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A Bebida do Xamã
Ralph Metzner, Ph.D., editor e co-autor do livro "Ayahuasca: Hallucinogens,
Consciousness, and the Spirit of Nature" (Ayahuasca: Alucinógenos, Consciência, e o
Espírito de Natureza), diz, " A Ayahuasca é amplamente reconhecida por antropólogos
como provavelmente o mais poderoso e o mais difundido alucinógeno xamânico".
Ayahuasca é uma palavra de origem Quechwa, que traduzida significa "corda de morte"
ou "cipó de almas" (Metzner). Embora Ayahuasca seja o nome do cipó, é também
utilizada para descrever a poção terminada composta por mais de um tipo de planta. A
poção pode também ser chamada de Iagé. Gerardo Reichel-Dolmatoff, antropólogo e
pesquisador veterano de culturas latino-americanas, diz em sua pesquisa "The Cultural
Context of an Aboriginal Hallucinogen: Banisteriopsis caapi" (O Contexto Cultural de
um Alucinógeno Aborígine: Banisteriopsis caapi) que "O propósito de tomar o Iagé é o
de retornar ao útero, para o fons et origo [fonte e origem] de todas as coisas, onde o
indivíduo "vê" as divindades tribais, a criação do universo e da humanidade, o primeiro
casal, a criação dos animais e o estabelecimento da ordem social". Pode também
permitir que o espírito deixe o seu corpo e ganhe uma perspectiva elevada sobre a causa
das enfermidades (Reichel-Dolmatoff). Esta exploração interna, assim como a
caminhada através do psicocosmo, feitos possíveis através de narcóticos poderosos, é
guiada pelo xamã, que é o supervisor e professor. Na introdução de seu diário, intitulado
"The Beta-Carboline Hallucinogens of South América" (Os Alucinógenos de Beta-
Carboline da América do Sul), Richard Evans Schultz diz que “O xamanismo deste vale
pode bem representar o mais altamente evoluído conhecimento sobre narcóticos na
Terra”.
Daniel Pinchbeck diz, em seu artigo "The Vine of Souls" (O Cipó de Almas), que os
xamãs "Incas usavam Ayahuasca, mas acredita-se que o conhecimento da droga os
antecede por milhares de anos". Terence McKenna fez o trabalho de uma vida
estudando o uso de drogas psicoativas. Ele viajou exaustivamente para estudar com os
xamãs. Em seu livro "Food Of The Gods: The Search For The Original Tree of
Knowledge" (Comida Dos Deuses: Procura Pela Árvore Original do Conhecimento), ele
diz que "xamanismo tem sempre, em suas expressões mais autênticas, ensinado que o
caminho exige aliados. Estes aliados são as plantas alucinógenas e as misteriosas
entidades ensinadoras, luminosas e transcendentais, que residem na dimensão adjacente,
de extasiante beleza, e reconhecendo que nós as estivemos negando ao ponto de agora
ser quase muito tarde"
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Composição Química
O cipó da Ayahuasca, conhecido como Banisteriopsis caapi, contém alcalóides do tipo
harmala. Destes, os principais componentes psicoativos da Ayahuasca são a harmina e a
tetrahidroarmina (Metzner). Estes alcalóides inibem temporariamente a ação da enzima
MAO no sistema nervoso central e, assim, aumentam simultaneamente os níveis de
serotonina através do bloqueio da função cerebral chamada reuptake [termo técnico
referido à reciclagem natural da serotonina produzida pelo organismo. Inibidores deste
mesmo processo fazem com que o organismo produza quantidades de serotonina
mairoes do que necessário] (Metzner). Os alcalóides do tipo harmala não são
psicodélicos na sua natureza mas agem como um catalisador (Metzner). A planta
chamada Chilipanga, conhecida como Psychotria viridis, é o segundo ingrediente
principal do Iagé. As folhas contêm dimetiltriptamina, também conhecido como DMT
(Metzner). "O DMT, profundamente relacionado à rotonina, é o alucinógeno central do
xamanismo amazônico e o mais poderoso de todos os alucinógenos nos seres humanos"
(McKenna). O DMT não é oralmente ativo, mas pode ser metabolizado pelo estômago
depois da inibição das enzimas MAO. O Iagé leva cerca de 20 minutos para fazer efeito
e a intoxicação geralmente dura cerca de noventa minutos (Metzner).
