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Semana do cérebro: divulgando a neurociência e integrando ensino, pesquisa e


extensão

Article · September 2018


DOI: 10.15210/ee.v23i3.12832

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6 authors, including:

Flávio Haragushiku Otomura Roberta Ekuni


Universidade Estadual do Norte do Paraná Universidade Estadual do Norte do Paraná
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Divulgação Científica e Grupo de Estudos em Neurociência View project

Caçadores de Neuromitos: projeto de divulgação neurocientífica View project

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Nº 3 EXPRESSA EXTENSÃO | SET-DEZ,
MACACARE, 2018
O. T. et al.

SEMANA DO CÉREBRO: DIVULGANDO A NEUROCIÊNCIA E INTEGRANDO


ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Brain Awareness Week: disseminating Neuroscience and integrating
teaching, research and extension

Ohana Turcato Macacare1 Maria Beatriz da Silva Rocha2 Ellen Mayara Souza Cruz3
Luan Vitor Alves de Lima4 Flávio Haragushiku Otomura5 Roberta Ekuni6

RESUMO

A Neurociência, ciência responsável pelo estudo do sistema nervoso, têm cresci-


do exponencialmente nas últimas décadas. Visto que muitos assuntos relaciona-
dos ao tema fazem parte do cotidiano popular, a divulgação científica da Neu-
rociência se torna relevante. Desta forma, o Grupo de Estudos em Neurociência
da Universidade Estadual do Norte do Paraná (GEN / UENP) aderindo ao evento
mundial de divulgação neurocientífica “Brain Awareness Week” (The Dana Fou-
ndation), organizou a III Semana do Cérebro da UENP. O objetivo do presente
trabalho é relatar sobre a ação presencial da III Semana do Cérebro da UENP,
realizada em 2017, mostrando como um evento extensionista pode contribuir na
formação dos alunos envolvidos e como ele integra ensino, pesquisa e extensão –
tripé que é premissa da Universidade. Em dois dias de evento foram trabalhados
diversos temas da Neurociência que envolveram apresentação de filmes, pales-
tras e discussões em forma de debate. Mais de trezentas pessoas foram alcan-
çadas com essa ação e pela quantidade de questionamentos levantados pelos
participantes, podemos notar o interesse do público acerca da temática. A parti-
cipação dos alunos do GEN como palestrantes aponta que eventos extensionistas
podem ser utilizados como instrumento pedagógico importante na qualificação
profissional dos acadêmicos.

Palavras-chave: Extensão universitária. Popularização da ciência. Neurociência.

1
Universidade Estadual do Norte do Paraná - Brasil - Graduanda em Ciências Biológicas - ohanamacacare@gmail.
com; 2Universidade Estadual do Norte do Paraná - Brasil - Graduanda em Ciências Biológicas - mariabeatriz_sr@
hotmail.com; 3Universidade Estadual do Norte do Paraná - Brasil - Graduanda em Ciências Biológicas - ellensou-
zaq@gmail.com; 4Universidade Estadual do Norte do Paraná - Graduando em Ciências Biológicas - luanvitorr@
hotmail.com; 5Universidade Estadual do Norte do Paraná - Brasil - Professor Adjunto no Centro de Ciências Bio-
lógicas - otomuraflavio@uenp.edu.br; 6Universidade Estadual do Norte do Paraná - Brasil - Professora Adjunta no
Centro de Ciências Biológicas - robertaekuni@uenp.edu.br

Expressa Extensão. ISSN 2358-8195, v. 23, n. 3, p. 52-65, SET-DEZ, 2018. 52


MACACARE, O. T. et al.

ABSTRACT

Neuroscience, the science responsible for the study of the nervous system, has
grown exponentially in the last decades. Since many topics related to Neuros-
cience are part of the popular daily life, the scientific dissemination of the Neu-
roscience becomes relevant. In this way, Grupo de Estudos em Neurociência
from Universidade Estadual do Norte do Paraná (GEN / UENP), joining the World
Brain Awareness Week (The Dana Foundation), organized the 3rd Brain Week of
the UENP. The aim of the present work is to report on the face-to-face action of
this week, held in 2017, showing how an extensionist event can contribute to the
formation of the students involved and how it integrates teaching, research and
extension, the tripod that is the premise of University. In two days of the event,
several neuroscience topics were discussed, which involved the presentation of
films, lectures and discussions in the form of a debate. More than 300 people
were reached with this action and by the amount of questions raised by the par-
ticipants, we can note the interest of the public on the topics. The participation
of GEN students as lecturers points out that extensionist events can be used as
an important pedagogical tool in the professional qualification of the academics.

