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CADERNO DE PROGRAMAÇÃO DO XVIII ENCONTRO

NACIONAL DE GEÓGRAFOS

SÃO LUÍS – MARANHÃO

JULHO DE 2016
ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS
XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS
A CONSTRUÇÃO DO BRASIL: GEOGRAFIA, AÇÃO POLÍTICA E DEMOCRACIA
24 à 30 de julho de 2016

ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS

DIRETORIA EXECUTIVA NACIONAL

Biênio 2014 – 2016

COMISSÃO ORGANIZADORA DO XVIII ENCONTRO NACIONAL DE

GEÓGRAFOS

COMISSÕES E SEÇÕES LOCAIS RESPONSÁVEIS

O Encontro Nacional de Geógrafos é organizado a partir da sistemática de organização da


AGB, através de Reuniões de Gestão Coletivas e é operacionalizado a partir de comissões, com
diversas finalidades. Na organização, foram previstas diferentes comissões, de acordo com a
dinâmica já experimentada em ENGs anteriores, são elas: Comissão de EDPs (Espaços de
Diálogos e Práticas); Comissão de GTs (Grupos de Trabalho); Comissão de ESCs (Espaços de
Socialização de Coletivos); Comissão de TCs (Trabalhos de Campo); Comissão de MRs (Mesas
Redondas); Comissão de Infraestrutura; Comissão de Alojamento; Comissão de Monitoria;
Comissão de Comunicação e Ouvidoria; Comissão de Atividades Culturais; e, por fim (e não
menos importante) Comissão Organizadora Local. Cada Seção Local da AGB no país se insere
em alguma das comissões de trabalho e estão listadas logo em seguida. A Seção Local que sedia
o evento, nesse ano, Seção Local São Luís compõe a Comissão Organizadora Local e, por
conhecer as especificidades territoriais do local de ocorrência do evento, participa de todas as
demais comissões.
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Inserção das Seções Locais na Organização

AGB – Belo Horizonte: Comissão de ESC (Espaços de Socialização de Coletivos) e de


Monitoria

AGB -Cuiabá: Comissão de EDP (Espaços de Diálogos e Práticas)

AGB – Niterói: Comissão de GTs (Grupos de Trabalho)

AGB - Porto Alegre: Comissão de Mesas Redondas e Comunicação e Ouvidoria

AGB - São Paulo: Comissões de EDPs e de GT

AGB – Três Lagoas: Comissão de Monitoria

AGB – Uberlândia: Comissão de Monitoria

Pró – AGB - Rio Claro: Comissão de EDPs

AGB – Campinas: Comissão de EDPs

AGB – Rio de Janeiro: Comissão de GTs

AGB – Juiz de Fora: Comissão de ESCs

AGB – Curitiba: Comissão de ESCs

AGB – Vitória: Comissão de Trabalhos de Campo, de Alojamento e de Monitoria

AGB – Viçosa: Comissão de Monitoria

AGB – Dourados: Comissão de Atividades Culturais

AGB – Ituiutaba: Comissão de Atividades Culturais


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XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS
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24 à 30 de julho de 2016

COMISSÃO CIENTÍFICA

Adelson Soares Filho Douglas Santos


Ademir Terra Edilea Dutra Pereira
Ailson Barbosa da Silva Eduardo José Pereira Maia
Alem Silvia dos Santos Marinho Edvaldo Moretti
Alex Cristiano de Souza Eliano de Souza Martins Freitas
Alex Torres Domingues Élio de Jesus Pantoja Alves
Alexandre Bergamin Vieira Evânio dos Santos Branquinho
Allison Bezerra Oliveira Evelin Cunha Biondo
Ana Rosa Marques Éverton Vinícius Valezio
Ana Rute do Vale Fabio Betioli Contel
André Buonani Pasti Fábio Tozi
André Henrique Bezerra dos Santos Fabricio Gallo
André Tinoco de Vasconcelos Felipe Almeida dos Santos
Andrea Ketzer Osorio Fernando Mendonça Heck
Andressa Elisa Lacerda Flamarion Dutra Alves
Angelo de Sousa Zanoni Flávio Palhano Fernandes
Ângelo Franco do Nascimento Ribeiro Francisco Clébio Rodrigues Lopes
Anniele Sarah F. de Freitas Gilberto Cunha França
Antonio José de Araújo Ferreira Giovanna Ermani
Antonio Sergio da Silva Gláucia Carvalho Gomes
Ariane Silva Costa Gustavo Teramatsu
Camila Zucon Ramos de Siqueira Hellen Mayse Paiva Silva
Carla Hirt Hermeneilce Wasti Aires Pereira Cunha
Carlo Eugênio Nogueira Igor Bergamo Anjos Gomes
Charlles da França Antunes Igor Dalla Vecchia
Cilícia Dias dos Santos Belfort Brito Irecer Portela Figueiredo Santos
Claudinei Lourenço Iris Maria Ribeiro Porto
Claudio Eduardo de Castro Isabella Vitória Castilho P. Pedroso
Claudio José da Silva de Sousa Jailson de Macedo Sousa
Clibson Alves dos Santos João Carlos Carvalhaes dos Santos Monteiro
Cristiane Cardoso João D'anuzio Menezes de Azevedo Filho
Cristiane Passos de Mattos João Edmilson Fabrini
Cristiano Quaresma de Paula Jonas Dias de Souza
Daniel Pitzer Zippinotti José Fernando Rodrigues Bezerra
Danniel Madson Oliveira José Sampaio Mattos Júnior
Deborah da Costa Fontenelle Julia Santos Cossermelli de Andrade
Denílson Araújo de Oliveira Karina Suzana Pinheiro
Djoni Roos Kedma Madalena Garcês Gonçalves
Douglas Cristian Coelho Leandro Neri Bortoluzzi
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Leandro Riente da Silva Tartaglia Simone Cristina de Oliveira Silva


Leonardo Gama Campos Simone Raquel Batista Ferreira
Lívia Tôrres Cabral Stéphanie Rodrigues Panutto
Lucas Manassi Panitz Teresa Itsumi Masuzaki
Luciano Pereira Duarte Silva Thiago dos Reis Fragoso
Lucimar Fátima Siqueira Thiago Pereira Lima
Luís Henrique Ribeiro Santos Thiara Vichiato Breda
Luiz Antônio Evangelista de Andrade Tiago Bassani Rech
Luiz Carlos Araújo dos Santos Valderson Salomão da Silva
Luiz Eduardo Neves dos Santos Vanessa Lessio Diniz
Manuela Mendonça de Alvarenga Vânia Salete Klein de Oliveira
Marcel Petrocino Esteves Vicente Eudes Lemos Alves
Marcelino Silva Farias Filho Vicente Rocha Silva
Marcelo Cervo Chelotti Vinicius silva de Morais
Márcia Fernanda P. Gonçalves Wagner Scopel Falcão
Marcio da Costa Berbat Walison Silva Reis
Márcio José Celeri Washington Luís Campos Rio Branco
Marcos Antônio Campos Couto Yasmim Ribeiro Mello
Maria Bernadete Sarti da Silva Carvalho Zulimar Márita Ribeiro Rodrigues
Mária Bruna Pereira Ribeiro
Maria José Martinelli Silva Calixto
Mário Leal Lahorgue
Marísia Margarida Santiago Buitoni
Maurício Eduardo Salgado Rangel
Maurício Sogame
Maycon Fritzen
Melissa Maria Veloso Steda
Mirlei Fachini Vicente Pereira
Naiemer Ribeiro de Carvalho
Natália Freire Bellentani
Neusa de Fátima Mariano
Núbia Beray Armond
Paulo Roberto Raposo Alentejano
Paulo Roberto Rodrigues Soares
Quésia Duarte da Silva
Rafael Straforini
Renato Emerson dos Santos
Roberta Maria Batista Figueiredo Lima
Roberto Marques
Rogata Soares Del Gaudio
Rosalva de Jesus dos Reis
Sávio José Dias Rodrigues
Sérgio Luiz Miranda
Sílvia Lopes Raimundo
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APRESENTAÇÃO

O XVIII ENG 2016 será realizado em São Luís – MA, de 24 a 30 de Julho de 2016, e terá
como tema “A construção do Brasil: geografia, ação política e democracia” com sede oficial no
Campus Universitário do Bacanga da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e com apoio
institucional da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia – MA (IFMA).

TEMÁTICA

A Construção do Brasil: Geografia, Ação Política e Democracia

A construção do Brasil é um tema de extrema relevância para a compreensão da disputa


pelo exercício do poder que se dá de forma profundamente desigual entre os mais diversos
grupos sociais. Ao mesmo tempo esse processo condiciona as ações sociais presentes e a
efetivação de projetos emancipatórios. Tal construção marca o país com profundas disparidades
sociais e regionais e, até o presente momento histórico, não permite a realização de uma
democracia plena, tampouco possibilita afirmar uma realidade concreta que garanta a reprodução
social dos sujeitos. Em decorrência disso, a cidade e o campo são concebidos e projetados para
interditar as coexistências. Em uma conjuntura na qual os poucos avanços sociais e territoriais
conquistados historicamente são colocados em causa, a AGB objetiva problematizar os nexos
entre a ciência geográfica, a ação política transformadora e o exercício democrático e conclama
todas(os) as(os) geógrafas(os) a pensar o Brasil que queremos.

