Sunteți pe pagina 1din 48

Matemática 10

Análise Combinatória
e Probabilidades
Pré-Vestibular
Teoria e Exercícios Propostos
índice.matemática 10

Capítulo 01. Análise Combinatória


1. Fatorial ................................................................................................................ 7
2. Princípio Fundamental da Contagem (PFC) .............................................................. 9
2.1. Diagrama de Árvore .................................................................................................... 9
2.2. Aplicação do PFC ...................................................................................................... 10
2.3. Princípio da Preferência (PP) ..................................................................................... 12
3. Princípio do Desprezo da Ordem ........................................................................... 15
4. Exercícios Caracterizados de Contagem (I) ............................................................ 17
4.1. Formação de Números .............................................................................................. 17
4.2. Comissões com Cargos Definidos ............................................................................... 17
4.3. Anagramas sem Repetição de Letras ........................................................................ 17
4.4. Anagramas com Repetição de Letras ........................................................................ 17
4.5. Ocupação de Lugares Definidos ................................................................................ 18
4.6. Comissões sem Cargos Definidos ............................................................................... 18
4.7. Distribuição em Grupos ............................................................................................. 18
4.8. Figuras Geométricas ................................................................................................. 19
5. Fórmulas de Contagem ....................................................................................... 21
5.1. Agrupamentos ......................................................................................................... 21
5.2. Fórmula para Cálculo do Número de Agrupamentos .................................................. 21

Capítulo 02. Números Binomiais


1. Introdução ......................................................................................................... 23
1.1. Definição .................................................................................................................. 23
1.2. Propriedades ............................................................................................................ 23
2. Triângulo de Pascal ............................................................................................. 26
2.1. Montagem do Triângulo ............................................................................................ 26
2.2. Propriedades ............................................................................................................ 26
3. Binômio de Newton ............................................................................................. 29
3.1. Produto de Stevin .................................................................................................... 30
3.2. O desenvolvimento de (x + a)n ................................................................................................................... 30
3.3. Termo Geral do Binômio de Newton ......................................................................... 31

Capítulo 03. Probabilidade


1. Experimentos Aleatórios .............................................................................................. 34
2. Espaço Amostral e Evento ........................................................................................... 35
3. Tipos de Eventos ........................................................................................................ 35
4. Probabilidade Estatística e Probabilidade Teórica ........................................................... 36
5. Probabilidade Teórica de um Evento ............................................................................ 36
6. Propriedades das Probabilidades ................................................................................... 37
7. Probabilidade do Evento União ..................................................................................... 40
índice.matemática 10

8. Probabilidades num Espaço Amostral não Eqüiprovável ................................................. 41


9. Probabilidade Condicional ............................................................................................. 43
10. Probabilidade do Evento Intersecção ......................................................................... 43
11. Eventos Independentes ............................................................................................ 44

Exercícios Propostos ................................................................................................................................. 49


Análise Combinatória e
.10 Probabilidades

Capítulo 01. Análise Combinatória


1. Fatorial regras de contagem, que não exigem a descri-
ção das possibilidades, isto é, descobrimos
A Análise Combinatória é a parte da Ma- quantas sem necessariamente sabermos
temática que estuda a quantidade de possi- quais.
bilidades de ocorrência de um acontecimen-
to, sem que haja a necessidade de descrever- A Análise Combinatória é aplicada em
mos todas as possibilidades de ocorrência. diversos campos de atividade, desde o estu-
do em apostas em loterias até o estudo das
Para explicarmos esse estudo, podemos
possíveis ligações entre os átomos na Quími-
analisar o problema abaixo.
ca. Em particular na Matemática, teremos a
Consideremos a figura abaixo, em que te- oportunidade de aplicá-la no desenvolvimen-
mos parte da planta de um bairro. Uma pes-
to dos binômios de Newton e na teoria das
soa deve caminhar de sua casa à escola onde
probabilidades.
estuda, usando um dos caminhos mais cur-
tos, isto é , ela só poderá caminhar “da es- São muito freqüentes, na Análise
querda para a direita”ou “de baixo para Combinatória, produtos que tenham como
cima”. Quantos são os possíveis caminhos di- fatores todos os números inteiros positivos,
ferentes para esse percurso? desde 1 até um certo n, por exemplo 5.4.3.2.1;
para facilitar, usaremos uma forma abrevi-
ada para representá-los, o fatorial.

Definição: Sendo n um número natural,


maior que 1, fatorial de n (n!) é o produto
Escola
de todos os naturais de n até 1.
1 2
Assim n ! = n ⋅ ( n – 1) ⋅ n – 2 ⋅ ... ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
O símbolo n! também pode ser lido como n
fatorial.
Exemplos
5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Casa 7! = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
Observação: A figura mostra um dos ca- 3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1
minhos possíveis.
Para resolvermos esse problema, a pri- Em particular, definimos: 0! = 1 e 1! = 1
meira idéia que temos é a de tentarmos des-
crever todos os caminhos possíveis, o que fa- Observação: Ao desenvolvermos um
cilmente descartamos dada a grande quanti- fatorial, colocando os fatores em ordem de-
dade de possibilidades. crescente, podemos interromper onde for
Nos próximos módulos, esse e muitos ou- conveniente, indicando os últimos fatores
tros problemas serão resolvidos através de também na notação de fatorial.

Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 7


Análise Combinatória e Probabilidades

Exemplos: Resolução
7 ! = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1! = 7 ⋅ 6 ⋅ 5! =
1)
= 7 ⋅ 6! = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
1 2 1 21 2
2) 1 2 = 1 ⋅ 1 − 3 2 = 1 ⋅ 1 − 3 ⋅ 1 − 4 2
3) 11 + 22 3 = 11 + 22 ⋅ 1 3 = 11 + 22 ⋅ 1 ⋅ 11 − 22 3
Este é um recurso muito utilizado nas sim-
plificações de expressões com fatoriais:
Exemplo
100 ! 100 × 99 × 98 !
= = 9900 11 + 22 3
98 ! 98 ! 03. Simplificar
11 − 22 3
Exercícios Resolvidos Resolução
01. Classifique as igualdades como verda- Inicialmente, desenvolvemos (n + 1)! até chegar-
deiras (V) ou falsas (F) mos em (n – 1)!:

a) 3! + 2! = 5! (n + 1)! (n + 1).n.(n - 1)!


= =
b) (3!) ⋅(2!) = 6! (n - 1)! (n - 1)!
c) (3!)2 = 9! = (n + 1).n = n2 + n

13 Resposta: n2 + n
d) = 2!
23
Resolução 04. Resolver a equação:

a) F, pois 3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6, 2! = 2 ⋅ 1 = 2 e 1 2 1 2
12 ⋅ 4 − 3 5 = 4 + 3 5

5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120 Resolução

b) F, pois 6! = 6 ⋅ 5! = 6 ⋅ 120 = 720


(3!) ⋅ (2!) = 6 ⋅ 2 = 12 ≠ 6! = 720
c) F, pois 9! = 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6! = 362 ⋅ 880
e (3!)2 = (6)2 = 36
12 1 ⋅ 2 ⋅ 34
d) F, pois = = 12 ≠ 2! = 2 05. (UFRN)
32 34
Se (x + 1)! = 3 ⋅ (x!), então x é igual a:
a) 1 d) 4
02. Simplifique:
b) 2 e) 5
11
a) c) 3
21
Resolução
11
b)
2 1⋅ 3 1
11
c)
2 13 1 Resposta: B

8 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

06. (FCMSC - SP) A solução da equação Resolução


11 + 22 511 − 22 5 = 4 é um número natural: (n + 2)!(n - 2)! (n + 2).(n + 1)!(n - 2)!
11 + 32 511 − 32 5 (n + 1)!(n - 1)!
=4Þ
(n + 1)!(n - 1).(n - 2)!
=4

a) par. n+ 2
= 4 Þ n + 2 = 4n - 4 Þ -3n = -6
b) cubo perfeito. n- 2
c) maior que 10.
d) divisível por 5. n= 2

e) múltiplo de 3. Resposta: A

2. Princípio Fundamental da Contagem (PFC)


O PFC é uma regra que nos permite determinar o número de possibilidades de ocorrência
de um acontecimento, sem que descrevamos todas as possibilidades. A idéia da regra resulta
de uma análise apurada de diagramas de árvores.

2.1. Diagrama de Árvore


Chamamos de diagrama de árvore o esquema que lembra a estrutura de uma árvore,
usado para descrever todas as possibilidades de ocorrência de um acontecimento.
Consideremos o acontecimento: uma corrida de que participam apenas três corredores A, B e C.

1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar Resultados


(3 possibilidades) (2 possibilidades) (1 possibilidade) (6 possibilidades)

B C ABC
A
C B ACB
Tronco
A C BAC
B
C A BCA

A B CAB
C
B A CBA

1ª etapa de 2ª etapa de 3ª etapa de


ramificação ramificação ramificação

Analisando o diagrama, percebemos que cada um dos resultados possíveis para a corrida
é uma “ponta”na “árvore” e que os “galhos”desta “árvore” se ramificam em três etapas:
1ª etapa: escolha do 1º colocado;
2ª etapa: escolha do 2º colocado;
3ª etapa: escolha do 3º colocado.
Assim, do “tronco” da “árvore” partem 3 “galhos”, de cada um destes partem 2 “galhos”,
e de cada um dos últimos parte um “galho”. Logo, o total de “pontas” será:
1 ⋅ 2 ⋅ 3 = 4 que é o número de resultados possíveis para a corrida.
Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 9
Análise Combinatória e Probabilidades

2.2. Aplicação do PFC então 1 2 ⋅ 1 3 ⋅ 1 4 ⋅ 222 ⋅ 1 1 é o número de possibi-


No problema: Em uma corrida de que par- lidades de ocorrência do acontecimento.
ticipam apenas três corredores A, B e C,
quantos são os resultados diferentes possí- Exemplos
veis? Consideremos o acontecimento (resul- 01)De quantos modos cinco pessoas po-
tado da corrida) estudado em três etapas su-
dem sentar-se em um carro de cinco lugares?
cessivas e independentes:
Resolução
1ª etapa: escolher o 1º colocado;
Sejam a, b, c, d e e os lugares do carro con-
2ª etapa: escolher o 2º colocado;
forme a figura a seguir.
3ª etapa: escolher o 3º colocado.
Os números de possibilidades de escolha
em cada etapa são:
1ª etapa: 3 possibilidades (qualquer um e d c

dos três participantes pode ser o primeiro b a


colocado);
2ª etapa: 2 possibilidades (qualquer que
seja o corredor escolhido para vencedor, na
etapa anterior, existirão 2 possibilidades para
escolher o 2º colocado); Consideremos as etapas sucessivas:
3ª etapa: 1 possibilidade (quaisquer que 1ª etapa: escolha da pessoa que sentará no
sejam os escolhidos para a 1ª e 2ª colocações, lugar a;
nas etapas anteriores, para a 3ª colocação só
2ª etapa: escolha da pessoa que sentará no
o terceiro corredor é possível).
lugar b;
Para determinarmos o número de resulta- 3ª etapa: escolha da pessoa que sentará no
dos possíveis, é só multiplicarmos os números
lugar c;
de possibilidades de cada uma das três etapas.
4ª etapa: escolha da pessoa que sentará no
Deste modo: 1 ⋅ 2 ⋅ 3 = 4 lugar d;
Assim, o número de resultados diferentes 5ª etapa: escolha da pessoa que sentará no
para a corrida é 6. lugar e.
A regra que utilizamos para chegar a esse
resultado é a do Princípio Fundamental da Assim, os números de possibilidades são:
Contagem (PFC), que pode ser enunciada ge-
nericamente deste modo:
Se um acontecimento pode ser analisado em 5 4 3 2 1
etapas sucessivas e independentes de modo que:
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa
n1 é o número de possibilidades na 1ª etapa, Lugar A Lugar B Lugar C Lugar D Lugar E

n2 é o número de possibilidades na 2ª etapa, Logo, o total de possibilidades é:


....................................................................................... 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 = 1 7 = 546
nk é o número de possibilidades na k-ésima Resposta: As pessoas podem sentar-se de
etapa, 120 modos diferentes.