Daniel Pinchbeck diz que "sem o cipó da Ayahuasca, o integral potencial da Chilipanga
poderia não ter sido descoberto. É interessante notar que a vinha sagrada que os
ayahuasqueros veneram não é realmente o componente mais forte do Iagé. O DMT está
naturalmente presente no corpo e é ativado quando uma pessoa morre. Em resumo,
beber Ayahuasca afeta a glândula pineal do mesmo modo que esta é afetada pela morte
por causas naturais. Por isso ela é chamada de "o cipó dos mortos".
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Crenças Espirituais
A história da descoberta da Ayahuasca é vinculada ao conto mitológico nativo sobre sua
sua origem. O povo Tucano [Povo indígena da região das bacias dos rios Uaupés -
afluente do alto Rio Negro - e Pirá-paraná - afluente do rio Apapóris - que deságua no
Japurá na altura da fronteira Brasil-Colômbia] acreditam que os primeiros seres
humanos desceram do céu em uma canoa, feita de uma serpente viva. Quando eles
chegaram ao solo, o sol lhes prometeu uma bebida mágica como presente. Esta bebida
daria a eles os poderes dos céus, e que poderia ser usada para curar pessoas. Os homens
tentaram fazer a bebida sozinhos mas não conseguiram. Então a primeira mulher entrou
na floresta para dar a luz. Quando ela voltou, tinha uma criança [nos braços] que reluzia
uma luz dourada. Este menino era o presente do sol e era o cipó. Cada um dos homens
cortaram um pedaço vivo do cipó, que forneceu as primeiras regras de como viver e
falar (Reichel-Dolmatoff).
Terrence McKenna especula que substâncias químicas, tais como aquelas presentes na
Ayahuasca, podem ter fornecido a fagulha para o desenvolvimento inicial do idioma e
da consciência humana. Os indios nativos americanos vão mais além ao acreditarem que
toda coisa viva na selva, animal ou vegetal, tem um espírito. O espírito guardião e
mestre da selva é Chullachaqui (Vasquez e Bear). Yacarunas são um tipo especial de
espírito que vive debaixo dos rios, onde a tecnologia elétrica moderna não os aborrece.
Os espíritos são chamados nas cerimônias de Ayahuasca, assegurando a cura, no
momento em que as canções mágicas – os icaros – são tocadas (Vasquez e Bear).
A cerimônia
A cerimônia começa com a colheita e a preparação das plantas a serem utilizadas. O
xamã fala com as plantas de maneira reverente e canta icaros com contrição (Vasquez e
Bear). As folhas da Chilipanga e o cipó da Ayahuasca esmagado são fervidos juntos
para fazer um chá espesso, enquanto o xamã projeta a sua respiração na infusão e canta
mais icaros (Vasquez e Bear). Os xamãs freqüentemente possuem shacapas
(instrumento musical feito de folhas secas), maracas (cabaças usadas como chocalhos),
arcos (instrumento de corda em forma de arco), cachimbos, tabaco e perfumes para
serem usados na cerimônia (Vasquez e Bear).
Icaros
Icaros são canções mágicas que chamam os espíritos de plantas e animais (Vasquez e
Bear).
Alucinações
Etmólogo botânico de Harvard, Wade Davis, em seu livro, "Science, Adventure and
Hallucinogenics in the Amazon Basin" (Um Rio: Ciência, Aventura e Alucinógenos na
Bacia Amazônica), descreveu o início de uma viagem de Ayahuasca como a experiência
de ser "disparado do cano de uma arma, raiado com pinturas Barrocas e aterrizar em um
mar de eletricidade". A razão dos xamãs considerarem a intoxicação indispensável para
a cura é porque ela permite que eles se encontrem com "plantas professoras" (Metzner).