ATIVIDADES NO XVIII ENG

Para o desenvolvimento da temática central do ENG 2016 foram propostas 5 áreas gerais
contempladas em 9 eixos temáticos.

ÁREAS GERAIS
1 – Cidade/Urbano
2 – Campo/Rural
3 – Pensamento Geográfico
4 – Natureza/Meio Ambiente
5 – Educação
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EIXOS TEMÁTICOS

Eixo 01: A produção social do Brasil e a construção de suas geografias.


A produção do espaço, condicionada pela aceleração contemporânea e pela fragmentação
das relações que marcam esta fase globalizada do capitalismo, admite múltiplas leituras,
resultantes das diversas possibilidades de apreensão desse processo. Coloca-se, como ponto de
partida, a necessária análise do modo de produzir acadêmico. A realidade brasileira
contemporânea propõe desafios ao pensamento que exigem a crítica e a superação de um
empreendedorismo acadêmico enraizado na universidade. Este processo passa pela valorização
do conhecimento geográfico produzido ao apontar perspectivas teórico-metodológicas que
permitam a construção de um conhecimento concreto sobre o presente. Assim, buscamos refletir
sobre teoria e método; ciência geográfica; epistemologia da geografia; história do pensamento
geográfico; categorias filosóficas aplicadas à geografia; história dos saberes geográficos;
referenciais teóricos e metodológicos que orientam práticas políticas.

Eixo 02: Ação política, lutas sociais e representação: por um outro projeto de sociedade.
A dominação que legitima a sociedade capitalista é conhecida: aquela do homem sobre a
natureza, que se converte na dominação do homem sobre o homem. Se a ação política é a ação
transformadora que intervêm no curso da história para mudar o seu rumo e sentido, desvendar as
motivações ocultas atrás das ações de lutas sociais difusas e tornadas invisíveis é urgente para a
construção de um outro projeto societário que rompa com a leitura hegemônica, incapaz de
incorporar os sentidos populares da ação. São projetos elaborados com os códigos da
competitividade, do consumismo e do individualismo. Pelo contrário, outros projetos vêm sendo
construídos pela resistência dos oprimidos a partir de seus valores culturais, estratégias de vida e
experiência popular. O pensamento operacional e a ação instrumental de projetos fracassados
encontram oposição nas práticas sociais que são construídas nos lugares.

Eixo 03: Estado, capital e poder: geografia política do Brasil.


Configura-se uma nova geopolítica mundial nesse início de século, por isso a afirmação do
“retorno da geopolítica”. Ela não é movida apenas por conflitos territoriais entre Estados, essa
nova geopolítica é enredada pela reorganização do capitalismo em escala mundial. Todos os
conflitos pela hegemonia mundial implicam em novas arquiteturas políticas e territoriais que, em
sua face mais perversa, alimentam crises, conflitos, guerras e deslocamentos em massa,
atingindo todas as regiões e lugares. De fato, as lutas e as políticas, dos povos não são travadas
apenas no plano das ideias, mas especialmente no plano do território e da competição pelo uso
de seus recursos, por isso é urgente uma reflexão aprofundada sobre a geopolítica dos Estados e
das grandes empresas que estão sob a hegemonia do capital financeiro. Desvendar a natureza
geográfica do poder, mais que apresentar suas formas geográficas, é o objetivo da geopolítica
para a compreensão das múltiplas formas de dominação.
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Eixo 04: Questão agrária: conflitos, tensões e projetos.


As disputas teóricas e metodológicas em torno à questão agrária continuam atuais e
merecem investimento reflexivo. Questões relacionadas à luta pela terra e pelo território, que
envolvem múltiplos sujeitos sociais tais como os camponeses, os indígenas e os quilombolas
compõem os debates acadêmicos e políticos sobre um outro projeto para o campo brasileiro, do
qual decorrem importantes pesquisas científicas. Em confronto com esse projeto histórico, o
agronegócio se consolida tanto em sua vertente científica e tecnológica, com significativos
avanços na pesquisa e desenvolvimento, quanto na dimensão política, na medida em que seus
representantes se confundem com o próprio Estado.

Eixo 05: As transformações no mundo da Educação: educar para que Brasil?


As atuais políticas educacionais desdobram-se no sentido de formar o novo trabalhador
flexível, impondo um saber-fazer articulado às mudanças tecnológicas do processo de
globalização e às transformações do mundo do trabalho. No contexto brasileiro, as
transformações apontam para a formação de um Sistema Nacional de Educação em sintonia com
o atual Plano Nacional de Educação (PNE), onde os mecanismos nacionais de avaliação e de
reforma curricular assumem centralidade e destacam-se pela valorização de competências e
habilidades. Nesse sentido, como a Geografia brasileira irá se posicionar frente a pautas diretas
que surgem nesse horizonte, como a Base Nacional Comum e a reforma do Ensino Médio? E qual
professor(a) estas políticas projetam?

Eixo 06: Disputas cartográficas nas dimensões do poder.


A cartografia continua sendo um importante instrumento de poder na delimitação do
espaço e em sua representação, tendo como agentes especialmente as grandes empresas e o
Estado. É fundamental questionar a natureza da análise espacial e do mapa no presente
momento histórico, a partir do processo de valorização das tecnologias da informação. Neste
sentido, a leitura da cartografia como técnica, linguagem e/ou ciência manifesta uma das faces
desta disputa, que retira do debate o uso do mapa em relações de poder. Aliada a essa vertente,
emergem cartografias voltadas para lutas e conflitos sociais e para a ação social. São cartografias
orientadas para transformações, para as quais as escalas não são anódinas, mas mediações
fundamentais a explicitar. São formas alternativas de representação das situações sociais que
autorizam mapear os lugares, mas principalmente os contextos e as práticas dentro de suas
temporalidades, buscando os sentidos da ação. Essa cartografia é um avanço para as lutas
sociais, mas é interrogada na medida em que seus resultados, localizando os sujeitos sociais,
podem ser apropriados pelo poder hegemônico.

Eixo 07: A urbanização brasileira: que cidade queremos?


O atual ciclo de expansão do capitalismo com sua progressiva financeirização da
economia global, vem desdobrando novas estratégias do uso, valorização e gestão do urbano,
amalgamando este aos interesses do mercado e com isso transformando sua estrutura em
diversas cidades do mundo. No Brasil, a questão urbana – produto de um passado colonial ainda
decorrente - vem reproduzindo as principais contradições estruturais da nossa sociedade, se
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inscrevendo nos espaços das cidades, marcadas pela desumanização, segregação e sujeição
social. Do cotidiano da cidade praticada, emanam forças que tensionam a produção do espaço
urbano, por meio da luta pelo direito à cidade e a democratização do espaço urbano, tais como
questões de mobilidade, habitação e genocídio da juventude negra. Frente a este complexo
processo, é necessário revisar possibilidades, limitações e o sentido de nossas leituras e
metodologias de compreensão da cidade e do urbano. Como a nossa práxis de geógrafos permite
que avancemos nessas lutas? Que cidade queremos?

Eixo 08: Para transformar o Brasil: raça e gênero nos debates geográficos.
Historicamente a produção científica lastreou as opressões por raça e gênero, o que teve
forte influência na construção da sociedade e também da geografia brasileira, naturalizando
valores hierarquizantes que condicionam corpos e mentes. Apenas nos últimos anos, as
discussões relacionadas a gênero, raça e sexualidade vêm sendo incluídas no pensamento
geográfico sob uma perspectiva de crítica a essas opressões. Repensar a geografia a partir de
perspectivas anti-hierárquicas, pressupõe o diálogo com novos paradigmas para compreender tais
relações como elementos constituintes de práticas do espaço geográfico. Dessa forma, como a
geografia pode contribuir para, ao compreender, combater a reprodução do racismo, do machismo
e da homolesbotransfobia na produção do espaço e da educação?

Eixo 09: Geografia, crise ambiental e desenvolvimento econômico.


O desenvolvimento econômico capitalista é o motor da crise ambiental em todas as
escalas. A história da produção capitalista é a história do não reconhecimento de limites físicos,
químicos e orgânicos do planeta. Isto se capilariza por todos os espaços na forma da destruição
da natureza, entendida como materialidade e cultura dos povos. Múltiplas são as escalas da crise
ambiental. Problemas estruturais como o desmatamento de vastas extensões de vegetação
nativa, extinções de espécies, o tratamento de resíduos sólidos nas cidades, a poluição dos
corpos d'água e as ocupações em encostas, entre outros, provocam a degradação sistemática da
vida e aprofundam a cisão entre natureza e cultura. Não se trata apenas da ruptura de barreiras
físicas, possibilitadas pelas inovações tecnológicas, mas de rupturas em práticas historicamente
vinculadas às culturas dos povos. Cabe questionar como a geografia pode contribuir para a
transformação do atual modelo de desenvolvimento econômico. Qual é a importância de se tratar
de forma critica sociedade e natureza? Qual(is) é (são) a(s) natureza(s) estudada(s) na geografia?

SÍNTESE DAS ATIVIDADES

No XVIII ENG ocorrerão as seguintes atividades: Abertura; Mesa Redonda; Grupos de


Trabalhos (GTs); Fórum de GTs; Plenárias Políticas; Espaços de Diálogos e Práticas (EDPs);
Espaço AGB; Trabalhos de Campo; Pós Campo; Espaço de Socialização de Coletivos (ESCs);
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Debate de chapas; Diálogo de Encerramento e Plenária Final.

