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Transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades no

Código Civil de 2002

Priscila Ramos Fragoso


Aluna do 2º ano
do curso de Direito da Unesp (Franca-SP)

Sumário: 1. Aspectos gerais das operações societárias;


2.transformação das sociedades; 3. Incorporação, fusão e cisão
das sociedades; 4. Direito dos credores; 5. Direito de retirada; 6.
Considerações finais acerca do tema.

1. Aspectos gerais das operações societárias

Operações societárias são alterações no tipo ou na estrutura da


sociedade empresária. Compreendem a transformação, incorporação, fusão e
cisão.Quando envolvem uma sociedade anônima, essas operações seguem a
disciplina da LSA (arts. 220 a 234); caso a operação envolva os outros tipos de
sociedades, aplicam-se as regras do Código Civil (arts. 1113 a 1122). Se a
operação é a cisão total, qualquer que sejam os tipos de sociedades envolvidas
reger-se-á a operação pela LSA, já que o Código Civil não a disciplina.1
A matéria vinha regulada na Lei das sociedades anônimas de forma
abrangente, compreendendo todas as espécies societárias, tanto que as
referidas operações poderão processar-se entre sociedades do mesmo tipo ou
tipos diferentes.
Agora, a matéria, no concernente a todas as demais sociedades,
excluídas as sociedades anônimas, passa a disciplina do CC, que nos artigos
1116 a 1122, regulou esses institutos mediante um extrato resumido da própria
Lei n.6404/76. A nova regulação é extremamente limitada, deixando sem
resposta muitas questões já resolvidas na lei das sociedades anônimas.
2

Ao caracterizar de maneira inicial essas operações, temos que a


transformação é a mudança do tipo da sociedade empresária.Por essa
operação, por exemplo, a limitada se torna anônima, ou vice e versa.Na
transformação, permanece a mesma pessoa jurídica, submetida, porém, ao
regime do novo tipo adotado. Por exemplo, se uma limitada pretende financiar
a ampliação da empresa mediante a emissão de debêntures, no mercado de
capitais, ela só o poderá fazer, se antes de pleitear o registro da emissão na
CVM, for transformada em anônima.De outro lado, a companhia fechada, que
precisa cortar custos de manutenção, pode interessar-se em adotar a forma de
sociedade limitada.
Já a incorporação é a operação pela qual numa sociedade, denominada
incorporada, é absorvida por outra, denominada incorporadora.Por sua vez,
fusão é a união de duas ou mais sociedades para a formação de uma nova.
Essas operações normalmente se realizam, como afirma Fábio Ulhoa Coelho,
com o objetivo de alcançar a economia de escala e, além disso, as operações
permitem a eliminação de departamentos burocráticos de uma delas,
concentrados os serviços no da outra, e a redução do tamanho ou quantidade
de estabelecimentos.
A cisão constitui um negócio plurilateral, que tem como finalidade a
separação do patrimônio social em parcelas para a constituição ou integração
destas em sociedades novas ou já existentes, e quando envolve a versão de
parte dos bens da cindida em favor de uma ou mais sociedades, diz-se que a
cisão é parcial; já quando envolve a versão de todos os bens, total. Neste
último caso, o que acaba por acontecer é a extinção da sociedade cindida.
Na maioria das vezes, as operações societárias têm por objetivo o
planejamento tributário (para compensar perdas de uma sociedade com lucros
de outra do mesmo grupo, observados os limites admitidos da lei), a
reorganização da atividade (para que sociedades distintas se dediquem a
seguimentos específicos da empresa explorada) ou ganhos decorrentes da
economia de escala. Como afirma Fábio Ulhoa Coelho, também é comum
realizar-se operação societária com o objetivo de viabilizar alienação de
controle da sociedade.2
3