10 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

Observação: Por não haver restrição na escolha em nenhuma das etapas (uma das pesso-
as não pode sentar no lugar da direção, por exemplo), a ordem em que se colocam as etapas de
escolha não altera o resultado. Assim, por exemplo:

5 4 3 2 1
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa
Lugar E Lugar B Lugar A Lugar D Lugar C

Total = 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 = 1 7 = 546
02)As chapas dos automóveis no Brasil são formadas por 3 letras e 4 algarismos. Usando
o alfabeto de 26 letras, quantas chapas podem ser formadas?
Resolução

L L L A A A A

Onde L = Letra e A = Algarismo 6ª etapa: escolha do 3º Algarismo


1ª etapa: escolha da 1ª letra 7ª etapa: escolha do 4º Algarismo
2ª etapa: escolha da 2ª letra Na 1ª, 2ª e 3ª etapas temos 26 possibilidades.
3ª etapa: escolha da 3ª letra Na 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª etapas, temos 10 possi-
4ª etapa: escolha do 1º algarismo bilidades (qualquer um dos 10 algarismos: 0,
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9)
5ª etapa: escolha do 2º Algarismo
Assim:

26 . .2 6 . 2. 6 . 10 . 10 . 10 . 10 = 175 760 000

03) Quantos divisores positivos tem o número 288?


Resolução
1 2
Decompondo 288 em fatores primos, encontramos: 288 = 1 ⋅ 2
Qualquer número de forma 1 x ⋅ 2 y , com 1 ≤ x ≤ 2 4 1 ≤ y ≤ 3 , é divisor de 288, então, estuda-
dos os números de possibilidades para ecolha dos expoentes x e y, temos:
1
1 ∈ 2 8384 85 8 6 87 2
1 ∈ 12 53542

6 3
Total = 6 · 3 = 18
1ª etapa 2ª etapa
Expoente x Expoente y Resposta: 288 tem 18 divisores positivos.

Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 11


Análise Combinatória e Probabilidades

04) Dispõe-se de 4 livros, 6 cadernos e 3 ca- Considere as etapas sucessivas:


netas para se distribuir entre dois estudantes.
Todos os objetos devem ser distribuídos, mas
não há necessidade de uma divisão equânime.
De quantos modos diferentes esta distribuição
pode ser feita? 1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa
Resolução Lugar E Lugar D Lugar C Lugar B Lugar A

Devemos estudar as quantidades de obje- Na 1ª etapa, temos 5 possibilidades: qual-


tos que um dos estudantes pode receber, e, quer uma das quatro pessoas podem sentar
automaticamente, ficarão estudadas as quan- ou o lugar pode ficar vago.
tidades que o outro poderá receber. Por exem- Na 2ª, 3ª e 4ª etapas, temos 4, 3 e 2 possibi-
plo, se o primeiro estudante receber 1 livro, o lidades respectivamente, sempre uma possi-
outro receberá 3 livros. bilidade a menos que na etapa anterior.
Logo, o número de possibilidades para a No entanto, fica impossível determinar o
distribuição dos livros é: (0,4); (1,3); (2,2); (3,1); número de possibilidades na 5ª etapa, pois de-
(4,0), ou seja, 5 possibilidades. vemos ter necessariamente uma pessoa que di-
Raciocinando de forma análoga para a rige nesse lugar, e, dependendo das escolhas an-
distribuição dos demais objetos, teremos: teriores, essa possibilidade pode não existir.
Para evitar impasse de contagem como
esse, usamos uma regra que chamamos de
5 7 4 princípio de preferência (PP).
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa O estudo dos números de possibilidades
Livros Cadernos Canetas
deve começar sempre pelas etapas em que
total: 5 · 7 · 4 = 140 há restrição, dando preferência para aque-
Resposta: A distribuição poderá ser feita las onde a restrição é maior.
de 140 modos diferentes Assim, como existe restrição para ocupar
o lugar da direção, devemos necessariamen-
2.3. Princípio da Preferência (PP) te começar o estudo das possibilidades por
Consideremos o problema: De quantos esse lugar:
modos cinco pessoas podem sentar-se em um
carro de cinco lugares, se somente duas delas
dirigem?
Sejam a, b, c, d e e os lugares do carro, 2 4 3 2 1
conforme a figura a seguir.
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa
Lugar A Lugar B Lugar C Lugar D Lugar E

Na 1ª etapa, temos apenas 2 possibilida-


des, só as duas pessoas que dirigem podem
e d c ocupar esse lugar (direção).
Na 2ª, 3ª, 4ª e 5ª etapas, temos 4, 3, 2 e 1
b a
possibilidades respectivamente, sempre uma
possibilidade a menos que na etapa anterior.
Desta forma,
total = 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 1 ⋅ 4 = 25

12 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

Observação: Muitas vezes, mesmo usando 06) Quantos números pares de quatro al-
o PP, ainda persistem os impasses de contagem. garismos distintos, maiores que 1 999, exis-
Nessas situações, devemos dividir o estudo das tem no nosso sistema de numeração?
possibilidades em mais do que um caso, con- Resolução
forme podemos acompanhar no exemplo 6. Milhar Centena Dezena Unidade

05) Usando todas as letras da palavra


Caderno, sem repetição.
a) quantas “palavras” distintas podem se
formar? Restrições Restrições
Observação: Entenda por “palavra”uma 0e1 1, 3, 5, 7 e 9

seqüência de 7 letras mesmo que não De acordo com o PP, a 1ª etapa deve ser a
pronunciáveis. escolha da unidade, e a 2ª etapa, a escolha do
milhar; no entanto, mesmo usando esta ordem
b) Quantas dessas “palavras”terminam
nas etapas, teremos impasses, pois, na escolha
por consoante? da unidade, temos 5 possibilidades (0, 2, 4, 6, 8),
Resolução e para o milhar teremos 8 possibilidades (2, 3,
a) Considerando as escolhas das sete le- 4, 5, 6, 7, 8, 9) caso seja escolhido o zero para a
unidade, e 7 possibilidades caso não seja o zero
tras como etapas sucessivas e independentes, o algarismo escolhido.
percebemos que nenhuma delas apresenta res-
Para solucionar esse problema, devemos
trição (qualquer letra pode aparecer em qual- dividir a análise em dois casos.
quer posição na “palavra”); então a ordem que 1º caso: números que terminam em zero
se faz do estudo dos números de possibilida- Milhar Centena Dezena Unidade
des dessas etapas não afetará o resultado.

8 8 7 1

7 6 5 4 3 2 1 2 ª etapa 3 ª etapa 4 ª etapa 1 ª etapa


(não pode (só o zero)
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa 6ª etapa 7ª etapa ser zero e 1)

Total = 7 · 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 7! = 5 040 Total = 1 ⋅ 1 ⋅ 2 ⋅ 3 = 441


b) Como existe restrição na escolha da
última letra, para evitar impasses, fazemos 2º caso: números que terminam em 2, 4, 6 e 8
desta a 1ª etapa, de acordo com o PP.
(Como a última letra deve ser uma conso-
ante, temos 4 possibilidades para essa etapa
(C, D, R, N)).

6 5 4 3 2 1 4
2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa 5ª etapa 6ª etapa 7ª etapa 1ª etapa
Total = 1 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 3 = 4562
Total = 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅ 6 ⋅ 3 = Assim, o total de números que podem ser
formados é:
= 1 1 ⋅ 3 = 5 778
448 + 1 568 = 2 016
Resposta: a) 5 040 b) 2 880 Resposta: Podemos obter 2 016 números.
Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 13
Análise Combinatória e Probabilidades

Exercícios Resolvidos Resolução


01. (EEP-SP) Utilizando-se 4 cores distin- "Bit" Palavra com 32 "bits"
tas, de quantas formas pode-se pintar uma
bandeira formada por 4 listras verticais, sa-
bendo-se que duas listras vizinhas não podem
ser da mesma cor?
a) 24 d) 324 2 · 2 · 2 . . . . . . . . 2 · 2 = 232
b) 108 e) 256 2 opções por "bit"
c) 124 (0 ou 1)
Resolução
03. (FGV-SP) Quantos números de 4 alga-
rismos diferentes têm o algarismo da unida-
de de milhar igual a 3?
a) 1 512 d) 3 024
b) 3! 504 e) 4! 504
1ª etapa: escolha da cor da 1ª listra
c) 504
número de possibilidades = 4
Resolução
2ª etapa: escolha da cor da 2ª listra
número de possibilidades = 3
10
(só não serve a cor escolhida para a 1ª listra) elementos {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
De forma análoga disponíveis
3ª etapa: escolha da cor da 3ª listra:
número de possibilidades: 3 3
4ª etapa: escolha da cor da 4ª listra:
9 · 8 · 7 = 504
número de possibilidades: 3
Assim: Resposta: C

04. (Mackenze-SP) Um trem de passagei-


ros é constituído de uma locomotiva e 6 va-
gões distintos, sendo um deles restaurante.
Sabendo que a locomotiva deve ir à frente e
que o vagão-restaurante não pode ser colo-
Resposta: B cado imediatamente após a locomotiva, o
número de modos diferentes de montar a
02. (Cesgranrio-RJ) Em um computador composição é :
digital, um “bit”é um dos algarismos 0 ou 1 a) 120 d) 600
e uma “palavra” é uma sucessão de “bits”. b) 320 e) 720
O número de “palavras” distintas, de 32
c) 500
“bits”, é :
Resolução
a) 2 (332 – 1) d) 322
b) 2 32 e) 2 x 32 L
12 4 13 5 5 4 3 2 1 = 600
c)
2 Resposta: D

14 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

05. Quantos números de 4 algarismos dis- 2º caso: Números começando com o algarismo 4
tintos podem ser formados com os algaris- (Neste caso, o algarismo das centenas deve ser 1 ou 3.)
mos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7?
Resolução 1 3

1ª 2ª 3ª 4ª
Etapa Etapa Etapa Etapa 4

1 . 2 . 3 . 2 = 12

7 . 7 . 6 . 5 = 1 470 Total = 48 + 12 = 60
(não pode ser zero) Resposta: C
Qualquer algarismo menos o escolhido na
1ª etapa. 3. Princípio do Desprezo da
Ordem
06. (FGV-SP) Quantos números ímpares Quantos são os anagramas da palavra Casa?
de 4 algarismos, sem repetir algarismos num
mesmo número, podemos formar com os dí- Resolução
gitos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8: Imaginemos que as duas letras “A” da pala-
a) 210 d) 840 vra CASA sejam diferentes, por exemplo consi-
b) 7! e) 1 680 deremos CASÄ. Assim, os anagramas são:
c) 200 CASÄ ACSÄ SCAÄ ÄCAS
Resolução CAÄS ACÄS SCÄA ÄCSA
lementos disponíveis: { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} CÄSA AÄCS SACÄ ÄSCA
Números ímpares de 4 algarismos: CÄAS AÄSC SAÄC ÄSAC
CSÄA ASCÄ SÄCA ÄACS
1 CSAÄ ASÄC SÄAC ÄASC
5 . 6 . 7 . 4 3 Anagramas são as palavras formadas
5
7 com as mesmas letras de uma palavra dada.
Logo: 840 Tais “palavras” não precisam ter significado
na linguagem comum.
Desprezando as diferenças imaginadas
07. (UECE) A quantidade de números in-
entre as letras “A”, percebemos que existem
teiros compreendidos entre os números 1
apenas 12 anagramas diferentes.
000 e 4 500 que podemos formar utilizando
somente os algarismos 1, 3, 4, 5 e 7, de modo É possível calcular esse total de anagra-
que não figurem algarismos repetidos, é: mas de uma outra forma:
a) 48 c) 60 Supondo 4 letras diferentes:
b) 54 d) 72
Resolução
1º caso: Números começando com os algarismos 1 e 3.

1
3
2 . 4 . 3 . 2 = 48 Total = 4 · 3 · 2 · 1 = 4! = 24

Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 15


Análise Combinatória e Probabilidades

Para desprezar a mudança de ordem das Resolução


2 letras repetidas, é só dividir o total por 2!; Devemos primeiro pensar nas maneiras distintas
assim: de escolher os 6 números e depois desprezar a ordem,
4 ! 24 pois a mesma não é importante para o jogo. Assim:
Total = = = 12
2! 2 23 ⋅ 45 ⋅ 46 ⋅ 47 ⋅ 42 ⋅ 44
Resposta: São 12 anagramas. 1= = 43 ⋅ 329 ⋅ 623
28
Observação: Ao calcular o total de anagra-
mas de uma palavra que apresenta uma le- 04. (FGV-SP) Sobre uma mesa são coloca-
tra que se repete n vezes, calculamos inicial- das em linha 6 moedas. O número total de
mente o total, como se todas as letras fossem modos possíveis pelos quais podemos obter
diferentes e, em seguida, desprezamos a mu- 2 caras e 4 coroas voltadas para cima é:
dança de ordem das n letras, considerada a) 360 d) 120
nesse total, dividindo-o po n!. No caso em b) 48 e) 15
que a palavra apresenta n letras iguais e c) 30
também outras m letras iguais, é só dividir o Resolução
total por n! e por m!, isto é, por n 1⋅ m 1 .
Temos: C para cara e
Essa regra, para desprezar uma mudança K para coroa
de ordem considerada em uma contagem
inicial, chamamos de Princípio do Despre-
zo da Ordem (PDO). Como a ordem não é importante deveremos apli-
23 2 ⋅ 6
car o PDO. Assim: 1 = = = 76
Exercícios Resolvidos 4353 4
Resposta: E
01. Quantos são os anagramas da palavra
Camada?
Resolução 05. (PUCCamp-SP) É muito comum o uso
de barras iluminadas em aparelhos eletrôni-
São 6 letras das quais 3 são repetidas. Então:
cos, para a formação de símbolos (letras, nú-
meros, sinais etc.). Considerando as 8 barras
dispostas na forma abaixo:

02. Quantos são os anagramas da palavra


Batata?
Indique a alternativa que representa o to-
Reolução
tal de símbolos diferentes que podem ser for-
São 6 letras das quais 3 são As e 2 são Ts. Então: mados, iluminando-se, exatamente, 4 delas.
(Por exemplo, iluminando-se conveniente-

mente, pode-se obter etc.)


