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1.

(ENEM 2017) A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em


que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais
aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o
aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através
de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.
HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socrática: vida e obra. São
Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado).
O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o
“princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)

(a) número, que fundamenta a criação dos deuses.


(b) devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.
(c) água, que expressa a causa material da origem do universo.
(d) imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.
(e) átomo, que explica o surgimento dos entes.

2. (UNCISAL 2012) O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas
discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável
que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação
filosófica. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos
ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e
transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam “as mutações das
coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram.”
Assim, a realidade é uma coisa e o real outra. Para Leucipo e Demócrito a physis é composta

(a) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio.


(b) pela água.
(c) pelo fogo.
(d) pelo ilimitado
(e) pelos átomos.

3. (UEMA 2015) Leia a letra da canção a seguir.

Nada do que foi será


De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo [...]

Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV ao vivo. Rio de
Janeiro: Sony-BMG, 2004.
Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade passando como uma
onda, assim também pensaram os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que
denominavam a realidade de physis. A característica dessa realidade representada, também, na
música de Lulu Santos é o(a)

(a) fluxo.
(b) estática.

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(c) infinitude.
(d) desordem.
(e) multiplicidade.

4. (UFSJ 2012) Sobre o princípio básico da filosofia pré-socrática, é CORRETO afirmar que

(a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de todos os seres, concluiu que a água
era a substância primordial, a origem única de todas as coisas.
(b) Anaximandro, após observar sistematicamente o mundo natural, propôs que não apenas a água
poderia ser considerada arché desse mundo em si e, por isso mesmo, incluiu mais um elemento:
o fogo.
(c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o antecederam e concluiu que o princípio
de todas as coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não está ao alcance dos sentidos.
(d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou terminantemente a luta dos contrários como
gênese e unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.

5. Conforme a teoria atomista, desenvolvida por filósofos pré-socráticos, todas as coisas que
existem, e a própria natureza (physis), são compostas de átomos. Marque a opção correta sobre
quais filósofos pré-socráticos abaixo teriam desenvolvido tal teoria.

(a) Tales e Anaximandro


(b) Heráclito e Zenão
(c) Anaxágoras e Empédocles
(d) Leucipo e Demócrito
(e) Empédocles e Pitágoras

6. (ENEM 2012)

TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e
existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em
fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem
e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada,
transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no
princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta
concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de
algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na
verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”

GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo,
a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio,
filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que

(a) eram baseadas nas ciências da natureza.


(b) refutavam as teorias de filósofos da religião
(c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
(d) postulavam um princípio originário para o mundo.
(e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.

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7. (UEG 2011) A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão marcante que dividiu a sua
história em períodos: período pré-socrático, período socrático e período pós-socrático. O período
pré-socrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na qual predominavam os
problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes
escolas filosóficas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico,
que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é:

(a) Tales de Mileto


(b) Leucipo de Abdera
(c) Sócrates de Atenas
(d) Parmênides de Eléia

8. (ENEM 2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a
água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a
sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a
origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro
lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

(a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades


racionais.
(b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
(c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
(d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
(e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

9. (UEAP 2011) ...que é e que não é possível que não seja,/ é a vereda da Persuasão (porque
acompanha a Verdade); o outro diz que não é e que é preciso que não seja,/ eu te digo que esta
é uma vereda em que nada se pode aprender. De fato, não poderias conhecer o que não é, porque
tal não é fatível./ nem poderia expressá-lo. (Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia.
Editora Globo, 2005.) O texto anterior expressa o pensamento de qual filósofo?

(a) Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o mundo sensível e o inteligível.


(b) Heráclito de Éfeso, que afirmava a unidade entre pensamento e realidade.
(c) Tales de Mileto, que afirmava ser a água o princípio de todas as coisas.
(d) Parmênides de Eleia, que afirmava a imutabilidade de todas as coisas e a unidade entre
ser e pensar, ser e conhecimento.
(e) Protágoras, que afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, que o ser é e o não ser
não é.

10. (ENEM 2016)

TEXTO I Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal
alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de
novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo. Abril Cultural, 1996 (adaptado).

TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto,
inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como
poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das

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(a) investigações do pensamento sistemático.
(b) preocupações do período mitológico.
(c) discussões de base ontológica.
(d) habilidades da retórica Sofistica.
(e) verdades do mundo sensível.

11. (UNIOESTE 2012) O que há em comum entre Tales, Anaximandro e Anaxímenes de Mileto,
entre Xenófanes de Colofão e Pitágoras de Samos? “Todos esses pensadores propõem uma
explicação racional do mundo, e isso é uma reviravolta decisiva na história do
pensamento” (Pierre Hadot).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relações entre mito e filosofia, seguem as
seguintes proposições:

I. Os filósofos pré-socráticos são conhecidos como filósofos da physis porque as explicações


racionais do mundo por eles produzidas apresentam não apenas o início, o princípio, mas também
o desenvolvimento e o resultado do processo pelo qual uma coisa se constitui.

II. Os filósofos pré-socráticos não foram os primeiros a tratarem da origem e do desenvolvimento


do universo, antes deles já existiam cosmogonias, mas estas eram de tipo mítico, descreviam a
história do mundo como uma luta entre entidades personificadas.

III. As explicações racionais do mundo elaboradas pelos pré-socráticos seguem o mesmo esquema
ternário que estruturava as cosmogonias míticas na medida em que também propõem uma teoria
da origem do mundo, do homem e da cidade.

IV. O nascimento das explicações racionais do mundo são também o surgimento de uma nova
ordem do pensamento, complementar ao mito; em certos momentos decisivos da história da
filosofia as duas ordens de pensamento chegam a coexistir, exemplo disso pode ser encontrado
no diálogo platônico Timeu quando, na apresentação do “mito mais verossímil”, a figura mítica
do Demiurgo é introduzida para explicar a produção do mundo.