2. Transformação das sociedades

Quando uma sociedade passa de uma espécie para outra, temos a


transformação. A transformação muda-lhe as características, mas não a
individualidade, que permanece a mesma, mantendo-se íntegros a pessoa
jurídica, o quadro de sócios, o patrimônio, os créditos e os débitos.
Preceitua o artigo 1113 do CC: “O ato de transformação independe de
dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores
da constituição e inscrição próprios do tipo que vai se converter”.
Assim, o CC de 2002 tal como a LSA adota o princípio de que a
transformação do tipo societário deve atender ao regime de constituição da
sociedade no tocante à formação da vontade dos sócios.
Em regra, para transformar-se a sociedade, é necessária a aprovação
unânime de seus membros. Essa unanimidade requisitada para a alteração das
bases essenciais do contrato advém dos direitos individuais dos sócios,
intangíveis e imutáveis, e que, por isso, não podem ser derrogados por decisão
majoritária, a não ser que tenham os sócios manifestado previamente sua
concordância, fazendo prover a hipótese de transformação do tipo societário no
ato constitutivo da sociedade.3
A transformação é instituto que visa a atender aos critérios de
conveniência dos sócios na esfera estritamente contratual, no âmbito interno e
externo de suas relações.
Trata-se de negócio voluntário, que no plano interno, objetiva a
composição de interesses dos sócios que não mais se adaptam com o tipo
societário atual. No plano externo, visa atender aos critérios de conveniência
com respeito ao acesso de mercado de capitais.Mas também pode independer
da vontade dos sócios, sendo imposta por lei, como ocorreu com as instituições
financeiras a partir da vigência da Lei n. 4595/64, que exigiu para essa espécie
de organização empresarial a forma de sociedade anônima.
A transformação, mantendo a personalidade jurídica da sociedade, afeta
seus atos constitutivos, afetando o grau de responsabilidade de seus sócios
4

entre si e com respeito à sociedade, alcançando os interesses de terceiros.


Contudo, não há na transformação uma relação de sucessão, mas sim a
continuação do organismo social precedente. Como afirma Modesto
Carvalhosa: “Não há sucessão de relação jurídica, mas continuação do liame
originário. Somente se a sociedade se mantém é que se pode falar em
transformação” (Comentários ao Código Civil. Vol 13. pág.494).Dessa forma,
os débitos e responsabilidades perante terceiros permanecem na sociedade
transformada. Por outro lado, a transformação do tipo societário importa em
novo ato constitutivo.
A personalidade jurídica, como já foi dito, permanece, e se reveste não
apenas de outra forma, mas também de conteúdo jurídico substancialmente
diverso quanto às relações internas dos sócios e externa do que se refere aos
credores, ao Poder Público e as atinentes ao mercado de capitais. Por isso,
temos que na transformação não existe dissolução ou liquidação da
personalidade jurídica, mas sim extinção dos atos constitutivos.
O instituto da transformação aplica-se aos tipos de sociedades com
personalidade jurídica reguladas pelo Código civil de 2002 e pela lei societária
em vigor. No entanto, por outro lado, a transformação societária tem caráter
restrito, não podendo ser estendida a outros tipos de associação, como por
exemplo, as cooperativas, às sociedades de créditos mobiliários ou ás
fundações.Da mesma forma, não podem beneficiar-se do instituto da
transformação as sociedades irregulares ou de fato, por não preencherem o
requisito de definição do tipo societário.4
Entre as peculiaridades da transformação societária, podemos citar que
a transformação somente se produz entre tipos diversos de sociedades, ao
passo que nas demais modalidades de reorganização societária podem as
sociedades envolvidas ser de um mesmo tipo. Além disso, a transformação não
acarreta sua extinção, diferentemente dos demais casos, que sempre implicam
a extinção ou a constituição de uma nova sociedade.
Não obstante, de acordo com Modesto Carvalhosa, a transformação
poderá revestir a forma simples ou constitutiva. Será simples pela mera
adaptação ao novo tipo societário das cláusulas contratuais, sem que, no
5

entanto modifiquem-se em nenhum aspecto sua natureza e função. Será


constitutiva quando os sócios aproveitam o momento do negócio de
transformação para aumentar o capital, ampliar ou restringir o objeto social,
enfim, alterar seus elementos essenciais.
A transformação do tipo societário não extingue o antigo Registro público
competente. O novo tipo societário adotado somente pode ineficaz o antigo
registro, para prevalecer o novo arquivamento junto a um novo ente registrário
competente.
Por fim, no tocante a transformação societária, temos que os atos
constitutivos da nova reforma societária deverão ser publicados no Diário oficial
do Estado onde se encontra a sede social da sociedade transformada, ainda
que, posteriormente, esteja o tipo em que ela se transformou dispensado das
publicações das demonstrações e de outros atos sociais.

