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CURSO EM PDF – RACIOCÍNIO LÓGICO – ANALISTA DO INSS

Prof. Ana Luísa


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AULA DEMONSTRATIVA

Olá concurseiros, sou a professora Ana Luísa Duboc! Sou formada em


Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
tenho mestrado em Inteligência Artificial e atualmente estou terminando o
meu doutorado na mesma área, ambos pela COPPE/UFRJ. Para quem não
sabe, e falando de uma forma leiga, Inteligência Artificial é uma área de
pesquisa da ciência da computação que estuda como fazer os computadores
realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor, e como tal,
exige muito estudo da Lógica!
Já fui monitora várias vezes da disciplina de Lógica ao longo do meu
mestrado, e também já dei aulas particulares de raciocínio lógico para
concursos.
Atualmente sou professora substituta da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ), professora substituta da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e professora contratada da Unigranrio, todas na área de computação.
Também sou professora de Raciocínio Lógico no curso preparatório SOFEP, e
professora particular de matemática para todas as séries.
Raciocínio Lógico sempre foi uma paixão pra mim, e acreditem, estou
tendo um prazer enorme em preparar estas aulas para vocês!
Mas afinal, por que os concursos cobram raciocínio lógico? Essa é fácil de
responder! Estudar raciocínio lógico ajuda a desenvolver a capacidade de
resolver problemas, ensina a como pensar de uma forma lógica e rápida, e isso
é importante para qualquer trabalho que se venha a fazer! No início pode até
parecer um pouco complicado, mas depois que pega o jeito fica muito
divertido!
Estas aulas são voltadas para concursos organizados pela CESPE. Todas
as questões comentadas e propostas neste curso foram, portanto, retiradas de
provas anteriores da CESPE. Particularmente estas aulas estão voltadas para o
concurso de Analista do INSS, no qual o conteúdo a ser cobrado está detalhado
no planejamento das aulas abaixo.
Nesta primeira aula nos focaremos na parte básica do raciocínio lógico,
que envolve as definições de proposição e sentença, apresentação dos
conectivos e suas respectivas tabelas-verdade, negação de proposições
compostas (que é muito cobrado!), e representação simbólica das proposições,
ou seja, transformar em símbolos uma determinada frase. Todos esses
assuntos são muito importantes, e precisam sem muito bem entendidos,
porque a partir disto o resto fica fácil!
Ao longo do curso irei mostrar a vocês os vários tipos de questões que
podem ser cobradas, e como resolver cada uma delas, de forma que vocês não
terão surpresas na hora da prova!

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Segue abaixo o cronograma das nossas aulas, para que vocês possam se
preparar.

Aula DEMO Conceitos básicos de raciocínio lógico

Aula 1 Sentenças Abertas / Cálculos com Porcentagens

Aula 2 Operação com Conjuntos

Aula 3 Questões propostas da CESPE

Então vamos começar?

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta primeira aula será mais teórica, pois é preciso introduzir alguns
conceitos básicos tais como o que são sentenças, proposições e conectivos, o
que significa uma proposição ter um valor lógico e como se constrói as
famosas tabelas-verdade, e o mais importante, sem ter que decorá-las!
Mesclaremos teoria com algumas questões comentadas da CESPE, e após
estas definições, que são a base do raciocínio lógico, seremos capazes de
resolver a maior parte das questões cobradas pela CESPE.

I) Sentença
Forma de se expressar, declarada por meio de palavras ou símbolos, e que
estabelece um pensamento completo. Dentre os vários tipos de sentença, os
mais comuns estão exemplificados abaixo:
• Exclamativa: “Feliz Aniversário!”
• Interrogativa: “Quantos anos você tem?”
• Imperativa: “Faça o dever de casa”
• Declarativa: “A casa é amarela”
Estamos interessados apenas nas sentenças declarativas, também
chamadas de sentenças fechadas, às quais se pode atribuir um valor
verdadeiro ou falso. Perceba que não é possível atribuir um valor verdadeiro
ou falso às demais formas de sentenças como as interrogativas, exclamativas e
imperativas.

II) Proposição
É o conceito mais elementar no estudo da lógica. É definida como sendo
uma sentença cujo conteúdo pode ser considerado verdadeiro ou falso. Ou
seja, proposições nada mais são do que sentenças declarativas (ou
fechadas)!

Alguns exemplos de proposições:


• A Terra é redonda. (verdadeira)
• 2 + 2 = 7 (falsa)
• O Brasil é um país da Europa. (falsa)
• O número 6 é par. (verdadeira)
Há dois princípios importantes que devem ser considerados quando
pensamos em proposições:

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1) Princípio da não-contradição: “nenhuma proposição pode ser
verdadeira e falsa ao mesmo tempo”.
2) Princípio do terceiro-excluído: “uma proposição ou será
verdadeira ou será falsa: não há outra possibilidade”.
A partir destes princípios podemos definir o conceito de valor lógico,
expressão muita usada nas questões de concurso público, que nada mais é do
que a classificação da proposição em verdadeira(V) ou falsa(F).
A questão abaixo exemplifica um tipo de questão acerca de definição de
proposição que é muito cobrada em provas de concurso público, inclusive pela
CESPE.

(BB – 2007) Há duas proposições no seguinte conjunto de sentenças:


I. O BB foi criado em 1980
II. Faça seu trabalho corretamente.
III. Manuela tem mais de 40 anos de idade.
Observe a primeira sentença: “O BB foi criado em 1980”. Vocês poderiam
se perguntar: “Eu não faço a menor idéia se o Banco do Brasil foi criado em
1980! Como que eu vou saber se isso é verdadeiro ou falso? Como que vou
saber se se isso é uma proposição?!”
Aí que está o ponto! Vocês não precisam saber se é verdadeiro ou falso
para afirmar que é uma proposição ou não, basta saber que a sentença pode
ter um valor lógico (de acordo com os princípios declarados acima), e isso a
gente sabe, pois o Banco do Brasil foi criado em algum ano, com certeza! Se
foi em 1980, então a sentença é verdadeira, caso contrário, ela é falsa. Mas de
qualquer jeito ela pode ser classificada, e, portanto, é uma proposição!
Este é o mesmo caso da terceira sentença: “Manuela tem mais de 40 anos
de idade”. Apesar de vocês não saberem quem é Manuela, essa sentença pode
ser verdadeira ou falsa, e, portanto, também é uma proposição.
O único caso que foge à regra é a segunda sentença: “Faça seu trabalho
corretamente” que é uma sentença imperativa, e, portanto, não é considerada
uma proposição.
Logo, apenas a primeira e a terceira sentença são consideradas
proposições, confirmando o enunciado a questão, que afirma que há duas
proposições no conjunto de sentenças.
Gabarito: Certa

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Uma proposição pode ser dividida em duas categorias:
Proposição Simples (ou atômica): não contém nenhuma proposição como
parte integrante de si mesma. Geralmente são simbolizadas por letras do
alfabeto (p, q, r, ...).
p: Marte é um planeta.
q: 7 é um número par.
Observe que para as proposições p e q acima, o valor lógico de p é V e o
de q é F.
Proposição Composta: formada pela combinação de uma ou mais
proposições, ligadas por conectivos.
• Carlos é inteligente e Mário é torcedor do Flamengo.
• Maria vai ao teatro ou Paulo vai ao cinema.
• Se chover amanhã, então não irei à praia.
• Comprarei uma casa se e somente se eu ganhar na loteria.