Ementa das atividades

Abertura e diálogo de abertura


A abertura do evento será realizada através de uma homenagem a um geógrafo e de uma
mesa-redonda de abertura. A mesa-redonda visa problematizar o tema do encontro.

Mesa Redonda
As Mesas Redondas são espaços onde os debates acontecem a partir de intervenções
teórico-políticas de pessoas convidadas pela entidade. Neste XVIII ENG haverá 2 Mesas
Redondas por eixo. Cada Mesa Redonda será compostas por 3 pessoas, sendo um provocador e
2 expositores.

Grupos de Trabalhos (GTs)


Os GTs (Grupos de Trabalho) são espaços de mobilização e produção coletiva de
posicionamentos dos agebeanos e da AGB, cujo objetivo principal é pensar e realizar ações e
intervenções na sociedade, na Geografia e na própria entidade. Essas ações têm como subsídio o
saber geográfico, cujo importante componente é a proximidade da realidade propiciada, por
exemplo, a partir de relações com movimentos sociais. Os GTs se organizam em torno de recortes
temáticos e reagem às atitudes demandadas pela sociedade ou à proposição interna de ação do
próprio GT. Assim fortalecem a atuação política das Seções Locais da AGB através de reflexões,
formações e intervenções.

Fórum de GTs
O Fórum de GTs será o ponto de culminância e articulação de todos os GTs que ocorrerem
no XVIII ENG. No Fórum de GTs serão aprofundadas questões como a atuação da AGB na atual
conjuntura política brasileira, a concepção do GT no interior da AGB e o movimento de Articulação
Nacional dos GTs.
A importância que os GTs têm na entidade reflete o entendimento de que a dinâmica da
sociedade impõe mudanças à AGB, e que de que a AGB está comprometida com esse processo.
O Fórum de GTs representa, portanto, um momento fundamental para a construção da entidade.

Plenárias Políticas e debate de chapas


São espaços que têm por objetivo discutir a política da AGB como um todo.

Espaços de Diálogos e Práticas (EDPs)


Esta atividade contempla o debate de trabalhos (pesquisas em andamento, concluídas e
relatos de experiências) dentro dos eixos temáticos e áreas do evento. Nela, tanto os participantes
com trabalhos inscritos, como aqueles sem trabalhos inscritos, têm a oportunidade de discutir,
apresentar experiências e trocar informações.
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Espaço AGB
Espaço para as reuniões dos associados com a sua seção local.

Trabalhos de Campo
Os trabalhos de campo são uma importante prática da Geografia e de outras ciências
humanas que buscam interpretar e problematizar a realidade. Nessa perspectiva, a AGB tem
buscado fortalecer as atividades de campo ao longo de seus eventos locais e nacionais,
oferecendo diversas saídas a campo em diálogo com pesquisadores, entidades e movimentos
sociais.

Pós-Campo
Ainda buscando o fortalecimento das atividades de campo, o pós-campo pretende
promover uma reflexão acerca da realidade conhecida no trabalho de campo, com a intenção de
trocar experiências com o coletivo para problematizar as situações presenciadas.

Espaço de Socialização de Coletivos (ESCs)


Esta atividade tem o caráter de fortalecer a discussão de coletivos. Estes coletivos podem
ou não se constituir enquanto grupos relacionados a algum órgão de fomento à pesquisa e estará
aberto aos grupos constituídos por movimentos sociais, ambientais, culturais e políticos que
queiram socializar suas pautas de luta ou reivindicações. Os ESCs servem, portanto, para que os
grupos acadêmicos e não acadêmicos possam socializar suas discussões com todos os
congressistas.

Debate de Chapas
Espaço político reservado para o debate entre as chapas candidatas à gestão da Diretoria
Executiva Nacional biênio 2016-2018.

Diálogo de Encerramento
O diálogo de encerramento pretende ser uma síntese das discussões ocorridas durante o
encontro.

Plenária Final
É o espaço onde serão apreciados os encaminhamentos das atividades realizadas durante
o ENG. Neste momento é feita, também, a principal avaliação do Congresso e da atual gestão da
Diretoria Executiva Nacional (DEN) da AGB, além do processo eleitoral da DEN para a próxima
gestão.
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PROGRAMAÇÃO

Síntese

A Construção do Brasil: Geografia, Ação Política e Democracia


Data
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
24/07 25/07 26/07 27/07 28/07 29/07 30/07
Turno
manhã
Credencia Mesa Trabalho de Diálogo de
EDP's EDP's EDP's
(8h30 - mento Redonda Campo encerramento
12h)
Almoço
Tarde
Credencia Trabalho de Fórum
GT's GT's GT's Plenária Final
mento Campo / ESC de GT's
(14h - 18h)
Jantar
Plenária
política
Noite
Plenária Espaço Mesa
Abertura Pós Campo
Política AGB Redonda Debate
(19h - 22h)
de
chapas
CONFRATERNIZAÇÃO (Terça-Feira: 26/07)

Legenda da Programação:
GTs - Grupos de Trabalho
TCs - Trabalhos de Campo
EDPs - Espaços de Diálogos e Práticas
ESCs - Espaço de Socialização de Coletivos

Programação detalhada

Dia 24 de julho (domingo)

8h e 30min às 18h

Credenciamento XVIII ENG e Alojamento


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Local: Parte externa do Centro de Convenções da UFMA

18h

Cerimonial de Abertura
Homenagem ao geógrafo Bruno Ricardo do Nascimento

19h às 22h

Diálogo de Abertura: A Construção do Brasil: geografia, ação política e


democracia - Ruy Moreira (UFF)
Local: Centro de Convenções

Dia 25 de julho (segunda-feira)

8h e 30min às 18h

Credenciamento XVIII ENG e Alojamento


Local: Parte externa do Centro de Convenções da UFMA

OBS.: Os participantes que chegarem após as 12hs da segunda-feira deverão dirigir-


se à secretaria do ENG (CCH) para realizarem seus credenciamentos.

8h e 30min às 12h
MESAS REDONDAS

Eixo 1 – A produção social do Brasil e a construção de suas geografias


Mesa 1 – Pluralismo e particularismo metodológico na geografia brasileira: a questão
crítico-reprodutivista.
Os instrumentos teórico-metodológicos das ciências sociais, em particular da Geografia, parecem
ter se tornado antiquados ou dogmáticos sob a leitura do chamado “pluralismo metodológico”
frente à interpretação da realidade concreta e de suas contradições. Evidência disso é a
emergência infrene de categorias e conceitos na produção da ciência geográfica, os quais, em
verdade, tem admitido “particularismos” e tentativas de demarcação de um “campo autoral” nas
pesquisas científicas, ainda que blindados sob um discurso superficialmente crítico. Neste sentido,
é possível antever a relevância e atualidade deste debate quando se esquadrinham os caminhos
e avanços teórico-metodológicos da geografia brasileira, tarefa primordial na prática dos
geógrafos.
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Ariovaldo Umbelino de Oliveira (USP), Maria Laura Silveira (ANPCYT - Argentina), Paulo Roberto
de Albuquerque Bonfim(AGB-SP)
Local: Miniauditório 1 – Paulo Freire

Eixo 2 – Ação política, lutas sociais e representação: por um outro projeto de sociedade
Mesa 1 – A voz dos lugares e a luta por uma comunicação democrática no território
brasileiro.
Esta mesa se propõe a discutir a democratização da comunicação, especialmente no contexto
latino-americano, como meio de emancipação e resistência às formas perversas da globalização,
fazendo emanar dos lugares vozes alternativas aos grandes veículos de informação. Nesse
contexto, cabem reflexões acerca dos usos possíveis da imprensa, da música e da Internet, entre
outros meios, bem como das políticas para comunicação relacionadas.

Héctor Poggiese (FLACSO, Argentina), Álvaro Heidrich (UFRGS), Melissa Steda (AGB -
Campinas)
Local: Miniauditório 2 – Paulo Freire

Eixo 3 – Estado, capital e poder: geografia política do Brasil


Mesa 1 – Padrão de acumulação capitalista e militarização do espaço.
O Estado tornou-se a forma hegemônica de organização das sociedades, ao mesmo tempo em
que o capitalismo atingiu os limites físicos da Terra. A luta de classes, inerente ao processo de
reprodução do capital, coexiste sob exercício do controle concreto do Estado sobre as
sociedades, que, via de regra, são tensionadas pelo discurso nacionalista. Esta mesa propõe
discutir tais tensões a partir da militarização do espaço, problematizando episódios de violência
policial no Brasil que ganharam destaque recentemente, bem como suas implicações e as
consequentes resistências a eles.

Douglas Santos (UFGD), Breno Pimentel Câmara (UFRJ), Givanildo Manuel (Tribunal Popular)
Local: Miniauditório 3 - Paulo Freire

Eixo 4 – Questão agrária: conflitos, tensões e projetos


Mesa 1 – O campo brasileiro e a luta pelo território.
Da perspectiva histórica, é possível afirmar que a violência e os conflitos marcam o
desenvolvimento capitalista no campo brasileiro. De forma permanente camponeses, indígenas e
quilombolas lutam para permanecerem em suas terras e territórios. O comprometimento do
trabalho científico com a transformação da realidade coloca em pauta nessa mesa uma análise
sobre as contradições do campo brasileiro inserido numa realidade latino-americana, onde se
revelam as lutas dos camponeses pela posse de suas terras e pela Reforma Agrária, dos povos
indígenas pela demarcação de seus territórios originários e dos quilombolas pelo reconhecimento
de seus territórios.