03. No jogo denominado Mega Sena são
escolhidos 6 números inteiros escolhidos en- a) 140 d) 64
tre 1 e 60. Quantos resultados distintos po- b) 70 e) 24
dem ocorrer na Mega Sena? c) 32

16 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

Resolução Resolução
Primeiro escolheremos 4 barras para serem ilumi-
nadas entre as 8 disponíveis.
Depois desprezaremos a ordem de escolha das 4
barras, pois, uma vez formado o símbolo a ordem da
escolha, não é importante.

Total = 12 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅ 6 = 72 892

Resposta: B Resposta: Podem ser formadas 30 240


comissões.

4. Exercícios Caracterizados 4.3. Anagramas sem Repetição de


Letras
de Contagem Anagramas são as “palavras”formadas
com as mesmas letras de uma palavra dada.
4.1. Formação de Números Tais “palavras” não precisam ter significado
Quantos números ímpares, com 4 alga- na linguagem comum.
rismos distintos, podemos obter empregan- Quantos são os anagramas da palavra CI-
do os algarismos significativos? NEMA?
Resolução Resolução
Algarismos significativos:
{1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}

Total = 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅ 6 = 17 = 859
Resposta: São 720 anagramas.

4.4. Anagramas com Repetição de


Letras
Total = 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 = 5316 Quantos são os anagramas da palavra
Resposta: Podemos obter 1 680 números. MATEMÁTICA?
Resolução
4.2. Comissões com Cargos
Supondo 10 letras diferentes teríamos 10!
Definidos anagramas.
De um grupo de 10 pessoas, 5 são escolhi- Para desprezar as mudanças de ordem
das para comporem uma comissão que é for- das letras repetidas (3 As, 2 Ms e 2 Ts) uti-
mada por um presidente, um vice-presiden- lizaremos o P. D. O.
te, com um 1º secretário, um 2º secretário e
um tesoureiro. Quantas comissões podem ser 234 10 × 9 × 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3!
12345 1 = = 151 200
formadas? 546464 3! 2 × 1 × 2 × 1

Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 17


Análise Combinatória e Probabilidades

4.5. Ocupação de Lugares Definidos sileiro. De quantos modos diferentes pode


De quantos modos 3 pessoas podem sen- acontecer essa classificação?
tar-se em um banco de cinco lugares? Resolução
1ª Resolução
Consideremos como etapas sucessivas e
independentes as escolhas dos lugares que as
três pessoas vão ocupar.

Total = 12 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5⋅ = 6 272
Como o problema não está interessado
nos resultados possíveis para a competi-
Total = 1 ⋅ 2 ⋅ 3 = 45 ção, e sim nos classificados para o campeo-
nato brasileiro, a ordem dos quatro não in-
2ª Resolução teressa. Então, usando o PDO, chegamos ao
Consideremos como etapas sucessivas e resultado:
independentes as escolhas das pessoas por
quem os cinco lugares serão ocupados, consi- 12 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5
Total = = 712
derando, porém, dois fantasmas para sim- 68
bolizar os lugares vagos.
Resposta: Pode acontecer de 210 modos dife-
rentes.

4.7. Distribuição em Grupos


Oito escoteiros devem ser distribuídos em
duas patrulhas que terão missões diferentes.
De quantos modos isto pode acontecer?
Resolução
Imaginemos a distribuição sendo feita co-
1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅5 locando-se os escoteiros em fila e considere-
Total = = 67
48 mos os quatro primeiros da fila em uma pa-
Note que o total foi dividido por 2! para trulha e os quatro últimos na outra.
desprezar a mudança de ordem dos fantas-
mas.
Resposta: Podem sentar-se de 60 modos
diferentes.

4.6. Comissões sem Cargos


Definidos 1 ⋅2 ⋅3 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅6 ⋅7 ⋅8
Dez times de futebol de um estado dis- Total = = 29
5
⋅ 5

putam um campeonato para classificar os


quatro representantes no campeonato bra- Resposta: Pode acontecer de 70 modos.

18 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

Observação – O produto foi dividido por Se do total de números de 4 algarismos sub-


1 2 ⋅ 1 2 para desprezar a ordem dos elemen- trairmos os números de 4 algarismos distintos, os
tos em cada patrulha. que restarem terão pelo menos 2 algarismos iguais.
Portanto,
4.8. Figuras Geométricas x = 625 – 120 = 505
Considere 8 pontos distintos em uma cir- Resposta: A
cunferência. Quantos são os triângulos que po-
dem ser formados com vértices nesses pontos?
Resolução 02. Comissões com Cargos Definidos
Consideremos as etapas sucessivas das Vinte e dois pilotos de Fórmula 1 partici-
escolhas dos vértices dos triângulos: parão de um grande prêmio.
Os três primeiros colocados subirão ao
pódio onde ocuparão lugares distintos e se-
rão homenageados.
De quantas maneiras diferentes o pódio
1 ⋅2 ⋅ 3
Total = = 53 pode ser composto?
46
Resolução
Resposta: Podem ser formados 56 triângulos.

Observação – O produto foi dividido por


3! para desprezar a ordem dos vértices, 22 · 21 · 20 = 9 240
pois ABC e BCA representam o mesmo tri-
ângulo, por exemplo.
03. Anagramas sem repetição de letras
(UFPA) Quantos são os anagramas da pa-
Exercícios Resolvidos
lavra Brasil começados por B e terminados
01. Formação de números por L?
(FGV-SP) Usando-se os algarismos 1, 3, 5, a) 24 d) 240
7 e 9, existem x números de 4 algarismos, de b) 120 e) 1 440
modo que pelo menos 2 algarismos sejam
iguais. O valor de x é : c) 720
a) 505 d) 625 Resolução
b) 427 e) 384
c) 120
Resposta: A
Resolução
Pelo PFC, temos disponíveis {1, 3, 5, 7, 9}
04. Anagramas com repetição de letras.
(Mackenzie-SP) O número de maneiras
5 · 5 · 5 · 5 = 625 diferentes de colocar em uma linha de um
Números de 4 algarismos, com os 5 elementos tabuleiro de xadrez (8 posições) as peças
disponíveis. brancas (2 torres, 2 cavalos, 2 bispos, a rai-
nha e o rei) é:
a) 8! d) 8
5 · 4 · 3 · 2 = 120
b) 504 e) 4
Números de 4 algarismos distintos, com os 5
elementos disponíveis. c) 5 040

Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 19


Análise Combinatória e Probabilidades

Resolução Resolução
23 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅ 6
12345 1 = 923
78
12 Resposta: D
12345 = = 4 565
323232
07. Distribuição em Grupos
Temos 8 “letras” (peças) com Oito livros devem ser distribuídos em dois
2 Ts (Torres são iguais) grupos de quatro livros cada um. De quantos
2 Cs (Cavalos são iguais) modos isto pode ser feito?
2 Bs (Bispos são iguais) Resolução

1
12342 567896 2354
7 78
123521 5172 65
05. Ocupação de Lugares Definidos
1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 5 ⋅ 6⋅ 7⋅8
(FGV-SP) De quantas maneiras podemos Total = = 64
sentar 4 moças e 4 rapazes numa fila de 8 59 ⋅ 59 ⋅ 79
assentos, de modo que nunca haja nem dois Resposta: Pode acontecer de 35 modos.
rapazes vizinhos nem duas moças sentadas
uma ao lado da outra? Observação: O produto foi dividido por 12 ⋅ 12
a) 5 040 d) 576 para desprezar a ordem dos livros em cada grupo, e
por 2! para desprezar a ordem dos dois grupos,
b) 40 320 e) 1 152
visto que ABCD – EFGH e EFGH – ABCD re-
c) 2 880 presentam, por exemplo, a mesma distribuição.
Resolução
Podemos ter: 08. Figuras Geométricas
I. (UEL-PR) Sejam 15 pontos distintos,
pertencentes a uma circunferência. O nú-
mero de retas distintas determinadas por
esses pontos é:
a) 14 d) 210
b) 91 e) 225
c) 105
Logo: 576 + 576 = 1 152 Resolução
Resposta: E 15 pontos distintos de uma circunferência nunca

⎯→ ←
⎯→
serão alinhados 3 a 3 e sabemos que 12 3 21 ;
06. Comissões sem cargos definidos portanto:
(Aman-RJ) As diretorias de 4 membros
que podemos formar com os 10 sócios de uma
empresa são:
a) 5 040 e) nra 67 ⋅ 68
12345 = = 6 7
b) 40 d) 210 9

c) 2 Resposta: C
20 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória
Análise Combinatória e Probabilidades

II. Nas condições do problema anterior, Para calcular o número de arranjos, bas-
qual o número de semi-retas determinadas ta usar o PFC; Assim A7,3, por exemplo, será:
pelos 15 pontos?
Resolução
→ →
Sabemos que 12 ≠ 12 ; portanto:
Total = 15 · 14 = 210
Resposta: 210 semi-retas Se multiplicarmos e dividirmos o produ-
to 1 ⋅ 2 ⋅ 3 por 4!, temos:

5. Fórmulas de Contagem 7 ⋅6 ⋅ 5⋅ 4! 7! 7!
A 7 ,3 =
4!
=
4!
=
7–3 ! 1 2
5.1. Agrupamentos e de um modo geral:
Quando formamos grupos com elemen-
tos de um conjunto, chamamos esses grupos
de agrupamentos. Existem três tipos básicos 1 21 2
A n p = n n 1 4 n 1 5 ⋅ 222 ⋅ n 1 p + 4
1
3 4 33nn 11 pp4433
de agrupamentos:
1º tipo – Arranjos simples n1
São agrupamentos que diferem um do
outro pela ordem ou pela natureza dos ele-
ou seja: A n p =1
1 n2p 1 2
mentos componentes. em particular An,0 = 1 e An,n = n!
Exemplo – os arranjos de 2 elementos que
podem ser feitos com A, B e C são: II. Fórmula para Calcular o Número de
AB, BA, AC, CA, BC e CB Combinações
2º tipo – Combinações simples Seja Cn,p o número de combinações que
podem ser feitas com n elementos, agrupan-
São agrupamentos que diferem um do
do-os p a p.
outro apenas pela natureza dos elementos
componentes. Para calcular o número de combinações,
Exemplo – as combinações de 2 elemen- basta usar o PFC e, em seguida, desprezar a
tos que podem ser feitas com A, B e C são: troca de ordem dos elementos do grupo
(PDO).
AB, AC e BC
Assim, C7,3, por exemplo, será:
3º tipo – Permutações simples
São agrupamentos que diferem um do ou-
tro apenas pela ordem dos elementos com-
ponentes.
Exemplo – as permutações que podem ser
feitas com A, B e C são:
ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA

5.2. Fórmula para Cálculo do Número 15253 A 1 32


C 1 32 = =
de Agrupamentos 46 46

I. Fórmula para Calcular o Número de Arranjos An p


De um modo geral: C n p =
1
Seja An,p o número de arranjos que podem
p1
1

ser feitos com n elementos, agrupando-os p a p.