Estes seres alucinatórios são os seres mitológicos da selva que vêm para ensinar
segredos de cura e outros conhecimentos especiais. "As entidades da triptamina
oferecem o presente de um novo idioma; elas cantam em vozes peroladas que chovem
como pétalas coloridas, fluindo pelo ar, como metal quente para se tornarem brinquedos
e similares presentes, como os deuses dariam as suas crianças" (McKenna). As
alucinações são preenchidas com complexidade e atordoante beleza, melhor capturadas
aqui pelas palavras de Terrance McKenna: "Sob a influência do DMT o mundo se torna
um labirinto árabe, um palácio, uma mais que possível jóia marciana, vasto e com
motivos que inundam a mente momentâneamente suspensa em um complexo e
indescritível assombro. A cor e a sensação de uma realidade/segredo-desbloqueada
penetra a experiência. Existe uma sensação de outros tempos e da infância do próprio
indivíduo e de admiração, admiração e mais admiração" . McKenna acredita que a
Ayahuasca é uma passagem para uma dimensão próxima, cheia de importantes
percepções. Verdade ou não, Mckenna diz que "A profundidade deste estado e o seu
potencial para um resultado positivo, no processo de reorganizar a personalidade, devia
ter, há muito tempo, feito das substâncias psicodélicas uma ferramenta indispensável
para a psicoterapia".
Testemunhos de Cura
A medicina ocidental se interessou pouco pela possibilidade do uso do DMT como
tratamento psiquiátrico, mas existem vários casos de cura documentados. Montero, um
xamã Quichua, no artigo "Shaman Teaches Love of Nature" (Xamã Ensina o Amor da
Natureza), diz que os "médicos precisam entender que a medicina por si só não cura. As
pessoas se curam tendo fé nos espíritos e no poder curativo das plantas". Javier Arevalo,
no artigo "Love, Magic and the Vine of the Soul" (Amor, Magia e a Vinha da Alma),
nos diz, "eu tive um paciente portador do vírus HIV que tinha estado no hospital por
uma quinzena. Naquela noite nós bebemos (ayahuasca) e eu vi em minha visão que a
AIDS era como o diabo o destruindo e que ele estava ficando pior. Ele aderiu à dieta (da
Ayahuasca) por dois meses, tomando também ervas amargas que curam ferimentos
internos. Depois de três vezes (três sessões de Ayahuasca) estava melhor e, quando
testado quanto a AIDS, o teste se provou negativo". Don Agustin Rivas Vasquez diz em
outro depoimento que o nível de hemoglobina de um paciente portador do vírus HIV se
elevou dramaticamente depois de apenas uma cerimônia de Ayahuasca. Outro homem
sofreu de tremores e falta de coordenação motora durante toda sua vida. Durante uma
cerimônia percebeu que os tremores eram originários de um evento acontecido na
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Um efeito colateral comum ao se beber Iagé é a diarréia. Este fato tem se provado um
modo efetivo de matar parasitas intestinais da selva. Em algumas partes da selva
[amazônica], a Ayahuasca é conhecida como "La purga", a purga (Pinchbeck).
Além disso, um número crescente de pessoas viajam para o Peru e países vizinhos,
como a Bolívia, para participar de cerimônias de ayahuasca para o bem-estar espiritual,
mental e físico. Nos EUA, houve um aumento do interesse acadêmico tanto pela
ayahuasca quanto pelos psicodélicos, especialmente no campo da psicoterapia.
O termo Ayahuasca é derivado das palavras quíchuas “aya”, que significa alma ou
espírito e “huasca”, que significa corda ou vinha. Isto é traduzido como o cordão dos
mortos ou a videira da alma e é considerado uma bebida usada pelos iniciados para se
comunicar com o mundo dos espíritos. Esta bebida é considerada a base da conexão
mágico-espiritual de mais de 75 grupos étnicos da Amazônia Superior e Inferior. Na
tradição dos xamãs Shipibo da selva amazônica, a ayahuasca é consumida – entre outras
coisas – para diagnosticar e tratar doenças e disfunções em geral, tomar decisões
importantes, pedir conselhos aos deuses, resolver conflitos pessoais – entre famílias e
entre tribos, para comunicar-se com os espíritos da natureza, para exercitar suas
capacidades divinas e elucidar mistérios, roubos, desaparecimentos, para saber se temos
inimigos, para conhecer a infidelidade de nosso cônjuge, para reforçar nossa atividade
sexual, etc.