Hugo Blanco (Confederación Campesina del Peru), Simone Raquel (UFES), Roberta Lima
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(UFMA)
Local: Miniauditório 4 – Paulo Freire

Eixo 5 – As transformações no mundo da educação: educar para que Brasil?


Mesa 1 – Plano Nacional de Educação, Base Nacional Comum Curricular e a Geografia
Escolar.
A necessidade de pensar a educação em nível nacional leva à elaboração de políticas que
buscam abarcar o ensino em todo o território brasileiro e influenciam o cotidiano da atividade
docente, fornecendo bases e diretrizes fundamentais. Essa prática, no entanto, leva a
questionamentos que vão da forma como se organiza a base curricular às dificuldades no trato
das questões regionais. A elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) e da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) como mecanismos nacionais de metas, avaliação e reforma curricular
devem, assim, passar por reflexões críticas que apontem caminhos para a educação que se
projeta para o Brasil.

Núria Hangley Cacete (USP), Eduardo Girotto (USP), Eduardo Maia (UFRJ e AGB - Niterói)
Local: Auditório – CCH

Eixo 6 – Disputas cartográficas nas dimensões do poder


Mesa 1 – Mapa do clima ou da desigualdade: mudanças climáticas como discurso e prática
de dominação.
As mudanças climáticas tornaram-se, de certa maneira, paradigmáticas em muitas disciplinas
científicas para explicar, ou pelo menos sugerir, nexos entre alterações nos climas e pobreza e
desigualdade. A história da geografia como disciplina é repleta de análises deterministas, por isso,
faz-se premente uma reflexão aprofundada sobre os nexos entre clima e pobreza, especialmente
porque o mapa da desigualdade no mundo localiza, justamente nessas áreas, aquelas que
sofreriam as maiores implicações de uma mudança climática. Por isso, pode-se questionar: em
que medida esse paradigma é sujeito de práticas de dominação e manutenção das
desigualdades?

João Lima Sant'anna Neto (UNESP – PP), Henri Acselrad (UFRJ), Paulo Roberto Raposo
Alentejano (UERJ, AGB - Rio)
Local: Auditório – Paulo Freire

Eixo 7 – A urbanização brasileira: que cidade queremos?


Mesa 1 – Novas dinâmicas do urbano: políticas públicas e direito à moradia no Brasil.
Com a produção habitacional em larga escala potencializada pelo Programa Minha Casa Minha
Vida, embora muitas famílias tenham tido acesso à moradia, não representou uma redução
significativa do déficit habitacional, uma vez que prevaleceu os interesses de natureza fundiária e
financeira sobre o direito à moradia. Os limites dessa forma de produção de moradia tem se
revelado recentemente, e uma de suas expressões é o número significativo de imóveis sendo
devolvidos às construtoras por famílias que não estão tendo condições de pagar o financiamento.
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XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS
A CONSTRUÇÃO DO BRASIL: GEOGRAFIA, AÇÃO POLÍTICA E DEMOCRACIA
24 à 30 de julho de 2016

Nesta novo contexto, quais são as estratégias do capital imobiliário e financeiro e quais suas
consequências sobre a cidade e ao direito à moradia? Como os movimentos pela moradia têm
construído alternativas frente as mudanças pelas quais passa o Estado Brasileiro nos últimos
anos? O objetivo desta mesa é suscitar ponderações que auxiliem na compreensão da realidade
brasileira na atual conjuntura, marcada por uma absurda volatilidade, o que torna a tarefa ainda
mais urgente, a partir do olhar dos movimentos populares urbanos, que têm se esforçado nas
últimas décadas na disputa pela condução de uma política habitacional que vá ao encontro das
necessidades dos mais carentes e dos estudiosos que se debruçam em pesquisar os rumos da
cidade.

Cícero Aquino (UERJ, MNLM), Andrelino de Oliveira Campos (UERJ-FFP), Creuzamar de Pinho
(União por Moradia Popular - MA)

Local: Auditório Setorial – CCSO

Eixo 8 – Para transformar o Brasil: raça e gênero nos debates geográficos


Mesa 1 – A questão racial na produção do conhecimento geográfico: negros, indígenas e a
ruptura da esteriotipagem dos sujeitos.
Propomos um debate a respeito da ciência e a negativação e invisibilidade do negro e do
indígena. A superficialidade teórica no trato dessas temáticas não é apenas uma ação de
negligencia científica, mas também, serve de suporte ideológico ao pensamento conservador,
racista e excludente. Frente a isso convidamos a todos para o desafio de refletirmos sobre a
produção do conhecimento geográfico e a superação das possíveis armadilhas que construímos
ao abordar estes temas.

Émerson Guerra (UFRRJ), Gabriel Siqueira (UERJ), Diogo Marçal Cirqueira (UFF).

Local: Auditório 2 – CCH

Eixo 9 – Geografia, crise ambiental e desenvolvimento econômico


Mesa 1 – A destruição do Rio Doce: quanto vale o desenvolvimento?
Vivemos em um contexto de crises políticas, ambientais e sociais. O desenvolvimento econômico
apregoado pelo capitalismo globalizado foi propulsor para a ampliação de problemas ambientais
no mundo. Em países considerados emergentes economicamente, como o caso do Brasil, os
grandes projetos industriais passam por cima de leis trabalhistas, leis ambientais, da história de
vida das populações tradicionais e originárias, das questões humanas e humanitárias. Em 05 de
novembro de 2015, o rompimento da barragem de rejeitos tóxicos da mineração de Santarém em
Mariana (MG), propriedade da mineradora Samarco (Vale/BHP Billiton), deixou mortos, pôs fim a
comunidades rurais nas proximidades da barragem e promoveu um rastro de destruição ambiental
e social às margens dos cursos d’águas atingidos, em especial, no Rio Doce, levando-o à morte.
Rio este que já agonizava em um intenso processo de assoreamento provocado, principalmente,
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pelo intenso desmatamento nas áreas da bacia hidrográfica do Rio Doce e pela dinâmica
econômica e agrícola nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Tendo essa recente tragédia
considerada como maior impacto ambiental da história do Brasil é que nos questionamos: Quais
impactos ambientais, sociais e econômicos desse desastre? Há recuperação do Rio Doce? E a
história de vida dessas comunidades? Como o Estado vai mediar essa situação? Quanto vale o
desenvolvimento? O que a leitura geográfica sobre esse crime ambiental pode revelar?

Roberto José Moreira Vervloet, Eduardo Barcellos, Jorge Manoel Gramalich


Local: Auditório – Reitoria

14h às 18h

GRUPOS DE TRABALHO - GTS

Os desafios da Educação Geográfica na Conjuntura Política Atual


(GT de Ensino Agb São Paulo. Coordenador: Eduardo Girotto).

Local: Miniauditório 1 – Paulo Freire

Ementa: Diante das principais mudanças políticas ocorridas nos últimos anos e que têm
resultados em ataques à Educação Pública e o Ensino de Geografia em diferentes regiões do
país, o GT tem como intuito discutir as perspectivas de ação e enfrentamento tais processos. A
partir dos debates e discussões realizadas nos dias de desenvolvimento do GT, esperamos
construir um documento que busque problematizar e apresentar estratégias e ações a serem
desenvolvidas no âmbito da AGB nos próximos 2 anos com o intuito de enfrentar estas questões.
Tal documento será apresentado na Plenária Final e, se aprovado, significará o norte das nossas
ações. Tal metodologia de trabalho busca resgatar a dinâmica da articulação dos GTs de Ensino e
Educação da AGB desenvolvida em outros momentos da história desta instituição, na qual a
comunidade geográfica também se posicionou e construiu ações coletivas de enfrentamentos a
processos que visavam retirar direitos e difundir uma lógica privatista de educação.
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Ensino de Geografia, Base Nacional Comum Curricular e Projetos de


Escola em Disputa
(GT de Ensino AGB Niterói. Coordenadores: André Tinoco, Eduardo Maia, Marcos Couto, Ronald
Coutinho).

Local: Mini - auditório 2 – Paulo Freire.

Ementa: Na conjuntura atual das políticas educacionais neoliberais um ponto central é a


construção de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC). No momento sua segunda versão
está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE). Devemos lembrar que a BNCC
está relacionada a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE) e a construção de um
Sistema Nacional de Educação (SNE). Assim, o GT de Ensino irá socializar as discussões que
vem realizando sobre o tema; contextualizando a construção da Base, discutindo o projeto de
escola e de Geografia presentes nela e a participação dos diferentes atores nessa construção.

Articulação de GTs Questão Indígena


(Articulação Nacional. Coordenador: Eduardo Tarzan).

Local: Miniauditório 3 – Paulo Freire

Ementa: O espaço proposto pela Articulação Nacional de GT's Questão Indígena, tem
como objetivo agremiar as discussões realizadas sobre esta temática dentro da ciência geográfica
incluindo: educação escolar indígena, o ensino da temática na escola não indígena, formação de
professores, ingresso e permanência de estudantes indígenas nas universidades, conflitos por
territórios, conjuntura política e demarcação das terras indígenas, saúde indígena, etc. Para tanto,
contamos com a presença das Seções Locais da AGB, associados e não associados para
trocarmos relatos, experiências e ideias que contribuam para a ampliação deste debate entre
aqueles que são/estão ligados a luta e resistência dos povos indígenas.