As palavras marcadas em negrito são o que chamamos de conectivos,


pois elas conectam duas proposições simples, cada uma podendo assumir um
valor lógico diferente. Mas como podemos saber se a proposição composta é
verdadeira ou falsa a partir do valor lógico atribuído a cada uma de suas
proposições simples constituintes?! Através das Tabelas-Verdade!!! Vamos
entender o que cada conectivo significa e como criamos cada tabela-verdade?

III) Conectivos e suas Tabelas-Verdade


Cada conectivo é representado por um símbolo diferente e possui uma
tabela-verdade correspondente, que nada mais é do que uma tabela que
mostra que valores a proposição composta por assumir dependendo da
combinação dos valores lógicos que as proposições simples possuem. Muitos
professores recomendariam que vocês decorassem as tabelas-verdade, mas de
fato, se vocês entenderem o conceito por trás de cada conectivo, não será
preciso decorar.

1. Conjunção (˄)
Denominamos conjunção à proposição composta formada por duas
proposições quaisquer ligadas pelo conectivo “e” ou equivalente, representado
pelo símbolo ˄. Suponha as proposições p e q:
p: Paulo é dentista.
q: Laura gosta de chocolate.

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A conjunção destas duas proposições é dada por “Paulo é dentista e
Laura gosta de chocolate”, e é representada por p˄q.
Além do “e”, as seguintes expressões podem ser usadas para denotar a
conjunção:
“Tanto Paulo é dentista como Laura gosta de chocolate”.
“Paulo é dentista mas Laura gosta de chocolate”. (apesar do “mas” sugerir
sentido contrário, logicamente falando, o “mas” é equivalente ao “e”).
O que precisaria para que a proposição composta “Paulo é dentista e Laura
gosta de chocolate” fosse verdadeira? Digamos que Paulo seja realmente
dentista, mas suponha que Laura odeie chocolate. Eu posso dizer que é
verdade que “Paulo é dentista e Laura gosta de chocolate” ? Não! porque, se
pensarmos intuitivamente, essa proposição só seria verdade se Laura gostasse
de chocolate, porque aí teríamos ambas as proposições verdadeiras.
Para que uma conjunção seja verdadeira, ambas as proposições que a
compõe, ou seja, que estão interligadas pelo conectivo “e”, devem ser
verdadeiras.
A tabela-verdade da conjunção é dada por:

p q p˄q

V V V

V F F

F V F

F F F

Perceba na tabela acima que a conjunção p ˄ q só é verdadeira quando p e


q são verdadeiras. Em todas as outras linhas, quando pelo menos uma das
proposições p ou q é falsa, a conjunção se torna falsa.
Outra forma de assimilar esse conectivo e os próximos é pensar em
proposições que possam ser interpretadas como uma promessa.
Suponha que um pai promete à sua filha que acabou de completar 15 anos:
“Eu te darei uma viagem e te darei uma festa”. O que a filha vai entender? que
ela vai ganhar a viagem e a festa! Sortuda né?! Caso o pai não dê nenhum
presente ou dê apenas um deles, a promessa será falsa. A promessa só será
verdadeira se ambas as partes forem verdadeiras.

2. Disjunção (˅)
Denominamos disjunção à proposição composta formada por duas
proposições quaisquer ligadas pelo conectivo “ou”, representado pelo símbolo
˅. Supondo as mesmas proposições p e q do item anterior, a disjunção destas

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duas proposições é dada por “Paulo é dentista ou Laura gosta de chocolate”, e
é representada por p ˅ q.
Ao contrário da conjunção, para que a disjunção seja verdadeira basta que
uma das proposições que a compõe seja verdadeira.
Voltando ao exemplo da promessa. Se o pai promete: “Eu te darei a
viagem ou te darei a festa”, a filha sabe que a promessa é por apenas um dos
presentes: viagem ou festa! Ganhando um dos dois, a promessa já foi
cumprida! Se o pai for abastado e resolver dar os dois presentes? A promessa
foi mais do que cumprida! O único caso em que a promessa não é cumprida é
se o pai não der nem a viagem e nem a festa.
A tabela-verdade da disjunção é dada por:

p q p˅q

V V V

V F V

F V V

F F F

Perceba na tabela acima que a disjunção p ˅ q só é falsa quando p e q são


falsas. Em todas as outras linhas, quando pelo menos uma das proposições p
ou q é verdadeira, a disjunção se torna verdadeira.

3. Disjunção exclusiva (∨)


Agora compare as duas proposições a seguir:
“Te darei a viagem ou te darei a festa”
“Ou te darei a viagem ou te darei a festa”
Qual a diferença entre as duas?
Na primeira sentença, se a primeira parte for verdade, isto não impede que
a segunda também o seja, conforme vimos no item anterior. Já na segunda
sentença, se a filha ganhar a viagem ela não ganhará a festa, e vice-versa,
porque é um ou outro, nunca os dois ao mesmo tempo.
Na disjunção exclusiva, também conhecida como ou-exclusivo, as
proposições são ligadas pelo conectivo ou...ou, tal que as proposições são
mutualmente excludentes, ou seja, não podem ser verdadeiras e nem falsas ao
mesmo tempo, pois em ambos os casos a promessa é falsa.
A disjunção exclusiva é representada pelo símbolo ∨ e sua tabela-verdade
é mostrada a seguir:

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P q p∨q

V V F

V F V

F V V

F F F

Perceba na tabela acima que a disjunção exclusiva p ∨ q é falsa quando p e


q são ambos verdadeiros ou ambos falsos. Em todas as outras linhas, quando
pelo menos uma das proposições p ou q é verdadeira, a disjunção exclusiva se
torna verdadeira.

4. Condicional ou Implicação (→)


Denominamos condicional a proposição composta formada por duas
proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “Se ... então” ou
por uma de suas formas equivalentes. Dadas as proposições:
p: Paulo é médico.
q: Laura gosta de chocolate.
A condicional “Se Paulo é médico então Laura gosta de chocolate” pode
ser representada por p→q. A proposição p é chamada de condição ou
antecedente, e a proposição q é chamada de conclusão ou consequente.
A condicional é o conectivo que mais confunde os estudantes, por não ser
nada intuitivo. Observe a proposição dada: “Se Paulo é médico então Laura
gosta de chocolate”. Primeiro vocês podem se perguntar: O que o fato de Paulo
ser médico tem a ver com Laura gostar ou não de chocolate?
Pois então guardem a primeira lição: a sentença representada pela
condicional pode, aparentemente, não fazer sentido nenhum e ainda assim ser
avaliada como verdadeira, pois o que importa é o valor lógico de cada
proposição isolada.
Ok! Aceitando então que a sentença pode não fazer sentido, como avaliar
então se ela é verdadeira?
Vamos voltar para o exemplo da promessa. Suponha que o pai coloque uma
condição para a filha ganhar o presente: “Se você passar de ano então eu te
darei a festa”. Analisando os possíveis casos:
1º) A filha passou de ano e o pai deu a festa: Neste caso a promessa do
pai foi cumprida.
2º) A filha não passou de ano e o pai não deu a festa: Como o pai só
tinha prometido a festa se a filha tivesse passado de ano, então ele não
descumpriu a promessa.