V. Tales de Mileto, um dos Sete Sábios, além de matemático e físico é considerado filósofo – o
fundador da filosofia, segundo Aristóteles – porque em sua proposição “A água é a origem e a
matriz de todas as coisas” está contida a proposição “Tudo é um”, ou seja, a representação de
unidade.

Assinale a alternativa correta.

(a) As proposições III e IV estão incorretas.


(b) Somente as proposições I e II estão corretas.
(c) Apenas a proposição IV está incorreta.
(d) Todas as proposições estão incorretas.
(e) Todas as proposições estão corretas.

12. (UFU 2013) De um modo geral, o conceito de physis no mundo pré-socrático expressa um
princípio de movimento por meio do qual tudo o que existe é gerado e se corrompe. A doutrina
de Parmênides, no entanto, tal como relatada pela tradição, aboliu esse princípio e provocou,
consequentemente, um sério conflito no debate filosófico posterior, em relação ao modo como
conceber o ser. Para Parmênides e seus discípulos:

(a) A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida em que o movimento está em tudo o que
existe.
(b) O movimento é princípio de mudança e a pressuposição de um não-ser.
(c) Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é fruto de imaginação especulativa.

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(d) O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso a realidade empírica é puro ser, ainda
que em movimento.

13. (UEL 2012) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha
diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar
no mesmo lugar.”

(CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
p.186.)
Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o
movimento é ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o
mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de
tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira.”
(ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os
Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284.)
Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar
que seu argumento

(a) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão,
numa explicação naturalista pautada pelos sentidos.
(b) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o
sensível por condições que lhe são estranhas.
(c) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à
qual se chegaria pelos sentidos.
(d) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois
isso nos apontam as evidências dos sentidos.
(e) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração
do movimento entre os corredores.

14. (ENEM - 3 APLICACAO 2016) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e
são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo - terra, água,
ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo -, se alguma destas coisas fosse
diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma
coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma
maneira, misturar-se umas as outras, nem fazer bem ou mal umas as outras, nem a planta poderia
brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não
fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de
diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a
mesma coisa.
DIÓGENES. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1967.
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a
principal preocupação filosófica era de ordem

(a) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos
da natureza.
(b) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras da democracia.
(c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem
maior.
(d) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis.
(e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade.

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15. (UEL 2003) Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a
existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando
que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão
ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização
ocidental.”
REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p.
29.
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-
socráticos. Em acordo com o texto, pode-se inferir que a principal área de investigação destes
filósofos foi:
(a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
(b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
(c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos
(d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e princípios de ordenação do mundo.
(e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação

16. (UNIMONTES 2015) O poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, por sua vez,
lamentou:

“Como a vida muda.


Como a vida é muda.
Como a vida é nuda.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.”

Nas trilhas de Drummond, lembramos a mudança. Recordamos que a vida muda e muda sempre.
“Um homem não toma banho em um mesmo rio duas vezes, pois, no dia seguinte, o rio e o homem
não serão os mesmos”. Tal formulação da questão da mudança foi registrada pelo pensador grego
pré-socrático:

(a) Heráclito.
(b) Tales.
(c) Xenofonte.
(d) Pitágoras

17. (UFF 2010) Como uma onda

Nada do que foi será


De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas


Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é


Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo

Não adianta fugir


Nem mentir
Pra si mesmo agora

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Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Lulu Santos e Nelson Motta

A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século
VI a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma
frase famosa: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”.

Dentre as sentenças de Heráclito a seguir citadas, marque aquela em que o sentido da canção de
Lulu Santos mais se aproxima

(a) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
(b) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
(c) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
(d) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
(e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.

18. (UNICENTRO 2012) “O número é a essência de todo o existente. Toda a harmonia do


cosmo é justificada pelos números”.
Essa frase está relacionada a

(a) Leucipo.
(b) Sócrates.
(c) Pitágoras.
(d) Aristóteles.
(e) Anaxímenes.

19. (UFU 2002) “…Princípio dos seres…ele [Anaximandro] disse (que era) o ilimitado…Pois
donde a geração é para os seres, é para onde também a corrupção se gera segundo o necessário ;
pois concedem eles mesmos justiça e deferência uns aos outros pela injustiça, segundo a
ordenação do tempo.”
Pré-Socráticos. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
A partir da análise do texto de Anaximandro, é correto afirmar que sua filosofia, em contraposição
ao mito, se caracteriza por

(a) conceber o tempo como um passado imemorial sem relação com o presente.
(b) os seres divinos concedem, por alianças ou rompimentos, justiça e deferência uns aos outros.
(c) o mundo ser explicado por um processo constante e eterno de geração e corrupção, cujo
princípio é o ilimitado.
(d) narrar a origem do mundo por meio de alianças e forças geradoras divinas.

20. UNIMONTES 2010


O primeiro filósofo de que temos notícias é Tales, da colônia grega de Mileto, na Ásia Menor.
Tales foi um homem que viajou muito. Entre outras coisas, dizem que, certa vez, no Egito, ele
calculou a altura de uma pirâmide medindo a sombra da mesma no exato momento em que sua
própria sombra tinha a mesma medida de sua altura. Dizem ainda que, em 585 a.C., ele previu
um eclipse solar.
(GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995).
Aos primeiros filósofos que se debruçaram sobre os problemas do cosmo, podemos chamá-los,
além de pré-socráticos, de

(a) naturalistas ou fisicistas.

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(b) existencialistas.
(c) empiristas.
(d) espiritualistas.

21. UNICENTRO 2012


A primeira escola filosófica grega é a de Mileto e seus principais representantes são Tales,
Anaximandro e Anaxímenes.
Esses filósofos são considerados monistas, pois propõem

(a) um único elemento como princípio original de tudo.