Meio Ambiente, Riscos Socioambientais, Mobilização Social: Amazônia e Cerrado


(GT Ambiente – AGB Catalão. Coordenadores: Gabriel de Melo Neto, Laurindo Elias Pedrosa,
Edson Benedito Santana).

Local: Miniauditório 4 – Paulo Freire

Ementa: O presente Grupo de Trabalho tem por objetivo levar ao XVIII ENG, as
discussões realizadas na Seção Catalão por meio do GT de Meio Ambiente em diferentes
espaços locais e regionais através de participação efetiva de seus associados. Assim sendo, as
discussões postas giram em torno da monopolização do território e a territorialização do
monopólio. Geopolítica da Amazônia e desequilíbrios socioambientais do Cerrado. Conceitos e
avaliações em diferentes escalas de abordagens sobre as transformações em curso na Amazônia
e no Cerrado na atualidade. A amplitude dos elementos históricos, culturais, espaciais,
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econômicos e ambientais envolvidos. Exposição e Análises de documentos e materiais sobre


licenciamentos ambientais de diversos empreendimentos. Análises dos níveis de impactos
derivados sobre o clima e a umidade: teoria dos rios voadores. Organização e possibilidades de
construção de instrumentos de intervenção social para as tomadas de decisão.

Os impactos dos grandes projetos de desenvolvimento no espaço agrário


(GT Agrária – AGBs Rio de Janeiro e Niterói. Coordenador: Paulo Alentejano).

Local: Miniauditório 5 – Paulo Freire

Ementa: Nas últimas duas décadas se intensificaram os impactos dos grandes projetos de
desenvolvimento no espaço agrário brasileiro. O GT Agrária das AGBs Rio de Janeiro e Niterói
tem analisado tais processos no estado do Rio de Janeiro e nos últimos ENGs dialogou com a
comunidade agebeana acerca de processos semelhantes ocorridos em outros estados brasileiros
e países da Amárica Latina. Durante o XVII ENG daremos continuidade a esse exercício, visando
aprofundar o entendimento dos geógrafos acerca de tais processos, assim como estimular a
mobilização de outros GTs da AGB que se dediquem a tal temática.

19hs às 22h

Plenária Política

Local: Auditório – Paulo Freire

Dia 26 de julho (terça-feira)

8h e 30min às 12h

ESPAÇOS DE DIÁLOGOS (EDPS)

Local:
Eixo 1 – Cidade – Urbano: CCSO
Eixo 2 -Campo – Rural: CCH
Eixo 3 – Pensamento Geográfico: Paulo Freire
Eixo 4 -Natureza/Ambiente: COLUN
Eixo 5 -Educação: CCSO
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14h às 18h

Continuação dos Grupos de Trabalho (Gts)

Local: os mesmos de segunda-feira

19hs às 22h

Espaço AGB – Assembleias das sessões locais

Local: salas de aula do prédio CCSO

A partir das 22h

CONFRATERNIZAÇÃO

Local: Concha acústica da UFMA

Dia 27 de julho (quarta-feira)

8h e 30min às 12h

TRABALHOS DE CAMPO (TCs)

Campo 01

Dinâmica da paisagem na praia de Carimã (Raposa/MA)


Proponentes: Prof.ª Dr.ª Quésia Duarte da Silva (UEMA) e Prof.ª Regina
Célia de Castro Pereira

Proposta: O trabalho tem objetivo de analisar o conjunto paisagístico na praia de Carimã,


através de uma proposta integrada de fatores geoambientais e socioeconômicos. A localização
geográfica da referida praia favorece constante remodelagem da linha de praia, alternando dunas,
mangues e braços de mar. As condições econômicas da população residente estruturam um modo
de vida muito envolvido com a natureza, estabelecendo pressões ambientais sobre os
manguezais.
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Saída: 7h e 30min UFMA


Previsão de retorno para a UFMA: 17h
Roteiro:
- Visitas à praia de Carimã, dunas e manguezais;
- Visitas à sede do município, artesanato local e portos da cidade;
Informações adicionais: Os inscritos deverão trajar calças ou bermudas, camisetas
claras e leves, usar bonés, viseiras ou semelhantes, levar água e lanche reforçado para todo o
dia, ou dinheiro para almoço. Recomenda-se o uso de repelente e protetor solar.

Campo 02

Voçorocas na Praia do Araçagi – São José de Ribamar-MA


Proponente: Prof. Dra. Ediléa Dutra Pereira (UFMA)

Proposta: Na superfície da terra atuam diversos processos que se combinam para


modelar o relevo, desenvolvendo solos, desenhando a rede hidrográfica de forma dinâmica
transformando a paisagem natural ao longo do tempo geológico. A área do Araçagi apresenta
exuberantes tabuleiros da Formação Barreiras (Terciário) com ressaltos geralmente superiores a
20 metros, associada a canais de 1ª ordem. A dinamização dos processos erosivos natural e
acelerado imprimem na paisagem ‘canyons’ com presença de dutos, pedestais, cicatrizes de
escorregamentos e outros. O desmatamento na área costeira provocado pelo intenso uso e
ocupação promove uma drástica alteração no balanço hídrico, proporcionando um aumento
significativo do escoamento superficial e diminuição da infiltração resultando em significativas
perdas de solos em direção ao mar. A contenção do processo erosivo é um desafio diante da
dinâmica da natureza.

Saída: 7h e 30min UFMA


Previsão de retorno para a UFMA: 14h

Informações adicionais: Vestuário adequado: Calça comprida Jeans, chapéu e tênis.

Campo 03

Visita área da Beirada de Alcântara, um ambiente a ser conservado.


Proponente: Prof.ª. Dra.ª Ana Rosa Marques (Departamento de História e
Geografia da UEMA)

Proposta: O município de Alcântara possui uma riqueza histórica e cultural, sendo o


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mesmo iniciado através de uma aldeia indígena e posteriormente com a invasão de franceses,
portugueses e holandeses, se moldou como um grande centro comercial e hoje tem a memória da
história da região em seu patrimônio artístico e cultural e uma grande riqueza natural, sendo
reconhecida como patrimônio cultural por meio do seu tombamento em 1948. Neste contexto,
nosso estudo vem ampliar os conhecimentos sobre esse território e sua população, visando a
valorização das suas dimensões sociocultural e ambiental e a proteção deste patrimônio cultural e
natural, em especial sua Beirada, caracterizado pelo ecossistema de manguezal, com uma rica
biodiversidade. É nesta perspectiva que propomos este trabalho de campo que contempla o eixo
temático do XVIII Encontro Nacional de Geógrafos (ENG): Geografia, crise ambiental e
desenvolvimento econômico. Nesta área visualizaremos o cotidiano das populações que vivem da
pesca tradicional, o lazer e como forma de subsistência. No local existe uma trilha que possui
diversos atrativos, com destaque para uma área de lageiro que recebe inúmeras aves migratórias
e residentes.

Saída: 7h e 30min UFMA


Previsão de retorno para a UFMA: 14h

Campo 04

Cachoeiras do Boqueirão – Icatu-MA


Proponente: Prof. Esp. Danillo José Salazar Serra (Mestrando da UEMA)

Proposta: A conservação dos espaços naturais tornar-se o principal desafio na atualidade,


tendo em vista que a massificação constante das atividades capitalistas contribui para
degradações ambientais exponenciais, uma vez que objetiva o lucro imediato, em grande escala.
Nesse cenário, o turismo pode ser um minimizador dos impactos gerados por esse fenômeno,
pontualmente, aquele que busca utilizar-se de forma sustentável os recursos naturais e humanos,
incentivando a conservação ambiental e contribuindo para o desenvolvimento nas localidades
onde é inserido. O ecoturismo destaca-se como contraponto do turismo motivado pela demanda.
Segundo Mussoi e Santos (2006), assume posição fundamental dentro do cenário turístico, sendo
uma atividade econômica rentável, promovendo uma sadia relação entre as populações e
favorecendo a conservação dos ambientes naturais. Na ótica ecoturística, os visitantes devem ser
recebidos como parceiros na conservação dos ambientes, favorecendo o desenvolvimento
endógeno. Barquero (2001) acastela que esse processo ocorre quando as comunidades
receptoras do fluxo turístico são capazes de traduzir o potencial da localidade em mudanças
estruturais que possibilitem a geração de rendimentos e a utilização dos recursos disponíveis e,
desta forma, contribuir para o bem-estar da comunidade receptora. Diante desse cenário, buscar-
se- á discutir o ecoturismo como forma de desenvolvimento endógeno no povoado Boqueirão em
Icatu/MA. Além disso, verificar-se-á de que forma essa atividade pode favorecer a conservação
dos ambientes naturais e a inserção das comunidades locais no gerenciamento turístico.
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Saída: 7h UFMA
Previsão de retorno para a UFMA: 15h

Informações adicionais: Vestuário adequado: Calça Jeans, chapéu, tênis; chinelo,


protetor solar e roupas de banho. Obs: Sacolas plásticas para o recolhimento dos resíduos
produzidos.