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3º) A filha não passou de ano e o pai deu a festa: O pai pode ter ficado
com pena da filha, e apesar dela não ter passado de ano, ainda assim o pai
deu a festa. Ele descumpriu a promessa? Não! Porque a promessa era para o
caso da filha passar de ano. A promessa não diz nada a respeito do que
aconteceria se ela não passasse. Esse é o maior erro dos estudantes,
assumirem que a proposição composta é falsa só porque a primeira parte é
falsa! Cuidado com isso!
4º) A filha passou de ano e o pai não deu a festa: Agora sim é claro que o
pai descumpriu a promessa! A filha fez a parte dela, passou de ano, e o pai
não cumpriu com a sua palavra, ou seja, não deu a festa! Este é o único caso
em que a condicional é falsa, quando a primeira parte é verdadeira, mas a
segunda é falsa!
A tabela-verdade da condicional é dada por:

p q p→q

V V V

V F F

F V V

F F V

Agora observe a seguinte condicional:


“Se eu nasci na Bahia então sou brasileiro”
Qual a única forma desta proposição estar errada? Se a primeira parte for
verdadeira e a segunda for falsa. Ora, se é verdade que nasci na Bahia, então
necessariamente é verdade que sou brasileiro! Afinal de contas a Bahia fica
no Brasil!
O fato de eu ter nascido na Bahia é condição suficiente (basta isso!) para
que se torne um resultado necessário que eu seja brasileiro. Uma condição
suficiente gera um resultado necessário.
Se alguém disser que: “Pedro ser rico é condição suficiente para Maria ser
médica”, então nós podemos reescrever essa sentença usando a condicional:
“Se Pedro for rico, então Maria é médica”
O oposto também vale. “Maria ser médica é condição necessária para que
Pedro seja rico” pode ser traduzido para:
“Se Pedro for rico, então Maria é médica”
A tradução das palavras suficiente e necessário para a forma condicional
já foi bastante exigida em concursos. Veja a questão abaixo:

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(BB – 2008) A proposição “Se as reservas internacionais em moeda
forte aumentam, então o país fica protegido de ataques especulativos”
pode também ser corretamente expressa por “O país ficar protegido de
ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais aumentem”.
Pelo que acabamos de aprender, a proposição “as reservas internacionais
em moeda forte aumentarem” é condição suficiente para “o país ficar
protegido de ataques especulativos”. Assim como, “o país ficar protegido de
ataques especulativos” é condição necessária para “as reservas
internacionais em moeda forte aumentarem”, conforme enunciado pela
questão.
Gabarito: Certa

Outras expressões podem ser usadas para representar a condicional,


além das duas acima, e são equivalentes a “Se p então q”, onde p e q são
proposições. Algumas delas estão enumeradas a seguir.
Se p, q.
q, Se p.
Quando p, q.
p implica q.
p somente se q.
Todo p é q.
Exemplos:
Se chove, o chão fica molhado.
O chão fica molhado, se chove.
Quando chove, o chão fica molhado.
Chover implica o chão ficar molhado.
Chove somente se o chão fica molhado.
Toda vez que chove o chão fica molhado.

5. Bicondicional ou dupla implicação (↔)


Denominamos bicondicional a proposição composta formada por duas
proposições quaisquer que estejam ligadas pelo conectivo “Se e somente
se”.
A bicondicional “Paulo é médico se e somente se Laura gosta de
chocolate” pode ser representada por p↔q.

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A bicondicional é a mesma coisa que fazer a conjunção de duas proposições
condicionais. A proposição acima também poderá ser escrita como “Se Paulo é
médico então Laura gosta de chocolate e Laura gosta de chocolate se Paulo é
médico”, e pode ser representada por (p→q)˄(q→p).
Na proposição bicondicional, as duas partes componentes estão, por assim
dizer, amarradas: se uma for verdadeira, a outra também terá que ser
verdadeira; se uma for falsa, a outra também terá que ser falsa.
A tabela-verdade da bicondicional é dada por:

p q p↔q

V V V

V F F

F V F

F F V

Algumas expressões equivalentes a “p se e somente se q”:


p se e só se q.
p é condição suficiente para q e q é condição suficiente para p.
q é condição necessária para p e p é condição necessária para q.
Todo p é q e todo q é p.
Todo p é q e reciprocamente.

6. Negação (¬)
A negação, a princípio, é o conectivo mais simples. Ele também pode ser
representado pelo símbolo ~, mas nas questões da CESPE ele normalmente é
representado por ¬.
Dada uma proposição qualquer p, denominamos negação de p à
proposição composta que se obtém a partir da proposição p acrescida do
conectivo lógico “não” ou de outro equivalente. Suponha, por exemplo, que a
proposição p seja dada por:
p: Paulo é médico.
As seguintes proposições compostas serão consideradas negação de p:
Paulo não é médico.
Não é verdade que Paulo é médico.
É falso que Paulo é médico.
Simbolicamente falando, todas as proposições acima serão representadas da mesma
forma, ou seja, por ¬p.

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Negar uma proposição nada mais é do que inverter o seu valor lógico, ou
seja, se a proposição simples for verdadeira, a proposição correspondente à
negação dela será falsa, e vice-versa. Sua tabela verdade é dada por:

p ¬p

V F

F V

Cuidado com o seguinte tipo de questão:

(SEBRAE – 2008) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a proposição


“2 + 5 = 7”.
Apesar de “2 + 5 = 7” ser verdadeiro e “2 + 5 = 9” ser falso, a proposição
“2 + 5 = 7” não é a negação de “2 + 5 = 9” ! Pense na proposição acima sem
ser escrita na forma matemática: “2 mais 5 é igual a 9”. Para a negarmos
precisamos usar algum conectivo de negação, tal como o “não”, resultando na
proposição “2 mais 5 não é igual a 9”, que na forma matemática poderia sem
simbolizada por “2 + 5 ≠9”
Gabarito: Errada

Muitas questões da CESPE se referem a negar uma proposição composta, que é


quando o conectivo de negação começa a complicar.
O caso mais simples é a negação de uma negação, ou seja, quando a proposição
composta a ser negada é uma negação. Por exemplo, se temos a proposição composta ¬p
dada por “João não é médico”, então a negação desta proposição, representada por
¬(¬p), será a proposição p original “João é médico”, ou seja, negar uma negativa significa
tirar a palavra “não”.
Como negar uma conjunção, uma disjunção, uma disjunção exclusiva, uma
condicional e uma bicondicional? Começaremos pela negação da conjunção e da disjunção.
As formas de representação da negação destes dois conectivos fazem parte das chamadas
Leis de De Morgan. Vamos ver cada caso separadamente.

6.1) Negação de uma conjunção


Representamos a negação de uma conjunção p ˄ q, onde p e q são proposições
quaisquer, por ¬( p ˄ q). Para fazer a negação devemos seguir os seguintes passos:
1º) Negar a primeira proposição: ¬p
2º) Negar a segunda proposição: ¬q
3º) trocar o e por ou (˄ por ˅)

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Portanto ¬( p ˄ q) também pode ser representada por ¬p ˅ ¬q (uma das leis de De
Morgan).