(b) dois elementos principais como princípio original de tudo.
(c) três elementos como princípio original de tudo.
(d) quatro elementos principais como princípio original de tudo.
(e) vários elementos como princípio original de tudo.

22. (UEMA 2011) A Filosofia nasceu na Jônia no final do século VII a.C. O conteúdo que norteia
a preocupação dos filósofos jônicos é de natureza:

(a) Mitológica.
(b) Antropológica.
(c) Religiosa.
(d) Cosmológica.
(e) Política.

23. (UFMA 2009) O homem sempre buscou explicações sobre os aspectos essenciais da realidade
que o cerca e sobre sua própria existência. Na Grécia antiga, antes da filosofia surgir, essas
explicações eram dadas pela mitologia e tinham, portanto, um forte caráter religioso.
Historicamente, considera-se que a filosofia tem início com Tales de Mileto, em razão de ele
ter afirmado que “a água é a origem e a matriz de todas as coisas”. Nesse sentido, pode-se dizer
que a frase de Tales tem caráter filosófico pelas seguintes razões:

(a) Porque destaca a importância da água para a vida; porque faz referência aos deuses
como causa da realidade e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento:
“tudo é matéria”.
(b) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e
porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é um”.
(c) Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda através de imagens e fabulação e porque nela,
embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é movimento”.
(d) Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; porque o faz através da imaginação e,
porque nela, embora apenas subentendido, está contido
o pensamento: “o homem é a medida de todas as coisas”.
(e) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz recorrendo a deuses e à
imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “conhece-
te a ti mesmo”.

24. (UEAP 2011)

O VÉU E A ASA
O VOO
O ALVO
de TALES: ÁGUA
ALMA
(Herbert Emanuel, do Livro Nada ou Quase Uma Arte)

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O poema faz referências explícitas a um filósofo pré-socrático. Na história da filosofia, entende-
se por pré-socráticos aqueles filósofos que antecederam Sócrates. Entre as alternativas abaixo,
assinale a que contém somente filósofos pré-socráticos.

(a) Tales de Mileto / Santo Agostinho / Heráclito.


(b) Parmênides / Anaximandro / Empédocles.
(c) Parmênides / Pitágoras / Aristóteles.
(d) Anaxágoras / Platão / Demócrito.
(e) Anaxímenes / Xenófanes / Boécio.

25. (UNCISAL 2013) É correto afirmar que o homem procura incessantemente responder
perguntas que deem sentido a sua vida. A partir do momento que buscou impor outra lógica ao
seu pensamento, superando as explicações fantasiosas produzidas pelos mitos, focou na
racionalidade o fundamento da verdade. Querer entender o mundo e seus fenômenos moveu os
primeiros filósofos. Eles se debruçaram sobre a natureza e aquilo que ordena o Cosmos,
estabelecendo novos conhecimentos.
Com relação aos primeiros filósofos, qual a opção correta?

(a) Produziram um pensamento voltado essencialmente para os temas metafísicos, deixando de


lado o homem no seu fazer político.
(b) Entre os pensadores pré-socráticos não há preocupação com questionamentos mais profundos
que exponha a lógica de funcionamento da natureza, seu princípio ordenador, sua essência.
(c) Preocupados com a vida pública nas polis, os primeiros filósofos centraram no homem suas
análises a respeito do Cosmos.
(d) Longe de toda e qualquer busca racional, os filósofos pré-socráticos admitiam certo conteúdo
cosmogônico em suas explicações, pois ratificavam aquilo que Homero e Hesíodo haviam
afirmado ser verdade em relação ao Cosmos.
(e) Os pré-socráticos buscavam explicar o Cosmos e encontrar o princípio ativo que lhe
impunha ordem. Valorizado os estudos sobre a natureza, pouco discutiram sobre a moral,
a política ou a metafísica.

26. (UFU 2007) Heráclito de Éfeso viveu entre os séculos VI e V a. C. e sua doutrina, apesar de
criticada pela filosofia clássica, foi resgatada por Hegel, que recuperou sua importante
contribuição para a Dialética. Os dois fragmentos a seguir nos apresentam este pensamento.

- “Este mundo, igual para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez; sempre foi, é e
será um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagando-se conforme a medida.” (fragmento
30).
- “Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, morrer é transformar-se em terra.
Da terra, contudo, forma-se a água, e da água a alma.” (fragmento 36).

De acordo com o pensamento de Heráclito, marque a alternativa incorreta.

(a) As doutrinas de Heráclito e de Parmênides estão em perfeito acordo sobre a


imutabilidade do ser.
(b) Para Heráclito, a ideia de que “tudo flui” significa que nada permanece fixo e imóvel.
(c) Heráclito desenvolve a ideia da harmonia dos contrários, isto é, a permanente conciliação dos
opostos.
(d) A expressão “devir” é adequada para compreendermos a doutrina de Heráclito.

27. (UNIMONTES 2012) Parmênides viveu em Eleia, cidade do Sul da Magna Grécia, e é o
principal expoente da chamada Escola Eleática. Elaborou importantíssima teoria filosófica na
medida em que influenciou, de forma decisiva, o pensamento ocidental. Das alternativas abaixo
sobre Parmênides, marque a que NÃO corresponde ao seu pensamento.

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(a) É absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo.
(b) Ensinava que tudo flui e que nada permanece estável.
(c) O ser é único, imutável, infinito e imóvel.
(d) O movimento só existe no mundo sensível.

28. (UNIMONTES 2013) Philosophía é uma palavra grega composta de duas outras: Philo,
“aquele ou aquela que tem um sentimento amigável”, e Sophía, “sabedoria”. Daí filosofia
significar “amizade pela sabedoria” ou “amor e respeito pelo saber”. A invenção dessa palavra é
atribuída a

(a) Tomás de Aquino.