Capítulo 01. Análise Combinatória PV2D-06-MAT-101 21


Análise Combinatória e Probabilidades

21 03. Calcule o valor de:


Assim: 1 1 2 =1
1 2
2 2 3 131
E=
C 172
C 1 73 + C 34 75 + C 6 7 5
De modo particular: Cn,0 = 1 e
Resolução
Cn,n = 1
23 2 ⋅ 5 ⋅ 6 ⋅ 43
III. Fórmula para Calcular o Número de
Permutações
1 123 =
1 2
2 − 4 3 ⋅ 43
=
43 ⋅ 43
= 78

Seja Pn o número de permutações que po- 23 2 ⋅ 53


dem ser feitas com n elementos.
1 123 =
12 − 423 ⋅ 43 = 53 ⋅ 43 = 2
Para calcular o número de permutações, po- 234 23 ⋅ 6 ⋅ 24
demos usar o PFC, assim P5, por exemplo, será: 11234 =
121 − 524 ⋅ 54 = 74 ⋅ 54
= 89

23 2 ⋅ 5 ⋅ 43
1 123 =
12 − 423⋅ 43 = 43 ⋅ 43
=6

23 23 4
Assim, 1 = = =
4 + 54 + 6 46 75
Resposta: E = 5/14.
P5 = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 5!
De um modo geral: 04. Resolver Cx, 3 – 6Cx, 2 = 0
Pn = n! Resolução
12 12
Exercícios Resolvidos
01. Calcule:
1 2
1 3 4 2 ⋅ 42
−5
1 2
1 − 6 2 ⋅ 62
=7

a) A8, 3 b) A10, 2 c) A8, 0


Resolução
23 23 2 ⋅ 6 ⋅ 7 ⋅ 53
a) 1123 =
12 − 423 = 53 = 53
= 447

234 234 21 ⋅ 7 ⋅ 64
b) 11234 =
1 =
2
21 − 5 4 64
=
64
= 71

23 23 Resposta: S = {20}
c) 1123 =
1 2 =
1 − 4 3 23
=2

Px
05. Resolver P =1
02. Resolver Ax, 4 = 5 Ax, 3 x− 1
Resolução Resolução

Assim: x = 5
Resposta: S = {8} Resposta: S = {5}

22 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 01. Análise Combinatória


Análise Combinatória e Probabilidades

Capítulo 02. Números Binomiais


1. Introdução 1.2. Propriedades
Combinações de n elementos p a p são 113 46 13 4
agrupamentos com p elementos cada, que po- P1) 2 =
1
25 2
1−2 65
demos formar com n elementos disponíveis.
O número de combinações que podem ser
feitas com n elementos p a p é dado por Cn,p e Demonstração
calculado desta forma:
13 146 = 1 3
24 2 25 71 4 283⋅ 2 3
1 1 32 =
1 2
2 5 3 4⋅ 3 4
13 1 46 = 13
1.1. Definição 2 1 3 25 1 4 11 4 22 311 4 22 3
Dados dois números naturais, n e p, cha-
mamos número binomial ao par de valores 13 1 46 = 13

13 146 , onde: 2 1 3 25 1 4 1 + 2 3 1 1 4 2 2 3
2 25 13 1 46 = 1 3
13 146 = 1 3 2 1 3 25 2 3 1 1 4 2 2 3
2 25 71 4 283 2 3 567 1 ≥ 2
1 14 1 1 4
Portanto: 3 26 = 3 1 − 26
13 146 lê-se: binomial de n sobre p 25 2 5
2 25
Dizemos que, no número binomial 13 146 , n Observação:

2 25 13 146 3 13 1 46
é o numerador e p, o denominador.
Chamamos
2 25 2 1 4 25 de números

A partir da definição, observamos que: binomiais complementares.

13 146 = 3 1 32 Exemplos
2 25 13 46 13 46
1 1
Como conseqüências da definição, temos: 25 25
1ª) 2 = 3

13 46
1
1 124 1 124
25 2ª) 3 3 6 = 3 4 6
1ª) 3 = 4 5676 ∀11 ∈ 2
2 5 2 5
1 14
2ª) 3 3 6 = 1 4565 ∀11 ∈ 2 7
25 1 34 1 3 46 = 13 3 + 546
1 2 3 6 +3
1
2 45 2 4 + 55 2 4 + 55
1 14
3ª) 3 16 = 34565 ∀11 ∈ 2
25 (Relação de Stifel)

Capítulo 02. Números Binomiais PV2D-06-MAT-101 23


Análise Combinatória e Probabilidades

Demonstração
13 46 13 46 13 46
11 11 14
13 146 + 13 1 46 = 2 5 2 5 2 5
2º) 2 + 3 = 3

2 25 2 2 + 35 1 14 1 14 1324
3º) 3 26 + 3 36 = 3 3 6
13 13 25 25 2 5
=
1 2
1 4 2 3⋅ 2 3
+
1 2 1 2
1 4 2 4 5 3⋅ 2 + 5 3
Observação:
13 146 + 13 1 46 = Consideremos um grupo de pessoas for-
2 25 2 2 + 35 mado por Paulo e mais n pessoas.
Então:
13 13 1º) O número de modos de selecionar, nes-
=
11 4 22 ⋅ 11 4 2 4 52 3⋅ 2 3 + 11 4 2 4 52 3⋅ 12 + 52 2 3 se grupo, um subgrupo formado por p + 1
2+413 46
13 146 + 13 1 46 = pessoas é 1 1 +3 42 +3 =
3+4 2 5
2 25 2 2 + 35 2º) O número de modos de selecionar um
1 312 + 52 + 1 311 4 22
subgrupo formado por Paulo e por outras p

11 4 22 ⋅ 11 4 2 4 52 3⋅ 12 + 52 ⋅ 2 3 2 13 46
pessoas é 1× 1 1 32 = 1 1 32 =
3 25
3º) O número de modos de selecionar um
subgrupo formado por p + 1 pessoas, exceto o
13 2 46
13 146 + 13 1 46 = 1 471 + 38
Paulo, é 1 1 32 +4 =
2 3 + 45
2 25 2 2 + 35 91 5 2
4⋅ 92 + 3
4 Como o total de subgrupos é a soma do
número de subgrupos dos quais Paulo parti-
13 146 + 13 1 46 = 1 471 + 38 cipa com o número de subgrupos dos quais
Paulo não participa, temos:
2 25 2 2 + 35 91 − 2
4⋅ 92 + 3
4
13 146 + 13 1 46 = 13 1 + 346
1 1 + 34 71 + 38 4 2 25 2 2 + 35 2 2 + 35
Como 32 2 + 365 = 1 + 3 5 2 + 3 4⋅ 2 + 3 4 =
9
9
Exercícios Resolvidos
11 + 324 13 246 + 13 446 + 13 546 + 13 746
=
3 244⋅ 32 + 344
1 5 01. Calcule E, sendo 1 =
2 35 2 45 2 65 2 85
1 14 1 1 4 1 1 + 34
Temos: 3 26 + 3 2 + 36 = 3 2 + 36
Resolução
25 2 5 2 5 1=
23
+ 6+ 6+ 7
43 ⋅ 53
Exemplos

1 1 4 1 1 4 1 44
1º) 3 26 + 3 36 = 3 36
1=
2⋅3
+ 5+ 5+ 6
25 25 25 4
1 = 43

24 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 02. Números Binomiais


Análise Combinatória e Probabilidades

2
1 14 04. Resolver a equação:
02. Calcule ∑ 32 265
3=1 13 12 46 = 13 12 46
Resolução
2 5 6 35 2 35 6 45
Resolução
3
1 14 1 14 1 14 1 14 1 14 1 14 1 14
∑ 32 265 = 32 365 + 32 465 + 32 565 + 32 665 + 32 765 + 32 165
1=2
Temos dois casos:
1º) Binomiais iguais
3
1 14 1 2 3 = 31 2 4 ⇒ 1 = 5
∑ 32 265 = 3 + 1 + 54 ⋅ 64 + 64 ⋅ 54 + 34 ⋅ 74 + 3
14 14 14
que não satisfaz, pois devemos ter:
1= 2
1 ≤ 2 3 4 ≤ 51 6 1 ≤ 42 3 7 ≤ 51
3
1 14 2º) Binomiais complementares:
∑ 32 265 = 3 + 1 + 34 + 34 + 1 + 3
1=2
1
12 3 45 + 42 3 6 = 782
3
1 14 62 = 79 ⇒ 2 = 9
34
∑ 32 265 = 34
1=2

= 9

1 1 2 34
03. Resolver a equação: 3 4 6 = 35
05. Resolver a equação:

2 5 13 146 + 13 146 = 13 4 46
Resolução 2 25 2 35 2 6 7 55
13 1 2 346 = 71 2 385 = 71 2 385 Resolução

2 4 5 71 2 3 2 485 45 71 2 685 45 13 146 + 13 146 = 13 446 (relação de Stifel)


Assim: 2 25 2 35 2 35
11 2 324 Assim: 13 46 = 13
1 1 4
11 2 524 64 = 37 2 25 2 3 4 565
ou seja:
= 10
x–3=6 ou 6 + (x – 3) = 9
x=9 x=6
x2 – 3x + 2 = 20
S = {6, 9}
x2 – 3x – 18 = 0
ou seja, x = 6 ou x = –3 (não convém)
S={6}

Capítulo 02. Números Binomiais PV2D-06-MAT-101 25


Análise Combinatória e Probabilidades

2. Triângulo de Pascal 2.2. Propriedades


P1) Em qualquer linha, dois binomiais
2.1. Montagem do Triângulo eqüidistantes dos extremos são complemen-
tares e, portanto, iguais.
13 146 Consideremos, como exemplo, a linha 5.
Vamos colocar os números binomiais
2 25
em linhas e colunas, de modo que os de nume-
rador igual fiquem numa mesma linha e os de
FH 50IK FH 15IK FH 52IK FH 53IK FH 54IK FH 55IK
denominador igual numa mesma coluna.
B B B B B B
1 5 10 10 5 1
0

5
na

na

na

na

na

na
lu

lu

lu

lu

lu

lu
Co

Co

Co

Co

Co

Co
B B B B B B P2) A soma de dois binomiais consecuti-
FG 0IJ vos de uma mesma linha é igual ao binomial
Linha 0 ®
H 0K situado imediatamente abaixo do binomial
FG 1IJ FG 1IJ da direita.
Linha 1 ®
H 0K H 1K
FG 2IJ FG 2IJ FG 2IJ
Linha 2 ®
H 0K H 1K H 2K
FG 3IJ FG 3IJ FG 3IJ FG 3IJ
Linha 3 ®
H 0K H 1K H 2K H 3K
FG 4IJ FG 4IJ FG 4IJ FG 4IJ FG 4IJ
Linha 4 ®
H 0K H1K H 2K H 3K H 4K
FG 5IJ FG 5IJ FG 5IJ FG 5IJ FG 5IJ FG 5IJ
Linha 5 ®
H 0K H 1K H 2K H 3K H 4K H 5K

Calculando cada um dos binomiais, obtemos:


lu 0
Co na 1
Co na 2

lu 3
Co na 4

5
Co na

Co na

na
lu

lu
lu

lu

1
Co

B B B B B B 1 1
Linha 0 ® 1 1 2 1
Linha 1 ® 1 1 1 3 + 3 1
Linha 2 ®
=

1 2 1
1 4 6 4 + 1
Linha 3 ® 1 3 3 1
=

1 5 10 10 5 1
Linha 4 ® 1 4 6 4 1
Notamos que:
Linha 5 ® 1 5 10 10 5 1

A esta disposição dos números chamamos


de Triângulo de Pascal.

26 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 02. Números Binomiais


Análise Combinatória e Probabilidades

O que podemos concluir é que esta propriedade é uma aplicação da relação de Stifel nos
elementos do triângulo. Com ela, podemos construir qualquer linha do triângulo a partir da
linha anterior.
Assim, considerando a linha 4, temos:

1+ 4+ 6+ 4+ 1

5 10 10 5
Lembrando que os números binomiais das extremidades são sempre iguais a 1, temos a
linha 5 do triângulo de Pascal.
1 5 10 10 5 1
P3) A soma de todos os binomiais da linha n do triângulo de Pascal é 2n.