Keywords: University extension. Popularization of science. Neuroscience.

INTRODUÇÃO

O conjunto de ações do Homem voltadas a produzir e difundir o conheci-


mento científico pode ser considerado um novo tipo de cultura: a cultura cientí-
fica (PORTO et al., 2011). Segundo Baalbaki (2014), a divulgação cientifica é um
importante instrumento para a construção e manutenção da democracia e cida-
dania e, portanto, uma sociedade só se torna democrata se a população enten-
de a ciência. Pensando nisso, a divulgação científica não deveria ficar restrita a
revistas especializadas, mas estar à disposição do público em geral, desde que o
mesmo seja feito com responsabilidade (VARGAS et al., 2014).

Dentre os assuntos atuais da divulgação científica, se encontra a Neuroci-


ência, ciência responsável pelo estudo do sistema nervoso, e que nas últimas dé-
cadas, têm crescido exponencialmente (TRÓPIA, 2008). Assim, é importante que a
sociedade possa discutir sobre esse tema com embasamento científico, visto que
faz parte do nosso cotidiano (EKUNI et al., 2014).

Ao encontro dessa necessidade, a The Dana Foundation criou a Brain Awa-


reness Week (Semana Mundial do Cérebro), uma companha global com o propó-
sito de divulgar a Neurociência. Essa campanha congrega escolas, universidades
e comunidade em geral. No site da fundação (http://www.dana.org), ficam regis-
tradas as iniciativas de instituições do mundo inteiro em promover eventos de

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divulgação neurocientífica. No Brasil, a Semana Nacional do Cérebro é chance-


lada pela Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento (SBNeC). Na
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Luiz Meneghel – lo-
calizada em Bandeirantes/PR, o evento é idealizado pelo Grupo de Estudos em
Neurociência (GEN), um Programa de Extensão cujo objetivo é estudar Neuroci-
ência por meio de discussões de artigos e realizar eventos abertos à comunidade
(EKUNI et al., 2014). No Brasil, há várias iniciativas como essa, que vão desde
canais no Youtube, blogs, até eventos presenciais como palestras, ou visitas a
museus (ARANHA; CHICHIERCHIO; SHOLL-FRANCO, 2015).

A extensão pode ser usada como ferramenta pedagógica nas Universida-


des, sendo essencial para uma educação de qualidade (COELHO, 2014). Portanto,
o objetivo do presente artigo é relatar sobre essa ação presencial, a III Semana do
Cérebro da UENP, realizada em 2017, mostrando como um evento desse formato
pode contribuir para com a formação dos alunos envolvidos e como ele inte-
gra ensino, pesquisa e extensão – tripé que é premissa da extensão universitária
(FORPROEX, 2012).

MATERIAIS E MÉTODO

O evento

A Semana do Cérebro da UENP teve sua terceira edição realizada no Audi-


tório Tomaz Nicoletti da Universidade Estadual do Norte do Paraná, campus Luiz
Meneghel, nos dias 14 e 15 de março de 2017 e foi organizada pelo Programa
de Extensão Grupo de Estudos em Neurociência (EKUNI et al., 2014) por meio de
uma ação extensionista.