(Técnico Judiciário – 2010) A negação da proposição “O presidente é o


membro mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é
“O presidente é o membro mais novo do tribunal e o corregedor não é
o vice-presidente”.
Primeiramente vamos identificar as proposições simples que constituem
essa proposição composta e representá-las por letras.
p: O presidente é o membro mais antigo do tribunal.
q: O corregedor é o vice-presidente.
A proposição composta, antes de ser negada, pode então ser
representada por p ˄ q.
Seguindo os passos descritos anteriormente para negar esta proposição,
teremos:
1º) Negar a primeira proposição: O presidente não é o membro mais antigo do
tribunal.
2º) Negar a segunda proposição: O corregedor não é o vice-presidente.
3º) trocar o e por ou (˄ por ˅): O presidente não é o membro mais antigo do tribunal
ou o corregedor não é o vice-presidente.
Claramente a resposta dada pelo enunciado está errada. Primeiro porque a negação de
“mais antigo” não é “mais novo”, e segundo por o conectivo e não foi trocado.

6.2) Negação de uma disjunção


Representamos a negação de uma disjunção p ˅ q, onde p e q são proposições
quaisquer, por ¬( p ˅ q). Para fazer a negação devemos seguir os seguintes passos:
1º) Negar a primeira proposição: ¬p
2º) Negar a segunda proposição: ¬q
3º) trocar o ou por e (˅ por ˄)
Portanto ¬( p ˅ q) também pode ser representada por ¬p ˄ ¬q (outra lei de De
Morgan).

(PRODEST – 2006) A proposição “O estado do Espírito Santo não é


produtor de petróleo ou Guarapari não tem lindas praias” corresponde
à negação da proposição “O estado do Espírito Santo é produtor de
petróleo e Guarapari tem lindas praias.”

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Representando por p e q as proposições simples:
p: O estado do Espírito Santo é produtor de petróleo.
q: Guarapari tem lindas praias.
Seguindo os passos descritos anteriormente para negar a proposição
composta:
1º) Negar a primeira proposição: O estado do Espírito Santo não é produtor de
petróleo.
2º) Negar a segunda proposição: Guarapari não tem lindas praias.
3º) trocar o ou por e (˅ por ˄): O estado do Espírito Santo não é produtor de
petróleo e Guarapari não tem lindas praias. (que é exatamente a resposta
dada pelo enunciado) Gabarito: Certa

6.3) Negação de uma disjunção exclusiva e de uma bicondicional


Estes dois casos geralmente não são cobrados, mas mesmo assim vamos
colocar aqui para que fique claro. Eles são bem simples. A negação de uma
disjunção exclusiva é a bicondicional e vice-versa, ou seja:
¬(p ˅ q) é o mesmo que p ↔ q
¬(p ↔ q) é o mesmo que p ˅ q
Portanto, se tivermos a proposição “Ou te darei a viagem ou te darei a
festa”, a negação desta proposição será “te darei a viagem se e somente se te
der a festa”, e vice-versa.
Se olharmos as tabelas-verdade de ambos os conectivos, a disjunção
exclusiva e a bicondicional, veremos que elas são exatamente opostas, ou
seja, quando a disjunção exclusiva é verdadeira, a bicondicional é falsa, e
quando a disjunção exclusiva é falsa, a bicondicional é verdadeira.

6.4) Negação de uma condicional


Representamos a negação de uma condicional p → q, onde p e q são proposições
quaisquer, por ¬( p → q). Para fazer a negação devemos seguir os seguintes passos:
1º) Manter a primeira proposição: p
2º) Trocar o Se..então (ou equivalente) por e
3º) Negar a segunda proposição: ¬q
Portanto ¬( p → q) também pode ser representada por p ˄ ¬q.

(Agente Administrativo – 2008) Considere as seguintes proposições.


A: Está frio.
B: Eu levo agasalho.

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Nesse caso, a negação da proposição composta “Se está frio, então
eu levo agasalho” — A→B — pode ser corretamente dada pela
proposição “Está frio e eu não levo agasalho” — A˄(¬B).
Seguindo os passos:
1º) Manter a primeira: Está frio.
2º) Trocar o Se..então por e
3º) Negar a segunda: Eu não levo agasalho.
Proposição resultante: Está frio e eu não levo agasalho. (conforme descrito no
enunciado).
Gabarito: Certa

IV) Proposições compostas por mais de um conectivo e suas


representações simbólicas
Além das proposições compostas que vimos nos itens anteriores, podemos
formar proposições compostas que possuem mais de um conectivo. Por
exemplo:
1. Se Paulo é médico ou Maria é professora, então Carlos é engenheiro.
2. Luiza gosta de sorvete e chocolate, ou ela não gosta de sorvete e bala.
Percebe-se que as duas proposições acima misturam diferentes conectivos,
mas como representa-las simbolicamente? E como saber se são verdadeiras ou
falsas dado que até agora só aprendemos a definir os valores lógicos de
proposições compostas por um único conectivo?
A primeira pergunta será respondida agora, e a segunda ficará para a
próxima seção.
Muitas questões de concurso correspondem a representar simbolicamente
esses tipos de proposições compostas, que combinam vários conectivos. O
primeiro passo para isso é identificar as proposições simples que compõe a
proposição composta. As proposições simples serão representadas por uma
letra do alfabeto qualquer.
Considera a primeira proposição mostrada acima:
Se Paulo é médico ou Maria é professora, então Carlos é engenheiro.
As proposições simples encontradas, ou seja, aquelas que não possuem
nenhum conectivo e que podem ter atribuídas um valor lógico, são:
p: Paulo é médico
q: Maria é professora
r: Carlos é engenheiro

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Substituindo-se na proposição original, temos:
Se p ou q então r.
Agora é preciso substituir os conectivos por seus respectivos símbolos
pré-definidos.
Para substituirmos o Se..então por → precisamos identificar quem é o
antecedente e o consequente. Nesta proposição temos:
Antecedente: p ou q
Consequente: r
Portanto a proposição pode ser escrita como: (p ou q) → r
Neste momento colocamos os parêntesis para identificar corretamente quem
é o antecedente da condicional.
Para terminar substituímos o ou pelo seu símbolo correspondente: (p ˅ q)
→r
Finalizando a representação simbólica.

(Analista SEBRAE – 2008) A proposição “Tanto João não é norte-


americano como Lucas não é brasileiro, se Alberto é francês” poderia
ser representada por uma expressão do tipo P→[(¬Q)˄(¬R)].
Percebemos que as proposições “João não é norte-americano” e “Lucas
não é brasileiro” são proposições com o conectivo “não”, e de acordo com a
expressão dada pelo enunciado, as proposições negadas estão representadas
por ¬Q e ¬R. Logo podemos assumir que:
¬Q: João não é norte-americano
¬R: Lucas não é brasileiro
Logo sobrou a letra P para representar “Alberto é francês”. Substituindo
na proposição original temos:
Tanto ¬Q como ¬R, se P.
Sabemos que uma das expressões equivalentes a “Se A então B”, onde A e
B são proposições quaisquer, é “B, se A”, que tem a mesma estrutura da
proposição acima, e que pode portanto ser representada por A → B.
Substituindo: P → (Tanto ¬Q como ¬R).
Por fim, sabemos que a expressão Tanto..como é equivalente ao e. Logo
temos: P→[(¬Q)˄(¬R)]
Perceba que coloquei parêntesis para identificar quais as proposições
ligadas pelo ˄ e colchetes para identificar o consequente da condicional.
Gabarito: Certa