3. Incorporação, fusão e cisão das sociedades

A incorporação, a fusão e a cisão desempenham destacado papel como


técnicas de reorganização empresarial, servindo as duas primeiras à
concentração e a última à desconcentração societária.
A incorporação constitui negócio plurilateral que tem como finalidade a
integração de patrimônios societários por meio da agregação do patrimônio de
uma sociedade em outra com a extinção de uma delas. Para Modesto
Carvalhosa, causa da incorporação é a intenção válida e eficaz dos sócios das
sociedades envolvidas de realocar seus recursos patrimoniais e empresariais
por meio desse negócio, que afeta a personalidade jurídica de uma delas.
Acarreta a incorporação uma sucessão a título universal, de todos os direitos e
obrigações e responsabilidades anteriormente assumidos pela sociedade
incorporada, por parte da incorporadora.
Já a fusão constitui negócio plurilateral que tem como finalidade jurídica
a integração de patrimônios societários em uma nova sociedade. Do negócio
resulta a extinção de toas as sociedades fusionadas. A causa da fusão é a
intenção dos sócios das sociedades envolvidas de somarem seus recursos
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patrimoniais e empresariais por meio desse negócio, que afeta a personalidade


jurídica de ambas. O negócio de fusão acarreta a sucessão a título universal,
de todos os direitos, obrigações e responsabilidades anteriormente assumidos
pelas sociedades fusionadas, a cargo da nova sociedade.
O negócio de fusão, assim como o de incorporação, consubstancia um
ato constitutivo e ao mesmo tempo desconstitutivo. É constitutivo pela
agregação de patrimônios das sociedades e desconstitutivo pelo
desaparecimento das sociedades fusionadas.
Na cisão, a sociedade se fragmenta, dividindo-se em duas ou mais
parcelas. Essas parcelas patrimoniais tanto poderão originar novas sociedades,
como se integrar em sociedades já existentes.
Se a cisão importar na completa transferência do patrimônio, a
sociedade cindida se extinguirá; remanescendo uma parcela em seu poder a
primitiva sociedade será preservada com o capital, naturalmente reduzido na
proporção do patrimônio líquido transmitido.As sociedades que absorvem
parcelas do patrimônio da cindida sucedem a esta nos direitos e obrigações
relacionadas no ato da cisão.5
A incorporação, a fusão e a cisão de uma companhia conduzem o
acionista, independentemente de concordar ou não com a operação, a
participar de outra sociedade.
O processo de incorporação, fusão e cisão começa com a elaboração de
um protocolo (art.224 LSA) firmado pelos órgãos de administração ou sócios-
gerentes das sociedades interessadas, completando-se com as aprovações
das respectivas assembléias gerais ou reunião dos sócios.
O protocolo define as várias condições da operação, especificando,
entre outros, os seguintes aspectos: características das ações a serem
distribuídas aos sócios das sociedades que se extinguirão e critérios de
apuração dos respectivos quantitativos; critérios de avaliação do patrimônio
líquido das sociedades envolvidas; projeto de estatuto; o valor do capital das
sociedades a serem criadas ou do aumento ou redução do capital das
sociedades envolvidas na operação.
7

Além do protocolo, para essas três operações societárias, são aplicáveis


as normas estabelecidas na lei sob os títulos de justificação e formação do
capital.Para Rubens Santanna justificação é uma exposição que os
administradores deverão apresentar às respectivas assembléias gerais e nela
deverão estar expostos os elementos que amparam a incorporação, a fusão e
a cisão. 6
Além disso, os atos dessas operações devem ser arquivados na junta
comercial a ainda publicados. Cabe acentuar que nos processos de
incorporação, fusão e cisão os estabelecimentos das empresas envolvidas não
sofrem continuidade.Os contratos, compromissos fiscais, relações
empregatícias, e todo o universo de interesses das empresas abrangidas na
operação continuarão afluir, sem que nem mesmo se torne necessário
qualquer aditivo ou providência, salvo a comunicação do evento.

4. Direito dos credores

Em relação aos direitos dos credores das sociedades envolvidas, os


efeitos das operações societárias variam de acordo com a natureza do crédito.
Quando se trata de crédito trabalhista, tributário ou titularizado pelo INSS, o
regime jurídico correspondente confere ao credor garantias para que a
transformação, incorporação, fusão e cisão da sociedade devedora não o
prejudique. Quando se cuida de crédito civil, o assunto vem tratado na
legislação societária e os direitos dos credores variam de acordo com a
operação realizada.
Na transformação, os direitos dos credores não são afetados (LSA,
art.222; CC, art.1115). A sociedade empresária, cujo tipo se alterou, mantém
sua personalidade jurídica; assim, a transformação não altera a titularidade de
direitos e obrigações. O credor da sociedade continua titularizando perante
esta o mesmo crédito, após a conclusão da transformação, e tem,relativamente
à satisfação do crédito, as mesmas garantias oferecidas pelo tipo societário
8