Em dois dias de evento, vários temas da Neurociência foram contempla-


dos. Para seleção dos temas, os membros do GEN discutiram as possibilidades
nas reuniões semanais e decidiram o seguinte cronograma: no primeiro dia, uma
palestra com uma doutoranda em Neurologia foi proferida com a temática emo-
ções, seguida da apresentação do filme “Divertida Mente”. Esse formato foi idea-
lizado com base no NeuroMovies [um Projeto de Extensão organizado pelo GEN
que visa divulgar Neurociência por meio de filmes seguido de debate (CASTRO et
al., 2016)]. Ao final da apresentação, dois alunos do GEN apresentaram o capítulo
“Videogame faz mal para o cérebro?” (RIVEIRO et al., 2017) do livro “Caçadores
de Neuromitos: desvendando os mistérios do cérebro” (ZEGGIO; EKUNI; BUENO,
2017) para divulgação do livro. No segundo dia, foram organizadas palestras te-
máticas: i) uma sessão focou no segundo cérebro e foi coordenado por um pro-
fessor e pesquisador dedicado aos estudos relacionados ao Sistema Nervoso En-
térico (SNE), que proferiu a palestra “Conhecendo o segundo cérebro”, seguida da

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apresentação de dois alunos de Iniciação Científica, um deles membro do GEN;


ii) outro ciclo temático foi sobre drogas no qual um Professor Doutor em Farma-
cologia proferiu a palestra “Neurotransmissão serotoninérgica e canabinóides”
seguida pela apresentação da palestra “Ayahuasca: breve histórico, seus efeitos e
possibilidades de utilização” ministrada por duas alunas membras do GEN. Cada
palestra teve aproximadamente quarenta minutos de apresentação.

Apresentação da palestra emoções

A palestra enfatizou a temática emoção. Entende-se emoções como esta-


dos mentais que resultam de mudanças no organismo em função de alterações
percebidas no ambiente (ROAZZI et al., 2011). As pessoas se comportam de certo
modo como um resultado direto de seus estados emocionais (SCHACHTER; SIN-
GER, 1962). Nós possuímos sete emoções básicas: alegria, tristeza, raiva, surpresa,
medo, nojo e desprezo (HINRICHS; MACHLEIDT, 1992). As emoções nem sempre
são agradáveis, mas são extremamente úteis, por exemplo, quando estamos em
perigo precisamos do medo para que possamos ter a reação de fuga (LEVENSON
et al.,1992). Para exemplificar as emoções, o público assistiu o filme “Divertida
Mente”, que traz as emoções incorporadas em cinco personagens (Raiva, Nojo,
Medo, Tristeza e Alegria). Após o filme, os participantes puderam fazer perguntas
e debater sobre o assunto.

Apresentação da mini-palestra Videogame faz mal para o cérebro?

Essa apresentação foi proferia por dois membros do GEN e apresentou um


resumo do capítulo “Videogame faz mal para o cérebro?” de autoria de Riveiro
et al. (2017) do livro Caçadores de Neuromitos: desvendando os mistérios do cé-
rebro (ZEGGIO; EKUNI; BUENO, 2017). Basicamente, o presente capítulo mostra
a importância de desvendar alguns neuromitos enraizados na sociedade sobre
o videogame e apresentar as pesquisas científicas que discutem as vantagens e
desvantagens dessa prática. Enfatizou-se que o videogame pode ser uma ferra-
menta de aprendizagem, se usado com moderação.

Além de desvendar mitos sobre o videogame, a palestra mostrou para o


público a importância de desvendar qualquer neuromito presente em nosso coti-
diano.

Apresentação da mesa redonda sobre o segundo cérebro

Por meio de comunicação oral, foram apresentados temas sobre o “Segun-


do Cérebro” abordados por um pesquisador e dois acadêmicos. A mesa-redonda

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MACACARE, O. T. et al.

foi subdividida em três tópicos, sendo eles:

i) “Conhecendo o segundo cérebro”: tal palestra fora apresentada pelo pesqui-


sador responsável pelas pesquisas sobre SNE que são desenvolvidas na UENP.
O mesmo abordou conhecimentos básicos para introdução do assunto: defini-
ção, localização, organização, composição e função do segundo cérebro. O SNE
é constituído por células nervosas e células gliais (não neuronais), que se apre-
sentam dispostas em uma rede neuronal localizada em toda a parede do trato
gastrointestinal (TGI), desde o esôfago até o ânus e associado a glândulas (sa-
livares e pâncreas) e a bexiga. Portanto, é responsável pelo controle neuronal,
caracterizando o processo digestório, incluindo absorção de nutrientes, secreção
e motilidade intestinal (HANSEN, 2003).