Campo 05

Raposa- MA
Proponente: Prof.ª Esp. Lilian Daniele Pantoja Gonçalves (Mestranda da
UEMA)

Proposta: O município de Raposa, foi criado em 1994, tendo como principal atividade
econômica a pesca e a produção de artesanato pelas rendeiras da região. Na rua principal da
cidade, quase todas as portas das palafitas/ moradias da rua principal foram transformadas em
pequenas lojas de artesanato, onde são comercializadas: saídas de praia, chapéus, e uma serie
de outros artefatos, que são tradicionalmente repassadas de mães para filhas. Além do turismo
que começa a ser induzido, a cidade passa por um ritmo da ocupação desordenado e irregular
que vem alterando a paisagem natural nos últimos quinze. Quanto aos aspectos naturais e
problemas ambientais do Município de Raposa – Ma, destacam-se um dos principais cartões
postais da cidade, o Viva Raposa que passa por problemas com o avanço da maré. A relação de
prós e contras a construção do espigão da Raposa além da problematica ambiental mais
significativa que é vista pela degradação e o aterramento do manguezal. Os principais problemas
ambientais é evidenciado com o despejo de residuos sólidos em areas impróprias, próximas as
residencias, e manguezais; a falta de rede de esgotos e o consequente lançamento de efluvios
domésticos sem tratamento lançado direto nas areas de mangue, o desmatamento dos
manguezais, seja para venda de madeira, seja para construção de casas. O rapido crescimento
da ja cidade de Raposa e ocupação de areas impróprias vem alterando a paisagem natural; tais
mudanças tem forte expressão uma vez que a area urbana avança em direção a orla maritima
cuja dinamica de marés tem comprometido a estrutura do baldrame do cais e da Praça do Viva
Raposa, problemas minimizados no local devido o espigão da Raposa. Com relação aos aspectos
fisicos apresentam-se através de um conjunto de dunas de formação recente, mas que ja é um
atrativo ao turista em função da praia de Carimã. No turismo, é possivel perceber a grande
procura por areas pouco exploradas, o que remete a analise para os impactos causados pelo
gradativo incremento dos visitantes, aliado a falta de conscientização dos próprios moradores e
turistas.
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Saída: 7hs UFMA


Previsão de retorno para a UFMA: 15hs

Informações adicionais: Vestuário adequado: Calça Jeans, chapéu, tênis; chinelo,


protetor solar e roupas de banho.

Campo 06

O Espaço e suas faces de ocupação temporais


Proponente: Prof. Dr. Claudio Eduardo de Castro (UEMA)

Proposta: Este trabalho pretende desenvolver a percepção temporal, nas escalas humana
e geológica, do espaço. Para o tempo geológico o instrumento metodológico é a vivência em
ambiente expositivo em museu em observação direta no campo em lagedo concrecionário no
contato das Formações Barreira-Itapecuru, em praia na qual se encontram fragmentos de
dinossauros. Para o tempo histórico-humano, visita monitorada ao Sítio do Físico e sambaquis do
entrono.

Saída: 7h30 - UFMA


Previsão de chegada a UFMA: 15hs

Informações adicionais: Os inscritos deverão trajar calças para evitar qualquer problema
na trilha, levar água e lanche reforçado para todo o dia. Recomenda-se o uso de repelente e
protetor solar.

Campo 07

Comunidades rurais no município de Bequimão


Proponente: Prof. Dr. Marcelino Silva Farias Filho (UFMA)

Proposta: Nesta atividade abordar-se-ão a dinâmica econômica e modo de vida em


comunidades rurais no município de Bequimão, Estado do Maranhão, suas interações com o
equilíbrio ambiental e as peculiaridades da geodiversidade local. Bequimão localiza-se na
Mesorregião Norte Maranhense e Microrregião do Litoral Ocidental Maranhense e está inserido
em duas Unidades de Conservação - Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) das Reentrâncias
Maranhenses e da Baixada Maranhense, além de estar também inserida na Convenção sobre
Zonas Úmidas de Importância Internacional – Convenção de Ramsar. A atividade presentemente
proposta se justifica porque o município supracitado tem particularidades relevantes
ambientalmente, manifestas em ecossistemas diferenciados em seu território – com destaque
para a região costeira ao norte com seus manguezais, tendo influência direta dos rios Pericumã,
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Itapetininga e Raimundoçú onde está localizado o povoado de Quindiua de Cima e ao sul pela
presença de campos e lagos aos quais possui correlação direta do rio Aurá, onde se encontra as
comunidades de Ilha dos Prazeres, Mojó e Vila do Meio. As comunidades rurais estão em áreas
privilegiadas geograficamente, com uma ampla diversidade de recursos naturais aos quais
potencializam as atividades da pesca artesanal, pecuária extensiva e a mineração, as quais são
imprescindíveis para a geração de renda (monetária e não monetária) para a população local.
Porém, as formas atuais de uso dos recursos e de ocupação dos solos tem depreciado a
qualidade ambiental, especialmente nas áreas onde a pecuária é forte e onde ocorre extração
mineral.

Saída: 7h30 UFMA


Retorno à UFMA: 17hs
Informações adicionais: Forma de Transporte é ônibus e ferry boat. Os
encontristas deverão arcar com os custos da passagem no ferry boat (R$ 22,00 – ida e
volta) e da alimentação.

Campo 08

Excursão Histórico-Geográfico à Comunidade Ponta do Guarapiranga:


Valores tradicionais no tempo e espaço.
Proponente: Antônio Queiroz da Silva (Licenciado e Bacharel em
Geografia pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA)

Proposta: Este trabalho de campo contempla o terceiro eixo temático do XVIII Encontro
Nacional de Geógrafos (ENG): Ação política, lutas sociais e representação: por um outro projeto
de sociedade. Guarapiranga é uma comunidade pertencente ao município de São José de
Ribamar (MA), que faz limite com a capital (São Luís), não tendo acesso terrestre direto com o
núcleo urbano do município do qual faz parte, este é então feito através da zona rural de São Luís,
o percurso dura em torno de 1h 20min, tendo como referência a franja periurbana da capital
maranhense, tal comunidade está às margens da baia de São José, leste da Ilha do Maranhão, é
uma antiga colônia de pescadores, tendo seu tempo de existência estimado em cerca de 200
anos. Segue um pequeno relato do TCC em questão: “De acordo com os relatos, o nome
Guarapiranga deu-se em virtude da ave “Guará” (Eudocimusruber) ser abundante naquela região
da baía de São José. Com uma população estimada em 500 moradores em 150 unidades
residenciais [...], a principal atividade é a pesca, tendo como primeiro objetivo a subsistência da
família, o excedente é então comercializado, se tornou uma área procurada pelos turistas e, se
torna muito movimentada nos finais de semana, o que possibilitou uma maior consistência do
comércio, principalmente de bares. A comunidade dispõe de uma escola, com atendimento
apenas para as séries inicias do ensino fundamental (até o 5º ano), os alunos do 6º ao 9º ano se
dirigem para as comunidades vizinhas dando prosseguimento ao ensino fundamental, e para São
Luís para cursar o ensino médio. Há também um posto de saúde, no qual uma equipe
periodicamente realiza o atendimento...” Um trabalho de campo à tal comunidade se justifica em
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primeiro lugar por está em conformidade com o eixo temático supracitado, em seguida os
incontritas terão a oportunidade de observar uma série de situações, noções e conceitos próprios
de uma realidade singular: a pesca feita com técnicas tradicionais, a forma como as novas
gerações do local estão conciliando as tradições e a modernidade, o caráter político da
comunidade ao se organizar em forma de união de moradores para reivindicar junto à gestão
municipal direitos básicos, dentre outras finalidades.

Saída: 7h30 UFMA


Retorno à UFMA: 17hs

Campo 09

Cidade de Alcântara .
Proponente: Prof Dr Antonio José (DGEO/UFMA)

Proposta: Trabalho de campo em Alcântara (MA): 1) é tombada pelo Patrimônio Histórico


e Artístico Nacional; 2) é a 2ª cidade mais antiga do Maranhão, pois remonta a 1644; 3) possui 3
museus, sendo um do Centro de Lançamento de Alcântara; 4) dista apenas 22 km via marítima
pela baia de São Marcos, cuja travessia pode ser feita por Catamarã ou Barco e dura 1:30h;
normalmente e por depender da maré, sai 8h do Cais da Sagração (antigo Porto da Cidade de
São Luís) e retorna às 16h; 5) a deriva pela cidade de Alcântara começa pela subida da Ladeira
do Jacaré (de pedra de paralelepípedo) em que se observa 2 capelas e casarões coloniais até se
alcançar a Praça da Matriz, que se destaca pelas ruínas da Igreja de São Matias e praça
gramada, cercada pelo prédio da Prefeitura (antiga Penitenciária do MA), 2 museus e sobrados
coloniais; segue por ruas em que se localizam as ruínas das casas de Manuel Beckman e grandes
fazendeiros, além do Forte de São Matias; chega-se até o museu do Centro de Lançamento de
Alcântara em que pode-se assistir a documentários sobre o CLA e observar réplicas de foguetes,
etc., demando para a Igreja dos Negros, seguindo direção da Rua Grande a observar ruínas de
prédios coloniais de duas famílias que os construíram para receber D. Pedro.