anterior, principalmente no que diz respeito a responsabilidade subsidiária dos


sócios, como afirma Fábio Ulhoa Coelho.
Na incorporação, a incorporadora sucede a incorporada (LSA art.227;
CC art.1116), e na fusão, a sociedade resultante da operação é sucessora das
originárias (art.228, LSA; art,1119, CC). Nesses dois casos, o credor da pessoa
jurídica extinta (por absorção ou união) exerce o direito de crédito contra a
incorporadora ou a sociedade resultante da fusão. Se não ficar satisfeito com a
nova situação, por considerar que o atendimento de seu crédito não está tão
garantido, como na anterior, o credor pode pedir a anulação judicial da
operação. O seu prazo será de 60 ou 90 dias, conforme o regime jurídico
aplicável a operação. Assim, por exemplo, quando a sociedade incorporadora
possuir ativo inferior ao passivo, o credor da incorporada terá a garantia
patrimonial de seu crédito reduzida, já que o patrimônio líquido da sucessora
será forçosamente menor que o da sociedade absorvida.
Na cisão, a sucessão deve ser negociada, entre as sociedades
participantes da operação. Desse modo, cada sociedade responde, após a
operação, pelas obrigações que lhe forem transferidas. Omissos os
documentos da cisão total relativamente a certa obrigação da cindida, cada
uma para as quais foram vertidos os bens desta responde na proporção do
patrimônio recebido (LSA art, 229, parágrafo 1º). O credor da sociedade
parcialmente cindida continua podendo demandá-la, a despeito da distribuição
do passivo negociado na cisão. De fato, para proteger os interesses dos
credores cíveis da cindida, estabelece a lei a solidariedade entre as sociedades
participantes da operação. No caso de cisão total, as sociedades para as quais
os bens da cindida forem vertidos são solidárias, pelas obrigações da pessoa
jurídica extinta. Na parcial, a sociedade cindida e aquela para a qual verteu
bens respondem solidariamente pelas obrigações da primeira, anteriores a
cisão. A estipulação, nos instrumentos da cisão, de que a sociedade para a
qual houve versão patrimonial não responde pelas obrigações expressamente
transferidas não é eficaz contra o credor da cindida, que nos 90 dias seguintes
à publicação dos atos da cisão opuser-se a ressalva da solidariedade (LSA,
art.233). Se a cisão não envolve sociedade anônima, o credor prejudicado
9

poderá também pleitear a anulação da operação no prazo de 90 dias (CC,


art.1122).7

5. Direito de Retirada

O sócio descontente com a operação societária pode, em alguns casos,


exercer o direito de retirada.
Na transformação, a deliberação depende, em regra, da vontade
unânime dos sócios ou acionistas, o que afasta a possibilidade de dissidência.
Esta só existe na hipótese em que a operação societária é já prevista no
contrato social ou estatuto, e a maioria societária ou controlador podem
sozinhos, mudar o tipo societário. Os membros que discordarem da
transformação têm então, o direito de retirada (LSA art.221).No contrato social
da limitada, os sócios podem renunciar ao recesso, ao estipularem a
possibilidade de transformação da sociedade em anônima. Se a limitada se
transforma em qualquer outro tipo de sociedade, exceto as por ações, a
operação submete-se ao CC de 2002, em que não há previsão para a renuncia
ao direito de recesso.
A incorporação e a fusão dão, em princípio, ensejo, pelo sócio
dissidente, do direito de retirada. Na sociedade anônima, o acionista insatisfeito
com a operação jurídica que extinguiu a pessoa jurídica de que participava
pode, em geral, exigir o reembolso de suas ações. A lei, todavia, nega o direito
ao recesso se a companhia incorporadora ou da resultante da fusão, for aberta,
e as ações tiverem liquidez (integrarem índices gerais representativos de
carteira de ações, admitidos à negociação em bolsas de futuros) (ou estão
dispersas 9caracterizada a dispersão pelo fato de mais da metade das ações
emitidas não pertencerem ao controlador). Quando as ações da incorporadora
ou da resultante de fusão atendem a qualquer dessas condições, presume a lei
que são facilmente negociáveis, no mercado de capitais. O acionista da
companhia extinta pode, nesses casos, desligar-se da incorporadora ou da
nova sociedade, por meio da negociação das ações que, na operação, foram-
lhe atribuídas. Note-se que o acionista da companhia incorporadora não tem o
10