ii) “A neuroplasticidade do segundo cérebro”: mediada por uma acadêmica de ini-


ciação científica, que visou caracterizar e apresentar os resultados de pesquisas
sobre a neuroplasticidade entérica em diferentes modelos experimentais como a
diabetes, doenças nutricionais, envelhecimento e contaminação.

iii) “Estudo do segundo cérebro na UENP”: o acadêmico, que também é membro


do GEN, abordou a importância da divulgação científica, o histórico dessa área na
UENP e as linhas de pesquisas trabalhadas, como diabetes, doenças nutricionais,
envelhecimento e contaminação. Além disso, foram relatados os projetos conclu-
ídos e em andamento, a participação dos pesquisadores em eventos, bem, como
perspectivas futuras.

Ao final da mesa, os participantes puderam fazer perguntas e debater o


tema.

Apresentação do ciclo temático sobre drogas: “Utilização de psicodélicos


em tratamento medicinal”

Por meio de comunicação oral, foram apresentadas a utilização de psico-


délicos, ou seja, o uso de substâncias que de alguma forma alteram as manifesta-
ções normais da mente, (OSMOND, 1957), por um pesquisador convidado e duas
acadêmicas:

i) “Neurotransmissão serotoninérgica e canabinóides”, um palestrante convida-


do abordou os seguintes tópicos: i) “Evolução do Sistema Nervoso Central” (e. g.
OLKOWICZ et al., 2016); ii) “Sistemas de Neurotransmissão” (e. g. KANDEL et al.,
2014); iii) “Vias Dopaminérgicas” (e. g. RANG et al., 2007); iv) “Sistema serotoninér-
gico” (e. g. RANG et al., 2007); v) “Drogas que alteram o sistema de neurotrans-
missão”; (e. g. RANG et al., 2007); vi) “Sistema serotoninérgico e a ação de drogas
alucinógenas” (e. g. NICHOLS, 2004); vii) “Aplicabilidade clínica e experimentais
de drogas que agem no sistema serotoninérgico” (LAU; SCHLOSS, 2008) e viii) “Ca-

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nabidiol em modelos animais de isquemia cerebral” (MORI et al., 2017). Os quatro


tópicos iniciais foram introdutórios e serviram como base para o público acom-
panhar os tópicos subsequentes, que eram mais específicos.

ii) Apresentação da palestra intitulada “Ayahuasca: breve histórico, seus efeitos e


possibilidades de utilização”: Tal apresentação fora, didaticamente, dividida em
cinco tópicos: i) “Introdução: o que é a Ayahuasca” (PIRES et al., 2010); ii) “Ayahuas-
ca entre os povos da floresta” (COSTA et al., 2005); iii) “As religiões ayahuasquei-
ras brasileiras” (COSTA et al., 2005); iv) “Os estudos farmacológicos, médicos e
psicológicos da Ayahuasca” (SOUZA, 2011 ) e v) “Considerações sobre o uso da
Ayahuasca” (MERCANTE, 2013). Os três primeiros tópicos abordaram conceitos
mais antropológicos a respeito ao uso do chá da Ayahuasca e os dois últimos
abordavam conceitos biológicos. A palestra foi elaborada com base em artigos
científicos e abordada com uma linguagem de fácil entendimento, premissa para
a divulgação científica. Ao final da mesa, fora disponibilizado para o público um
período de tempo no qual poderiam realizar perguntas e expor qualquer tipo de
dúvida, que serão discutidas nos resultados.

As perguntas e curiosidade do público de todas as palestras serão debati-


das na seção de resultados.

Divulgação do evento e inscrições do público

Para divulgar o evento ao público-alvo (docentes, discentes de universida-


des, alunos de colégios públicos e particulares da cidade e comunidade em geral),
foi utilizado o Facebook e outras redes sociais. Um flyer contendo informações
sobre datas, horários e temas das palestras foi compartilhado pelos membros do
grupo, bem como demais organizadores.

