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Coordenação-Geral de Tributação
Relatório
2. Relata que em 2011 foi acometida por uma neoplasia maligna, o que teria
acarretado seu afastamento temporário do trabalho, em virtude de incapacidade laborativa,
recebendo, no período de 20/10/2011 e 31/07/2012 e entre os dia 15/08/2012 e 29/08/2012,
benefício relativo ao auxílio-doença. Afirma que o benefício do auxílio-doença foi pago pelo
Município entre os dias 20/10/2011 e 02/11/2011 e após esse período passou a ser suportado
pelo Instituto de Seguridade dos Servidores do Município.
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Solução de Consulta n.º 399 Cosit
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Fundamentos
(...)
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Solução de Consulta n.º 399 Cosit
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(...)”
(...)
(...)
(...)
(...)
II - em tese, com referência a fato genérico, ou, ainda, que não identifique o
dispositivo da legislação tributária e aduaneira sobre cuja aplicação haja
dúvida;
(...)”
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Solução de Consulta n.º 399 Cosit
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I - a isenção;
(...)
13. Conforme art. 111, inciso II, do CTN, a legislação que trata de outorga de
isenção deve ser interpretada literalmente, não sendo possível ampliar, nem restringir o alcance
de norma tributária isentiva.
“Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
II - outorga de isenção;
14. O art. 48 da Lei nº 8.541, de 1992, com redação dada pela Lei nº 9.250, de 26 de
dezembro de 1995, concedeu isenção do IRPF relativa ao auxílio-doença, nos termos abaixo:
“Art. 48. Ficam isentos do imposto de renda os rendimentos percebidos pelas
pessoas físicas decorrentes de seguro-desemprego, auxílio-natalidade, auxílio-
doença, auxílio-funeral e auxílio-acidente, pagos pela previdência oficial da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades de
previdência privada. (Redação dada pela lei nº 9.250, de 1995)”
15. O RIR/1999 tratou da referida isenção no inciso XLII do art. 39, nos mesmos
termos da Lei nº 8.541, de 1992.
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http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-
compensacao/restituicao/irpf
https://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-
compensacao/restituicao/irpf/orientacoes-gerais
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Solução de Consulta n.º 399 Cosit
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(...)
(...)”
(...)
Art. 10. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, Estado,
Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e
fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social
consubstanciado neste Regulamento, desde que amparados por regime próprio
de previdência social. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
(...)
18. Estando os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos
militares compreendidos na previdência social oficial, pode-se afirmar que o referido
dispositivo legal também estabeleceu a isenção para o auxílio-doença pago a servidor público
pela previdência oficial dos entes federados, dentre eles o auxílio-doença custeado pela
previdência oficial dos servidores do município ao qual a consulente se refere.
19. A contrario sensu, pode-se afirmar que o auxílio-doença pago pelo Tesouro
Municipal ou qualquer outra fonte pagadora que não a previdência oficial ou entidade de
previdência privada não se enquadra nos critérios estabelecidos em lei para a isenção, estando,
dessa forma, sujeito à incidência tributária.
22. Importante ressaltar que não há a suposta contradição alegada pela interessada
em relação à pergunta 217 supracitada (item 6), pois esta se refere aos casos de rendimentos
recebidos por portador de moléstia grave relativos a proventos de aposentadoria, reforma ou
pensão.
(...)”
24. Dessa forma, cumpre esclarecer à consulente que apenas as parcelas do auxílio-
doença custeadas pela previdência oficial do município estariam abarcadas pela isenção do
IRPF contida no art. 48 da Lei nº 8.541, de 1992.
26. Esclareça-se, por fim, que o processo de consulta tem como objetivo a
interpretação da legislação tributária, não se prestando a confirmar ou infirmar determinada
situação jurídico-tributária da consulente, ficando sob sua inteira responsabilidade a verificação
do fato concreto e a correta aplicação do entendimento proferido na solução da consulta.
Conclusão
Assinado digitalmente
Mirella Figueira Canguçu Pacheco
Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Assinado digitalmente
Milena Rebouças Nery Montalvão
Auditora-Fiscal da RFB - Chefe da Disit05
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Assinado digitalmente
Cláudia Lúcia Pimentel Martins da Silva
Auditora-Fiscal da RFB – Coordenadora da Cotir.
Ordem de Intimação
Aprovo a Solução de Consulta. Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27
da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência à consulente.
Assinado digitalmente
FERNANDO MOMBELLI
Auditor-Fiscal da RFB - Coordenador-Geral da Cosit