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FRACASSO ESCOLAR
RESUMO
O fracasso escolar é um tema relevante e tem sido foco de várias discussões, pois é um
assunto que diz respeito a várias questões, tais como a reprovação, evasão escolar,
indisciplina, fracasso, insucesso escolar. Assim, esse trabalho tem como objetivo analisar o
fracasso escolar e a influência da família no desempenho dos alunos. Para tanto buscou-se
conceituar fracasso escolar, determinar as consequências do fracasso escolar e as formas que
podem reduzir o fracasso escolar em parceria com a família e escola. A metodologia utilizada
foi através de pesquisa bibliográfica em livros, artigos, dissertações, na biblioteca da
Faculdade Aldete Maria Alves - FAMA e em sites eletrônicos. Na internet foi utilizado o site
de busca Google Acadêmico utilizando-se palavras-chave como “fracasso escolar”,
“exclusão”. Assim chegou-se à presente discussão.
SCHOOL FAILURE
ABSTRACT
School failure is an important issue, and has been the focus of much discussion because it is a
subject that relates to various issues, such as failure, truancy, indiscipline, failure, failure at
school. Thus this paper aims to analyze school failure and family influence on student
performance. Both sought to conceptualize school failure, to determine the consequences of
school failure and ways that can reduce school failure in partnership with family and school.
The methodology was sought through references in books, articles, and dissertations in the
college library and electronic sites. On the internet sites we used the Google search using key
words with Academic "school failure" "exclusion". Just arrived this research.
1 INTRODUÇÃO
1
Bacharel em Direito pela Faculdade Aldete Maria Alves (2002-2007). Especialista em Direito de Família pela
Faculdade Aldete Maria Alves (2013-2014). Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro
Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto/SP (2014-2015). Atualmente exerce função pública na Polícia
Militar de Minas Gerais. claudmaria@gmail.com
do mesmo. Após coletar todas estas informações, também foi realizada uma discussão com
intuito de buscar um equilíbrio entre escola, aluno e família.
O trabalho foi realizado por pesquisa bibliográfica, com reunião de pesquisas em
livros de diversos autores, bem como na internet, para chegar ao objetivo almejado.
De acordo com os autores, as ações desenvolvidas nas escolas públicas não têm sido
suficientes para chegar ao objetivo de transmitir o saber historicamente acumulado, “com o
intuito de formar cidadãos críticos, capazes de transformar o meio no qual vivem, buscando
uma melhor qualidade de vida” (FORGIARINI, SILVA, 2007, p. 01). Resulta aí o fracasso
escolar atingindo boa parte dos integrantes do sistema educacional público.
Para Patto (1993) foi na convergência entre concepções racistas e biológicas sobre o
comportamento humano, desigualdades sociais e ideário político liberal, que foram criadas
ideias que interferiram na política, pesquisa e práticas educacionais.
De acordo com a autora, o fracasso escolar só pode ser entendido se atentar para o
fato de que o mesmo possui contradições no discurso educacional. Assim, menciona,
Charlot (2005) discursa que o fracasso escolar se constitui como uma realidade
social, contudo, não pode ser abordado como um objeto analisável, pois, segundo o autor, o
fracasso escolar não existe, o que acontece é que surgem situações de fracasso, histórias
escolares que terminam de forma não agradável, que devem ser analisadas individualmente
cada uma.
Para o autor, o fracasso escolar é:
[...] é uma diferença: entre alunos, entre currículos, entre estabelecimentos [...] O
aluno em situação de fracasso, ocupa no espaço escolar uma situação diferente da do
aluno em situação de êxito – sendo essas posições avaliadas em termos de notas,
indicadores de sucesso, anos de atraso, lugar em um sistema escolar hierarquizado
etc. (CHARLOT, 2005, p. 17).
De acordo com Mandelli (2011), o Brasil possui 151 municípios que reprovam 20%
ou mais dos alunos da rede pública ao fim do 1º ano do ensino fundamental. Esse número
representa 2,7% do total de cidades brasileiras. Com esse dado, especialistas consideram a
situação alarmante.
Forgiarini e Silva (2007, p. 01) perceberam que:
[...] ações já desenvolvidas nas escolas, principalmente nas públicas, têm sido
insuficientes no que se refere ao seu objetivo primeiro: a transmissão do saber
historicamente acumulado, como intuito de formar cidadãos críticos, capazes de
transformar o meio no qual vivem, buscando uma melhor qualidade de vida.
Assim, devido a esta ineficiência, o fracasso escolar atinge grande parte dos alunos
que ingressam nas escolas públicas.
Segundo os autores Forgiarini e Silva (2007), o fracasso na escola pública pode ser
observado nos dados do INEP de 2007 que retratam a realidade brasileira: 41% dos alunos
que ingressam na 1ª série do ensino fundamental não terminam a 8ª série. Dos alunos que
ingressam no ensino médio, 26% não concluem e levam em torno de 10,2 anos e 3,7 anos
respectivamente para concluírem.
Para Fiale (2010), a responsabilidade do fracasso escolar não é somente do aluno, há
a necessidade de pensar em toda a questão pedagógica.