O evento foi gratuito e a inscrição era realizada por uma plataforma on-
line (Google Forms). Também foi deixada optativa a doação de 1 kg de alimento
não perecível que foi doado pela organização do evento, a uma instituição de
caridade.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Por se tratar de um relato de experiência7 , foi utilizada a análise qualita-


tiva da observação participante, na qual foram analisados a percepção subjetiva
dos organizadores do evento, autores do presente relato8 , bem como as ques-
tões levantadas pelos ouvintes após as palestras. Além disso, o presente relato
explora brevemente os temas do evento à luz da literatura científica, de modo

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que o presente relato permita a replicabilidade do evento por outros projetos de


extensão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nas inscrições online, foram contabilizadas trezentas e vinte e


duas pessoas inscritas, sendo que em cada dia, trezentas e dez pessoas compa-
receram no evento. Comparada com os anos anteriores (I Semana do Cérebro da
UENP/2013 teve trezentos e trinta e três participantes e II Semana do Cérebro da
UENP/2014 teve trezentos e dezessete participantes)9 , o evento manteve aproxi-
madamente constante o número de participantes. O auditório possui capacidade
para até quatrocentas pessoas, e pelo número de inscritos, podemos observar
que a população manteve seu interesse no evento e nos temas abordados pelo
mesmo.

A divulgação científica gratuita e sem qualquer restrição é de suma im-


portância para todos e o evento teve a função de criar uma ligação entre a co-
munidade em geral e o conhecimento acadêmico. Segundo Cunha et al., (2009),
é necessário que a divulgação científica chame a atenção do leitor e que este se
sinta envolvido com o tema, principalmente quando se trata de questões do seu
cotidiano.

Em relação à interação do público com a palestrante, logo após a palestra,


poucas perguntas foram realizadas, porém, após o filme, surgiram mais pergun-
tas como: i) “Nosso cérebro funciona como o do filme Divertida Mente?”, ii) “O
que faço para ficar feliz quando estou triste?”, iii) “A depressão está relacionada
em você ficar muito triste?”. As perguntas foram respondidas pela palestrante
que também recebeu elogios pela palestra ministrada. As respostas dadas por
ela foram respectivamente, i) o filme teve pesquisadores que foram consultores
do mesmo, ou seja, buscou retratar de forma divertida como o cérebro funciona;
ii) A prática de atividade física é um exemplo do que fazer, pois leva à liberação
de serotonina o que causa um bem estar (e. g. DE MELLO et al., 2005). iii) a tristeza
não é depressão, o humor deprimido que pode ser definido como sensação de
tristeza e vazio é um sintoma, mas não significa que a pessoa triste é deprimida
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).

7
De acordo com a Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, não serão registradas nem avaliadas pelo
sistema CEP/CONEP “VIII – atividade realizada com o intuito exclusivamente de educação, ensino ou treinamento
sem finalidade de pesquisa científica, de alunos de graduação”.
8
O artigo no Art 2° item XIII da resolução 510/2016, define participante de pesquisa como “indivíduo ou grupo,
que não sendo membro da equipe de pesquisa, dela participa de forma esclarecida e voluntária [...]”, não sendo
os mesmos considerados como participantes de pesquisa isentando a obtenção de Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido.
9
Dados referentes aos participantes que foram nos dois dias de evento. Alguns participantes foram em apenas um
dos dias e esse dado não foi somado nesses dados descritivos.

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Já as reações do público frente à divulgação do livro Caçadores de Neu-


romitos: desvendando os mistérios do cérebro (ZEGGIO; EKUNI; BUENO, 2017)
foram emitidas principalmente por pais presentes no evento. Um deles comen-
tou que atualmente as crianças estão acostumadas a ficar um bom tempo em
frente aos videogames. Logo após a palestra surgiram discussões a respeito dessa
temática, no qual questionaram se o videogame poderia prejudicar o desenvolvi-
mento dos filhos e de acordo com a conclusão do capítulo do livro, foi explicado
que o uso de videogame não prejudica o desenvolvimento, desde que usado em
moderação (RIVEIRO et al., 2017).