FH 00IK ® 1 = 20

FH 10IK FH 11IK ® 1 + 1 = 21

FH 20IK FH 12IK FH 22IK ® 1 + 2 + 1 = 22

FH 30IK FH 13IK FH 32IK FH 33IK ® 1 + 3 + 3 + 1 = 23

FH 04IK FH 14IK FH 24IK FH 34IK FH 44IK ® 1 + 4 + 6 + 4 + 1 = 24

FH 50IK FH 15IK FH 52IK FH 53IK FH 54IK FH 55IK ® 1 + 5 + 10 + 10 + 5 + 1 = 2 5

Genericamente temos: Poderíamos obter esse mesmo total, pela

13 146 + 13 146 + 13 146 + 13 146 + 666 + 13 146 = 41 soma das quantidades de subconjuntos com
0 elementos, 1 elemento, 2 elementos, ... , n
2 2 5 2 3 5 2 4 5 2 5 5 2 15 elementos.
ou Isto é:
2
13 146 = 32 Cn,0 + Cn,1 + Cn,2 + ... + Cn,n = 2n

1 32 5
=
2
Ou então,
Justificativa
Considerando um conjunto A com n ele- 13 146 + 13 146 + 13 146 +555+13 146 = 41
mentos para formar um subconjunto de A, 2 2 5 2 3 5 2 4 5 2 15
devemos decidir, para cada elemento, se o P4) A soma dos elementos de uma coluna
incluímos ou não no subconjunto. Então o do triângulo de Pascal (começando no pri-
total de subconjuntos é: meiro elemento da coluna) é igual ao elemen-
to que está avançado uma linha e uma colu-
1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 222⋅1 = 1 1
133323334 na sobre a última parcela.
1 232421567

Capítulo 02. Números Binomiais PV2D-06-MAT-101 27


Análise Combinatória e Probabilidades

13 146 + 13 1 + 346 + 13 1 + 446 +555+13 1 + 246 = 13 1 + 2 + 346 P5) A soma dos elementos de uma diagonal
(isto é, de uma paralela à hipotenusa) do tri-
2 15 2 1 5 2 1 5 2 1 5 2 1 + 3 5 ângulo de Pascal, começando do primeiro ele-
ou mento da diagonal, é igual ao elemento que
está imediatamente abaixo da última parcela.
2
3 1 1 + 246 = 13 1 + 3 + 446 13 146 + 13 1 + 446 + 13 1 + 546 +666+13 1 + 246 = 13 1 + 2 + 446

1 32
1 5 2 1+4 5
= 2 35 2 4 5 2 5 5 2 2 5 2 2 5
ou
Exemplo
2
3 1 1 + 246 = 13 1 + 3 + 446
1 ∑
1 32
=
2 5 2 3 5
1 1
1 2 1
+ Exemplo
1 3 3 1
+ 1
1 4 6 4 1
=
1 5 10 10 5 1 1 1
1 2 1
+
Justificativa 1 3 3 1
+
Aplicando a relação de Stifel aos elemen- 1 4 6 4 1
tos das colunas e efetuando a adição membro +
1 5 10 10 5 1
a membro, temos: =
1 6 15 20 15 6 1

Justificativa
2
3 1 1 + 246 = 13 146 + 13 1 + 546 + 13 1 + 646 +777+13 1 + 346

1 32
=
2 5 2 45 2 5 5 2 6 5 2 35
Usando a propriedade dos números
binomiais complementares, temos:
2
3 1 1 + 246 = 13 146 + 13 1 + 446 + 13 1 + 546 + 666 + 13 1 + 346

1 32
=
2 5 2 15 2 1 5 2 1 5 2 15
O segundo membro é a soma da coluna n
até a linha n + k do triângulo de Pascal; então,
pela propriedade P4, temos:
2
3 1 1 + 246 = 13 1 + 3 + 446

1 32
=
2 5 2 1+4 5

mas

28 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 02. Números Binomiais


Análise Combinatória e Probabilidades

13 1 + 2 + 346 = 13 1 + 2 + 346 (complementares) 2


1 14
∑ 32 265
2 1+3 5 2 2 5 03. Calcule
3= 1

Então: Resolução
2
13 1 + 246 == 13 1 + 3 + 446 3
1 14 1 14 1 14 1 14 1 14

1 32
=
2 5 2 3 5 ∑ 32 265 = 32 365 + 32 465 + 32 565 +666+ 32 165 = 5 7789
18
3

1 =2

Exercícios Resolvidos 12
1 124
01. Determine as somas indicadas:
04. Calcule ∑ 32 3 65
3 =1

13 146 + 13 146 + 13 146 +555+13 146 Resolução


a) 2 25 2 35 2 45 2 15 23
1 124 1 124 1 124 1124
1 14 1 34 1 54 1464 ∑ 32 3 65 = 32 1 65 + 32 4 65 +555+ 32 1265 =
b) 3 26 + 3 46 + 3 66 +888+3 7 6
1=2
25 25 25 2 5 = 423 −
131246 = 4 23

1 14 1 24 1 34 1 44 2 25 − 1 = 1246

c) 3 16 + 3 16 + 3 16 +555+3 16
25 25 25 25 3. Binômio de Newton
Resolução
O Teorema do Binômio, que será estuda-
13 146 + 13 146 + 13 146 +555+13 146 = 4 76789
18
1
do neste módulo, trata do desenvolvimen-
a)
2 25 2 35 2 45 2 15 to de (a + b)n, para n natural. Impropriamente
ele é chamado “Binômio de Newton”. Isaac
13 146 + 13 346 + 13 546 +777+13 4646 = 13 4146 79
 8 Newton viveu no século XVII, embora o de-
b)
2 25 2 45 2 65 2 8 5 2 8 5 senvolvimento de (a + b)n, para qualquer n
natural (ou pelo menos um dispositivo para
13 146 + 13 246 + 13 346 +444+13 546 = 13 6746 789
8 encontrar os coeficientes) já era conhecido
c)
2 15 2 15 2 15 2 15 2 2 5 muito antes. O caso n = 2 já era conhecido
por Euclides (300 a.C.), mas a generalização
da lei só apareceu por volta de 1100 d.C., na
02. Calcule n, sabendo que: Álgebra de Omar Khayyam. Curiosamente
este autor não forneceu a lei, mas assegura-
13 146 + 13 146 + 777 + 13 146 = 4 256 (Soma dos ele- va que podia encontrar as potências quar-
2 2 5 2 3 5 2 15 ta, quinta, sêxtupla e até superiores, por
uma lei que ele descobrira e que ele afirma-
mentos da linha n) va ter enunciado em uma outra obra, da
Resolução qual, contudo, não parece haver restado ne-

13 146 + 13 146 + 444 + 13 146 = 5 nhuma cópia.

2 25 2 35 2 15
1
= 5267 O que se deve a Newton, na verdade, é a
generalização do teorema do Binômio para
valores negativos e fracionários de n, que, no
11 = 122 ⇒ 2 = 33 entanto, não estudaremos neste capítulo.

Capítulo 02. Números Binomiais PV2D-06-MAT-101 29


Análise Combinatória e Probabilidades

3.1. Produto de Stevin Observação


Vamos achar a lei de formação do produ-
to dos n binômios do primeiro grau da forma
1 13 46
(x + a1), (x + a2), ..., (x + an)
O número de parcelas de S1 é Cn,1 = 2
25
que diferem entre si, somente pelos segun-
1 14
= 3 26
dos termos.
Inicialmente consideremos o produto de
O número de parcelas de S2 é Cn,2
25
dois fatores: (x + a1) (x + a2).
1 14
= 3 26
(x + a1) (x + a2) = x2 + a2x + a1x + a1a2 O número de parcelas de S3 é Cn,3
25
(x + a1) (x + a2) = x2 + (a1 + a2)x + a1a2
...........................................................................
Efetuemos agora o produto de três fato-
res: (x + a1) (x + a2) (x + a3)
1 13 46
(x + a1) (x + a2) (x + a3) =
O número de parcelas de Sn é Cn,n = 1
25
= x3 + a3x2 + a2x2 + a2a3x + a1x2 + a1a3x + Exercícios de Aplicação
+ a1a2x + a1a2a3 01. Ache o produto (x + 1) (x + 4) (x + 5)
(x + a1) (x + a2) (x + a3) = Resolução
= x3 + (a1 + a2 + a3)x2 + (a1a2 + a1a3 + a2a3)x + S1 = 1 + 4 + 5 = 10
a1 a 2 a 3 S2 = 1 · 4 + 1 · 5 + 4 · 5 = 29
S3 = 1 · 4 · 5 = 20; Logo,
Se efetuarmos o produto de quatro fato-
res, encontraremos: (x + 1) (x + 4) (x + 5) =
(x + a1) (x + a2) (x + a3) (x + a4) = x3 + 10x2 + 29x + 20
= x4 + (a1 + a2 + a3 + a4)x3 + (a1a2 + a1a3 + a1a4
+ a2a3 + a2a4 + a3a4)x2 + (a1a2a3 + a1a2a4 + 02. Ache o produto (x + 1) (x – 3) (x + 2) (x + 4)
a1a3a4 + a2a3a4)x + a1a2a3a4
Resolução
De um modo geral, no produto de n fato- S1 = 1 + (–3) + 2 + (+4) = 4
res, se chamarmos de: S2 = 1 · (–3) + 1 · 2 + 1 · 4 + (–3) · 2 + (–3) · 4
S1 = a1 + a2 + ... + an + 2 · 4 = –7
(combinações dos n segundos termos 1 a 1) S3 = 1 · (–3) · 2 + 1 (–3) · 4 + 1 · 2 · 4 + (–3) · 2 · 4
S2 = a1a2 + a1a3 + ... + an-1an = – 34
(combinações dos n segundos termos 2 a 2) S4 = 1 · (–3) · 2 · 4 = –24; Logo,
S3 = a1a2a3 + a1a2a4 + ........ (x + 1) (x – 3) (x + 2) (x + 4) =
(combinações dos n segundos termos 3 a 3) = x4 + 4x3 – 7x2 – 34 x – 24
.................................................................................
Sn = a1a2a3 ... an 3.2. O desenvolvimento de (x + a)n
(combinações dos n segundos termos n a n) Se no produto de Stevin fizermos
teremos:
a1 = a2 = a3 = ... = an = a, teremos:
(x – a1) (x + a2) ... (x + an) =
= xn + S1xn–1 + S2xn–2 + ... +Sn 1 13 46
Esse é o chamado produto de Stevin.
S1 = a + a + a + ... + a = Cn,1 · a = 2 a
25
30 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 02. Números Binomiais
Análise Combinatória e Probabilidades

1 14
= 3 26 a
5ª) Os coeficientes dos termos extremos
781 14 3431 14

S2 = a2 + a2 + a2 + ... + a2 = Cn,2 · a2
25 2

1 14
são iguais a um
932 265 32 165
= 3 26 a 6ª) O coeficiente de qualquer termo é um
S3 = a3 + a3 + a3 + ... + a3 = Cn,3 · a3
25 3
número binomial de numerador n e denomi-
.............................................................................. nador igual ao número de termos precedentes.
Sn = an 1 13 46
Assim,
Assim, o coeficiente do 6º termo é 2
25
1 13 46
1 13 46 7ª) Os coeficientes do desenvolvimento de

25
(x + a)n = xn + 2 axn – 1 + 2 a2xn – 2
25 (x + a)n são os elementos da linha n do triân-
gulo de Pascal.
113 46 1 13 46 8ª) A soma dos coeficientes do desenvolvi-

25
+ 2 a3xn – 3 + ...+ 1 an
25 mento de (x + a)n é 2n.

3.3. Termo Geral do Binômio de


1 14
Como 3 2 6 = 1, podemos escrever: Newton
25 Chamamos termo geral do binômio de
Newton a fórmula que permite encontrarmos

71 + 281 = 132 34465 1 1 + 132 35465 21 1 3 + 132 36465 2 41 1 4


− −
o termo do desenvolvimento de uma certa
ordem conhecida.
123 14243 14243
2 2 2 3 2 4
No desenvolvimento de (x + a)n, vimos que:
1 34
+3 6 2 5 1 1 5 +5+ 3 6 23
− 1 34 1 13 46
21745 243 21325 3 O 1º termo é T1 = 2 a0xn
25
25 21 6 2
1 14
= 3 26 a x
Esse desenvolvimento é chamado de
O 2º termo é T2
25 1 n–1

Binômio de Newton e também pode ser es-


crito assim: 1 14
= 3 26 a x
O 3º termo é T3
25 2 n–2

71 + 281 = ∑ 132 34465 22 ⋅ 1 1 2


1

1 14
= 3 26 a x
2 3 = O 4º termo é T4
25 3 n–3

Observações: ..........................................................
1ª) O desenvolvimento de um binômio de
grau n tem n+1 termos. 1 13 46
2ª) A soma dos expoentes, em qualquer ter-
O último termo é Tn + 1 = 1 anx0
25
mo, é o grau n do binômio. Supondo que um termo tenha p termos
3ª) O expoente de x, no primeiro termo, é precedentes, sendo pois o termo de ordem p + 1,
n, e vai decrescendo de um em um até atingir temos:
zero, no último termo.
13 146
4ª) O expoente de a, no primeiro termo, é
zero, e vai crescendo de um em um até atin-
Tp + 1 =
2 25 aP xn – P

gir n, no último termo. que é a fórmula do termo geral do binômio.