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(Auxiliar Técnico de Perícia – SEAD – 2007) Considere a proposição
composta (A˄B)˅¬(A˄C), em que A, B e C têm os seguintes
significados:
A: Carla lê livros de ficção.
B: Carla lê revistas de moda.
C: Carla lê jornais.
Assinale a opção correspondente à tradução adequada e correta
para a proposição composta apresentada acima, referente a uma
personagem fictícia denominada Carla, considerando-se ainda as
proposições A, B e C acima definidas.
A. Carla lê livros de ficção e revistas de moda, mas não lê livros de
ficção ou lê jornais.
B. Carla lê somente livros de ficção e revistas de moda, e não lê
jornais.
C. Carla lê livros de ficção e revistas de moda, ou ela não lê livros
de ficção e jornais.
D. Carla lê livros de ficção e revistas ao mesmo tempo, e não lê
livros de ficção nem jornais.
Vamos por partes. Considere primeiramente a proposição (A˄B).
Substituindo-se A e B por suas respectivas traduções e o conectivo ˄ por e,
temos:
Carla lê livros de ficção e Carla lê revistas de moda.
que pode ser reescrita como: Carla lê livros de ficção e revistas de moda.
Agora vamos traduzir a proposição (A˄C), substituindo-se A e C por suas
respectivas traduções:
Carla lê livros de ficção e jornais.
Na proposição inicial, o (A˄C) está negado, ou seja, temos ¬(A˄C),
portanto precisamos negar a proposição acima, obtendo:
Carla não lê livros de ficção ou não lê jornais.
Ou, apenas colocando o não na frente da conjunção:
Carla não lê livros de ficção e jornais.
Por fim, juntamos as proposições traduzidas pelo conectivo ou,
obtendo a opção C das possíveis respostas:
Carla lê livros de ficção e revistas de moda, ou ela não lê livros de ficção e
jornais.

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V. Valor lógico de proposições compostas
Para determinarmos o valor lógico de uma proposição composta que possui
um ou mais conectivos, basta montarmos a tabela-verdade para esta
proposição, considerando todos os possíveis valores lógicos que cada uma das
suas proposições simples pode assumir, e usando como auxílio as tabelas
verdades já vistas para cada conectivo.
(Técnico Judiciário – 2009) Para todos os possíveis valores lógicos
atribuídos às proposições simples A e B, a proposição composta
[A˄(¬B)]˅B tem exatamente 3 valores lógicos V e um F.
A tabela-verdade é criada considerando-se uma coluna para cada
proposição simples (neste caso A e B), e para cada proposição composta que é
parte de outra proposição composta.
Aqui vai uma dica muito importante! A tabela-verdade terá 2n linhas (sem
considerar a linha correspondente às proposições), onde n é o número de
proposições simples. Esse valor corresponde exatamente ao número de
combinações possíveis de V e F que podemos ter para n proposições.
Para esta questão temos duas proposições simples A e B, e a tabela, com
22 = 4 linhas (a serem preenchidas), e parcialmente preenchida com as
possíveis combinações de V e F para as proposições simples A e B, é mostrada
abaixo:

A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅B

V V

V F

F V

F F

Para preencher a coluna do ¬B é só usar a tabela-verdade auxiliar da


negação, ou seja, inverter o valor lógico de B para cada possível valor:

A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅B

V V F

V F V

F V F

F F V

Para preencher a coluna do A˄(¬B) usaremos a tabela-verdade da


conjunção, considerando os possíveis valores de A e de ¬B, que estão,
respectivamente, na primeira e terceira coluna.

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A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅B

V V F F

V F V V

F V F F

F F V F

Por fim, para preencher a coluna do [A˄(¬B)]˅B, usaremos a tabela-


verdade da disjunção, considerando os possíveis valores das proposições
A˄(¬B) (que acabamos de preencher) e B, que estão, respectivamente, na
quarta e segunda coluna:

A B ¬B A˄(¬B) [A˄(¬B)]˅B

V V F F V

V F V V V

F V F F V

F F V F F

O enunciado da questão nos diz que a proposição composta [A˄(¬B)]˅B tem


exatamente três valores lógicos V e um F. Podemos ver pela tabela-verdade
construída que isso está certo.
Aqui cabem duas definições importantes e que são muito usadas em
questões:
• Uma proposição composta é chamada de Tautologia, se para todas as
possíveis combinações de valores lógicos para suas proposições
componentes, o valor lógico obtido para a proposição composta é
sempre V. (Olhando para a tabela-verdade, que tem na última coluna a
proposição composta que se quer avaliar, esta coluna só possui V em
todas as linhas)
• Uma proposição composta é chamada de Contradição, se para todas as
possíveis combinações de valores lógicos para suas proposições
componentes, o valor lógico obtido para a proposição composta é
sempre F.
(Analista SEBRAE – 2008) A proposição [(P→Q)˄(Q→R)]→(P→R) é uma
tautologia.
Esta proposição possui 3 proposições simples (P, Q e R), e portanto a
tabela-verdade terá 23 = 8 linhas.

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P Q R P→Q Q→R P→R (P→Q)˄(Q→R) [(P→Q)˄(Q→R)]→(P→R)

V V V V V V V V

V V F V F F F V

V F V F V V F V

V F F F V F F V

F V V V V V V V

F V F V F V F V

F F V V V V V V

F F F V V V V V

Pela tabela acima podemos ver que a última coluna está toda preenchida
com V, ou seja, para qualquer combinação das proposições componentes, a
proposição composta sempre tem valor lógico V, e portanto é uma tautologia.
Gabarito: Certa
Aqui vai uma DICA na hora de preencher as possíveis combinações das três
variáveis (considerando uma tabela de 8 linhas, mas a regra vale para
qualquer número de linhas). Se temos 8 linhas, na primeira coluna colocamos
metade das linhas com V’s (ou seja, 4) e metade com F’s. (4 é metade de 8.
Se fossem 16 linhas, a metade seria 8, e assim por diante).

P Q R

Na segunda coluna dividimos novamente à metade, ou seja, colocamos 2 V’s


seguidos de 2 F’s ( e fazemos isso intercaladamente).

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P Q R

V V

V V

V F

V F

F V

F V

F F

F F

Por fim dividimos novamente à metade, ou seja, intercalamos um V com um F.

P Q R

V V V

V V F

V F V

V F F

F V V

F V F

F F V

F F F

Pronto! Não precisa mais decorar as combinações! Aprendeu?

VI. Resumo
Nesta seção encontra-se um resumo dos principais pontos vistos nesta
aula, e que serão úteis quando vocês estiverem fazendo os exercícios.

Estrutura lógica É V quando É F quando

p˄q p e q são, ambos, V um dos dois for F

p˅q um dos dois for F p e q são, ambos, F

p˅q p e q tiverem valores p e q tiverem valores lógicos

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lógicos diferentes iguais

p→q nos demais casos péVeqéF

p↔q p e q tiverem valores p e q tiverem valores lógicos


lógicos iguais diferentes

¬p péF péV

¬(p ˄ q) é ¬p ˅ ¬q (lei de De Morgan)

¬(p ˅ q) é ¬p ˄ ¬q (lei de De Morgan)

¬(p ˅ q) é p↔q

¬(p → q) é p ˄ ¬q

¬(p ↔ q) é p˅q

¬(¬p) é p

Por hoje é só pessoal! Façam os exercícios propostos na seção de Questões


propostas abaixo e treinem bastante, mesmo com questões de outras bancas,
para ficarem bem afiados com o que está por vir.
Na próxima aula veremos as sentenças abertas e o cálculo com
porcentagens.