Em relação à mesa-redonda sobre o segundo cérebro, os assuntos dis-


cutidos despertaram o interesse pelo público, visto que muitos não sabiam da
existência do mesmo, nem das atividades de pesquisas científicas realizadas na
universidade relatadas na palestra. Isso foi perceptível devido às perguntas e di-
álogos iniciados por parte dos ouvintes, posteriormente às apresentações. As dú-
vidas emitidas pelos ouvintes foram sanadas pelos integrantes da mesa, respal-
dados pelo embasamento científico agregado durante as atividades de pesquisa.
Citam-se como exemplos as seguintes: i) “Há alguma relação entre a depressão e
o Sistema Nervoso Entérico?”. Foi respondido que pesquisas mostram evidências
da microbiota intestinal estabelecendo uma associação entre a alimentação e a
prevalência ou risco de doença depressiva (LAI et al., 2014; O’NEIL et al., 2014) e
que mudanças da microbiota ocasionadas por má alimentação podem conduzir
sintomas depressivos. Ao contrário, uma melhoria na dieta mostra prevenir a de-
pressão (STAHL et al., 2014; SANCHEZ-VILLEGAS; MARTINEZ-GONZALEZ, 2013).
Quando questionado sobre “qual o efeito da restrição alimentar no intestino?”, o
público ouviu que os resultados das pesquisas indicam alterações morfológicas
no tamanho intestinal, espessura das túnicas mucosa e muscular (SCHOFFEN et
al., 2005, 2014) e número de células caliciformes (SCHOFFEN et al., 2014; BELÉM
et al., 2015) de animais submetidos à privação nutricional em diferentes idades e
fases do desenvolvimento da vida.

Em relação ao ciclo temático sobre psicodélicos, com enfoque no cana-


bidiol e na Ayahuasca, temas incomuns e considerados como tabus por alguns,
foram realizados questionamentos aos palestrantes no final da palestra, o que
demonstra interesse e a curiosidade do público presente em relação aos temas.
Todas as perguntas foram respondidas pelas acadêmicas e pelo professor que
compuseram a mesa redonda, com base em artigos usados para preparar a apre-
sentação. Referente a palestra sobre o uso do canabidiol as perguntas realizadas
pelos participantes foram: i) “quais outras pesquisas estão sendo realizadas em
relação a utilização do canabidiol?”, ii) “é difícil fazer pesquisa com a maconha?”,
iii) “apresenta algum efeito colateral?”. As respostas a esses questionamentos
foram respectivamente: i)“ há pesquisas sendo realizadas e medicamentos no
mercado sobre o uso do canabidiol no tratamento para epilepsia” (e. g. DE CAR-

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VALHO et al., 2017), ii) “No Brasil há uma série de questões burocráticas e éticas
que devem ser cumpridas” (e .g. GRIPP, 2017), iii) “as pesquisas até então não
apresentaram efeitos colaterais” (MORI et al., 2017);

Em relação às perguntas direcionadas a apresentação sobre a Ayahuasca


foi: i) “como se pode evitar a síndrome serotoninérgica?”, ii) “quais os efeitos da
bebida a longo prazo?”, iii) “quais riscos uma pessoa tem ao misturar o chá com
algum medicamento?”, iv) “qual a diferença do uso do chá em um ritual e o uso
sem um ritual?”. As respostas foram respectivamente: i) “para evitar a síndrome
serotoninérgica no uso da Ayahuasca se deve evitar a ingestão de alguns alimen-
tos e também evitar o uso de medicamentos que atuam na via serotoninérgica,
por exemplo, antidepressivos” (e. g. METZNER; CALLAWAY, 2002), ii) as pesquisas
mostram que a longo prazo a bebida não causa dependência e aparentemente
não causa nenhum efeito colateral crônico (e. g. TÓFOLI; LIMA, 2009), iii) o ris-
co é ter uma síndrome serotoninérgica, que, devido à estimulação excessiva dos
receptores da desse neurotransmissor pode causar mudanças do estado men-
tal, taquicardia, alucinações, contrações na musculatura, etc. (e. g. METZNER;
CALLAWAY, 2002), iv) o uso em rituais apresenta um caráter mais comunitário,
no qual o participante faz parte de algo, já o uso sem um ritual tem finalidade
terapêutica (e. g. PEREIRA, 2003).