(b) Cirilo de Alexandria.
(c) Machado de Assis.
(d) Pitágoras de Samos.

29. (UEAP 2010) “Heráclito, que nos incita a isso investigar, considera necessárias as mudanças
a partir dos contrários, dizendo ´caminho em cima e embaixo`, ´transmutando-se, repousa` e ´para
os mesmos é pena sofrê-la e principia-la`.”
(Plotino, Eneádas, IV, 8(6),1. Costa, Alexandre. Heráclito: fragmentos contextualizados. Rio de Janeiro: Difel,2002.)

LÉGEIN
“O rio incendiado de Heráclito
fluichameja
por todos os lados
como verbum
como ratio
como mundo e mel
amargodoce”
(Herbert Emanuel, do livro Nada ou quase uma Arte. São Paulo: Ed. Scortecci, 1997.)

O texto e o poema acima expressam algumas características do pensamento do filósofo pré-


socrático Heráclito de Éfeso (séc. VI a.C). Com base na leitura dos mesmos e de seus
conhecimentos de filosofia, marque a alternativa incorreta.

(a) Para Heráclito, a realidade está em constante mutação, só a mudança é permanente.


(b) A afirmação “ninguém se banha no mesmo rio duas vezes” foi atribuída a Heráclito e expressa
uma das características do seu pensamento.
(c) A luta e a harmonia dos contrários são o que gera todas as coisas, segundo Heráclito.
(d) A filosofia de Heráclito está baseada na afirmação de que pensamento e realidade é uma
mesma coisa, e que todo movimento é ilusão dos nossos sentidos.
(e) Para Heráclito, a guerra é o princípio harmonizador da realidade.

30. (UFU 2015) Em nós, manifesta-se sempre uma e a mesma coisa, vida e morte, vigília e sono,
juventude e velhice. Pois a mudança de um dá o outro e reciprocamente.
Heráclito, fragmento 88. In: BORNHEIM, G. A. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, 1998. p. 41.
Assinale a alternativa que explica o fragmento de Heráclito.

(a) A oposição é a afirmação da força irracional que sustenta o mundo e explica a constante
mudança de tudo que existe.
(b) A oposição dos contrários nada mais é que o equilíbrio das forças, pois no mundo tudo é uno
e constante, tudo mais é apenas ilusão.
(c) A mudança permite afirmar que a constância do mundo das ideias é a única realidade, na qual
as essências determinam tudo.

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(d) A oposição é a confirmação de que a realidade é o eterno fluxo de mudanças, e da tensão
dos contrários nasce a harmonia e a unidade do mundo.

31. (UFU 2007) Leia atentamente o seguinte verso do fragmento atribuído a Parmênides.

“Assim ou totalmente é necessário ser ou não.”

SIMPLÍCIO, Física, 114, 29, Os Pré-Socráticos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 2000, p. 123.

A partir do fragmento apresentado, escolha a alternativa que representa corretamente o princípio


parmenideano da verdade.

(a) O Ser é e o Não-Ser é Não-Ser. Ambos podem ser pensados e afirmados, pois é possível pensar
e dizer falsidades e o que não existe.
(b) Somente o Ser é, pode ser pensado e afirmado. O Ser coincide com o pensamento e com a
verdade. O Não-Ser não é e não pode nem ser pensado, nem exprimido.
(c) O Ser é (existe) necessariamente na Natureza, mas pode não existir no pensamento, enquanto
não é pensado. A relação entre o Ser e o pensamento não é necessária.
(d) O caminho da verdade é a via da opinião, que comporta ao mesmo tempo o Ser e o Não-Ser.
Afirmar totalmente o Ser e o Não-Ser implica a opinião verdadeira.

32. (UEL 2007) “A filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a proposição: a
água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a
sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a
origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro
lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: ‘Tudo é
um’. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e
supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e no-lo mostra como investigador da natureza,
mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego”.

Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica Moderna. In: Os Pré-Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 43.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Tales e o surgimento da filosofia, considere as
afirmativas a seguir.

I. Com a proposição sobre a água, Tales reduz a multiplicidade das coisas e fenômenos a um
único princípio do qual todas as coisas e fenômenos derivam.
II. A proposição de Tales sobre a água compreende a proposição ‘Tudo é um’.
III. A segunda razão pela qual a proposição sobre a água merece ser levada a sério mostra o único
aspecto filosófico do pensamento de Tales.
IV. O Pensamento de Tales gira em torno do problema fundamental da origem da virtude.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

(a) I e II
(b) II e III
(c) I e IV
(d) I, II e IV
(e) II, III e IV

33. (UFU 2010) A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos
ainda hoje. Para alguns, a filosofia nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre
grego”); para outros, houve uma continuidade entre mito e filosofia, ou seja, de alguma forma os
mitos continuaram presentes – seja como forma, seja como conteúdo – no pensamento filosófico.

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A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento
mítico no pensamento filosófico.

(a) Parmênides afirma: “Em primeiro lugar, criou (a divindade do nascimento ou do amor) entre
todos os deuses, a Eros...”
(b) Platão propõe algumas teses como a teoria da reminiscência e a transmigração das almas.
(c) Heráclito afirma: “As almas aspiram o aroma do Hades”.
(d) Aristóteles divide a ciência em três ramos: o teorético, o prático e o poético.

34. (UFU 2000) No poema Sobre a Natureza Parmênides afirma: "os únicos caminhos de
inquérito que são a pensar: o primeiro que é e portanto que não é não ser, de Persuasão é caminho
(pois à verdade acompanha); o outro, que não é e portanto que é preciso não ser, este então, eu te
digo, é atalho de todo incrível; pois nem conhecerias o que não é nem o dirias.". Pode-se daí
inferir que

(a) apenas o ser pode ser dito e pensado.