Capítulo 02. Números Binomiais PV2D-06-MAT-101 31


Análise Combinatória e Probabilidades

Exercícios Resolvidos 04. Sabendo que:


01. Construir o triângulo de Pascal e, a 113 46 1 13 46
1 1 13 46 13 46
partir dele, fazer o desenvolvimento de: 25 25 25
a5 + 2 a4b + 2 a3b2 + 2 a2b3 + 2 ab4 +
25
a) (x + a)4 +b5 = 1 024, podemos dizer que (a + b)2 é igual a:
b) (x + a)5 a) 144 d) 64
c) (x + a)6 b) 4 e) 16
Resolução c) 36
linha 0 → 1 Resolução
linha 1 → 1 1 No primeiro membro da igualdade fornecida, te-
linha 2 → 1 2 1 mos (a + b)5; então,
linha 3 → 1 3 3 1 (a + b)5 = 1 024 ⇒ (a + b)5 = 210 ⇒
(a + b)5 = (22)5
linha 4 → 1 4 6 4 1
a + b = 22 ⇒ a + b = 4 ⇒
linha 5 → 1 5 10 10 5 1
(a + b)2 = 16
linha 6 → 1 6 15 20 15 6 1
Resposta: E
a) (x + a)4 = x4 + 4ax3 + 6a2x2 + 4a3x + a4
b) (x + a) 5 = x 5 + 5ax 4 + 10a 2 x 3 + 10a 3x 2 + 05. Dado o binômio (2x + y)5, obter:
+ 5a 4x + a 5 a) A soma dos coeficientes binomiais.
c) (x + a) 6 = x 6 + 6ax 5 + 15a 2x 4 + 20x3 a3 + b) A soma dos coeficientes do desenvol-
+ 15a 4 x 2 + 6a 5x + a 6 vimento.
Resolução

02. Desenvolver (2x + 3)4 13 146 + 13 146 + 13 146 + 13 146 + 13 146 + 13 146 = 2
2 25 2 25 2 25 2 25 2 25 2 15
5
a)
Resolução
13 146 (2x) 3 + 13 146 (2x) 3 + b) Ao invés de efetuarmos o desenvolvimento de
(2x + y)5 para obtermos a soma de seus coeficientes,
(2x + 3)4 =
2 25 2 25
4 0 3 1
fazemos
1 14 1 14 1 14
+ 3 26 (2x) 3 + 3 26 (2x) 3 + 3 16 (2x) 3
x = 1 e y = 1 e obtemos:

25 2 2
25 25
1 3 0 4 (2 · 1 + 1)5 = 35 = 243, que é a soma procurada.

(2x + 3)4 = 1 · 16x4 + 4 · 8x3 · 3 + 6 · 4x2 · 9 + 06. Calcular o valor aproximado de (1,002)15
+ 4 · 2x · 27 + 1 · 81 Resolução
(2x + 3)4 = 16x4 + 96x3 + 216x2 + 216x + 81
Notemos que (1,002)15 = (1 + 0,002)15, então,
fazendo o desenvolvimento do binômio, temos:
03. Desenvolver (x – 1)5 (1 + 0,002)15 =
Resolução 13 1246 1 · 0,002 + 13 1246 1 · 0,002 +
1 14 1 14 1 14 2 35 2 15
15 0 14 1
=
(x – 1) = 3 26 x (–1) + 3 26 x (–1) + 3 26 x (–1) +
5
25 5
25
0
25
4 1 3 2

1 124 1 124
1 14 1 14 1 14 + 3 3 6 1 · 0,002 + 3 3 6 1 · 0,002 + ... +
2 5 2 5
13 2 12 3

+ 3 26 x (–1) + 3 26 x(–1) + 3 16 x (–1)


25 25 25
2 3 4 0 5

1 124
+ 3 126 1 · 0,002
(x – 1)5 = x5 – 5x4 + 10x3 – 10x2 + 5x –1 2 5 0 15

32 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 02. Números Binomiais


Análise Combinatória e Probabilidades

Podemos perceber que, a partir do 3º termo, os valo- 09. Obtenha o termo médio no desenvol-
res são tão pequenos que podem ser desprezados. Assim, vimento de 1 x 1 − x 2 2 .
(1 + 0,002)15 ≅ 1 + 0,030
Resolução
ou (1,002)15 ≅ 1,03
1 13 46
07. Considere o binômio (x2 + y)6. 25
Tp + 1 = 2 1 − x 2 p 1 x 1 2 2 − p

a) Dê o termo geral do desenvolvimento.


1 14
= 3 26 1 −32 1 x
b) Obtenha o termo em x4.
Resolução:
Tp + 1
25 p
2 x 12 − 3 p
142 p

13 146 y (x ) 13 146 y x 1 14
= 3 26 (–1) x
a) Tp + 1 =
2 25 p 2 6–p=
2 25 p 12 – 2p Tp + 1
25 p p/2 + 12 – 3p

b) Fazendo o expoente de x, no termo geral, igual


a 4, temos:
1 14
= 3 26 1 −32 x
12 − 3 p

25
p 1
Tp + 1
12 – 2p = 4 ⇒ p = 4
Assim, o termo em x4 é: O binômio tem 5 termos (grau 4), então, o termo
médio é o 3º termo (T3).
1 13 46 1 14
25
12 − 3⋅1
T4 + 1 = 2 y4 x12 – 2 · 4 = 15y4 x4
T = 3 26 3 −45 6
1
25
1
3 = 6 · 1 · x7 = 6x7
ou seja, o termo em x4 é o 5º termo e vale 15x4y4.

08. Obtenha o termo independente de x no 10. Quantos termos racionais existem no


desenvolvimento de 1 2 + 1 3 4 23 ?
13 1 46 2
desenvolvimento de x 1 +
2 x1 5 Resolução
Resolução 13 1246 4 15 4 2
65 34 − 2
2 35
1
1 13 46 1 1 3 32 4 3
Tp + 1 =

2 5 22 4
1 2− 3
Tp + 1 =
1 124
2 1
1 34 − 1
= 3 61 ⋅4
1 14 2 35
2 3
Tp + 1
= 3 26 1 2 1 1 32 2 1
Tp + 1
25 − −
p 12 − p
O termo é racional se e forem inteiros.
1 14
= 3 26 1 23 4 1
1 1
Tp + 1
25 − Isto é, devemos ter 20 – p múltiplo de 2 e p múltiplo de 3.
Além disso, 0 ≤ p ≤ 20.
Termo independente de x ⇒ expoente de x = 0 20 – p é par ⇒ p é par.
Fazendo 12 – 4p = 0, teremos: p = 3
13 46
1
1232145 12 ⇒ 12326789
18 2 2
12326789
18 2 23
25
T3 + 1 = 2 x0

1232456781692
2 1
1 14
T = 3 26 = 20 ≤ 1 ≤  3
2 ⇒ 12 ∈4  5
4 25
Então, o termo independente de x é o 4º termo e Assim, existem 4 termos racionais que obtemos, subs-
vale 20. tituindo no termo geral o valor de p por 0, 6, 12 e 18.

Capítulo 02. Números Binomiais PV2D-06-MAT-101 33


Análise Combinatória e Probabilidades

Capítulo 03. Probabilidade


Os cálculos hebreus sobre a posição dos O suíço Jacques Bernouilli (1654-1705), na
astros, realizados por Ben Ezra no século XII, mesma época, deu uma grande contribuição
com a finalidade de fazer previsões astrológi- ao estudo das probabilidades ao propor um
cas, podem ser considerados como os primei- teorema onde afirmava que a probabilidade
ros passos rumo à Teoria das Probabilidades. de um evento ocorrer tende a um valor cons-
O Livro dos Jogos de Azar, de Girolamo tante quando o número e ensaios desse even-
Cardano (1501-1576), publicado em torno de to tende ao infinito.
1550, é o primeiro manual organizado que Depois de Bernouilli, Abraham De
traz algumas noções de probabilidades. Nesse Moivre (1667-1751) publicou o livro A Dou-
livro, Cardano, que era um jogador, além de trina do Azar, onde também faz análises de
matemático, astrólogo e médico, desenvolve jogos que contribuíram para o estudo das
cálculos de expectativas acerca de jogos de probabilidades.
dados e também dá conselhos sobre como Foi em 1812 que Pierre Simon Laplace
trapacear no jogo. (1749-1827) deu forma a uma estrutura de
No entanto, o estudo sistemático das pro- raciocínio e a um conjunto de definições no
babilidades começou, realmente, em 1654, seu livro Teoria Analítica da Probabilidade.
quando um jogador francês, o Chevalier de A teoria moderna das probabilidades hoje
Méré, escreveu a Blaise Pascal (1623-1662) constitui a base de um dos ramos de maior
fazendo várias perguntas sobre o jogo de da- aplicação nas ciências, a Estatística.
dos e outros jogos de azar. Uma das pergun-
tas era: dois jogadores, igualmente hábeis, 1. Experimentos Aleatórios
querem interromper sua partida. Sabendo-
Os experimentos cujos resultados podem
se que o montante das apostas e situação do
ser previstos, isto é, podem ser determina-
jogo (quantas partidas cada um ganhou),
dos antes mesmo de sua realização, são cha-
como deverá ser repartido o dinheiro?
mados experimentos determinísticos. Por
Pascal, que, extremamente religioso, não exemplo, é possível prever a temperatura em
era jogador, escreveu a outro matemático que a água entrará em ebulição desde que
francês Pierre de Fermat (1601-1665) sobre conhecidas as condições em que o experimen-
as perguntas feitas pelo Chevalier de Méré. to se realiza.
A partir dessa correspondência, Pascal e Alguns experimentos, contudo, não são
Fermat aprofundaram estudos conjuntos so- assim previsíveis. Por mais que sejam
bre probabilidades e, apesar de não terem mantidas as mesmas condições, não podemos
publicado seus estudos, chegaram a definir prever qual será o resultado ao lançarmos
conceitos como expectativa, chance e média, uma moeda. Esses são chamados experimen-
além de estabelecer técnicas de contagem e tos aleatórios (em latim alea = sorte).
estatísticas de incidência de casos num dado
fenômeno. Experimentos aleatórios são aqueles que,
repetidos em condições idênticas, não pro-
Também no século XVII, mais precisamen-
duzem sempre o mesmo resultado.
te em 1657, o holandês Christian Hiygens
(1629-1695) publicou seu livro O Raciocínio nos A teoria das probabilidades estuda a for-
Jogos de Dados, onde apresentou importantes ma de estabelecermos as possibilidades de
contribuições ao estudo das probabilidades. ocorrência num experimento aleatório.

34 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

2. Espaço Amostral e Evento Analisemos os diversos tipos de eventos


que podemos definir neste experimento.
Vamos estudar experimentos aleatórios
com resultados equiprováveis (mesma I. Evento Elementar
chance de ocorrência) e em número determi- Qualquer subconjunto unitário de U.
nado, isto é, finito. Desta forma definimos: Exemplo
Espaço amostral: é o conjunto de todos os re- Ocorrência de um número múltiplo de 5.
sultados possíveis de um experimento alea- A = {5}
tório. Indicaremos o espaço amostral por U.
II. Evento Certo
Evento: é qualquer subconjunto do espaço É o próprio espaço amostral U.
amostral.
Exemplo
Exemplo Ocorrência de um divisor de 60
Lançamos três moedas e observamos as B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
faces que ficaram voltadas para cima.
Representar: III. Evento Impossível
a) o espaço amostral do experimento; É o conjunto vazio ( ∅ ).
b) o evento A: chances de sair faces iguais; Exemplo
c) o evento B: sair exatamente uma face Ocorrência de um múltiplo de 8
“cara”; C={}= ∅
d) o evento C: chances de sair, pelo me-
IV. Evento União
nos, uma face “cara”.
É a reunião de dois eventos.
Resolução
Exemplo
a) U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),
Evento A: ocorrência de um número primo
(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Ca), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca),
(Co, Co, Co)} A = {2, 3, 5}
b) A = {(Ca, Ca, Ca), (Co, Co, Co)} Evento B: ocorrência de um número ímpar
c) B = {(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)} B = {1, 3, 5}
d) C = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), Evento A ∪ B: ocorrência de um número
(Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)} primo ou ímpar
Observação A ∪ B = {1, 2, 3, 5}
Os números de elementos do espaço V. Evento Intersecção
amostral e dos eventos de um experimento É a intersecção de dois eventos.
aleatório são calculados com a análise
Exemplo
combinatória.
Evento A: ocorrência de um número primo
3. Tipos de Eventos A = {2, 3, 5}
Consideremos o experimento aleatório: Evento B: ocorrência de um número ímpar
lançamento de um dado comum e observa- B = {1, 3, 5}
ção do número representado na face voltada Evento A ∩ B: ocorrência de um número
para cima. primo e ímpar
O espaço amostral será A ∩ B = {3, 5}
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 35