De acordo com a observação participante, percebe-se que nenhuma pa-


lestra ficou sem a participação (com perguntas e/ou comentários) do público no
momento em que se abria para os questionamentos, o que pode-se entender é
que estes temas despertaram interesse e a curiosidade do público. Os organiza-
dores relataram que, ao final do evento, alguns ouvintes que são estudantes da
mesma instituição de ensino, comentaram que gostaram dos temas das palestras.
Grillo (2008) argumenta que é importante considerar o destinatário da divulga-
ção científica e estabelecer um diálogo entre divulgadores e destinatários. Isso
pode ser percebido pelo fato de que mesmo após o evento, houve comentários
positivos comentários positivos direcionados aos organizadores. Além disso, em
seus três anos de execução, o público não diminuiu (em torno de trezentos ouvin-
tes todos os anos), o que podemos inferir que houve a aceitação do público para
eventos deste porte e interesse sobre as temáticas.

Diferente dos anos anteriores em que somente professores e pesquisado-


res proferiram palestras, nesse ano, os alunos de graduação membros do GEN,
não somente se envolveram com a organização do evento em si, mas também
tiveram a experiência de apresentar uma palestra para comunidade. Isso vai ao
encontro com a premissa de que a extensão universitária permite com que os
alunos se qualifiquem profissionalmente (COELHO, 2014). Nesse sentido, essa
atividade extensionista pode ser vinculada ao ensino e ser utilizada como instru-
mento pedagógico, conforme propõe Coelho (2014).

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MACACARE, O. T. et al.

Por fim, foram doados cerca de 100 kg de alimentos não perecíveis para
a instituição Lar da Criança Dr. Bezerra de Menezes, localizada no município de
Bandeirantes, PR. Os alunos do GEN relataram que gostaram dessa iniciativa de
cunho social, visto que muitas pessoas doaram alimentos que foram direciona-
dos para um local que necessita de ajuda externa. A sensação de poder ajudar
resulta em gratidão, principalmente ao ver a alegria de quem recebe as doações.
Assim, reforça a ideia de dever cumprido e fortalece o desejo de promover, ainda
mais, eventos que aproximam a sociedade da ciência, e que de alguma forma,
mesmo modesta, podem amenizar os problemas sociais.

CONCLUSÕES

O evento de divulgação neurocientífica proposto pelo Programa de Ex-


tensão Grupo de Estudos em Neurociência respeitou o tripé universitário: Ensi-
no, Pesquisa e Extensão. Os palestrantes proferiram resultados de suas pesquisas
científicas em linguagem acessível, assim os ouvintes puderam ter contato com
pesquisas de referência da área. O evento extensionista se mostrou uma valorosa
ferramenta pedagógica (Ensino), uma vez que proporcionou aos acadêmicos do
GEN a experiência como palestrantes, pesquisando a literatura, se preparando
para a comunicação, realizando treinos de apresentação no GEN. Desta forma,
este evento mostrou que além das premissas de articular a indissociabilidade
do tripé, buscou viabilizar “a relação transformadora entre a universidade e a
sociedade” (RESOLUÇÃO 029/2011 – CEPE/UENP, p. 2), o que está de acordo com
a resolução que regula a as atividades de extensão de nossa instituição.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos o Programa de Extensão Grupo de Estudos em Neurociência


(GEN), The Dana Foundation pela iniciativa da Brain Awareness Week, a Univer-
sidade Estadual do Norte do Paraná, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura UENP.
A todas as pessoas que contribuíram para com este evento, em especial os pales-
trantes. À Dra. Christiane Luciana da Costa pela leitura prévia e comentários do
artigo.

REFERÊNCIAS

AMERICAN Psychiatric Association. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais. [Porto Alegre]: Artmed, 2014.

ARANHA, G.; CHICHIERCHIO, M.; SHOLL-FRANCO, A. A divulgação científica


como instrumento de desmitificação e conscientização pública sobre Neuroci-

61 Expressa Extensão. ISSN 2358-8195, v. 23, n. 3, p. 52-65, SET-DEZ, 2018.


MACACARE, O. T. et al.

ências. In: EKUNI, R.; ZEGGIO, L.; BUENO, O. F. A. (eds.). Caçadores de neuromitos:
o que você sabe sobre seu cérebro é verdade? São Paulo: Memnon, 2015. p. 204-
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Data de recebimento: 20 de dezembro de 2017.


Data de aceite para publicação: 26 de fevereiro de 2018.

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