro cesso é a so cieda de em presá ria .
c) Au t o n o mia pat r imo n ial: Já no que se refere à a uto no m ia pa trim o nia l, o s bens
da so cieda de em presa ria l nã o se co nfundem co m o s bens do s só cio s.

Além do direito Em presarial existem outros ram os do direito, no âm bito do direito

trabalhista ou consum idor não há um certo respeito a essa autonom ia patrim onial, ou

seja, atingir o patrim ônio dos sócios deveria ser um a exceção rara, porém m uitas vezes

o patrim ônio dos sócios é um a consequência de não ter adim plido da sociedade

em presária. O s outros ram os do direito não com pactuam com a linha do direito

em presarial e a autonom ia patrim onial recai na relação dos em presários.

Dif e r e nç a e nt r e s o c ie dade s imple s e e mpr e s ár ia: A diferença principal se

dá pela form a de exploração da atividade econôm ica:

• So cieda de Em presá ria : se a a tivida de fo r vo lta da pa ra a pro duçã o , circula çã o de


bens e serviço s.
• So cieda de Sim ples: se po r exceçã o nã o se enqua dra r nesses requisito s,
enqua dra -se na so cieda de sim ples.

O critério ocorre por exclusão, todavia, há determ inadas sociedades que

obrigatoriam ente serão em presariais (por exem plo, sociedade com posta por ações).

Há várias razões para essa sociedade ser considerada em presarial sendo que há m uito

investim ento de valores nessas sociedades, envolvem m uitas pessoas, e há

repercussão na sociedade.

De outro m odo, há as sociedades que obrigatoriam ente serão sim ples, eis o caso

das cooperativas devem possuir o registro na junta com ercial, porém são sociedades

sim ples por expressa determ inação legal.

T r ans f o r maç ão de s o c ie dade s imple s e m e mpr e s ár ia: Havia um a

divergência na doutrina os requisitos exigidos para tal, e restou pacificado que só é

necessária a certidão negativa junto ao INSS, essa disposição está no Resp. 1.393.724

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PR.

2.2 T IPOS SOCIET ÁRIOS

São tipos societários: sociedade em nom e coletivo, sociedade em com andita

sim ples, sociedade em com andita por ações, "sociedade em conta de participação",

sociedade lim itada e sociedade anônim a.

O BSERVAÇ ÃO : Referente à sociedade em conta de participação, existe um a

m inoria doutrinária que considera um tipo societário, no entanto, não pode ser

considerada com o tal, pelo sim ples fato de ser um a sociedade "secreta" e não possuir

personalidade jurídica.

Esse tipo é sem elhante a um contrato de gaveta em que som ente o sócio

ostensivo aparecerá, terá responsabilidades, obrigação de contratar, de m ovim entar a

em presa entre outras funções. O s sócio oculto não aparece, com o se não fizesse parte

da sociedade.

2.3 CLASSIFICAÇÃO DA SOCIEDADE

Existem 3 tipos de classificação das sociedades em presárias, sendo assim a

diferenciação das sociedades. Portanto, há os seguintes critérios:

a) Responsabilidade dos sócios;

b) C onstituição e dissolução da sociedade;

c) C ondição de venda da participação societária.

A) Re s po ns abilidade do s s ó c io s : Essa responsabilidade dos sócios pode ser

de três tipos:

ilim itada, lim itada e m ista:

ILIMIT ADA: nesse caso não há um lim ite, um teto a ser honrado pelos sócios. No

Brasil só existe um a sociedade em que todos os sócios são obrigatoriam ente de

responsabilidade ilim itada, que é a So c ie dade e m No me Co le t ivo . Em que prim eiro

responde a sociedade, e se caso esta não possuir condições de assum ir os

com prom issos, quem responderá serão os sócios de form a ilim itada.

MIST A: Existe alguns sócios com responsabilidade ilim itada e outros com

responsabilidade lim itada, ou seja, é um m eio term o entes as duas categorias, e nesse

sentido há as sociedades em Co mandit a tanto s imple s quanto por aç õ e s .

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LIMIT ADA: nesse caso há um lim ite, um teto em que a responsabilidade não

ultrapassará, e é nessa classificação que se enquadram as sociedades m ais usuais - as

So c ie dade Anô nimas e as So c ie dade s Limit adas . Justam ente por conta do sócio

possuir esse am paro e esse lim ite ao pagam ento da sociedade.

Dif e r e nç as e nt r e r e s po ns abilidade s nas S.A e na LT DA: Nas S.A, a

responsabilidade do acionista cum prir e de integralizar as cotas, ou seja, ainda que a

sociedade em presária não possua condições de honrar os com prom issos, via de regra,

não atingirá o patrim ônio dos sócios acionistas.