Saída da UFMA: 07h30 UFMA


Retorno à UFMA: 17hs

Campo 10

O Surf como ferramenta para construção de espaços públicos e prática de


esporte
Proponente: Rogério Verde (ASBOA)

Proposta: O trabalho tem objetivo de mostrar aos participantes um modelo de construção


baseado na força da sociedade civil, criando espaços públicos simples, porém de grande utilidade,
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onde a única ferramenta é o trabalho manual com materiais recicláveis. Propor discussão sobre os
novos modelos de construção. Troca de experiências e confecção de móveis com pallets. Ao final
da atividade preparar um documento e um roteiro a ser seguido pela associação, para criação do
PICO ASBOA e sua contribuição para os moradores, frequentadores e turistas numa forma de
harmonizar e organizar a praia.

Saída: 8hs UFMA


Previsão de retorno para a UFMA: 17hs

Informações adicionais: Vestimentas: Roupas Leves bermudas, camisetas, de banho,


toalha; Protetor Solar/ Chapéu, Garrafinha de Água

14 às 18h

ESPAÇOS DE SOCIALIZAÇÃO DE COLETIVOS (ESCS)

ESCS PROPONENTES LOCAL

Elizeu Ribeiro Lira;


O papel da luta de padre
Gleys Yally Ramos dos Santos; Sala 01 - CCSO
Josimo pela reforma agrária
Maria Aparecida Gomes Martins.
Internet, comunicação e
território: em defesa de um André Pasti; Melissa Steda Sala 02 - CCSO
projeto democrático
Denílson Araújo de Oliveira;
Kênia Gonçalves Costa;
Lorena Francisco de Souza;
RED# Rede Espaço e
Maria das Graças Silva Nascimento Sala 03 – CCSO
Diferença
Silva;
Renato Emerson dos Santos;
Vinicius G. Aguiar

Geografia, outras áreas do


Luiz Gonzaga Falcão Vasconcellos;
conhecimento e educação Sala 04 - CCSO
Ludimila Novais
popular

Cidades e patrimonialização Everaldo Batista da Costa; Sala 05 - CCSO


global Rafael Fabrício de Oliveira;
Janaína Mourão Gori;
Luana Nunes Martins;
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Ilka Holstensk;
Vinícius Maluly

Projeto Democracia:
Maria Júlia Ribeiro Prado Sala 06 - CCSO
Cidadania Participativa

Jônatas Januário da Silva;


Marcello Nascimento de Jesus;
Espaços públicos, utopias e
Rosalina Burgos; Sala 07 - CCSO
mobilização social
Sâmela Guimarães Torquetti;
Sílvia Lopes Raimundo

Mónica Arroyo;
Política do estado e política
Silvana Silva;
das empresas na disputa Sala 08 - CCSO
Daniel Monteiro Huertas;
pelos usos do território
Matheus Augusto Avelino Tavares

Experiência geográfica e
trabalho de campo: um
Letícia Pádua; Virgínia Palhares Sala 09 - CCSO
caminho pela Geografia
Humanista Brasileira

Mateus Sampaio;
Regiões do agronegócio: Marcel Petrocino Esteves;
especialização espacial Ana Carolina Torelli Marquezini
Sala 10 - CCSO
produtiva, políticas públicas e Faccin;
vulnerabilidades territoriais Jaqueline Vigo Cogueto;
Elisa Pinheiros De Freitas
A metropolização na
Tiago Veloso dos Santos;
Amazônia: processos,
Isaque dos Santos Sousa; Sala 11 - CCSO
dinâmicas e estruturação do
Eduardo Celestino Cordeiro
território.

Isabela de Freitas Lima;


Ciclo de Debates Sobre Leandro Pedro;
Sala 12 -CCSO
Minorias Sociais Priscila Araujo Moreira;
Carlos Roberto Loboda
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Marta Foeppel Ribeiro


Nilton Abranches Jr
Samantha Mendes Almeida;
Alexandro Souza de Amico;
Larissa Romana de Oliveira Araùjo;
Por uma geografia inclusiva
Renan Caldas Galhardo Azevedo;
nas salas de aula - a
Rafael Dutra da Cruz;
produção de paisagens táteis Sala 13 - CCSO
João Pedro de Andrade Eduardo;
para o ensino de geografia
Edinaly dos Santos Freire;
Lidiane de Oliveira Lemos;
Reinaldo de Araujo Dantas Lopes;
Marcos Abrahão Peixoto de Oliveira;
Dimitri Andrey Scarinci
Luiz Ricardo Schiavinato Valente

Os Institutos Federais e os Manoel Ricardo Simões;


desafios da integração: entre Paulo Henrique Oliveira Porto de
Sala 14 - CCSO
os níveis de ensino e com os Amorim;
territórios do entorno Neudy Alexandro Demichei

Catia Antonia da Silva;


Cristiano Quaresma de Paula;
Ana Paulina Aguiar Soares;
Guiomar Inez Germani;
Rede de Geografias da
Júlio César Suzuki;
Pesca: A Pesca no Rio Doce Sala 15 - CCSO
Taís Alves;
em Questão
Miguel Saldanha;
Shauane Itainhara Freire Nunes;
Rodrigo Correa Euzêbio;
Isac Alves de Oliveira
Reutilização de pneus
automotivos descartados
para confecção de coletores Denis Gomes Piteira;
na implementação da coleta Mayara Dias Ramos Rodrigues; Sala 16 - CCSO
seletiva em um complexo Denize Gomes Piteira
habitacional no município de
Belém, Estado do Pará
Dificuldades e possibilidades Elias Lima,
do debate ontológico na Mariane Biteti, Sala 17 - CCSO
Geografia Ruy Moreira
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XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS
A CONSTRUÇÃO DO BRASIL: GEOGRAFIA, AÇÃO POLÍTICA E DEMOCRACIA
24 à 30 de julho de 2016

Fabio Betioli Contel;


Marina Regitz Montenegro;
A Financeirização do espaço
Daniel Pereira Rosa,
geográfico em suas
Caio Zarino Jorge Alves, Sala 18 - CCSO
diferentes escalas: do global
Victor Zuliani Iamonti,
ao local
Wagner Wendt Nabarro
Fabio Brito dos Santos
Allan Rodrigo de Campos;
Ana Carolina Gonçalves Leite;
Ana Sylvia Maris Ribeiro;
Artur Attarian Cardoso Camarero;
Carlos de Almeida Toledo;
Cássio Arruda Boechat;
Daniel Manzione Giavarotti;
O GRUPO de estudos de
Erick Gabriel Jones Kluck;
Crítica ao valor cisão, o
Fábio Teixeira Pitta; Sala 19 - CCSO
assim chamado Grupo de
Felipe Ricardo Borges Lopes;
Sexta
Fernando Uesato de Mello;
Heinz Dieter Heidemann;
Rafael Florêncio da Silva;
Renato Fujicava;
Renata Santos Rente;
Thauany Vernacci Brewer Pereira
Freire
A formação de educadores Rodrigo Simão Camacho;
do campo em alternância: Cássio Knapp; Sala 20 - CCSO
Teko Arandu e Leduc Jaqueline Machado Vieira

Geograficidades Amazônicas Wallace Wagner Rodrigues Pantoja;


Sala 21 - CCSO
– memória e projeto político Márcia Wayna Kambeba
Educação especial e
geografia: dinâmica das
Gustavo Araújo de Carvalho Sala 22 - CCSO
emoções, metodologia a ser
utilizada em sala de aula.
Resíduos sólidos no litoral de
são luís – uma análise sobre
Márcio José Celeri,
a destinação correta e as Sala 23 - CCSO
David Nunes Sales
alternativas de reciclagem do
coco verde.
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XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS
A CONSTRUÇÃO DO BRASIL: GEOGRAFIA, AÇÃO POLÍTICA E DEMOCRACIA
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19 às 22hs

Pós-campo

Local:
Campo 01 – Sala 1 – Prédio CCSO
Campo 02 – Sala 2 - Prédio CCSO
Campo 03 – Sala 3 - Prédio CCSO
Campo 04 – Sala 4 - Prédio CCSO
Campo 05 – Sala 5 - Prédio CCSO
Campo 06 – Sala 6 - Prédio CCSO
Campo 07 – Sala 7 - Prédio CCSO
Campo 08 – Sala 8 - Prédio CCSO
Campo 09 – Sala 9 - Prédio CCSO
Campo 10 – Sala 10 - Prédio CCSO

Dia 28 de julho (quinta-feira)

8h e 30min às 12h

Continuação dos Espaços de Diálogos (EDPs)


Local: osmesmos de terça-feira

14hs às 18h
Continuação dos Grupos de Trabalho (Gts)
Local: os mesmos dos dias anteriores

19h às 22h
MESAS REDONDAS

Eixo 1 – A produção social do Brasil e a construção de suas geografias


Mesa 2 – Pensando as regiões brasileiras em tempos de globalização.
As regiões são partes de um todo estruturado ao longo do tempo, contudo, hoje, em função de
processos globais, especialmente os de ordem econômica, rompem-se equilíbrios precedentes e
instala-se nas regiões uma nova ordem, na maioria das vezes extrovertida, sob o controle de
agentes da globalização econômica. Se por um lado a globalização, tendencialmente, busca
processos de homogeneização, por outro lado os processos de regionalização não deixam de
existir e tornam-se mais complexos. A inserção do Brasil no mundo da globalização enfraqueceria
os laços regionais nacionais? Quais são os novos fatores de concentração e dispersão das
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atividades que reorganizam o quadro regional nacional?