Até a próxima aula e bons estudos!

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QUESTÕES COMENTADAS

As questões abaixo são as mesmas que se encontram nas questões


propostas, então, antes de olhar o gabarito comentado, vá para a seção de
questões propostas e tente resolvê-las.

1. (MPE-TO – Analista – 2006) Uma proposição é uma afirmativa que


pode ser interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não de
ambas as formas. (...)
Na lista abaixo, há exatamente três proposições.
• Faça suas tarefas.
• Ele é um procurador de justiça muito competente.
• Celina não terminou seu trabalho.
• Esta proposição é falsa.
• O número 1.024 é uma potência de 2.

Comentários:
A primeira sentença “Faça suas tarefas” é uma sentença imperativa.
Reconhecemos isso através do verbo “Faça”, que dá um sentido de ordem.
Vimos que sentenças imperativas não podem ser classificadas como
verdadeiras ou falsas, e, portanto, tal sentença não é uma proposição.
Todas as outras quatro sentenças são proposições, pois podem ter um
valor lógico atribuído. Vejamos cada uma:
“Ele é um procurador de justiça muito competente”: Seja lá quem ele for,
se ele for realmente competente, esta proposição é verdadeira, caso contrário
será falsa.
“Celina não terminou seu trabalho”: Se Celina realmente terminou o
trabalho que lhe foi atribuído, então a proposição é verdadeira, caso contrário
é falsa.
“Esta proposição é falsa”: Seja lá qual for a proposição a que a sentença se
refere, se ela for realmente falsa, então a sentença é verdadeira, caso
contrário será falsa. Essa sentença pode confundir um pouco, mas o
importante é que vocês podem avalia-la como verdadeira ou falsa.
“O número 1024 é uma potência de 2”: Essa sentença a gente não tem nem
dúvida de que é uma proposição! Sabemos que, inclusive, podemos classifica-
la como verdadeira, visto que realmente 1024 é potência de 2!.
Portanto temos, no total, 4 proposições, ao contrário do que o enunciado diz.
Gabarito: Errada

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(Analista SEBRAE – 2008) Com relação à lógica formal, julgue os itens


subsequentes.
2. Toda proposição lógica pode assumir no mínimo dois valores
lógicos.

Comentários:
Toda proposição pode assumir EXATAMENTE dois valores lógicos
(verdadeira e falsa). A expressão “no mínimo” dá a entender que pode ter
mais valores, o que está errado.
Gabarito: Errada

3. A proposição “João viajou para Paris e Roberto viajou para Roma” é


um exemplo de proposição formada por duas proposições simples
relacionadas por um conectivo de conjunção.

Comentários:
Esta questão está certa. As duas proposições simples às quais o enunciado
se refere são:
“João viajou para Paris”
“Roberto viajou para Roma”
Estas duas proposições estão, justamente, conectadas pelo “e”, que é o
conectivo de conjunção.
Gabarito: Certa

4. (MCT – 2008) Considere que A seja a seguinte proposição: O


concurso será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB.
Nesse caso, a proposição ¬A é assim expressa: O concurso não será
regido por este edital ou não será executado pelo CESPE/UnB.

Comentários:
Neste caso a proposição A é uma conjunção. Para negar uma conjunção
seguimos os seguintes passos:
1º) Negamos a primeira proposição: “O concurso não será regido por este
edital”
2º) Negamos a segunda proposição: “não será executado pelo
CESPE/UNB”

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3º) Trocamos o “e” por “ou”, resultando na proposição final:
“O concurso não será regido por este edital ou não será executado pelo
CESPE/UnB” (que é, exatamente, o que o enunciado dá como resposta).
Gabarito: Certa

5. (Técnico Judiciário – 2009) A proposição “A constituição brasileira é


moderna ou precisa ser refeita” será V quando a proposição “A
constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e
vice-versa.

Comentários:
Ao ler o enunciado da questão, a gente suspeita de que uma sentença seja
a negação da outra, porque quando uma é verdadeira a outra é falsa, e na
segunda proposição (“A constituição brasileira não é moderna nem precisa ser
refeita”), as proposições simples estão negadas. Então vamos confirmar.
Considere a primeira proposição: “A constituição brasileira é moderna ou
precisa ser refeita”. Vamos negá-la seguindo os passos da negação de uma
proposição disjuntiva:
1º) Nega a primeira parte: “A constituição brasileira não é moderna”
2º) Nega a segunda parte: “não precisa ser refeita”
3º) troca o “ou” pelo “e”:
“A constituição brasileira não é moderna e não precisa ser refeita”
Apesar de não estar escrito exatamente deste modo, podemos ver que a
segunda proposição do enunciado (“A constituição brasileira não é moderna
nem precisa ser refeita”) tem o mesmo sentido que a que a gente encontrou,
pois “e não” é equivalente a “nem”. Portanto a questão está correta.
Gabarito: Certa

6. (Polícia Militar/CE – 2008) Se A é a proposição “O soldado Vítor fará a


ronda noturna e o soldado Vicente verificará os cadeados das celas”,
então a proposição ¬A estará corretamente escrita como: “O soldado
Vítor não fará a ronda noturna nem o soldado Vicente verificará os
cadeados das celas”.

Comentários:
Vejamos a primeira proposição: “O soldado Vítor fará a ronda noturna e o
soldado Vicente verificará os cadeados das celas”. Ela é formada por duas

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proposições simples e o conectivo “e”, então claramente temos uma proposição
conjuntiva. Vamos negá-la:
1º) Nega a primeira parte: “O soldado Vítor não fará a ronda noturna”
2º) Nega a segunda parte: “o soldado Vicente não verificará os cadeados
das celas”
3º) Troca o “e” pelo “ou”: “O soldado Vítor não fará a ronda noturna ou o
soldado Vicente não verificará os cadeados das celas”.
Agora vamos comparar o que achamos com a proposição que o enunciado
dá:
“O soldado Vítor não fará a ronda noturna nem o soldado Vicente
verificará os cadeados das celas”
A proposição dada pelo enunciado, ao invés de usar o “ou”, usa o “nem”,
que como vimos é equivalente a “e não”, que não é o que deveria ter sido
usado, logo, a questão está errada.
Gabarito: Errada

7. (Administrador/Acre - 2008) A proposição “Se a vítima não estava


ferida ou a arma foi encontrada, então o criminoso errou o alvo” fica
corretamente simbolizada na forma (¬A) ˅ B → C.

Comentários:
Vamos dar uma olhada nesta proposição: “Se a vítima não estava ferida
ou a arma foi encontrada, então o criminoso errou o alvo”
Nesta proposição encontramos os conectivos “Se..então”, “não” e “ou”.
Isolando as proposições simples e representando-as pelas letras A, B e C,
temos:
A: “A vítima estava ferida”
B: “a arma foi encontrada”
C: “o criminoso errou o alvo”
Perceba que na proposição composta, a primeira proposição simples,
representada pela letra A, está negada (“A vítima não estava ferida”),
portanto temos ¬A.
Substituindo cada proposição simples por sua respectiva letra, temos:
Se ¬A ou B então C.
Falta só substituir os conectivos. Substituindo primeiro o “ou” temos:
Se ¬A ˅ B então C.
Substituindo a condicional temos: ¬A ˅ B → C

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No enunciado tem um parêntesis no ¬A, que não influencia na resposta. Aqui
vai uma observação: Se não tiver parêntesis, a precedência das operações é
sempre da esquerda para a direita.
Gabarito: Certa

8. (MPE/RR – 2008) Considere como V as seguintes proposições.