Análise Combinatória e Probabilidades

VI. Eventos Mutuamente Exclusivos Uma observação que pode ser feita é que
Dois eventos E1 e E2 de um espaço amostral a teoria das probabilidades é uma maneira
U são chamados mutuamente exclusivos matemática de lidar com a incerteza.
quando
O cálculo da probabilidade de um even-
E1 ∩ E2 = ∅ to acontecer, muitas vezes, é feito experi-
Exemplo mentalmente, e essa probabilidade é chama-
Evento A: ocorrência de um número par da de experimental ou estatística.
A = {2, 4, 6} Exemplo
Evento B: ocorrência de um número ímpar A probabilidade de uma pessoa morrer
B = {1, 3, 5} aos 25 anos é obtida através do levantamen-
A e B são eventos mutuamente exclusivos, to e do tratamento adequado de um grande
pois A ∩ B = ∅ número de casos.
No entanto, para calcularmos a proba-
VII. Evento Complementar bilidade de ao jogarmos dois dados obter-
É o evento 1 = U – E. mos, nas faces voltadas para cima, dois nú-
Exemplo meros iguais, não precisamos realizar o ex-
Evento A: ocorrência de um número primo perimento, ela pode ser conseguida a partir
A = {2, 3, 5} de uma análise teórica do espaço amostral e
do evento, e, neste caso, chamamos de pro-
Evento 1 : ocorrência de um número não babilidade teórica.
primo
No 2º grau, não desenvolvemos estudos
1 = U – A = {1, 4, 6} da probabilidade estatística, que será estu-
Observação dada na maioria dos cursos de 3º grau.
No caso do exemplo, podemos dizer que o
evento 1 é a não-ocorrência de um número 5. Probabilidade Teórica de
primo.
um Evento
4. Probabilidade Estatística Se num fenômeno aleatório, o número de
elementos do espaço amostral é n(U) e o nú-
e Probabilidade Teórica mero de elementos do evento A é n(A), então
Imaginamos a seguinte situação: em uma a probabilidade de ocorrer o evento A é o
turma do segundo colegial, existem 25 garo- número P(A) tal que:
tas e 10 garotos e um brinde foi sorteado para
um dos membros da turma. Temos que adi- 3426
vinhar o sexo do contemplado. 14 26 =
3456
Intuitivamente, “sabemos” que é “mais fá-
cil” ter sido sorteada uma garota que um ga- Uma outra forma de definir a probabili-
roto, no entanto não podemos afirmar com dade de ocorrer o evento A é:
certeza o sexo do contemplado. A “chance”
de uma garota ter sido sorteada pode ser
345678 96
8 876 2
traduzida por um número que chamamos 1 2 =
probabilidade. 345678 96
8 8 6

36 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

Exemplos Resolução
1º) Retirando-se uma carta de um bara- O espaço amostral é:
lho normal de 52 cartas, qual é a probabili- U = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
dade de que a carta retirada seja um rei? a) evento A: ocorrer número par.
A = {132, 312}
1235 6 8
P(A) = = =
1245 7 9
b) evento B: ocorrer número múltiplo de três.
B = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
1234 6
P(B) = = = 7 (evento certo)
1254 6
Resolução c) evento C: ocorrer número múltiplo
de cinco:
456789
7 87 
9 987
123 = C={}
456789
7 87 
9 9 7
1235 6
P(C) = = = 6 (evento impossível)
5 8 1245 7
1423 = =
67 89
Observação:
2º) Em um lançamento de dois dados, um
Através da teoria determinamos que, em
preto e outro branco, qual é a probabilidade
um lançamento de um dado “não viciado”, a
de que os dois números obtidos sejam iguais?
probabilidade de que se obtenha o número 3
é 1/6, isto não significa que, sempre que forem
feitos seis lançamentos de um dado, certa-
mente ocorrerá em um deles, e apenas um,
resultado 2. Na prática, o que se verifica é
que, considerado um grande número de lan-
Resolução çamentos, a razão entre o número de vezes
U = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), ..., (6, 4), (6, 5), (6, 6)} que ocorre o resultado 2 e o número de lança-
mentos efetuados se aproxima de 1/6.
n(U) = 6 · 6 = 36
E = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}
n(E) = 6
6. Propriedades das Proba-
1234 6 8
bilidades
Assim, P(E) = = = P1) A probabilidade do evento impossível
1254 76 6
é 0. (P( ∅ ) =0)

1 2 2211∅322 = 21432 = 4
3º) Dentre as seis permutações dos núme-
ros 1, 2, e 3, uma é escolhida ao acaso. Consi- 1∅ =
derando o número de três algarismos assim
escolhido, determine a probabilidade de ele: P2) A probabilidade do evento certo é 1.
a) ser par; (P(U) = 1)
b) ser múltiplo de três; 3425
1425 = =6
c) ser múltiplo de cinco. 3425

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 37


Análise Combinatória e Probabilidades

P3) Sendo A um evento de um espaço


amostral U, a probabilidade de A é um núme-
1 2
calcular 1 2 , a probabilidade do evento

ro racional entre 0 e 1, inclusive. (0 ≤ P(A) ≤ 1). complementar de A. Assim,

1 2 1 1 2 1 2
24 25
1 ≤ 2346 ≤ 2 5 ⇒
251 2 1 2 1 2

25

25

1 2
1 2
Como P(A) =
1 2
13
temos:

1 ≤ 35 46 ≤ 2

P4) Sendo A um evento e 1 seu comple-

1 2
mentar, então 13 24 + 1 2 = 5 .

1 2
12 =
345
677

1 2
Com1232 46 57 + 4 5 = 8

11 22 + = 8 ⇒ 11 22 =
345 9
9
= 7 95 = 95
677 677
1 2 1 2 3 4
1 2 =1 3 +1 3
Exercícios Resolvidos
1 122 11 3 2 13 3 4 01. Três moedas são lançadas simultane-
1 122 1 122 1122
= +
amente; descreva o espaço amostral.
Resolução
Assim, 13 24 + 11 2 2 = 5
U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),
Observação: (Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co,
É comum expressarmos a probabilidade Ca), (Co, Co, Co)}
de um evento na forma de porcentagem. As-
sim, se P(A) = 0,82, por exemplo, podemos 02. Dois dados são lançados simultanea-
dizer que P(A) = 82%. mente e observadas as faces voltadas para
Exemplo “cima”, dê:
1º) Os 900 números de três algarismos es- a) o espaço amostral do experimento:
tão colocados em 900 envelopes iguais. Um b) o evento A: a soma é maior que 8.
dos envelopes é sorteado. Qual a probabili-
Resolução
dade de ele conter um número que tenha, pelo
menos, dois algarismos iguais? a) U = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6),
(2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2),
Resolução
(3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, ,2), (4, 3), (4 , 4),
Sendo A o evento: ocorrer um número com (4, 5), (4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6),
pelo menos dois algarismos iguais. É mais fácil (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}

38 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

Observação: Resolução
Podemos representar esquematicamente o espaço a) U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),
amostral: (Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca),
(Co, Co, Co)}
A = {(Co, Co, Co)}
1 2
5 3 7
1234 =
1 2
56

8
b) B = {(Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca)}
12
53 7
b) A = {(3, 6), (4, 5), (4, 6), (5, 4), (5, 5), (5, 6),
(6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}
1234 =
1 2
56
=
8
c) C = {(Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca),
03. Lançando-se um dado honesto, qual a pro- (Ca, Ca, Ca)}
babilidade de se obter um número menor que 4? 12
53 7 9
Resolução
1234 =
1 2
56
= =
8

U = {1, 2, 3, 4, 5, 6} A = {1, 2, 3}
1 2
5 3 7 9 06. Numa urna existem 1 000 bolas, nu-
1234 =
1 2
56
= =
8
meradas de 1 a 1 000. Retirando-se uma bola
ao acaso, qual a probabilidade:
a) de observar um número múltiplo de 7?
04. Uma carta é retirada ao acaso de um
baralho de 52 cartas. Determine a probabili- b) do número obtido não ser múltiplo de 7?
dade de ser: Resolução
a) uma dama; a) U = {1, 2, 3, ..., 1 000}
b) uma dama ou rei. n(U) = 1 000
Resolução A = {4,14, 21, ..., 914}
a) n(U) = 52
n(A) = 4
5 8
1234 = =
67 89
b) n(U) = 52, n(B) = 8 n(A) = 142

5 7 1 2
1 2 456 84
1234 = =
67 89
P(A) =
1 2
13
= =
4777 977

b) 1 = 2 − 1
05. Uma moeda não viciada é lançada três
vezes seguidas. Qual a probabilidade de: 1 2
1 2 = 3 − 1425 = 3 −
63
788
a) obter 3 coroas?
b) obter exatamente 2 caras?
c) obter pelo menos 2 caras?
1 2
Assim, 1 2 =
345
677

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 39


Análise Combinatória e Probabilidades

07. (Fuvest-SP) Numa urna são deposita-


das n etiquetas, numeradas de 1 a n. Três eti-
7. Probabilidade do Evento
quetas são sorteadas (sem reposição). Qual a União
probabilidade de que os números sorteados
sejam consecutivos? Dados dois eventos A e B de um espaço

a)
11 − 22 3 d)
11 − 2 2 4 3 4 amostral U, dizemos que ocorrer o evento A ∪ B
(evento união) é ocorrer pelo menos um dos
13 14 eventos A ou B.

b)
11 − 22 3 e) 6 (n – 2) (n – 1)
13

c)
11 − 22 4
341 4
Resolução

n (A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)


n(U) = n (n – 1) (n – 2)
Assim:
11163333333
2 6326 12 63 6 426 13 6 4 6526777 6 18 − 2 6 8 − 16 82
3233333333 4 1
1 2∪ 3 2 1 2 12 1 2
1 2 13 1 2∩3
12− 123456789
n(A) = (n – 2) · 3!
14 1 2 1 2 1 2 1 2
= +
14 14

14
Ou seja:

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)


45 Podemos enunciar essa conclusão assim:
∴ 123 =
1 2
6 6−7
que corresponde a alternativa
A probabilidade de ocorrer o evento A ou o
d, pois evento B é dada pela soma da probabilida-
de de ocorrer A com a probabilidade de
ocorrer B, menos a probabilidade de ocor-
rer os dois eventos (A e B).
Importante
Resolvemos o exercício considerando as diferen- Caso particular: se os eventos A e B são
tes ordens em que as etiquetas podem ser sorteadas. mutuamente exclusivos, isto é, A ∩ B = ∅,
No entanto, podemos desprezar a ordem em que as P(A ∩ B) = 0 a fórmula acima se reduz a:
etiquetas são sorteadas, desde que façamos isto no
espaço amostral e no evento. P(A ∪ B) = PA + PB
Assim, Exemplo

1 2
12 =
1 21 2
1⋅ 1 − 3 1 − 4 De um baralho comum de 52 cartas, uma
carta é retirada aleatoriamente. Qual a pro-
56 babilidade de sair um valete ou uma carta
n(A) = (n – 2) de paus?
Resolução
Sendo:
Evento A: “a carta é um valete”
56
1234 =
1 2
7 7−8 1 2
12 =
3
45

40 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

Evento B: “a carta é de paus” Exemplo


Consideremos um experimento com espa-
12
12 =
34
56
ço amostral U = {a, b, c}, sendo p(a), p(b) e p(c)
as possibilidades dos resultados a, b e c de
Evento A ∩ B: “a carta é um valete de paus”
12 3
12 3
modo que 1 2 = e 1 2 = . Calcule:
1
1 2∩3 = 2 4
56 a) p(c)
4 4

Evento A ∪ B: “a carta é um valete ou é de b) a probabilidade do evento A = {a, c}


paus” Resolução
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
a) p(a) + p(b) + p(c) = 1
1
1 2∪3 = 24 78 7 79
+ − = =
4
56 56 56 56 78
1 1
12
+ +4 5 =1
2 3
8. Probabilidades num Espaço 12 3 3 6−5−4 3
1 2 = 3− − =
4 5 6
=
6
Amostral não Eqüiprovável b) P(A) = p(a) + p(c)
No espaço amostral equiprovável, todos
os resultados possíveis têm a mesma chance 1 2
12 =
3 3 6+3 4
+ =
4 5 5
=
5
de ocorrência, é por isso que nos problemas
com dados e moedas estudados anteriormen- 1 2
Assim, 1 2 =
3
4
te sempre tomamos o cuidado de especificar
que os dados e moedas eram “honestos” ou
“não viciados”.
Exercícios Resolvidos
Como estudar as probabilidades com da- 01. Um número inteiro é escolhido ao aca-
dos ou moedas “viciados”? so dentre os números (1, 2, 3, …, 60). Calcule a
probabilidade de o número ser divisível por
A fórmula que usamos até agora 2 ou por 5.