(b) o não ser de algum modo é.
(c) o ser e o pensar são distintos.
(d) o ser é conhecido pelos sentidos.

35. (UNICENTRO 2011) A geração da ordem do mundo, na Grécia Arcaica, é apresentada por
mitos que narram a genealogia e a ação de seres sobrenaturais. A filosofia da escola
jônica caracteriza-se por explicar a origem do cosmos, recorrendo a elementos ou a processos
encontrados na natureza.
Sobre esses aspectos da cultura grega antiga, é correto afirmar:

(a) A transformação de uma representação dominantemente mítica do mundo, para uma


concepção filosófica, expressa, entre os séculos VIII e VI a.C., na antiga Grécia, uma
mudança estrutural na sociedade.
(b) Homero foi o primeiro historiador grego e, nas suas obras, a Ilíada e a Odisséia, ele descreve
o comportamento de homens heroicos, em cujas ações os componentes mitológicos inexistem.
(c) Os filósofos da escola jônica realizaram uma ruptura definitiva entre a mitologia e a filosofia
e, a partir de então, é impossível encontrar, no pensamento filosófico, a presença de mitos.
(d) O mito é incapaz de instituir uma realidade social, pois seu caráter fantasioso não passa
qualquer credibilidade para seus ouvintes.
(e) O mito consiste em uma história religiosa, revelada por autoridades supostamente
indiscutíveis.

36. (UEL 2003) Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a
existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando
que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão
ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização
ocidental.
REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.

Tales de Mileto (séc. VII a VI a.C.) é identificado pela tradição como o primeiro filósofo
ocidental, e como um dos fundadores da primeira escola filosófica, a Escola Jônica. Tendo em
vista o principal problema investigado por este filósofos pré-socrático, podemos concluir que a
filosofia:

(a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na natureza sensível, e em oposição aos
mitos gregos.
(b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses
lógico-argumentativas.

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(c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma
força divina.
(d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos
gregos.
(e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.

37. (UFU 2008) Sobre o pensamento de Heráclito de Éfeso, marque a alternativa INCORRETA.

(a) Segundo Heráclito, a realidade do Ser é a imobilidade, uma vez que a luta entre os
opostos neutraliza qualquer possibilidade de movimento.
(b) Heráclito concebe o mundo como um eterno devir, isto é, em estado de perene movimento.
Nesse sentido, a imobilidade apresenta-se como uma ilusão.
(c) Para Heráclito, a guerra (pólemos) é o princípio regulador da harmonia do mundo.
(d) Segundo Heráclito, o um é múltiplo e o múltiplo é um.

38. (UEMA 2013) No contexto histórico da gênese da Filosofia, deixando de lado a polêmica
sobre a ruptura ou a continuidade entre mito e filosofia, importa destacar, precisamente, a
perspectiva inovadora da filosofia nascente. Novidade na filosofia é

(a) a capacidade de fundamentar, racionalmente, as narrativas teogônicas.


(b) a tendência à argumentação racional em relação às coisas da natureza.
(c) o exercício do distanciamento das coisas terrenas pelo pensamento abstrato.
(d) o estabelecimento de competências argumentativas com justificativas para a política e a
religião.
(e) a racionalização da compreensão do mundo e o consequente abandono das crenças nos deuses.

39. (UPE 2016) Sobre a Filosofia na História A filosofia é o resultado de uma subida lenta,
laboriosa conquista da humanidade, que constitui a história da filosofia. Esta, pois, é a exposição
objetiva, cronológica, metódica e crítica dos principais sistemas filosóficos, que apareceram ao
longo da história da humanidade. Entretanto, a história da filosofia se distingue da filosofia
propriamente dita. Com efeito, a primeira abrange todo sistema filosófico, falso ou verdadeiro. ]
PANDOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1993, p. 59.

É CORRETO afirmar que, na tradição histórica da filosofia,

(a) o período Pré-Socrático enfatiza a revelação divina.


(b) a exposição existencialista sobre a natureza caracteriza o período Pré-Socrático.
(c) o período Pré-Socrático dá enfoque ao valor metódico de perseguir a unidade do homem.
(d) o problema cosmológico é a principal preocupação do período Pré-Socrático.
(e) o período Pré-Socrático menospreza por completo a tradição científica.

40. UPE 2014


Atente ao texto a seguir:

Sobre a filosofia e sua história

A história, antes de ser a história dos fatos, é a história do pensamento; antes de ser a história
das ações materiais dos homens, é a história das ideias que deram origem àquelas ações materiais.
Pela mesma razão, julgamos que a história da filosofia é, principalmente, a história do
pensamento humano, aplicado à solução dos problemas básicos do ser e da vida e, em segundo
lugar, a história da vida dos filósofos.
PADOVANI, Umberto; CASTAGNOLA, Luís. História da Filosofia, 1993, p. 5.

No tocante à filosofia na história, é CORRETO afirmar que

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(a) o primeiro período do pensamento grego se inicia no VI século a. C., sendo denominado
de período religioso.
(b) o período da Filosofia Moderna tem como característica básica o enfoque naturalista,
estudando o mundo externo.
(c) na filosofia socrática, a ética e o conhecimento surgem como as questões centrais.
(d) os filósofos pré-socráticos preocupam-se, exclusivamente, com os problemas da relação entre
a razão e a fé.
(e) a Filosofia Cristã norteia-se pela natureza das coisas, cujo enfoque recai sobre a cosmologia.

41. (UFU 1999) Parmênides de Eléia, filósofo pré-socrático, sustentava que

I. o ser é.
II. o não ser não é.
III. o ser e o não ser existem ao mesmo tempo.
IV. o ser é pensável e o não ser é impensável.

Assinale

(a) se apenas I, III e IV estiverem corretas.