A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.
B: Sílvia vai ao teatro.
Nesse caso, ¬(A→B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua
namorada Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

Comentários:
Nesta questão temos que traduzir ¬(A→B) para ver se realmente resulta
na proposição C dada. Antes de traduzir, vamos aplicar a negação da
condicional:
¬(A→B) é a mesma coisa que A ˄ ¬B.
Substituindo as letras A e B, e já negando B, temos:
Jorge briga com sua namorada Sílvia ˄ Sílvia não vai ao teatro
Por fim, trocando o ˄ “e” temos:
Jorge briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro
que é diferente da proposição C dada no enunciado.
Gabarito: Errada
9. (MPE/TO – 2006) Ao empregar os símbolos P, Q e R para as
proposições primitivas “Paulo lê revistas científicas”, “Paulo lê
jornais” e “Paulo lê gibis” respectivamente, é correto simbolizar a
proposição composta “Paulo lê gibis ou não lê jornais e não lê revistas
científicas” por ¬((R ˅ Q) ˄ ¬P).

Comentários:
P: “Paulo lê revistas científicas”
Q: “Paulo lê jornais”
R: “Paulo lê gibis”
Queremos simbolizar “Paulo lê gibis ou não lê jornais e não lê revistas
científicas”. Substituindo-se as proposições simples por suas respectivas letras
temos:

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“R ou não Q e não P”
Substituindo os conectivos por seus respectivos símbolos temos:
R ˅ ¬Q ˄ ¬P
Para confirmar que esta fórmula que achamos não é igual a do enunciado,
que está negada, vamos substituir a do enunciado pela sua equivalente:
Primeiro fazendo a negação da conjunção:
¬((R ˅ Q) ˄ ¬P) é igual a ¬(R ˅ Q) ˅ P
Agora negando apenas ¬(R ˅ Q) :
¬R ˄ ¬Q ˅ P
Agora compara com o que achamos: R ˅ ¬Q ˄ ¬P (não é a mesma coisa!).
Obs: Lembrem-se de que se a fórmula estiver negada, sempre a
transformem na equivalente não negada antes de comparar com a resposta
que vocês acharam!
Gabarito: Errada

(TCU – 2004) Suponha que P represente a proposição Hoje choveu, Q


represente a proposição José foi à praia e R represente a proposição
Maria foi ao comércio. Com base nessas informações, julgue o item
seguinte.
10. A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José
não foi à praia pode ser corretamente representada por ¬ P → (¬ R ˄
¬Q).

Comentários:
Queremos simbolizar “Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio
e José não foi à praia”.
“Hoje não choveu” é representado por ¬P.
“Maria não foi ao comércio” é representado por ¬R.
“José não foi à praia” é representado por ¬Q.
Substituindo temos: “¬P então ¬R e ¬Q”.
Substituindo o “e” temos: ¬P então ¬R ˄ ¬Q
Falta substituir a condicional. Nesse caso, o ¬P é o antecedente (perceba
que o “Se” tá implícito) e o ¬R ˄ ¬Q é o consequente, que precisa ser colocado
entre parêntesis porque está mais à direita. Se não tiver o parêntesis e
seguirmos a regra da precedência, lendo da esquerda para a direita, o
consequente da condicional será o ¬R. Temos:

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¬P → (¬R ˄ ¬Q) (exatamente o que o enunciado dá como resposta).
Gabarito: Certa

(CENSIPAM – Analista Gerencial – 2006) Considere que P, Q, R e S


representem as sentenças listadas abaixo.
P: O homem precisa de limites.
Q: A justiça deve ser severa.
R: A repressão ao crime é importante.
S: A liberdade é fundamental.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
11. A sentença “A liberdade é fundamental, mas o homem precisa de
limites.” pode ser corretamente representada por P ˅ ¬S.

Comentários:
Substituindo primeiro as proposições simples por suas respectivas letras,
temos: S, mas P.
Já sabemos que o “mas” é equivalente ao “e”, portanto a proposição final
é: S ˄ P.
Gabarito: Errada

12. A sentença “A repressão ao crime é importante, se a justiça deve ser


severa.” pode ser corretamente representada por R→Q.

Comentários:
Substituindo primeiro as proposições simples por suas respectivas letras,
temos: R, se Q.
Vimos que esse “se” é outra forma de representar condicional. Neste caso,
Q é o antecedente e R é o consequente. Então a representação simbólica certa
é: Q→R.
Gabarito: Errada

(BB – 2007) Julgue os itens a seguir:


13. A proposição simbólica (P˄Q)˅R possui, no máximo, 4 avaliações V.

Comentários:
Precisamos montar a tabela-verdade para saber. Como temos 3 letras, a
tabela terá 23 = 8 linhas:

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P Q R P˄Q (P ˄ Q) ˅ R

V V V V V

V V F V V

V F V F V

V F F F F

F V V F V

F V F F F

F F V F V

F F F F F

Olhando a tabela vemos que temos 5 avaliações V, portanto a resposta


está errada.
Gabarito: Errada

14. A proposição simbolizada por (A→B)→(B→A) possui uma única


valoração F.

Comentários:
Fazendo a tabela-verdade, temos:

A B A→B B→A (A→B )→( B→A)

V V V V V

V F F V V

F V V F F

F F V V V

Olhando a tabela vemos apenas uma valoração F, conforme enunciado.


Gabarito: Certa

15. Uma expressão da forma ¬(A˄¬B) é uma proposição que tem


exatamente as mesmas valorações V ou F da proposição A→B.

Comentários:
Esta é uma questão de equivalência de proposições. Vamos montar uma
tabela-verdade para as duas proposições acima e comparar se elas têm as
mesmas valorações:

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A B ¬B A˄¬B ¬(A˄¬B) A→B

V V F F V V

V F V V F F

F V F F V V

F F V F V V

As duas últimas colunas possuem as mesmas valorações;


Gabarito: Certa

(SERPRO – 2010) Julgue os itens a seguir:


16. Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das
proposições simples que formam a proposição “Se Pedro for aprovado
no concurso, então ele comprará uma bicicleta”, é correto afirmar que
há apenas uma possibilidade de essa proposição ser verdadeira.

Comentários:
O primeiro passo é simbolizar a proposição composta dada. Vamos supor a
seguinte representação:
P: “Pedro é aprovado no concurso”
Q: “ele comprará uma bicicleta”
Substituindo: Se P então Q
Trocando a condicional pelo conectivo correspondente: P→Q.
Bom, a tabela-verdade da condicional nós conhecemos, e sabemos que ela
tem três valorações V e uma F. Portanto tem mais de uma possibilidade da
proposição ser verdadeira.
Gabarito: Errada

17. Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das


proposições simples que formam a proposição “O SERPRO processará
as folhas de pagamento se e somente se seus servidores estiverem
treinados para isso”, é correto afirmar que há apenas uma
possibilidade de essa proposição ser julgada como V.