direito de retirada. Já na hipótese de ser limitada a sociedade incorporadora,


têm os seus sócios minoritários dissidentes direito de recesso (art. 1077, CC).
Em princípio, a cisão não enseja a retirada do sócio dissidente. Porém,
se, em razão da operação societária, verificarem-se conseqüências que, por
lei, confeririam o direito de recesso, este também existirá na cisão. É o caso em
que o objeto social da sociedade sucessora é substancialmente diverso do da
sociedade cindida; em que a sucessora participa de grupo econômico não
integrado pela cindida; em que o dividendo obrigatório previsto no estatuto da
sucessora é inferior ao previsto no da cindida. Outra hipótese em que cabe
recesso é a de fechamento indireto do capital por intermédio da cisão. O
acionista da sociedade cindida pode manifestar sua divergência da operação, e
pleitear o reembolso, se ela é aberta, e a sociedade sucessora, em favor da
qual se deu a versão patrimonial, continuou fechada, depois de transcorridos
120 dias da assembléia dessa última, que aprovou a operação. Se as ações da
cindidas são facilmente negociáveis no mercado de capitais o dissidente não
terá o direito de retirada. Claro que, em relação a sociedade para a qual foram
vertidos os bens, o acionista terá direito de retirada, porque, se ela não se
registrou como aberta no prazo legal, não há como negociar a participação
societária no mercado de capitais.8

6. Considerações finais acerca do tema

A concepção de empresa como uma atividade econômica organizada já


aflorara no Código Comercial Italiano de 1882. A empresa, nas atividades da
sociedade contemporânea, é a instituição mais marcante, pelo seu papel na
produção e distribuição de bens, na organização do trabalho e na realização e
distribuição de riquezas. Delas participam, concomitantemente, interesses
públicos e privados, e a ela se vinculam, direta ou indiretamente, as demais
instituições da sociedade.
Sob o aspecto mercantil, o objetivo da empresa é o lucro. No mundo da
competição se desenvolve a empresa, que necessita crescer para sobreviver.
11

Por isso, fatores de ordem econômica, como a necessidade de recursos, de


aporte de capital, determinam as operações societárias.
No Brasil, igualmente, a partir da década de 60, desenvolveu-se o
processo das operações societárias, através de fusões e incorporações. Nesse
movimento houve interesse por parte do Estado, que viu no mesmo um meio
de fortalecer o empresariado nacional, havendo para isso desenvolvido uma
política de estímulos fiscais, especialmente na área do imposto de renda.
Enfim, podemos concluir que são quatro operações, pelas quais as
sociedades mudam de tipo, aglutinam-se ou dividem-se, procurando sempre os
seus sócios e acionistas dotá-las do perfil mais adequado à realização dos
negócios sociais ou, mesmo, ao cumprimento das obrigações tributárias.

Referências Bibliográficas

BORBA, José Edwaldo Tavares. Direito societário. 8ed. Rio de Janeiro:


Renovar, 2003.
BULGARELLI, Waldomiro. Fusões, incorporações e cisões de
sociedades. 6ed. São Paulo: Atlas, 2000.
CARVALHOSA, Modesto. Comentários ao Código Civil: parte
especial: do direito de empresa (artigos 1052 a 1195), vol 13. São Paulo:
Saraiva, 2003.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Vol 2. 3ed. ver e
atual. São Paulo: saraiva, 2004.
SANTANNA. Rubens. Direito societário: estudos sobre a sociedade por
quotas de responsabilidade limitada e sociedade anônima. Porto Alegre:
Livraria do advogado, 1988.
12

1
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Vol 2 .São Paulo: Saraiva, 2004. pág.479.
2
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Vol 2. São Paulo: saraiva, 2004. pág 480.
3
CARVALHOSA, Modesto. Comentários ao Código Civil: parte especial; do direito de empresa, vol 13.
São Paulo: Saraiva, 2003. pág 493.
4
CARVALHOSA, Modesto. Comentários ao Código Civil: parte especial: do direito de empresa, vol 13.
São Paulo: Saraiva, 2003. pág 498.
5
BORBA, José Edwaldo Tavares.Direito societário. 8ed. Rio der janeiro: renovar, 2003. pág.491.
6
SANTANNA, Rubens.Direito societário: estudos sobre a sociedade por quotas limitada e sociedade
anônima.Porto Alegre: livraria do advogado, 1988.
7
COELHO, Fábio Ulhoa.Curso de direito comercial.vol 2. São Paulo: Saraiva, 2004. pág.484.
8
COELHO< Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial.vol 2. São Paulo: Saraiva, 2004. pág.486.

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