Rogério Haesbaert (UFF), Carlos Antônio Brandão (UFRJ), Fabio Contel (AGB-SP)
Local: Auditório – Paulo Freire

Eixo 2 – Ação política, lutas sociais e representação: por um outro projeto de sociedade
Mesa 2 – O Brasil em questão: ação política, conflitos e desenvolvimento.
Que país emerge das profundas transformações que vimos assistindo desde a eclosão do que se
convencionou chamar de globalização? Como refletir sobre o desenvolvimento nacional em um
mundo em que, cada vez mais, cadeias e circuitos produtivos têm seus centros decisórios fora do
país, no Centro do sistema capitalista? Quais são os graus de conflito e articulação entre os
projetos que pregam a dignidade do povo brasileiro e a política do Estado, capturada pela
racionalidade economicista? São questões fundamentais que merecem investimento analítico e
reflexivo.

Nazira Camely (UFF), Bruno Malheiros (UNIFESSPA), Gabriel Fortunato (AGB – Niterói)
Local: Auditório - Reitoria

Eixo 3 – Estado, capital e poder: geografia política do Brasil


Mesa 2 –Cartografia de exploração mineral: transposição de fronteiras e subsunção da
natureza em mercadoria.
A exploração de commodities, ligada ao setor da mineração vem transformando territórios sem
limites para a acumulação do capital, questão essa ligada a lógica de mercado internacional.
Diversos conflitos e impactos socioambientais decorrem da dinâmica de exploração do setor, seja
ele na região de extração nas cavas, dos minerodutos, das barragens de rejeitos/abastecimento
ou dos portos. São características desse modelo e ocorrem em toda América Latina. Diversas
transnacionais atuam modificando o ambiente e o reduzindo a um cenário onde os recursos tem
de ser exauridos independentes do custo social. Fronteiras e tecnologias foram ultrapassadas
nesses útlimos anos, maximizando lucros para uma pequena camada, e dividindo os custos e
impactos para a sociedade. Compreender essa cartografia da exploração mineral passa a ser algo
fundamental para perceber os mecanismo de construção, intenções e contradições desse modelo
que se perpetua, demostrando elementos que o justificam como sendo moderno e colonial.

Dirce Maria Suertegaray (UFRGS), João Oswaldo Rodrigues Nunes (UNESP – PP), Carlos Walter
Porto Gonçalves (UFF)
Local: Mini-auditório 1 - Paulo Freire

Eixo 4 – Questão agrária: conflitos, tensões e projetos


Mesa 2 - Agronegócios, coalizões de poder e exclusão social.
Nas últimas décadas, as políticas neoliberais para o campo em todo o mundo se afirmaram como
mantenedoras da agricultura capitalista, tornando-se referência mundial na produção de
commodities, participação dos grupos econômicos nas bolsas de mercadorias e de futuro e na
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ampliação e fortalecimento dos monopólios mundiais. Importa lembrar que o Brasil está
mergulhado nesse contexto. A geografia agrária, entre outras ciências, vem investigando este
momento histórico em que vivemos, onde uma agricultura mundializada pretende transformar
definitivamente alimentos em mercadorias e, ao passo que se afirma como responsável pelo
desenvolvimento do Brasil, reproduz a barbárie histórica no campo brasileiro. Qual o projeto que o
Estado brasileiro tem para o campo, o que significam essas alianças de classes cada vez mais
explícitas, entre proprietários de terras e burgueses/industriais? Qual o lugar da segurança e da
soberania alimentar nesse contexto?

Antônio Thomaz Júnior (UNESP – PP), Larissa Bombardi (USP), Vicente Eudes (AGB -
Campinas)
Local: Auditório 2 - CCH

Eixo 5 – As transformações no mundo da educação: educar para que Brasil?


Mesa 2 – O desmonte da educação pública e práticas de resistência.
Quais as finalidades da educação no atual contexto da sociedade capitalista? Ao mesmo tempo
em que se faz críticas a já conhecida precarização do trabalho docente que marca hoje as
diferentes realidades da educação, é necessário conhecer alternativas a essa situação, práticas
de luta frente às dificuldades dentro da escolas; as greves e outros movimentos. Como unificar a
luta nas escalas local, regional, nacional, contra a precarização do trabalho docente e por uma
educação dos trabalhadores?

Marcos Couto (UERJ-FFP, AGB – Niterói), Antelmo da Silva Júnior (IFES, Sinasefe), Ricardo
Antônio Bakunin (Professor rede básica RJ, AGB - JF)
Local: Auditório - CCH

Eixo 6 – Disputas cartográficas nas dimensões do poder


Mesa 2 – Ação social, representação e disputas pela apropriação do território.
De modo a fazer frente à cartografia dos agentes hegemônicos, outras propostas de cartografias
emergem tendo como um de seus principais compromissos lidar com fenômenos, agentes e
práticas sociais geralmente invisibilizados pela racionalidade técnica e política dominante. Por se
fundamentarem especialmente nos saberes locais, tais metodologias cartográficas emergentes
trazem formas alternativas de representação do espaço. Nesse âmbito, é possível problematizar a
cartografia a partir das disputas pela apropriação do território, considerando as estratégias dos
agentes para expressar suas práticas e intencionalidades sobre o espaço.

Cátia Antônia da Silva (UERJ), Marcos Vinicius da Costa Lima (IFPA), Luiz Octávio Ramos Filho
(EMBRAPA - Jaguariuna)
Local: Mini-auditório 2 – Paulo Freire

Eixo 7 – A urbanização brasileira: que cidade queremos?


Mesa 2 – Cidades em disputa: insurgências urbanas e redefinição dos usos das cidades.
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Transformadas conforme um ritmo intenso e permanente, as cidades são tracejadas obedecendo


uma forma que não raro nos impossibilita a intervenção, um distanciamento que nos oferece o
ocultismo de sua produção. Importa, no entanto, a favor de uma desocultização, recuperar o
sentido de sua produção, visitar os diversos momentos da vida daqueles que estão implicados em
sua constituição. Um novo contorno, isto é, operar um retraçado que alcance a dinâmica cotidiana
da vida nas cidades, assim reconhecer a demanda dos insurgentes, aqueles que submetidos à
vida de permanente transformação, procuram operar uma recondução dos seus destinos,
disputando palmo a palmo os usos nas cidades.

Antônio José de Araújo Ferreira (UFMA), Natália Macena da Silva (representante da Vila do
Autódromo), Gláucia Carvalho Gomes (AGB - Uberlândia)
Local: Auditório Setorial – CCSO

Eixo 8 – Para transformar o Brasil: raça e gênero nos debates geográficos


Mesa 2 – Raça, gênero e poder: desigualdade na produção do espaço.
Entendendo que as relações de saber-poder também se inscrevem na Geografia, enquanto
ciência que aborda diferentes representações sócioespaciais em escalas variadas é indispensável
averiguar e problematizar quais personagens ganham visibilidade e legitimidade ao longo do
processo de construção do espaço. A emergência do debate sobre gênero e raça nos debruça
sobre o reconhecimento de pluralidades sociais e culturais e nos auxilia a refletir sobre outras
narrativas (r-existentes) fundamentais para romper com referenciais arraigados em heranças
coloniais. Frente ao cenário político atual no Brasil, cujos discursos políticos são marcados por
preconceitos e ódio, a Geografia pode contribuir de forma significativa no que diz respeito à
dimensão das relações raciais e de gênero na produção do espaço, as desigualdades
(re)produzidas e as experiências de resistência.

Antônia dos Santos Garcia (UFBA), Fátima Barros (Articulação Nacional Quilombola), Simone
Antunes (AGB - NIterói)
Local: Mini-auditório 3 – Paulo Freire

Eixo 9 – Geografia, crise ambiental e desenvolvimento econômico


Mesa 2 – Energia, extração de recursos naturais e crimes ambientais.
A produção da energia, quer seja a partir dos combustíveis fósseis, quer seja a partir de matriz
hidráulica, implicam em significativas reorganizações dos espaços onde as atividades extrativas
são realizadas, especialmente as grandes hidrelétricas implicam nas maiores obras de engenharia
que conhecemos hoje. Da mesma maneira, a extração mineral redesenha os lugares na medida
em que a atividades extrativa é extremamente agressiva e exige grandes obras para sua
consecução, sobretudo, porque as grandes empresas aceleram, cada vez, sua extração de mais-
valia. Nesse sentido, o território passa a ser apropriado com uma voracidade tal, que tanto o
chamado meio ambiente natural, que é cultural para muitos povos, quanto o meio ambiente
construído, são atingidos por ações que nada contribuem para a dignidade de povos e
comunidades.
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Edvaldo Cesar Moretti (UFGD), Luciano Duarte (UNICAMP, AGB – Campinas), Rosana Santana
(Comunidade Taim/MA)

Local: Mini-auditório 4 – Paulo Freire

Dia 29 de julho (sexta-feira)

8h e 30min às 12h

Continuação dos Espaços de Diálogos (EDPs)


Local: os mesmos de terça-feira

14h às 18h

Fórum de GTs
Local: Auditório – Paulo Freire

19h às 22 h

Plenária Política e Debate de Chapas


Local: Auditório – Paulo Freire

Dia 30 de julho (sábado)

8he 30min às 12h

Diálogo de Encerramento

Interpretando as Geografias sobre a construção do Brasil – Manoel


Fernandes (USP) e Charlles de França (UERJ-FFP).
Local: Auditório – Paulo Freire

14h às 18h

Plenária Final
Local: Auditório – Paulo Freire
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