(b) se apenas I, II e III estiverem corretas.
(c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
(d) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
(e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

42. (UFU 1999) Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, compreendia que

I. o ser é vir a ser.


II. o vir a ser é a luta entre os contrários.
III. a luta entre os contrários é o princípio de todas as coisas.
IV. da luta entre os contrários origina-se o não ser.

Assinale

(a) se apenas I, II e III estiverem corretas.


(b) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
(c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
(d) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
(e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

43. (UFU 1999) Heráclito de Éfeso (500 a.C.) concebia a realidade do mundo como mobilidade,
impulsionada pela luta dos contrários. Sobre sua filosofia, é correto afirmar que

I. a imagem do fogo, com chamas vivas e eternas, representa o Logos que governa o movimento
perpétuo dos seres.
II. a luta dos contrários é aparência que afeta apenas a sensibilidade humana.
III. a mobilidade dos seres resulta no simples aparecer de novos seres.
IV. a harmonia do cosmo é resultado da tensão eterna da luta dos contrários.

Assinale

(a) se as afirmações II e III são corretas.


(b) se as afirmações I e IV são corretas.
(c) se apenas a afirmação IV é correta.
(d) se apenas a afirmação I é correta.

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44. (UEAP 2013) Sócrates representa um marco importante da história da filosofia; enquanto a
filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza (physis), Sócrates procura
o conhecimento indagando o homem. Com base em seu conhecimento da filosofia de Sócrates,
assinale a alternativa correta.

(a) Sócrates, para não ser condenado à morte, negou, diante dos seus juízes, os princípios éticos
da sua filosofia.
(b) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus
diálogos, o seu mestre.
(c) O método socrático compõe-se de quatros partes: a maiêutica, a ironia, a poética e a metafísica.
(d) Tal como os sofistas, Sócrates costumava cobrar dinheiro pelos seus ensinamentos.
(e) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de
adotar uma atitude arrogante e dogmática diante do conhecimento e apontar um novo caminho
para a sabedoria.

45. (UEL 2007) “Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos
puseram a serviço do seu problema último – da origem e essência das coisas – as observações
empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo
de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das
realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.”
Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto
afirmar:

(a) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o
influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia.
(b) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova
forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens.
(c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.
(d) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o
pensamento filosófico necessita do mito para se expressar
(e) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto
da pesquisa filosófica.

46. (PUC-PR) Em relação ao pensamento científico e filosófico grego, é correto afirmar:

(a) Os sofistas percorriam as cidades ensinando. Foi com eles que a educação se tornou atividade
profissional.
(b) A Escola Pitagórica acreditava que o número era a essência do universo e a medida de todas
as coisas.
(c) Na Grécia não havia uma clara distinção entre Filosofia e Ciência.
(d) Heráclito lançou as bases da concepção dialética do mundo ao afirmar que tudo está em
movimento e transformação.
(e) Todas as alternativas estão corretas.

47. (UEL 2004) Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros
filósofos, é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas
que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da “imposição religiosa”, é
o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.
OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos:a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.

A “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos é a

(a) aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.

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(b) discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.
(c) busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela
religião.
(d) confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.
(e) desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre
si.

48. (UFU 2002) “Só resta o mito de uma via, a do ser; e sobre esta existem indícios de que sendo
não gerado é também imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem
será, pois é agora todo junto, uno, contínuo (…)”
Sobre a Natureza, 8, 2-5
A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar que

(a) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser.


(b) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem
fim.
(c) a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos.
(d) o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro.

49. UNIOESTE 2014


“A proposição de Tales de que a água é o absoluto ou, como diziam os antigos, o princípio, é
filosófica: com ela, a filosofia começa porque, através dela, chega à consciência de que o um é a
essência, o verdadeiro, o único que é em si e para si. Começa aqui um distanciar-se daquilo que
é em nossa percepção sensível; um afastar-se deste ente imediato - um recuar diante dele. Os
gregos consideraram o sol, as montanhas, os rios, etc., como forças autônomas, honrando-os como
deuses, elevados pela fantasia a seres ativos, móveis, conscientes, dotados de vontade. Isto gera
em nós a representação da pura criação pela fantasia — animação infinita e universal, figuração,
sem unidade simples. Com essa proposição está aquietada a imaginação selvagem, infinitamente
colorida, de Homero; dissociar-se de uma infinidade de princípios, toda esta representação de que
um objeto singular é algo que verdadeiramente subsiste para si, que é uma força para si, autônoma
e acima das outras, é sobressumida e assim está posto que só há um universal, o universal ser em
si e para si, a intuição simples e sem fantasia, o pensamento de que apenas um é. Este universal
está, ao mesmo tempo, em relação com o singular, com a aparição, com a existência do mundo.”
Hegel

“Não se trata de contrapor os gregos aos outros povos, como se fossem destituídos de
racionalidade. Mas diante do real, os gregos não se limitaram a uma atividade prática ou a um
comportamento religioso; ao lado disso, souberam assumir um comportamento propriamente
filosófico: a pergunta filosófica exige uma postura mais puramente intelectual.”
Gerd A. Bornheim
Considerando os textos acima, que tratam do surgimento da filosofia e do primeiro filósofo grego,
Tales de Mileto, é CORRETO afirmar que

(a) a proposição de Tales é filosófica, mas não constitui uma resposta racional que pretende
organizar o mundo para além da ordem mitológica ou do ente imediato.
(b) ao afirmar que a água é o princípio de tudo, Tales institui mais uma perspectiva para o mito,
mas agora como uma verdade sobre o que é a realidade.
(c) o advento da filosofia não distingue os gregos de seus contemporâneos ou daqueles que os
antecederam, apenas acrescenta uma nova noção, a noção de ser, à história da cultura.
(d) a representação que temos do mundo, formada pela fantasia e pelo mito, guia a razão à essência
do real e motiva os primeiros filósofos em suas reflexões.
(e) a filosofia, ao surgir, impulsiona a razão a se perguntar se aquilo que observamos através
de nossa percepção sensível constitui a verdadeira essência da realidade.