Comentários:
O primeiro passo é simbolizar a proposição composta dada. Vamos supor a
seguinte representação:

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P: “O SERPRO processará as folhas de pagamento”
Q: “seus servidores estiverem treinados para isso”
Substituindo: P se e somente se Q
Trocando a bicondicional pelo conectivo correspondente: P↔Q.
Bom, a tabela-verdade da bicondicional nós conhecemos, e sabemos que
ela tem duas valorações V e duas F. Portanto tem mais de uma possibilidade da
proposição ser verdadeira.
Gabarito: Errada

18. As proposições A˄B→A˅B e A˅B→A˄B são, ambas, tautologias.


Comentários:
Vamos montar uma tabela-verdade para as duas proposições, e se as
valorações das duas forem todas V, então elas são tautologias.

A B A˄B A˅B A˄B→A˅B A˅B→A˄B

V V V V V V

V F F V V F

F V F V V F

F F F F V V

A primeira proposição realmente é uma tautologia, mas a segunda não é.


Gabarito: Errada

19. (Técnico Judiciário – 2009) Considere que uma proposição Q seja


composta apenas das proposições A e B cujos valores lógicos V
ocorram somente nos casos apresentados na tabela abaixo.

A B Q

V F V

F F V

Nessa situação, uma forma simbólica correta para Q é


[A˄(¬B)]˅[(¬A)˄(¬B)].

Comentários:
A forma mais fácil de fazer essa questão é testando cada combinação de
valores lógicos dada na tabela acima e verificar se realmente Q recebe V.

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1ª combinação: A – V e B – F
Substituindo na fórmula Q, temos: [V ˄(¬F)]˅[(¬V)˄(¬F)]
¬F é a mesma coisa que V, pois o contrário de Falso é Verdadeiro.
¬V é a mesma coisa que F, pois o contrário de Verdadeiro é Falso.
Portanto ficamos com: [V ˄(V)]˅[(F)˄(V)]
Sabemos, pela tabela da conjunção, que:
(V)˄(V) = V
(F)˄(V) = F
Portanto ficamos com: V ˅ F (que pela tabela da disjunção é V). Logo
a primeira combinação resultou em V.
2ª combinação: A – F e B – F
Substituindo na fórmula Q, temos: [F ˄(¬F)]˅[(¬F)˄(¬F)]
Já vimos que ¬F é a mesma coisa que V.
Portanto ficamos com: [F ˄(V)]˅[(V)˄(V)]
Sabemos, pela tabela da conjunção, que:
(V)˄(V) = V
(F)˄(V) = F
Portanto ficamos com: F ˅ V (que pela tabela da disjunção é V). Logo a
segunda combinação resultou em V.
Como ambas as combinações resultaram em V, a resposta está certa.
Gabarito: Certa

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QUESTÕES PROPOSTAS

As questões abaixo foram formuladas pela CESPE e devem ser julgadas


como Certa(C) ou Errada (E).

1. (MPE-TO – Analista – 2006) Uma proposição é uma afirmativa que


pode ser interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não de
ambas as formas. (...)
Na lista abaixo, há exatamente três proposições.
• Faça suas tarefas.
• Ele é um procurador de justiça muito competente.
• Celina não terminou seu trabalho.
• Esta proposição é falsa.
• O número 1.024 é uma potência de 2.

(Analista SEBRAE – 2008) Com relação à lógica formal, julgue os itens


subsequentes.
2. Toda proposição lógica pode assumir no mínimo dois valores lógicos.

3. A proposição “João viajou para Paris e Roberto viajou para Roma” é um


exemplo de proposição formada por duas proposições simples
relacionadas por um conectivo de conjunção.

4. (MCT – 2008) Considere que A seja a seguinte proposição: O concurso


será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB. Nesse caso, a
proposição ¬A é assim expressa: O concurso não será regido por este
edital ou não será executado pelo CESPE/UnB.

5. (Técnico Judiciário – 2009) A proposição “A constituição brasileira é


moderna ou precisa ser refeita” será V quando a proposição “A
constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e
vice-versa.

6. (Polícia Militar/CE – 2008) Se A é a proposição “O soldado Vítor fará a


ronda noturna e o soldado Vicente verificará os cadeados das celas”,
então a proposição ¬A estará corretamente escrita como: “O soldado

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Vítor não fará a ronda noturna nem o soldado Vicente verificará os
cadeados das celas”.

7. (Administrador/Acre - 2008) A proposição “Se a vítima não estava


ferida ou a arma foi encontrada, então o criminoso errou o alvo” fica
corretamente simbolizada na forma (¬A) ˅ B → C.

8. (MPE/RR – 2008) Considere como V as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.


B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, ¬(A→B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua
namorada Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

9. (MPE/TO – 2006) Ao empregar os símbolos P, Q e R para as


proposições primitivas “Paulo lê revistas científicas”, “Paulo lê
jornais” e “Paulo lê gibis” respectivamente, é correto simbolizar a
proposição composta “Paulo lê gibis ou não lê jornais e não lê revistas
científicas” por ¬((R ˅ Q) ˄ ¬P).

(TCU – 2004) Suponha que P represente a proposição Hoje choveu, Q


represente a proposição José foi à praia e R represente a proposição
Maria foi ao comércio. Com base nessas informações e no texto, julgue
o item seguinte.

10. A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José
não foi à praia pode ser corretamente representada por ¬ P → (¬ R ˄
¬Q).

(CENSIPAM – Analista Gerencial – 2006) Considere que P, Q, R e S


representem as sentenças listadas abaixo.
P: O homem precisa de limites.
Q: A justiça deve ser severa.
R: A repressão ao crime é importante.
S: A liberdade é fundamental.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.

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11. A sentença “A liberdade é fundamental, mas o homem precisa de
limites.” pode ser corretamente representada por P ˅ ¬S.
12. A sentença “A repressão ao crime é importante, se a justiça deve ser
severa.” pode ser corretamente representada por R→Q.

(BB – 2007) Julgue os itens a seguir:


13. A proposição simbólica (P˄Q)˅R possui, no máximo, 4 avaliações V.
14. A proposição simbolizada por (A→B)→(B→A) possui uma única
valoração F.
15. Uma expressão da forma ¬(A˄¬B) é uma proposição que tem
exatamente as mesmas valorações V ou F da proposição A→B.

(SERPRO – 2010) Julgue os itens a seguir:


16. Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das
proposições simples que formam a proposição “Se Pedro for aprovado
no concurso, então ele comprará uma bicicleta”, é correto afirmar que
há apenas uma possibilidade de essa proposição ser verdadeira.
17. Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das
proposições simples que formam a proposição “O SERPRO processará
as folhas de pagamento se e somente se seus servidores estiverem
treinados para isso”, é correto afirmar que há apenas uma
possibilidade de essa proposição ser julgada como V.
18. As proposições A˄B→A˅B e A˅B→A˄B são, ambas, tautologias.
19. (Técnico Judiciário – 2009) Considere que uma proposição Q seja
composta apenas das proposições A e B cujos valores lógicos V
ocorram somente nos casos apresentados na tabela abaixo.

A B Q

V F V

F F V

Nessa situação, uma forma simbólica correta para Q é


[A˄(¬B)]˅[(¬A)˄(¬B)].

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GABARITO

01 - E 02 – E 03 - C 04 - C 05 - C

06 - E 07 - C 08 - E 09 - E 10 - C

11 - E 12 - E 13 - E 14 - C 15 - C

16 - E 17 - E 18 - E 19 - C

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