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Energia - calorias:
Na prática de atividades esportivas em altitudes elevadas, há aumento das
necessidades energéticas quando comparada à prática no nível do mar, um
adicional de 200 a 600 kcal/dia. Há aumento do gasto energético em repouso
em indivíduos que permanecem por longo período em altitudes raramente
conseguem atingir as recomendações nutricionais.
Proporção de macronutrientes:
A proporção da distribuição de macronutrientes da dieta é controversa, mais
estudos são necessários para definir a melhor proporção para cada modalidade
e indivíduo. Entretanto, pesquisadores constataram que ocorrem adaptações
no metabolismo da glicose e das gorduras, a exposição à altitude favorece o
aumento da dependência da glicose sanguínea como combustível e reduz a
dependência dos substratos lipídicos.
É fundamental a disponibilidade de alimentos fáceis de serem transportados,
consumidos, ricos em energia e nutrientes. Uma dieta rica em carboidratos
parece ser mais vantajosa ao atleta, pois o carboidrato é uma fonte de energia
mais eficiente (maior produção de energia por litro de captação de oxigênio
comparado à gordura), melhor digestibilidade, mais fácil aceitação. Cerca de 50
a 60% da energia ingerida.
Entretanto, não se deve excluir as “gorduras”, pois alguns alimentos ricos em
gorduras parecem ser de fácil aceitação e transporte, saborosos e fonte de
energia, como por exemplo mix nuts (castanhas, amendoim, amêndoas, nozes),
queijos, peixes enlatados (atum) e chocolate.
Para atingir a necessidade energética pode ser realizada suplementação de
carboidratos através de suplementos em pó, líquidos, géis e barras energéticas.
Recomenda-se consumir, no mínimo, de 3 a 5 litros de líquidos por dia,
contendo de 200 a 300 gramas de carboidrato adicionais.
Uma forma de avaliar a hidratação é através do monitoramento da cor da urina.
O organismo deve produzir urina de cor amarelo-pálida (clara) se a urina
apresentar-se concentrada e escura é um indicativo de desidratação.
Parece não haver aumento da necessidade proteica na altitude, preconiza-se a
ingestão de 1,2 a 1,8g de proteínas/kg de peso. A suplementação de leucina
mostrou-se eficaz na manutenção da massa magra. Como a proteína é difícil de
ser transportada podem ser utilizados suplementos como: shake proteico na
forma de pó, barra de proteínas, blends de aminoácidos, produtos formulados
com maior conteúdo proteico.
A altitude afeta o desempenho da prática esportiva, entretanto treinamento
específico e a preparação nutricional adequada conseguem melhorar o
rendimento e reduzir os riscos à saúde.