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50. (UFU 2008) Leia atentamente o texto a seguir.

Na filosofia de Parmênides preludia-se o tema da ontologia. A experiência não lhe apresentava


em nenhuma parte um ser tal como ele o pensava, mas, do fato que podia pensá-lo, ele concluía
que ele precisava existir: uma conclusão que repousa sobre o pressuposto de que nós temos um
órgão de conhecimento que vai à essência das coisas e é independente da experiência. Segundo
Parmênides, o elemento de nosso pensamento não está presente na intuição mas é trazido de outra
parte, de um mundo extrassensível ao qual nós temos um acesso direto através do pensamento.
NIETZSCHE, Friedrich. A filosofia na época trágica dos gregos. Trad. Carlos A. R. de Moura. In Os pré-socráticos.
São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 151. Coleção Os Pensadores

Marque a alternativa INCORRETA.

(a) Para Parmênides, o Ser e a Verdade coincidem, porque é impossível a Verdade residir naquilo
que Não-é: somente o Ser pode ser pensado e dito.
(b) Pode-se afirmar com segurança que Parmênides rejeita a experiência como fonte da verdade,
pois, para ele, o Ser não pode ser percebido pelos sentidos.
(c) Parmênides é nitidamente um pensador empirista, pois afirma que a verdade só pode
ser acessada por meio dos sentidos.
(d) O pensamento, para Parmênides, é o meio adequado para se chegar à essência das coisas, ao
Ser, porque os dados dos sentidos não são suficientes para apreender a essência.

51. (UFU 1998) Heráclito de Éfeso afirmava que “ninguém pode banhar-se duas vezes nas
mesmas águas de um rio”. Para ele, o que mantém o fluxo do movimento é

(a) a identidade do ser.


(b) o simples aparecer de novos seres.
(c) a harmonia que vem da calmaria dos elementos.
(d) a estabilidade do ser.
(e) a luta dos contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”.

52. UFLA 2013


“Foi na Jônia que se efetuaram os primeiros esforços de caráter completamente racional para
descrever a natureza do mundo. Aí, a prosperidade material e as excepcionais oportunidades para
estabelecer contatos com outras culturas aliaram-se, pelo menos durante algum tempo, a uma forte
tradição cultural e literária que vinha do tempo de Homero. No espaço de um século, Mileto viu
nascerem Tales, Anaximandro e Anaxímenes, todos eles dominados pela assunção de uma
substância primária simples, cuja determinação foi o passo mais importante em qualquer das
descrições sistemáticas da realidade.”
Fonte: KIRK, G. S; RAVEN, J. E. & SCHOFIELD, M. Os filósofos pré-socráticos – História crítica com seleção de textos. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994, p. 71 (Adaptado).

Com base na leitura do texto acima, é correto afirmar, EXCETO:

(a) Os autores procuram destacar o caráter precursor dos filósofos jônicos e o fato de todos eles
terem se referido a um princípio racional de unidade.
(b) As condições culturais e econômicas não chegaram a exercer influência sobre o
desenvolvimento da filosofia pré-socrática.
(c) A referência dos pré-socráticos a uma arkhé, a uma substância primária simples, correspondeu
a uma estratégia para subordinar à razão a multiplicidade sensível.
(d) A relação entre o nascimento da filosofia e a mitologia – por exemplo, aquela presente na
literatura de Homero – não pode ser descrita como uma relação de total ruptura.

53. (UFU 2001) “Muitos não percebem tais coisas, todos os que as encontram, nem quando
ensinados conhecem, mas a si próprios lhes parece que as conhecem e percebem.” (DK 22 B 17)

17
“Más testemunhas para os homens são os olhos e ouvidos, se almas bárbaras eles têm” (DK 22 B
107)
A partir destes dois textos de Heráclito, pode-se afirmar que, para ele,

(a) as sensações, como as águas de um rio, são infalíveis e nos proporcionam nelas mesmas a
apreensão do real.
(b) o conhecimento é obtido unicamente a partir da percepção sensível.
(c) as sensações por si só não são garantias de conhecimento.
(d) o conhecimento é proporcionado pelo ensino obtido pela atividade da alma, qualquer que esta
seja.

54. (UEL 2011) Leia os textos a seguir.


Aristóteles, no Livro IV da Metafísica, defende o sentido epistêmico do princípio de não
contradição como o princípio primário, incondicionado e absolutamente verdadeiro da “ciência
das causas primeiras”, ou melhor, o princípio que se apresenta como fundamento último (ou
primeiro) de justificação para qualquer enunciado declarativo em sua pretensão de verdade.
“É impossível que o mesmo atributo pertença e não pertença ao mesmo tempo ao mesmo sujeito,
e na mesma relação. [...] Não é possível, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja
e não seja, como alguns acreditam que Heráclito disse [...]. É por esta razão que toda
demonstração se remete a esse princípio como a uma última verdade, pois ela é, por natureza, um
ponto de partida, a mesma para os demais axiomas.”
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo:
Moderna, 1994. p. 93.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar:

(a) Aqueles que sustentam, com Heráclito, conceber verdadeiramente que propriedades
contrárias podem subsistir e não subsistir no mesmo sujeito opõem-se ao princípio de não
contradição.
(b) Pelo princípio de não contradição, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enunciação
verdadeira, se possa simultaneamente afirmar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito,
em um mesmo sentido.
(c) Nas demonstrações sobre as realidades suprassensíveis, é possível conceber que propriedades
contrárias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradição
lógica, ontológica e epistêmica.
(d) Para que se possa fundamentar o estatuto axiomático do princípio de não contradição, exige-
se que sua evidência, enquanto princípio primário, seja submetida à demonstração.
(e) Com o princípio de não contradição, torna-se possível conceber que, se existem duas coisas
não idênticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas também poderá ser aplicado
necessariamente à outra.