Já nas sociedades Lim itadas, há um a distinção, os sócios respondem pela

integralização do capital social, por exem plo, se há 3 sócios (A, B e C ), "A" possui 30% ,

"B", 40% e "C ", 30% ; os sócios A e B cum priram a sua parte, m as o C não, essa parte

está inadim plente pode ser cobrada não som ente de C , m as tam bém de A e B um a vez

que os sócios respondem subsidiariam ente pela integralidade do capital social.

OBSERVAÇÃO: A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade, via

de regra, é subsidiária em que há prim eiro o patrim ônio da sociedade, e se não houver

m eios de adim plir, poderá atingir o patrim ônio dos sócios, são essas as exceções:

1) Desconsideração da personalidade jurídica;

2) Sociedade em com um - não realizou o registro na Junta C om ercial. A doutrina

divide as sociedades em com um em duas categorias:

• So cieda de de Fa to : o co ntra to so cia l entre o s só cio s é verba l e nã o existe


fisica m ente, nã o há registro na junta ;
• So cieda de irregula r: po ssui co ntra to so cia l escrito , m a s nã o é registra do na junta
co m ercia l.

A consequência disso é que o sócio adm inistrador terá responsabilidade pessoal

e ilim itada, ou seja, não terá o benefício de prim eiro buscar o patrim ônio da sociedade,

já o sócio não adm inistrador terá o benefício de prim eiro buscar o patrim ônio da

sociedade, m as sua responsabilidade será ilim itada.

A responsabilidade ilim itada dos sócios na sociedade com um está disposta no art

990 1 do C ódigo C ivil; vale ressaltar a teoria da aparência em que a se a pessoa

contrata, e faz tudo referente a um a sociedade, presum e-se que existe, e não pode ser

penalizado quem contratou com a em presa.

NOTAS

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1 Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído
do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

No C ódigo C ivil está determ inado que a responsabilidade dos sócios seria

solidária, só que essa solidariedade não é em relação ao pagam ento de dividas da

sociedade, m as sim em relação aos sócios, ou seja, os sócios são solidários em relação

aos sócios, e não aos sócios e seus contratantes.

B) Quant o a c o ns t it uiç ão e dis s o luç ão da s o c ie dade : As sociedades

podem ser contratuais e institucionais.

CONT RAT UAIS: As sociedades contratuais são regidas por um contrato e pelo

C ódigo C ivil; é o caso da sociedade Lim itada em que há liberdade de dispor de

cláusulas, não havendo rigidez. Pode-se dar com o exem plo um a cláusula de venda da

participação societária, de com o será a continuidade da sociedade em caso de

falecim ento dos sócios, nota-se que os sócios podem estipular regras variadas dentro

dos parâm etros presentes no C ódigo C ivil.

INST IT UCIONAIS: Já no caso das sociedades institucionais, que é o caso da

sociedade anônim a, há um a m aior rigidez e os parâm etros são dados pela lei de S/A

(6404/76). Essa rigidez se dá por conta dos investim entos, pois via de regra as

sociedades institucionais envolvem um grande capital, m uitas pessoas, e essas

sociedades geralm ente negociam na bolsa de valores. Por ter essa repercussão na

sociedade, o Estado buscou estipular regras m ais rígidas que devem constar

obrigatoriam ente nos estatutos sociais.

Em resum o, as sociedades contratuais são regidas pelo contrato social e a lei do

código civil, já as sociedades institucionais são regidas pelo estatuto social e a lei das

S/A.

C) Quant o às c o ndiç õ e s de ve nda da par t ic ipaç ão s o c ie t ár ia: nesse caso,

há duas classificações, podendo ser de pessoas ou de capital.

SOCIEDADE DE CAPIT AL: Pouco im porta quem será o sócio, visto que o aporte

do capital é im portante. Por exem plo, para adquirir ações na bolsa de valores, basta ter

dinheiro, ir a um a corretora e adquirir o lote de ações disponível

SOCIEDADE DE PESSOAS: nesse caso, a confiança, a relação entre os sócios, as

qualidades e qualificações são m uito im portantes, Essa confiança entre os sócios se

denom ina com o affectio societatis, ou seja, é um a ligação que há entre os sócios, um a

vez que para a sociedade o m ais im portante são as pessoas e não som ente o capital.

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OBSERVAÇÃO 1: A alienação da participação societária na sociedade de

Pessoas depende da autorização dos sócios, isso por conta da qualificação dos sócios.

OBSERVAÇÃO 2: A sociedade lim itada pode ser classificada com o de pe s s o as

ou de c apit al, via de regra, se não houver nenhum a previsão expressa, é considerada

um a sociedade de pessoas. Então, nesse caso, há opção da sociedade lim itada.