EFEITOS DA AYAHUASCA
Quando depois de ingerido o chá, em um intervalo de 20 min. a 40 min. você sente a
força do Elemental da planta agindo em seu organismo, e esta sensação denomina-se
“que a força está chegando”, é uma energia viva que te possibilita à vivências
inexplicáveis.
A experiência é individual, mas muitas das vezes outras pessoas têm a mesma
experiência, viajam aos mesmos lugares, algumas pessoas têm visões, outras canalizam
mensagens, fazem regressões, recebem insights, assim como soluções para os seus
problemas com maior claridade, percebem as causas de suas doenças, recebem curas, se
conectam a arquétipos, aos mitos, aos medos, traumas, símbolos que estão no
inconsciente coletivo, visualizam entidades, viajam astralmente, etc.
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Dificilmente as ondas do cérebro serão alteradas sem alterar o organismo físico como
um todo. Um está ligado ao outro, e naturalmente a alteração vai afetar todo o sistema
nervoso. Sendo assim é inevitável que também os movimentos do esôfago e dos nossos
intestinos sejam alterados, dependendo mais ou menos do estado de ansiedade e das
condições físicas em que o indivíduo em questão se encontra no momento que passa
pela experiência, podendo ocorrer eliminação de líquidos e substâncias aquosas retidas
em algumas das dobras profundas dos mesmos, ocasionando um intenso bem estar em
seguida.
Passando para o estado ALFA o cérebro passa naturalmente a funcionar com ondas
mais calmas do que as do dia-a-dia, as BETAS, e tem a natural tendência de deter o
fluxo dos pensamentos vagabundos, duais, que o habitam; trazendo um inegável bem
estar, repassado para o corpo físico todo, tanto que mesmo a dor e as infecções tendem a
diminuir durante o tempo em que a mente permanece em estado ALFA. Quando estas
mudanças celulares eletroquímicas ocorrem, o aumento da atividade dos neurônios é
inevitável, tendo a pessoa à impressão clara de que estava dormindo e acordou de
repente, remodelando as redes neurais que estavam desconexas, fazendo com que o
neocórtex (pensamento e intelecto), o sistema límbico e o tálamo (sensação e emoção) e
o bulbo raquiano (intuição e inconsciente) se comuniquem. Restabelecida esta conexão,
costumamos sentir que "estamos salvos", no plural.
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Inspiração - O sensitivo consegue captar idéias que fluem pelo espaço, dentro de uma
vibração semelhante à sua.
SOBRE A PURIFICAÇÃO:
PURIFICAÇÃO é o nome dado ao processo de descondicionamento de antigas
couraças, musculares e psíquicas, tanto no plano físico, como no plano do corpo astral.
A PURIFICAÇÃO pode ocorrer em qualquer momento do Trabalho, ela atua tanto
física, quanto mental e espiritualmente, através das aberturas do corpo. Os Xamãs a
chamam "Peia", ou "Chicote de DEUS". Ela desbloqueia as nossas resistências físicas,
há muito enraizadas nos músculos, como também a RESISTÊNCIA interna a mudanças,
ao novo.
AJUSTA OS CORPOS SUTIS, pois são sete os planos de manifestação da vida neste
planeta que nos permitem viver num corpo físico. Os sete planos, juntos, compõem o
nosso corpo astral. A religação consiste em ajustar ou religar os sete corpos sutis
criando HARMONIA, que se manifesta, no campo físico, pela harmonia entre
pensamentos, sentimentos e a linguagem ou fala. ATIVA a MEMÓRIA, estimulando os
neurônios. Para isso são usados cantos arcaicos, de sílabas sonorizadas, que expressam a
linguagem simbólica e têm como objetivo trazer as forças da Natureza e do Cosmos
para a experiência humana que, desde o começo de sua presença na Terra, insiste em
restabelecer o contato com o Divino. A música é capaz de ativar o fluxo de memórias
acumuladas, através do "corpus callosum" - uma porção de fibras que ligam os
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Seu uso definitivamente não causa nenhum tipo de dependência e ao longo dos anos,
por experiência testemunhal e também através de pesquisas comprovou-se que não há
nenhum efeito prejudicial ao organismo, pelo contrário, seu uso medicinal ou
terapêutico é cada vez mais investigado.