[...] na medida que o aluno tem dificuldades, não aprende e é reprovado por falta de
conteúdos e a falta de conteúdos amplia-se à medida que os alunos ficam
reprovados. O fracasso, dessa forma, não se explica apenas pela reprovação, nem
pela perda de um ou mais anos, repetindo séries; outra perda relevante acontece pelo
distanciamento cada vez maior estabelecido entre os alunos e o conhecimento que a
escola pretende transmitir. (SAMPAIO, 2004, p. 89).
Com isso, o fracasso faz com que o aluno reprovado seja rotulado de incapaz, com
problemas de aprendizagem, tornando-o um fracassado.
Lacerda menciona que:
Nota-se que a atenção dada pelos pais a educação dos filhos é de muita importância
para seu desenvolvimento na escola. E continua a autora a fazer a seguinte observação: “já
quando os pais são ausentes, ou quando a criança tem um vínculo familiar ruim, ela pode
apresentar autoestima prejudicada e distúrbios na aprendizagem” (FIALE, 2010, p. 03).
Pode-se afirmar, então, que quando a criança possui bons vínculos familiares, a
relação dela com os professores e amigos também é boa. Assim, verifica-se a importância da
família nesse vínculo.
A família é responsável pelo modelo que a criança terá em termos de conduta moral,
seus valores éticos. Assim, as crianças se espelham nos pais.
De acordo com Scoz (1994):
Dessa forma, a família é crucial para que os filhos tenham uma boa aprendizagem,
pois ajuda na orientação dos erros e pode apontar soluções. É importante ressaltar, então, que
se faz necessário orientar mais os pais para que estes tenham consciência da importância deles
nas relações familiares e no desenvolvimento de seus filhos.
Art. 6º: É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir
dos seis anos de idade, no ensino fundamental. (BRASIL, 1996).
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
entendem o fracasso escolar a partir do conteúdo. Outros autores afirmam que o fracasso é
uma mera dificuldade de conhecimento, e outros que creem ser a forma como a escola trata as
diferenças o motivo pelo insucesso.
A escola realiza avaliações para definir quem é o bom ou o mau aluno, classificando-
o, valorando-o e emitindo juízos de valor sobre sua capacidade. Nesse sentido, Paro (2003, p.
39-40) afirma que a:
Nesse pensamento, a escola aplica provas, testes a seus alunos apenas para saber sua
avaliação, e não com o objetivo de corrigir rumos da escola.
[...] os que são reprovados devem repetir o mesmo processo no ano seguinte, em
geral com o mesmo professor (ou professores) e com a utilização dos mesmos
recursos e métodos do ano anterior. Para os reprovados, o absurdo da situação não é
apenas que se espera todo um ano para se verificar que o processo não deu certo (o
que já não é de pouca gravidade); o absurdo consiste também em que nada se faz
para identificar e corrigir o que andou errado. Não se trata propriamente de uma
avaliação, mas de uma condenação do aluno, como se só ele fosse culpado pelo
fracasso. Como se o processo não fizesse parte do aluno, o professor (ou
professores) e todas as condições em que se dá o ensino na escola. (PARO, 2003, p.
41-42).
A família com parceria da escola precisa trabalhar noções de limites com os alunos,
investindo na educação moral. E o caminho para esse trabalho deve ir além de relações
unilaterais para construir relações de respeito mútuo e solidariedade.
8 CONCLUSÃO
Diante do exposto podemos concluir que nas últimas décadas o conceito de família
teve transformações. Atualmente o termo família é um grupo de pessoas que residem na
mesma casa, ligados por afetos ou grau de parentesco. Antigamente, esse conceito baseava
apenas em pai, mãe e filhos.
Uma educação bem-sucedida das crianças no meio familiar serve de apoio à
criatividade e ao comportamento produtivo quando for adulto. Assim, a família deve acolher a
criança, oferecendo-lhe um ambiente agradável e amoroso, com disciplinas e respeito. O
acompanhamento da vida escolar dos filhos pelos pais é um fator fundamental para a
aprendizagem e para o sucesso acadêmico das crianças e jovens. Há pesquisas que ressaltam a
necessidade de a escola incentivar e favorecer a participação da família na vida escolar,
porque identificam que a boa relação família-escola é um dos fatores que melhoram as
condições de aprendizado (LOPEZ, 2002).
A escola com um sistema de ensino também deve capacitar e preparar os alunos para
desempenharem papel de cidadãos, sofrendo influências políticas, sociais. Sendo assim, o
papel do docente vai além de simplesmente produzir ou reproduzir saberes. Ele deve estar
convicto de que sua atividade é essencial, política e formadora de opinião. O professor que
compreende sua importância junto à sociedade ultrapassa a esfera do conhecimento e tem
consciência do tipo de aluno que quer formar, para qual sociedade o está moldando, e para
que tipo de mundo desenvolve a ação docente. Assim, o professor firma consigo mesmo a
responsabilidade de construir um novo cidadão para transformação da educação.
Acredita-se que esse trabalho não tenha suprido o debate sobre o fracasso escolar,
mas abre o debate para planejar ações que tragam benefícios e resultados práticos para a sala
de aula e também nas relações escolares, diminuindo conflitos e tensões que possam surgir
entre escola, família e sociedade.
Reforça a reflexão sobre relação família-escola e reforça a importância de se
estabelecer uma parceria produtiva entre essas duas instituições. Se por um lado a família em
suas novas configurações não pode ser considerada a única responsável pelo fracasso escolar
de crianças e jovens, por outro lado, é razoável supor que sua aproximação com a escola só
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