55. (UNIOESTE 2013) “Não é fácil definir se a ideia dos poemas homéricos, segundo a qual o
Oceano é a origem de todas as coisas, difere da concepção de Tales, que considera a água o
princípio original do mundo; seja como for, é evidente que a representação do mar inesgotável
colaborou para a sua expressão. Em todas as partes da Teogonia de Hesíodo reina a vontade
expressa de uma compreensão construtiva e uma perfeita coerência na ordem racional e na
formulação dos problemas. Por outro lado, a sua cosmologia ainda apresenta uma irreprimível
pujança de criação mitológica, que muito mais tarde ainda age sobre as doutrinas dos “fisiólogos”,
nos primórdios da filosofia “científica”, e sem a qual não se poderia conceber a atividade
prodigiosa que se expande na criação das concepções filosóficas do período mais antigo da
ciência”
Werner Jaeger.
Considerando o texto acima sobre o surgimento da filosofia na Grécia, seguem as afirmativas
abaixo:
I. O surgimento da filosofia não coincide com o início do uso do pensamento racional.
II. O surgimento da filosofia não coincide com o fim do uso do pensamento mítico.

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III. Tales de Mileto, no século VI a.C., ao propor a água como princípio original do mundo, rompe
definitivamente com o pensamento mítico.
IV. Mitos estão presentes ainda nos textos filosóficos de Platão (século IV a.C.), como, por
exemplo, o mito do julgamento das almas.
V. Os primeiros filósofos gregos, chamados “pré-socráticos”, em sua reflexão, não se ocupavam
da natureza (Physis).
Das afirmativas feitas acima

(a) apenas a afirmação V está correta.


(b) apenas as afirmações III e V estão corretas.
(c) apenas as afirmações II e IV estão corretas.
(d) apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
(e) apenas as afirmações I, III e V estão corretas.

56. (UFLA 2013) Um dos grandes problemas epistemológicos da filosofia antiga se desenhou em
torno da tentativa de conferir inteligibilidade ao devir, ou seja, da tentativa de submeter o
movimento à inteligência e, consequentemente, ao conhecimento.
Sobre isso, é CORRETO afirmar:

(a) Parmênides conseguiu realizar essa tarefa ao estabelecer uma oposição radical entre ser e não-
ser.
(b) Platão demonstrou a possibilidade de conhecer o movimento a partir da defesa de que o mundo
das ideias é o próprio mundo sensível.
(c) Aristóteles apresentou uma solução para o problema do movimento, ao argumentar que
ele consiste na passagem da potência ao ato.
(d) Heráclito mostrou o caráter desnecessário dessa questão, argumentando que o devir não existe.

57. (UFU 1998) O filósofo pré-socrático, Parmênides de Eléia, afirmava que “o ser é e o não-ser
não é”. Por essa afirmação, ele foi considerado pelos filósofos posteriores como

(a) o pai do ceticismo.


(b) o fundador da Metafísica.
(c) o fundador da sofística.
(d) o iniciador do método dialético.
(e) o filósofo do absurdo.

58. (UNIMONTES 2013) Segundo a tradição, Heráclito, também chamado "o obscuro", era um
homem reservado e de poucas palavras. Seu "riso" fora interpretado por muitos. Padre Antônio
Vieira foi um desses intérpretes e, segundo ele,

(a) Heráclito ria das ignorâncias humanas.


(b) Heráclito ria das misérias humanas.
(c) Heráclito ria das travessuras humanas.
(d) Heráclito ria das loucuras humanas.

59. (UEL 2016) A conexão que Pitágoras estabeleceu entre a Música e a Matemática foi absorvida
pelo espírito grego. Nessa fonte, alimentam-se novos conhecimentos normativos, que banham
todos os domínios da existência entre os gregos. Um momento decisivo é a nova concepção da
estrutura da música. A harmonia exprime a relação das partes com o todo. Está nela implícito o
conceito matemático de proporção que o pensamento grego figura em forma geométrica e
intuitiva. A harmonia do mundo é um conceito complexo em que estão compreendidas a
representação da bela combinação dos sons no sentido musical e a do rigor do número, a
regularidade geométrica e a articulação tectônica. A ideia grega de harmonia abrange a
arquitetura, a poesia e a retórica, a religião e a ética.

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(Adaptado de: JAEGER, W. Paideia: a formação do homem grego. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.207.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia e dos primeiros filósofos,
assinale a alternativa correta.

(a) A concepção pitagórica de mundo permitiu que os gregos formassem a consciência de


que, na ação prática dos cidadãos, existe uma norma do que é proporcional, que deve ser
seguida também na esfera do direito.
(b) A filosofia pitagórica do número corresponde à ideia de que os números exprimem relações
concretas entre as coisas, o que possibilita dizer que os fenômenos naturais são reduzidos a
relações quantitativas e calculáveis.
(c) Inspirando-se nos estudos sobre a música e na observação da natureza, Pitágoras concluiu que
há uma relação de proporção entre cosmos e música, qual seja, ambas são disformes e caóticas;
essa ideia norteará a concepção pitagórica de ação humana.
(d) O estudo das proporções em música verifica a existência de uma relação assimétrica entre o
número de vibrações e o comprimento das cordas da lira; a partir disso, Pitágoras estabeleceu a
ideia de assimetria geométrica rigorosa do cosmos.
(e) Pitágoras compreendeu que a diversidade com que a natureza se manifesta permite inferir que
a realidade última das coisas assenta-se na matéria sensível e no modo como as coisas se
apresentam aos sentidos humanos.
Resposta correta

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