"Não foram observadas atitudes anti-sociais dos participantes dos cultos, ao contrário,
constataram os efeitos integrados e reestruturantes com indivíduos que antes de
participarem dos rituais apresentavam desajustes sociais ou psicológicos. Padrões
morais e éticos de comportamento em tudo semelhantes aos existentes e recomendados
em nossa sociedade, por vezes até de um modo bastante rígido, são observados nas
diversas seitas. Obediência à lei pareceu sempre ser ressaltada. Os seguidores das seitas
parecem ser pessoas tranqüilas e felizes. Muitas atribuem reorganizações familiares,
retorno de interesse no trabalho, encontro consigo próprio e com Deus, etc., através da
religião e do chá. O uso ritual do chá parece não atrapalhar e não ter conseqüências
adversas na vida social dos seguidores das diversas seitas. Pelo contrário, parece
orienta-los no sentido da procura da felicidade social, dentro de um contexto ordeiro e
trabalhador."
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Vícios: o uso de Ayahuasca leva a pessoa a ter um olhar mais profundo das suas ideias,
problemas, crenças e estilos de vida, provocando alterações nos hábitos negativos.
No entanto, os cultos que a usam regularmente, afirmam que esse tipo de efeito
medicinal só surge quando a pessoa está determinada a enfrentar seus problemas,
não podendo ser utilizada como um simples remédio que é ingerido para provocar
o efeito esperado.
Contra-Indicações!!
Ayahuasca é para todos, porém, devido à cultura ocidental e a monopolização da
indústria farmacêutica, muitas pessoas acabam utilizando medicamentos alopáticos para
alcançar a cura. E infelizmente, alguns desses alopáticos (principalmente, anti-
depressivos) são contra-indicados se administrados com o IMAO, presente na
Ayahuasca por meio do Jagube ou Mariri (cipó).
Imipramina (Tofranil);
Desipramina (Norpramina);
Clomipramina (Anafranil);
Por conta dos seus efeitos hipertensivos, eliminamos também os candidatos em uso de
psicoestimulantes como Ritalina. O bom senso indica que enquanto não se sabe ao certo
os efeitos específicos de cada uma das substâncias citadas em relação às dosagens
habituais de DMT e agentes inibidores da monoamina oxidase tipicamente contida na
Ayahuasca, não se deve incentivar o uso da bebida em pessoas usuárias dessas
medicações.
A tiramina, na vigência de uma inibição da MAO como a induzida pelo Jagube, pode
também chegar na circulação gerando elevação da pressão arterial. O uso de alguns
estimulantes do grupo das anfetaminas assim como alguns broncodilatadores podem
também reforçar uma tendência para hipertensão.
Assim sendo para pessoas portadores de hipertensão achamos por bem recomendar a
limitação do uso das bebidas e alimentos ricos em tirosina por 24 horas antes da
Cerimônia.
Alimentos ricos em tirosina: vinhos tintos, cerveja e whisky, soja fermentada (misso),
favas, queijos envelhecidos , peixes defumados, patê e produtos animais enlatados,
molhos concentrados de carne, salsicharia, repolho fermentado (Sauerkraut) e aditivos
proteicos vendidos em academia de ginástica.
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Conclusão
Nós examinamos a Ayahuasca ao nível neuro-químico e também exploramos as muitas
facetas e mistérios das cerimônias do ayahuasquero. Os índios Quichua não fazem uma
distinção clara entre a cura do físico, do psicológico ou do espiritual (Metzner), mas os
resultados são evidentes. A Ayahuasca, poção milenar da selva, afeta a mente e o corpo
de várias e profundas maneiras, tornando-se nas mãos do xamã um curativo eficiente.
Terence Mckenna