12
12 =
34 5675879
695 87956752
34 5675879
6959979
Resolução
Sendo:
Evento A: o número é divisível por 2 ⇒ n(A) = 30
não é válida, pois não importa apenas a
quantidade de resultados favoráveis, já que Evento B: o número é divisível por 5 ⇒ n(A) = 12
esses resultados não têm necessariamente a
mesma “chance” de ocorrência.
1 2 5434 = 67
1 2 =

1 1 22 =
Consideremos um experimento, com es- 34 3
paço amostral U = {a1, a2, …, an}. Chamando =
56 7
de p(a1), p(a2), …, p(an) as probabilidades de
1 1 2 ∩ 32 =
ocorrência dos resultados a1, a2, …, an, res- 4 6
=
pectivamente, temos que: 45 65
1º) p(a1) + p(a2) + … + p(an) = 1 P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
2º) 0 ≤ p(a1) ≤ 1, para i = 1, 2, …, n 1 2 45 + 46 − 474
1 2∪ 3 =
Desta forma para calcularmos a probabi-
1 1 2 ∪ 32 =
lidade do evento A = {a1, a2, …, am} (m ≤ n), 45 + 6 − 7 49
=
fazemos: 78 78
1 1 2 ∪ 32 =
P(A) = p(a1) + p(a2) + … + p(am) 4
5

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 41


Análise Combinatória e Probabilidades

02. Numa urna existem 10 bolas colori- 04. Considere um espaço amostral U = {a,
das. As brancas estão numeradas de 1 a 6 e as b, c, d}, onde os resultados a, b, c e d têm res-
pectivamente as probabilidades
vermelhas de 7 a 10. Retirando-se uma bola,
qual a probabilidade de ela ser branca ou de
seu número ser par?
12
12 =
5
6
12 5
12 5
9 1 3 = 9 1 4 = e p(d) = x
7 8
a) Calcule x
Resolução
b) Qual a probabilidade do evento {a, d}?
Sendo:
Resolução
Evento A: a bola é branca a) p(a) + p(b) + p(c) + p(d) = 1
Evento B: a bola tem número par 1 1 1
+ + +5=1
1 2
1 2 =
3
45
61 7 =128
45
1
6 1 2∩ 7 =
9
45
2 2 3 4
56 5
1234 =
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) 78 39
b) A = {a, d}
1
1 2∪ 3 = 2 4
+
7

8
=
56 56 56 56 7
9
=

1 2 12 12
1 2 = 3 4 +3 5 =
6 8
+ =

7 69 69

03. (FMU-SP) Num único lance de um par 05. Um dado é viciado, de modo que a pro-
babilidade de obter um certo número é esse
de dados honestos, a probabilidade de saí-
número multiplicado por k, e k é um número
rem as somas 7 ou 11 é: real. Encontre a probabilidade de:
1 1 a) ocorrer o número 5;
a) d) b) ocorrer um número par.
23 23
Resolução
1 1 U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
b) e)
23 23 P1 = 1 · k
1 P2 = 2 · k
c) P3 = 3 · k
21
P4 = 4 · k
Resolução
P5 = 5 · k
n(U) = 6 · 6 = 36 P6 = 6 · k
A ⇒ evento: soma 7 P1 + P2 + P3 + P4 + P5 + P6 = 1
(1, 6) (2, 5) (3, 4) (4, 3) (5, 2) (6, 1) k + 2k + 3k + 4k + 5k + 6k = 1
n(A) = 6 21k = 1
B ⇒ evento: soma 11 2
1=
(5, 6) (6, 5) 32
4 2
n(B) = 2 a) 11 = 23 = 2 ⋅ =
54 54
A e B são eventos mutuamente exclusivos; logo, b) A = {2, 4, 6}
A ∩ B = ∅ P(A ou B) = P(A) + P(B)
1 2
1 2 = 11 + 12 + 13 =
3
+
5
+
6
1
1 234536 =
7
+ 2
9
=

34 34 34

11 22 =
87 87 87 34 5
=
Resposta: E 43 6

42 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

06. (FEI-SP) Numa moeda viciada, a Sabe-se que 10 homens e 15 mulheres fo-
probabilidade de ocorrer face cara num ram aprovados num exame de seleção. Uma
lançamento é igual a quatro vezes a pro- pessoa é sorteada ao acaso.
babilidade de ocorrer coroa. A probabili- Qual a probabilidade de:
dade de ocorrer cara num lançamento des- a) ela ser do sexo feminino se foi aprovada
ta moeda é: no exame?
a) 40% d) 20% b) ela ter sido aprovada no exame se é do
b) 80% e) 50% sexo masculino?
c) 25% Resolução
Resolução O quadro abaixo resume os dados do pro-
blema:
C → cara K → coroa
P(C) = 4 · P(K)
P(C) + P(K) = 100% ⇒

1 2 11322 = 4556 ⇒ 713122 = 4556


12 +

12
12 =
3445
6
= 745
a) Sendo:
Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
9. Probabilidade Condicional Evento B: “a pessoa sorteada é mulher”.
Consideremos num experimento aleatório 1
1 2∩3 2 = 45 = 7
de espaço amostral U os eventos A e B, com
1 ∩ 2 ≠ ∅ , conforme o diagrama abaixo:
P (B/A) =
1 2 1 2 65 5
b) Sendo:
Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
Evento C: “a pessoa sorteada é homem”.
1
1 2 ∩3 2 = 45 = 7
P (A/C) =
1 3 12 46 8

10. Probabilidade do
Na medida em que conhecemos a infor- Evento Intersecção
mação de que ocorreu o evento B, este passa
Dados dois eventos A e B de um espaço
a ser o espaço amostral do experimento, pois
amostral U, dizemos que ocorrer o evento
todos os resultados agora possíveis perten-
1 ∩ 2 (evento intersecção) é ocorrer simul-
cem a A. Assim, a probabilidade de ocorrer o
taneamente os eventos A e B.
evento A, dado que o evento B já ocorreu, será:
Para calcular a probabilidade de ocorrer
1
1 2∩3 2 1 ∩ 2 , vamos utilizar a fórmula da proba-
P (A/B) =
13 12 bilidade condicional.
1
1 2∩3 2 , dividido por n (U), temos:
Exemplo
Numa turma de 50 alunos do colégio, 15
P (A/B) =
1 312
são homens e 35 são mulheres.

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 43


Análise Combinatória e Probabilidades

1 2∩31 2 A e B independentes ⇔ P (B/A) = P (B) e


1 4 1 2 1
5 2∩3 2 P (A/B) = PA
P (A/B) =
1 3 12 =
5 3 12 Quando A e B são eventos independentes.
1 4 1 2 1 2 1 2 12
1 2∩3 = 1 2 ⋅ 1 3

Então, se 1 1 2 ∩ 32 ≠ 1 1 22 ⋅ 1 1 32 , dizemos
Assim: P(A∩B) = P(B) · P(A/B) (I)
Podemos também usar a fórmula de P (B/A), que os eventos são dependentes.
assim:
1 2∩3 1 2 Exemplos de Eventos Independentes

1
1 2∩3 1 42 5 2∩3 1 2 1 2 1º) No lançamento simultâneo de dois dados,
P (B/A) =
1 2 1 2
=
1 2
=
5 2 1 2 1 2 o resultado de um deles não influi no re-

1 4 1 2 sultado do outro.
2º) No lançamento sucessivo de dois dados, o
Então: P(A∩B) = P(A) · P(B/A) (II) resultado de um deles não influi no resul-
A partir das fórmulas (I) e (II), citadas an- tado do outro.
teriormente, concluímos: 3º) Na extração de duas cartas de um baralho,
se antes de extrair a segunda carta for feita
Dados dois eventos A e B de um espaço a reposição da primeira, o resultado da pri-
amostral U, a probabilidade de eles ocorre- meira não influi no resultado da segunda.
rem simultaneamente é dada pelo produto
da probabilidade de um deles pela probabili- Exemplo de Eventos Dependentes
dade do outro, dado que ocorreu o primeiro. Na extração de duas cartas de um bara-
lho, se antes de extrair a segunda carta não
Exemplo
for feita a reposição da segunda, o resulta-
Consideremos uma urna contendo 5 bolas
numeradas de 1 a 5. Qual a probabilidade de reti- do da primeira influencia o resultado da se-
rarmos a bola 1 e, sem sua reposição, a bola 2? gunda, pois o espaço amostral passa a ter
Resolução 51 elementos.
A probabilidade de sair bola 1 na primei-
1 Exercícios Resolvidos
ra retirada é P (A) = .
2 01. Jogando-se um dado e sabendo-se que
Restando 4 bolas na urna, a probabilida- ocorreu um número maior que 4, qual a pro-
de de ocorrer a bola 2 na segunda, tendo ocor- babilidade de ser um número par?
rido a bola 1 na primeira, é:
Resolução
1
P (A/B) = U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
2
Como devem ocorrer os dois eventos, temos: EventoA: ocorreu número maior que 4.
1 1 1
P(A∩B) = P(A) · P(B/A) = ⋅ = A = {5, 6}
2 3 45
Evento B: ocorreu número par.
11. Eventos Independentes
Dados dois eventos A e B de um espaço B = {2, 4, 6}
amostral U, dizemos que eles são indepen-
1
1 2∩ 3 2 = 4 = 678
dentes se a ocorrência de um deles não modi-
ficar a probabilidade de ocorrência do outro.
P (B/A) =
1 2 12 5

44 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

02. (PUC-SP) Retirando-se uma carta de 04. Considerem-se duas caixas, I e II. Na
um baralho comum e sabendo-se que saiu caixa I, há 4 bolas pretas e 6 bolas azuis, e na
uma carta de copas, qual a probabilidade de caixa II há 8 bolas pretas e 2 bolas azuis. Es-
que ela seja uma dama? colhe-se, ao acaso, uma caixa e, em seguida,
dela se tira uma bola. Qual a probabilidade
1 1 de que esta bola seja:
a) d)
23 2 a) preta? b) azul?
1 1 Resolução
b) e)
23 12 1
Probabilidade de escolha para cada caixa:
1 2
c)
2 Esquema
Resolução
Evento A: a carta é uma dama.
Evento B: a carta é de copas.

1
1 2∩ 3 2= 4
P (A/B) =
1 3 12 45
Importante!
Poderíamos chegar à mesma conclusão racioci-
nando assim:
A carta é de copas, então o espaço amostral é for-
a) a bola é preta:
mado pelas 13 cartas de copas, que apresentam ape-
nas uma dama entre elas. 1 4 52 6
+ = =
23 23 23 7
03. Retirando-se duas cartas ao acaso, b) a bola é azul:
sem reposição, de um baralho de 52 cartas, 1 2 4 2
qual a probabilidade de ser a primeira de + = =
23 23 23 5
ouro e a segunda de copas?
Resolução
05. Sejam A e B dois eventos independen-
Evento A: primeira carta de ouro. tes tais que:
Evento B: segunda carta de copas.
12 1
1 2
1 2 =
3
4
e 1 5 2 ∪ 34 =
6
7
P (A) = =
34 5 Calcule P (B).
13 Resolução
P (B/A) =
51 123 ∪ 45 = P (A) + P (B) – 123 ∩ 45
1 13 Como A e B são independentes
P(A∩ B) = P(A) · P(B/A) = ⋅
2 41
123 ∩ 45 = P (A) · P (B)
67
1 23 ∩ 45 =   ∴ 123 ∪ 45 = P (A) + P (B) – P (A) · P (B)
89

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 45


Análise Combinatória e Probabilidades

Resolução
Ou seja:
1 1
2 3
1
= + 4 567 − 4 6
3
12 k = cara e c = coroa
4 = 3 + 12 P (B) – 3 P (B) U = {(k, k), (k, c), (c, k), (c, c)}
A = {(k, k), (k, c)}
1
9 P (B) = 1 ⇒ P (B) = B = {(k, k), (c, k)}
2
1 ∩ 2 = {(k, k)}

06. Uma moeda equilibrada é jogada duas 1 2


1 2 =
3
4
12
5 1 6 =
3
4
7 1 82 ∩ 69 =

4
vezes. Sejam A e B os eventos:
A: cara na primeira jogada; 1 2 12
1 2 ⋅ 1 3 =
4 4 6
⋅ =
5 5 5
B: cara na segunda jogada.
Assim, P (A) · P (B) = 123 ∩ 45 , ou seja, A e B
Verifique que A e B são independentes.
são independentes.

46 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade


Análise Combinatória e Probabilidades

Capítulo 03. Probabilidade PV2D-06-MAT-101 47


Análise Combinatória e Probabilidades

48 PV2D-06-MAT-101 Capítulo 03. Probabilidade

S-ar putea să vă placă și