2.4 OUT RAS SOCIEDADES

So c ie dade De pe nde nt e de Aut o r iz aç ão : Essas sociedades possuem a sua

fundam entação legal elencada no art. 170 § único da C F e art 1123, § único do C C ; são

sociedades que necessitam que o Poder Executivo Federal autorize o seu

funcionam ento, pode-se dar com o exem plo as sociedades estrangeiras, não havendo

liberdade para criar e im plem entar no Brasil a sua sociedade.

So c ie dade nac io nal: Está prevista pelo art 1126 do C C , antes para ser

considerada um a sociedade nacional era exigido que o capital fosse nacional, porém

hoje não há essa exigência, visto que os países necessitam de investidores e

sociedades em presárias para alavancar em pregos e estim ular a econom ia. Atualm ente

há dois critérios para um a sociedade ser considerada nacional sendo eles:

• Ser co nstituída so bre a s leis na cio na is, m esm o que o ca pita l seja estra ngeiro se a
so cieda de fo r co nstituída de a co rdo , e respeita ndo a s leis na cio na is, será um a
so cieda de na cio na l;
• Po ssuir sede de a dm inistra çã o co nstituída no Bra sil.

OBSERVAÇÃO: Para que haja a m odificação de um a sociedade nacional para a

estrangeira, é necessário a unanim idade dos sócios, conform e previam ente expresso

no art 1127 do C C .

So c ie dade Ent r e Cô njuge s : (art 997 C C ) O C ódigo C ivil Brasileiro de 2002

vedou a constituição de sociedade entre casados sob os regim es de C om unhão

universal de bens e Separação Total de bens.

OBSERVAÇÃO 1: Art. 978. O em presário casado pode, s e m ne c e s s idade de

o ut o r ga c o njugal, qualquer que seja o regim e de bens, alienar os im óveis que

integrem o patrim ônio da em presa ou gravá-los de ônus real. Nesse caso, qualquer um

dos cônjuges pode vender ou hipotecar os bens da em presa sem que haja a

necessidade de autorização pelo outro cônjuge.

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OBSERVAÇÃO 2: Art. 980. A sentença que decretar ou hom ologar a separação

judicial do em presário e o ato de reconciliação não po de m s e r o po s t o s a

t e r c e ir o s , ant e s de ar quivado s e ave r bado s no Re gis t r o Públic o de

Empr e s as Me r c ant is . Necessita-se da publicidade nos casos de separação ou

reconciliação do em presário.

2.5 QUEST ÕES DE PROVAS

20 15 - FCC - T J SE - Juiz s ubs t it ut o

André e Beatriz constituíram um a sociedade em conta de participação, André na

qualidade de sócio ostensivo e Beatriz na de sócia participante. C aso tom e parte nas

relações de André com terceiro, Beatriz,

A) responderá solidariam ente com André pelas obrigações em que intervier.

B) responderá subsidiariam ente a André pelas obrigações em que intervier.

C ) não responderá pelas obrigações em que intervier, nem m esm o perante

André.

D) responderá pelas obrigações em que intervier perante André, m as não

perante o terceiro.

E) não responderá pelas obrigações em que intervier, salvo se expressam ente

assim se com prom eter

COMENT ÁRIO DA QUEST ÃO:

Resposta correta: letra A. O s sócios ocultos, via de regra, não podem estar à

frente do negócio, um a vez que se está à frente juntam ente com o sócio ostensivo, a

sua responsabilidade será ilim itada e solidária.

20 16 - FUNCAB - De le gado de Po líc ia Civil PA

O sócio de sociedade em com um , que contrata pela sociedade:

a) pratica atividade ilícita, por se tratar de sociedade não personificada e,

portanto, irregular.

b) pode por qualquer form a em direito provar a existência da sociedade perante

a outra parte no contrato.

c) responde pessoal e ilim itadam ente pelas obrigações assum idas no contrato,

desde que não haja m ais bens da sociedade passiveis de execução.

d) é considerado fiador da sociedade perante a outra parte no contrato.

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e) responde pessoal e ilim itadam ente pelas obrigações assum idas no contrato,

excluído o benefício de ordem .

COMENT ÁRIO DA QUEST ÃO:

Letra A: está incorreta, visto que se pode abrir um a sociedade sem o registro, não

restando problem as em relação a isso.

Letra B: está incorreta, visto que é o contrário, a outra sociedade que se sentir

prejudicada pode provar a existência da sociedade de qualquer form a .

Letra C : está incorreta, pois não há benefício de ordem , e por isso não é cabível.

Letra D: está incorreta.

Letra E: está correta

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